IMPACT OF GUIDANCE FOR MOTHERS ON THE PREVENTION OF POSITIONAL PLAGIOCEPHALY IN TERM NEWBORNS AT A TEACHING MATERNITY HOSPITAL
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505251844
Sandra Adriana Zimpel1; Andressa da Silva Duarte2; Julya Nayara da Silva Santos3; Layne Andre da Silva4; Ana Caroline Santos5; Paloma Ferreira dos Santos6; Laissa Fonseca Tatajuba Monteiro7; Ana Patrícia Duarte de Aquino Mendes8
RESUMO
Introdução: Plagiocefalia posicional consiste em uma condição na qual há uma deformação no crânio dos bebês, podendo resultar em um crânio assimétrico, desalinhamento da orelha e assimetria facial. A plagiocefalia não resolvida a longo prazo pode contribuir para deformidade craniofacial considerável e repercussões no desenvolvimento das crianças sendo imprescindível traçar estratégias que visem reduzir essa condição. Objetivo: Analisar o impacto das orientações às mães sobre a redução dos padrões apresentados durante a avaliação antropométrica com características de Plagiocefalia posicional. Métodos: Ensaio clínico randomizado realizado com 11 recém-nascidos (RNs) com idade gestacional entre 37 a 42 semanas, internados na Unidade de Cuidados Intermediários de uma maternidade escola. Os RNs foram randomizados em grupo de intervenção (GI) e grupo de controle (GC). As mães dos RNs do GI foram submetidas a um treinamento através de cartilhas para a realização de mudanças de decúbito, enquanto as do GC receberam as informações de posicionamento convencional da maternidade. Resultados: Foi realizada a estatística descritiva com análise por meio do programa SPSS versão 15.0 e foi adotado p<0,05. Verificou-se uma diferença significativa no Índice de Assimetria Craniana entre o GC e o GI pós-intervenção, com p=0.001, indicando a eficácia da orientação às mães na prevenção de plagiocefalia posicional. Conclusão: A orientação precoce às mães resultou em uma redução estatisticamente significativa do índice de assimetria craniana em RNs a termo, destacando a eficácia dessa intervenção na prevenção da plagiocefalia posicional.
Palavras-chave: Plagiocefalia. Recém-nascidos. Prevenção.
ABSTRACT
Introduction: Positional plagiocephaly is a condition in which there is a deformation in the skull of babies, which can result in an asymmetrical skull, ear misalignment and facial asymmetry. Unresolved plagiocephaly in the long term can contribute to considerable craniofacial deformity and repercussions on the development of children, making it essential to develop strategies to reduce this condition. Objective: To analyze the impact of guidance to mothers on the reduction of patterns presented during the anthropometric assessment with characteristics of positional plagiocephaly. Methods: Randomized clinical trial carried out with 11 newborns (NBs) with gestational age between 37 and 42 weeks, admitted to the Intermediate Care Unit of a teaching maternity hospital. The NBs were randomized into an interventiongroup (IG) and a control group (CG). The mothers of the newborns in the IG were trained using booklets to perform position changes, while those in the CG received information on conventional maternity positioning. Results: Descriptive statistics were performed with analysis using the SPSS version 15.0 program, and p<0.05 was adopted. A significant difference was found in the Cranial Asymmetry Index between the CG and the IG after the intervention, with p=0.001, indicating the effectiveness of the guidance to the mothers in preventing positional plagiocephaly. Conclusion: Early guidance to the mothers resulted in a statistically significant reduction in the cranial asymmetry index in full-term newborns, highlighting the effectiveness of this intervention in preventing positional plagiocephaly.
Keywords: Plagiocephaly. Newborns. Prevention.
Introdução:
Plagiocefalia posicional, também chamada de plagiocefalia deformacional, consiste em uma condição na qual há uma deformação no crânio de crianças, podendo resultar em um crânio assimétrico, desalinhamento da orelha e assimetria facial (Littlefield et al., 2003). Acredita-se que esta deformidade é ocasionada por diversos fatores, entre eles: ambiente intrauterino restrito, parto prematuro, parto vaginal assistido, trabalho de parto prolongado, posição de nascimento incomum, nascimento múltiplo e primiparidade (Van Vlimmeren et al., 2008).
A plagiocefalia posicional é a forma de cabeça assimétrica atípica mais comum. Ocorre em até 33% dos bebês no primeiro ano de vida, com pico em torno de 2 a 3 meses (Aarnivala et al., 2015). Esta condição é caracterizada por um achatamento occipital assimétrico com uma área plana resultante da testa contralateral e escoliose da face (Mulliken et al., 1999). Além disso, uma assimetria da base do crânio é frequentemente encontrada e é evidenciada por um desvio da orelha em que a orelha ipsilateral assume uma posição mais anterior (Bredenkamp et al., 1990; Littlefield et al., 2003). A altura da orelha é simétrica e as suturas cranianas não são afetadas.
No início da década de 1990, a Associação Americana de Pediatria (AAP) lançou a campanha “Back to Sleep” com o objetivo de reduzir a incidência da Síndrome de Morte Súbita Infantil (SMSI). Nessa campanha, foram adotadas estratégias de orientação aos pais, estabelecendo a posição supina como ideal para a prevenção dessa síndrome (Wilbrand et al., 2010). A partir dessa campanha, as escolhas dos pais em relação ao posicionamento do bebê passaram a ser amplamente guiadas pelas recomendações internacionais de melhores práticas para a prevenção da SMSI. Como consequência dessas recomendações de posicionamento, observou-se que, à medida que a incidência da SMSI diminuiu, houve um aumento na prevalência de plagiocefalia, devido ao fato de os Rs passarem muito tempo com a parte de trás da cabeça apoiada (Losee; Mason, 2005; Aarnivala et al., 2016).
Apesar da alta prevalência de plagiocefalia posicional, surpreendentemente poucos estudos têm explorado sua prevenção, e os poucos existentes entre 2003 e 2014 apresentam opiniões divergentes quanto à mudança de decúbito na prevenção dessa condição (Hutchison et al., 2004; Mawji et al., 2014).
Segundo Habal et al. (2003), estudos indicam que as consequências da plagiocefalia posicional nos aspectos psicossociais e de desenvolvimento psicomotor em crianças ainda são controversas na literatura. No entanto, há sinais de alerta para possíveis problemas de desenvolvimento à medida que as crianças se aproximam da idade escolar, destacando a necessidade de estratégias para minimizar a incidência de plagiocefalia posicional em RNs para evitar consequências mais severas.
A longo prazo, a plagiocefalia não resolvida pode contribuir para uma deformidade craniofacial considerável, tanto esteticamente quanto em implicações musculoesqueléticas ou de desenvolvimento (Chalain; Park, 2005). Um estudo mostra que o posicionamento infantil está associado à orientação precoce da cabeça e ao desenvolvimento da plagiocefalia. A assimetria precoce, relatada pelos pais durante a vigília e o sono, é um indicador importante para a necessidade de avaliação e aconselhamento profissional (Leung et al., 2017).
Materiais e métodos
Trata-se de um estudo analítico experimental do tipo Ensaio Clínico Randomizado realizado na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) de uma Maternidade localizada na cidade de Maceió (Alagoas). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (CAAE: 70110732.2.0000.5011), sob parecer 6.135.264. Todos os responsáveis pelos indivíduos envolvidos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
O estudo incluiu RNs de ambos os sexos, com idade gestacional entre 37 a 42 semanas, internos na UCI, no período de outubro de 2023 e março de 2024, que não possuíam diagnóstico de Plagiocefalia Posicional ao nascimento. Foram excluídos todos os RNs que apresentaram alterações cranianas, dismorfismos ou síndromes elegíveis para o desenvolvimento de plagiocefalia posicional, malformações e/ou síndromes genéticas e aqueles que possuíam mães que não tinham a capacidade de gerenciar as mudanças de decúbito no RN.
Inicialmente, os prontuários foram analisados para avaliar a possibilidade de inclusão do RN no estudo e solicitada a assinatura do TCLE. Em seguida, os RNs foram randomizados em grupos de controle e intervenção. Os RNs selecionados para o estudo, tanto do grupo de controle (GC) quanto do de intervenção (GI), foram submetidos a uma coleta de parâmetros iniciais. A avaliação consistiu na retirada das medidas antropométricas da cabeça, onde os parâmetros objetivos foram: perímetro cefálico, comprimento, largura e distâncias oblíquas, sendo realizados com a utilização de craniômetro e fita métrica.
Para a avaliação da assimetria craniana, realizamos medições detalhadas da cabeça dos RNs, utilizando um protocolo padronizado, onde as medidas foram realizadas por um único avaliador. Essas medidas foram então inseridas no aplicativo Headshape, que utiliza algoritmos avançados para calcular o índice de assimetria da abóbada craniana (CVAI), calculado com base nas distâncias oblíquas (diâmetro ântero posterior direito e esquerdo). O aplicativo analisa as dimensões e a forma da cabeça, produzindo um valor quantitativo que reflete o grau de assimetria. Com base no CVAI calculado, classificamos os casos como plagiocefalia posicional ou não, seguindo os critérios estabelecidos pelo aplicativo: CVAI > 3.5% é indicativo de plagiocefalia posicional. Esse método nos permitiu uma avaliação objetiva e consistente das medidas, facilitando a categorização e o monitoramento ao longo do estudo.
As mães dos RNs do GI foram submetidas a um treinamento através de cartilhas para a realização de mudanças de decúbito. A cartilha continha imagens de posicionamentos a serem realizados pela mãe ao longo do tempo: pronação com rotação cervical; supino; decúbito lateral direito e esquerdo; canguru com rotação cervical para a direita e para a esquerda e com imagens com orientações para o estímulo visual e estímulo auditivo do RN.
Os RNs pertencentes ao GC foram submetidos aos posicionamentos convencionais adotados pela equipe de fisioterapia e enfermagem da maternidade. Todos os RNs, participantes do estudo, GI e GC, foram reavaliados a cada 3 dias até sua alta da UCI. Durante as reavaliações, as mães/responsáveis do GI foram abordadas quanto a possíveis dúvidas relacionadas à cartilha e aos posicionamentos, para que fossem esclarecidas pelas responsáveis pela pesquisa.
Os dados inicialmente foram inseridos e agrupados na planilha do Microsoft Office Excel 2016. Posteriormente as variáveis foram organizadas em tabelas de contingências. Para descrição dos dados, utilizou-se as medidas: frequências absolutas, porcentagens, médias, medianas e desvios interquartílicos (DIQ).
Para comparações das médias ou medianas das variáveis: idade gestacional, perímetro cefálico, largura, comprimento, diâmetro anteroposterior direito, diâmetro ântero posterior esquerdo e CVAI, foi utilizado o teste de Shapiro Wilk para verificar normalidade e em seguida o teste de Levene para verificar homocedasticidade. Na análise foram utilizados os testes t de student para as variáveis que apresentaram distribuição normal, e o teste de Mann-Whitney para as variáveis que não apresentaram distribuição normal, o alfa utilizado em ambos foi de 0,05. O software estatístico utilizado nas análises supracitadas foi o SPSS versão 15.0.
Resultados
Participaram do estudo 11 RNs, sendo 6 pertencentes ao GI (Intervenção) e 5 ao GC (controle). A média da idade gestacional dos RNs foi de 38 (37-41) no GI e de 38,6 (37-39) semanas no GC. Com relação ao peso, ao nascimento, o GI teve média de 2.661,6 (1510-3840) gramas e o GC apresentou 2.724 (2400-3010) gramas. A Tabela 1 resume as características da amostra de acordo com a intervenção recebida. Os RNs submetidos ao GC e ao GI foram semelhantes quanto à IG e peso ao nascimento (PN) e não houve diferença estatística entre os grupos (p-valor > 0,05).
Tabela 1 – Características da amostra quanto à idade gestacional e peso ao nascer
Características | GC (n=5) | GI (n=6) | p-valor |
Idade Gestacional (semanas) | 38,6 (37-39) | 38 (37-41) | 0.3** |
Peso ao nascer (gramas) | 2.724 (2400-3010) | 2.661,6 (1510-3840) | 0.8* |
Legenda: GI: Orientações a mãe; GC: Controle; Valores apresentados em média e intervalo de confiança. *Teste T de student **Teste de Mann-Whitney.
Fonte: Elaborada pelos autores.
A Tabela 2 apresenta as características da amostra na 1° avaliação, ou seja, pré intervenção. Os RNs submetidos ao GC e ao GI foram semelhantes quanto ao perímetro cefálico, largura, diâmetro ântero posterior e CVAI e não houve diferença estatística entre os grupos (p-valor > 0,05).
Tabela 2 – Comparação entre as Medidas da 1º avaliação (Controle/Intervenção) das variáveis: Perímetro cefálico; Comprimento; Largura; Diâmetros ântero posterior direito e esquerdo e CVAI.

#Teste t student.&Teste de Mann Whitney.
Fonte: Elaborada pelos autores.
A Tabela 3 apresenta as características da amostra na 2° avaliação, realizada após a intervenção. Os RNs submetidos ao GC e ao GI continuaram com medidas semelhantes quanto ao perímetro cefálico, largura e diâmetro ântero posterior. No entanto, verificou-se diferença significativa em CVAI (p=0.001), reforçando a eficácia da intervenção em modificar o índice de assimetria da abóbada craniana.
Tabela 3 – Comparação entre as Medidas da 2º avaliação (Controle/Intervenção) das variáveis: Perímetro cefálico; Comprimento; Largura; Diâmetros ântero posterior direito e esquerdo e CVAI.


#Teste t student.&Teste de Mann Whitney.
Fonte: Elaborada pelos autores.
A Tabela 4 apresenta as características da amostra na 3° avaliação realizada também após a intervenção. Os RNs submetidos ao GC e ao GI continuaram com medidas semelhantes quanto à perímetro cefálico, largura e diâmetro ântero posterior. No entanto, das variáveis supracitadas, verificou-se diferença significativa em CVAI (p=0.001), reforçando mais uma vez a eficácia da intervenção em modificar o índice de assimetria da abóbada craniana. Esses resultados destacam a validade da intervenção, confirmando que as orientações fornecidas foram eficazes em melhorar o índice de assimetria, que é central para a avaliação do sucesso do tratamento, tendo em vista que o CVAI reduziu no GI em comparação com o GC.
Tabela 4 – Comparação entre as Medidas da 3º avaliação (Controle/Intervenção) das variáveis: Perímetro cefálico; Comprimento; Largura; Diâmetros ântero posterior direito e esquerdo e CVAI.


#Teste t student. &Teste de Mann Whitney.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Discussão
Os achados deste ensaio clínico randomizado evidenciam que a intervenção educativa direcionada às mães pode desempenhar um papel importante na prevenção da plagiocefalia posicional em RNs. A diferença significativa no Índice de Assimetria da Abóbada Craniana entre os grupos controle e intervenção após a aplicação da intervenção educativa indica que as orientações sobre técnicas de posicionamento e cuidados com o bebê tiveram um impacto positivo na redução da assimetria craniana.
Nenhum dos bebês nos grupos controle e intervenção apresentou plagiocefalia ao longo do estudo. Contudo, os bebês do grupo intervenção demonstraram uma redução significativa no índice de assimetria da abóbada craniana em comparação com o grupo controle. Esse achado sugere que a intervenção aplicada não apenas ajudou a diminuir o índice de assimetria craniana, mas também pode ter reduzido a probabilidade de desenvolvimento de plagiocefalia no futuro.
Esses resultados corroboram com estudos anteriores que sugerem que a educação parental é uma ferramenta poderosa na prevenção de deformidades cranianas em RNs. A intervenção, que consistiu em orientações práticas e acessíveis, mostrou-se uma estratégia de fácil implementação, que pode ser integrada às rotinas de cuidado neonatal sem necessidade de recursos adicionais substanciais.
No estudo de Aarnivala et al. (2015), que também buscou analisar a eficácia de uma intervenção educacional para pais na prevenção da plagiocefalia deformacional, os resultados mostraram que os bebês com pais que receberam instruções detalhadas para o posicionamento do bebê apresentaram uma prevalência de DP de 11% em análises bidimensionais e 15% em tridimensionais, em comparação com 31% e 33% no grupo controle, que recebeu apenas orientações padrão. O estudo concluiu que a educação parental é crucial para prevenir deformidades cranianas e recomendou a implementação de programas educativos em maternidades e centros de saúde infantil.
A significância estatística observada no nosso estudo reforça ainda mais a importância de intervenções preventivas desde os primeiros dias de vida do recém-nascido. A prevenção da plagiocefalia posicional, através de educação parental, pode não apenas melhorar os desfechos estéticos, mas também impactar positivamente o desenvolvimento neurológico e motor dos bebês (Cavalier et al., 2011).
Essa condição é preocupante, porque as alterações e deformidades relacionadas podem ser permanentes e têm sido um dos achados anormais mais frequentes em bebês saudáveis (Bock; Braun; Renz-Rolster, 2017). Evidências atuais têm apontado diferenças significativas nas habilidades motoras grossas e na variabilidade do tônus de bebês com PP quando comparada à de bebês com ausência dessa deformidade (Leeman: Flannery. 2012). Assim, observa-se que as alterações provocadas pela plagiocefalia posicional não tangem só a aparência do crânio, mas também repercutem no desenvolvimento motor (Linz et al., 2017).
A implementação de programas educativos pode contribuir para a redução de custos associados a tratamentos corretivos, como o uso de capacetes ortopédicos, que são frequentemente necessários em casos de assimetria craniana não tratados precocemente. Este estudo acrescenta à literatura existente, fornecendo evidências robustas sobre a eficácia de intervenções educativas no contexto da saúde neonatal.
No entanto, algumas limitações devem ser consideradas ao interpretar nossos resultados. O pequeno número da amostra, a adesão das mães às orientações fornecidas pode ter variado, fatores sociodemográficos não controlados podem ter influenciado os desfechos e o tempo de internação dos RNs também pode ser um fator importante para análises. Futuras pesquisas poderiam explorar a eficácia desta intervenção em diferentes contextos populacionais e avaliar o impacto a longo prazo sobre o desenvolvimento infantil.
CONCLUSÃO
O presente ensaio clínico randomizado investigou o impacto da orientação às mães como medida de prevenção da plagiocefalia posicional em RNs a termo. Os resultados demonstraram um nível de significância estatística com um p-valor de 0,001 na redução do índice de assimetria craniana no grupo intervenção em comparação com o grupo controle. Isso indica que a intervenção teve um efeito positivo e significativo na redução da assimetria craniana.
Embora o p-valor sugira uma eficácia significativa da orientação precoce às mães, é importante considerar a magnitude do efeito e a sua relevância clínica. Os dados obtidos sugerem que a intervenção pode contribuir de maneira eficaz para a prevenção da plagiocefalia posicional, reforçando a importância de incluir intervenções educacionais direcionadas às mães como parte de uma estratégia abrangente de prevenção.
Recomenda-se a realização de estudos adicionais com amostras maiores e seguimentos mais prolongados para confirmar e aprofundar essas descobertas. Estudos futuros poderiam ajudar a esclarecer os mecanismos subjacentes da intervenção e identificar os subgrupos que podem se beneficiar mais.
Referências
AARNIVALA, H.; VOULLO, V.; HARILA, V.; HEIKKINEN, T.; PIRTTINIEMI, P.; VALKAMA, A. M. Preventing deformational plagiocephaly through parent guidance: a randomized, controlled trial. European Journal of Pediatrics, [S.L.], v. 174, n.9, p. 1197-1208, 2015. DOI: 10.1007/s00431-015-2520-x
AARNIVALA, H.; VOULLO, V.; HARILA, V.; HEIKKINEN, T.; PIRTTINIEMI, P.; HOLMSTRÕM, L.; VALKAMA, A. M. The course of positional cranial deformation from 3 to 12 months of age and associated rick factors: A follow-up with 3D imaging. European Journal of Pediatrics, [S.L.], v. 175, p. 1893–1903, 2016. DOI: 10.1007/s00431-016-2773-z
BOCK, F.; BRAUN, Volker, B.; RENZ-POLSTER, H. Deformational plagiocephaly in normal infants: a systematic review of causes and hypotheses. Archives Of Disease In Childhood, [S.L.], v. 102, n. 6, p. 535-542, 2017. DOI: 10.1136/archdischild-2016-312018
BREDENKAMP, J. K.; HOOVER, L. A.; BERKE, G. S.; SHAW, A. Congenital Muscular Torticollis: a spectrum of disease. Arch Otolaryngol – Head Neck Surg, [S.L.], v. 116, v. 2, p. 212-216, 1990. DOI: 10.1001/archotol.1990.01870020088024
CAVALIER, A.; PICOT, M. C.; ARTIAGA, C.; MAZURIER, E.; AMILHAU, M. O.; FROYE, E.; CAPTIER, G.; PICAUD, J. C. Prevention of deformational plagiocephaly in neonates. Early Human Development, [S.L.], v. 87, n. 9, p. 537-543, 2011. DOI: 10.1016/j.earlhumdev.2011.04.007
CHALAIN, T. M. B; PARK, S. Torticollis Associated with Positional Plagiocephaly: a growing epidemic. Journal of Craniofacial Surgery, [S.L.], v. 16, n. 3, p. 411–418, 2005. DOI: 10.1097/01.scs.0000171967.47358.47
HABAL, M. B.; LEIMKUEHLER, T.; CHAMBERS, C.; SCHEUERLE. J.; GUILFORD, A. M. Avoiding sequela associated with deformational plagiocephaly. The jourLnal of craniofacial surgery, [S.L.], v. 14, n. 4, 2003. DOI: 10.1097/00001665-200307000-00004
HUTCHISON, B. L.; HUTCHSSON, L. A. D.; THOMPSON, J. M. D.; MILTCHELL, E. A. Plagiocephaly and Brachycephaly in the First Two Years of Life: a prospective cohort study. Pediatrics, [S.L.], v. 114, n. 4, p. 970-980, 2004. DOI: 10.1542/peds.2003-0668-F
LEUNG, A.; MANDRUSIAK, A.; WATTER, P.; GAVRANICH, J.; JOHNSTON, L. M. Impact of Parent Practices of Infant Positioning on Head Orientation Profile and Development of Positional Plagiocephaly in Healthy Term Infants. Physical & Occupational Therapy In Pediatrics, [S.L.], v. 38, n. 1, p. 1-14, 2017. DOI: 10.1080/01942638.2017.1287811
LITTLEFIELD, T. R.; KELLY, K. M. REIFF, J. L.; Car Seats, Infant Carriers, and Swings. Jpo Journal Of Prosthetics And Orthotics, [S.L.], v. 15, n. 3, p. 102-106, 2003.
LINZ, C.; TILMANN, S.; BRENNER, L. C.; KUNZ, F.; MARCOTTY, P. M.; WERMKE, K. Does shape affect function? Articulatory skills in babbling of infants with deformational plagiocephaly. Child’S Nervous System, [S.L.], v. 34, n. 3, p. 503-510, 2017. DOI: 10.1007/s00381-017-3576-x
LOOMAN, W. S.; FLANNERY, A. B. K. Evidence-Based Care of the Child With Deformational Plagiocephaly, Part I: assessment and diagnosis. Journal Of Pediatric Health Care, [S.L.], v. 26, n. 4, p. 242-250, 2012. DOI: 10.1016/j.pedhc.2011.10.003
LOSEE, J. E.; MASON, A. C. Deformational plagiocephaly: diagnosis, prevention, and treatment. Clinics In Plastic Surgery, [S.L.], v. 32, n. 1, p. 53-64, 2005. DOI: 10.1016/j.cps.2004.08.003
MAWJI, A.; VOLLMAN, A. R.; FUNG, T.; HATFIELD, J.; MCNIEL, D. A.; SUAVÉ, R. Risk factors for positional plagiocephaly and appropriate time frames for prevention messaging. Paediatrics & Child Health, [S.L.], v. 19, n. 8, p. 423-427, 2014. DOI: 10.1093/pch/19.8.423
MULLIKEN, J. B.; WOUDE, D. L. V.; HANSEN, M.; LABRIE, R. A.; SCOTT, R. M. Analysis of Posterior Plagiocephaly: deformational versus synostotic. Plastic And Reconstructive Surgery, [S.L.], v. 103, n. 2, p. 371-380, 1999. DOI: 10.1097/00006534-199902000-00003
VAN VLIMMEREN, L. A.; GRAAF, Y. V. D.; BOONEKAMP, M. M. B.; L’HOIR, M. P.; HELDERS, P. J. M.; ENGELBERT, R. Effect of Pediatric Physical Therapy on Deformational Plagiocephaly in Children With Positional Preference. Archives Of Pediatrics & Adolescent Medicine, [S.L.], v. 162, n. 8, p. 712, 2008. DOI: 10.1001/archpedi.162.8.712 WILBRAND, J.;
WILBRAND, M.; KUEHNEMANN, J. P.; BLECHER, J. C.; CHRISTOPHIS, P.; HOWALDT, H. P.; SCHAAF, H. Value and reliability of anthropometric measurements of cranial deformity in early childhood. Journal Of Cranio-Maxillofacial Surgery, [S.L.], v. 39, n. 1, p. 24-29, 2011. DOI: 10.1016/j.jcms.2010.03.010
1,2,3,4,5,6,7,8Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas