IMPACT OF SEDENTARY LIFESTYLE ON LUMBAR SPINE MOBILITY
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202505201048
Rebeca Soares Sampaio da Costa1
Ronaldo Nunes Lima2
O sedentarismo tem se tornado um dos principais fatores de risco para o comprometimento da saúde musculoesquelética, especialmente no que se refere à mobilidade da coluna lombar. Este trabalho teve como objetivo investigar como a inatividade física afeta essa região do corpo, evidenciando os impactos sobre a funcionalidade, a qualidade de vida e as possibilidades de tratamento e prevenção. A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão bibliográfica qualitativa, utilizando publicações entre 2016 e 2024, com exceção de uma obra de 2004, considerada referência fundamental na área. Os resultados apontaram que a ausência de atividade física está associada à perda de flexibilidade, enfraquecimento da musculatura postural e aumento da rigidez articular, favorecendo o surgimento de dores crônicas. Também foi observado que hábitos sedentários agravam processos degenerativos naturais da coluna. Diante disso, reforça-se a importância da fisioterapia, na promoção da mobilidade e na reeducação postural. Conclui-se que pequenas mudanças na rotina e acompanhamento profissional adequado podem prevenir o agravamento das disfunções lombares e promover uma vida mais ativa e saudável.
Palavras-chave: Sedentarismo; Coluna Lombar; Mobilidade; Fisioterapia; Método de pilates.
ABSTRACT
Sedentary lifestyle has become one of the main risk factors for the compromise of musculoskeletal health, especially concerning lumbar spine mobility. This study aimed to investigate how physical inactivity affects this body region, highlighting the impacts on functionality, quality of life, and the possibilities for treatment and prevention. The research was conducted through a qualitative literature review, using publications between 2016 and 2024, with the exception of one work from 2004, considered a fundamental reference in the field. The results indicated that the absence of physical activity is associated with loss of flexibility, weakening of postural musculature, and increased joint stiffness, favoring the onset of chronic pain. It was also observed that sedentary habits aggravate natural degenerative processes of the spine. Therefore, the importance of physiotherapy in promoting mobility and postural re-education is reinforced. It is concluded that small changes in routine and adequate professional monitoring can prevent the worsening of lumbar dysfunctions and promote a more active and healthy life.
Keywords: Sedentary Lifestyle; Lumbar Spine; Mobility; Physiotherapy; Pilates Method.
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, diversas mudanças ocorreram na forma como a sociedade vive, o que gerou impactos diretos na saúde das pessoas. O crescimento das cidades, o aumento da população e a elevação da expectativa de vida têm tornado essencial o cuidado com os hábitos cotidianos. Nesse cenário, incentivar a prática regular de atividade física passou a ser uma prioridade em vários países, não só para evitar doenças, mas também para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida (Rodrigues, 2020). No Brasil, a situação chama atenção pois quase metade da população adulta (47%) não pratica a quantidade mínima de atividade física recomendada, o que coloca o país entre os mais sedentários da América Latina (Brasil, 2021).
A coluna lombar é uma das partes do corpo que mais sofre com o estilo de vida sedentário. Ela é uma das partes fundamentais do corpo humano, pois ajuda a sustentar o corpo, manter o equilíbrio e permite movimentos como se inclinar, girar e levantar peso. A permanência prolongada em posturas inadequadas e a baixa frequência de movimentação corporal, cada vez mais comuns no estilo de vida moderno, contribuem para o surgimento de dores e limitações funcionais. Além disso, a falta de atividade física enfraquece os músculos que sustentam a coluna, diminui a flexibilidade das articulações e atrapalha o funcionamento dos discos entre as vértebras (Horacio et al., 2021).
O sedentarismo é uma condição preocupante, projeções indicam que se não houver mudanças, essa condição pode atingir 35% da população mundial até 2030. Para prevenir os efeitos negativos associados à inatividade física, a OMS recomenda que adultos realizem, no mínimo, 150 minutos semanais de atividade física moderada ou 75 minutos de exercícios mais intensos. No Brasil, essa meta está ameaçada, entre outros motivos, pelo excesso de tempo em frente às telas, pela falta de segurança nas ruas e pela escassez de espaços públicos apropriados para se exercitar (Brasil, 2024; Maraccini, 2024).
No mundo todo, os números também preocupam. Regiões como a Ásia-Pacífico de alta renda e o Sul da Ásia registram taxas de inatividade acima de 40%. Mesmo em países desenvolvidos, esse índice gira em torno de 28%. No Brasil, apesar de programas como o Academia da Saúde e ações nas unidades básicas de saúde, ainda há muito a ser feito. A OMS insiste na importância de criar políticas públicas mais eficientes, apoiar iniciativas comunitárias, incentivar o transporte ativo (como caminhar ou pedalar) e promover parcerias que ajudem a tornar a atividade física mais acessível a todos (Brasil, 2024; Ding et al., 2020).
Diante de tudo isso, entender como o sedentarismo afeta a coluna lombar é fundamental para buscar formas mais eficazes de prevenção e tratamento. Este estudo tem como objetivo investigar a relação entre a falta de atividade física e a mobilidade dessa região, destacando os impactos dessa condição na saúde e as possibilidades de tratamento que possam melhorar a qualidade de vida da população.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Sedentarismo e saúde músculo esquelética
A falta de atividade física é atualmente um dos grandes problemas da sociedade. Pois, está associada ao surgimento de diversas doenças crônicas e contribui para mais de 5 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Quando as pessoas se movimentam pouco, aumentam as chances de desenvolver doenças como diabetes, problemas cardiovasculares e também dores na região lombar, nas costas em geral e no pescoço. Esse estilo de vida é denominado sedentarismo, ele compromete tanto a saúde mental quanto a qualidade de vida (Brasil, 2021).
O sedentarismo é definido quando a pessoa passa boa parte do dia parada, geralmente sentada, deitada ou quase sem se mexer, gastando pouca energia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS (2021), isso acontece quando a atividade feita gasta menos energia do que o corpo precisa para se manter ativo. Assim, alguém é considerado fisicamente inativo quando não faz pelo menos 150 minutos de exercício moderado ou 75 minutos de exercício mais intenso por semana.
Esse hábito de ficar muito tempo parado afeta diretamente o sistema que sustenta o nosso corpo — músculos, ossos, articulações e tendões — e a coluna está entre as regiões mais prejudicadas. O sedentarismo faz as articulações fiquem mais rígidas, os músculos percam força e a flexibilidade diminua. Com o tempo, isso pode causar dores constantes, principalmente na parte baixa das costas. Isso acontece porque o corpo precisa de movimento para manter esses tecidos funcionando bem. Sem estímulos, os músculos posturais enfraquecem e os discos da coluna, que precisam de movimento para se manter saudáveis, acabam sendo prejudicados (Horacio et al., 2021).
Para que uma condição seja considerada um problema de saúde pública, geralmente são analisados três aspectos principais: a magnitude do problema (quantas pessoas são afetadas), o impacto causado na vida dos indivíduos e na sociedade, e a possibilidade de prevenção ou controle por meio de ações acessíveis. Nesse contexto, o sedentarismo configura-se como uma preocupação global significativa. De acordo com a OMS, cerca de 1,8 bilhão de adultos — aproximadamente 31% da população mundial — não atingiram a quantidade mínima recomendada de atividade física em 2022. Esse estilo de vida favorece o desenvolvimento de diversas doenças, incluindo alguns tipos de câncer, evidenciando os impactos negativos sobre a saúde pública (Strain et al., 2024).
Pensando nisso, a OMS divulgou em 2020 um guia com orientações sobre quanto de atividade física cada grupo de pessoas precisa — crianças, adultos, idosos, gestantes, pessoas com doenças ou deficiências (World Health Organization, 2020). Ademais, o Ministério da Saúde do Brasil também lançou em 2021 um guia com informações e dicas práticas para ajudar a população a se movimentar mais. Esses dois documentos mostram como é importante criar ações e hábitos que incentivem as pessoas a se movimentarem, cuidando da saúde do corpo e da mente (Brasil, 2020).
Movimentar o corpo ao longo do dia faz toda a diferença para a saúde. É comprovado que ficar parado por muito tempo aumenta o risco de desenvolver doenças crônicas, causa dores musculares e pode até afetar o bem-estar mental. Por isso, é importante adotar atitudes simples na rotina, como levantar de tempos em tempos, fazer pequenas caminhadas, escolher a bicicleta como meio de transporte e aproveitar qualquer momento para se movimentar, seja em casa ou no trabalho. A atividade física não precisa acontecer só na academia — ela pode (e deve) fazer parte do dia todo (Souza, 2022).
Uma das regiões mais afetadas pelo estilo de vida sedentário é a lombar. Isso acontece porque, além de enfraquecer os músculos, a falta de movimento pode prejudicar o funcionamento dos discos da coluna, que precisam estar bem hidratados para evitar desgastes. Sem esse cuidado natural do corpo, esses discos podem se deteriorar com o tempo. Outro fator é o hábito de passar muito tempo sentado, que pode forçar a curvatura natural da coluna e provocar dores na parte baixa das costas (Damato, 2023).
É necessário entender melhor como o estilo de vida das pessoas, especialmente o tempo que passam paradas, pode influenciar a mobilidade da coluna lombar. Ainda faltam respostas claras nos estudos sobre esse assunto, por isso é importante continuar pesquisando antes de pensar em formas de prevenir essas dores. Com mais informações, vai ser possível compreender melhor essa relação e criar estratégias que realmente ajudem a evitar esses problemas, principalmente em países onde o acesso à saúde é mais limitado e as soluções precisam ser práticas e acessíveis (Horacio et al., 2021).
2.2 Mobilidade da coluna lombar
A coluna lombar é uma das principais estruturas responsáveis por dar suporte ao corpo humano, permitindo movimentos essenciais do tronco e oferecendo estabilidade ao esqueleto axial. Além disso, ela é frequentemente associada a quadros de dor, especialmente devido ao estilo de vida sedentário e à sobrecarga mecânica. Para compreender a relação entre sedentarismo e saúde músculo-esquelética, é essencial entender a estrutura anatômica e o funcionamento biomecânico do segmento lombar (Rodrigues, 2020).
Então faz-se necessário entender que a coluna lombar apresenta um equilíbrio entre estabilidade e mobilidade, o que permite o tronco realizar diversos movimentos com amplitude moderada. Suas articulações são projetadas para suportar cargas significativas, mas ao mesmo tempo oferecem a flexibilidade necessária para atividades cotidianas. Os principais movimentos dessa região, ilustradas nas Figuras 1, 2, 3 e 4 abaixo, são respectivamente: Flexão (curvar-se para frente); Extensão (inclinar-se para trás); Inclinação lateral (dobrar-se para os lados) e Rotação (girar o tronco) (Guedes, 2025).
Figura 1: Flexão – a pessoa se curvando para frente, com a coluna formando um “C” invertido.
Fonte: Ilustração gerada por Inteligência Artificial – IA (2024) – Inspirada no estilo clássico do Atlas de Anatomia Humana de Frank H. Netter (1997).
Figura 2: Extensão – a pessoa inclinando o tronco para trás, com a curva lombar se acentuando.
Fonte: Ilustração gerada por Inteligência Artificial – IA (2024) – Inspirada no estilo clássico do Atlas de Anatomia Humana de Frank H. Netter (1997).
Figura 3: Inclinação lateral (direita e esquerda) – a pessoa se dobrando para um dos lados, com a linha do tronco formando um arco lateral.
Fonte: Ilustração gerada por Inteligência Artificial – IA (2024) – Inspirada no estilo clássico do Atlas de Anatomia Humana de Frank H. Netter (1997).
Figura 4: Rotação (direita e esquerda) – o tronco girando sobre o eixo vertical, com os ombros se movendo em relação à pelve.
Fonte: Ilustração gerada por Inteligência Artificial – IA (2024) – Inspirada no estilo clássico do Atlas de Anatomia Humana de Frank H. Netter (1997).
A mobilidade lombar é fundamental pois, é a base para a execução de tarefas simples, como levantar-se de uma cadeira, caminhar e carregar objetos. Quando comprometida, pode gerar compensações em outras regiões do corpo e contribuir para o surgimento de dores. Esses movimentos, por sua vez, ocorrem principalmente nas articulações intervertebrais e a amplitude de cada um é influenciada por fatores como idade, estado dos discos intervertebrais, integridade ligamentar e força muscular (Tramont; Motta, 2021).
A coluna lombar é composta por cinco vértebras (L1 a L5), como ilustrado na Figura 5 a seguir, que se articulam entre si por meio de discos intervertebrais e articulações facetárias. Cada vértebra possui um corpo vertebral robusto, adaptado para suportar grandes cargas. Entre as vértebras, os discos intervertebrais atuam como amortecedores, absorvendo choques e permitindo certo grau de movimentação .
Figura 5: Divisão anatômica da coluna vertebral humana com destaque para a região lombar (L1–L5).
Fonte: Ilustração gerada por Inteligência Artificial – IA (2024) – Inspirada no estilo clássico do Atlas de Anatomia Humana de Frank H. Netter (1997).
Ainda é válido ressaltar que os ligamentos, por sua vez, contribuem para a estabilidade da coluna, limitando movimentos excessivos e protegendo estruturas internas. Já os músculos profundos da região lombar, como o multífido e o eretor da espinha, têm papel essencial na sustentação postural e no controle dos movimentos da coluna (Natour et al., 2004).
Quando levado em conta o ponto de vista biomecânico, a coluna lombar atua como uma estrutura móvel e resistente, que precisa equilibrar flexibilidade e força. Em posição ereta, por exemplo, ela suporta o peso da parte superior do corpo. Quando o indivíduo se inclina para frente (flexão), há compressão anterior dos discos intervertebrais e tensão nos ligamentos posteriores. Já na extensão, ocorre o oposto: compressão posterior dos discos e alongamento dos ligamentos anteriores (Albuquerque, 2020).
Durante a rotação, a movimentação ocorre em pequena escala, pois as articulações facetárias lombares limitam esse movimento para proteger estruturas internas. Já a inclinação lateral depende do deslizamento das vértebras e da flexibilidade muscular. Qualquer alteração na biomecânica — seja por encurtamento muscular, degeneração discal ou postura inadequada — pode afetar significativamente a função lombar e desencadear quadros dolorosos (Natour et al., 2004).
A mobilidade da coluna lombar pode ser afetada por diversos fatores. A idade é um dos mais relevantes: com o envelhecimento, os discos intervertebrais perdem hidratação e elasticidade, diminuindo a flexibilidade. Patologias como hérnias discais, artroses e espondilolistese também impactam negativamente a mobilidade (Nunes, 2023).
Outro fator importante é a condição da musculatura envolvida. Músculos fracos ou encurtados comprometem o controle motor da região lombar, levando a sobrecarga das articulações e dos discos. O sedentarismo agrava esse cenário, pois reduz a ativação muscular e favorece o enrijecimento das articulações (Natour et al., 2004).
O livro Coluna Vertebral: conhecimentos básicos (2004), publicado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, aborda importantes condições clínicas relacionadas à lombar, como a lombalgia (dor localizada na parte inferior das costas) e a lombociatalgia (dor que irradia para o membro inferior, geralmente associada à compressão do nervo ciático). São discutidos aspectos relacionados ao diagnóstico diferencial, causas, mecanismos fisiopatológicos e opções de tratamento, destacando a importância de uma abordagem multidisciplinar e individualizada (Natour et al., 2004).
Ter uma boa mobilidade na coluna lombar é fundamental para fazer os movimentos do dia a dia com segurança e eficiência — como agachar, se levantar ou girar o tronco. Quando essa região não se movimenta bem, outras partes do corpo acabam compensando, o que pode aumentar o risco de lesões e tornar os movimentos menos eficientes (Almeida et al., 2023).
Estudos indicam que a liberação miofascial pode descomprimir a coluna, aliviando a pressão sobre os discos intervertebrais e proporcionando alívio da dor. Essa técnica cria espaço para que os discos se recuperem naturalmente, podendo inclusive evitar a necessidade de intervenções cirúrgicas. Além disso, reduz significativamente o desconforto associado a posturas prolongadas e sobrecargas mecânicas na região lombar (Rezkallah; Abdullah, 2018).
Fica claro, que a mobilidade da coluna lombar é essencial para o bom funcionamento do corpo e para que a gente consiga se mover com liberdade no dia a dia. Mas com o passar do tempo, alguns fatores podem prejudicar essa capacidade — e um dos mais importantes é o sedentarismo. Ficar muito tempo parado está diretamente ligado à rigidez das articulações e à perda de flexibilidade da coluna. Pesquisas mostram que a falta de atividade física contribui para o surgimento e a repetição de dores, principalmente nas regiões lombar e cervical, já que o corpo vai perdendo mobilidade e força muscular aos poucos (Damato, 2023). Por isso, o estilo de vida sedentário afeta diretamente a mobilidade da parte inferior da coluna.
2.3 Tratamentos e Intervenções para dores na coluna lombar
A dor na região lombar se prova uma preocupação comum entre os brasileiros, não apenas pelas implicações na saúde individual, mas também pelos impactos sociais e econômicos. Segundo dados da OMS, do INSS e do SUS, trata-se de um dos principais motivos de afastamento do trabalho e de busca por atendimento médico. Hábitos como o sedentarismo, a permanência prolongada em posturas inadequadas e o acúmulo de tensões emocionais estão entre os fatores mais frequentemente relacionados ao surgimento desse problema (Amorim, 2022).
A preocupação aumenta, porque a dor lombar está associada a alterações estruturais, como hérnias e protusões discais, contraturas e espasmos musculares, subluxações, síndrome facetária e até mesmo espondilolistese. Diante dessa variedade de causas, é essencial que o profissional da saúde conduza uma avaliação cuidadosa, observando aspectos como a flexibilidade do paciente — já que limitações nesse quesito costumam estar ligadas a desequilíbrios biomecânicos da coluna. Por outro lado, melhorar a flexibilidade, quando feito de forma orientada, tende a ser benéfico e não contribui para o agravamento da dor (Zanrosso, 2023).
O estilo de vida sedentário, sendo um dos principais agravantes da lombalgia, o que reforça a importância de tratamentos personalizados, ajustados à condição específica de cada paciente. Nesse cenário, a fisioterapia tem papel central, atuando tanto na prevenção quanto no manejo das crises. Com o avanço das pesquisas nos últimos anos, os profissionais da área têm acesso a protocolos cada vez mais embasados, o que facilita a tomada de decisão e amplia as chances de sucesso no tratamento (Boscato, 2022).
Para facilitar a compreensão dos efeitos do sedentarismo sobre a coluna lombar, e como isso influencia nas escolhas terapêuticas, a Tabela 1 a seguir reúne algumas das principais consequências dessa condição (Delfino, 2021). Nela, são descritas as alterações mais comuns e os tratamentos recomendados para cada caso, oferecendo uma visão prática que pode auxiliar na condução clínica de forma mais precisa e eficaz.
Tabela 1: Tratamentos e Intervenções para dores na coluna lombar.
CONSEQUÊNCIA DO SEDENTARISMO | DESCRIÇÃO | TRATAMENTOS E INTERVENÇÕES |
Fraqueza muscular | Perda de massa muscular, deixando a coluna mais suscetível a lesões. | Exercícios de fortalecimento muscular, como musculação orientada por fisioterapeuta. |
Rigidez articular | Articulações mais rígidas, limitando a mobilidade e aumentando a dor. | Fisioterapia com mobilizações articulares, Pilates |
Hérnia de disco | Desgaste dos discos intervertebrais, aumentando o risco de hérnia. | Tratamento fisioterapêutico, RPG, uso de colete ortopédico quando indicado e, em alguns casos, cirurgia. |
Dores crônicas | Dor lombar crônica que impacta a qualidade de vida. | Terapia multidisciplinar com fisioterapia, liberação miofascial, acupuntura, alongamentos, exercícios aeróbicos leves e TCC (terapia cognitivo-comportamental). |
Fonte: Adaptado pelo autor de Delfino, 2021.
Dentro das intervenções descritas acima, destaca-se a liberação miofascial como um recurso fisioterapêutico eficaz no manejo das disfunções lombares. Compreende-se como um conjunto de técnicas de terapia manual que aplicam alongamentos de longa duração na fáscia, com o objetivo de diminuir a dor e restaurar a tensegridade e o comprimento do tecido, resultando na otimização da função tecidular (Moccia, 2016). A ausência de um bom deslizamento da cadeia muscular, frequentemente causada por retração miofascial, pode facilitar processos lesivos, reforçando a importância dessa técnica no tratamento fisioterapêutico (Lima, 2021).
Cuidar da saúde da coluna exige mais do que tratar a dor quando ela aparece — é preciso investir também na prevenção, especialmente entre pessoas com rotina sedentária ou que adotam posturas inadequadas no dia a dia. Quando as ações preventivas são associadas a intervenções bem orientadas, os resultados tendem a ser mais eficazes, reduzindo tanto a frequência quanto a intensidade das crises. Nesse processo, uma visão interdisciplinar faz toda a diferença, pois entende que a dor lombar não se resume a fatores físicos. Aspectos emocionais, sociais e comportamentais também influenciam diretamente na forma como o paciente vivencia a dor e, por isso, devem ser considerados no plano de cuidado (Amorim, 2022).
A avaliação clínica, muitas vezes com apoio de testes e exames complementares, permite ao profissional identificar limitações importantes, como a perda de flexibilidade, que pode direcionar melhor a escolha do tratamento. Por outro lado, manter-se ativo é uma das formas mais simples e eficazes de prevenir o surgimento ou agravamento dessas dores. Pessoas que se exercitam com frequência tendem a ter músculos mais flexíveis, articulações mais móveis e, consequentemente, menos episódios de lombalgia (Zanrosso, 2023).
A própria Organização Mundial da Saúde (2020) reforça essa importância do movimento no cotidiano. Suas diretrizes mais recentes destacam que a atividade física regular traz benefícios amplos — desde melhorar o sono e a concentração até prevenir doenças cardíacas, metabólicas e musculoesqueléticas. Pela primeira vez, essas recomendações foram adaptadas a públicos diversos, como gestantes, idosos, pessoas com deficiência e portadores de doenças crônicas. A mensagem principal é clara: ficar parado por muito tempo faz mal, e qualquer movimento conta. Mesmo pequenas doses de atividade já contribuem para uma vida mais saudável e, claro, para a prevenção da dor lombar (Ding et al., 2020).
Vale ressaltar, a Linha de Cuidado para Dor Lombar, desenvolvida pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde, a iniciativa visa orientar os profissionais da Atenção Primária quanto ao manejo clínico dessa condição, bastante prevalente na população. Disponível no portal do governo federal, essa diretriz propõe uma abordagem integral, que vai desde a avaliação funcional do paciente até a definição de estratégias terapêuticas individualizadas, com foco na reabilitação e na promoção da qualidade de vida (Brasil, 2022).
Entre as principais recomendações estão o incentivo à prática de exercícios físicos orientados, a educação postural, a adoção de práticas integrativas como a acupuntura e a atuação multiprofissional, com participação ativa de fisioterapeutas e educadores físicos. Ao estruturar o cuidado de forma sistematizada e baseada em evidências, essa linha contribui para um atendimento mais eficaz, humanizado e acessível na rede pública de saúde (Junior, 2024).
Diante de tudo isso, fica claro que a dor lombar vai muito além de um incômodo físico. Ela afeta a rotina, o bem-estar e até mesmo a forma como as pessoas se relacionam com o trabalho e com a própria saúde. Por isso, é fundamental que os profissionais da área olhem para o problema de forma ampla, considerando não só o tratamento da dor, mas também ações de prevenção e promoção de hábitos saudáveis (Amorim, 2022).
O envolvimento de diferentes áreas — como a fisioterapia, a educação em saúde e a prática regular de atividades físicas — tem mostrado bons resultados na redução das limitações causadas por esse tipo de dor. Reconhecer o quanto a lombalgia pode impactar a vida das pessoas ajuda a entender a importância de buscar soluções cada vez mais eficazes e humanas, especialmente na Atenção Primária à Saúde, onde boa parte desses pacientes dá os primeiros passos em busca de alívio e recuperação (Junior, 2024).
3. METODOLOGIA
A metodologia adotada para este estudo é baseada em uma Revisão Bibliográfica de caráter qualitativo, com o objetivo de investigar a relação entre o sedentarismo e a mobilidade da coluna lombar, além de analisar os impactos dessa condição na saúde músculo-esquelética e as principais estratégias de tratamento e prevenção.
A coleta de dados foi realizada por meio da análise de 5 livros, 22 artigos científicos e 5 documentos oficiais e sites especializados, totalizando 32 publicações. As pesquisas foram conduzidas em bases de dados reconhecidas, como SciELO, PubMed, Google Scholar e repositórios institucionais. Também foram consultados materiais técnicos e diretrizes de órgãos oficiais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, por sua relevância na formulação de políticas públicas de saúde e na promoção da atividade física.
O período de levantamento de dados ocorreu entre março e maio de 2025. Foram priorizadas publicações recentes, compreendendo o intervalo de 2016 a 2025, a fim de assegurar a atualidade e relevância dos dados. Como exceção, foi incluída a obra de Natour et al. (2004), por se tratar de uma referência clássica e amplamente reconhecida na área da reabilitação musculoesquelética, especialmente no que diz respeito à anatomia funcional e ao entendimento clínico da coluna vertebral.
Foram estabelecidos critérios de exclusão para garantir a pertinência dos materiais analisados. Foram desconsideradas publicações anteriores a 2016 (exceto Natour et al., 2004) e estudos que não abordassem diretamente a relação entre o sedentarismo e a mobilidade da coluna lombar. Trabalhos focados em outros aspectos da saúde musculoesquelética, sem ligação específica com a região lombar, ou que tratassem do sedentarismo de forma genérica, sem considerar seus impactos na parte inferior da coluna, também foram excluídos da análise.
A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma abordagem qualitativa, cujo foco principal é compreender os fenômenos de maneira profunda e contextualizada. Segundo Cardoso et al. (2021), nessa abordagem, o processo interpretativo desempenha um papel essencial, pois é por meio dele que se estabelece a conexão entre a fundamentação teórica, os objetivos da pesquisa, as hipóteses propostas e os dados coletados. Essa articulação permite a construção de inferências e sínteses que atribuem significado aos resultados encontrados.
A análise dos materiais selecionados focou em três eixos principais: Os efeitos do sedentarismo na saúde da coluna lombar; A importância da mobilidade lombar na funcionalidade do corpo; As principais intervenções terapêuticas utilizadas no tratamento da dor lombar. A partir dessa análise, o estudo busca contribuir para a construção de estratégias mais eficazes de promoção da saúde e prevenção de dores relacionadas ao estilo de vida sedentário. Como Palavras-chave ficaram definidas: Sedentarismo; Coluna Lombar; Mobilidade; Fisioterapia; Pilates.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Cerca de 47% da população brasileira é considerada sedentária, não atingindo os níveis mínimos de atividade física recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os jovens, esse índice é ainda mais alarmante, chegando a 84%. Esse dado é um sinal de alerta, porque mostra que grande parte da população simplesmente não se movimenta o suficiente no dia a dia. E isso vai muito além de estar em forma ou melhorar a aparência — é uma questão de saúde de verdade. Ficar parado demais abre as portas para uma série de problemas, como dores nas costas, cansaço constante e até doenças mais graves, como diabetes e pressão alta. Por isso, é tão importante falar sobre esse assunto (Júnior, 2024).
A revisão dos estudos mostrou com bastante clareza que o sedentarismo tem um efeito direto sobre a mobilidade da coluna lombar. A falta de movimento não apenas favorece o surgimento de dores, como também compromete funções básicas do corpo, como se levantar, girar o tronco ou permanecer em pé por longos períodos. Estudos indicam que a dor lombar é uma condição altamente prevalente. Uma revisão integrativa apontou que a prevalência de dor lombar ao longo da vida pode chegar a 84% da população mundial (Batista et al., 2024).
As pesquisas exploradas indicam que quem leva uma vida sedentária tende a ter as articulações mais rígidas, os músculos de sustentação da coluna mais fracos e menos flexibilidade nos movimentos. Isso facilita o aparecimento de dores frequentes na região lombar, além de limitações físicas que podem atrapalhar desde atividades simples do dia a dia até a qualidade do sono e do descanso (Damato, 2023; Horacio et al., 2021).
Em 2024, as dores nas costas se tornaram o principal motivo de afastamento do trabalho no Brasil, com mais de 377 mil casos registrados. Esse número é preocupante, porque mostra que muitas pessoas estão precisando se afastar do emprego por causa de dores que poderiam ser evitadas com mais cuidado no dia a dia. Além de afetar diretamente a saúde dos trabalhadores, isso também causa prejuízos para as empresas, que ficam com menos gente disponível para trabalhar, e para a economia do país, já que os gastos com tratamentos médicos e benefícios como o auxílio-doença acabam aumentando. Ficar longe do trabalho por muito tempo também mexe com o emocional das pessoas, gerando sentimentos de ansiedade, insegurança e até tristeza. Por isso, é fundamental que se fale mais sobre esse problema e que sejam criadas soluções simples e acessíveis, como melhorar a postura no trabalho, fazer alongamentos ao longo do dia e incluir mais atividade física na rotina. Cuidar da coluna é uma forma de garantir mais saúde, bem-estar e até mesmo estabilidade no trabalho (Kozoski, 2025).
Ademais, as publicações analisadas reforçam que a mobilidade saudável da coluna depende de um equilíbrio entre força muscular, flexibilidade e estabilidade. Quando o corpo não se move o suficiente, esse equilíbrio se rompe. Os discos intervertebrais e as articulações começam a ser sobrecarregados, abrindo caminho para o desenvolvimento de problemas como hérnias, contraturas e inflamações articulares (Tramont e Motta, 2021).
Diante desse cenário de sobrecarga estrutural, é importante destacar que intervenções fisioterapêuticas vêm sendo estudadas para minimizar essas alterações. Entre elas, os exercícios que utilizam a contração da musculatura profunda do tronco demonstraram melhorar significativamente a capacidade funcional dos indivíduos. Por isso, a técnica de liberação miofascial destaca-se como um método eficaz entre as opções de tratamento para a dor musculoesquelética crônica, promovendo melhora tanto na dor quanto na capacidade funcional. As evidências contemporâneas indicam resultados cada vez mais positivos com o uso das diferentes técnicas de liberação miofascial, evidenciando um campo promissor de estudos (Zugel, 2018).
Outro ponto bastante citado é o impacto das posturas prolongadas, principalmente a posição sentada por muitas horas. Músculos como o iliopsoas acabam ficando encurtados, a região lombar enrijece e a coluna passa a funcionar com menor eficiência. Isso gera mais esforço em outras áreas do corpo e favorece ainda mais o ciclo de dor e inatividade (Albuquerque, 2020).
A idade também influencia. Com o passar dos anos, os discos entre as vértebras vão perdendo sua hidratação natural, o que reduz a capacidade de absorver impactos. Quando isso se soma ao sedentarismo, a perda de mobilidade se intensifica, tornando o corpo mais suscetível a lesões e limitações (Nunes, 2023; Almeida et al., 2023). Dados do Ministério da Saúde revelam que quase 37% dos brasileiros acima de 50 anos sofrem de dores crônicas, sendo a dor nas costas uma das queixas mais frequentes (Health, 2025).
Os estudos também apontam caminhos importantes para a prevenção e o tratamento. Nesse cenário, a fisioterapia se destaca, não só pelo alívio dos sintomas, mas pelo trabalho contínuo de recuperação e reeducação do corpo. Métodos que combinam fortalecimento, alongamento e consciência corporal são os mais eficazes (Nunes, 2023; Almeida et al., 2023). O Pilates, em especial, surge como uma abordagem completa e acessível, com bons resultados no controle da dor lombar e na melhora da mobilidade, principalmente quando orientado por profissionais capacitados.
Pesquisas mais recentes mostram que algumas técnicas vêm trazendo bons resultados para quem sofre com dor nas costas. Uma delas é a liberação miofascial, que ajuda a soltar as tensões do corpo, relaxando a musculatura e melhorando a circulação, o que alivia bastante a dor, principalmente em casos de dor crônica. Além disso, existem exercícios voltados para fortalecer os músculos mais profundos da região abdominal e das costas, como o transverso do abdômen e o multífido. Esses exercícios ajudam a dar mais estabilidade para a coluna e a evitar novas crises de dor. Quando essas técnicas são combinadas com o Pilates e a fisioterapia tradicional, os resultados costumam ser ainda melhores, ajudando a recuperar os movimentos do corpo e a reduzir bastante as dores no dia a dia (Trabuco; Dias, 2024).
Além disso, os dados sugerem que é preciso ir além do consultório, incluindo a promoção de hábitos saudáveis na rotina das pessoas — como caminhar mais, alternar posições ao longo do dia e manter o corpo ativo — fazendo parte das ações de saúde, especialmente na atenção primária. Campanhas educativas e políticas públicas voltadas à prevenção ainda são estratégias essenciais para frear o avanço dos problemas relacionados ao sedentarismo (Silva Junior, 2024; Brasil, 2022).
Existirem muitos estudos que mostram a relação entre o sedentarismo e a perda de mobilidade da coluna lombar, muitos desses estudos deixam de lado outros fatores importantes, como as questões emocionais, financeiras e até mesmo o ambiente em que a pessoa vive, que podem influenciar tanto na prática de exercícios quanto na forma como sentem e lidam com a dor (Batista et al., 2024; Júnior, 2024).
Outro ponto que chama atenção é que grande parte dessas pesquisas foi feita em países desenvolvidos, o que nem sempre reflete a realidade brasileira. Aqui, enfrentamos dificuldades específicas, como a falta de espaços seguros para a prática de atividades físicas e até barreiras culturais que afastam as pessoas dos exercícios. Por isso, é importante que mais estudos sejam feitos no Brasil, de preferência acompanhando as pessoas por mais tempo e avaliando como programas de exercícios supervisionados podem, de fato, melhorar a mobilidade da coluna lombar.
Também é importante destacar que, mesmo com a fisioterapia, o Pilates e a liberação miofascial sendo muito indicados no tratamento, ainda faltam pesquisas que comparem qual dessas abordagens funciona melhor ou se o ideal seria combinar as técnicas. Sem esses estudos mais aprofundados, muitas vezes os profissionais acabam escolhendo os tratamentos mais pela experiência prática do que por evidências científicas bem definidas (Zanella, 2023).
Além disso, muitos estudos analisam apenas os resultados logo após o tratamento, sem avaliar se os benefícios realmente se mantêm a longo prazo ou se a dor volta depois de um tempo. Isso é um problema, já que o sedentarismo é um hábito difícil de mudar e exige soluções que funcionem de forma contínua e duradoura.
Em resumo, os estudos reunidos nesta pesquisa reforçam que o sedentarismo tem consequências reais e profundas sobre a coluna lombar. Mas também mostram que com orientação adequada, acompanhamento fisioterapêutico e escolhas conscientes no dia a dia, é possível prevenir, tratar e devolver ao corpo a mobilidade que ele precisa para viver bem. Por tudo isso, é fundamental que novos estudos tentem entender melhor como a falta de movimento leva a problemas na coluna e busquem estratégias que ajudem as pessoas a manterem sua independência física e uma vida mais ativa. A fisioterapia precisa ir além do consultório, ajudando na criação de políticas públicas e na conscientização da população sobre a importância de se movimentar no dia a dia.
5. CONCLUSÃO
O sedentarismo interfere de forma clara na saúde da coluna lombar. Quando o corpo se movimenta pouco, a musculatura perde força, as articulações ficam menos flexíveis e a região lombar se torna mais vulnerável a dores e limitações. Esse impacto não é apenas físico: ele afeta a rotina, a autonomia e até o bem-estar das pessoas.
Com o tempo, a falta de estímulo ao movimento contribui para o desgaste natural dos discos intervertebrais, especialmente em adultos e idosos. É um processo silencioso, mas que pode ser evitado ou amenizado com hábitos simples de movimentação diária.
Dentro dessa realidade, a fisioterapia tem um papel essencial. Ela não atua apenas para aliviar sintomas, mas também para prevenir que esses problemas avancem. Entre as abordagens mais eficazes, o Pilates tem se mostrado uma ferramenta valiosa e vale o destaca-lo. Por meio de exercícios que combinam força, controle e alongamento, ele ajuda o corpo a recuperar mobilidade de forma segura e respeitosa com os limites de cada pessoa.
Ficar parado por longos períodos faz mal à saúde, felizmente, romper com esse hábito não exige mudanças drásticas. Pequenas escolhas no dia a dia, como se levantar com mais frequência, caminhar sempre que possível e incluir movimentos simples na rotina, já contribuem de forma significativa para o bem-estar. Contar com a orientação de profissionais capacitados potencializa ainda mais esses cuidados. No fim das contas, cuidar da coluna é cuidar da liberdade de se mover com conforto, de viver com autonomia e de aproveitar a vida com mais leveza e presença.
REFERÊNCIAS
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1 Acadêmico do Curso de Fisioterapia
2 Professor do Curso de Fisioterapia