IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DO AZEITE DE OLIVA EXTRAVIRGEM E DO AZEITE DE ABACATE EXTRA VIRGEM NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO. 

IMPACT OF USING EXTRA VIRGIN OLIVE OIL AND EXTRA VIRGIN AVOCADO OIL ON THE WEIGHT LOSS PROCESS.

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202408060125


Kamilla Ribeiro Dias1
Jéssica Mariana Miranda Alves1
Mirian Patrícia Castro Pereira Paixão2


RESUMO 

A obesidade trata-se de uma doença crônica, que pode causar problemas  cardiovasculares, tornando-se um problema de saúde pública. Com isso, a busca  por intervenções dietéticas que auxiliam no processo do emagrecimento é de grande  relevância. Dito isso, o objetivo deste estudo consistiu em avaliar o impacto da  utilização do azeite de oliva extra virgem e do azeite de abacate extra virgem no  emagrecimento em praticantes de atividade física. Trata-se de um ensaio clínico  randomizado, experimental, duplo-cego, controlado por placebo, realizado em  academias e na clínica do Centro Universitário de Vitória, Espírito Santo e que  apresenta uma amostra de 45 indivíduos, com idade entre 20 a 59 anos. O estado  nutricional foi analisado por meio da avaliação dos dados antropométricos e do  consumo alimentar. A fim de avaliar a adequação de ingestão de nutrientes e  energia utilizou-se a ingestão dietética recomendada, havendo também a elaboração de planos alimentares individualizados, orientação e intervenção nutricional. No que  concerne aos aspectos éticos, somente participaram da pesquisa os pacientes que  assinaram o termo de compromisso livre e esclarecido, com o referido projeto  enviando ao comitê de ética do Centro Universitário Salesiano (CAAE:  65749222.0.0000.5068). Os dados quantitativos foram descritos em média, desvio  padrão, mediana, máximo e mínimo e as variáveis qualitativas descritas a partir de  frequência absoluta e relativa. Espera-se que a partir deste estudo seja possível  identificar um impacto na utilização do azeite extra virgem de abacate e oliva na  saúde e na redução do tecido adiposo dos participantes. 

Palavras-chave: Azeite extra virgem de oliva, azeite de abacate,  emagrecimento, obesidade e atividade física.  

ABSTRACT 

Obesity is a chronic disease that can cause cardiovascular problems,  becoming a public health problem. Therefore, the search for dietary interventions that  help in the weight loss process is of great relevance. That said, the aim of this study  was to evaluate the impact of using extra virgin olive oil and extra virgin avocado oil  on weight loss in physical activity practitioners. This is a randomized, experimental,  double-blind, placebo-controlled clinical trial, carried out in gyms and at the clinic of the University Center of Vitória, Espírito Santo, with a sample of 45 individuals, aged  between 20 and 59 years. Nutritional status was analyzed by assessing  anthropometric data and food consumption. In order to assess the adequacy of nutrient and energy intake, the recommended dietary intake was used, with the  development of individualized food plans, guidance and nutritional intervention. With  regard to ethical aspects, only patients who signed a free and informed commitment  term participated in the research, with the aforementioned project sent to the ethics  committee of Centro Universitário Salesiano (CAAE: 65749222.0.0000.5068).  Quantitative data were described as mean, standard deviation, median, maximum  and minimum and qualitative variables described from absolute and relative  frequency. It is expected that from this study it will be possible to identify an impact in  the use of extra virgin avocado and olive oil on the health and reduction of the  participants’ adipose tissue. 

Key words: Extra virgin olive oil, avocado oil, weight loss, obesity and physical activity.

1. INTRODUÇÃO 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade como o  acúmulo anormal ou excesso de gordura no corpo (Oliveira e colaboradores, 2020). Além disso, trata-se de uma doença crônica, que pode causar outros problemas  cardiovasculares. Visto que, a gordura corporal excessiva provoca um estado  inflamatório no organismo (Panuganti e colaboradores, 2022).  

A Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade  Brasileira de Cardiologia (2019) afirma que a obesidade é um dos fatores que aumenta as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), visto que estão  associadas a hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes tipo 2, entre outras  enfermidades associadas.  

A classificação da obesidade é caracterizada pelo índice de massa corporal  ou IMC igual ou acima de 30 kg/m² (BVS, 2022). Apesar de ser a principal  ferramenta, existem outros instrumentos que podem ser utilizados para diagnóstico,  como a medida da circunferência da cintura e a bioimpedância, para o auxílio  diagnóstico (Trinks, 2019). 

A obesidade e o sobrepeso apresentam números crescentes a cada ano, de  forma epidêmica, tornando-se uma problemática extensa na saúde pública,  englobando todas as faixas etárias da população (Brasil, 2022). Segundo o Mapa  da Obesidade da Abeso (2021), a estimativa feita pela VIGITEL (2019) indica que  em 2025 tenham 2,3 bilhões de adultos acima do peso. Referente às doenças crônicas no Brasil, houve um aumento de 72% nos últimos treze anos, saindo de  11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.  

A qualidade e expectativa de vida estão reduzindo devido à obesidade, o que  também tem relação com o aumento de risco para doenças cardiovasculares (SAPS,  2022). O excesso de peso está associado ao risco das alterações cardiovasculares  gerando modificações da produção de adipocinas com o aumento da expressão do  fator necrose tumoral alfa (TNF-alfa), interleucina (IL-6), inibidor do fator ativador de  plasminogênio 1 (PAI-1), e redução da expressão de adiponectina no tecido adiposo.  Esses efeitos deletérios causam um processo pró-inflamatório que sugere uma  disfunção endotelial no estágio inicial de aterosclerose em indivíduos que estão com  excesso de peso (Rossini e colaboradores, 2021).  

Com a chegada do COVID-19 (SARs-Cov-2) em 2020, aumentou os pedidos  de deliveries, sendo que alguns dos alimentos consumidos eram: pizza,  hambúrguer, doces, bolos, salgados, que possuem alta densidade calórica e baixo  valor nutricional (Botelho e colaboradores, 2020). Devido à população ficar em  isolamento social, elevou-se o número de indivíduos sedentários, reduzindo a prática  da atividade física (Ferreira, 2021) e de acordo com Pitanga e colaboradores (2020),  a inatividade física associada à alimentação inadequada contribui para o aumento  das DCNT, como à obesidade. 

É sabido que a qualidade e a quantidade dos alimentos, em especial as  fontes de gorduras, impactam na patogênese e na prevenção das doenças  cardiovasculares. Dito isso, o alto teor de gorduras saturadas e trans estão  relacionados com efeitos deletérios à saúde, estando associados com a obesidade e  com o risco de doenças cardiovasculares, quando inserida no contexto de uma alimentação rica em açúcares e baixa concentração de fibras (Izar e colaboradores,  2021).  

Os ácidos graxos saturados influenciam na concentração plasmática do  colesterol, aumentando a Lipoproteína de baixa densidade (LDL). Os ácidos graxos  trans contribuem para o aumento do LDL colesterol e diminuem a Lipoproteína de  alta densidade (HDL), resultando em processos inflamatórios crônicos. (Baylão e  colaboradores, 2021). A troca das gorduras saturadas e trans por mono e poli 

Insaturadas no consumo alimentar é uma estratégia que reduz o risco de Doenças  Cardiovasculares (Izar e colaboradores, 2021).  

Segundo o Posicionamento sobre o Consumo de Gorduras e Izar e  colaboradores (2021), a ingestão de lipídeos totais é o mesmo que a DRI (IOM,  2006), sendo de 20% a 35% do valor calórico total. No que concerne à  recomendação dos ácidos graxos monoinsaturados, o consumo deve 15% da  energia total para reduzir o risco cardiovascular. Já os ácidos graxos poli insaturados, ácido linoleico (n-6) é de 5% a 10%, ácido linolênico (n-3) é de 0,6% a  1,2% e ácidos graxos saturados, ácidos graxos trans e colesterol Dietético é o mais  baixo possível ao se consumir em uma dieta adequada. 

Enquanto que, os ácidos graxos saturados para adultos sem comorbidades  deve ser menor que 10% do Valor Energético Total (VET) e indivíduos adultos que  apresentam fatores de risco associados à doença cardiovascular, o consumo deve  ser menor que 7% (VET) e de colesterol, o consumo para indivíduos sem  comorbidades não deve ultrapassar 300 mg diário (Izar, 2021). Vale ressaltar que a  escolha dos alimentos deve ser preferencialmente proveniente de alimentos vegetais  e/ou de seus respectivos óleos, salientando a importância do consumo moderado de acordo com o Guia Alimentar da População Brasileira (Brasil, 2014) por serem ricos  em calorias. 

A busca por intervenções dietéticas com inserção de alimentos que possuem  compostos bioativos é de grande importância, visto que contribuem para a  prevenção e a modulação das vias metabólicas associadas ao desenvolvimento da  DCNT, entre elas a obesidade (Oliveira e colaboradores, 2020). Dito isso, o azeite  extra virgem é muito utilizado pela população e os seus efeitos estão relacionados a  atividades antioxidante e anti-inflamatória, possuindo altas taxas de vitaminas E,  carotenoides e polifenóis (Trovão; Silva, 2022). No decorrer dos tempos, o azeite  vem sendo muito utilizado na alimentação dos indivíduos (Medeiros, 2020), sendo  considerado pelo Guia Alimentar da População Brasileira (Brasil, 2014) um produto  alimentício fabricado pela indústria com a extração de substâncias presentes em  alimentos provenientes da natureza. Estes contribuem para diversificar e oferecer  mais sabor ao alimento, sem torná-lo nutricionalmente desbalanceado, desde que,  em moderação.  

O azeite pode ser do tipo virgem, extra virgem e não virgem, sendo que o  extra virgem é considerado o melhor azeite por conta de suas características  sensoriais, estabilidade oxidativa e composição química, tem grau de pureza maior e  menor acidez, sem sofrer influência do calor, aditivo ou solvente. Contém vitaminas,  antioxidantes e pode ser consumido cru (Costa, 2019). 

O azeite de oliva é produzido a partir da oliveira, que é nativa do Sul do  Cáucaso, e no Brasil foi introduzida há alguns séculos nas regiões Sul e Sudeste do  país (Tejero e colaboradores, 2020), porém, atualmente o Brasil importa 99,9% do  azeite de oliva consumido, sendo um dos maiores importadores mundiais. A produção brasileira é baixa por conta das oliveiras não terem atingido o auge de sua  maturação, e assim, quando produzido o produto tem um preço elevado comparado  com a média internacional (Caye e colaboradores, 2020). 

Outra opção de azeite pode ser sua extração do abacate. O abacateiro cuja  fruta é o abacate é muito consumida pelo brasileiro, tendo uma alta produção no  país, mas não é nativa do Brasil e sim da América Central e do México (Duarte,  1998). E no Brasil existe muito cultivo de abacate, segundo o Instituto Brasileiro de  Geografia e Estatística (IBGE, 2020) o estado de São Paulo é o maior produtor de  abacate, seguido por Minas Gerais. De acordo com Silva (2019), Minas Gerais  destaca-se como o maior produtor do azeite de abacate extra virgem, as variedades  mais comuns e produzidos são o Ouro, Verde, Quintal, Geada, Fortuna, Breda,  Margarida, Avocado e Fuerte, dentre esses, as variedades Breda, Margarida e o  Avocado produzem azeites de alto valor nutricional. 

O azeite de abacate extra virgem é um produto que possui propriedades  físico-químicas semelhantes ao de oliva, principalmente pelo ácido oleico que tem  ação anti-inflamatória que encontra-se presente em ambos. Ainda no mesmo  estudo, o autor relata que o óleo de abacate para ser consumido, é necessário  passar pelo refinamento. Em relação ao aquecimento à temperatura de 180 °C por  mais de 4 horas, aumenta-se significativamente o índice de peróxidos, além de  reduzir a estabilidade oxidativa do mesmo, fazendo-o impróprio para o consumo. O  azeite de abacate extra virgem tem alto teor de ácidos graxos monoinsaturados e é  uma excelente fonte de compostos bioativos, como tocoferóis, carotenoides e  fitosteróis (Almeida e colaboradores, 2018). 

A relação do azeite de oliva extra virgem com o azeite de abacate extra  virgem com a obesidade se dá devido à excelente composição nutricional, com  funções anti-inflamatórias (Oliveira e colaboradores, 2020), antioxidante, com  compostos bioativos, conforme citado acima. E isso se faz relevante, uma vez que a  obesidade é uma inflamação crônica, pois ocorre a liberação de adipocinas pró inflamatórias (TNF-alfa) através dos adipócitos, que promove a ação dos  macrófagos para a área atingida, ocasionando o processo inflamatório e o estresse  oxidativo.  

Por conseguinte, as propriedades do azeite de oliva extra virgem podem  influenciar nas características dos marcadores anti-inflamatórios reduzindo os níveis  de IL-6, TNF-alfa e auxiliar nesse processo pró-inflamatório que o obeso encontra se. Em relação ao azeite de abacate extra virgem, mesmo tendo excelente  composição nutricional como as ações anti-inflamatórias entre outros já citados, a  quantidade de estudos que avaliam os efeitos do consumo do mesmo sobre a saúde  humana é escassa, abrindo um campo para novas pesquisas (Almeida e  colaboradores, 2018).  

Perante o exposto, o conhecimento sobre os benefícios do azeite de abacate  extra virgem ainda é carente, quando comparado ao de oliva. Dito isso, o  conhecimento das propriedades funcionais dos alimentos tem potencial em modular  a inflamação na obesidade. E o excesso de peso e obesidade está aumentando no decorrer do tempo, estando essa prevalência relacionada à predisposição do  surgimento de diversas doenças crônicas ou agravamento delas. Esse quadro  epidêmico é dado como cenário problemático da saúde pública mundial (Panuganti e  colaboradores, 2022). Dito isso, trata-se de grande relevância estudos que correlacionam alimentos com a melhora do estado nutricional, contribuindo para o  emagrecimento. 

Diante dos fatores envolvidos na obesidade, o consumo de lipídios merece  destaque devido à alta ingestão de gorduras saturadas e trans, quando comparado à ingestão de gorduras mono e poli-insaturadas. A troca das saturadas e trans pelas  insaturadas contidas no azeite tem efeitos benéficos na saúde, tais como: diminuição dos riscos cardiovasculares, melhora na função endotelial, redução da  inflamação, do estresse oxidativo e perda de peso (Lopes; Peluzio; Hermsdorff,  2016).  

Com isso, a qualidade dos lipídios na dieta pode contribuir para o aumento ou  diminuição do risco de obesidade e Doenças Cardiovasculares, levando em  consideração a esse aspecto, é de grande importância à realização de estudos para  aumentar a diversidade de opções de alimentos ricos em ácidos graxos poli insaturados, pois quando este está associado a alimentação saudável, contribui para  a prevenção e redução do risco de doenças cardiovasculares e redução do peso  corporal, como demonstra no quadro 1. 

Quadro 1: Estudos com azeite e óleo de coco para a saúde (Continua)

Fonte: Elaboração própria. 

Sobre o consumo do azeite de oliva no Brasil por ser importado (Caye e  colaboradores, 2020) e em contrapartida, o abacate é cultivado em grande escala na  maioria das regiões do país (Silva, 2019), torna-se um alto potencial de produção de  azeite de abacate extra virgem no Brasil, podendo ser uma possibilidade futura do  azeite de abacate atuar no mercado de exportação, gerando mais economia local. 

Na literatura são escassos os estudos associando o uso do azeite de abacate à redução de peso.  

Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o impacto da utilização do  azeite de oliva extra virgem e do azeite de abacate extra virgem no processo de  emagrecimento nos praticantes de atividade física, com a prescrição dietoterápica individualizada e acompanhamento dos indicadores nutricionais antropométrico  durante a intervenção.  

2. METODOLOGIA 

2.1 DESENHO DO ESTUDO 

A pesquisa clínica primária foi um ensaio clínico randomizado, experimental,  duplo-cego, controlado por placebo. Foi aplicada, descritiva, explicativa, analítica e  de campo, com formas de observação estruturada, sistematizada e participante, com  abordagem qualiquantitativa, pois envolveu mensuração de variáveis pré determinadas e a análise objetiva de dados coletados e tradução em números, além  das informações coletadas para classificação e análise das mesmas. Tratou-se de  um desenho de ensaio clínico randomizado, com prevalência longitudinal, por  conveniência, incluindo em torno de 40 indivíduos, de ambos os sexos, com objetivo  de emagrecimento, com idade entre 20 a 59 anos. 

O projeto foi apresentado tanto ao Comitê de Ética e após aprovação quanto aos voluntários participantes. Só participaram do estudo aqueles que foram  orientados sobre os objetivos e concordaram em assinar o Termo de Consentimento  Livre e Esclarecido. Os voluntários foram selecionados em academias e em uma  clínica do Centro Universitário de Vitória, Espírito Santo (ES). Os atendimentos  foram realizados no próprio local, no qual se avaliou o estado nutricional e o  consumo alimentar através de uma ficha de anamnese clínico-nutricional. Todos  foram informados do objetivo deste estudo, sendo realizada a coleta de dados e a  avaliação objetiva (antropometria) para realizar a avaliação do estado nutricional dos  pacientes. 

Todos os voluntários foram instruídos a manter suas atividades físicas  habituais durante o período do estudo. Foi informado o objetivo deste estudo e que  teria como benefício a avaliação e o acompanhamento nutricional acompanhado de  intervenção clínica, visando a redução da massa gorda corporal e melhora do estado  nutricional. Informou-se sobre a disposição a ser randomizado a consumir 12 g  diariamente da gordura designada a ele por um período de 6 semanas. 

Os pacientes elegíveis foram designados para três grupos, sendo  denominado como grupo do azeite de oliva, grupo do azeite abacate e grupo  placebo. Foi entregue o plano alimentar para ambos os grupos, sendo que o grupo  do azeite de abacate foi entregue às quantidades do azeite extra virgem de abacate,  com a ingestão de um período de 6 semanas, sendo reforçada a orientação para a  sua ingestão adequada na alimentação diária, sendo 12 g/dia, conforme orientação  prescrita no plano alimentar que foi entregue. O grupo do azeite de oliva foi  orientando o consumo do azeite de oliva extra virgem com a mesma quantidade e orientações do grupo do azeite de abacate, a aquisição do produto foi do voluntário.  Já o grupo placebo seguiu o plano alimentar entregue sem a indicação de adição de  nenhum óleo. 

O azeite de abacate extra virgem foi doado pela empresa Flor de AbacateⓇ,  que entregaram a quantidade para todos os participantes do grupo do azeite de  abacate. Foram entregues adjacentes aos produtos alimentares. Utilizou-se como  referência o estudo da Valerius e colaboradores (2018) adaptados, no qual se  observou que o efeito dos óleos pode auxiliar na redução de circunferência  abdominal e diminuição de peso corporal. A autora sugere, para um efeito mais  expressivo, a necessidade de aliar uma dieta adequada e a prática regular de  exercícios físicos.  

2.2 ANÁLISES DOS DADOS 

Os dados foram apresentados a partir de estatística descritiva, com as  variáveis quantitativas analisadas na forma média mais ou menos em desvio padrão  e as variáveis qualitativas apresentadas por meio das frequências absoluta e  relativa. O trabalho foi analisado com auxílio do Excel ano/versão. 

2.2.1 Aspectos Éticos

O projeto foi apresentado ao Comitê de Ética e após aprovação, foi  apresentado aos voluntários. Só participaram do estudo aqueles que foram  orientados sobre os objetivos e concordarem em assinar o Termo de Consentimento  Livre e Esclarecido (Apêndice 1). Os critérios de inclusão e exclusão: Os voluntários  deveriam se enquadrar nas categorias a seguir: 1) idade de 20 a 59 anos; 2)  indivíduos ativos, praticantes de alguma atividade física regular; 3) Objetivo de  emagrecimento; Exclusão: Foram excluídos voluntários que não preencheram por completo os questionários aplicados e/ou preencheram de maneira incorreta. 

2.2.2 Variável Sociodemográfica 

Para avaliar as variáveis sociodemográficas foram realizadas perguntas  contidas na anamnese clínico nutricional (Fisberg, 2005) em que as perguntas  abordaram questões referentes à identificação, sendo informada a idade do  participante, a situação conjugal, renda familiar e ocupação/profissão. 

2.2.3 Avaliação do Consumo Alimentar 

Para avaliar a ingestão alimentar atual foi aplicado um recordatório alimentar  de 24 horas (Acuña, 2004) presente na ficha de anamnese clínico-nutricional  (Fisberg, 2005). Na avaliação da qualidade nutricional da ingestão habitual foram  analisados os nutrientes de acordo com a Dietary Reference Intakes (DRI), sendo  estes os carboidratos, proteínas, lipídios, cálcio, ferro, vitamina A, C, sódio, potássio e fibras totais (IOM, 2006). Além disso, para identificar o consumo dos nutrientes foi  utilizado o (software DietBox®).  

2.2.4 Avaliação do Estado Nutricional 

Para a avaliação antropométrica dos indivíduos, foram realizadas as aferições  de altura, peso, Índice Massa Muscular (IMC) conforme demonstra no quadro 2,  dobra cutânea tricipital, circunferência do braço, circunferência da cintura e balança  bioimpedância.  

Quadro 2: Classificação do estudo nutricional segundo o IMC.

Fonte: OMS, 2000; WHO, 1995. 

Altura: É aferido através do estadiômetro, o paciente ficará de pé e de costas  para o equipamento com panturrilha, glúteos, ombros e cabeça tocando a parede ou  do equipamento. Tem de se voltar o rosto no plano de Frankfurt. Posiciona-se o suporte sobre a cabeça, de tal forma que pressione apenas o cabelo (Sampaio e  colaboradores, 2013). 

Peso: Para essa aferição será utilizado uma balança digital de bioimpedância  da marca (Tanita), que suporta 150 kg de peso corporal. Este equipamento deve se  encontrar no chão e nivelado para garantir estabilidade do mesmo. O peso é  constituído por todos os elementos corporais, não deve utilizá-lo unicamente para  realização do diagnóstico, pois, indivíduo que tem muita massa muscular, edema e  desidratação podem ocultar a verdadeira condição do paciente (BVS, 2022).  

IMC: É realizado através da divisão do peso em quilogramas em relação a  altura em metros quadrados, para classificação utiliza-se os parâmetros descritos no quadro 2 (BVS, 2022). 

Para a aferição das circunferências dos participantes, utilizou-se uma fita  métrica inextensível. Circunferência do braço: o paciente deve estar em pé, com o  braço posicionado no ângulo de 90 graus, com a palma da mão voltada para cima,  Realiza-se a identificação da extremidade da proeminência do acrômio da escápula  e o processo olécrano da ulna. Faça a medição da distância entre estes dois pontos  e marque o ponto médio. Solicite ao paciente que relaxe o braço. Com a fita métrica,  contorne o braço no ponto médio do braço e faça a aferição da circunferência do  braço.  

Circunferência cintura: o paciente deve estar em pé, com a região abdominal  à mostra, cruzando os braços, com a fita métrica, no qual posiciona-se no o ponto  médio entre a crista ilíaca e o rebordo da última costela. a classificação é mediante  a figura 1. 

Figura 1: Tabela da classificação da circunferência cintura.

Fonte: OMS, 2000. 

Para classificação do percentual de gordura da balança bioimpedância,  utilizou-se a figura 2.  

Figura 2: Classificação da ∑ de dobras cutâneas para ambos os gêneros.

Fonte: Lohman e colaboradores (1992). 

2.3 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL  

A intervenção nutricional consiste em analisar primeiramente o perfil do  participante através da ficha de anamnese clínico nutricional (Fisberg, 2005), sendo  separados os grupos que utilizaram azeite extra virgem de oliva, outro com a  utilização do azeite extra virgem de abacate e outro como grupo placebo, que não  utilizaram nenhum azeite. Em seguida, foram realizadas as intervenções como plano  alimentar individualizado e orientações nutricionais. Aconteceram três consultas, a inicial para avaliação e diagnóstico, a segunda para entrega do plano alimentar e a  terceira para reavaliação final, durante as semanas entre os retornos todos os  pacientes receberam informações nutricionais com os seguintes temas: Comer com  atenção plena, ultraprocessados e açúcares, classificação dos alimentos, como  utilizar a lista de substituição, nutrição do pré e pós-treino e tratando o intestino  (Brasil, 2014).  

2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA 

O programa utilizado nas análises foi o IBM SPSS Statistics version 24. A  descrição foi realizada pela frequência observada, porcentagem, média e desvio  padrão. O teste t de ‘Student’ para amostras pareadas foi utilizado para comparação dos dados antropométricos e dietéticos entre as avaliações inicial x final e entre o  que foi consumido x prescrito, estratificando-se em cada grupo. 

A ANOVA para medidas independentes foi utilizada para a comparação de  cada dado antropométrico e dietético entre os grupos (azeite de oliva, azeite de  abacate e placebo) nos tempos inicial e final e também para o que foi consumido e  prescrito. O nível alfa de significância utilizado foi de 5%. 

3. RESULTADOS 

A população foi composta inicialmente por 40 indivíduos, sendo 10 pessoas  do grupo placebo, 11 pessoas do grupo do azeite de abacate e 19 pessoas do grupo  do azeite de oliva, porém, no decorrer da pesquisa, 10 participantes desistiram.  Conforme demonstra a tabela 1, ambos os grupos, a predominância era do sexo  feminino, sendo 90% do grupo placebo, 81,8% do grupo do azeite de abacate e  100% do grupo do azeite de oliva. 

Os grupos foram compostos pela maioria dos indivíduos com o estado civil  casado, sendo 60% do placebo, 72,7% do azeite de abacate e 76,5% do azeite de  oliva. A renda familiar predominante foi de 2,5 a 3,5 salários mínimos, sendo 60%  do grupo placebo e 72,7% do grupo de azeite de abacate. A escolaridade prevalente  do grupo placebo e grupo de azeite de oliva foi o ensino médio, sendo de 50% e  82,3% (Tabela 1). No grupo do azeite de abacate, obteve-se 36,4% indicando  ensino médio, enquanto que 36,4%, ensino superior. A ocupação preponderante no  grupo placebo e no grupo do azeite de oliva foram de dona do lar. O grupo do azeite de  abacate destacou-se no setor administrativo, sendo de 44,4% (Tabela 1). 

Tabela 1 – Caracterização Sociodemográfica. (Continua) 

Fonte: Autoria própria 

Quanto à tabela 2, os participantes praticavam majoritariamente musculação,  com a frequência variada, sendo a frequência de 30%, 3 vezes na semana e 30%, 6  a 7 vezes no grupo placebo. No grupo do azeite de abacate e de oliva prevaleceu 5  vezes semanalmente, sendo 45,5% e 50%. Em relação à ingestão de bebida  alcoólica, 60% do grupo placebo, 45,5% do grupo de abacate e 52,9% do grupo do  azeite de oliva relataram não consumi-la. Contudo, no período da intervenção  nutricional os pacientes foram orientados para evitar o consumo de bebida alcoólica.  Quanto ao trato gastrointestinal, o grupo placebo citou 60% ter apresentado diarreia,  e quanto ao grupo do azeite de abacate e azeite de oliva na maioria relatou não  possuir nenhum sintoma, sendo 45,5% e 70,6%. Referente à Escala de Bristol, ambos os grupos elencaram predominantemente o tipo 3, sendo 30% do placebo,  54,5% do azeite de abacate e 47,05% do azeite de oliva (Tabela 2).  

Tabela 2 – Caracterização do estilo de vida. (Continua)

Fonte: Dados da pesquisa. 

Ao avaliar as refeições consumidas no dia, o grupo placebo referiu consumir  majoritariamente 3 refeições, sendo 40%, e os grupos do azeite de abacate e de  oliva relatou predominante 4 refeições por dia, sendo 36,4% do azeite de abacate e  64,7% do azeite de oliva (Figura 3).  

Figura 3 Caracterização dos hábitos alimentares em relação aos números de refeições antes da intervenção nutricional.

Fonte: Dados da pesquisa.

Ao avaliar os parâmetros antropométricos, foi possível observar que o grupo  do azeite de abacate teve uma redução em algumas medidas, quando comparado  ao grupo do azeite de oliva e placebo, conforme demonstra a Tabela 3. A medida  que mais teve maior alteração foi a da circunferência da cintura, no qual se  constatou uma redução média de 5,8 cm do grupo do azeite de abacate (p=0,067) e  3,5 do grupo do azeite de oliva (p=0,002).  

O percentual de gordura do grupo do azeite de abacate teve uma redução de  2,7% (p=0,150), enquanto que o grupo do azeite de oliva teve uma redução de 1,5%  (p=0,344) e o grupo placebo teve uma redução de 0,2% (p=0,789). No que diz  respeito à dobra cutânea tricipital, o grupo do azeite de abacate reduziu 1,3 mm  (p=0,399), o grupo do azeite de oliva manteve a medida (p=0,999) e o grupo placebo  aumentou 1 mm (p=0,904). Os resultados demonstram que o consumo de azeite  teve um impacto maior na redução da adiposidade (Tabela 3).  

Tabela 3 – Comparação dos dados antropométricos entre as avaliações inicial e final.

Fonte: Dados da pesquisa. (*) Teste t de ‘Student’ para amostras pareadas

Destaca-se que no que se referem à tabela 4, as informações nela contidas  objetivam demonstrar que a proposta de emagrecimento apresentou impacto similar  entre os grupos avaliados nesta presente pesquisa (p>0,05), especialmente a partir  dos instantes que ocorreu a comparação entre as variáveis antropométricas  analisadas no momento inicial e final. 

Tabela 4 – Comparação dos dados antropométricos entre os grupos.

Fonte: Dados da pesquisa. (*) ANOVA para amostras independentes; significativo se p ≤ 0,050 

A classificação dos dados antropométricos teve alteração somente no grupo  placebo e azeite de abacate, conforme a tabela 5 demonstra. Referente à classificação do IMC, no grupo placebo houve uma redução de obesidade grau I 60% para sobrepeso 70%, em contrapartida, teve alteração de obesidade grau I  10% para grau II 20%. Tendo em vista a análise direcionada ao grupo de azeite de  oliva, constatou-se que não houve nenhuma alteração e o azeite de abacate teve  uma alteração na classificação do percentual de gordura, com a redução de elevado  100% para 88,9%. No que diz respeito à classificação da CC, somente o grupo do  azeite de abacate sofreu alteração, reduzindo o risco de muito elevado de 77,8%  para 66,6%.  

Tabela 5 – Classificação do Estado Nutricional.

Fonte: Dados da pesquisa. 

Na tabela 6, nos macronutrientes, fez-se um aumento do aporte calórico  baseado nas necessidades energéticas individuais, com a proposta de perda de peso de 3 a 4 kg. Todas as modificações ficaram de acordo com as recomendações.  Aumentou-se a quantidade de proteína (p<0,001) para o grupo do azeite de oliva. A oferta calórica passou a ser maior do que os pacientes consumiam (com aumento  significativo no grupo do azeite de oliva – p<0,001) (Tabela 6). A quantidade de  lipídio foi elevada (p>0,05), adicionando azeite em grupos específicos. Ambos os  grupos tinham baixo consumo de fibras (p<0,001). 

Tabela 6 – Comparação dos parâmetros dietéticos entre as avaliações inicial e final.

Fonte: Dados da pesquisa. (*) ANOVA para amostras independentes; significativo se p ≤ 0,050 

Na tabela 7, a quantidade de carboidratos em relação à prescrição foi  significativamente diferente entre os grupos, bem como o lipídio, ácidos graxos poli e  monoinsaturados (p<0,05).  

Tabela 7 – Comparação dos parâmetros dietéticos entre os grupos.

Fonte: Dados da pesquisa. (*) ANOVA para amostras independentes; significativo se p ≤ 0,050

Ao realizar a avaliação dos micronutrientes dos alimentos consumidos e  prescritos, observou-se que em ambos os grupos, não consumiam a quantidade de  cálcio recomendada, havendo um aumento (p<0,001) no aporte desse nutriente. Os  micronutrientes foram todos ajustados de acordo com a recomendação (Tabela 8).  

Tabela 8 – Avaliação dos micronutrientes dos alimentos consumidos e prescritos.

Fonte: Dados da pesquisa. * O valor de p<0,001 para o nutriente cálcio do momento inicial e final  entre todos os grupos. 

4. DISCUSSÃO  

O tratamento da obesidade é um processo considerado complexo, sendo um  trabalho multidisciplinar (Abeso, 2021) e é considerado um grave problema de saúde pública, pois a obesidade vem crescendo consideravelmente. Segundo a Abeso  (2022), essa doença crônica aumentou de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019. 

O presente estudo analisou o impacto da utilização do azeite de oliva extra  virgem e azeite de abacate extra virgem associado a uma alimentação saudável em  indivíduos com sobrepeso e obesos praticantes de atividade física. 

O público que mais demonstrou interesse nos atendimento clínico nutricional  foi as mulheres (Tabela 1). Isso pode estar relacionado com a busca mais prevalente  nesse sexo, devido a maior preocupação com a aparência. Hinokuma (2021) fez um  estudo na academia com mulheres que praticavam atividade física e identificou que  quanto mais elas tinham o IMC elevado, maior eram as suas preocupações com a  satisfação corporal, resultando na procura por alternativas alimentares que auxiliam  no processo de emagrecimento.  

A atividade física possui vários benefícios à saúde, principalmente no  tratamento da obesidade, porque promove benefícios biológicos ou fisiológicos, que  auxiliam na redução do peso, pressão arterial, auxílio na respiração, no controle da  glicemia, além de benefícios psicológicos, como bem estar e no cognitivo (Silva e  colaboradores, 2021). 

Os participantes deste estudo em sua maioria praticam musculação como  atividade física no período de acompanhamento nutricional (Tabela 2). Crislaine  Panatto e colaboradores (2019) fez um estudo randomizado no período de dois  meses com indivíduos que praticavam atividade física na academia, sendo dividido  em dois grupos, o grupo caso e grupo controle, no qual o grupo caso recebeu  acompanhamento nutricional e o grupo controle não recebeu acompanhamento nutricional. O grupo caso reduziu 6 cm e o grupo controle ganhou 3 cm. Na presente  amostra estudada, o grupo do azeite de abacate teve uma redução da média da CC  de 5,8 cm, o grupo do azeite de oliva reduziu 3,5 cm (Tabela 3), demonstrando que  para obter emagrecimento a atividade física precisa está associada a uma  prescrição dietética. 

Ao avaliar as medidas antropométricas (Tabela 3), os grupos que consumiram  azeite tiveram uma redução maior na CC. A CC se mostrou um bom marcador para  gordura visceral e risco cardiovascular, a sua redução auxilia no tratamento precoce  das Doenças Crônicas (Filho e colaboradores, 2022). A redução no grupo do azeite  de abacate atribui-se às características nutricionais do azeite de abacate, pois  possui alto teor de ácidos graxos monoinsaturados, compostos bioativos (tocoferóis  carotenoides e fitosteróis), vitaminas e minerais que podem auxiliar no metabolismo  energético (Rueda e colaboradores, 2016). Os estudos em seres humanos são  escassos, porém em modelos animais atestam benefícios e a possibilidade de  introdução referida ao seu consumo (Almeida e colaboradores, 2018). 

No estudo com seres humanos, randomizado com 31 indivíduos adultos com  síndrome metabólica, com IMC > 30 kg/m², realizado em 12 semanas, sendo  dividido em grupo controle, com a utilização de 10 ml de óleo de abacate e grupo  placebo com 10 ml de óleo de soja. O consumo do óleo de abacate não teve efeitos  positivos no perfil lipídico e medidas antropométricas. Mas isso pode ser  determinante pela falta de um plano alimentar associado e alto números de  medicamentos utilizados pelos participantes, além disso, não foi mencionada a  prática de atividade física (Azevedo, 2023). Já que na amostra presente houve redução da massa corporal em 6 semanas de utilização do azeite de oliva incluso no  plano alimentar e associado a prática de atividade física (Tabela 3).  

A produção do azeite coincide com a safra do abacate das lavouras e  estende-se durante todo o segundo semestre, resultando em uma alta qualidade  nutricional (Silva, 2019). Diferente do azeite de oliva que a maior parte da produção  é importada (Caye e colaboradores, 2020). 

Apesar da deficiência em estudo randomizado com o azeite, em um estudo  realizado com a fruta do abacate, randomizado controlado por 12 semanas com um  total de 105 adultos de ambos os sexo com sobrepeso e obesidade, observou-se  que o consumo diário de um abacate reduziu a adiposidade abdominal (Khan e  colaboradores, 2021). 

Outro estudo randomizado aplicado no período de 5 semanas, avaliou-se o  consumo do abacate com 45 indivíduos com sobrepeso e obesidade associado a  uma dieta saudável e resultou na redução do colesterol LDL (LDL-C) relacionando o  resultado com os compostos bioativos presentes no abacate que parece  desempenhar um papel importante na redução da oxidação do LDL (Wang e  colaboradores, 2019). 

O consumo do abacate foi associado em um estudo de revisão narrativa  abrangente em ensaios clínicos e estudos observacionais com três revisões  sistemáticas e/ou meta-análises que constatou redução do peso e melhora na saúde  cardiovascular, função cognitiva e da microbiota intestinal (Dreher; Cheng; Ford,  2021).

A prescrição dietética em ambos os grupos foi classificada como hipocalórica  com o cálculo para perda de 3 a 4 kg para cada indivíduo. Renz e Macedo (2020)  fizeram um estudo de ensaio clínico randomizado em que o planejamento alimentar  com redução energética de 500 kcal a partir do gasto energético total,  resultou em uma perda de peso em indivíduos com sobrepeso e obesidade.  Ademais, de acordo com a Abeso (2022) a restrição calórica é uma estratégia eficaz  para o tratamento em indivíduos com excesso de peso.  

Em relação à proteína no plano alimentar, aumentou-se o aporte a fim de  contribuir no processo do emagrecimento (Tabela 6). Segundo Araujo e  colaboradores, (2022), a proteína ajustada na dieta é uma boa estratégia para a  perda de peso. Já que a proteína atua na síntese muscular, na função estrutural, de transporte, de defesa, entre outras funções no organismo (Lino, 2023), além disso, é  uma excelente estratégia para aumentar a saciedade (Magno e colaboradores,  2018). 

Já em relação ao carboidrato, foi necessário modificar a quantidade e  qualidade na dieta (Tabela 6), e isso é de grande importância para a perda de peso.  Visto que, o carboidrato são fontes de energia, sendo capaz de aumentar o  desempenho físico do exercício do indivíduo (Araújo, 2022). Já que o carboidrato é  substrato para a formação do glicogênio muscular e hepático (Pereira, 2021),  quando estes são associados com a prática da atividade física (Castro, 2020). Além  disso, os carboidratos que contém fibras são de melhor qualidade, pois auxiliam na  diminuição da glicemia, auxilia na prevenção da obesidade ou tratamento do  mesmo, pois as fibras não são absorvidas, logo não oferecem calorias, aumentam o tempo de mastigação, diminui a velocidade do esvaziamento gástrico, aumentando a  saciedade e diminui a absorção de gorduras (Rocha e colaboradores, 2021). 

O lipídio da dieta foi ajustado em ambos os grupos, ficando dentro das  recomendações indicadas pela DRI (IOM, 2006), reduzindo as gorduras saturadas,  dando preferência para as insaturadas (Tabela 6). De acordo com Ravaut e colaboradores, (2020), as gorduras saturadas dietéticas aumentam o  armazenamento de lipídios nos tecidos adiposos, gerando um perfil inflamatório,  desenvolvendo a obesidade e levando a doenças cardíacas coronárias. Logo, a  substituição por alimentos ricos em gorduras insaturadas diminui os riscos  cardiovasculares, melhorando a função endotelial, redução da inflamação, do  estresse oxidativo e perda de peso (Lopes; Peluzio; Hermsdorff, 2016). Isso é um  fator que explica a redução das medidas da CC dos grupos que consumiram azeite,  já que a quantidade de gorduras insaturadas prescritas foram de acordo com a  quantidade indicada (Faludi, 2017). 

As vitaminas e minerais foram ajustados (IOM, 2006), em especial o cálcio,  pois estava muito abaixo do recomendado, aumentando dessa forma, a sua  indicação (Tabela 8). O cálcio é um mineral importante no processo do  emagrecimento. Rocha e colaboradores (2021) indicam que o cálcio pode auxiliar na  excreção fecal de gordura através da formação de complexos insolúveis no intestino  e outra possível hipótese é a regulação do apetite. Além disso, a ingestão reduzida  desse nutriente contribui para o acúmulo excessivo do cálcio intracelular nos  adipócitos, devido ao estresse oxidativo, aumentando a lipogênese e inibindo a  lipólise, elevando a adiposidade e gerando um processo pró-inflamatório, com a ativação das citocinas TNF-α e IL-6 e secreção da proteína C-reativa pelo fígado  (Rocha e colaboradores, 2021). 

No processo do emagrecimento, o indivíduo precisa seguir um plano dietético  aliado à atividade física (Nascimento, 2023). Entretanto, a adesão ao tratamento vai  além da prescrição dietética, o profissional precisa considerar os sentimentos  envolvidos nas escolhas alimentares, aspectos sociais e culturais, estilo de vida e  necessidades nutricionais individualizadas (Taglietti colaboradores, 2018). Com isso,  foram realizadas orientações nutricionais e motivacionais, além do incentivo das  modificações nos hábitos alimentares, visto que a maioria consumia entre três a  quatro refeições diariamente (Figura 1), aumentando as refeições para cinco ou seis  refeições de acordo com o Guia da População Brasileira (Brasil, 2014), com a  inclusão de alimentos com alta qualidade nutricional e baixa densidade calórica. 

O nutricionista é um profissional de extrema importância no tratamento da  obesidade, pois ele vai auxiliar o indivíduo na complexa luta contra a obesidade. De  acordo com o Código de Ética e de Conduta do Nutricionista (2018), no Art. 3º o  nutricionista deve desempenhar suas atribuições respeitando a vida, a singularidade  e pluralidade, às dimensões culturais e religiosas, de gênero, de classe social, raça  e etnia, a liberdade relacionada à diversidade das práticas alimentares, além de se  proceder de forma dialógica, não havendo prática de discriminação de qualquer  natureza nas relações profissionais construídas. 

5. CONCLUSÃO

Os achados deste estudo demonstram que o azeite extra virgem,  independente de qual tipo, promoveu redução na adiposidade, principalmente na  circunferência da cintura. 

Os estudos com azeite de abacate extra virgem com pessoas são escassos,  mas a partir dos resultados, pode ser um excelente substituto do azeite de oliva  extravirgem, possibilitando ao consumidor ter mais diversidade na escolha alimentar.  

Considera-se que a alimentação de forma saudável e equilibrada, associada a  práticas de atividade física está relacionada com a promoção da saúde. Aliado a  isso, quando utiliza-se alimentos com propriedades antioxidantes e anti  inflamatórias, ricos em gorduras mono e poli insaturadas, como o azeite extra  virgem de abacate e oliva, a propensão é melhorar os parâmetros metabólicos e  também a composição corporal. 

Contudo, o emagrecimento vai além da prescrição dietética, sendo  necessários vários fatores a serem considerados para alcançar esse objetivo. Tendo  o nutricionista um papel crucial nesse processo, no qual irá realizar além da  prescrição do plano alimentar com orientações nutricionais individualizadas e atuar  no processo motivacional, considerando os sentimentos envolvidos nas escolhas  alimentares, aspectos sociais e culturais e estilo de vida de cada pessoa. 

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1Estudante de Nutrição, Centro Universitário Salesiano, Vitória, Espirito Santo,  Brasil. kamilladias3095@gmailcom
2Docente de Nutrição, Mestre em Ciências Fisiológicas, Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro Universitário Salesiano, Vitória, Espírito Santo, Brasil. mpaixao@souunisales.com.br