IMPACT OF USING EXTRA VIRGIN OLIVE OIL AND EXTRA VIRGIN AVOCADO OIL ON THE WEIGHT LOSS PROCESS.
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202408060125
Kamilla Ribeiro Dias1
Jéssica Mariana Miranda Alves1
Mirian Patrícia Castro Pereira Paixão2
RESUMO
A obesidade trata-se de uma doença crônica, que pode causar problemas cardiovasculares, tornando-se um problema de saúde pública. Com isso, a busca por intervenções dietéticas que auxiliam no processo do emagrecimento é de grande relevância. Dito isso, o objetivo deste estudo consistiu em avaliar o impacto da utilização do azeite de oliva extra virgem e do azeite de abacate extra virgem no emagrecimento em praticantes de atividade física. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, experimental, duplo-cego, controlado por placebo, realizado em academias e na clínica do Centro Universitário de Vitória, Espírito Santo e que apresenta uma amostra de 45 indivíduos, com idade entre 20 a 59 anos. O estado nutricional foi analisado por meio da avaliação dos dados antropométricos e do consumo alimentar. A fim de avaliar a adequação de ingestão de nutrientes e energia utilizou-se a ingestão dietética recomendada, havendo também a elaboração de planos alimentares individualizados, orientação e intervenção nutricional. No que concerne aos aspectos éticos, somente participaram da pesquisa os pacientes que assinaram o termo de compromisso livre e esclarecido, com o referido projeto enviando ao comitê de ética do Centro Universitário Salesiano (CAAE: 65749222.0.0000.5068). Os dados quantitativos foram descritos em média, desvio padrão, mediana, máximo e mínimo e as variáveis qualitativas descritas a partir de frequência absoluta e relativa. Espera-se que a partir deste estudo seja possível identificar um impacto na utilização do azeite extra virgem de abacate e oliva na saúde e na redução do tecido adiposo dos participantes.
Palavras-chave: Azeite extra virgem de oliva, azeite de abacate, emagrecimento, obesidade e atividade física.
ABSTRACT
Obesity is a chronic disease that can cause cardiovascular problems, becoming a public health problem. Therefore, the search for dietary interventions that help in the weight loss process is of great relevance. That said, the aim of this study was to evaluate the impact of using extra virgin olive oil and extra virgin avocado oil on weight loss in physical activity practitioners. This is a randomized, experimental, double-blind, placebo-controlled clinical trial, carried out in gyms and at the clinic of the University Center of Vitória, Espírito Santo, with a sample of 45 individuals, aged between 20 and 59 years. Nutritional status was analyzed by assessing anthropometric data and food consumption. In order to assess the adequacy of nutrient and energy intake, the recommended dietary intake was used, with the development of individualized food plans, guidance and nutritional intervention. With regard to ethical aspects, only patients who signed a free and informed commitment term participated in the research, with the aforementioned project sent to the ethics committee of Centro Universitário Salesiano (CAAE: 65749222.0.0000.5068). Quantitative data were described as mean, standard deviation, median, maximum and minimum and qualitative variables described from absolute and relative frequency. It is expected that from this study it will be possible to identify an impact in the use of extra virgin avocado and olive oil on the health and reduction of the participants’ adipose tissue.
Key words: Extra virgin olive oil, avocado oil, weight loss, obesity and physical activity.
1. INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade como o acúmulo anormal ou excesso de gordura no corpo (Oliveira e colaboradores, 2020). Além disso, trata-se de uma doença crônica, que pode causar outros problemas cardiovasculares. Visto que, a gordura corporal excessiva provoca um estado inflamatório no organismo (Panuganti e colaboradores, 2022).
A Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2019) afirma que a obesidade é um dos fatores que aumenta as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), visto que estão associadas a hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes tipo 2, entre outras enfermidades associadas.
A classificação da obesidade é caracterizada pelo índice de massa corporal ou IMC igual ou acima de 30 kg/m² (BVS, 2022). Apesar de ser a principal ferramenta, existem outros instrumentos que podem ser utilizados para diagnóstico, como a medida da circunferência da cintura e a bioimpedância, para o auxílio diagnóstico (Trinks, 2019).
A obesidade e o sobrepeso apresentam números crescentes a cada ano, de forma epidêmica, tornando-se uma problemática extensa na saúde pública, englobando todas as faixas etárias da população (Brasil, 2022). Segundo o Mapa da Obesidade da Abeso (2021), a estimativa feita pela VIGITEL (2019) indica que em 2025 tenham 2,3 bilhões de adultos acima do peso. Referente às doenças crônicas no Brasil, houve um aumento de 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.
A qualidade e expectativa de vida estão reduzindo devido à obesidade, o que também tem relação com o aumento de risco para doenças cardiovasculares (SAPS, 2022). O excesso de peso está associado ao risco das alterações cardiovasculares gerando modificações da produção de adipocinas com o aumento da expressão do fator necrose tumoral alfa (TNF-alfa), interleucina (IL-6), inibidor do fator ativador de plasminogênio 1 (PAI-1), e redução da expressão de adiponectina no tecido adiposo. Esses efeitos deletérios causam um processo pró-inflamatório que sugere uma disfunção endotelial no estágio inicial de aterosclerose em indivíduos que estão com excesso de peso (Rossini e colaboradores, 2021).
Com a chegada do COVID-19 (SARs-Cov-2) em 2020, aumentou os pedidos de deliveries, sendo que alguns dos alimentos consumidos eram: pizza, hambúrguer, doces, bolos, salgados, que possuem alta densidade calórica e baixo valor nutricional (Botelho e colaboradores, 2020). Devido à população ficar em isolamento social, elevou-se o número de indivíduos sedentários, reduzindo a prática da atividade física (Ferreira, 2021) e de acordo com Pitanga e colaboradores (2020), a inatividade física associada à alimentação inadequada contribui para o aumento das DCNT, como à obesidade.
É sabido que a qualidade e a quantidade dos alimentos, em especial as fontes de gorduras, impactam na patogênese e na prevenção das doenças cardiovasculares. Dito isso, o alto teor de gorduras saturadas e trans estão relacionados com efeitos deletérios à saúde, estando associados com a obesidade e com o risco de doenças cardiovasculares, quando inserida no contexto de uma alimentação rica em açúcares e baixa concentração de fibras (Izar e colaboradores, 2021).
Os ácidos graxos saturados influenciam na concentração plasmática do colesterol, aumentando a Lipoproteína de baixa densidade (LDL). Os ácidos graxos trans contribuem para o aumento do LDL colesterol e diminuem a Lipoproteína de alta densidade (HDL), resultando em processos inflamatórios crônicos. (Baylão e colaboradores, 2021). A troca das gorduras saturadas e trans por mono e poli
Insaturadas no consumo alimentar é uma estratégia que reduz o risco de Doenças Cardiovasculares (Izar e colaboradores, 2021).
Segundo o Posicionamento sobre o Consumo de Gorduras e Izar e colaboradores (2021), a ingestão de lipídeos totais é o mesmo que a DRI (IOM, 2006), sendo de 20% a 35% do valor calórico total. No que concerne à recomendação dos ácidos graxos monoinsaturados, o consumo deve 15% da energia total para reduzir o risco cardiovascular. Já os ácidos graxos poli insaturados, ácido linoleico (n-6) é de 5% a 10%, ácido linolênico (n-3) é de 0,6% a 1,2% e ácidos graxos saturados, ácidos graxos trans e colesterol Dietético é o mais baixo possível ao se consumir em uma dieta adequada.
Enquanto que, os ácidos graxos saturados para adultos sem comorbidades deve ser menor que 10% do Valor Energético Total (VET) e indivíduos adultos que apresentam fatores de risco associados à doença cardiovascular, o consumo deve ser menor que 7% (VET) e de colesterol, o consumo para indivíduos sem comorbidades não deve ultrapassar 300 mg diário (Izar, 2021). Vale ressaltar que a escolha dos alimentos deve ser preferencialmente proveniente de alimentos vegetais e/ou de seus respectivos óleos, salientando a importância do consumo moderado de acordo com o Guia Alimentar da População Brasileira (Brasil, 2014) por serem ricos em calorias.
A busca por intervenções dietéticas com inserção de alimentos que possuem compostos bioativos é de grande importância, visto que contribuem para a prevenção e a modulação das vias metabólicas associadas ao desenvolvimento da DCNT, entre elas a obesidade (Oliveira e colaboradores, 2020). Dito isso, o azeite extra virgem é muito utilizado pela população e os seus efeitos estão relacionados a atividades antioxidante e anti-inflamatória, possuindo altas taxas de vitaminas E, carotenoides e polifenóis (Trovão; Silva, 2022). No decorrer dos tempos, o azeite vem sendo muito utilizado na alimentação dos indivíduos (Medeiros, 2020), sendo considerado pelo Guia Alimentar da População Brasileira (Brasil, 2014) um produto alimentício fabricado pela indústria com a extração de substâncias presentes em alimentos provenientes da natureza. Estes contribuem para diversificar e oferecer mais sabor ao alimento, sem torná-lo nutricionalmente desbalanceado, desde que, em moderação.
O azeite pode ser do tipo virgem, extra virgem e não virgem, sendo que o extra virgem é considerado o melhor azeite por conta de suas características sensoriais, estabilidade oxidativa e composição química, tem grau de pureza maior e menor acidez, sem sofrer influência do calor, aditivo ou solvente. Contém vitaminas, antioxidantes e pode ser consumido cru (Costa, 2019).
O azeite de oliva é produzido a partir da oliveira, que é nativa do Sul do Cáucaso, e no Brasil foi introduzida há alguns séculos nas regiões Sul e Sudeste do país (Tejero e colaboradores, 2020), porém, atualmente o Brasil importa 99,9% do azeite de oliva consumido, sendo um dos maiores importadores mundiais. A produção brasileira é baixa por conta das oliveiras não terem atingido o auge de sua maturação, e assim, quando produzido o produto tem um preço elevado comparado com a média internacional (Caye e colaboradores, 2020).
Outra opção de azeite pode ser sua extração do abacate. O abacateiro cuja fruta é o abacate é muito consumida pelo brasileiro, tendo uma alta produção no país, mas não é nativa do Brasil e sim da América Central e do México (Duarte, 1998). E no Brasil existe muito cultivo de abacate, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020) o estado de São Paulo é o maior produtor de abacate, seguido por Minas Gerais. De acordo com Silva (2019), Minas Gerais destaca-se como o maior produtor do azeite de abacate extra virgem, as variedades mais comuns e produzidos são o Ouro, Verde, Quintal, Geada, Fortuna, Breda, Margarida, Avocado e Fuerte, dentre esses, as variedades Breda, Margarida e o Avocado produzem azeites de alto valor nutricional.
O azeite de abacate extra virgem é um produto que possui propriedades físico-químicas semelhantes ao de oliva, principalmente pelo ácido oleico que tem ação anti-inflamatória que encontra-se presente em ambos. Ainda no mesmo estudo, o autor relata que o óleo de abacate para ser consumido, é necessário passar pelo refinamento. Em relação ao aquecimento à temperatura de 180 °C por mais de 4 horas, aumenta-se significativamente o índice de peróxidos, além de reduzir a estabilidade oxidativa do mesmo, fazendo-o impróprio para o consumo. O azeite de abacate extra virgem tem alto teor de ácidos graxos monoinsaturados e é uma excelente fonte de compostos bioativos, como tocoferóis, carotenoides e fitosteróis (Almeida e colaboradores, 2018).
A relação do azeite de oliva extra virgem com o azeite de abacate extra virgem com a obesidade se dá devido à excelente composição nutricional, com funções anti-inflamatórias (Oliveira e colaboradores, 2020), antioxidante, com compostos bioativos, conforme citado acima. E isso se faz relevante, uma vez que a obesidade é uma inflamação crônica, pois ocorre a liberação de adipocinas pró inflamatórias (TNF-alfa) através dos adipócitos, que promove a ação dos macrófagos para a área atingida, ocasionando o processo inflamatório e o estresse oxidativo.
Por conseguinte, as propriedades do azeite de oliva extra virgem podem influenciar nas características dos marcadores anti-inflamatórios reduzindo os níveis de IL-6, TNF-alfa e auxiliar nesse processo pró-inflamatório que o obeso encontra se. Em relação ao azeite de abacate extra virgem, mesmo tendo excelente composição nutricional como as ações anti-inflamatórias entre outros já citados, a quantidade de estudos que avaliam os efeitos do consumo do mesmo sobre a saúde humana é escassa, abrindo um campo para novas pesquisas (Almeida e colaboradores, 2018).
Perante o exposto, o conhecimento sobre os benefícios do azeite de abacate extra virgem ainda é carente, quando comparado ao de oliva. Dito isso, o conhecimento das propriedades funcionais dos alimentos tem potencial em modular a inflamação na obesidade. E o excesso de peso e obesidade está aumentando no decorrer do tempo, estando essa prevalência relacionada à predisposição do surgimento de diversas doenças crônicas ou agravamento delas. Esse quadro epidêmico é dado como cenário problemático da saúde pública mundial (Panuganti e colaboradores, 2022). Dito isso, trata-se de grande relevância estudos que correlacionam alimentos com a melhora do estado nutricional, contribuindo para o emagrecimento.
Diante dos fatores envolvidos na obesidade, o consumo de lipídios merece destaque devido à alta ingestão de gorduras saturadas e trans, quando comparado à ingestão de gorduras mono e poli-insaturadas. A troca das saturadas e trans pelas insaturadas contidas no azeite tem efeitos benéficos na saúde, tais como: diminuição dos riscos cardiovasculares, melhora na função endotelial, redução da inflamação, do estresse oxidativo e perda de peso (Lopes; Peluzio; Hermsdorff, 2016).
Com isso, a qualidade dos lipídios na dieta pode contribuir para o aumento ou diminuição do risco de obesidade e Doenças Cardiovasculares, levando em consideração a esse aspecto, é de grande importância à realização de estudos para aumentar a diversidade de opções de alimentos ricos em ácidos graxos poli insaturados, pois quando este está associado a alimentação saudável, contribui para a prevenção e redução do risco de doenças cardiovasculares e redução do peso corporal, como demonstra no quadro 1.
Quadro 1: Estudos com azeite e óleo de coco para a saúde (Continua)
Fonte: Elaboração própria.
Sobre o consumo do azeite de oliva no Brasil por ser importado (Caye e colaboradores, 2020) e em contrapartida, o abacate é cultivado em grande escala na maioria das regiões do país (Silva, 2019), torna-se um alto potencial de produção de azeite de abacate extra virgem no Brasil, podendo ser uma possibilidade futura do azeite de abacate atuar no mercado de exportação, gerando mais economia local.
Na literatura são escassos os estudos associando o uso do azeite de abacate à redução de peso.
Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o impacto da utilização do azeite de oliva extra virgem e do azeite de abacate extra virgem no processo de emagrecimento nos praticantes de atividade física, com a prescrição dietoterápica individualizada e acompanhamento dos indicadores nutricionais antropométrico durante a intervenção.
2. METODOLOGIA
2.1 DESENHO DO ESTUDO
A pesquisa clínica primária foi um ensaio clínico randomizado, experimental, duplo-cego, controlado por placebo. Foi aplicada, descritiva, explicativa, analítica e de campo, com formas de observação estruturada, sistematizada e participante, com abordagem qualiquantitativa, pois envolveu mensuração de variáveis pré determinadas e a análise objetiva de dados coletados e tradução em números, além das informações coletadas para classificação e análise das mesmas. Tratou-se de um desenho de ensaio clínico randomizado, com prevalência longitudinal, por conveniência, incluindo em torno de 40 indivíduos, de ambos os sexos, com objetivo de emagrecimento, com idade entre 20 a 59 anos.
O projeto foi apresentado tanto ao Comitê de Ética e após aprovação quanto aos voluntários participantes. Só participaram do estudo aqueles que foram orientados sobre os objetivos e concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os voluntários foram selecionados em academias e em uma clínica do Centro Universitário de Vitória, Espírito Santo (ES). Os atendimentos foram realizados no próprio local, no qual se avaliou o estado nutricional e o consumo alimentar através de uma ficha de anamnese clínico-nutricional. Todos foram informados do objetivo deste estudo, sendo realizada a coleta de dados e a avaliação objetiva (antropometria) para realizar a avaliação do estado nutricional dos pacientes.
Todos os voluntários foram instruídos a manter suas atividades físicas habituais durante o período do estudo. Foi informado o objetivo deste estudo e que teria como benefício a avaliação e o acompanhamento nutricional acompanhado de intervenção clínica, visando a redução da massa gorda corporal e melhora do estado nutricional. Informou-se sobre a disposição a ser randomizado a consumir 12 g diariamente da gordura designada a ele por um período de 6 semanas.
Os pacientes elegíveis foram designados para três grupos, sendo denominado como grupo do azeite de oliva, grupo do azeite abacate e grupo placebo. Foi entregue o plano alimentar para ambos os grupos, sendo que o grupo do azeite de abacate foi entregue às quantidades do azeite extra virgem de abacate, com a ingestão de um período de 6 semanas, sendo reforçada a orientação para a sua ingestão adequada na alimentação diária, sendo 12 g/dia, conforme orientação prescrita no plano alimentar que foi entregue. O grupo do azeite de oliva foi orientando o consumo do azeite de oliva extra virgem com a mesma quantidade e orientações do grupo do azeite de abacate, a aquisição do produto foi do voluntário. Já o grupo placebo seguiu o plano alimentar entregue sem a indicação de adição de nenhum óleo.
O azeite de abacate extra virgem foi doado pela empresa Flor de AbacateⓇ, que entregaram a quantidade para todos os participantes do grupo do azeite de abacate. Foram entregues adjacentes aos produtos alimentares. Utilizou-se como referência o estudo da Valerius e colaboradores (2018) adaptados, no qual se observou que o efeito dos óleos pode auxiliar na redução de circunferência abdominal e diminuição de peso corporal. A autora sugere, para um efeito mais expressivo, a necessidade de aliar uma dieta adequada e a prática regular de exercícios físicos.
2.2 ANÁLISES DOS DADOS
Os dados foram apresentados a partir de estatística descritiva, com as variáveis quantitativas analisadas na forma média mais ou menos em desvio padrão e as variáveis qualitativas apresentadas por meio das frequências absoluta e relativa. O trabalho foi analisado com auxílio do Excel ano/versão.
2.2.1 Aspectos Éticos
O projeto foi apresentado ao Comitê de Ética e após aprovação, foi apresentado aos voluntários. Só participaram do estudo aqueles que foram orientados sobre os objetivos e concordarem em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1). Os critérios de inclusão e exclusão: Os voluntários deveriam se enquadrar nas categorias a seguir: 1) idade de 20 a 59 anos; 2) indivíduos ativos, praticantes de alguma atividade física regular; 3) Objetivo de emagrecimento; Exclusão: Foram excluídos voluntários que não preencheram por completo os questionários aplicados e/ou preencheram de maneira incorreta.
2.2.2 Variável Sociodemográfica
Para avaliar as variáveis sociodemográficas foram realizadas perguntas contidas na anamnese clínico nutricional (Fisberg, 2005) em que as perguntas abordaram questões referentes à identificação, sendo informada a idade do participante, a situação conjugal, renda familiar e ocupação/profissão.
2.2.3 Avaliação do Consumo Alimentar
Para avaliar a ingestão alimentar atual foi aplicado um recordatório alimentar de 24 horas (Acuña, 2004) presente na ficha de anamnese clínico-nutricional (Fisberg, 2005). Na avaliação da qualidade nutricional da ingestão habitual foram analisados os nutrientes de acordo com a Dietary Reference Intakes (DRI), sendo estes os carboidratos, proteínas, lipídios, cálcio, ferro, vitamina A, C, sódio, potássio e fibras totais (IOM, 2006). Além disso, para identificar o consumo dos nutrientes foi utilizado o (software DietBox®).
2.2.4 Avaliação do Estado Nutricional
Para a avaliação antropométrica dos indivíduos, foram realizadas as aferições de altura, peso, Índice Massa Muscular (IMC) conforme demonstra no quadro 2, dobra cutânea tricipital, circunferência do braço, circunferência da cintura e balança bioimpedância.
Quadro 2: Classificação do estudo nutricional segundo o IMC.
Fonte: OMS, 2000; WHO, 1995.
Altura: É aferido através do estadiômetro, o paciente ficará de pé e de costas para o equipamento com panturrilha, glúteos, ombros e cabeça tocando a parede ou do equipamento. Tem de se voltar o rosto no plano de Frankfurt. Posiciona-se o suporte sobre a cabeça, de tal forma que pressione apenas o cabelo (Sampaio e colaboradores, 2013).
Peso: Para essa aferição será utilizado uma balança digital de bioimpedância da marca (Tanita), que suporta 150 kg de peso corporal. Este equipamento deve se encontrar no chão e nivelado para garantir estabilidade do mesmo. O peso é constituído por todos os elementos corporais, não deve utilizá-lo unicamente para realização do diagnóstico, pois, indivíduo que tem muita massa muscular, edema e desidratação podem ocultar a verdadeira condição do paciente (BVS, 2022).
IMC: É realizado através da divisão do peso em quilogramas em relação a altura em metros quadrados, para classificação utiliza-se os parâmetros descritos no quadro 2 (BVS, 2022).
Para a aferição das circunferências dos participantes, utilizou-se uma fita métrica inextensível. Circunferência do braço: o paciente deve estar em pé, com o braço posicionado no ângulo de 90 graus, com a palma da mão voltada para cima, Realiza-se a identificação da extremidade da proeminência do acrômio da escápula e o processo olécrano da ulna. Faça a medição da distância entre estes dois pontos e marque o ponto médio. Solicite ao paciente que relaxe o braço. Com a fita métrica, contorne o braço no ponto médio do braço e faça a aferição da circunferência do braço.
Circunferência cintura: o paciente deve estar em pé, com a região abdominal à mostra, cruzando os braços, com a fita métrica, no qual posiciona-se no o ponto médio entre a crista ilíaca e o rebordo da última costela. a classificação é mediante a figura 1.
Figura 1: Tabela da classificação da circunferência cintura.
Fonte: OMS, 2000.
Para classificação do percentual de gordura da balança bioimpedância, utilizou-se a figura 2.
Figura 2: Classificação da ∑ de dobras cutâneas para ambos os gêneros.
Fonte: Lohman e colaboradores (1992).
2.3 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL
A intervenção nutricional consiste em analisar primeiramente o perfil do participante através da ficha de anamnese clínico nutricional (Fisberg, 2005), sendo separados os grupos que utilizaram azeite extra virgem de oliva, outro com a utilização do azeite extra virgem de abacate e outro como grupo placebo, que não utilizaram nenhum azeite. Em seguida, foram realizadas as intervenções como plano alimentar individualizado e orientações nutricionais. Aconteceram três consultas, a inicial para avaliação e diagnóstico, a segunda para entrega do plano alimentar e a terceira para reavaliação final, durante as semanas entre os retornos todos os pacientes receberam informações nutricionais com os seguintes temas: Comer com atenção plena, ultraprocessados e açúcares, classificação dos alimentos, como utilizar a lista de substituição, nutrição do pré e pós-treino e tratando o intestino (Brasil, 2014).
2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
O programa utilizado nas análises foi o IBM SPSS Statistics version 24. A descrição foi realizada pela frequência observada, porcentagem, média e desvio padrão. O teste t de ‘Student’ para amostras pareadas foi utilizado para comparação dos dados antropométricos e dietéticos entre as avaliações inicial x final e entre o que foi consumido x prescrito, estratificando-se em cada grupo.
A ANOVA para medidas independentes foi utilizada para a comparação de cada dado antropométrico e dietético entre os grupos (azeite de oliva, azeite de abacate e placebo) nos tempos inicial e final e também para o que foi consumido e prescrito. O nível alfa de significância utilizado foi de 5%.
3. RESULTADOS
A população foi composta inicialmente por 40 indivíduos, sendo 10 pessoas do grupo placebo, 11 pessoas do grupo do azeite de abacate e 19 pessoas do grupo do azeite de oliva, porém, no decorrer da pesquisa, 10 participantes desistiram. Conforme demonstra a tabela 1, ambos os grupos, a predominância era do sexo feminino, sendo 90% do grupo placebo, 81,8% do grupo do azeite de abacate e 100% do grupo do azeite de oliva.
Os grupos foram compostos pela maioria dos indivíduos com o estado civil casado, sendo 60% do placebo, 72,7% do azeite de abacate e 76,5% do azeite de oliva. A renda familiar predominante foi de 2,5 a 3,5 salários mínimos, sendo 60% do grupo placebo e 72,7% do grupo de azeite de abacate. A escolaridade prevalente do grupo placebo e grupo de azeite de oliva foi o ensino médio, sendo de 50% e 82,3% (Tabela 1). No grupo do azeite de abacate, obteve-se 36,4% indicando ensino médio, enquanto que 36,4%, ensino superior. A ocupação preponderante no grupo placebo e no grupo do azeite de oliva foram de dona do lar. O grupo do azeite de abacate destacou-se no setor administrativo, sendo de 44,4% (Tabela 1).
Tabela 1 – Caracterização Sociodemográfica. (Continua)
Fonte: Autoria própria
Quanto à tabela 2, os participantes praticavam majoritariamente musculação, com a frequência variada, sendo a frequência de 30%, 3 vezes na semana e 30%, 6 a 7 vezes no grupo placebo. No grupo do azeite de abacate e de oliva prevaleceu 5 vezes semanalmente, sendo 45,5% e 50%. Em relação à ingestão de bebida alcoólica, 60% do grupo placebo, 45,5% do grupo de abacate e 52,9% do grupo do azeite de oliva relataram não consumi-la. Contudo, no período da intervenção nutricional os pacientes foram orientados para evitar o consumo de bebida alcoólica. Quanto ao trato gastrointestinal, o grupo placebo citou 60% ter apresentado diarreia, e quanto ao grupo do azeite de abacate e azeite de oliva na maioria relatou não possuir nenhum sintoma, sendo 45,5% e 70,6%. Referente à Escala de Bristol, ambos os grupos elencaram predominantemente o tipo 3, sendo 30% do placebo, 54,5% do azeite de abacate e 47,05% do azeite de oliva (Tabela 2).
Tabela 2 – Caracterização do estilo de vida. (Continua)
Fonte: Dados da pesquisa.
Ao avaliar as refeições consumidas no dia, o grupo placebo referiu consumir majoritariamente 3 refeições, sendo 40%, e os grupos do azeite de abacate e de oliva relatou predominante 4 refeições por dia, sendo 36,4% do azeite de abacate e 64,7% do azeite de oliva (Figura 3).
Figura 3 – Caracterização dos hábitos alimentares em relação aos números de refeições antes da intervenção nutricional.
Fonte: Dados da pesquisa.
Ao avaliar os parâmetros antropométricos, foi possível observar que o grupo do azeite de abacate teve uma redução em algumas medidas, quando comparado ao grupo do azeite de oliva e placebo, conforme demonstra a Tabela 3. A medida que mais teve maior alteração foi a da circunferência da cintura, no qual se constatou uma redução média de 5,8 cm do grupo do azeite de abacate (p=0,067) e 3,5 do grupo do azeite de oliva (p=0,002).
O percentual de gordura do grupo do azeite de abacate teve uma redução de 2,7% (p=0,150), enquanto que o grupo do azeite de oliva teve uma redução de 1,5% (p=0,344) e o grupo placebo teve uma redução de 0,2% (p=0,789). No que diz respeito à dobra cutânea tricipital, o grupo do azeite de abacate reduziu 1,3 mm (p=0,399), o grupo do azeite de oliva manteve a medida (p=0,999) e o grupo placebo aumentou 1 mm (p=0,904). Os resultados demonstram que o consumo de azeite teve um impacto maior na redução da adiposidade (Tabela 3).
Tabela 3 – Comparação dos dados antropométricos entre as avaliações inicial e final.
Fonte: Dados da pesquisa. (*) Teste t de ‘Student’ para amostras pareadas
Destaca-se que no que se referem à tabela 4, as informações nela contidas objetivam demonstrar que a proposta de emagrecimento apresentou impacto similar entre os grupos avaliados nesta presente pesquisa (p>0,05), especialmente a partir dos instantes que ocorreu a comparação entre as variáveis antropométricas analisadas no momento inicial e final.
Tabela 4 – Comparação dos dados antropométricos entre os grupos.
Fonte: Dados da pesquisa. (*) ANOVA para amostras independentes; significativo se p ≤ 0,050
A classificação dos dados antropométricos teve alteração somente no grupo placebo e azeite de abacate, conforme a tabela 5 demonstra. Referente à classificação do IMC, no grupo placebo houve uma redução de obesidade grau I 60% para sobrepeso 70%, em contrapartida, teve alteração de obesidade grau I 10% para grau II 20%. Tendo em vista a análise direcionada ao grupo de azeite de oliva, constatou-se que não houve nenhuma alteração e o azeite de abacate teve uma alteração na classificação do percentual de gordura, com a redução de elevado 100% para 88,9%. No que diz respeito à classificação da CC, somente o grupo do azeite de abacate sofreu alteração, reduzindo o risco de muito elevado de 77,8% para 66,6%.
Tabela 5 – Classificação do Estado Nutricional.
Fonte: Dados da pesquisa.
Na tabela 6, nos macronutrientes, fez-se um aumento do aporte calórico baseado nas necessidades energéticas individuais, com a proposta de perda de peso de 3 a 4 kg. Todas as modificações ficaram de acordo com as recomendações. Aumentou-se a quantidade de proteína (p<0,001) para o grupo do azeite de oliva. A oferta calórica passou a ser maior do que os pacientes consumiam (com aumento significativo no grupo do azeite de oliva – p<0,001) (Tabela 6). A quantidade de lipídio foi elevada (p>0,05), adicionando azeite em grupos específicos. Ambos os grupos tinham baixo consumo de fibras (p<0,001).
Tabela 6 – Comparação dos parâmetros dietéticos entre as avaliações inicial e final.
Fonte: Dados da pesquisa. (*) ANOVA para amostras independentes; significativo se p ≤ 0,050
Na tabela 7, a quantidade de carboidratos em relação à prescrição foi significativamente diferente entre os grupos, bem como o lipídio, ácidos graxos poli e monoinsaturados (p<0,05).
Tabela 7 – Comparação dos parâmetros dietéticos entre os grupos.
Fonte: Dados da pesquisa. (*) ANOVA para amostras independentes; significativo se p ≤ 0,050
Ao realizar a avaliação dos micronutrientes dos alimentos consumidos e prescritos, observou-se que em ambos os grupos, não consumiam a quantidade de cálcio recomendada, havendo um aumento (p<0,001) no aporte desse nutriente. Os micronutrientes foram todos ajustados de acordo com a recomendação (Tabela 8).
Tabela 8 – Avaliação dos micronutrientes dos alimentos consumidos e prescritos.
Fonte: Dados da pesquisa. * O valor de p<0,001 para o nutriente cálcio do momento inicial e final entre todos os grupos.
4. DISCUSSÃO
O tratamento da obesidade é um processo considerado complexo, sendo um trabalho multidisciplinar (Abeso, 2021) e é considerado um grave problema de saúde pública, pois a obesidade vem crescendo consideravelmente. Segundo a Abeso (2022), essa doença crônica aumentou de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.
O presente estudo analisou o impacto da utilização do azeite de oliva extra virgem e azeite de abacate extra virgem associado a uma alimentação saudável em indivíduos com sobrepeso e obesos praticantes de atividade física.
O público que mais demonstrou interesse nos atendimento clínico nutricional foi as mulheres (Tabela 1). Isso pode estar relacionado com a busca mais prevalente nesse sexo, devido a maior preocupação com a aparência. Hinokuma (2021) fez um estudo na academia com mulheres que praticavam atividade física e identificou que quanto mais elas tinham o IMC elevado, maior eram as suas preocupações com a satisfação corporal, resultando na procura por alternativas alimentares que auxiliam no processo de emagrecimento.
A atividade física possui vários benefícios à saúde, principalmente no tratamento da obesidade, porque promove benefícios biológicos ou fisiológicos, que auxiliam na redução do peso, pressão arterial, auxílio na respiração, no controle da glicemia, além de benefícios psicológicos, como bem estar e no cognitivo (Silva e colaboradores, 2021).
Os participantes deste estudo em sua maioria praticam musculação como atividade física no período de acompanhamento nutricional (Tabela 2). Crislaine Panatto e colaboradores (2019) fez um estudo randomizado no período de dois meses com indivíduos que praticavam atividade física na academia, sendo dividido em dois grupos, o grupo caso e grupo controle, no qual o grupo caso recebeu acompanhamento nutricional e o grupo controle não recebeu acompanhamento nutricional. O grupo caso reduziu 6 cm e o grupo controle ganhou 3 cm. Na presente amostra estudada, o grupo do azeite de abacate teve uma redução da média da CC de 5,8 cm, o grupo do azeite de oliva reduziu 3,5 cm (Tabela 3), demonstrando que para obter emagrecimento a atividade física precisa está associada a uma prescrição dietética.
Ao avaliar as medidas antropométricas (Tabela 3), os grupos que consumiram azeite tiveram uma redução maior na CC. A CC se mostrou um bom marcador para gordura visceral e risco cardiovascular, a sua redução auxilia no tratamento precoce das Doenças Crônicas (Filho e colaboradores, 2022). A redução no grupo do azeite de abacate atribui-se às características nutricionais do azeite de abacate, pois possui alto teor de ácidos graxos monoinsaturados, compostos bioativos (tocoferóis carotenoides e fitosteróis), vitaminas e minerais que podem auxiliar no metabolismo energético (Rueda e colaboradores, 2016). Os estudos em seres humanos são escassos, porém em modelos animais atestam benefícios e a possibilidade de introdução referida ao seu consumo (Almeida e colaboradores, 2018).
No estudo com seres humanos, randomizado com 31 indivíduos adultos com síndrome metabólica, com IMC > 30 kg/m², realizado em 12 semanas, sendo dividido em grupo controle, com a utilização de 10 ml de óleo de abacate e grupo placebo com 10 ml de óleo de soja. O consumo do óleo de abacate não teve efeitos positivos no perfil lipídico e medidas antropométricas. Mas isso pode ser determinante pela falta de um plano alimentar associado e alto números de medicamentos utilizados pelos participantes, além disso, não foi mencionada a prática de atividade física (Azevedo, 2023). Já que na amostra presente houve redução da massa corporal em 6 semanas de utilização do azeite de oliva incluso no plano alimentar e associado a prática de atividade física (Tabela 3).
A produção do azeite coincide com a safra do abacate das lavouras e estende-se durante todo o segundo semestre, resultando em uma alta qualidade nutricional (Silva, 2019). Diferente do azeite de oliva que a maior parte da produção é importada (Caye e colaboradores, 2020).
Apesar da deficiência em estudo randomizado com o azeite, em um estudo realizado com a fruta do abacate, randomizado controlado por 12 semanas com um total de 105 adultos de ambos os sexo com sobrepeso e obesidade, observou-se que o consumo diário de um abacate reduziu a adiposidade abdominal (Khan e colaboradores, 2021).
Outro estudo randomizado aplicado no período de 5 semanas, avaliou-se o consumo do abacate com 45 indivíduos com sobrepeso e obesidade associado a uma dieta saudável e resultou na redução do colesterol LDL (LDL-C) relacionando o resultado com os compostos bioativos presentes no abacate que parece desempenhar um papel importante na redução da oxidação do LDL (Wang e colaboradores, 2019).
O consumo do abacate foi associado em um estudo de revisão narrativa abrangente em ensaios clínicos e estudos observacionais com três revisões sistemáticas e/ou meta-análises que constatou redução do peso e melhora na saúde cardiovascular, função cognitiva e da microbiota intestinal (Dreher; Cheng; Ford, 2021).
A prescrição dietética em ambos os grupos foi classificada como hipocalórica com o cálculo para perda de 3 a 4 kg para cada indivíduo. Renz e Macedo (2020) fizeram um estudo de ensaio clínico randomizado em que o planejamento alimentar com redução energética de 500 kcal a partir do gasto energético total, resultou em uma perda de peso em indivíduos com sobrepeso e obesidade. Ademais, de acordo com a Abeso (2022) a restrição calórica é uma estratégia eficaz para o tratamento em indivíduos com excesso de peso.
Em relação à proteína no plano alimentar, aumentou-se o aporte a fim de contribuir no processo do emagrecimento (Tabela 6). Segundo Araujo e colaboradores, (2022), a proteína ajustada na dieta é uma boa estratégia para a perda de peso. Já que a proteína atua na síntese muscular, na função estrutural, de transporte, de defesa, entre outras funções no organismo (Lino, 2023), além disso, é uma excelente estratégia para aumentar a saciedade (Magno e colaboradores, 2018).
Já em relação ao carboidrato, foi necessário modificar a quantidade e qualidade na dieta (Tabela 6), e isso é de grande importância para a perda de peso. Visto que, o carboidrato são fontes de energia, sendo capaz de aumentar o desempenho físico do exercício do indivíduo (Araújo, 2022). Já que o carboidrato é substrato para a formação do glicogênio muscular e hepático (Pereira, 2021), quando estes são associados com a prática da atividade física (Castro, 2020). Além disso, os carboidratos que contém fibras são de melhor qualidade, pois auxiliam na diminuição da glicemia, auxilia na prevenção da obesidade ou tratamento do mesmo, pois as fibras não são absorvidas, logo não oferecem calorias, aumentam o tempo de mastigação, diminui a velocidade do esvaziamento gástrico, aumentando a saciedade e diminui a absorção de gorduras (Rocha e colaboradores, 2021).
O lipídio da dieta foi ajustado em ambos os grupos, ficando dentro das recomendações indicadas pela DRI (IOM, 2006), reduzindo as gorduras saturadas, dando preferência para as insaturadas (Tabela 6). De acordo com Ravaut e colaboradores, (2020), as gorduras saturadas dietéticas aumentam o armazenamento de lipídios nos tecidos adiposos, gerando um perfil inflamatório, desenvolvendo a obesidade e levando a doenças cardíacas coronárias. Logo, a substituição por alimentos ricos em gorduras insaturadas diminui os riscos cardiovasculares, melhorando a função endotelial, redução da inflamação, do estresse oxidativo e perda de peso (Lopes; Peluzio; Hermsdorff, 2016). Isso é um fator que explica a redução das medidas da CC dos grupos que consumiram azeite, já que a quantidade de gorduras insaturadas prescritas foram de acordo com a quantidade indicada (Faludi, 2017).
As vitaminas e minerais foram ajustados (IOM, 2006), em especial o cálcio, pois estava muito abaixo do recomendado, aumentando dessa forma, a sua indicação (Tabela 8). O cálcio é um mineral importante no processo do emagrecimento. Rocha e colaboradores (2021) indicam que o cálcio pode auxiliar na excreção fecal de gordura através da formação de complexos insolúveis no intestino e outra possível hipótese é a regulação do apetite. Além disso, a ingestão reduzida desse nutriente contribui para o acúmulo excessivo do cálcio intracelular nos adipócitos, devido ao estresse oxidativo, aumentando a lipogênese e inibindo a lipólise, elevando a adiposidade e gerando um processo pró-inflamatório, com a ativação das citocinas TNF-α e IL-6 e secreção da proteína C-reativa pelo fígado (Rocha e colaboradores, 2021).
No processo do emagrecimento, o indivíduo precisa seguir um plano dietético aliado à atividade física (Nascimento, 2023). Entretanto, a adesão ao tratamento vai além da prescrição dietética, o profissional precisa considerar os sentimentos envolvidos nas escolhas alimentares, aspectos sociais e culturais, estilo de vida e necessidades nutricionais individualizadas (Taglietti colaboradores, 2018). Com isso, foram realizadas orientações nutricionais e motivacionais, além do incentivo das modificações nos hábitos alimentares, visto que a maioria consumia entre três a quatro refeições diariamente (Figura 1), aumentando as refeições para cinco ou seis refeições de acordo com o Guia da População Brasileira (Brasil, 2014), com a inclusão de alimentos com alta qualidade nutricional e baixa densidade calórica.
O nutricionista é um profissional de extrema importância no tratamento da obesidade, pois ele vai auxiliar o indivíduo na complexa luta contra a obesidade. De acordo com o Código de Ética e de Conduta do Nutricionista (2018), no Art. 3º o nutricionista deve desempenhar suas atribuições respeitando a vida, a singularidade e pluralidade, às dimensões culturais e religiosas, de gênero, de classe social, raça e etnia, a liberdade relacionada à diversidade das práticas alimentares, além de se proceder de forma dialógica, não havendo prática de discriminação de qualquer natureza nas relações profissionais construídas.
5. CONCLUSÃO
Os achados deste estudo demonstram que o azeite extra virgem, independente de qual tipo, promoveu redução na adiposidade, principalmente na circunferência da cintura.
Os estudos com azeite de abacate extra virgem com pessoas são escassos, mas a partir dos resultados, pode ser um excelente substituto do azeite de oliva extravirgem, possibilitando ao consumidor ter mais diversidade na escolha alimentar.
Considera-se que a alimentação de forma saudável e equilibrada, associada a práticas de atividade física está relacionada com a promoção da saúde. Aliado a isso, quando utiliza-se alimentos com propriedades antioxidantes e anti inflamatórias, ricos em gorduras mono e poli insaturadas, como o azeite extra virgem de abacate e oliva, a propensão é melhorar os parâmetros metabólicos e também a composição corporal.
Contudo, o emagrecimento vai além da prescrição dietética, sendo necessários vários fatores a serem considerados para alcançar esse objetivo. Tendo o nutricionista um papel crucial nesse processo, no qual irá realizar além da prescrição do plano alimentar com orientações nutricionais individualizadas e atuar no processo motivacional, considerando os sentimentos envolvidos nas escolhas alimentares, aspectos sociais e culturais e estilo de vida de cada pessoa.
REFERÊNCIAS
Abeso. Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mapa da obesidade. 2021.
Abeso. Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Posicionamento sobre o tratamento nutricional do sobrepeso e da obesidade: departamento de nutrição da Associação Brasileira para o estudo da obesidade e da síndrome metabólica (Abeso – 2022) São Paulo: Abeso, 2022.
Acuña; K.; Cruz; T. Avaliação do estado nutricional de adultos e idosos e situação nutricional da população brasileira. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. Salvador. Vol. 48. Num. 3. 2004. p. 345-361.
Araujo; L.P. de; Vicente; S.G.; Valencio; Y.; El Hassam; S. O impacto da dieta hiperproteica na perda de peso e ganho de massa muscular. Revista Corpus Hippocraticum. São José do Rio Preto. Vol. 1. Num. 1. 2022.
Azevedo; A.C.; Lima; M.F.C.; Ramos; E.L.L.; Moreira; A.P.B.; Souza; C.T. Efeitos da suplementação de óleo de abacate no perfil lipídico e índices aterogênicos em uma intervenção duplo-cega e randomizada em pacientes com síndrome metabólica/Efeitos da suplementação de óleo de abacate sobre o perfil lipídico e índices aterogênicos em intervenção duplo-cego e randomizado em pacientes com síndrome metabólico. Demetra: Alimentos; Nutrição e Saúde. Londrina. Vol. 18. 2023. p. 1-11.
Baylão; L.B.; Araújo; D.V.; Ferreira; R.M.M. Ingestão de ácidos graxos e seu impacto no risco cardiovascular. RECIMA21 – Revista Científica Multidisciplinar. Vol. 2. Num. 8. 2021. p. 1-10.
BVS. Biblioteca Virtual em Saúde. Obesidade. 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/215_obe sidade.html Consultado em 10/06/2022.
Botelho; L.V.; Cardoso; L.O.; Canella; D.S. COVID-19 e ambiente alimentar digital no Brasil: reflexões sobre a influência da pandemia no uso de aplicativos de delivery de comida. Cadernos de Saúde Pública. Vol. 36. Num. 11. 2020. p. 1-5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2ª edição. Brasília. Ministério da Saúde. 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde; Departamento de Atenção Básica. 2. ed.; 1. reimpr. Brasília. Ministério da Saúde. 2014. 156 p.
Brasil. Portaria nº 1.565, de 18 de junho de 2020. Estabelece orientações gerais visando à prevenção, ao controle e à mitigação da transmissão da COVID-19, e à promoção da saúde física e mental da população brasileira, de forma a contribuir com as ações para a retomada segura das atividades e o convívio social seguro. 2020. Diário Oficial da União. Brasília; n. 116, p. 64.
Castro; N.N. A influência da atividade física associada à alimentação para o processo de emagrecimento: Revisão bibliográfica. Tese de Doutorado. Centro Universitário Fametro. Fortaleza. 2020.
Caye; A.; Ruffoni; J.; Ziegler; D.D.R. Sistema setorial de inovação no agronegócio: uma análise para a produção de azeite de oliva no RS. Estudos Econômicos. Vol. 37. Num. 75. 2020. p. 75-105.
CFN. Conselho Federal De Nutricionistas. Resolução CFN nº 599 de 25 de fevereiro de 2018. Aprova o código de ética e conduta do nutricionista e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília; nº 64, p. 182, 4 de abril de 2018. Seção 1.
CFN. Conselho Federal De Nutricionistas. Resolução nº 600 de 25 de fevereiro de 2018. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições; indica parâmetros numéricos mínimos de referência; por área de atuação; para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências. Diário Oficial da União, 20 de abril de 2018. seção 1. Brasília. 2018. páginas 157 a 160.
Che; T.; Yan; C.; Tian; D.; Zhang; X.; Liu; X.; Wu; Z. The Association Between Sleep and Metabolic Syndrome: A Systematic Review and Meta-Analysis. Frontiers in Endocrinology. Vol. 12. 2021. p. 1-11.
Costa; F.M. Estabilidade térmica do óleo de abacate: Um estudo comparativo ao óleo de arroz e azeite de oliva. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas; 2019.
Costa; M.S.S. Fibras alimentares versus obesidade: o nutriente não digerido na prevenção do excesso de peso. Revista Ibero-Americana de Humanidades; Ciência e Educação. São Paulo. Vol. 7. Num. 10. 2021. p. 1449-1459.
Dreher; M.L.; Cheng; F.W.; Ford; N.A. A Comprehensive Review of Hass Avocado Clinical Trials; Observational Studies; and Biological Mechanisms. Nutrients. Vol. 13. Num. 12. 2021. p. 4376.
Duarte, O. R. A cultura do abacateiro. Boa Vista: Embrapa-CPAF-Roraima, 1998. 14p. (Embrapa-CPAF-Roraima. Circular Técnica, 4).
Faludi; A.A.; Izar; M.C.O.; Saraiva; J.F.K. Atualização da Diretriz Brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose – 2017. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. Vol. 109. Num. 2. 2017. p. 1-76.
Ferreira; A.P.S.; Szwarcwald; C.L.; Damacena; G.N. Prevalência e fatores associados da obesidade na população brasileira: estudo com dados aferidos da Pesquisa Nacional de Saúde; 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia. Rio de Janeiro. Vol. 22. 2019. p. 1-14.
Ferreira; J.S.; Cruz; R.P.V.; Assis; T.C.; Dellagrana; R.A. Comportamento sedentário de adultos e idosos durante a pandemia de COVID-19. Journal of Health and Biological Sciences. Vol. 9. Num. 1. 2021. p. 1-5.
Filho; G.C.G.; Silva; L.T.; Silva; R.M.C. Correlação entre a Circunferência de Cintura e Medidas Centrais da Pressão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Goiânia. Vol. 119. Num. 2. 2022. p. 257-264.
Fisberg, R. M.; Slater Villa, B.; Marchioni, D.M.L.; Martini, L.A. Inquéritos alimentares: métodos e bases científicos. Barueri: Manole. 2005. p. 350. Hinokuma; K.D.; Silva; I.C.; Junior; A.I.; Kuba; C.A.; Testa; P.P.; Fagiani; M. Análise da composição corporal e perfil clínico-epidemiológico de indivíduos com excesso de peso e obesidade após intervenção em participantes de um projeto de extensão: um estudo retrospectivo. Anais do ENEPE – Unoeste. 2021. p. 1380-1388. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola – Lavoura Permanente. Abacate. 2020.
Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes; the essential guide to nutriente requirements. Washington (DC): National Academy Press; 2006.
Izar; M.C.; Lottenberg; A.M.; Giraldez; V.Z.R.; Filho; R.D.S.; Machado; R.M.; Bertolami; A.; Assad; M.H.V.; Saraiva; J.F.K.; Faludi; A.A.; Moreira; A.S.B.; Geloneze; B.; Magnoni; C.D.; Scherr; C.; Amaral; C.K.; Araújo; D.B.; Cintra; D.E.C.; Nakandakare; E.R.; Fonseca; F.A.H.; Mota; C.P.; Santos; J.E.; Kato; J. T.; Beda; L.M.M.; Vieira; L.P.; Bertolami; M.C.; Rogero; M.M.; Lavrador; M.S.F.; Nakasato; M.; Damasceno; N.R.T.; Alves; R.J.; Lara; R.S.; Costa; R.P.; Machado; V.A. . Posicionamento sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular–2021. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol. 116. Num. 1. 2021. p. 160-212.
Khan; N.A.; Edwards; C.G.; Thompson; S.V.; Hannon; B.A.; Burke; S.K.; Walk; A.D.M.; Mackenzie; R.W.A.; Reeser; G.E.; Fiese; B.H.; Burd; N.A.; Holscher; H.D. Avocado Consumption; Abdominal Adiposity; and Oral Glucose Tolerance Among Persons with Overweight and Obesity. The Journal of Nutrition. Vol. 151. Num. 9. 2021. p. 2513-2521.
Khaw; K.T.; Sharp; S.J.; Finikarides; L.; Azfal; I.; Lentjes; M.; Luben; R.; Forouhi; N.G. Randomised trial of coconut oil; olive oil or butter on blood lipids and other cardiovascular risk factors in healthy men and women. BMJ Open. Cambridge. Vol. 8. Num. 3. 2018. p. 1-14.
Lino; T.F.; Souza; J.N.; Soares; I.F. Desempenho das proteínas no processo de emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade; Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 17. Num. 107. 2023. p. 148-158.
Lohman, T. Advances in body composition assessment: current issues in exercise science series. Champaing: Human Kinetics, 1992.
Longhi; R.; Santos; A.S.A.C.; López-Yerena; A.; Rodrigues; A.P.S.; Oliveira; C.; Silveira; E.A. The Effectiveness of Extra Virgin Olive Oil and the Traditional Brazilian Diet in Reducing the Inflammatory Profile of Individuals with Severe Obesity: A Randomized Clinical Trial. Nutrients. Vol. 13. Num. 4139. 2021. p. 1-10.
Lopes; L.L.; Peluzio; M.C.G.; Hermsdorff; H.H.M. Ingestão de ácidos graxos monoinsaturados e metabolismo lipídico. Jornal Vascular Brasileiro. Viçosa. Vol. 15. Num. 1. 2016. p. 52-60.
Lohman, T.G. Advances in body composition assessment. Champaign: Human Kinetics, 1992.
Magno; F.C.C.M.; Coimbra; V.O.R.; Kaippert; V.C.; Rosado; E.L. Macro e micronutrientes na orientação nutricional para obesidade. HU Revista. Juiz de Fora. Vol. 44. Num. 2. 2018. p. 251-259.
Medeiros; J.C.M. Azeite: um dos alimentos mais antigos do mundo. Revista do Clube Naval. Vol. 1. Num. 393. 2020. p. 44-47.
Monteiro; M.G. A iniciativa SAFER da Organização Mundial da Saúde e os desafios no Brasil para a redução do consumo nocivo de bebidas alcoólicas. Brasília. Vol. 29. Num. 1. 2020. p. 1-5.
Almeida; C.A.; Ued; F.V.; Almeida; C.C.J.N.; Almeida; A.C.F.; Del Ciampo; L.A.; Ferraz; I.S.; Silva; L.F.O.; Zambom; C.R.; Oliveira; A.F. Perfil nutricional e benefícios do azeite de abacate (Persea americana): uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Food Technology. Campinas. Vol. 21. 2018. p. 1-12.
Oliveira; C.B.C.; Brito; L.A.; Freitas; M.A.; Souza; M.P.A.; Rêgo; J.M.C.; Machado; R.J.A. Obesidade: inflamação e compostos bioativos. Journal of Health and Biological Sciences. Fortaleza. Vol. 8. Num. 1. 2020. p. 1-5.
Oliveira, M.F.C.; Coelho, M.A.C.; Camara, S.A.V.; Souza, S.R. Prevalência da obesidade em adolescentes e jovens. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo..Vol. 14. Num. 88. 2020. p. 811-820.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Dia Mundial da Obesidade 2022: acelerar a ação para acabar com a obesidade. 2022.
Ordóñez; F.M.; Oliver; A.J.S.; Bastos; P.C.; Guillén; L.S. Mejora del sueño en deportistas: uso de suplementos nutricionales. Archivos de Medicina del Deporte. Vol. 34. Num. 2. 2017. p. 93-99.
Panatto; C.; Kühl; A.M.; Vieira; D.G.; Bennemann; G.D.; Melhem; A.R.F.; Queiroga; M.R.; Carvalhaes; M.F.M. Efeitos da prática de atividade física e acompanhamento nutricional para adultos: um estudo caso-controle. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade; Nutrição e Emagrecimento. Vol. 13. Num. 78. 2019. p. 329-336.
Panuganti KK, Nguyen M, Kshirsagar RK, Doerr C. Obesity (Nursing). In: StatPearls. StatPearls Publishing, Treasure Island (FL); 2022.
Pereira, E.A.A.; Silva, G.B.; Martins, K.C.A.; Santos, K.A. Efeitos do carboidrato no exercício físico. Repositório Universitário da Ânima (RUNA). Pouso Alegre. 2021. p. 1-22.
Pitanga; F.J.G.; Beck; C.C.; Pitanga; C.P.S. Inatividade física; obesidade e COVID 19: perspectivas entre múltiplas pandemias. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Vol. 25. 2020. p. 1-4.
Précoma; D.B.; Oliveira; G.M.M.; Simão; A.F. Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. Rio de Janeiro. Vol. 113. Num. 4. 2019. p. 787-891.
Ravaut; G.; Légiot; A.; Bergeron; K.F.; Mounier; C. Monounsaturated Fatty Acids in Obesity-Related Inflammation. International Journal of Molecular Sciences. Vol. 22. Num. 1. 2020. p. 1-22.
Renz; F.J.; Macedo; R.C.O. Efeito do automonitoramento sobre perda de peso e adesão à dieta em indiví-duos sobrepeso e obesos: um ensaio clí-nico randomizado. RBONE – Revista Brasileira de Obesidade; Nutrição e Emagrecimento. Santa Cruz do Sul. Vol. 14. Num. 86. 2020. p. 488-497.
Rocha, T.M.; Santos, J.B.F.; Rocha, C.L.; Silva, V.S. Cálcio na regulação da adiposidade corporal de adolescentes e adultos: revisão sistemática. Revista da Associação Brasileira de Nutrição. Vol. 12. Num. 1. 2021. p. 215-241. Rossini; J.G.; Silva; A.M.; Lima; G.M.; Cury; I.F.; Miranda; K.K.M.; Sousa; L.S.; Lisboa; M.H.; Ferreira; T.F.; Bispo; V.L. Análise da obesidade como fator de risco em doenças cardiovasculares: uma revisão integrativa. Ciências da Saúde: desafios; perspectivas e possibilidades. Vol. 1. 2021. p. 37-46.
Rueda; A.; Samaniego-Sánchez; C.; Olalla; M.; Giménez; R.; Cabrera-Vique; C.; Seiquer; I.; Lara; L. Combination of Analytical and Chemometric Methods as a Useful Tool for the Characterization of Extra Virgin Argan Oil and Other Edible Virgin Oils. Role of Polyphenols and Tocopherols. Journal pf AOAC International. Vol. 99. Num. 2. 2016. P. 489-494.
Sampaio, L.R.; Silva, M.C.M.; Oliveira, T.M.; Ramos, C.I. Técnicas de medidas antropométricas. In: Sampaio, L.R. Avaliação Nutricional. EDUFBA. p. 89-101. 2012. Santos, R. D.; Gagliardi, A.C. M.; Xavier, H. T.; Magnoni, C. D.; Cassani, R.; Lottenberg, A. M. I Diretriz sobre o consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo. Vol. 100. Num. 1. Supl. 3. 2013. p. 1-40.
Silva, V. Minas se destaca na produção de azeite de abacate. Conheça Minas, 2019. Disponível em: https://www.conhecaminas.com/2019/07/minas-se-destaca-na producao-de-azeite.html#:~:text=Onde%20%C3%A9%20produzido%20o%20Azeite,pela%20empr esa%20Flor%20do%20Abacate. Acesso em: 02 de jun. de 2023. Silva; F.P.; Lima; J.L.; Oliveira; C.E.L.R.; Santos; R.A. Benefícios da atividade física na prevenção e tratamento da obesidade: Uma breve revisão. Pesquisa; Sociedade e Desenvolvimento. Research; Society and Development. Vol. 10. Num. 8. 2021. p. 1-16.
Sousa; M.P.; Cruz; K.J.C.; Melo; S.R.S.; Araújo; D.S.C.; Soares; T.C.; Marreiro; D.N. Influência do Magnésio e Cálcio sobre o Estresse Oxidativo na Obesidade. Pesquisa; Sociedade e Desenvolvimento. Research; Society and Development. Vol. 9. Num. 1. 2020. p. 1-19.
Taglietti, R.L.; Riepe, S.B.; Maronezi, T. B.; Teo, C.R.P.A. Tratamento nutricional para redução de peso: Aspectos subjetivos do processo. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 12. Num. 69. 2018. Tejero; I.P.T.; Rosa; A.L.T. Potencial da ovicultura no sul do Brasil. Revista Científica Agropampa. Vol. 1. Num. 1. 2020. p. 114-123.
Torres; G.G.; Siqueira; J.H.; Martinez; O.G.E.; Pereira; T.S.S.; Meléndez; J.G.V.; Duncan; B.B.; Goulart; A.C.; Molina; M.C.B. Consumo de bebidas alcoólicas e obesidade abdominal: resultados da linha de base do ELSA-Brasil. Ciência e Saúde Coletiva. Vol. 27. Num. 2. 2022. p. 737-746.
Trinks; D.; Nepomuceno; P.; Santos; P.R.; Pohl; H.H.; Reckziegel; M.B. Obesidade visceral e risco cardiovascular: comparação entre bioimpedância e antropometria. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade; Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 13. Num. 83. 2019. p. 1121-1127.
Trovão; R.P.; Silva; R.M.R. Azeite de oliva e suas propriedades funcionais: uma revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Development. Curitiba. Vol. 8. Num. 6. 2022. p. 44245-44254.
Valerius; G.; Spinelli; R.B.; Zanardo; V.P.; Santolin; M. Utilização do óleo de coco na redução de peso e circunferência abdominal em praticantes de atividade física de uma academia de um município do Rio Grande do Sul. RBNE – Revista Brasileira De Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 12. Num. 76. 2018. p. 1036-1042.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. (2020). Vigitel Brasil 2019: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019. Brasília. Ministério da Saúde.
Wang; L.; Tao; L.; Hao; L.; Stanley; T.H.; Huang; K.H.; Lambert; J.D.; Kris-Etherton; P.M. A Moderate-Fat Diet with One Avocado per Day Increases Plasma Antioxidants and Decreases the Oxidation of Small; Dense LDL in Adults with Overweight and Obesity: A Randomized Controlled Trial. The Journal of Nutrition. Vol. 150. Num. 2. 2019. P. 276-284.
Widmer; R.J.; Freund; M.A.; Flammer; A.J.; Sexton; J.; Lennon; R.; Romani; A.; Mulinacci; N.; Vinceri; F.F.; Lerman; L.O.; Lerman; A. Beneficial effects of polyphenol-rich olive oil in patients with early atherosclerosis. European Journal of Nutrition. Vol. 52. Num. 3. 2012. p. 1223-1231.
WHO. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic: Report of a WHO consultation on obesity. (WHO Technical Report Series n. 894). Geneva, Switzerland: WHO, 2000.
WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION). Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva: WHO, 1995.
World Health Organization. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva, Switzerland: WHO, 1995. (WHO Technical Report Series, n. 854).
1Estudante de Nutrição, Centro Universitário Salesiano, Vitória, Espirito Santo, Brasil. kamilladias3095@gmailcom
2Docente de Nutrição, Mestre em Ciências Fisiológicas, Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro Universitário Salesiano, Vitória, Espírito Santo, Brasil. mpaixao@souunisales.com.br