IMPACTO DA TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DE PACIENTE COM LESÃO DE SLAP (SUPERIOR LABRUM, ANTERIOR TO POSTERIOR)¹

IMPACT OF SHOCKWAVE THERAPY ON THE FUNCTIONAL RECOVERY OF A  PATIENT WITH SLAP INJURY (SUPERIOR LABRUM, ANTERIOR TO POSTERIOR)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11060077


Igor Oliveira Santos de Assunção2


Resumo:

A Terapia por Ondas de Choque é indicada no tratamento de lesão SLAP (Superior Labrum, Anterior to Posterior), devido a seu benefício e cunho indolor na  intervenção terapêutica. Assim, o objetivo do presente trabalho é avaliar o impacto da  Terapia por Onda de Choque na recuperação funcional de pacientes com Lesão de  SLAP, analisando seus resultados em relação a dor, amplitude da mobilidade,  potência muscular e atividades no cotidiano. E, consequentemente, investigar a  eficácia desse tratamento e os efeitos da Terapia por Ondas de Choque na modulação  da atividade neuromuscular do ombro, averiguando a resposta do sistema nervoso à  terapia e sua influência na regeneração. Dessa forma, a vigente pesquisa trata-se de  uma revisão integrativa da literatura que possui aspectos metodológicos pautados na  análise qualitativa, com enfoque em estudos que melhor especifiquem e alvorei em  tais vertentes em relação a essa forma de abordagem clínica. No que concerne a  repercussão das ondas de choque, compreendeu-se que é um recurso terapêutico  com vantagens, pois é uma técnica indolor e não invasiva para casos crônicos, ou  não, com qualificação em ser realizado de forma eficiente e com segurança,  ocasionando maior comodidade e deliberação ao paciente de prosseguir por todo o  protocolo e sessões. 

Palavras-chave: Lesão SLAP; Terapia por Ondas; benefícios. 

Abstract:

Shock Wave Therapy is indicated in the treatment of SLAP (Superior  Labrum, Anterior to Posterior) injuries, due to its benefit and painless nature of the  therapeutic intervention. Thus, the objective of the present work is to evaluate the  impact of Shock Wave Therapy on the functional recovery of patients with SLAP Injury,  analyzing its results in relation to pain, range of mobility, muscle power and daily  activities. And, consequently, investigate the effectiveness of this treatment and the  effects of Shock Wave Therapy in modulating the neuromuscular activity of the  shoulder, investigating the nervous system’s response to the therapy and its influence  on regeneration. Therefore, the current research is an integrative review of the  literature that has methodological aspects based on qualitative analysis, focusing on  studies that better specify and highlight such aspects in relation to this form of clinical  approach. Regarding the repercussion of shock waves, it was understood that it is a  therapeutic resource with advantages, as it is a painless and non-invasive technique  for chronic cases, or not, with the qualification of being carried out efficiently and safely,  causing greater comfort and deliberation for the patient to continue through the entire  protocol and sessions. 

Keywords: SLAP injury; Wave Therapy; benefits. 

1 REFERENCIAL TÉORICO  

O Labrum excedente glenoidal auxilia como localidade de estabilização da  anexação do tendão da cabeça longa do bíceps, onde, dessa forma, se torna  vulnerável à lesão ocasionada por sua desafixação da glenoide, de anterior a  posterior, denominada de lesão labral superior de anterior a posterior (SLAP). Andrews  et al. foram os primeiros a caracterizar lesões no labro superior. Estas, por sua vez,  tendem a ser vistas com regularidade em jovens esportistas de desporto de  arremesso, concernindo secundárias a pequenas lesões amiudadas, mas também  são notadas em sujeitos que realizam movimentos repetitivos com frequência, entre  outras situações. Similarmente, é capaz de suceder em conexão com diferentes  ocorrências traumáticas, tais como a deslocação glenoumeral elementar ou recorrente (STATHELLIS et al., 2018). 

Por conseguinte, analisou-se que, depois de remodelações anatômicas da  SLAP, os pacientes demonstraram uma etapa prolongada com dores, quando em  comparação aos subjugados a mecanismos procedimentais com deliberação do  bíceps. Fenômenos como a dor, inconstância e sensação de bloqueio articular,  tendem a ser delegados ao esgotamento do reflexo proprioceptivo. Apesar das  narrativas de lesões por SLAP serem constantes na literatura, pesquisas vigentes  mostram que há um desenvolvimento significativo no cômputo de reparações  cirúrgicas dessas lesões nos últimos anos (CAVALCANTE, 2022). Nessa vertente, a  terapia por ondas de choque é constantemente empregue no procedimento de  circunstâncias normais dos membros superiores (STATHELLIS et al., 2018). 

À vista disso, as ondas de choque são segmentadas em dois modos,  resumidamente: focais e radiais. Independentemente de serem utilizadas para  procedimentos em tratamentos de uma sequência de determinações  musculoesqueléticas, elas divergem entre si em relação aos enfoques físicos,  instrumento gerador e equipamento de ação. Por conseguinte, o presente trabalho  trata-se de uma revisão integrativa que possui aspectos metodológicos pautados na  abordagem qualitativa. Assim, a pesquisa visa avaliar o impacto da Terapia por Onda de Choque na recuperação funcional de pacientes com Lesão de SLAP (Superior  Labrum, Anterior to Posterior), analisando seus resultados em relação a dor, amplitude  da mobilidade, potência muscular e atividades no cotidiano. E, consequentemente,  investigar a eficácia desse tratamento e os efeitos da Terapia por Ondas de Choque (TOC) na modulação da atividade neuromuscular do ombro, averiguando a resposta  do sistema nervoso à terapia e sua influência na regeneração. Dessa forma, a vigente  pesquisa trata-se de uma revisão integrativa da literatura que possui aspectos  metodológicos pautados na análise qualitativa, com enfoque em estudos que melhor  especifiquem e alvorei em tais vertentes em relação a essa forma de abordagem  clínica. 

1.1 A HISTÓRIA DA TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE 

No perpassar da Segunda Guerra Mundial, analisou-se que náufragos que  continuavam na água nas proximidades de detonações de bombas, manifestavam  avarias pulmonares de cunho letal ao serem amortizados, onde não era identificado  nenhuma lesão externa. Contudo, pesquisas evidenciaram que o que estaria  ocasionando seria uma arma bélica sem maior utilidade exteriormente ao meio líquido,  e os mecanismos do período a complementavam com um grau acima de simplicidade  e racionamento. Dessa forma, as decorrências demonstraram que as Ondas de  choque (OCs) ocasionam efeitos no organismo, singularmente no campo de interação  do corpo, pois a “terapia extracorpórea por ondas de choque (ESWT) gera energia na  forma de ondas sonoras e de pressão que podem promover a cicatrização dos tecidos  e interromper a dor” (ECKLEY, HSU e TENFORDE, 2023, p. 2). Assim, em 1974, o  Departamento de Pesquisa e Ciência da Alemanha custeou o planeamento de estudos  em relação a Aplicação de Ondas de Choque Extracorpóreas (CAVALCANTE, 2022). 

A TOC foi integrada na práxis da área médica no início da década de 90, como  étimo da litotripsia urológica. Nos EUA, a utilização de determinadas ondas no grupo  musculoesquelético foi assentido em 2001 e sua execução análoga no Brasil em 1998.  O uso das ondas de choque aplicadas ao sistema músculo esquelético no Brasil se  iniciou nessa mesma década com a chegada das primeiras máquinas de litotripsia  urológica, que foram adaptadas para o uso em lesões ortopédicas. Atualmente, tem  sido feito seu uso para debelar variadas patologias relacionadas a esse âmbito.  Ademais, há distintas referências em estudo, como úlceras diabéticas espasticidades neuromusculares, disfunção erétil, obstrução de coronárias, síndrome da dor pélvica  crônica e no tratamento estético da celulite (HITCHMAN et al., 2019, p. 34), bem como  em musculatura total de desportistas com boa saúde. 

1.2 O IMPACTO DA TERAPIA POR ONDA DE CHOQUE NA RECUPERAÇÃO  FUNCIONAL DE PACIENTES COM LESÃO DE SLAP 

A lesão de SLAP (Superior Labrum, Anterior to Posterior) é uma divisão do  componente excedente de uma estruturação intrínseca do ombro denominada labrum ou labro gleinodal, propriamente onde ocasiona um nervo de configuração cilíndrica  qualificado como cocuruto longa do bíceps (MOLNÁR et al., 2020). Nessa vertente,  as “lesões SLAP podem causar dor no ombro, sintomas mecânicos e  comprometimento da função da articulação. Eles são frequentemente associada a  outras patologias do ombro, como lesão de Bankart ou ruptura do manguito rotador”  (STATHELLIS et al., 2018, p. 290). 

À vista disso, é possível compreender como tais lesões ocorrem quando se tem  entendimento da lesão. A lesão por trauma, ocasionalmente, acontece depois de certa  queda por cima do braço alinhado, fazendo com que a cabeça umeral seja comprimida  na divisão da parte de cima da glenóide. Tal coação encerra um empurrão no  fragmento superior do lábio gleinodal sendo capaz de provocar um arranque dessa  área e dessa forma ocasionar a lesão de SLAP (STATHELLIS et al., 2018). 

Posto isso, Carpinteiro e Barros (2021) afirmam que as ondas de choque são  pulsações de coerção tridimensional com período de um milionésimo de segundo com  cimos de pressão de 35 a 120 Mpa. Encontram-se dois modos de terapia por ondas  de choque, sendo a terapia por ondas de choque focais (TOCF) e terapia por ondas  de choque radiais (TOCR). Nesse sentido, as ondas de choque radiais dispõem de  um intento mais aparente, quando comparada com as ondas de choque focais, que  concernem uma eficiência de cunho maior no ponto que se encontram situadas nos  tecidos da estrutura. 

O procedimento por ondas de choque é bastante indicado para as patologias  musculoesqueléticas principalmente para pacientes com lesão de SLAP, pois esse  tipo de tratamento é recomendado para que ocorra o aceleramento da regeneração e  alívio da dor em episódio de inflamação. Nesse caso, as ondas de choque passam a  ativar o seguimento de restauração e cicatrização dos tendões, ligações que estão conectadas ao tendão e o tecido muscular e nas tessituras ósseas. Assim, as ondas  de choque ocasionam pequenas bolhas que despontam, ocorrendo um ato analgésico  na área lesionada. Nessa vertente, a reação que o corpo externaliza levará cerca de  até 12 semanas conforme for o cenário e nível da doença (GUO et al., 2019). 

As ondas de choque estabelecem dois segmentos essenciais: um sem desvios  (primário), de constituição da potência mecânica, e o outro sinuoso (secundário) de  pujança mecânica denominada de cavitação. Perante o estágio de distensão as forças  da onda sobrepujam a energia ao deslocamento dinâmico da água (ou corrente  intersticial), produzindo bolhas de cavitação (CRUPNIK et al., 2019). 

Por conseguinte, Carpinteiro e Barros (2021) corroboram que incontáveis são  as doenças e objeções que apontam referências para terapia por ondas de choque,  tornando-se um mecanismo terapêutico com eficiência para procedimento de  patologias de tendões, sedimentação de cálcio nos tecidos, dor muscular regional e  fragmentação que exibem tardança ou não solidificação. Nessa visão, compreende se que “o ombro é a articulação mais complexa do corpo humano. A grande liberdade  de movimentos nesta articulação é a principal causa de instabilidade. A instabilidade  varia no seu grau, direção, etiologia e volição” (CARPINTEIRO e BARROS, 2021, p.  8). 

Dessa forma, no que diz respeito ao tipo de tratamento, a utilização das ondas  de choque igualmente tem um resultado osteogênico (preceptor de tecido rígido) à  medida que é sobreposto em pacientes que tiveram rompimento de trabalhosa  recuperação, além de variadas recomendações. Outras conveniências das  funcionalidades é a ocorrência desse mecanismo não ser agressivo e assim, evadir se da cirurgia na maioria dos acontecidos. Essa, por sua vez, acarreta utilidade  analgésica, com modificações alicerçadas no tecido com acréscimo do funcionamento  metabólico, incitamento do sistema de regeneração do tecido e da constituição óssea (CARPINTEIRO e BARROS, 2021). 

A terapia por ondas de choque faz uso de um elemento especializado para  proporcionar energia acústica por meio da pele até o segmento do corpo que encontra se a lesão. As OCs acontecem através de condução e não na forma elétrica, pois são  cadências sonoras perceptíveis e de baixa energia, que expandem o curso sanguíneo  para região lesada. Essas, por sua vez, ocasionam impulsos que auxiliam na retirada  da dessensibilização das terminações dos nervos, o que possibilita uma atenuação  das dores. Por conseguinte, e em sua maioria mais considerável, as ondas de choque geram microtrauma controlado (degeneração microcóspica) ao tecido, o que leva o  corpo a uma resolução de elevação da circulação sanguínea e a fisiologia no local se  recuperar de modo mais eficiente (CRUPNIK et al., 2019). 

Consequentemente, essa resposta do corpo às ondas de choque leva a uma  ativação e aceleração resolutiva da cura do próprio local que está sendo tratado,  pois as OCs ocasionam uma quebra nas tessituras que antes estavam afetadas e  calcificadas. Assim, essas ondas operam de variadas formas, sendo elas: atos  mecânicos, onde ocasionam composição de microbolhas que emergem fracionando  a fibrose local; ação analgésica que produz forte estímulo regional, desbloqueando  enzimas operam no local da dor; atividade vascular, promove uma fluxão vascular e  neoformação de vasos facilitando a vivência do paciente em suas atividades diárias e  qualidade de vida dos pacientes (CARMONA et al., 2020). 

1.3 BENEFÍCIOS QUE A TERAPIA POR ONDA DE CHOQUE PROPÕE FORNECER  NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL  

O diagnóstico da lesão de SLAP é realizado doravante uma análise clínica  detalhista e de avaliações características na averiguação física. Quando há a hipótese  dessa contusão, a utilização de ressonância nuclear magnética termina por auxiliar na  confirmação do prognóstico. Entretanto, umas das adversidades de se realizar a  diagnose é o comparecimento de outras patologias simultâneas, pode-se exemplificar,  nesse sentido, o traumatismo do manguito rotador, que constantemente se encontra  relacionado (STATHELLIS et al., 2018). 

O procedimento por ondas de choque é um tratamento seguro e não invasivo,  nesse ínterim, observa-se que os efeitos da TOC no aumento da força muscular do  manguito rotador consente em amplitude de movimento e uma diminuição nas dores,  o paciente poderá realizar suas atividades diárias, com os devidos cuidados, pois o  procedimento não é invasivo, ocasionando assim a qualidade de vida dos pacientes.  Por conseguinte, com o aumento da força ocorre a atenuação da frouxidão das  articulações, melhora do tônus e alívio de tensão (DEL GORDO-D´AMATO et al.,  2016). 

Desse modo, esse tratamento consiste em dupla introdução que chega a alterar  a ordenação de energia, essas categorias são denominadas como radial e focal. O  radial consiste em projeção de energia em forma de cone invertido e assim inclina-se ao egresso de potência dos tecidos. Já o focal dispõe de municiamento de recursos  energéticos com maior centralização em um só cerne, constando como propósito agir  em tecidos mais viscerais. Outra vertente em relação a técnica se encontra na  atenuação da utilização de medicação para dores de cunho crônica, ocasionando  menores custos e conclusões colaterais ao paciente. Assim, Del Gordo-D´Amato et al.  revelam que “a TOC é um método de tratamento seguro e eficaz de lesões no  manguito rotador principalmente da supra espinhosa, com relevo da dor e retorno aos  níveis funcionais em termos de amplitude da mobilidade do ombro” (2016, p. 27).  

Ainda sobre as resultâncias da terapia por ondas de choque, tem-se o privilégio  de ser um procedimento indolor, com qualificação de ser examinado de forma eficiente  e com seguridade ocasionando maior bem-estar e firmeza ao paciente de prosseguir  por todo o protocolo de sessões. As ondas de choque são eficientes amplificando um  beneficiamento na circulação sanguínea e fisiologia local. Os resultados terapêuticos  instigam a cicatrização e a renovação das tecituras. Ressalta-se a designação das OC  em cenários de rompimento dos tendões, particularmente os que são denominados  de tendinopatia (STATHELLIS et al., 2018).  

A Terapia por Onda de Choque contribui para a retomada das atividades diárias  e qualidade de vida dos pacientes com Lesão de SLAP trazendo uma redução da  infecção, pois condiciona alívio no inchaço e na contrição da área afetada. Bem como,  no estímulo da geração de novos vasos sanguíneos, havendo a ampliação da  afluência de oxigênio e hemácias, onde acontecerá, por consequência, o impulso para  a melhoria da lesão. De modo consequente, há também a elevação da formação de  colágeno, esse, por sua vez, auxilia no reparo da musculatura (GUO et al., 2019). 

2 METODOLOGIA  

A presente pesquisa consiste em uma revisão integrativa com trabalhos que se  encontram acessíveis a partir de junho de 2016 a setembro de 2022, foram  examinados artigos em Português, Espanhol e Inglês das plataformas Scientific  Eletronic Library Online (SciELO), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), RG  (ResearchGate), PubMed (US National Library of Medicine National Institutes of  Health) e a PEDro. Assim, fez-se uso de estudos científicos de característica ensaio  clínico, onde foi utilizado os descritores em português: terapia por ondas de choque, lesão de SLAP e benefícios da terapia por ondas de choque, e em inglês: shock wave  therapy, SLAP injury e benefits of shockwave therapy. 

Consequentemente, o presente estudo resultou em 2.153 artigos científicos  que encaminharam-se a submissão dos seguintes preceitos para inclusão: trabalhos  publicados nos últimos 8 (oito) anos, sendo dispostos em Língua Portuguesa,  Espanhola e Inglesa, nos quais, estão correlacionados a procedências confiáveis e  plataformas seguras que foram manuseados como base de busca de dados. À vista  disso, foram colocados como critérios de exclusão materiais que não  correspondessem ao propósito do trabalho, determinando-se parâmetros de  subtração fontes que expusessem propriedades de dados instáveis, bem como de  pesquisas dispersas em plataformas infundadas. 

3 RESULTADOS 

A procura de literatura por meio dos descritores nas bases de dados teve  resultado em uma totalidade de 2.153 artigos. Em uma primeira conjuntura analisou se os trabalhos que estavam com títulos repetidos nas plataformas, sendo excluídos 480 por essa razão. Dos 1.047 que restaram, 626 foram deletados por abordarem  outros temas além dessa revisão, após a leitura dos títulos, além disso, foram  eliminados 420 estudos no fim do periódico completo, 158 por não abrangessem  pacientes com Lesão SLAP, 58 por não estarem disponíveis na íntegra para leitura,  50 por serem duplicados e ao final 41 estudos foram selecionados para leitura na  íntegra, estes foram submetidos aos seguintes critérios de inclusão: abordarem  acerca de avaliar o impacto da Terapia por Onda de Choque na recuperação funcional  de pacientes com Lesão de SLAP (Superior Labrum, Anterior to Posterior), analisando  seus resultados em relação a dor, amplitude da mobilidade, potência muscular e  atividades no cotidiano, e foram elencados ao final 7 estudos. 

A tabulação dos dados está disposta na tabela do tópico Resultados, contendo:  autor e título, ano, objetivo e principais achados. No qual, o propósito destinou-se diante o levantamento e análise de estudos de teóricos em relação à temática a ser  elaborada, com o intuito de corroborar, ampliar o conhecimento e simultaneamente  contribuir com a execução da pesquisa. O roteiro de busca e triagem do presente  estudo está disponível abaixo, no fluxograma 1. 

No quadro abaixo estão os artigos que, posteriormente a triagem dos estudos,  constituíram a presente pesquisa. 

Título Autor(es)/ anoPopulação e/ou  Amostra ObjetivoPrincipais achados
Terapia con ondas de choque en afecciones del sistema 
osteomio articular 
en adulto mayor.
CARMO NA, F. B.;  CISNER OS, P.  V.;  MARTÍN EZ, R.  K. et al. (2020)800 pacientes idosos com doenças do sistema osteomioarticular atendidos em  ambulatório de  fisiatria.Avaliar a eficácia  da terapia por  ondas de choque nas condições do  sistema  osteomioarticular  em idosos.A terapia por ondas de choque foi  mais eficaz que o tratamento  convencional nas condições do sistema osteomioarticular em idosos.
Instabilida de ântero inferior recorrente  do ombro.CARPIN TEIRO,  
E.;  BARRO S, A. (2021)
Um atleta de 
competição do sexo masculino com 23 anos de idade.
Compreender as  diferentes lesões  que resultam do  primeiro episódio  de luxação.O doente entrou em programa de  reabilitação após 3 semanas e  passados 6 meses reiniciou a sua  atividade desportiva de forma gradual sem restrições. 
Atualmente o seu desempenho situa-se no nível prévio à lesão sem quaisquer limitações funcionais.
Is radial extracorp 
oreal shock wave  
therapy combined  with a  specific  
rehabilitati on 
program  (rESWT +  RP) more effective 
than sham rESWT + RP for acute
hamstring muscle 
complex  injury type  3b in athletes?  Study protocol for a prospectiv e, randomiz ed, double blind, sham controlled single 
centre trial.
CRUPNI K, J.;  SILVETI , S.;  WAJNS TEIN, N.  et al. (2019)Quarenta  pacientes com  lesão aguda de  HMC tipo 3b  serão alocados  aleatoriamente  para receber  rESWT (nove  sessões de  rESWT; três  sessões por  semana; 2.500  ondas de choque  extracorpóreas  radiais (rESWs)  por sessão;  densidade de  energia  dependendo do que o paciente tolera) ou sham Reswt.Testar a hipótese  de que a  combinação de  ESWT radial 
(rESWT) e um  
programa específico de  reabilitação (RP)  é eficaz e segura no tratamento da lesão aguda do  HMC tipo 3b em  atletas, e é estatisticamente  significativamente  mais eficaz do  que a  combinação de  sham-rESWT e  RP.
A terapia por ondas de choque pode acelerar a regeneração após lesão aguda do músculo 
esquelético.
Clinical  study of  combined  mirror and extracorporeal  shock  wave  therapy  on upper 
limb  spasticity  in  poststrok e  patients.
GUO,  J.;  QIAN,  S.;  WANG,  Y.; XU,  A. (2019)Distribuiu-se  
aleatoriamente  120 pacientes em  quatro grupos: A,  B, C e D.
Investigar o efeito  terapêutico da  combinação de  espelho e terapia  extracorpórea por  ondas de choque  na espasticidade  dos membros  
superiores em  
pacientes pós AVC.
A recuperação motora e a  espasticidade foram medidas pela  avaliação de Fugl-Meyer e pela  escala de Ashworth modificada.  As diferenças na avaliação de  Fugl-Meyer e nos escores da  escala de Ashworth modificada no grupo C foram  
significativamente maiores que as  do grupo D em todos os  momentos observados após o  tratamento e foram  significativamente maiores que as  dos grupos A e B (P<0,05), mas  não diferenças significativas  foram observadas entre os  grupos A e B até os 12 meses. A  espasticidade dos membros  superiores foi melhorada pela  combinação de espelho e ESWT.
SLAP  Lesion  and Injury of the 
Proximal Portion of  Long Head of  
Biceps Tendon in Elite Amateur  
Wrestlers
MOLNÁ R, S.;  
HUNYA,  Z.;  
PAVLIK,  A.;  
BOZSIK , A.;  
SHADG AN, B.;  
MAFFU LLI, N. (2020)
Onze lutadores  de elite que  sofreram lesões  entre 2008 e 2018  foram  
investigados retrospectivamente.
Identificar  associação entre  o mecanismo e os  sintomas da lesão  do complexo
bíceps-labral.
Lesões na parte proximal do  tendão da cabeça longa do  bíceps são relativamente  frequentes em lutadores de elite, refletindo as altas demandas  funcionais impostas ao membro  superior.
Treatment  of SLAP  Lesions.STATH ELLIS,  A.;  
BRILAKI S, E.;  
GEORG OULIS,  J. D.;  ANTON OGIAN NAKIS,  E.;  GEORG OULIS,  A. (2018)
Pacientes com lesão SLAP. De acordo com o tipo de lesão, idade e  nível de atividade  do pacienteObservar qual o  melhor tratamento  para lesões SLAP  de acordo com o  tipo e dados  sobre os fatores  que influenciam o  resultado.As lesões SLAP I são tratadas  com desbridamento. A maioria  das controvérsias diz respeito a  pacientes com lesões SLAP II,  cuja terapia é a fixação do lábio  superior ou a tenotomia/tenodese da cabeça longa do tendão do  bíceps. Para pacientes com  lesões SLAP III ou IV, a  abordagem mais comumente  aceita é a tenotomia ou tenodese  do tendão da cabeça longa do  bíceps.
Effectiven ess of  shock  wave  therapy  as an alternativ e to the rotator  cuff injury  treatmentDEL  GORDO – D´AMAT O, R. J.; ORLAN DO, T.- G.;  GUILLE RMO,  A.-P. J. (2016)convencionais e  condições clínicas  de longa data  
através da aplicação da Escala Visual Análogo (VAS) de  dor e avaliação  da amplitude de  mobilidade.
Mostrar resultados en tendinosis del manguito rotador, en pacientes tratados con terapia de 
ondas de choque  extracorpóreas  
(TOCE).
Conclui-se que o TOCE é um  método eficaz no tratamento da  tendinose do manguito rotador  com alívio da dor e retorno aos  níveis funcionais.

4 DISCUSSÃO 

No que diz respeito a lesão de SLAP, os autores Carpinteiro e Barros (2021),  Molnár et al. (2020) e Stathellis et al. (2018), concordam que o diagnóstico da lesão  muitas vezes é feito no exame pré-operatório por meio de imagens de ressonância  magnética. Entretanto, a classificação exata da lesão SLAP deve ser feita no  intraoperatório durante a artroscopia do ombro. Assim, a Terapia por Ondas de  Choque têm-se tornado cada vez mais bem vista, pois é colocada como “uma terapia  aprimorada que na maioria dos casos um excelente resultado. Para pacientes com  lesões de SLAP a abordagem é aceita” (STATHELLIS et al., 201, p. 277). Para Molnár  et al. (2020) é importante poder formular um plano pré-operatório baseado no exame  físico e nos estudos de imagem, de modo a informar corretamente os pacientes,  planejar o procedimento provável e dar indicações sobre a duração e as modalidades  de reabilitação. Consequentemente, Carpinteiro e Barros (2021, p. 8) corroboram que  “compreender as diferentes lesões que resultam do primeiro episódio de luxação é  muito importante para o tratamento adequado”, seja uma lesão de SLAP ou qualquer  outra lesão. 

No que diz respeito aos resultados da TOC, os autores Guo et al. (2019) indicam que é um método inovador, reversível e não invasivo para o tratamento da  lesão de SLAP, onde ocasiona a melhora de alguns parâmetros sem causar fraqueza  muscular ou vertentes desagradáveis nos pacientes (GUO et al., 2019). Desse modo,  as resoluções do estudo aprovaram que a Terapia por Ondas de Choque produziu  maior melhora no desempenho motor dos membros superiores e redução significativa  na espasticidade, esse procedimento pode ser usado de forma eficiente no tratamento  de distúrbios musculoesqueléticos e na reabilitação da função motora dos braços  afetados de pacientes, pois induz a recuperação do desempenho motor, onde, se  torna um método promissor e eficaz para a terapia clínica (GUO et al., 2019).

Os pesquisadores Carmona et al. (2020) e Crupnik et al. (2019) demonstraram que a terapia por ondas de choque (ESWT) pode acelerar a regeneração após lesão  muscular esquelética aguda. Assim, na história observa-se o “uso de ondas de choque  extracorpóreas na medicina foi relatado pela primeira vez há mais de 30 anos como  um tratamento para cálculos renais e é comumente referido como ‘litotripsia  extracorpórea por ondas de choque’ ou ‘LECO’” (CRUPNIK et al., 2019, p. 223). As  OCs também são usadas como tratamento para condições musculoesqueléticas  (CRUPNIK et al., 2019; CARMONA et al., 2020) e “são comumente referidas como  “terapia por ondas de choque extracorpóreas” (CRUPNIK et al., 2019, p. 223). Assim,  o estudo de CRUPNIK et al. (2019) sugere que a ESWT pode acelerar a regeneração  após lesão aguda do músculo esquelético. 

Ainda nessa visão, Carmona et al. (2020) afirmam que dentre as principais  vantagens do tratamento com ondas de choque estão a grande profundidade de  penetração, pouco gasto adicional de manutenção, localização exata dos pontos,  baixo risco de formação de hematoma, máxima energia na área afetada, muito pouca  irritação na pele, tratamento ambulatorial do paciente, sessões curtas, sem risco de  alergia e necessidade de anestesia. Assim, Del Gordo-D´Amato et al. (2016)  demonstram em seus resultados que “a TOC é um método de tratamento seguro e  eficaz de lesões no manguito rotador principalmente da supra espinhosa, com relevo  da dor e retorno aos níveis funcionais em termos de amplitude da mobilidade do  ombro” (p. 27). 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS  

O presente trabalho teve como objetivo geral avaliar o impacto da Terapia por  Onda de Choque na recuperação funcional de pacientes com Lesão de SLAP, onde,  realizou-se uma análise de seus resultados em relação a dor, amplitude da  mobilidade, potência muscular e atividades no cotidiano. E, consequentemente,  investigou-se a eficácia desse tratamento e os efeitos da Terapia por Ondas de  Choque na modulação da atividade neuromuscular do ombro, averiguando a resposta  do sistema nervoso à terapia e sua influência na regeneração. Dessa forma, a vigente  pesquisa trata-se de uma revisão integrativa da literatura que possui aspectos  metodológicos pautados na análise qualitativa, com enfoque em estudos que melhor especifiquem e alvoreiem tais vertentes em relação a essa forma de abordagem  clínica. 

Assim como, avaliar a influência da Terapia por Onda de Choque na melhoria  da amplitude de movimento do ombro afetado e, por conseguinte, examinar os efeitos  da TOC no aumento da força muscular dos músculos do manguito rotador. Além de,  analisar como a Terapia por Onda de Choque contribui para a retomada das atividades  diárias e qualidade de vida dos pacientes com Lesão de SLAP. Dessa forma,  compreendeu-se que a Terapia por Ondas de Choque possui ação de cunho  analgésico e anti-inflamatório, tal método mostra-se como uma possibilidade propícia  para pacientes que não correspondem de forma positiva à terapia tradicional.  

Os resultados dos artigos selecionados para fundamentar o trabalho revelaram  que os sinais são limitados em relação a atenuação de tempo de cicatrização e na  velocidade do fechamento das lesões. Os estudos selecionados não relataram efeitos  colaterais significativos, sendo uma terapia segura, que ocasiona uma amplitude de  movimento e força muscular em sua retomada das atividades diárias e qualidade de  vida, as OC auxiliam na redução da dor e na inflamação, onde há a liberação de  substâncias químicas no corpo que ocasionam decorrências analgésicas e anti inflamatória. 

Desse modo, a Terapia por Ondas de Choque é um tratamento inovador que  oferta um desempenho não invasivo, pois é um procedimento sem risco de alergia e  necessidade de anestesia, significando em riscos menores e conforto para o paciente.  No que concerne a eficiência, esse tipo de terapia em lesão de SLAP, observa-se o  aceleramento da regeneração e alívio da dor. É uma opção também para aqueles que  não podem ou não optam por fazer tratamento não farmacológico. Para pesquisas  futuras é importante ressaltar o desenvolvimento de procedimentos padronizados e  uma observação em relação a atenuação de tempo de cicatrização, assim como a  velocidade do fechamento das lesões.

REFERÊNCIAS  

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1Artigo apresentado ao Curso de bacharelado em Fisioterapia; 
2Graduando em Fisioterapia pela UNISULMA – Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão  IESMA – Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão. E-mail:  igoroliveirasantos10.assuncao@gmail.com;