IMPACT OF ENDOMETRIOSIS ON QUALITY OF LIFE: AN INTEGRATIVE REVIEW
Graduação em Bacharelado em Medicina Universidade Brasil – Fernandópolis/SP
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10240090
Antonio Carlos Melo Neto1; Dara Soares Rocha2; Ingridy Ramos Possani3; Guilherme Henrique Ribeiro Guimarães Soares4; Sávio Lima Silva5; Gutho Norton Matos de Castro6; Gabriela Rodrigues Luz7; Ingrid Lezzi da Silva8; Weslei Machado Speretta9; Nayara Danielle Oliveira Mergulhão10
RESUMO
Este artigo aborda a complexidade da endometriose, uma condição ginecológica que vai além dos sintomas físicos, afetando significativamente a qualidade de vida das mulheres. Exploramos a interseção entre a endometriose e diversos aspectos, incluindo o impacto psicossocial, desafios na fertilidade e estratégias de melhoria da qualidade de vida. Destacamos a importância de uma abordagem abrangente, considerando não apenas os sintomas físicos, mas também os emocionais e sociais, para melhorar o cuidado e o bem-estar das mulheres afetadas.
Palavras-chave: Endometriose, Qualidade de Vida, Impacto Psicossocial, Fertilidade.
ABSTRACT
This article addresses the complexity of endometriosis, a gynecological condition that extends beyond physical symptoms, significantly impacting the quality of life for women. We explore the intersection between endometriosis and various aspects, including psychosocial impact, fertility challenges, and strategies to improve quality of life. We emphasize the importance of a comprehensive approach, considering not only physical symptoms but also emotional and social aspects, to enhance care and well-being for affected women.
Keywords: Endometriosis, Quality of Life, Psychosocial Impact, Fertility.
1 INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define que a endometriose é uma condição complexa e multifacetada que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, impactando não apenas sua saúde física, mas também seu bem-estar emocional e qualidade de vida. A endometriose transcende o físico, afetando aspectos emocionais e psicológicos, como ansiedade, depressão e estresse, que são respostas comuns diante do desafio constante da dor e das incertezas associadas à condição. Além disso, a endometriose está intrinsecamente ligada à infertilidade, gerando preocupações significativas para as mulheres que desejam engravidar. A jornada para a concepção é muitas vezes permeada por incertezas e desafios emocionais.
Estudos sistemáticos sobre a qualidade de vida revelam que a endometriose influencia profundamente a vida diária, os relacionamentos e o bem-estar geral das mulheres. Intervenções que buscam melhorar a qualidade de vida incluem abordagens holísticas, suporte psicológico, educação e estratégias de enfrentamento personalizadas.
A complexidade da endometriose requer uma abordagem holística e centrada na paciente. Compreender não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e sociais, é essencial para proporcionar um cuidado verdadeiramente abrangente. O reconhecimento da individualidade das experiências das mulheres com endometriose é fundamental para criar estratégias de manejo eficazes que levem em consideração a diversidade.
Assim, o propósito fundamental deste artigo é conduzir uma análise abrangente do impacto da endometriose na qualidade de vida. Por meio desta investigação, procuraremos desvendar as implicações psicossociais dessa condição, examinando não apenas seus efeitos físicos, mas também as complexas interações entre a endometriose e o bem-estar emocional, relacional e mental das mulheres que vivenciam essa realidade.
Ao mergulharmos nas diferentes facetas dessa condição, pretendemos não apenas informar, mas também inspirar uma compreensão mais profunda e empática da endometriose. Este artigo serve como um convite à reflexão sobre como a conscientização, o diagnóstico precoce e as estratégias de gerenciamento podem contribuir para uma melhor qualidade de vida para as mulheres que enfrentam essa condição. No cerne deste empreendimento está a esperança de que, ao compreendermos melhor a endometriose, possamos avançar em direção a abordagens mais eficazes e centradas na paciente para a gestão e o tratamento dessa condição desafiadora.
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ENDOMETRIOSE
A endometriose é uma condição ginecológica crônica que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, sendo muitas vezes subdiagnosticada e mal compreendida. Definida pela presença de tecido semelhante ao endométrio, mas localizado fora da cavidade uterina, a endometriose é uma condição complexa que pode causar uma variedade de sintomas e desafios para as mulheres que a vivenciam.
A endometriose é caracterizada pela presença de células semelhantes às do endométrio, a camada interna do útero, crescendo em locais fora do útero. Essas células, conhecidas como implantes endometriais, podem se desenvolver em órgãos como os ovários, as trompas de Falópio, os ligamentos que sustentam o útero e até mesmo em órgãos distantes, como os intestinos. À medida que o ciclo menstrual avança, esses implantes respondem às flutuações hormonais, causando inflamação, cicatrizes e, frequentemente, dor intensa.
2.1. Estatísticas e Prevalência:
Conforme apontado por Cardoso et al. (2020), endometriose é uma condição médica comum em mulheres, afetando cerca de 4% das mulheres em idade reprodutiva. A prevalência da endometriose varia de 15,4% a 71,4% entre mulheres com dor pélvica crônica, de 9,0% a 68,0% entre mulheres com infertilidade e de 3,7% a 43,3% entre mulheres submetidas à esterilização tubária. No entanto, a subnotificação e o diagnóstico tardio são comuns, o que sugere que a incidência real pode ser ainda maior. A complexidade da endometriose é acentuada pela diversidade de apresentações clínicas, tornando o diagnóstico preciso um desafio.
2.2. Breve Revisão dos Sintomas Comuns:
Os sintomas da endometriose variam significativamente entre as mulheres afetadas, contribuindo para a complexidade diagnóstica. Silva (2021) destaca que a dor é um sintoma predominante, muitas vezes manifestando-se como dor pélvica crônica, dispareunia (dor durante o sexo) e desconforto menstrual severo. Além da dor, outros sintomas podem incluir irregularidades menstruais, fadiga, problemas intestinais e até mesmo infertilidade.
Essa heterogeneidade de sintomas reforça a importância de uma abordagem holística no entendimento da endometriose. A contextualização da condição não apenas destaca sua prevalência, mas também enfatiza a necessidade crítica de uma abordagem integrada que leve em consideração a complexidade dos sintomas e a experiência individual de cada mulher afetada. Este entendimento é crucial para orientar estratégias de diagnóstico precoce, tratamento eficaz e, em última instância, melhorar a qualidade de vida das mulheres que enfrentam a endometriose (NAVARRO et al., 2006).
3 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico da endometriose representa um desafio significativo devido à sua diversidade de apresentações clínicas e à sobreposição de sintomas com outras condições ginecológicas. Cardoso et al. (2010) ressaltam que a laparoscopia é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico definitivo da endometriose. Esse procedimento cirúrgico minimamente invasivo permite uma visualização direta dos implantes endometriais e a realização de biópsias para confirmação histológica. No entanto, a laparoscopia é invasiva e não isenta de riscos, o que pode limitar sua aplicação como método de triagem inicial.
Além da laparoscopia, métodos de imagem, como a ressonância magnética (RM) e a ultrassonografia transvaginal, têm sido explorados para o diagnóstico não invasivo da endometriose. Essas abordagens oferecem vantagens em termos de acessibilidade e menor invasividade, embora a sensibilidade e especificidade possam variar, especialmente em casos de endometriose profunda e lesões pequenas (NAVARRO et al., 2006).
O tratamento da endometriose é complexo e varia conforme a gravidade dos sintomas, a extensão da doença e os objetivos reprodutivos da paciente. A abordagem terapêutica pode ser medicamentosa, cirúrgica ou uma combinação de ambas.
3.1. Tratamento Medicamentoso:
a) Analgésicos e Anti-inflamatórios: Visando aliviar a dor associada à endometriose.
b) Hormonioterapia: Incluindo contraceptivos orais, agonistas de GnRH e progestágenos para controlar o crescimento do tecido endometrial fora do útero.
3.2. Tratamento Cirúrgico:
a) Laparoscopia: Utilizada para diagnóstico e remoção de lesões visíveis, proporcionando alívio temporário dos sintomas.
b) Histerectomia: Em casos graves ou quando a reprodução não é uma preocupação, a remoção do útero pode ser considerada.
c) Considerações sobre a Eficácia e Limitações:
Embora as abordagens medicamentosas e cirúrgicas possam oferecer alívio significativo dos sintomas, é importante reconhecer suas limitações. A eficácia do tratamento medicamentoso pode variar, e alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais significativos. Além disso, o tratamento medicamentoso muitas vezes oferece apenas alívio temporário, sem abordar a causa subjacente da endometriose (BELLELIS, 2010).
A cirurgia, embora eficaz na remoção de tecido endometrial ectópico, não garante uma cura definitiva, e a recorrência da endometriose após a cirurgia não é incomum. A decisão de realizar uma intervenção cirúrgica deve ser cuidadosamente ponderada, considerando os riscos associados e os objetivos reprodutivos da paciente.
Em última análise, a escolha entre as opções de tratamento deve ser individualizada, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a extensão da doença e as metas específicas da paciente. O manejo eficaz da endometriose requer uma abordagem integrada e centrada na paciente, reconhecendo a complexidade da condição e a necessidade de estratégias personalizadas para otimizar a qualidade de vida das mulheres afetadas.
4 IMPACTO PSICOSSOCIAL
A endometriose transcende as fronteiras da esfera física, infiltrando-se nas dimensões emocionais e psicológicas da vida das mulheres afetadas. Os estudos revisados, como os de Davis e McMillan (2003) e Bellelis et al. (2010), destacam o impacto significativo da endometriose no bem-estar psicossocial, evidenciando que a complexidade da condição vai além dos sintomas físicos.
4.1. Aspectos Emocionais e Psicológicos:
A dor crônica associada à endometriose pode exercer um fardo emocional significativo. A constância da dor, muitas vezes acompanhada por incertezas sobre o futuro reprodutivo e a eficácia do tratamento, pode contribuir para a ansiedade, depressão e estresse emocional. Rodrigues et al. (2015) ressaltam que o impacto psicológico da endometriose pode afetar a autoestima, a imagem corporal e a percepção da feminilidade, desencadeando um ciclo complexo de emoções.
4.2. Impacto na Vida Diária e nos Relacionamentos:
A endometriose não se limita à experiência física; ela permeia a vida diária e afeta os relacionamentos. O comprometimento da qualidade de vida devido à dor crônica pode influenciar negativamente a capacidade de realizar atividades diárias, interferindo no trabalho, estudos e atividades sociais. Além disso, a dispareunia, um sintoma comum da endometriose, pode impactar a intimidade nos relacionamentos românticos, exigindo uma comunicação aberta e suporte emocional.
Estudos sugerem que a endometriose também pode gerar tensões nos relacionamentos interpessoais, uma vez que a falta de compreensão sobre a condição pode levar à invalidação das experiências da mulher. O parceiro pode se tornar um componente essencial na jornada de enfrentamento, e a falta de apoio emocional pode agravar o impacto psicossocial da endometriose.
4.3. Estratégias de Enfrentamento:
Diante dos desafios emocionais, as mulheres com endometriose frequentemente desenvolvem estratégias de enfrentamento para lidar com a complexidade da condição. Silva e Marqui (2014) sugerem que a educação sobre a endometriose, o apoio emocional e o engajamento em grupos de suporte podem desempenhar um papel crucial no enfrentamento psicossocial. O compartilhamento de experiências com outras mulheres que vivenciam a endometriose pode fornecer validação emocional e uma rede de apoio valiosa.
Além disso, abordagens terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental, têm se mostrado eficazes no manejo da dor e no apoio à saúde mental. O envolvimento do parceiro em sessões de aconselhamento também pode promover uma compreensão mais profunda da condição, fortalecendo os laços emocionais e contribuindo para um ambiente de apoio.
Em suma, o impacto psicossocial da endometriose é uma peça fundamental na complexa jornada das mulheres afetadas. A compreensão desses aspectos é essencial para o desenvolvimento de abordagens de cuidado holísticas, centradas na paciente e sensíveis aos desafios emocionais e psicológicos únicos enfrentados por aquelas que vivenciam a endometriose.
5 INFERTILIDADE E ENDOMETRIOSE
A relação entre endometriose e infertilidade representa uma das dimensões mais desafiadoras e emocionalmente impactantes dessa condição ginecológica. Estudos, como os de Beck et al. (2006) e Nacul e Spritzer (2010), ressaltam a interconexão complexa entre a endometriose e a dificuldade em conceber, destacando os desafios enfrentados por mulheres que desejam engravidar.
A endometriose é frequentemente identificada como uma das principais causas de infertilidade em mulheres. A presença de tecido endometrial fora do útero pode comprometer a função normal dos órgãos reprodutivos, interferindo na ovulação, no transporte dos óvulos e no ambiente uterino receptivo para a implantação do embrião. Essas alterações podem levar a dificuldades significativas em alcançar uma gestação bem-sucedida.
5.1. Preocupações e Desafios na Busca pela Gravidez:
Mulheres com endometriose que desejam engravidar enfrentam preocupações substanciais e uma montanha-russa emocional ao longo de sua jornada de concepção. A incerteza em relação à fertilidade, combinada com a pressão social e as expectativas pessoais, pode gerar ansiedade e estresse emocional. A preocupação com a possibilidade de tratamentos de fertilidade não terem sucesso e a perspectiva de múltiplas intervenções médicas podem aumentar ainda mais o fardo emocional.
Além disso, a endometriose pode estar associada a complicações adicionais durante a gravidez, incluindo maior risco de parto prematuro e complicações obstétricas. Essas preocupações adicionais podem afetar a experiência da gestação, intensificando as apreensões emocionais.
5.2. Opções de Tratamento para Infertilidade Relacionada à Endometriose:
As opções de tratamento para mulheres com endometriose que desejam engravidar variam dependendo da gravidade da condição e das necessidades específicas da paciente. Nacul e Spritzer (2010) destacam algumas abordagens comumente utilizadas:
a) Cirurgia Laparoscópica: A remoção de lesões endometrióticas por meio da laparoscopia pode melhorar a anatomia pélvica, aumentando as chances de concepção.
b) Tratamentos de Fertilidade Assistida: A inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV) são opções comuns para casais com endometriose. A FIV, em particular, pode ser recomendada em casos mais complexos.
c) Terapia Hormonal: Em alguns casos, a terapia hormonal pode ser prescrita para suprimir temporariamente a atividade da endometriose antes de tentar a concepção.
É essencial que as mulheres com endometriose que enfrentam desafios de fertilidade trabalhem em estreita colaboração com suas equipes de saúde para desenvolver um plano personalizado que leve em consideração a gravidade da condição, a idade da paciente e outros fatores relevantes. A abordagem integrada, envolvendo aspectos físicos e emocionais, é crucial para apoiar as mulheres nessa jornada complexa em direção à maternidade.
6 QUALIDADE DE VIDA E ESTRATÉGIAS DE MELHORIA
De acordo com os estudos de Silva e Marqui (2014) e Bellelis et al. (2010), a avaliação da qualidade de vida em mulheres com endometriose é uma peça crucial para entender o impacto abrangente dessa condição e desenvolver abordagens de cuidado que visem melhorar não apenas os sintomas físicos, mas também o bem-estar global das pacientes.
A endometriose, com sua complexidade sintomática e suas implicações psicossociais, pode ter um impacto substancial na qualidade de vida das mulheres afetadas. Estudos de qualidade de vida frequentemente utilizam instrumentos padronizados, como questionários específicos, para medir diferentes domínios, incluindo aspectos físicos, emocionais, sociais e funcionais. A pesquisa de Silva e Marqui (2014) destaca a importância de considerar a percepção subjetiva da paciente ao avaliar a qualidade de vida, reconhecendo a individualidade das experiências.
6.1. Intervenções e Estratégias para Melhoria da Qualidade de Vida:
a) A melhoria da qualidade de vida em mulheres com endometriose requer uma abordagem abrangente que vá além do tratamento dos sintomas físicos. Estratégias e intervenções incluem:
b) Educação e Empoderamento: Prover informações detalhadas sobre a condição, seus sintomas e opções de tratamento pode capacitar as mulheres a tomar decisões informadas sobre sua saúde.
c) Suporte Psicológico e Grupos de Apoio: Oferecer serviços de aconselhamento e acesso a grupos de apoio pode fornecer um espaço seguro para compartilhar experiências, reduzir o isolamento e melhorar o suporte emocional.
d) Manejo da Dor: Estratégias para o controle da dor, como fisioterapia, acupuntura e técnicas de relaxamento, podem ser integradas para melhorar o conforto físico e a qualidade de vida.
e) Abordagens Holísticas: Incorporar práticas holísticas, como yoga, meditação e mudanças na dieta, pode contribuir para uma abordagem integrada do cuidado, abordando não apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos emocionais e espirituais.
6.2. Exame de Abordagens Holísticas para o Manejo da Endometriose:
Abordagens holísticas reconhecem a interconexão entre o corpo, a mente e o espírito, buscando promover o equilíbrio e a saúde global. Para o manejo da endometriose, essas abordagens podem incluir:
a) Alimentação Balanceada: Dietas anti-inflamatórias e ricas em nutrientes podem ajudar a reduzir a inflamação e melhorar a saúde geral.
b) Atividade Física Moderada: Exercícios regulares, adaptados às necessidades individuais, podem ajudar a aliviar a dor, melhorar o humor e promover o bem-estar físico.
c) Terapias Alternativas: Terapias como acupuntura, quiropraxia e homeopatia podem ser exploradas como complementos ao tratamento convencional, proporcionando alívio e suporte adicional.
d) Práticas de Autocuidado: Incorporar rotinas de autocuidado, como massagens, banhos relaxantes e práticas mindfulness, pode ajudar na gestão do estresse e na promoção do bem-estar emocional.
Ao adotar uma abordagem integrada e holística no manejo da endometriose, é possível atender às necessidades individuais das mulheres, promovendo uma melhor qualidade de vida e auxiliando-as na busca por um equilíbrio duradouro entre corpo e mente.
7 CONCLUSÃO
Em síntese, este artigo proporcionou uma visão abrangente da endometriose, destacando sua natureza complexa e seus impactos diversos na vida das mulheres. A compreensão da interconexão entre sintomas físicos, desafios emocionais e sociais é crucial para fornecer um cuidado verdadeiramente holístico e eficaz. Enfatizamos a importância de estratégias personalizadas que abordem não apenas os aspectos médicos, mas também os psicossociais, reconhecendo a singularidade das experiências das mulheres com endometriose.
Ao navegar pelos desafios na fertilidade, pelas implicações psicológicas e pelas estratégias de melhoria da qualidade de vida, fica claro que a endometriose é uma jornada multifacetada. Para melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas, é imperativo investir em pesquisas que visem à identificação precoce, abordagens terapêuticas inovadoras e estratégias de apoio psicossocial. Além disso, a promoção da conscientização e educação é fundamental para combater o estigma associado à endometriose, capacitando as mulheres a buscarem o apoio necessário.
No cerne, a endometriose exige uma abordagem integrada e empática. À medida que avançamos, é essencial continuar explorando novas fronteiras na pesquisa, prática clínica e conscientização pública, para transformar a narrativa da endometriose, proporcionando uma qualidade de vida substancialmente melhorada para as mulheres afetadas. Este é um chamado para ação coletiva, visando não apenas tratar os sintomas, mas também criar um ambiente de compreensão, apoio e esperança para todas as mulheres que enfrentam a complexidade da endometriose.
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1 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
2 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
3 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
4 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
5 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
6 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
7 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
8 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
9 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
10 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil