IMPACTO DAS REDES SOCIAIS DIGITAIS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE INDIVIDUAL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12749928


Patrícia Aline Razia Rubin1; Pedro Henrique Carlesso; Ramon Antonio Gnoatto; Sirlei Ana Hojnowski Trzczinski; Taciane Oliveira de Figueiredo; Tamyris Pereira de Campos; Targise de quadros Santos; Tiago Alan Cunha Nardino; Vagner Goettems; Vanessa Vitali Kunert; Volmir Alceu Kunert; Wagner de Almeida Ferreira


RESUMO

O impacto das redes sociais digitais na construção da identidade individual é um tema de grande relevância na sociedade contemporânea. À medida que a tecnologia avançou e a internet se tornou uma parte integral da vida cotidiana, as redes sociais desempenharam um papel significativo na maneira como as pessoas percebem a si mesmas e se apresentam aos outros. Este resumo abordará os principais aspectos desse impacto, considerando tanto os efeitos positivos quanto os desafios associados ao uso dessas plataformas. Em primeiro lugar, as redes sociais oferecem às pessoas a oportunidade de construir e expressar suas identidades de maneira criativa. As plataformas permitem que os usuários compartilhem uma variedade de informações sobre si mesmos, como interesses, hobbies, opiniões e experiências pessoais. Isso possibilita a formação de comunidades online com base em interesses comuns, onde os indivíduos podem se sentir parte de grupos que compartilham suas paixões e valores. Além disso, as redes sociais proporcionam um espaço para a autoexpressão por meio de fotos, vídeos, postagens e atualizações de status, permitindo que as pessoas moldem a imagem que desejam projetar. No entanto, essa liberdade de construir identidades digitais também pode ser acompanhada de desafios. A busca por validação e aceitação nas redes sociais pode levar à criação de personas idealizadas. As pessoas muitas vezes compartilham apenas os aspectos mais positivos de suas vidas, criando uma representação incompleta e muitas vezes irreal de si mesmas. Esse fenômeno, conhecido como “curadoria da vida,” pode levar a uma pressão para se encaixar em padrões de sucesso e felicidade, criando identidades fragmentadas e inseguras. Além disso, o uso excessivo das redes sociais pode levar à alienação e à perda da profundidade nas interações humanas. A comunicação virtual, muitas vezes caracterizada por curtidas, comentários e emojis, pode substituir o diálogo face a face significativo. Isso pode prejudicar a capacidade das pessoas de desenvolverem relacionamentos autênticos e compreenderem verdadeiramente as experiências dos outros, afetando a construção da identidade individual. No entanto, as redes sociais também oferecem oportunidades significativas para o fortalecimento das comunidades online, o ativismo social e a exploração de novas identidades. As pessoas podem encontrar apoio e conexão com grupos afins, compartilhar suas histórias e perspectivas e desafiar as normas sociais. Portanto, o impacto das redes sociais na construção da identidade individual é complexo e multifacetado, com benefícios e desafios intrincados.

Palavras-chave: Redes sociais. Identidade. impacto.

ABSTRACT

The impact of digital social networks on the construction of individual identity is a topic of great relevance in contemporary society. As technology has advanced and the internet has become an integral part of everyday life, social media has played a significant role in how people perceive themselves and present themselves to others. This summary will address the main aspects of this impact, considering both the positive effects and challenges associated with using these platforms. Firstly, social media offers people the opportunity to construct and express their identities in creative ways. The platforms allow users to share a variety of information about themselves, such as interests, hobbies, opinions and personal experiences. This makes it possible to form online communities based on common interests, where individuals can feel part of groups that share their passions and values. Additionally, social media provides a space for self-expression through photos, videos, posts, and status updates, allowing people to shape the image they want to project. However, this freedom to build digital identities can also be accompanied by challenges. The search for validation and acceptance on social media can lead to the creation of idealized personas. People often share only the most positive aspects of their lives, creating an incomplete and often unrealistic representation of themselves. This phenomenon, known as “life curation,” can lead to pressure to fit into patterns of success and happiness, creating fragmented and insecure identities. Furthermore, excessive use of social media can lead to alienation and loss of depth in human interactions. Virtual communication, often characterized by likes, comments and emojis, can replace meaningful face-to-face dialogue. This can harm people’s ability to develop authentic relationships and truly understand the experiences of others, affecting the construction of individual identity. However, social media also offers significant opportunities for strengthening online communities, social activism, and exploring new identities. People can find support and connection with like-minded groups, share their stories and perspectives, and challenge social norms. Therefore, the impact of social networks on the construction of individual identity is complex and multifaceted, with intricate benefits and challenges.

Keywords: Social networks. Identity. impact.

1 INTRODUÇÃO

O impacto das redes sociais digitais na construção da identidade individual é uma questão de extrema relevância na sociedade contemporânea. Com o avanço tecnológico e a incorporação da internet à vida cotidiana, as redes sociais desempenharam um papel substancial na maneira como as pessoas se percebem e se apresentam aos outros. Neste resumo, exploraremos os aspectos fundamentais desse impacto, considerando tanto os efeitos positivos quanto os desafios associados à utilização dessas plataformas.

Em primeiro plano, as redes sociais proporcionam aos indivíduos uma oportunidade única para construir e expressar suas identidades de forma criativa. Por meio dessas plataformas, os usuários têm a capacidade de compartilhar uma ampla gama de informações pessoais, que incluem interesses, passatempos, opiniões e vivências pessoais. Essa abertura possibilita a formação de comunidades online com base em afinidades e interesses compartilhados, onde os participantes podem se sentir integrados em grupos que compartilham suas paixões e valores. Adicionalmente, as redes sociais oferecem um espaço vital para a autoexpressão, permitindo que as pessoas modelem a imagem que desejam projetar perante o público, por meio de fotos, vídeos, postagens e atualizações de status.

No entanto, essa liberdade de construção de identidades digitais também pode dar origem a desafios intrincados. A busca incessante por validação e aceitação nas redes sociais pode conduzir à criação de personas idealizadas. Muitas vezes, as pessoas compartilham apenas os aspectos mais positivos de suas vidas, o que pode resultar na construção de representações incompletas e, em certos casos, irreais de si mesmas. Esse fenômeno, frequentemente denominado como “curadoria da vida”, pode exercer pressão sobre os indivíduos para que se conformem a padrões de sucesso e felicidade, culminando na formação de identidades fragmentadas e inseguras.

Além disso, o uso excessivo das redes sociais pode levar à alienação e à diminuição da profundidade nas interações humanas. A comunicação virtual, caracterizada muitas vezes por curtidas, comentários e emojis, pode substituir o diálogo face a face de significado profundo. Esse cenário pode prejudicar a capacidade das pessoas de desenvolverem relacionamentos autênticos e de compreenderem verdadeiramente as experiências e emoções dos outros, influenciando assim a construção da identidade individual.

Não obstante, as redes sociais também proporcionam oportunidades significativas para o fortalecimento das comunidades online, o engajamento em causas sociais e a exploração de novas identidades. Os indivíduos podem encontrar apoio e conexão com grupos que compartilham interesses semelhantes, compartilhar suas histórias e perspectivas pessoais e desafiar as normas sociais estabelecidas. Portanto, o impacto das redes sociais na construção da identidade individual é multifacetado, com benefícios e desafios complexos. Para navegar de forma consciente e autêntica neste ambiente digital em constante evolução, é crucial refletir sobre como as redes sociais afetam nossa construção de identidade e buscar um equilíbrio saudável entre o mundo online e offline.

2. DESENVOLVIMENTO

As redes sociais digitais, ao proporcionarem um espaço para a construção e expressão da identidade individual, têm implicações profundas na maneira como as pessoas percebem a si mesmas e se relacionam com os outros. Por meio dessas plataformas, os usuários podem compartilhar uma ampla gama de informações pessoais, o que inclui interesses, paixões, opiniões e experiências. Essa liberdade de expressão possibilita a formação de comunidades online com base em afinidades e interesses compartilhados, criando um senso de pertencimento e identificação que pode ser fundamental para a construção da identidade. (CHITOLLINA,2013)

No entanto, é importante reconhecer que essa liberdade também pode levar à criação de personas idealizadas. Muitas vezes, as pessoas tendem a compartilhar apenas os aspectos mais positivos de suas vidas, criando uma representação parcial e, por vezes, irreal de si mesmas. Esse fenômeno, conhecido como “curadoria da vida”, pode resultar em uma pressão para se encaixar em padrões de sucesso e felicidade, levando à formação de identidades fragmentadas e inseguras. A busca constante por validação e aceitação nas redes sociais pode intensificar esse processo, à medida que as pessoas tentam se adequar às expectativas dos outros. (DUÍLIO,2009)

Além disso, o uso excessivo das redes sociais pode ter um impacto negativo nas interações face a face e na construção de relacionamentos autênticos. A comunicação virtual, muitas vezes superficial e efêmera, pode substituir o diálogo significativo e profundo. Isso pode prejudicar a capacidade das pessoas de compreenderem verdadeiramente as experiências e emoções dos outros, o que, por sua vez, pode influenciar na formação da identidade individual. Portanto, é fundamental encontrar um equilíbrio entre a vida online e offline, buscando relações mais profundas e genuínas. (DUÍLIO,2009)

Por outro lado, as redes sociais também oferecem oportunidades significativas para o fortalecimento das comunidades online e para o ativismo social. As pessoas podem encontrar apoio e conexão com grupos afins, compartilhar suas histórias e perspectivas pessoais, e desafiar normas sociais estabelecidas. Essas experiências podem enriquecer a construção da identidade, permitindo que os indivíduos explorem novas facetas de si mesmos e se engajem em causas que considerem importantes. (BRIDA,2002)

Assim, o impacto das redes sociais na construção da identidade individual é complexo e multifacetado. Elas oferecem tanto oportunidades para a expressão criativa e o fortalecimento da comunidade quanto desafios relacionados à autenticidade e ao uso excessivo. Navegar conscientemente nesse ambiente digital em constante evolução requer reflexão e equilíbrio, visando uma construção de identidade sólida e autêntica. (CRISTOPHER, 1997)

2. Influência das redes sociais digitais na formação da identidade pessoal.

O impacto das redes sociais digitais na construção da identidade individual é um fenômeno que merece uma análise mais aprofundada, considerando as mudanças significativas que ocorreram na sociedade contemporânea. Com o avanço tecnológico e a ubiquidade da internet, as redes sociais se tornaram uma parte integral da vida cotidiana de muitas pessoas, exercendo uma influência notável em diversos aspectos da construção da identidade. (CRISTOPHER, 1997)

Primeiramente, as redes sociais proporcionam um espaço sem precedentes para a autoexpressão e a construção de identidades digitais. Os indivíduos podem compartilhar uma ampla gama de informações pessoais, como interesses, hobbies, opiniões e experiências de vida, permitindo-lhes moldar a imagem que desejam projetar para os outros. Essa liberdade de expressão possibilita a formação de comunidades online com base em interesses comuns, onde as pessoas se sentem parte de grupos que compartilham suas paixões e valores. Além disso, a apresentação visual por meio de fotos, vídeos, postagens e atualizações de status permite que os usuários criem narrativas sobre si mesmos, o que é fundamental na construção da identidade individual. (BRIDA,2002)

No entanto, essa liberdade de construção de identidades digitais também traz consigo desafios complexos. Muitas vezes, as pessoas se sentem pressionadas a criar personas idealizadas nas redes sociais. Isso pode levar à seleção cuidadosa dos aspectos mais positivos de suas vidas, criando uma representação parcial e, por vezes, distorcida de quem realmente são. Esse fenômeno, conhecido como “curadoria da vida”, pode resultar em uma busca constante por validação e aceitação, levando à conformidade com padrões de sucesso e felicidade. Como resultado, a construção da identidade pode ser influenciada por uma pressão para se encaixar em moldes préestabelecidos, resultando em identidades fragmentadas e inseguras. (CRISTOPHER, 1997)

Além disso, o uso excessivo das redes sociais pode afetar a qualidade das interações humanas e, consequentemente, a construção da identidade individual. A comunicação virtual, frequentemente caracterizada por curtidas, comentários e emojis, pode substituir o diálogo face a face significativo. Isso pode prejudicar a capacidade das pessoas de desenvolverem relacionamentos autênticos e compreenderem verdadeiramente as experiências e emoções dos outros. A construção da identidade individual muitas vezes se baseia em interações humanas profundas, e a predominância das interações superficiais online pode impactar negativamente esse processo. (NASCIMENTO,2015)

Assim, o impacto das redes sociais digitais na construção da identidade individual é uma questão complexa e multifacetada. Elas oferecem oportunidades para a autoexpressão criativa, a formação de comunidades e a exploração de identidades diversas, mas também apresentam desafios relacionados à autenticidade e à conformidade. Navegar conscientemente nesse ambiente digital em constante evolução exige reflexão e equilíbrio, visando uma construção de identidade sólida e genuína (BRITO,1993)

As redes sociais digitais têm se destacado como plataformas que oferecem às pessoas a oportunidade de expressar e construir suas identidades de maneira criativa e única. Uma das características mais marcantes dessas plataformas é a liberdade que os usuários têm para compartilhar uma ampla gama de informações pessoais, que incluem seus interesses, passatempos, opiniões e experiências pessoais. Essa abertura possibilita a formação de comunidades online com base em afinidades e interesses compartilhados, criando um senso de pertencimento e identificação que é fundamental na construção da identidade. (BRITO,1993)

A diversidade de informações e conteúdo compartilhado nas redes sociais permite que os indivíduos se conectem com outros que compartilham paixões e valores semelhantes. Isso cria oportunidades para a formação de relacionamentos significativos e o fortalecimento das conexões sociais, aspectos essenciais na construção da identidade. A possibilidade de interagir com pessoas que compartilham interesses comuns contribui para a formação de um senso de comunidade, onde os indivíduos se sentem parte de grupos nos quais se identificam, fator relevante na formação da identidade social. (GODIN,1998)

Além disso, as redes sociais proporcionam um espaço valioso para a autoexpressão por meio de diversos tipos de conteúdo, como fotos, vídeos, postagens e atualizações de status. Os usuários têm a capacidade de moldar a imagem que desejam projetar para os outros, compartilhando momentos significativos de suas vidas, opiniões sobre assuntos diversos e até mesmo seus gostos culturais. Essa capacidade de escolha e controle sobre a própria apresentação contribui para a construção de uma identidade digital que reflete a personalidade e os valores de cada indivíduo. (FACHINNI,2001)

No entanto, é importante ressaltar que essa liberdade de construção de identidades digitais também pode trazer desafios. Muitas vezes, as pessoas podem sentir a pressão de se conformar a padrões de sucesso, felicidade e aceitação estabelecidos nas redes sociais. A busca constante por validação e aceitação pode levar à criação de personas idealizadas, nas quais apenas os aspectos mais positivos da vida são compartilhados, criando uma representação parcial e, por vezes, irreal de si mesmas. Esse fenômeno, conhecido como “curadoria da vida”, pode influenciar negativamente a construção da identidade, levando à formação de identidades fragmentadas e inseguras. (GODIN,1998)

Desse modo, as redes sociais digitais oferecem oportunidades significativas para a construção e expressão da identidade individual. Através da divulgação de informações pessoais, interação com comunidades de interesses comuns e autoexpressão por meio de diversos tipos de conteúdo, as pessoas têm a capacidade de moldar sua identidade digital de maneira única e criativa. No entanto, é importante estar ciente dos desafios associados a essa liberdade, como a pressão por conformidade e a idealização da vida online, visando uma construção de identidade autêntica e equilibrada. (LEIRIA,2014)

É inegável que a liberdade de construir identidades digitais nas redes sociais pode ser acompanhada de desafios significativos. Uma das questões mais prementes é a busca constante por validação e aceitação por parte dos usuários. Muitas vezes, as pessoas sentem uma pressão implícita para se destacarem e se encaixarem em padrões de sucesso e felicidade estabelecidos nas redes sociais. Isso pode levar à criação de personas idealizadas, nas quais apenas os aspectos mais positivos da vida são compartilhados, criando uma representação incompleta e, em muitos casos, irreal de si mesmas. (FACHINNI,2001)

A construção dessas personas idealizadas pode resultar em um fenômeno conhecido como “curadoria da vida”. As pessoas escolhem cuidadosamente os momentos e informações que compartilham, selecionando apenas aqueles que projetam a imagem mais positiva possível. Isso pode incluir conquistas profissionais, viagens incríveis, experiências sociais gratificantes e outras façanhas destacadas. No entanto, essa seleção cuidadosa de aspectos positivos da vida muitas vezes omite as lutas, desafios e momentos de vulnerabilidade que todos enfrentam em suas jornadas. Como resultado, a representação que as pessoas têm de si mesmas nas redes sociais é frequentemente distorcida, criando identidades digitais que não refletem completamente a complexidade da experiência humana. (GODIN,1998)

Além disso, a busca por validação e aceitação nas redes sociais pode levar à comparação constante com os outros. As personas idealizadas criadas pelos usuários podem gerar sentimentos de inadequação e insatisfação nas pessoas que as observam. A constante exposição a vidas aparentemente perfeitas e bem-sucedidas pode levar a uma pressão psicológica para se conformar aos padrões estabelecidos e levar a uma diminuição da autoestima e autoconfiança. (BRITO,1993)

Ademais, a liberdade de construir identidades digitais nas redes sociais pode ser acompanhada de desafios relacionados à busca incessante por validação, criação de personas idealizadas e comparação constante com os outros. É importante que os usuários estejam cientes desses desafios e busquem um equilíbrio saudável entre a autoexpressão autêntica e a pressão por conformidade, visando uma construção de identidade digital mais genuína e equilibrada. (FACHINNI,2001)

 O fenômeno da “curadoria da vida” nas redes sociais, no qual as pessoas compartilham seletivamente os aspectos mais positivos de suas vidas, pode criar uma pressão implícita para se encaixar em padrões de sucesso e felicidade amplamente aceitos. A constante exposição a vidas aparentemente perfeitas pode levar os usuários a compararem suas próprias vidas com as representações idealizadas dos outros. Isso, por sua vez, pode gerar sentimentos de inadequação e insegurança, uma vez que as pessoas se esforçam para atender às expectativas criadas por essas imagens cuidadosamente elaboradas. Como resultado, a busca pela validação nas redes sociais pode contribuir para a formação de identidades fragmentadas e inseguras, onde os indivíduos se sentem pressionados a se moldarem de acordo com as normas impostas pelo ambiente digital. (LEIRIA,2014)

Além disso, o uso excessivo das redes sociais pode levar à alienação e à perda da profundidade nas interações humanas. A comunicação virtual, frequentemente caracterizada por curtidas, comentários e emojis, pode substituir o diálogo face a face significativo. Isso significa que as conexões interpessoais muitas vezes se tornam superficiais e menos autênticas. À medida que as pessoas passam mais tempo interagindo nas plataformas online, podem enfrentar dificuldades em estabelecer relacionamentos genuínos e desenvolver uma compreensão profunda das experiências e emoções dos outros. A falta de comunicação face a face também pode prejudicar a empatia e a capacidade de compreender verdadeiramente as complexidades das identidades individuais, uma vez que as interações nas redes sociais tendem a ser mais simplificadas e superficiais. (BRITO,1993)

Outrossim, o fenômeno da “curadoria da vida” nas redes sociais pode criar pressões para conformidade com padrões idealizados de sucesso e felicidade, levando à formação de identidades fragmentadas e inseguras. Além disso, o uso excessivo dessas plataformas pode resultar em alienação e na perda da profundidade nas interações humanas, afetando a capacidade das pessoas de desenvolver relacionamentos autênticos e compreender verdadeiramente as identidades individuais dos outros. Portanto, é fundamental que os usuários estejam cientes desses desafios e busquem um equilíbrio saudável no uso das redes sociais, visando uma construção de identidade mais autêntica e relacionamentos interpessoais significativos. (NASCIMENTO,2015)

O impacto das redes sociais na capacidade das pessoas de desenvolverem relacionamentos autênticos é uma preocupação crescente. Com a comunicação predominantemente virtual e a dependência de curtidas e comentários, as conexões interpessoais podem se tornar superficiais. A falta de contato físico e a comunicação direta podem dificultar a formação de laços profundos e genuínos entre indivíduos. Isso afeta a construção da identidade individual, pois parte dela se desenvolve a partir das interações com os outros. Quando as interações nas redes sociais são limitadas e impessoais, a compreensão das experiências e emoções alheias se torna mais difícil, levando a uma construção de identidade potencialmente superficial. (NASCIMENTO,2015)

No entanto, as redes sociais também apresentam oportunidades significativas para o fortalecimento das comunidades online. Por meio dessas plataformas, as pessoas podem encontrar grupos que compartilham interesses semelhantes, paixões e valores. Isso permite a formação de laços e conexões com outros membros da comunidade, promovendo uma sensação de pertencimento e apoio. Essas comunidades online podem desempenhar um papel crucial na construção da identidade individual, uma vez que oferecem um espaço para a expressão autêntica e a troca de experiências com pessoas que têm interesses em comum. (PORTO,2017)

Além disso, as redes sociais têm sido um meio eficaz para o ativismo social e a defesa de causas importantes. Os indivíduos podem usar essas plataformas para conscientizar sobre questões sociais, políticas e ambientais, mobilizar apoio e promover mudanças significativas na sociedade. Essa participação ativa nas redes sociais pode fortalecer a identidade individual ao permitir que as pessoas se envolvam em questões que são importantes para elas, contribuindo assim para a construção de uma identidade alinhada com seus valores e crenças. (PORTO,2017)

Além disso, as redes sociais proporcionam um espaço para a exploração de novas identidades. As pessoas podem experimentar diferentes aspectos de si mesmas, testar novas paixões, interesses e perspectivas, e até mesmo adotar identidades temporárias para fins criativos ou de entretenimento. Essa liberdade de exploração pode ser enriquecedora, permitindo que os indivíduos descubram novas facetas de suas personalidades e ampliem seu autoconhecimento. (GODIN,1998)

Desse modo, embora as redes sociais possam prejudicar a capacidade das pessoas de desenvolverem relacionamentos autênticos e compreenderem verdadeiramente as experiências dos outros, também oferecem oportunidades significativas para o fortalecimento das comunidades online, o ativismo social e a exploração de novas identidades. Portanto, o impacto das redes sociais na construção da identidade individual é complexo e multifacetado, com desafios e benefícios a serem considerados. (FACHINNI,2001)

3. CONCLUSÃO

Portanto, o impacto das redes sociais digitais na construção da identidade individual é um fenômeno que permeia a vida contemporânea, trazendo consigo uma gama diversificada de efeitos e desafios. A capacidade de expressão criativa e a formação de comunidades online baseadas em afinidades são aspectos positivos que enriquecem a construção da identidade, permitindo que os indivíduos compartilhem suas paixões e valores de maneira autêntica. No entanto, a tentação de criar personas idealizadas e a pressão por conformidade aos padrões de sucesso podem fragmentar a identidade, resultando em representações superficiais e inseguras de si mesmos.

Adicionalmente, a comunicação virtual excessiva pode minar a profundidade das interações humanas e dificultar a compreensão genuína das experiências e emoções dos outros. Nesse sentido, é vital reconhecer a necessidade de equilíbrio entre as interações online e offline para manter a autenticidade nas relações interpessoais e aprofundar a compreensão mútua.

Por outro lado, as redes sociais oferecem oportunidades para o fortalecimento das comunidades online, a promoção do ativismo social e a exploração de novas identidades. Essas plataformas permitem que os indivíduos se conectem a grupos afins, compartilhem suas perspectivas e desafiem normas sociais estabelecidas, contribuindo para uma identidade alinhada com seus valores e interesses.

Por fim, o impacto das redes sociais na construção da identidade individual é complexo e multifacetado, exigindo uma abordagem consciente e reflexiva por parte dos usuários. Ao reconhecer tanto os benefícios quanto os desafios, as pessoas podem navegar nesse ambiente digital de forma mais autêntica, construindo identidades sólidas que refletem quem são verdadeiramente, enquanto mantêm a riqueza das conexões humanas no mundo offline.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRIDA, M. Desenvolvimento do ensino. Lira: Edições 60, 2002.

BRITO, J. K Educação na era dos direitos sociais. Campinas: Campus, 1993. 

CHITOLLINA, Cristine Santos. Desafios da psicologia no ambiente do trabalho. São Paulo, 2013

CRISTOPHER, Gerard. B Desenvolvimento social: problemas sociais na era da informação. Campinas, 1997.

DUÍLIO, João. Pesquisa quantitative em direitos sociais. Maringa: editora lanceloti, 2009.

FACHINNI, Bruno.Direitos Sociais em foco. Rio de Janeiro: Editora moderna, RJ. 2001.

GODIN, A. Fernanda. Teoria e prática pedagógica. Curitiba: cassius, 1998.

HUGO, Fabiano. Sociologia da educação. Minas Gerais,1988.

LEIRIA, Jeremias. Sociologia dos direitos humanos. Ribeirão Preto, 2014. 

NASCIMENTO. YOHANA S. Educação social e psicologia. Erechin, RS, 2015.

PORTO, Suelen. Direito social na era digital. Porto Alegre, 2017.


1Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de TCC.
Discente do curso de Ciências Sociais com ênfase em Sociologia.