IMPACTO DO PLANEJAMENTO E GESTÃO NA CONCLUSÃO DE OBRAS: ESTUDO DE CASO DE UMA CONSTRUÇÃO EM ILHÉUS-BA

IMPACT OF PLANNING AND MANAGEMENT ON THE COMPLETION OF WORKS: CASE STUDY OF A CONSTRUCTION IN ILHÉUS-BA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202410211127


Josadaque Correia Braga1,
Tailla Bransford Leal Bomfim2,
Ittana de Oliveira Lins³,
Kaique Ourives Silva4,
Ramon Santos Souza5


RESUMO

Este estudo tem como objetivo investigar o desempenho de uma obra no município de Ilhéus-BA, com ênfase no Percentual Programado Concluído (PPC) e nas principais justificativas para o não cumprimento das metas semanais. Ao utilizar uma pesquisa observacional descritiva de abordagem qualiquantitativa, a coleta de dados foi realizada ao longo de 34 semanas, com informações registradas em uma planilha desenvolvida para monitorar o progresso e identificar desvios. Os resultados permitiram mostrar que apenas 5 das 34 semanas conseguiram atingir ou superar o índice de PPC de 75%, com uma média geral de 62%. O estudo busca destacar a importância de ter um planejamento mais eficaz e uma gestão de recursos e equipe aprimorada. Recomenda-se implementar um sistema de gestão de suprimentos mais eficiente e estratégias para garantir a continuidade e qualificação da equipe. Essas descobertas fornecem informações valiosas para promover a melhoria contínua na execução de projetos de construção, ajudando a mitigar atrasos e otimizar o cumprimento das metas em futuras obras.

Palavras-chave: Planejamento de obra, controle de metas e gestão de obras.

ABSTRACT

This study aims to investigate the performance of a project in the municipality of Ilhéus-BA, with emphasis on the Scheduled Percentage Completed (PPC) and the main justifications for not meeting weekly targets. Using descriptive observational research with a qualitative and quantitative approach, data collection was carried out over 34 weeks, with information recorded in a spreadsheet developed to monitor progress and identify deviations. The results showed that only 5 of the 34 weeks managed to reach or exceed the PPC index of 75%, with an overall average of 62%. The study seeks to highlight the importance of having more effective planning and improved resource and team management. It is recommended to implement a more efficient supply management system and strategies to ensure team continuity and qualification. These findings provide valuable information to promote continuous improvement in the execution of construction projects, helping to mitigate delays and optimize the achievement of targets in future projects.

Keywords: Construction planning, target control and construction management.

1 INTRODUÇÃO

A engenharia civil desempenha um papel crucial no desenvolvimento da sociedade, e o Brasil, nas últimas décadas, testemunhou um grande avanço no setor da construção civil. Em todo o país, foram lançados inúmeros projetos, tanto no âmbito comercial quanto no residencial. Esse movimento de expansão econômica e melhoria da infraestrutura nacional também fomentou o surgimento de diversas empresas e incorporadoras especializadas na construção e/ou financiamento dessas obras (Teixeira; Carvalho, 2005).

Diante deste contexto, aumentou-se a competitividade no mercado da construção civil. De um lado, o cliente, na busca pelo melhor projeto, com a melhor qualidade e no menor preço possível. Do outro lado, as construtoras tentando conquistar e atrair este consumidor com a estratégia de unir estes anseios e fatores com as pretensões empresariais e maiores lucros. Entretanto, nota-se que, associado a todo esse processo, muitas empresas encontraram dificuldades em cumprir seus contratos e prazos, conforme demonstra a pesquisa da Associação Brasileira do Consumidor (ABC) que aconteceu entre 2005 e 2010, onde 65% das obras no Estado de São Paulo tiveram atraso em sua entrega (De Filippi; Melhado, 2015).

Brandstetter e Ribeiro (2020) reforçam que esses atrasos, além de propiciarem reclamações e demandas judiciais, geram também impactos financeiros e aumento do custo final da obra. A compreensão sobre os fatores e problemas que afetam o custo adicional da obra é objeto de desejo e de estudo em várias pesquisas realizadas.

Formoso (2002), acredita que a deficiência no planejamento, no controle e ausência dos princípios da qualidade (produzir mais com menos, utilizando os melhores recursos) vem contribuindo para estes atrasos. Afirma ainda que estes são atributos básicos e fundamentais para visão do sistema atual da construção civil. É necessária uma mudança do perfil e postura dos engenheiros civis gestores de obra diante desta realidade para alterar o cenário atual.

O gerenciamento adequado de uma obra é algo sistêmico, sua construção é uma atividade que envolve diversas variáveis e contextos distintos, pois ela é desenvolvida em um ambiente particularmente dinâmico e mutável. É visto que conforme as mudanças de cada época a engenharia civil foi se modificando e se reinventando de acordo as necessidades. Nos últimos anos, a indústria da construção civil vem apresentando mudanças significativas em seus processos construtivos. Sendo assim, torna-se necessário uma mão-de-obra cada vez mais especializada e um melhor gerenciamento dos processos, fortalecendo a importância do planejamento e dos processos de controle de uma obra para a execução dos serviços com maior produtividade e qualidade (Mattos, 2019).

Diante disso, o tema “gerenciamento de obra” passou a despertar interesse durante o período de estágio em uma obra no município de Ilhéus. Naquela ocasião, ao perceber que o prazo de conclusão se aproximava e a obra ainda estava longe de ser finalizada, surgiu o desejo e a curiosidade de entender mais profundamente os processos de gestão e planejamento que podem ter contribuído para o atraso da obra.

Nesse ínterim, reconhecendo a importância de compreender melhor os processos diários de uma obra, tornou-se essencial levantar a seguinte questão: quais são os principais serviços de mão de obra que influenciam diretamente o andamento da obra?

Diante desta realidade, o estudo teve como objetivo geral identificar e categorizar os serviços de mão de obra que não atingiram as metas semanais em uma obra no município de Ilhéus-BA. Em função do estudo proposto os objetivos específicos deste trabalho foram:  mapear semanalmente os serviços de mão de obra em andamento; descrever os motivos específicos para o não cumprimento das metas estabelecidas; discutir sobre o impacto dos desvios no cronograma geral da obra, identificando tendências e padrões que contribuíram para o atraso e propor recomendações para minimizar os fatores identificados e otimizar o cumprimento de metas em futuros projetos.

Atualmente, o Brasil apresenta um elevado número de empreendimentos entregues com atraso, gerando uma série de problemas, como a insatisfação dos clientes, demandas judiciais e, principalmente, impactos financeiros. No município de Ilhéus, esse cenário também é visível, com o aumento do número de empreendimentos, obras entregues e a criação de novas empresas no setor da construção civil. Com a concorrência crescente, os processos construtivos demandam cada vez mais mão de obra especializada e qualificada, capaz de atender às exigências do mercado em relação ao planejamento, gerenciamento e controle dos serviços. A execução das atividades deve alcançar níveis adequados de excelência em qualidade e produtividade. Portanto, este estudo é relevante, pois permitirá identificar os problemas que afetaram o andamento da obra ao longo de 28 meses, contribuindo com sugestões e estratégias para melhorar o cumprimento das metas e o cronograma das próximas obras, minimizando os impactos.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Construção Civil

A história da construção civil está diretamente ligada com a evolução da humanidade. É visto que conforme as mudanças de cada época A engenharia civil foi se transformando, ajustando-se e inovando conforme as demandas da sociedade. Percebe-se então que a engenharia se desenvolveu e vem evoluindo simultaneamente com a civilização humana (Fleury; Fleury, 2007).

Segundo Santos, Miamoto e Casado (2018) a engenharia civil representa hoje um dos maiores campos de abrangência das engenharias, devido ao fato de estar ligada a atividades referente a várias funções e diversos segmentos, como projeção, concepção e execução em áreas distintas de moradia, transporte, saneamento, entre outras. Diante do exposto o engenheiro necessita ter uma boa formação acadêmica no intuito de absorver e adquirir conhecimentos básicos, técnicos e práticos afim de executar suas funções em qualquer área de trabalho que for designado ou escolhida a realizar.  

Vieira (2015) acrescenta que além dos conhecimentos e atribuições técnicas e éticas necessárias para a atuação, os profissionais da engenharia civil devem possuir algumas outras competências essenciais para o exercício da profissão como, a criatividade, visão sistêmica, poder de liderança, espírito de equipe, boa interpretação e comunicação (oral e escrita), bom relacionamento interpessoal, sensibilidade e responsabilidade para questões humanas, sociais e ambientais, entre outras, tendo em vista a nova dinâmica do mercado de trabalho.

De acordo com Silva (2011) a engenharia civil está vivendo um momento especial devido ao suporte e evolução constante da tecnologia. A participação desde avanço tecnológico contribui na potencialização dos processos, otimização de custos, redução de erros, aumento da produtividade e aplicação de novos conceitos e técnicas. Vale ressaltar que estes profissionais devem estar atentos e preocupados também com questões ambientais e sociais que envolvem o uso destas tecnologias, afim de não agredir e prejudicar o meio ambiente, bem como interferir na qualidade de vida da sociedade.

Atrelado a este avanço tecnológico ocorre o avanço da civilização, o desenvolvimento econômico, o aumento da população e, consequentemente, outros diversos problemas que acontecem em ritmo de cadeia, tais como o deslocamento da população de zona urbana para rural, aumento no fluxo do trânsito, da poluição do ar, escassez da água, alta demanda por energia e replanejamento urbano para acolhimento desta população como exemplo as construções verticais (Techio; Gonçalves; Costa, 2016).

De acordo com Pires (2014) a indústria da construção civil brasileira vem sofrendo grandes mudanças nos últimos anos. Atrelado ao crescimento da concorrência neste ramo, os processos construtivos necessitam cada vez mais de mão de obra especializada e de qualidade, com capacitada para atender a demanda do mercado, principalmente no que diz respeito ao planejamento, gerenciamento e controle de processos de modo que a execução de serviços alcance índices adequados de qualidade e produtividade. No Brasil, a construção civil é um dos principais setores que fomentam a economia nacional, representou cerca de 6,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano de 2022 (IBGE, 2022).

Por se tratar de um setor bastante vasto e diversificado, é essencial que as atividades sejam estruturadas e organizadas de maneira planejada, abrangendo tanto a fase de estudos preliminares e projetos, quanto a execução dos serviços e, posteriormente, a operação e manutenção. O planejamento desempenha um papel crucial para o sucesso do projeto, pois define o que precisa ser feito (Gildo; Clements; Baker, 2017, p.121).

2.2 Etapas do processo construtivo

Antes de iniciar a construção de qualquer projeto, é necessário fazer um estudo de viabilidade do local onde se deseja implantar o empreendimento. Neste estudo de viabilidade é feita uma análise de impacto de vizinhança, estudo de viabilidade econômica (custo da obra e margem de lucro), programa de necessidades (licenças ambientais), verificação da legislação local e análise topográfica (Sabino, 2016).

Independentemente do tipo de obra, há prazos a serem cumpridos, desde o início ao término, sendo este último o momento em que os objetivos e metas do empreendimento serão alcançados, estabelecendo assim o ciclo e fluxograma do projeto (Fagundes, 2013).

Para Nocera (2006) um empreendimento de engenharia deve respeitar e seguir uma sequência lógica de execução até a conclusão do projeto, conforme demonstra a figura 1.

Figura 1: Lógica do andamento de obra em empreendimento de engenharia

Fonte: Fagundes (2013).

É necessário o cumprimento das atividades previstas em 5 etapas do projeto de engenharia, de acordo com Mattos (2019), são elas: concepção/iniciação; indicadores históricos; planejamento; execução e conclusão (Quadro 1):

Quadro 1: Fases de um projeto de engenharia

Fonte: Adaptado de Mattos (2019)

A fase seguinte é intitulada Planejamento, na qual é produzido o orçamento analítico dos custos de execução, o cronograma e definição de prazos, bem como o projeto básico onde serão incluídos todos os elementos necessários para a execução da obra. Na fase de execução são desenvolvidos os serviços de campo, montagens mecânicas e instalações elétricas, registros de andamento de obra, assim como a fiscalização. Na fase de conclusão, marcada pela finalização da obra, é realizado o comissionamento, a inspeção final, liberação de retenção contratual financeira, além da resolução das últimas pendências e a assinatura do termo de recebimento provisório e definitivo da obra (Mattos, 2019).

2.3 Planejamento, gerenciamento e controle 

Para Silva (2011), o sucesso da execução de um empreendimento está atrelado ao planejamento, pois exercer um papel essencial no processo de gerenciamento de uma obra, possibilita a adaptação de informações dos diversos setores dentro da empresa e permite aplicação destas informações durante a construção. O planejamento tem por finalidade antecipar as situações previsíveis; predeterminar os acontecimentos preservando as lógicas dos eventos e possíveis desencontros.

O Quadro 2 a seguir aponta as principais vantagens de se realizar o planejamento de uma obra, segundo Mattos (2019).

    Quadro 2: Benefícios do Planejamento

     Fonte: Adaptado de Mattos (2019)

Nesse contexto, Mattos (2019) afirma que todo o processo de gerenciamento de obras deve contar com um controle contínuo que possibilite avaliar o desempenho dos recursos utilizados e que facilite a modificação de procedimentos, de maneira a alcançar facilmente as metas estabelecidas. É fundamental realizar um monitoramento constante, por meio de comparações entre o que foi planejado e o que foi efetivamente realizado.

O Ciclo PDCA demonstrado na figura 2 pode ser descrito como um conjunto de ações organizadas e interconectadas, apresentadas graficamente em um círculo, onde cada quadrante representa uma fase do processo. Criado por Walter Shewhart em 1920, o ciclo PDCA compreende as etapas P = planejar, D = desenvolver, C = controlar e A = agir (Mattos, 2019).

Figura 2: Ciclo PDCA

 Fonte: Adaptado de Mattos (2019)

Na etapa do planejamento deverão ser identificadas todas as atividades e serviços que irão integrar o planejamento da obra, é uma etapa primordial, pois se alguma atividade não for contemplada nessa etapa ela irá gerar transtornos no decorrer da execução do empreendimento. Segundo o autor, para identificar tais atividades é necessário a formulação de uma Estrutura Analítica do Projeto (EAP), que é um método de decompor a obra em pacotes menores, como mostra a Figura 3 (Mattos, 2019).

Figura 3: Formatos de EAP da construção de um empreendimento

Fonte: Adaptado de MATTOS, 2019.

A EAP éutilizada para organizar os serviços de acordo com a ordem a serem executadas em obra, possibilidade gerar relatórios, alocar ou presumir recursos para os serviços, estimar o tempo de duração de uma etapa e programar insumos com antecedência, tornando-se uma ferramenta essencial para o gerenciamento e planejamento durante a execução de uma obra (Strohaecker, 2017).

EAP é a estrutura analítica do projeto, seu objetivo é decompor o projeto em partes pequenas deixando mais fácil de ser controlado durante o andamento da obra. Ela retrata a divisão hierárquica voltados a entrega do trabalho a ser realizado pela equipe para atingir as metas do projeto e fluxograma (PMI, 2011). 

Neste sentido, o processo de planejamento, controle e gerenciamento dos serviços torna-se indispensável para as construtoras. Estudos de longo, médio e curto prazo, com enfoque específico em elaboração e alcance das metas, bem como em programações diárias, semanais e mensais de modo que o gerenciamento da obra vise um melhor sistema de produtividade, investindo em tecnologias para ampliar a produção e qualificar os lucros, tendo em vista a competitividade existente entre as empresas da construção civil (Silva, 2011).

Desta maneira, Pires (2014) aponta que o planejamento, controle e gerenciamento permite ao engenheiro a capacidade de conhecer com antecedência os processos da obra, de modo que permite a este identificar os pontos críticos e essenciais que devem requerer maior atenção, bem como acompanhar variações entre o custo real da obra o custo orçado, promovendo maior agilidade na tomada de decisões.

3 MATERIAL E MÉTODO

A metodologia adotada para a pesquisa sobre o impacto do planejamento e gestão na conclusão de obras foi observacional, descritiva e individual, do tipo qualiquantitativa. A seguir, foram detalhados cada componente e sua aplicação no estudo.

A pesquisa adotou uma abordagem observacional descritiva para observar e descrever o desempenho da obra sem alterar o ambiente ou manipular variáveis (Cervo & Bervian, 2002). O foco foi no Percentual Programado Concluído (PPC), de acordo com Mattos (2019), e nas justificativas para o não cumprimento das metas, conforme recomendado por Formoso (2002). A observação detalhada possibilitou a descrição do progresso da obra e a identificação dos problemas enfrentados, preservando a integridade do ambiente investigado.

Uma planilha personalizada foi desenvolvida para monitorar o progresso da construção ao longo de 34 semanas, a qual registrou informações sobre o percentual de conclusão de cada tarefa e os eventos impactantes no desempenho da obra. A coleta de dados foi sistemática e contínua, proporcionando uma base sólida para análise.

O estudo focou em um caso específico de construção residencial condominial em Ilhéus-BA, com uma área construída de 27.986,86 m², distribuída em 11 blocos. Cada bloco possui um pavimento térreo e dois pavimentos tipo, com 8 apartamentos por andar, totalizando 264 unidades. Isso permitiu uma análise detalhada das particularidades e desafios do projeto (Cervo & Bervian, 2002). Essa abordagem individual facilitou a identificação de padrões e problemas específicos, que poderiam não ser capturados em estudos mais amplos.

A abordagem qualiquantitativa integrou métodos qualitativos e quantitativos para uma compreensão abrangente dos dados (Minayo, 2006).

No aspecto quantitativo, o PPC foi calculado para avaliar a eficácia do planejamento, determinando o percentual médio de conclusão e a frequência de cumprimento das metas semanais. Esse cálculo proporcionou uma visão clara do desempenho geral da obra. No aspecto qualitativo, foram analisadas as justificativas para os desvios das metas, como atrasos na compra de materiais e falta de trabalhadores qualificados. A análise qualitativa contribuiu para a interpretação dos dados quantitativos e para a compreensão dos fatores que impactaram o desempenho da obra.

Os dados foram organizados e estruturados para permitir uma análise eficaz. O PPC serviu como métrica clara para avaliar o progresso da obra e a eficácia do planejamento. As justificativas para os desvios foram analisadas com o objetivo de identificar problemas e áreas de melhoria. A combinação dessas análises resultou em insights valiosos sobre o impacto do planejamento e da gestão na conclusão das obras.

A combinação da pesquisa observacional descritiva com a abordagem qualiquantitativa possibilitou uma análise detalhada e abrangente do desempenho da obra. A metodologia revelou a importância de um planejamento eficaz e de uma gestão eficiente, além de apresentar recomendações para a melhoria do desempenho em projetos de construção semelhantes.

Após essa etapa de organização, os dados foram analisados e interpretados para fundamentar a discussão subsequente dos resultados, o que proporcionou uma visão clara das principais causas que impactaram o cumprimento das metas semanais.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para facilitar a apresentação e análise dos resultados, serão apresentadas a seguir as médias semanais dos serviços, obtidas por meio do índice Percentual Programado Concluído (PPC). Esse índice permite uma compreensão clara da eficácia do planejamento e dos desvios observados ao longo da execução da obra, conforme demonstrado na Figura 4.

Figura 4: Porcentagem semanal dos serviços executados

Fonte: Os autores.

De acordo com a Figura 4, em apenas 5 das 34 semanas acompanhadas o índice de PPC atingiu ou superou 75%, resultando em uma média geral de 62% e durante 15 semanas abaixo dessa média. Segundo Mattos (2019), a programação deve incentivar as equipes a alcançar maior produtividade e a cumprir metas de produção. Um PPC entre 75% e 85% normalmente indica um bom desempenho das equipes. No entanto, índices de PPC significativamente baixos, como os observados, podem indicar uma programação excessivamente otimista, ou uma alta incidência de fatores imprevistos.

Além dos fatores mencionados, é importante considerar que um PPC médio de 62% ao longo das 34 semanas pode refletir problemas estruturais na gestão do projeto. Segundo Oliveira (2002), a falta de alinhamento entre o planejamento e a execução, possivelmente agravada por uma comunicação ineficaz entre as equipes, contribuiu para que as metas não fossem atingidas de forma consistente. Outro ponto a ser considerado é a subestimação das complexidades inerentes a determinadas atividades, resultando em prazos inadequados para sua conclusão.

Seguindo as orientações de Formoso (2011), identificaram-se as principais causas do descumprimento das metas estabelecidas ao longo do projeto, conforme ilustrado na Figura 5. A análise revelou que os fatores mais significativos para o não atingimento dos objetivos planejados foram, em ordem de relevância: absenteísmo, condições climáticas adversas e modificações na equipe.

Figura 5: Quantificação das justificativas que levaram ao descumprimento das metas.

Fonte: Os autores.

O absenteísmo, como evidenciado na Figura 5, destacou-se como o fator mais frequente, impactando diretamente a produtividade e a capacidade de cumprimento das metas semanais. De acordo com Souza et al. (2020), as condições climáticas desfavoráveis, como chuvas intensas, também contribuíram substancialmente para os atrasos, ao dificultar ou impedir a realização de determinadas atividades. Além disso, Castelar (2009) reforça que as modificações na equipe, como a rotatividade de trabalhadores ou redistribuição de funções, geraram descontinuidades no fluxo de trabalho, resultando em perda de eficiência. Esses fatores, combinados, explicam grande parte dos desvios observados no índice PPC, indicando áreas críticas que devem ser gerenciadas com maior atenção em projetos futuros.

Neste contexto, realizou-se uma análise detalhada para identificar os serviços que não atingiram as metas estabelecidas durante o período avaliado. Conforme demonstrado na Figura 6, o assentamento de vasos e tanques foi o serviço que apresentou maior dificuldade, não atingindo as metas em 19 das 34 semanas. O mesmo padrão foi observado nos serviços de aplicação de contrapiso e assentamento de soleiras e portas de madeira, com 18 semanas de metas não cumpridas. Esses dados revelam um padrão consistente de dificuldades em tarefas específicas, sugerindo gargalos operacionais ou desafios técnicos que merecem atenção especial.

Figura 6: Quantificação semanal dos serviços que não atingiram as metas.

Fonte: Os autores.

Ao analisar as causas desses desvios, é possível que fatores como a complexidade das atividades, a falta de recursos adequados no momento necessário ou a necessidade de replanejamento devido a imprevistos tenham contribuído para os resultados observados. A alta frequência de metas não atingidas em determinados serviços indica que esses pontos críticos podem ter sido subestimados no planejamento inicial. Portanto, é crucial revisar as estratégias de execução e alocação de recursos para esses serviços, visando mitigar os impactos e garantir maior eficiência na conclusão das atividades.

A análise dos dados coletados revelou causas específicas para o não cumprimento das metas em três serviços distintos, conforme demonstrado nas Figuras 7, 8 e 9, cada uma refletindo desafios únicos que impactaram o desempenho das atividades. A seguir, são apresentadas as principais causas para cada serviço, de forma individual, para uma melhor análise.

Para o assentamento de vasos e tanques, a principal justificativa foi o atraso na compra de material, que ocorreu em 13 semanas, como mostrado na Figura 7. Esse atraso comprometeu o progresso das atividades, uma vez que o assentamento depende da disponibilidade dos materiais necessários. O impacto desses atrasos pode ter sido amplificado pela falta de planejamento logístico, destacando a necessidade de uma gestão de compras mais eficiente e de um planejamento que considere possíveis contingências (Oliveira, 2023).

Figura 7: Quantificação das justificativas que levaram ao descumprimento das metas no serviço de assentamento de vasos e tanques.

Fonte: Os autores.

No caso da aplicação de contrapiso, o absenteísmo foi identificado como a maior justificativa, conforme ilustrado na Figura 8. A ausência frequente de trabalhadores, devido ao fato de serem subempreiteiros de outra cidade, impactou o desempenho durante 10 semanas. Essa situação ressalta a importância de considerar a localização e a disponibilidade de subempreiteiros durante a fase de planejamento (Silva et al., 2016).

Figura 8: Quantificação das justificadas que levaram ao descumprimento das metas no serviço de aplicação de contrapiso.

Fonte: Os autores.

Para o assentamento de soleiras e portas de madeira, a principal justificativa foi a modificação de equipe, afetando 6 semanas, conforme demonstrado na Figura 9. A alteração na composição da equipe, combinada com a alta rotatividade de trabalhadores, contribuiu para a descontinuidade das atividades, resultando em atrasos adicionais (Fernandes, 2007).

Figura 9: Quantificação das justificadas que levaram ao descumprimento das metas no serviço de assentamento de soleiras e portas.

Fonte: Os autores.

Segundo Vieira e Almeida (2022), essas análises evidenciam a interdependência entre logística, gestão de equipe e coordenação de materiais e atividades. Para mitigar tais problemas em projetos futuros, é essencial melhorar o planejamento, garantir uma comunicação eficaz entre as partes envolvidas e adotar medidas proativas para lidar com imprevistos e garantir a disponibilidade dos recursos necessários.

A análise detalhada dos serviços que não atingiram as metas (Figura 6), juntamente com as justificativas registradas (Figura 5), aponta para uma necessidade urgente de ajustes no processo de planejamento. Esses ajustes são essenciais para melhorar o desempenho em projetos futuros, bem como para garantir que os recursos sejam utilizados de forma mais eficiente, evitando desperdícios e atrasos desnecessários (Martins, Neves & Macêdo, 2013).

Em seguida, foi realizada uma análise detalhada dos três serviços que, com maior frequência, não atingiram as metas estabelecidas (Figuras 7, 8 e 9). O objetivo dessa análise foi identificar e compreender as justificativas associadas a esses desvios, visando avaliar os fatores que mais impactaram o cumprimento das metas.

Figura 10: Quantificação das justificadas que levaram ao descumprimento das metas nos três serviços que menos alcançaram metas.

Fonte: Os autores.

Ao analisar os três serviços específicos — assentamento de vasos e tanques, aplicação de contrapiso e assentamento de soleiras e portas de madeira — verificou-se que o atraso na compra de materiais e o absenteísmo foram os principais fatores que contribuíram para o não cumprimento das metas estabelecidas. Foram registradas 13 justificativas para cada um desses problemas, representando 23,64% dos casos, conforme demonstrado na Figura 10. O atraso na compra de materiais impactou diretamente o assentamento de vasos e tanques, evidenciando uma falha significativa na logística e no planejamento de suprimentos, o que resultou em interrupções e atrasos nas atividades. Já o absenteísmo, principalmente entre subempreiteiros provenientes de outras cidades, afetou a aplicação de contrapiso e o assentamento de soleiras e portas de madeira. A ausência frequente desses trabalhadores prejudicou a continuidade das atividades e reduziu a eficiência das operações, destacando a importância de estratégias adequadas para a gestão de equipes e a necessidade de assegurar a presença constante de profissionais qualificados.

Em terceiro lugar, o atraso na entrega de materiais foi uma justificativa significativa em 7 ocasiões (12,73%), conforme ilustrado na Figura 10, afetando todos os serviços analisados. Esse atraso reflete a interdependência entre a entrega de materiais e a execução eficiente das atividades, ressaltando a necessidade de uma coordenação eficaz entre fornecedores e equipes de construção. A combinação desses fatores demonstra a complexidade dos desafios enfrentados e a necessidade de um planejamento mais robusto, além de uma gestão proativa para evitar tais problemas. Para mitigar esses impactos em projetos futuros, torna-se crucial implementar um sistema de gestão de suprimentos mais eficiente, melhorar a comunicação com os subempreiteiros e adotar práticas que garantam a disponibilidade oportuna dos recursos necessários ao sucesso das operações.

Por fim, foi realizada uma análise detalhada do período da 20ª à 29ª semana, que apresentou uma sequência de 10 semanas com uma média inferior a 62% (média PPC do projeto). O objetivo dessa análise foi identificar e entender as justificativas para esses desvios, com o intuito de avaliar os principais fatores que influenciaram o não cumprimento das metas.

Figura 11: Quantificação das justificativas da 20ª semana até a 29ª semana (piores resultados).

Fonte: Os autores.

Segundo Souza et al. (2020) as condições adversas de tempo se destacaram como uma das principais justificativas para o não cumprimento das metas. Eventos climáticos inesperados, como chuvas intensas ou mudanças bruscas no clima, têm grande potencial de impactar o andamento de obras, especialmente em atividades externas ou que dependem de condições secas para a execução adequada. Esses fatores reforçam a necessidade de incorporar variáveis climáticas no planejamento, utilizando previsões e criando estratégias para minimizar paralisações, como a adoção de cronogramas mais flexíveis e uso de recursos alternativos durante esses períodos.

Além das condições climáticas, a execução foi comprometida em diversas situações onde o local estava impedido, seja por falta de liberação de áreas ou sobreposição de atividades. A gestão eficiente da ocupação dos espaços de trabalho é fundamental para evitar interferências entre as equipes e garantir um fluxo de trabalho contínuo. Por fim, o planejamento foi outro fator relevante, sendo afetado por mudanças no plano de ataque. Alterações repentinas na sequência de atividades podem gerar desorganização, além de aumentar o tempo de inatividade das equipes. Isso evidencia a importância de um planejamento robusto e adaptável, bem como de uma comunicação eficaz entre os envolvidos para ajustar os cronogramas com agilidade e precisão (Laurent, 2014).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo apresentou uma análise abrangente do desempenho de uma obra no município de Ilhéus-BA, com foco no Percentual Programado Concluído (PPC) e nas principais causas do não cumprimento das metas estabelecidas. A análise revelou que, em apenas 5 das 34 semanas avaliadas, o índice de PPC atingiu 75% ou mais, resultando em uma média geral de 62%. Esse desempenho abaixo do esperado indicou a existência de problemas significativos que impactaram a eficiência e a eficácia do projeto.

As principais justificativas para o não cumprimento das metas foram o absenteísmo, as condições adversas de tempo e as modificações na equipe. O absenteísmo, especialmente entre subempreiteiros provenientes de outras cidades, comprometeu a continuidade das atividades e a coordenação entre os membros da equipe. As condições climáticas desfavoráveis afetaram diretamente serviços críticos, como o assentamento de vasos e tanques e a aplicação de contrapiso, evidenciando a necessidade de considerar variáveis climáticas no planejamento. As modificações na equipe, resultantes de decisões gerenciais, geraram descontinuidade e falta de consistência na execução das tarefas, impactando o assentamento de soleiras e portas de madeira.

Além disso, a análise dos serviços que mais frequentemente não atingiram as metas, como o assentamento de vasos e tanques, aplicação de contrapiso, e assentamento de soleiras e portas de madeira, revelou que o atraso na compra de materiais e a falta de trabalhadores qualificados foram fatores críticos que contribuíram para os atrasos na conclusão das atividades. Esses problemas destacam deficiências na coordenação de suprimentos e na gestão de equipes, ressaltando a necessidade de estratégias mais eficazes para a administração de projetos de construção.

Para melhorar o desempenho e alcançar as metas em futuros projetos, recomenda-se a implementação de um sistema de gestão de suprimentos mais eficiente, com maior controle e planejamento das entregas. A estabilização das equipes e a melhoria na comunicação entre as partes envolvidas são essenciais para evitar atrasos e garantir a continuidade das atividades. Medidas adicionais, como a análise e mitigação de riscos climáticos e o desenvolvimento de um planejamento contingencial, também são fundamentais para garantir a eficiência e o sucesso dos projetos. Este estudo oferece insights valiosos e recomendações práticas que podem contribuir para a melhoria contínua na gestão e execução de obras, promovendo avanços significativos na abordagem dos desafios típicos enfrentados em projetos de construção.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1Discente do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus, Bahia. e-mail: josadaqueb@hotmail.com

2Discente do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus, Bahia. e-mail: taillabomfim1@hotmail.com

3Docente do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus, Bahia. e-mail: professoraittanalins@gmail.com

4Docente do curso de Engenharia Civil, orientador do TCC da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus, Bahia. e-mail: kaique.ourives@gmail.com

5Docente do curso Técnico em Edificações no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, coorientador do TCC da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus, Bahia. e-mail: prof.ramons@gmail.com