IMPACTO DA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NA EDUCAÇÃO PERMANENTE DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

IMPACT OF SERVICE-LEARNING IN THE PERMANENT EDUCATION ON THE PRIMARY HEALTH CARE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10556566


Prof. Me. Eros Uriel Rodrigues1;
Nathalia Fengler Rodrigues2;
Gabriela Fengler Rodrigues3;
Prof. Dr. Juliano Mendes de Souza4.


Resumo

Este estudo retrata a integração ensino-serviço nos cenários de Atenção Básica de Saúde (ABS), refletindo sobre a necessidade de atualização dos trabalhadores da Atenção Básica. Como forma de avaliação, temos a presença de alunos de graduação, que representaram incentivo para a busca da reciclagem das práticas e posturas profissionais. Esta integração pode ter relevância nas ações dos profissionais, melhorando a qualidade do cuidado, diminuindo o automatismo da prática e estimulando o raciocínio analítico e a capacitação permanente. Através das discussões sobre este tema entre profissionais que atuam com a Estratégia de Saúde da Família (ESF), captamos conceitos significantes e elaboramos uma síntese sobre as impressões e vivências de quem trabalha na ABS. Também foram identificados fatores de resistência, como a responsabilidade sobre a presença e as condutas do estudante no campo de prática; a exposição da sobrecarga de trabalho e a inadequação da estrutura física dos serviços. Este estudo objetivou compreender o impacto da interação ensino-serviço sobre os profissionais das equipes da ESF e demonstrar a relevância da presença de estudantes, que tem um impacto positivo tanto na formação profissional quanto na influência de mudanças de atitudes e posturas profissionais.

Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Estudantes. Educação Profissionalizante.

ABSTRACT

This study portrays the teaching-service integration in primary health care (PHC) scenarios, reflecting on the need for updating primary care workers. As a form of evaluation, there is the presence of undergraduate students, who represent an incentive to seek the recycling of professional practices and attitudes. This integration can have relevance in the actions of professionals, improving the quality of care, reducing the automatism of the practice, stimulating analytical reasoning and providing permanent training. Through discussions on this topic among professionals working with the Family Health Strategy (FHS), significant concepts were captured and a synthesis was prepared about the impressions and experiences of those who work in PHC. Resistance factors were also identified, such as responsibility for the student’s presence and conduct in the field of practice, exposure to work overload, and inadequate physical structure of services. This research aimed to understand the impact on the teaching-service interaction for the professionals on the FHS teams and to demonstrate the importance of the presence of students, reflecting on benefits both for their professional formation and the influence of changes in professional attitudes and postures.

KEYWORDS: Primary Health Care. Students. Professional Education.

1 INTRODUÇÃO

A alta procura de atendimentos por demanda espontânea no sistema público de saúde induz os profissionais inseridos nas equipes de Estratégia de Saúde da Família aos atendimentos com caráter automatizado, direcionados principalmente às queixas e necessidades imediatas. Isso pode levar a tratamentos e consultas que não seguem os padrões de saúde e atendimento humanizado (ESPERANÇA et al., 2006).

A Educação Permanente surge como uma abordagem eficaz para a constante renovação do conhecimento e para a atualização destas equipes, mas os equívocos na interpretação dos conceitos de Educação Continuada com Educação Permanente, podem induzir os órgãos gestores às capacitações desconectadas com as reais necessidades da equipe (FIGUEREDO et al., 2014; MICCAS & BATISTA, 2014).

Kuabara et al. (2014) citam que diversos estudos descreveram as vantagens da integração ensino-serviço com a inserção precoce de estudantes na atenção básica à saúde, porém poucas são as referências que discutem a influência da presença do estudante aos profissionais neste cenário de prática.

A importância da necessidade de qualificação profissional, mudanças de postura de atendimento na atenção básica de saúde e reorganização das equipes de trabalho traz o seguinte questionamento para esta pesquisa: “Como a presença do educando de graduação e residência (nos cenários de atenção básica de saúde), pode estimular mudanças na rotina das equipes multidisciplinares para renovação do conhecimento e atualização das práticas profissionais?”

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

Referencial teórico/Estado da arte

Para a revisão de literatura foi utilizada a estratégia PICOS (População, Intervenção, Comparação e Desfecho).

População: Equipes de PSF, Profissionais da atenção básica de saúde, Médicos, odontologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e agentes de saúde.

Intervenção: Presença de aluno de graduação / estudante / residente /universitário

Comparação: Equipes de PSF com e sem a presença de alunos (introdução do aluno no cenário de prática)

Desfecho: Atualização profissional das equipes de PSF

Utilizando as seguintes palavras chaves com os respectivos booleanos: “Primary health care” AND “work setting” AND student AND education AND worker OR practitioner OR professional.

Utilizando as plataformas:

  • Google acadêmico (https://scholar.google.com.br),
  • PUBMED (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed),
  • Cochrane Library (https://www.cochranelibrary.com),
  • Lilacs – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (http://lilacs.bvsalud.org).

No período de 2007 até 2017, no Google Acadêmico trouxe o total de 1320 resultados, no PUBMED com 5752 artigos, sendo 21 artigos em português, no Cochrane Library surgiram 676 revisões sendo 69 revisões em português e no LILACS de 1 artigo e dentro dos resultados desta pesquisa, foram selecionados os artigos em português e inglês que tratavam da temática central desta pesquisa, a influência do aluno na busca por atualização das práticas profissionais e estímulo a educação permanente. Focando principalmente na atenção Primária de saúde e na percepção dos Profissionais, durante busca para revisão bibliográfica sobre educação permanente na saúde surgiram alguns artigos que abordaram o viés da pesquisa e foram inclusos nesta.

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem de natureza qualitativa, com objetivo de discutir as percepções de integrantes das equipes de atendimento multiprofissional em atendimento básico de saúde sobre a inserção de alunos em seus ambientes de prática e suas repercussões sobre a necessidade de atualização.

Buscou-se a formação de grupos heterogêneos de profissionais graduados ou não, selecionados pela atuação direta na atenção básica de saúde, com a maior interdisciplinaridade possível, para a diversificação das ideias (MINAYO, 2014).

Foram realizados encontros, entre os meses de março e abril do ano de 2019, cada encontro composto por até 5 participantes, foram trabalhados com a técnica de grupo focal com exceção do menor grupo, onde foi utilizado uma entrevista não diretiva (GIL, 2008; MAY, 2004)May (2004).

Foi solicitado, no início dos encontros, a elaboração de um texto com tema: “Qual a sua opinião da presença dos estudantes de graduação nas unidades básicas de saúde e como esta presença os afeta”, que serviu como roteiro para nortear o debate.

O processo de análise desenvolveu-se em dois momentos que foram complementares: análise específica de cada grupo e análise cumulativa e comparativa do conjunto de grupos realizados, com o objetivo de identificar tendências e padrões nas respostas associadas com o tema em estudo (BAUER & GASKELL, 2003).

A metodologia usada para a avaliação dos relatos foi a análise de conteúdo do discurso gravado e transcrito pela técnica de análise de conteúdo preconizada por Minayo (2014). Todos os aspectos éticos foram observados conforme a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Certificado de Apresentação de Apreciação Ética: 03055018.4.0000.5580 Aprovado em 22/02/2019.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

Cada frase transcrita dos discursos foi decomposta em preposições com a substituição de termos com sentido semelhante por termos que elas representam, foram definidos, os temas de acordo com sua abordagem e construídos, então, com a similaridade destes temas, cinco categorias conforme explicitado no quadro 1.

Quadro 1.

Dentro dos resultados obtidos, procurou-se resposta a esse quadro para esclarecer a lógica interna, sobre o tema em pauta. Trechos do discurso dos participantes considerados relevantes ao estudo foram citados no quadro 2.

Quadro 2

4.1 Visão do profissional sobre a estrutura e organização do ambiente de trabalho.

As condições estruturais aliadas à falta de priorização da saúde no campo político governamental são fatores que contribuíram para o ‘desvio de rumo’ da Atenção Básica como primeiro e essencial acesso ao sistema, que deveria resolver 85% dos problemas de saúde da população (MENDES, 2010; RIZZOTTO et al., 2014).

Da Silva, D.G.V. et al. (2010) sugerem que a formação de profissionais competentes necessita estar alicerçada em abordagens que valorizem não só a racionalidade, mas principalmente a subjetividade que faz parte do cotidiano da saúde. É necessário redefinir o conceito de valorização dos profissionais, reconhecido como pessoa inserida em uma equipe, com aptidões e contribuições únicas em seu ofício, não estabelecendo critérios com base somente em resultados quantitativos. (Quadro 2 – GF3I).

Segundo Campos et al. (2017) a educação permanente incorporou os princípios da problematização, contextualização da realidade, pedagogias inovadoras, o pensamento reflexivo, proporcionando mudanças graduais na realidade dos serviços de saúde.

Rizzotto et al. (2014) ressaltou a baixa resolutividade das ações de capacitação e educação permanente com pouco retorno à melhoria das suas necessidades de trabalho, assim como a quase total ausência de acesso às novas ferramentas educacionais para a atualização, como o telessaúde, ensino a distância, entre outras.

Além disso, integrantes da pesquisa citaram que as solicitações de dispensa do trabalho para cursos e capacitações têm sido constantemente negadas, gerando a percepção de desatualização das práticas e afastamento de termos técnicos, sendo esta dificuldade, considerada uma barreira para a presença do estagiário, sobre os integrantes da pesquisa que inferem dificuldades para a integração ensino-serviço, às dificuldades enfrentadas durante a prática profissional e dificuldades na relação com a gestão profissional.

As principais dificuldades, segundo a reatividade dos participantes, referem-se às fragmentações acerca do conteúdo didático dentro da academia e o que repercutem na prática, ou seja, o distanciamento entre teoria e prática e à falta de conhecimento e as dificuldades relacionadas a desatualização profissional, que faz com que eles não utilizem a teoria na sua prática profissional ou a utilizam de maneira incompleta e sem consciência crítica e reflexiva (OLIVEIRA, 2018).

Os riscos e as vulnerabilidades, segundo Santos et al. (2012), devidos à deficiência de recursos para realização do trabalho, violência física e moral e ao desgaste emocional dado pelo contexto sócio-econômico-cultural no qual o trabalho está inserido e a demanda por procura espontânea de atendimento aos pacientes também foram consideradas como um fator de resistência à presença do aluno, por este considerar que o atendimento prestado de acordo com os protocolos acadêmicos e com maior qualidade, demanda um maior gasto de tempo e dentro do modelo curativista aplicado na atenção básica, que exige agilidade nas ações de saúde, implicaria em maiores filas. Os próprios gestores apontam que a falta de profissionais para suprir a demanda constitui numa barreira à integralidade, interferindo na qualidade do atendimento (COSTA DE SOUZA et al., 2012).

Da mesma maneira, o atendimento na Estratégia de Saúde da Família não está preparado para a integração de ensino-serviço, não disponibilizando aos estudantes condições de acesso ao prontuário eletrônico, e utilizando em muitos casos o estagiário como mão de obra barata. Não dá para ter uma Atenção Primária à Saúde (APS) de qualidade que funciona com base em cuidados profissionais prestados por sistemas de contratação precarizados (MENDES, 2010).

Os integrantes da pesquisa observaram a presença de alunos sem o acompanhamento de supervisores ou com supervisão desorganizada, mal planejada e inconsistente com a realidade da unidade, em que grande número de alunos seriam acolhidos em pequeno espaço físico, levando ao constrangimento dos profissionais e pacientes ou disponibilizando o acompanhamento de poucos estudantes de cada grupo, levando os restantes a aguardar sua vez sem outras atividades programadas, como citado. Trajman et al. (2009) observaram que, na opinião dos profissionais, um ponto negativo da inserção dos estudantes no serviço é o constrangimento do usuário. (Quadro 2 – GF1V).

4.2 Busca por práticas reflexivas, raciocínio analítico e a capacitação permanente dos profissionais.

Sarreta & Bertani (2010) explicam que a Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma das estratégias defendidas pelo Ministério da Saúde (MS) para a qualificação da atenção básica, comprometendo-se com as premissas básicas de ser um processo constante de promoção e desenvolvimento integral e contextualizado da equipe, centrando-se nas circunstâncias e problemas de seu processo de trabalho, de modo crítico e criativo, envolvendo práticas que considerem elementos que façam sentido para os atores envolvidos, no entanto o ministério da saúde estabeleceu linhas de diretrizes em desacordo com as necessidades, contrapondo a própria política, assim o financiamento para EPS foi reduzido em detrimento de outras prioridades (CARDOSO et al., 2017).

Dentro deste assunto, os integrantes da pesquisa frisaram a necessidade do compartilhamento de experiências que a falta de atualização e capacitação profissional leva ao uso de práticas obsoletas, e como são criticadas pelos estudantes; desta maneira inibindo o automatismo e a má prática.

Esses processos de qualificação precisam ser estruturados a partir da problematização do seu processo de trabalho, de modo que seu objetivo precisa ser a transformação as práticas profissionais e da própria organização do trabalho, adotando como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social da saúde. Contudo, para que isso ocorra, faz-se necessário a articulação entre os serviços e a gestão de saúde, pautada tanto nas ações dos serviços de saúde, quanto de gestão e de instituições formadoras. Assim, torna-se um desafio implementar processos de ensino-aprendizagem que sejam respaldados por ações crítico-reflexivas (MICCAS & BATISTA, 2014).

Os profissionais se obrigam a seguir um roteiro, a trabalhar de acordo com os protocolos de atendimento, que haviam abandonado pela rotina da unidade. (Quadro 2 END1S).

A presença do estudante sempre é instigante, seja pelo desconforto de saber que ele está observando atentamente o desenvolvimento do trabalho, como pelo acesso às informações de práticas e condutas atualizadas, através do ambiente universitário. Tirando o profissional da zona de conforto proporciona reflexão sobre suas ações, portanto, levando a mudanças positivas na atenção aos usuários (CAMPOS et al., 2018; Quadro 2 – END1S).

Araujo et al. (2013) comentam que predominam as visões de que os estudantes ajudam no trabalho e atualizam os conhecimentos dos trabalhadores, embora tornem o serviço mais lento. A presença do estudante questiona a forma de atender em que prevalece pouca escuta, fragmentação e centralização em procedimentos.

Na área de saúde, habilidades de comunicação interpessoal são imprescindíveis na assistência a qualquer usuário, como expõem Chaveiro et al. (2010). As ações dos profissionais são pautadas pela comunicação, como ferramenta-base de trabalho, independentemente da sua formação, vale conhecer os hábitos e cultura da comunidade, respeitando as diferenças, de modo a facilitar a comunicação, pois a linguagem acadêmica e científica adotada durante a formação do profissional não pode causar distanciamento entre ele e a população.

Os integrantes da pesquisa relataram a falta de preparo para a educação em saúde e o afastamento da linguagem acadêmica pelo desuso durante o atendimento à população leiga. Cyrino & Pinto (2014) apontam que as características das ações pedagógicas na graduação não são completamente conhecidas pelos trabalhadores, então há necessidade de um estreitamento comunicacional entre os coordenadores da instituição de ensino, gestores e demais profissionais das unidades de saúde e uma maior preocupação com o preparo de docentes e alunos para ocupar os cenários da Atenção Primária à Saúde.

A dificuldade de integração dos membros da equipe entre si, com os estudantes e com a comunidade permite refletir sobre a necessidade de aprimorar a formação dos profissionais de saúde (CALDEIRA et al., 2011).

Ao frequentar cursos que contam com a presença de estudantes ou recém-formados, afirmam que são vítimas de escárnio, principalmente quando expõe dúvidas ou questionam sobre práticas que foram abolidas, assumindo assim sua desatualização e dificuldade em se expor, preferindo manter uma postura defensiva e acomodada. Gil et al. (2008) & Santos Júnior et al. (2019) comentam que quando há integração entre os objetivos educacionais e o serviço, todos são beneficiados, inclusive a comunidade. Mesmo assim relatam positiva a presença do estudante na unidade, onde adquire vivência e citando experiências positivas sobre o aluno, o qual também está passando conhecimentos para a equipe do ESF.

4.3 Responsabilidade sobre a supervisão do estudante na atenção básica de saúde.

Foi expresso durante os grupos focais a grande preocupação com relação à responsabilidade sobre a presença do estudante na atenção básica de saúde e sobre a forma em que essa tutela ocorre. Nesse processo, os estudantes são protagonistas de um percurso em que os docentes são facilitadores do desenvolvimento educativo e a participação dos profissionais dos serviços de saúde. E que o papel de preceptores e supervisores é fundamental para a definição e organização das práticas dos estudantes e do desenvolvimento das atividades para o processo de ensino e aprendizagem (CARÁCIO et al., 2014).

A responsabilidade e os aspectos legais suscitam desconfortos e preocupações e alguns profissionais de atenção básica acabam mostrando resistência à presença do estudante, relatando o aumento da carga de trabalho. Apresentam receio, principalmente, com o seguimento dos protocolos de condutas e medo de erros provindos destas condutas. Campos et al. (2001) apontam que a interação ativa do aluno com a população e profissionais de saúde deverá ocorrer desde o início do processo de formação, proporcionando ao aluno trabalhar sobre problemas reais, assumindo responsabilidades crescentes como agente prestador de cuidados, compatíveis com seu grau de autonomia.

Segundo Baldoino & Veras (2016) o perfil de alguns profissionais tem grande importância na sua relação de trabalho, mostrando-se refratários à presença de alunos, procurando trazer dificuldades e impedimentos ao trabalho desenvolvidos nesta integração ensino-escola. O grande número de estudantes e a alta rotatividade fazem com que eles sejam percebidos como passageiros pelos profissionais e dificultam a comunicação e o estabelecimento de relações de confiança entre eles. Suas atividades no serviço, muitas vezes, não estão articuladas com a programação da equipe (CALDEIRA et al., 2011; Quadro 2 END1S).

4.4 Aspectos positivos sobre a presença do aluno na atenção básica.

A universidade necessita de campos para que seus discentes entrem em contato com a realidade social e possam colocar em prática seus aprendizados adquiridos em sala de aula, com o objetivo de melhorar a capacitação e qualificação profissional, através da experiência vivenciada e, consequentemente, melhorar o cuidado em saúde (BALDOINO & VERAS, 2016; Quadro 2 – GF3I).

Os integrantes da pesquisa relatam as vantagens da presença do estudante na atenção básica. Citaram as melhorias para a unidade e comunidade, a partir da sua contribuição com seu diagnóstico epidemiológico e situacional e com ações voltadas para a promoção e prevenção da saúde; até benfeitorias à estrutura física da unidade também foram ditas.

Caldeira et al. (2011) afirmam que a presença do estudante estimula um ambiente de intercâmbio de saberes e práticas entre os profissionais da equipe. Ações de capacitação dos futuros profissionais para a equipe trazem o sentimento de valorização dos funcionários da atenção básica. E o reconhecimento e o respeito dos estudantes se mostraram muito importantes para a autoestima dos profissionais e aumentando a satisfação com o trabalho Almeida et al. (2008).

Fortuna et al. (2013) concluem em seu trabalho importantes mudanças nas práticas profissionais e durante o processo de educação permanente em saúde sobre os grupos realizados com a população e seu processo de trabalho em conjunto com a instituição escola/ universidade (Quadro 2 – GF1M).

Os serviços de saúde necessitam do compartilhamento de experiências e conteúdo entre os docentes, discentes e os profissionais do serviço, porque se estabelece um processo de ensino-aprendizagem contínuo entre ambos, favorecendo o andamento do serviço (BALDOINO & VERAS, 2016).

Fica nítido no discurso dos participantes do estudo, o benefício desta integração ensino serviço com o incentivo ao trabalho de equipe ampliando o leque de atendimento. A quebra da rotina, pela presença dos alunos nas unidades de saúde, que trazem ideias novas, desenvolvem projetos, atualizam a equipe e renovam o conhecimento científico, se traduzem em atendimentos de melhor qualidade por práticas mais corretas (ALMEIDA et al., 2008; Quadro 2 – GF3C).

O estudo de Caldeira et al. (2011) também propõe que o atendimento dado pelos estudantes, avaliados pela satisfação dos usuários como de qualidade, acaba possibilitando o retorno destes ao serviço e, por consequência, uma melhora da integração. Somente a presença destes estudantes, neste ambiente de trabalho, já inibe o desleixo, descuido, imprudência e atitudes inadequadas de profissionais (Quadro 2 – END1A).

A presença do novo trazida pelo olhar e contribuições dos alunos auxilia na incorporação de saberes atuais, assim como no desenvolvimento de ações que são, muitas vezes, negligenciadas na rotina assistencial (CYRINO & PINTO, 2014).

4.5 Percepções sobre a renitência, constrangimento e receptividade ao aluno.

Em diversos momentos, os profissionais relatam o desconforto gerado e o receio em receber os estudantes em seu campo de trabalho, justificado pelo excesso de trabalho, com o constrangimento da equipe de atendimento, dos funcionários e dos pacientes. Durante a discussão surgiu também a angústia da exposição de más condições de trabalho, com estrutura precária e más condições de higiene (Quadro 2 – GF3J).

Da mesma forma admitiu-se a prática de condutas antiéticas e de condutas profissionais desatualizadas, onde há principalmente um temor pelo olhar crítico do estudante sobre a forma de trabalho não preconizada e sobre a inibição em expressar suas próprias dúvidas. Esta situação foi enfatizada por Almeida et al. (2008) sobre as críticas e repercussões na formação profissional de alunos, referenciada pelos maus exemplos dados por seus professores com relação ao não cumprimento do Código de Ética profissional.

Nos relatos fica nítida a insegurança e o desconforto destes profissionais, com a possibilidade de ter sua imagem denegrida pela interpretação e exposição por mídias sociais de seu ambiente de trabalho inadequado, e por conta disso, desacreditar na sua atividade, de ser vítima de zombarias por suas dúvidas e condutas desatualizadas (Quadro 2 – END1A).

Da Silva et al. (2010) apontam os desafios enfrentados pelos iniciantes na atenção básica, submetidos às situações estressantes, decorrentes da falta de convergência entre o que aprendem na academia e o que encontram na prática. Ser competente em uma determinada profissão não implica apenas possuir um vasto conhecimento, é preciso saber utilizar, integrar e mobilizar esses conhecimentos diante de uma situação real de ação.

Foi descrito também, por integrantes do estudo, atitudes mais agressivas de profissionais como forma de intimidar os alunos, de desestabilizá-los ou até de afastar a presença deles, como coações, ameaças e algumas vezes os alunos são vítimas de assédio moral por profissionais que sentem sua posição de poder ameaçada pela presença deles.

5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presença do aluno junto a estes profissionais incita a reflexão sobre as práticas adequadas e os protocolos de conduta que foram relevados em prol do atendimento do grande número de demandas que existem na atenção básica. Não é incomum estes profissionais demonstrarem constrangimento ao serem observados por indivíduos que identificam suas falhas, questionam seus métodos e apontam seus erros. Aspectos legais de orientação e o número dos estudantes frequentando as unidades, também trazem desconforto. Da mesma forma há uma grande preocupação com relação a responsabilidade sobre as condutas éticas destes estudantes dentro da unidade, pois atitudes incompatíveis com a seriedade do trabalho da saúde, podem refletir sobre a imagem da equipe frente à comunidade.

Apesar de demonstrarem estas preocupações, a reatividade de todos os participantes da pesquisa apontou aspectos positivos da inserção destes estudantes junto à equipe de saúde da família, destacando uma melhora da qualidade do serviço prestado, da valorização da equipe da estratégia de saúde da família; como também a reflexão sobre o automatismo das práticas e de melhorias na estrutura das unidades.

A pesquisa trouxe à tona a necessidade de repensar como está sendo aplicada a EPS em nosso dia a dia, mais especificamente nos serviços da atenção básica de saúde, pois a renovação do conhecimento técnico/científico precisa ser articulada com as vivências, práticas e necessidades profissionais.

Em um ambiente de trabalho adequado, com planejamento adequado da permanência, adequação do espaço físico, acompanhamento permanente do supervisor, organização do tempo e com orientação para a prática de um comportamento ético, o impacto da presença do estudante junto com profissionais da atenção básica de saúde é positivo. Pois haverá estímulo para uso de práticas adequadas, protocolos de atendimento, uso de terminologias científicas, busca por atualizações, e por fim, frequentemente capacitando para a equipe da Estratégia de saúde e promovendo orientações para a comunidade envolvida.

Como sugestões, para a melhor integração do ensino serviço, tornam-se fundamentais o incentivo às atividades educativas e capacitação aos profissionais; a orientação dos integrantes da equipe de ESF sobre os objetivos deste estudante para reduzir o receio destes profissionais sobre a interação com os mesmos; a formalização de um contrato pedagógico prévio que estabeleça o respeito ao profissional da atenção básica de saúde, bem como uma postura ética nestes ambientes de serviço e a presença constante dos orientadores no campo das práticas que tenham acesso ao sistema informatizado do serviço de saúde.

REFERÊNCIAS

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1 Professor de Medicina na Faculdade Campo Real – Guarapuava/PR. Mestrado em Ensino das Ciências da Saúde na Faculdade Pequeno Príncipe e-mail: eros.uriel@gmail.com
2 Médica pela Universidade CESUMAR – Maringá/PR Especializanda em Oftalmologia no Hospital Angelina Caron – PR e-mail: natyfengler@gmail.com
3 Discente do Curso Superior de Medicina  na Faculdade Campo Real. e-mail: gabriela.fengler.rodrigues@gmail.com
4 Professor Titular da pós-graduação (Mestrado em Ensino nas Ciências da Saúde) das Faculdades Pequeno Príncipe (FPP) – Curitiba/PR. Mestrado e Doutorado em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). e-mail: julianomendes.dr@gmail.com