IMPACT OF FOOD IN THE TREATMENT OF DISEASES SUCH AS OBESITY, DIABETES AND HYPERTENSION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411131620
João Paulo Maciel Costa1
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
Rosimar Honorato Lobo3
RESUMO
Introdução: A importância da nutrição na prevenção e controle de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão arterial destaca a relação entre hábitos alimentares inadequados e o desenvolvimento dessas condições, enfatizando a necessidade de uma abordagem nutricional adequada no tratamento, incluindo a promoção da mudança sustentável do comportamento alimentar dos pacientes. Objetivo: Explorar o impacto da alimentação no tratamento de doenças crônicas, como a obesidade, diabetes e hipertensão. Metodologia: Foram revisados artigos publicados entre 2019 e 2024 que avaliaram a dieta e prevalência de obesidade, diabetes e HAS na população. Resultados: A alimentação desempenha um papel fundamental no tratamento de doenças crônicas como a obesidade, diabetes e hipertensão. O impacto dessas patologias na saúde e qualidade de vida dos indivíduos é significativo, demandando uma abordagem integrativa para seu controle. Discussão: A análise do padrão alimentar surgiu como uma abordagem alternativa e complementar para examinar a relação entre a dieta e o risco de doenças crônicas. Em vez de analisar nutrientes ou alimentos individuais, a análise de padrões examina os efeitos da dieta como um todo. Conclusão: A dieta é uma variável de exposição complexa, o que exige várias abordagens para examinar a relação entre a dieta e o risco de doenças. A análise do padrão alimentar é uma dessas abordagens. Ela certamente não substituirá a análise de nutrientes ou alimentos, mas servirá como uma abordagem complementar à análise mais tradicional.
Palavras-chave: Doenças Crônicas, Hábitos Alimentares, Dieta, Abordagem Nutricional.
ABSTRACT
Introduction: The importance of nutrition in the prevention and control of chronic diseases such as obesity, diabetes, and hypertension highlights the relationship between inadequate eating habits and the development of these conditions, emphasizing the need for an adequate nutritional approach in treatment, including the promotion of sustainable changes in patients’ eating behavior. Objective: To explore the impact of nutrition on the treatment of chronic diseases such as obesity, diabetes, and hypertension. Methodology: Articles published between 2019 and 2024 that evaluated diet and the prevalence of obesity, diabetes, and hypertension in the population were reviewed. Results: Nutrition plays a fundamental role in the treatment of chronic diseases such as obesity, diabetes, and hypertension. The impact of these pathologies on the health and quality of life of individuals is significant, demanding an integrative approach for their control. Discussion: Dietary pattern analysis has emerged as an alternative and complementary approach to examine the relationship between diet and the risk of chronic diseases. Instead of analyzing individual nutrients or foods, pattern analysis examines the effects of the diet as a whole. Conclusion: Diet is a complex exposure variable, which requires multiple approaches to examine the relationship between diet and disease risk. Dietary pattern analysis is one such approach. It certainly will not replace nutrient or food analysis, but it will serve as a complementary approach to more traditional analysis.
Keywords: Chronic Diseases, Eating Habits, Diet, Nutritional Approach.
1. INTRODUÇÃO
A obesidade é uma considerada Doença Crônica Não Transmissível (DCNT), que se caracteriza pelo excesso de gordura corporal em quantidade que possa causar danos à saúde do sujeito. Segundo You et al., (2022), a obesidade pode ser definida como Índice de Massa Corporal (IMC) com valor igual ou superior a 30Kg/m2. Destaca-se que a doença é uma condição clínica multifatorial, que afeta os diversos públicos, pois está envolvida com os fatores genéticos, comportamentais, ambientais, dentre outro, no qual tem se tornado um problema de saúde pública no mundo inteiro (Brasil, 2024).
A obesidade no Brasil pode ser vista como uma questão de saúde pública, contudo, essa questão é recente se levarmos em conta a história do país. A obesidade, como problema nutricional, era mais comum em nações desenvolvidas, enquanto nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, a prevalência de desnutrição era maior. No momento, tanto nações desenvolvidas quanto emergentes apresentam diferenças na prevalência de ambos, desnutrição e obesidade (Opas, 2022).
Segundo Melo et al (2020), é válido ressaltar que a obesidade está associada a outras DCNT, tais como a hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), além do sobrepeso que já é um fator predisponente ao desenvolvimento da obesidade. A obesidade, a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus são enfermidades crônicas não contagiosas que vêm crescendo anualmente na população global, resultando em elevada taxa de mortalidade, incapacidade funcional precoce e diminuição da qualidade de vida. Essas enfermidades têm causas multifatoriais complexas, incluindo genéticas/epigenéticas, ambientais, biopsicossociais, culturais, modo de vida, políticas públicas e assim por diante. A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus podem surgir ou não como consequências da obesidade.
Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade é uma enfermidade que tem aumentado tanto no Brasil quanto globalmente. Em números, aproximadamente 60% dos adultos brasileiros já estão acima do peso, o que equivale a aproximadamente 96 milhões de indivíduos, e 1 em cada 4 têm obesidade, totalizando mais de 41 milhões de indivíduos. Em 2021, 9,1 milhões de adultos assistidos na Atenção Primária à Saúde (APS) já apresentavam diagnóstico de sobrepeso e mais de 4 milhões, de obesidade, dos quais 624 mil apresentavam obesidade grave (nível III) (Brasil, 2024).
Estimativas para 2025, se destaca que no mundo, haverá 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso e 700 milhões de pessoas obesas. No Brasil, a incidência de obesidade cresceu
consideravelmente, passando de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, um aumento de 72% em uma década e meia. Ademais, a incidência de sobrepeso costuma crescer com a idade e decrescer com a escolaridade, estando igualmente distribuída entre homens e mulheres. Em relação à HAS e ao DM, a prevalência na população brasileira é de 24,5% e 7,4%, respectivamente. Assim, precisamos entender tais enfermidades para prosseguir com as estratégias mais eficazes de prevenção, cuidado e tratamento (Marques, Faria, Luz, 2023). O diabetes é uma enfermidade marcada pelo aumento da glicose no sangue, conhecido como hiperglicemia. Isso pode acontecer por causa de problemas na produção ou funcionamento do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas. A ausência de insulina ou um erro em seu funcionamento leva ao acúmulo de glicose no sangue, fenômeno conhecido como hiperglicemia (Krakauer, 2021).
A hipertensão é uma doença crônica do tipo multifatorial, sendo caracterizada pela elevação da pressão sanguínea exercidas nas artérias, designada pelos valores pressóricos igual ou superior a 140 por 90 mmHg. A HAS tem relação com o ganho de peso, essa relação entre o peso e o aumento do hormônio insulina no plasma é explicada pela ligação entre o aumento do volume sanguíneo e a atividade vascular. Portanto, o controle da pressão arterial é comprometido (Melo et al.,2020).
Aqueles com hipertensão acabam sobrecarregando o coração para distribuir o sangue pelo corpo. Por outro lado, a hipertensão é um fator de risco para diversas condições, incluindo acidente vascular cerebral, ataque cardíaco, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. Além da obesidade, a questão também sofre influência genética e de comportamentos como fumar, beber álcool, ingerir sal em excesso, entre outros (Krakauer, 2021).
Diante o exposto, reforça-se a relevância de analisar a prevalência das DCNT no país, tendo em vista que os riscos estão associados ao estilo de vida modificável, especialmente em relação a alimentação, no qual a obesidade tem sido uma das causas mais prevalentes nos últimos anos.
Contudo, a alimentação desempenha um papel fundamental na prevenção e no controle dessas doenças, uma vez que uma dieta equilibrada e adequada pode contribuir para a redução dos fatores de risco, melhora do estado geral de saúde e qualidade de vida dos indivíduos afetados (Krakauer, 2021).
Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da alimentação no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão e diabetes mellitus.
Em decorrência de tais condições de saúde terem se tornado cada vez mais prevalentes na sociedade atual, e estarem diretamente relacionadas aos hábitos alimentares inadequados.
2 METODOLOGIA
2.1 Tipo de Estudo
Para a realização deste estudo, empregou-se o método de revisão de literatura integrativa para a coleta de dados, fazendo uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão para a elaboração deste, procurando artigos que apresentem similaridades e discrepâncias com o objetivo pretendido.
2.2 Coleta de dados
Para selecionar o material bibliográfico utilizado neste estudo, foi feita uma pesquisa nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
A busca foi realizada por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “alimentação”, “dieta”, “obesidade”, “hipertensão”, “diabetes”. O mecanismo de busca sendo realizado com o operador booleano AND para restringir a pesquisa, sendo feito combinações entre as palavras para encontrar os artigos mais próximos do proposto para este estudo
Os critérios de elegibilidade utilizados para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em português e inglês; artigos na íntegra que abordassem o conteúdo de forma mais próxima ao proposto para este estudo e artigos publicados e indexados nos referidos bancos de dados entre os anos de 2007 à 2019.
Como critérios de inelegibilidade, foram desconsiderados os estudos repetidos nas bases de dados usadas, os estudos que não estavam diretamente relacionados a temática proposta.
2.3 Análise dos dados
A análise dos dados foi realizada de forma descritiva, com base no instrumento de coleta de dados, o que permite a verificação das características apresentadas em cada busca como segue: autor, periódico, país de origem, idioma, desenho da pesquisa, ano de publicação, instrumento utilizado e fatores relacionados ao impacto da
alimentação no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. Para entender melhor as etapas de seleção utilizadas para os itens recebidos, foi criado um fluxograma, mostrado na Figura 1:
Figura 1 – Fluxograma das etapas de seleção dos artigos
Fonte: Autor próprio (2024)
Para a realização desta revisão integrativa, foram identificados 78 artigos na pesquisa inicial, dos quais foram escolhidos 68 artigos para leitura, todos provenientes de publicações brasileiras. O intervalo de publicações identificado foi variado, com o maior volume de publicações ocorrendo entre os anos de 2019 e 2024. Após a leitura dos artigos escolhidos, foram selecionados apenas 50 artigos para compor este estudo, todos em português.
Os artigos citados dentro desta pesquisa possuem publicações em revistas Referências identificadas nas bases de dados SciELO > LILACS > BVS 78 Referências selecionadas e analisadas para elegibilidade, 50 artigos incluídos na síntese, 10 referências excluídas pelo título e/ou resumo, 18 artigos excluídos após análises científicas.
3 RESULTADOS
O quadro 1, apresenta uma síntese dos tipos de alimentação e os principais impactos da alimentação no tratamento das doenças crônicas não transmissíveis.
Quadro 1 – Impactos da alimentação no tratamento da Obesidade
Autor (Ano) | Alimentação | Principais impactos |
Peres (2024) | Dieta low carb | A dieta low carb por ser de conteúdo reduzido em carboidrato se mostra significativamente eficaz na redução de peso, além de melhorar o índice glicêmico, sendo uma intervenção positiva no tratamento da diabetes, hipertensão e obesidade. |
Cavalheiro et al (2024) | Dieta mediterrânea | A adesão a dieta mediterrânea quando comprada a outros estudos, é significativamente benéfica aos marcadores de saúde, principalmente na perda de peso e na redução do perfil lipídico, favorecendo a prevenção de doenças crônicas. |
Sousa e Almeida (2024) | Dieta low carb, jejum intermitente e cetogênica. | Identificou-se que o jejum intermitente associado a dieta low carb, resultou em melhoras da síndrome metabólica, reduzindo peso, nível de triglicerídeos, glicemia e aumentado os níveis de HDL. |
Lourenço, Simone, Cavalheiro (2024) | Dieta low carb | Dietas low carb evidenciam melhoras nos níveis de triglicerídeos e HDL-colesterol, bem como redução na pressão arterial e perda de peso, trazendo qualidade de vida e reduzindo os riscos de doenças cardiovasculares. |
Ferreira, Fernandes, Pereira (2024) | Dieta hiperproteica | As proteínas quando consumidas em maior quantidade, ajudam na perda de peso, na redução do colesterol LDL. Contudo, as proteínas são benéficas no tratamento de indivíduos com excesso de peso ou obesos. |
Cavicchioli et al (2024) | Dietas de low carb | Tanto as LCDs quanto as LFDs são eficazes para a perda de peso e a melhoria de certos biomarcadores metabólicos e saúde cardiovascular. |
Rodrigues (2024) | Dieta low carb | As dietas de baixa ingestão calórica são amplamente documentadas na literatura como eficazes para a redução de peso. Em ambos os grupos, dieta e controle, foi observada a redução de gordura e peso corporal, além do aumento de massa muscular. |
Filizzola (2024) | Dieta low carb e suplementação com óleo de abacate | A dieta low carb associada ao uso de óleo de abacate, reduziu o índice inflamatório, sendo uma excelente combinação a ser usada no tratamento de indivíduos com obesidade. |
Campos (2023) | Dieta Mediterrânea | A dieta mediterrânea como padrão dietético tem benefícios no controle das comorbidades supracitadas e pode ser utilizada como uma alternativa ao padrão ocidental se adequando as preferências e disponibilidades de cada localidade. |
Marques, Farias, Luz (2023) | Dieta hiperproteica na composição corporal de obesos | Grupo de mulheres hipertensas, com obesidade sarcopenica (IMC de 40,4 kg/m2) com baixa com baixo percentual de massa muscular, foram suplementadas com 30 g de proteína por dia, durante 30 dias. Com a dieta hiperproteica o grupo apresentou uma redução de 0,55 kg de peso, aumento de 0,16% de MM e redução de 0,06% de MG comparado ao controle. |
Matosinhos. Leita Alvarenga (2023) | Dieta mediterrânea | A microbiota intestinal influencia os mecanismos relacionados à obesidade e, por outro lado, a perda de peso resultante da restrição calórica promove alterações benéficas na microbiota intestinal de adultos com obesidade. |
De Borba, Ramos, Maynard (2023) | Dieta rica em prebióticos | A manutenção da microbiota intestinal saudável é importante para os resultados da perda de peso, visto que, o intestino funciona corretamente absorvendo de forma melhor os alimentos. Os alimentos ricos em prebióticos são eficazes no tratamento e prevenção da obesidade. |
Honorato et al (2023) | Dieta com probióticos | O uso de probióticos traz diversas respostas favoráveis quando associadas a uma alimentação saudável, pois atuam no controle do apetite e na homeostase energética, que ajudam na redução de circunferências abdominais. |
Garcia (2023) | Uso de nutracêuticos, como os flavonoides | A ingestão de compostos bioativos, encontrados em frutas e verduras ou disponíveis como suplementos nutracêuticos, como os flavonoides, tem demonstrado desempenhar um papel significativo no controle da inflamação e nas alterações metabólicas causadas pelo excesso de peso e gordura corporal. |
Santana (2022) | Dieta rica em antioxidantes e compostos bioativos | Durante o período de 40 dias o grupo foi suplementado com o suco de laranja (400ml/dia) por 15 dias com um período. A análise comparativa foi feita por marcadores sorológicos antes da suplementação e após. A zonulina reduziu significativamente com o uso do suco da laranja e pera, e as citocinas inflamatórias foram reduzidas com a ingestão do suco de laranja Moro. |
Rufino et al (2021) | Dieta rica em flavonoides | O impacto dos flavonoides na obesidade pode ser observado por meio de diferentes mecanismos: redução da ingestão de alimentos e absorção de gordura, aumento do gasto energético, modulação do metabolismo lipídico ou regulação do perfil da microbiota intestinal. |
Souza (2021) | Dieta hiperlipídica e hipocalórica rica em ômega-3 | O IMC reduziu significativamente com a dieta hiperlipídica, além de minimizarem os sintomas depressivos e ansiosos. |
Oliveira et al (2021) | Dieta Mediterrânea e Nórdica | As dietas têm sido descritas como eficazes na obtenção de resultados positivos em questões relacionadas à obesidade e ao sobrepeso. |
De Oliveira et al (2020) | Alimentos funcionais e bioativos | São eficazes no controle da obesidade e hipertensão, os alimentos funcionais ricos em compostos bioativos, pois modulam citocinas pró-inflamatórias, como a curcumina presente no açafrão-da-terra, as catequinas do chá-verde, a punicalagina da romã, a ß-glucana da aveia e os polifenóis do azeite de oliva. |
Fonte: Autor próprio (2024)
Os impactos da alimentação no tratamento da obesidade, tendo como destaque entre os estudos, com 32% (6) a dieta low carb como a mais prevalente no controle e perda de peso, seguida da dieta com uso de alimentos funcionais, probióticos e nutracêuticos, com 32% (6). Além da dieta low carb, com 21% (4) a dieta mediterrânea, com 10% (2) a dieta hiperpotreica, e a dieta hiperlipídica e hipocalórica, com 5% (1) como um redutor dos níveis de ansiedade relacionada a alimentação excessiva, se mostraram eficazes.
No quadro 2, são apresentados os impactos da alimentação no tratamento da hipertensão, tendo como destaque e prevalência entre os estudos, com 67% (10) a dieta DASH, com 27% (4) a dieta mediterrânea e 6% (1) a dieta vegetariana.
Quadro 2 – Impactos da alimentação no tratamento da Hipertensão
Autor (Ano) | Alimentação | Principais impactos |
Campos e Tavares (2024) | Dieta DASH | A dieta DASH possui eficácia para garantir a prevenção, bem como auxilia no tratamento da HAS, desde que haja uma adesão correta ao tratamento e uma mudança de comportamento de hábitos de vida do paciente com quadro de HAS. |
Do Rosário et al (2024) | Dieta DASH | A abordagem dietética resultou em uma redução significativa da PA sistólica em 2,8 mmHg e da diastólica em 1,1 mmHg em indivíduos hipertensos. Ademais, a combinação da Dieta DASH com uma ingestão reduzida de sódio resultou em efeitos ainda mais significativos. |
Barros et al (2024) | Dieta DASH e dieta rica em oleaginosa | Os estudos clínicos que avaliaram a dieta DASH e o consumo de castanha do Pará mostraram efeitos positivos nos níveis de pressão arterial e nos parâmetros laboratoriais. Por outro lado, os grupos que consumiram grandes quantidades de ultraprocessados apresentaram um risco relativo significativamente maior. |
Costa (2024) | Dieta DASH | A dieta DASH reduz o risco de morte, principalmente por complicações renais e cardiovasculares. |
Cruz et al (2024) | Dieta DASH | Intervenções voltadas para a modificação de hábitos alimentares com a dieta DASH, e estilo de vida demonstraram eficácia na redução da hipertensão em a promoção da saúde cardiovascular |
Marques et al (2024) | Dieta Mediterrânea | A adoção de hábitos saudáveis e dietas equilibradas, como a dieta do Mediterrânea, pode reduzir significativamente o risco de AVC e infarto. |
Benicá et al (2024) | Dieta Mediterrânea | A dieta mediterrânea possui um impacto significativo na redução de fatores de risco associados a doenças cardiovasculares, com melhorias notáveis no perfil lipídico, pressão arterial, e redução da inflamação sistêmica |
Berger et al (2023) | Dieta DASH e Mediterrânea | Todas as ações resultaram em melhorias nos níveis de pressão arterial, contudo, a DASH é a dieta mais comumente sugerida e com maior quantidade de evidências para a prevenção primária e o controle da HAS. |
Schack et al (2023) | Dieta DASH | A pesquisa revelou uma significativa resistência à dieta DASH em crianças e adolescentes com cardiopatia congênita, sublinhando a importância de intervenções para incentivar hábitos alimentares saudáveis desde a infância. |
Da Silva et al (2023) | Dieta vegetariana | Os resultados mostraram que 100% da dieta vegetariana e vegana são efetivas na diminuição, prevenção e controle da pressão arterial e de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares. |
Dos Anjos et al (2021) | Dieta DASH: rica em frutas e cereais integrais | Entre os resultados observados a dieta DASH tem uma influência considerável no tratamento da hipertensão arterial em indivíduos hipertensos, bem como foram encontrados resultados positivos em indivíduos normotensos. |
Setti et al (2021) | Dieta DASH ; dietas com baixo índice glicêmico ; dieta ovo – lacto-vegetariana; dieta mediterrânea ; dieta com restrição de calorias; | Foi possível identificar que houve a redução na pressão arterial sistólica e na pressão arterial diastólica. Embora o desfecho de perda de peso seja relevante para os resultados em relação à hipertensão, não foram extraídas informações dos estudos sobre esse tema. |
Rodrigues et al (2020) | Dieta DASH | A estratégia da dieta DASH se mostrou eficaz no controle da HAS, ao prevenir os fatores de risco e trabalhar em conjunto com o tratamento convencional dessa morbidade. |
Beraldo, Garcia, Marfoni (2020) | Dieta mediterrânea e low carb | As dietas do mediterrâneo e low carb mostraram-se eficientes no tratamento da síndrome metabólica. |
Rego, Rodrigues Debia (2020) | Dieta mediterrânea | A conscientização e o comportamento alimentar adequado dentro dos padrões qualitativos e quantitativos são primordiais para minimizar os impactos causados pela hipertensão arterial na saúde. |
Fonte: Autor próprio (2024)
No quadro 3, observa-se os impactos da alimentação no tratamento da diabetes, tendo como destaque e prevalência entre os estudos, com 38% (6) a dieta low carb e 38% (6) mediterrânea, com 12% (2) a dieta vegetariana, com 6% (1) a dieta rica em fibras e 6% (1) a cetogênica.
Tabela 3 – Impactos da alimentação no tratamento da Diabetes
Autor (Ano) | Alimentação | Principais impactos |
Mendonça (2024) | Dieta low carb | A dieta low carb demonstra efetividade na estratégia na perda de peso e no controle glicêmico de pacientes com DM. A dieta low carb é estudada para perda de peso, interferindo positivamente no quadro de diabetes tipo 2. |
Canales (2024) | Dieta mediterrânea | A utilização da dieta mediterrânica como tratamento complementar da diabetes mellitus tipo 2 proporciona inúmeros benefícios às pessoas diagnosticadas com esta patologia. |
Lemos et al (2024) | Dieta mediterrânea | Dietas mais pobres em carboidratos, dietas ricas em vegetais, grãos integrais, peixe e azeite de oliva, além da prática de exercícios físicos, reforçam a importância da mudança do estilo de vida no tratamento da DM. |
Silva (2024) | Dietas lowcarb, cetogênica e hiperproteica | As dietas ricas em proteínas demonstraram vantagens como a manutenção do peso, o controle do açúcar no sangue, o aprimoramento da função das células beta e a diminuição da hemoglobina glicada. Embora as dietas cetogênica e low carb tenham apresentado avanços na perda de peso e diminuição da HbA1c e glicemia em jejum, a cetogênica foi a menos adotada. O uso de probióticos e prebióticos também mostrou vantagens no aprimoramento do controle glicêmico e na regulação da microbiota do intestino. |
Steinmetz (2024) | Dieta rica em fibras: Psyllium | O Psyllium, por seu alto teor de fibra solúvel, tem demonstrado ser uma ferramenta eficaz no manejo de diversos problemas de saúde, bem como, na redução da glicemia pós-prandial, na melhoria da sensibilidade à insulina e com efeitos sobre os marcadores de HbA1c (hemoglobina glicada). |
Khalfallah et al (2023) | Dieta low carb e jejum intermitente | Com a dieta low carb houve uma redução significativa no peso corporal, índice de massa corporal, porcentagem de gordura corporal e hemoglobina glicada. |
Cardoso (2023) | Dieta vegetariana | Padrões dietéticos caracterizados por um alto consumo de frutas, verduras, nozes e grãos integrais, e um consumo mínimo de produtos de origem animal, foram sugeridos como uma abordagem dietética para prevenir e controlar o diabetes mellitus tipo 2. |
Pinto (2023) | Dieta vegetariana | A adesão a uma dieta vegetariana balanceada está ligada à uma menor prevalência de diabetes mellitus tipo 2. |
Clembosky, Ernst, Sabán (2023) | Dieta cetogênica | A dieta cetogênica com baixo teor de carboidratos (LCKD) demonstrou eficácia na perda de peso e controle glicêmico. |
Amaral et al (2023) | Dieta low carb | O maior consumo de alimentos do grupo de cereais integrais foi associado a menores níveis de hemoglobina glicada. |
Souza et al (2023) | Dieta low carb | A dieta low carb se baseia no consumo de alimentos de baixo índice e carga glicêmica que não apenas evitam o aumento rápido da glicose no sangue, e melhora a resposta à insulina após o consumo de alimentos. |
Nascimento e Alexandrino | Dieta low carb | Quando ocorre a privação dos carboidratos por conta desses tipos de dietas. As dietas low carb apresentam efeitos adversos que requerem cautela, além de contrariar as recomendações dietéticas propostas pelas agências especializadas em saúde. |
Garcia (2022) | Dieta Mediterrânea | A partir dos benefícios do padrão mediterrâneo observados, foi possível perceber que ele pode ser indicado para pacientes idosos com DM2. |
Gómez Uriol (2021) | Dieta Mediterrânea | A Dieta Mediterrânea pode prevenir o DM, diminuir a necessidade de medicamentos como tratamento e reduzir complicações do embaraço. |
Spinelli et al (2020) | Dieta mediterrânica | Disponibilizar mais informação de forma a melhorar os conhecimentos relativos aos valores ótimos a atingir que contribuam para um envelhecimento saudável e garantam uma maior longevidade com qualidade de vida, através da ATF e da alimentação com base na DM. |
Silva Vieira (2020) | Dieta mediterrânea | É possível adaptar o padrão de dieta do mediterrâneo utilizando alimentos oriundos e/ou disponíveis na região amazônica em orientação nutricional objetivando promoção da saúde e em dietoterapia para a prevenção da DM. |
Fonte: Autor próprio (2024)
DISCUSSÃO
Obesidade
A epidemia de sobrepeso e obesidade está se expandindo globalmente. Em 2016, aproximadamente 650 milhões de adultos, representando 13% da população adulta global, apresentavam obesidade e 1,9 bilhão apresentavam sobrepeso. O excesso de peso e a obesidade são caracterizados pelo acúmulo exagerado de tecido adiposo, que afeta de forma negativa a saúde das pessoas (Who, 2021).
Nos últimos tempos, a aplicação de dietas de baixo teor de carboidratos tem crescido consideravelmente devido à sua eficácia na perda de peso e na promoção da saúde cardiovascular. Essas dietas, que se caracterizam pela redução significativa na quantidade de carboidratos consumidos, têm conquistado milhões de adeptos em busca de melhorias na saúde e na qualidade de vida. A abordagem da Dieta Atkins, pioneira entre as dietas low carb, destaca a redução drástica da ingestão de carboidratos, com maior foco na ingestão de proteínas e gorduras.
Apesar da diversidade de abordagens, o ponto em comum é a restrição de carboidratos, supostamente levando à perda de peso pela redução da insulina e aumento da oxidação de gorduras. Além disso, vários estudos indicam que essas dietas podem ter efeitos positivos nos lipídios sanguíneos, pressão arterial e outros fatores de risco cardiovascular.
Achados de Peres (2024), Sousa e Almeida (2024), Lourenço, Simone e Cavalheiro (2024), Cavicchioli et al (2024), Rodrigues (2024) e Filizzola (2024), corroboram entre si.
Segundo Rodrigues (2024) a restrição calórica é um padrão alimentar que pode estar associada a diferentes estratégias nutricionais, que corroboram com a redução do peso e com a melhoria de parâmetros bioquímicos. Como no caso a dieta low carb, em que o carboidrato está abaixo do recomendado pelas diretrizes oficiais, ou que o consumo do carboidrato seja inferior a 30% do valor calórico total, ou ainda que o consumo seja inferior a 200g dia (Oh; Gilani, Uppaluri, 2019).
A dieta low carb quando associada a cetogênica, caracterizada por um alto consumo de gordura, uma baixa ingestão de carboidratos e com uma ingestão de proteínas não necessariamente baixa, sendo 80% lipídeos e em uma proporção de 4:1 para os outros macronutrientes, é uma estratégia eficaz para redução do peso e melhora dos parâmetros bioquímicos, o que preveni as doenças cardiovasculares (Cavicchioli et al., 2024).
Destaca-se que a restrição calórica pode levar a uma redução do peso e de gordura corporal, melhorando a sensibilidade da insulina e atenuação do dano oxidativo. Entretanto, mesmo a restrição calórica estando relacionada com a qualidade de vida, é necessário estar atento às repercussões que o balanço energético negativo (restrição calórica) pode levar ao indivíduo (Peres, 2024; Filizzola, 2024).
Sousa e Almeida (2024) e Marques, Farias e Luz (2023) destacam que associar a restrição de carboidratos, com a dieta cetogênica, que é caracterizada por um alto consumo de gordura, uma baixa ingestão de carboidratos e com uma ingestão de proteínas não necessariamente baixa, é possível observar a redução da massa gorda e a manutenção da massa livre de gordura e força.
Estudo de Santana (2022) afirma a disbiose intestinal está inteiramente ligada a comorbidade da obesidade. O estudo de De Oliveira et al., (2020) corrobora com Santana (2022) e indica que o desequilíbrio na microbiota intestinal pode levar ao acúmulo de gordura corporal, ampliando a habilidade de obtenção de energia que acontece de forma fácil na microbiota de pessoas obesas, o que aumenta o apetite e, consequentemente, o armazenamento de gordura no corpo.
A obesidade está ligada a mudanças na estrutura da microbiota, especialmente em relação aos dois filos mais comuns: Firmicutes e Bacteroidetes. Assim, a utilização de probióticos tem sido uma tática empregada na prevenção e no tratamento de diversas doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como a obesidade (Azad et al., 2018).
Os probióticos são microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas na alimentação, trazem benefícios à saúde do hospedeiro. Sendo responsáveis por proporcionarem efeitos a saúde intestinal, como: agir como imunomodulador, diminuir a proliferação de microrganismos patogênicos no trato gastrointestinal, reduzir sinais e sintomas de intolerâncias, como por exemplo, intolerância à lactose, modular a saúde intestinal, prevenir os sintomas de empachamento abdominal, e, participar na síntese das vitaminas (Santana, 2022).
Hipertensão
A HAS apresenta elevada prevalência e taxas de controle reduzidas. Para além do diagnóstico antecipado, é crucial o monitoramento eficaz dos casos, já que o controle da pressão arterial (PA) diminui riscos cardiovasculares e resultados como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC), complicações renais, entre outros. Nos dados do Sistema de Mortalidade do SUS, em 2019 quase 200 mil pessoas vieram a óbito em decorrência de doença hipertensiva, IAM ou AVC no Brasil. O tratamento da hipertensão geralmente começa com mudanças no estilo de vida. As alterações recomendadas incluem: redução da quantidade de sal na dieta, perda de peso em caso de sobrepeso ou obesidade, redução do consumo de bebidas alcoólicas, cessação do tabagismo e prática de exercícios físicos (Brasil, 2024).
A Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) é um método dietético criado na década de 1990, após cientistas dos Estados Unidos concluírem que fatores alimentares, como o consumo excessivo de sódio, o consumo de álcool e o excesso de peso, estavam diretamente ligados ao surgimento da hipertensão. (Rodrigues, 2024).
Sabe-se que a alimentação é um fator que pode contribuir de forma positiva para o tratamento de indivíduos hipertensos. Maioria dos autores destacam a DASH e mediterrânea como as de maiores impactos, no que contribui para o tratamento e prevenção de pacientes com HAS, que tem como principal objetivo ajudar a reduzir os níveis de PA (Mansouri et al., 2020).
Segundo Bricarello et al., (2020) o padrão dietético DASH se mostra eficaz na redução da pressão arterial, além de reduzir o perfil lipídico, controlando a glicemia, fatores que contribuem na prevenção de doenças cardiovasculares. A dieta consiste na adoção de prática alimentar pelo consumo de alimentos saudáveis e de baixo teor calóricos, como legumes, vegetais, frutas e laticínios sem gordura ou com baixo teor de gordura, cujo objetivo é minimizar os níveis pressóricos (Leal; Andrade, 2019).
Mitri; Castro; Reis, (2020) destacam que prescrever a dieta DASH aos indivíduos hipertensos traz melhor qualidade de vida, visto que com a dieta os indivíduos reduzem
o consumo de medicamentos. O estudo corrobora com Macete e Borges (2020) em que afirmam sobre a importância de os hipertensos adotarem uma vida mais saudável, logo, a inclusão da DASH, associado a pratica de uma atividade física, resulta em melhora da qualidade d vida, reduz a pressão arterial e preveni as doenças coronarianas.
Maia (2020) contribui destacando que a DASH tem efeito hipotensor, principalmente com a adoção de limitação a ingestão de açucares. Devido ser uma dieta rica em alimentos como potássio, cálcio, magnésio, fibras, além dos cereais integrais, leites e derivados desnatados, verduras, gorduras boas como castanha, nozes, amendoim, entre outros, além do consumo de proteínas magras e brancas.
Os americanos fazem o uso da dieta DASH com o objetivo de reduzir os níveis da pressão arterial. No qual a dieta em combinação com exercícios físicos, contribuem significativamente para a prevenção e tratamento da hipertensão (Mansouri et al., 2020). A dieta DASH é recomendada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, Hipertensão e Nefrologia, durante tratamento de indivíduos hipertensos, pois a mesma contribui significativamente no controle da pressão. Além da redução da pressão arterial, a deita se mostra eficaz na prevenção de outras patologias e comorbidades. Portanto, é de suma importância a inclusão da dieta, visto que segundo Rodrigues et al., (2020), este recurso diminui o uso de terapia farmacológica.
É valido ressaltar que outro benefício da dieta DASH, comparado a dieta ocidental, é quanto a limitação de ácidos graxos saturados, sendo a dieta DASH se apresentar com menor consumo de colesterol ruim, o que ajuda na diminuição de HAS e doenças cardiovasculares (Mahdavi et al., 2020).
Em virtude de os diversos estudos apontarem os benefícios e resultados da dieta DASH, como redutor da PA, do risco de complicações cardiovasculares, a dieta tem sido alvo de prescrição no mundo, ganhando a confiança e força no campo nutricional (Abbasnezhad et al., 2020; Cruz et al., 2024).
Segundo Jalilpiran et al. (2020), a dieta DASH se mostrou mais eficaz do que a dieta ocidental na melhora da pressão arterial e na função endotelial. A dieta DASH se mostrou benéfica na redução de marcadores bioquímicos, além da redução dos níveis de sódio. Logo, quanto maior for a adesão a dieta DASH, maior será o nível de prevenção dos indivíduos, repercutindo em qualidade de vida, menor índice de doenças crônicas como HAS e DM.
Corroborando com estudo de Campos e Tavares (2024), Barros (2024) e Cruz et al (2024) foi possível identificar por meio dos estudos que a dieta DASH é eficaz na redução da hipertensão, e quando associada a prática de atividades físicas, contribui na melhora do perfil lipídico e glicêmico, redução de massa gorda e perímetro de dobras cutâneas, no qual são excelentes fatores na prevenção de doenças cardiovasculares e crônicas.
Diabetes Mellitus
Pesquisas evidenciam que o padrão da dieta low carb e mediterrânea são significativas para o tratamento e controle da diabetes, assim também como ajudam na perda de peso e consequentemente na redução da hipertensão (Mendonça, 2024; (Beraldo; Garcia; Marfoni, 2020).
Diversas pesquisas confirmam as mudanças no estilo de vida como estratégias eficazes para prevenir ou retardar o avanço do diabetes, além de reduzir o risco cardiovascular em pacientes pré-diabéticos. A perda de peso através de alterações no estilo de vida, dieta, intervenções farmacológicas e/ou cirúrgicas tem um efeito positivo sobre a condição de hiperglicemia (Mendonça, 2024; Silva, 2024; Amaral et al., 2023)
A dieta com restrição de carboidratos, especialmente em situações de hiperglicemia, é chamada de dieta low-carb. Com base no consumo de carboidratos e na sua proporção na ingestão energética total, a Diabetes Mellitus Crônico (DLC) é categorizada como muito baixa em carboidratos (20-50 g/dia ou < 130 g/dia ou < 26% da ingestão energética) e moderada em carboidratos (26-44% da ingestão energética) (Mendonça, 2024).
Estudo de Silva (2024) enfatiza a recomendação da Sociedade Brasileira de Diabetes, que atenta para um maior consumo de alimentos à base de vegetais e redução no consumo de carnes vermelha, associado a um cronograma de alimentação mediterrânico abundante em azeite, frutos e hortaliças, contendo cereais integrais, verduras e frutos de preferência para consumo fresco, alimentos lácteos com reduzido teor de gordura e consumo moderado de álcool.
Os estudos Mendonça (2024), Silva (2024) e Amaral et al., (2023) corroboram com os estudos de Canales (2024) e Lemos et al., (2024) em que a perda moderada de peso em pacientes obesos, também conhecida como perda sustentada de 5 a 7% do peso inicial, aprimora o controle glicêmico, diminui a demanda por medicamentos que diminuem a glicose e proporciona resultados benéficos no controle da dislipidemia e da pressão arterial. A perda de peso pode ser conseguida através de planos de alterações no modo de vida e sugestões de dietas que resultam em um déficit energético de 500 a 750 kcal/dia, ou fornecem de 1.200 a 1.500 kcal/dia para mulheres e 1.500 a 1.800 kcal/dia para homens, dependendo do peso inicial de cada um.
Dietas de baixa caloria, com 1.000 a 1.200 kcal diárias, reduzem em média 8% do peso corporal em três a seis meses, resultando em uma diminuição média de 4% na região abdominal. Dietas extremamente baixas em calorias (VLCD), com 400 a 800 kcal por dia, promovem uma perda de peso mais rápida em comparação com as dietas de baixa caloria. No entanto, a longo prazo, aproximadamente um ano, a perda de peso é bastante semelhante. Essas dietas devem ser feitas apenas sob orientação médica, de maneira apropriada e sob supervisão estrita (Abeso, 2016).
A dieta low carb apresenta índices de carboidratos abaixo da ingestão diária recomendada em indivíduos adultos (45-65% do VET), ou a ingestão inferior a 130 g de carboidratos ao dia e alto conteúdo de proteína e gordura e baixo consumo de fibras (Beraldo; Garcia; Marfoni, 2020).
Segundo Gilberto e Tavares (2018) A estratégia low carb se baseia na restrição de carboidratos refinados, resultando na oxidação da gordura acumulada no corpo. As pessoas mais favorecidas são aquelas com hiperinsulinemia e resistência à insulina, pois está ligada a uma demanda reduzida deste hormônio, que limita a lipólise.
A estratégia low carb, baseada em estudos clínicos aleatórios, atua nos seguintes indicadores cardiovasculares: triglicerídeos, colesterol total e frações, glicose, saciedade e apetite, diminuição de gordura visceral e subcutânea, aumento da sensibilidade à insulina, diminuição da hemoglobina glicada e diminuição do uso de medicamentos para diabetes mellitus (Canales, 2024)
Neves e Brito (2021) enfatizam que a implementação da estratégia low carb precisa ser avaliada individualmente, levando em conta o estado de saúde e as metas de cada pessoa. Além disso, o profissional precisa levar em conta a rotina diária e os costumes culturais na adesão ao tratamento, devido à natureza restrita da dieta. Da mesma forma que outras táticas nutricionais, esta deve ser implementada de maneira periódica e progressiva, prevenindo alterações drásticas e reduzindo os efeitos colaterais frequentemente notados.
Lettnin et al., (2020) corrobora com Amaral et al., (2023) que constataram que as dietas de baixo teor de carboidratos demonstraram ser eficientes no aprimoramento da antropometria, composição corporal, pressão arterial, perfil glicêmico, inflamatório e lipídico. No entanto, é necessário cautela, pois, mesmo com o aumento dos níveis de HDL-c e diminuição dos TG em alguns estudos, houve um aumento do LDL-c e da CT, além de outros efeitos adversos.
A dieta low carb tem como principais vantagens oferecer mais saciedade, resultando em uma redução no consumo de alimentos e uma carga glicêmica reduzida. No entanto, apresenta desvantagens como o consumo excessivo de gordura, geralmente saturada, que requer mais tempo para preparo, problemas de paladar, maior incidência de obstipação, além de cetose e complicações renais.
Outras intervenções como, a dieta vegetariana corrobora com estudo de Cardoso (2023) e Pinto (2023), em que aqueles que seguem uma dieta semi-vegetariana geralmente consomem uma quantidade menor de carne e, consequentemente, de gorduras saturadas. Por outro lado, os vegetarianos parecem ter uma proteção menor contra o diabetes em comparação com aqueles que seguem dietas vegetarianas mais restritas a produtos de origem animal. Existem indícios de que os ácidos graxos ômega- 3 presentes nos peixes têm o potencial de reduzir a produção de insulina.
Ressalta-se que a influência positiva da alimentação vegetariana nas DCNT pode ser atribuída à presença de vitaminas antioxidantes, tais como vitamina E, vitamina C, ÿ-caroteno e flavonóides, bem como ácido fólico, ácido linoleico e fibras alimentares encontradas em frutas e vegetais. Dentre os minerais, o zinco é essencial para os pacientes com diabetes. Há pesquisas que vinculam o zinco à regulação da produção de insulina e à utilização de glicose por músculos e células de gordura. Essa função está ligada ao papel do zinco na síntese, armazenamento e liberação da insulina (Cozzolino, 2020)
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente revisão da literatura fornece evidências de que a adesão aos hábitos alimentares associados a prática de atividade física, são instrumentos de alto impacto no controle e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão e diabetes.
O tratamento das DCNT está diretamente ligado a mudanças no estilo de vida, tais como, práticas de exercícios físicos e dieta saudável, caso não apresente resultados esperados, é necessário tratamento com medicamentos, inclusive o uso de fármacos, se necessário. Dessa forma, surgem métodos alternativos para que os pacientes tenham maior qualidade de vida e controle da doença, inclusive quanto a dieta.
Quanto aos tipos de dietas que apresentaram maiores impactos no controle da obesidade, hipertensão e diabetes, foram a dieta low carb, dieta DASH e a dieta mediterrânea, que de acordo com os estudos analisados, quando bem indicado e se bem aderido pelo paciente, podem ser uma estratégia utilizada com bons resultados no controle das DCNT dos pacientes.
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1 Graduando do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: jpcosta.mao@gmail.com
2 Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br
3 Co-orientador(a) do TCC, Especialista em Psicopedagogia pela Estácio. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do CentroUniversitário FAMETRO. E-mail: rosimar.lobo@fametro.edu.br