ICF – INNOVATION, AGILITY AND THERMAL COMFORT
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10150053
Amanda Nunes Almeida;
Bruno de Paula Boavista;
Camila Tobias de Moraes;
Matheus Gallé de Brito;
Orientadora: Natália Rodrigues Guimarães.
Resumo: O presente trabalho propõe um estudo teórico comparativo entre a as Formas Isoladas de Concreto (ICF) e alvenaria convencional, analisando os benefícios e aplicabilidade do método, considerando aspectos práticos e ambientais, como tempo de obra, mão de obra, custo do processo construtivo e geração de resíduos. Para realização desta análise foi utilizado um estudo de caso de uma residência em Caraguatatuba/SP comparando os custos entre ICF e construção convencional focando na “fase cinza” da obra, considerando apenas a estrutura das paredes. Os resultados da análise comparativa indicam que a construção convencional apresenta um custo médio 26% menor do que o método ICF. O estudo ressalta a eficácia do ICF na redução de resíduos, sendo que a metodologia proposta apresenta geração de 80% menos resíduos e é 100% reciclável e destaca sua relevância para a promoção de práticas construtivas mais sustentáveis, alinhadas aos desafios globais de desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave: ICF, Sustentabilidade, Custo, Alvenaria Convencional, Formas Isoladas de Concreto.
Abstract: This present study proposes a comparative theoretical analysis between Insulated Concrete Forms (ICF) and conventional masonry, examining the benefits and applicability of the method. It considers practical and environmental aspects such as construction time, labor, cost of the construction process, and waste generation. To conduct this analysis, a case study of a residence in Caraguatatuba/SP was utilized to compare costs between ICF and conventional construction, focusing on the construction without finishes, considering only the structure of the walls. The results of the comparative analysis indicate that conventional construction shows an average cost 26% lower than the ICF method. The study emphasizes the effectiveness of ICF in reducing waste, as the proposed methodology generates 80% less waste and is 100% recyclable. It highlights its relevance in promoting more sustainable construction practices aligned with global challenges of sustainable development.
Keywords: ICF, Sustainability, Cost, Conventional Masonry, Isolated Concrete Forms
1. INTRODUÇÃO
Com o crescente interesse em soluções construtivas sustentáveis e eficientes, as Fôrmas Isoladas de Concreto (ICF, do inglês Insulated Concrete Forms) têm emergido como uma abordagem inovadora na indústria da construção. Essa metodologia em ICF oferece uma alternativa que combina os benefícios do concreto armado com isolamento térmico integrado, resultando em edifícios que são tanto eficientes energeticamente quanto duráveis. Esta técnica construtiva envolve o uso de fôrmas pré-fabricadas, feitas de poliestireno expandido (EPS), que posteriormente são preenchidas com concreto no interior da forma e na parte externa é projetado argamassa, formando uma estrutura monolítica.
Apesar de ser um método que surgiu há 57 anos no Canadá, nos últimos anos ele ganhou atenção global devido suas características singulares que vão de alta resistência a condições climáticas e alta eficiência energética. A rapidez em sua montagem e a alta eficiência térmica combinadas tornam este método uma opção atraente para várias aplicações, incluindo edifícios comerciais, residenciais e até estruturas industriais.
Este artigo tem como objetivo explorar o ICF como uma técnica construtiva inovadora e avaliar seu potencial impacto na indústria da construção civil.
Serão abordados seus benefícios em termos de isolamento térmico, eficiência energética, sustentabilidade e resistência estrutural. Além disso, será discutida a aplicabilidade das ICF em diversos contextos e suas implicações em sua funcionalidade, acessibilidade, viabilidade econômica e técnica levando em consideração a realidade Brasileira.
À medida que a preocupação com os impactos ambientais vem crescendo no mundo todo a busca por soluções construtivas sustentáveis se intensifica com isso novas metodologias de construção vêm sendo estudadas e seu uso intensificado, buscando inovação, agilidade e economia.
1.1. OBJETIVOS
Neste tópico, serão apresentados os objetivos gerais e específicos deste estudo. Estes objetivos fornecem a estrutura fundamental para direcionar a investigação e determinar os resultados esperados.
1.1.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo geral realizar uma comparação através de um estudo de caso entre o método ICF e a metodologia convencional de construção civil, mostrando as vantagens ambientais e práticas do ICF.
1.1.2 Objetivos específicos
a) Através de uma revisão bibliográfica:
- Analisar os aspectos práticos e ambientais (tempo de obra, mão de obra a ser contratada, custo de materiais, custo de descarte…) realizada com método convencional;
- Analisar os aspectos práticos e ambientais (tempo de obra, mão de obra a ser contratada, custo de materiais, custo de descarte…) realizada com ICF;
b) Reunir as informações sobre o caso/obra a ser estudado;
c) Apontar um resumo das análises alinhando os resultados aos ODS.
1.2 JUSTIFICATIVA
A busca contínua por soluções construtivas eficientes e sustentáveis na indústria da construção tem se intensificado, alinhando-se aos princípios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU. ICF, como abordado na introdução, é uma solução inovadora a essa demanda de medidas que reduz os impactos ambientais da construção civil. Esta pesquisa se propõe a justamente explorar como o sistema ICF contribui para a diminuição dos resíduos na construção e para a mitigação das perdas de materiais, estabelecendo uma conexão com os ODS 9, 11 e 12.
A preocupação com a geração excessiva de resíduos e perdas de materiais na construção civil é compartilhada globalmente. O sistema ICF apresenta-se como uma técnica promissora para enfrentar esse desafio, uma vez que sua metodologia de montagem resulta em uma significativa redução na quantidade de entulhos e resíduos gerados durante o processo construtivo por eliminar a necessidade de moldes tradicionais e formas temporárias, contribuindo para a diminuição do impacto ambiental das construções.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em particular os ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura), 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e 12 (Consumo e Produção Responsáveis), ressoam fortemente com os princípios do ICF. O emprego de técnicas construtivas inovadoras, como o ICF, está em plena consonância com o ODS 9, que visa promover a infraestrutura resiliente, a industrialização inclusiva e sustentável, e a fomentar a inovação. Além disso, o sistema ICF contribui diretamente para a materialização dos ODS 11 e 12 ao propiciar a construção de cidades mais sustentáveis, eficientes e resilientes, além de promover a produção e o consumo responsáveis por meio da redução do desperdício de recursos naturais e materiais.
Portanto, esta pesquisa assume uma relevância ao direcionar seu foco para a análise das implicações do ICF na redução de resíduos, na diminuição de perdas de materiais e no alcance dos ODS estabelecidos pela ONU. O entendimento destas interações, e benefícios, poderá fornecer base de conhecimento para profissionais da construção, planejadores urbanos e formuladores de políticas que buscam promover uma construção mais sustentável e alinhada com os desafios globais de desenvolvimento sustentável.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
No setor de construção no Brasil, predominam essencialmente duas abordagens principais para a construção de edifícios. A primeira é o Sistema Convencional, que envolve a criação de estruturas de concreto armado no local da obra. A segunda é a abordagem dos Sistemas Industrializados, que se baseiam na pré-fabricação de componentes ou na execução no local, porém de maneira mecanizada e otimizada (CAVALHEIRO, 2009). Nos itens abaixo vamos explorar estes métodos e principais implicações.
2.1 MÉTODO CONSTRUTIVO CONVENCIONAL
Segundo Azevedo (1997), a alvenaria convencional é uma técnica de construção que envolve a utilização de estruturas tais como vigas e pilares de concreto. Essas estruturas são criadas através do uso de formas de madeira moldadas em concreto. Além disso, a alvenaria convencional inclui o emprego de blocos de cerâmica para a construção das paredes com função apenas para vedação, os quais são assentados com argamassa.
Essa técnica é caracterizada por ser uma abordagem tradicional de construção, que envolve processos manuais e a utilização de materiais convencionais, como blocos de cerâmica e argamassa (Figura 1).
Figura 1 – Construção em alvenaria e estrutura de concreto armado
Conforme mencionado por Santiago (2010), o sistema construtivo conhecido como alvenaria convencional, que utiliza blocos cerâmicos e blocos de vedação, tem como principal função a separação de ambientes e a vedação, não desempenhando um papel estrutural na construção. Além disso, ele enfatiza que a execução desse método requer conhecimento especializado devido à sua produtividade relativamente baixa. É fundamental garantir uma perfeita compatibilização entre os projetos para evitar problemas na construção e o uso de uma quantidade considerável de mão de obra, em comparação com a alvenaria estrutural. Além disso, esse método tende a gerar um grande desperdício de materiais. A construção baseada na alvenaria convencional é um processo abrangente que exige uma supervisão cuidadosa para minimizar o desperdício.
2.1.1 Composição
De acordo com Ramalho (2003), a alvenaria convencional representa um sistema tradicional na cultura da construção de residências e edifícios no Brasil. Por tanto, é o método mais comum para a construção dessas estruturas. Esse sistema utiliza materiais simples, tais como cimento, aço e blocos cerâmicos que desempenham a função de fechamento e isolamento da estrutura da obra. Entretanto, ele tende a gerar custos significativos com mão de obra e apresenta uma produtividade relativamente baixa.
A estrutura da alvenaria convencional é composta por elementos de concreto armado, como lajes, vigas, pilares e fundações, moldados no local, com o propósito de distribuir as cargas geradas pela edificação e transmiti-las para o solo. Nesse método construtivo, as paredes desempenham um papel secundário, não sendo parte essencial da estrutura, mas sim atuando como elementos de vedação. É importante ressaltar que as práticas de construção podem variar em diferentes regiões (ANTUNES; JUNIOR, 2021).
2.1.2 Normatização
As vedações construídas com bloco cerâmico devem cumprir as especificações estabelecidas na norma NBR 15270-1. Esta norma não apenas define os termos relacionados, mas também estabelece os requisitos dimensionais, físicos e mecânicos necessários para o processo de recebimento. Existem dois tipos de blocos, dependendo da direção dos furos prismáticos.
A NBR 6118 estabelece diretrizes e procedimentos para a estrutura de concreto desde o dimensionamento de elementos estruturais como viga e pilares até detalhes construtivos como espessura do cobrimento do concreto e requisitos de durabilidade.
A NBR 15575 estabelece critérios e requisito para o desempenho de edifícios residenciais ao longo da sua vida útil, esta norma visa assegurar que os edifícios habitacionais atendam a padrões de qualidade, segurança e conforto para seus ocupantes.
Alguns pontos importantes sobre a NBR 15575:
– Estrutural: Define critérios de segurança estrutural, incluindo a capacidade de resistir a cargas verticais e horizontais, como vento e terremoto;
– Estanqueidade: Estabelece requisitos para a estanqueidade do edifício, incluindo proteção contra infiltração de água;
– Isolamento Térmico: Define os requisitos para o desempenho térmico do edifício, incluindo limites de transmitância térmica;
– Isolamento Acústico: Aborda o isolamento acústico, especificando níveis mínimos de redução de ruído entre unidades habitacionais;
– Durabilidade: Define critérios para a durabilidade dos materiais e componentes da construção ao longo do tempo;
– Funcionalidade e Adequação de Uso: Aborda a funcionalidade e a adequação de uso das unidades habitacionais;
– Critérios de Dimensionamento: Específica critérios e requisitos para o dimensionamento e cálculo das estruturas do edifício;
– Segurança Estrutural: Estabelece requisitos de segurança estrutural em relação à capacidade de resistir a ações como vento, sismo, sobrecargas, entre outros;
– Estanqueidade à Água e ao Ar: Define critérios para a estanqueidade à água e ao ar das paredes e vedações;
– Durabilidade: Especifica requisitos para a durabilidade das paredes e vedações.
2.1.3 Método construtivo
O método construtivo da alvenaria convencional envolve a utilização de diversos elementos e isso inclui o uso de concreto, uma mistura homogênea composta por cimento, água, agregado fino, agregado grosso e ar, bem como a alvenaria de vedação, composta por tijolos cerâmicos, argamassa e revestimento na parte interna e externa, como destacado por Bastos (2006). Devemos seguir as dimensões e os dados do projeto estrutural e arquitetônico para a execução precisa da alvenaria.
Conforme a Tabela de Composição de Preços para Orçamentos (TCPO) (2010), o procedimento para execução de vedações internas e externas consiste:
a) Executar a marcação da modulação da alvenaria, assentando os tijolos dos cantos. Realizar a marcação da primeira fiada com tijolos assentados sobre uma camada de argamassa previamente estendida, alinhados pelo seu comprimento. Segundo LORDSLEEM JR. (2001), para a locação da alvenaria é necessário que seja designado um pedreiro ou equipe de pedreiros, devidamente qualificados, treinados e com capacidade para ler e interpretar o projeto. Recomenda-se que a execução da locação de todos os pavimentos seja feita pelo mesmo pedreiro ou equipe profissional, visando o ganho de produtividade, uniformidade e qualidade do serviço final;
b) A construção dos cantos deve ser executada com atenção, verificando o nivelamento, perpendicularidade, prumo e espessura das juntas, porque servirão como gabarito da construção;
c) Esticar uma linha que servirá como referência para garantir o prumo e horizontalidade da fiada (Figura 2);
d) Verificar o prumo de cada tijolo assentado;
e) Para garantir a amarração dos tijolos, as juntas verticais não devem coincidir entre fiadas contínuas;
Figura 2 – Assentamento dos blocos cerâmicos
2.1.4 Sustentabilidade
O processo construtivo convencional em alvenaria ocasiona uma série de impactos ambientais, desde a extração da matéria-prima até a conclusão da obra, resultando em uma considerável produção de resíduos (ROTH e GARCIAS, 2009).
Segundo informações divulgadas pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), o setor de construção civil responde por até 75% do consumo de recursos naturais extraídos no Brasil.
Quando não há uma escolha criteriosa de materiais visando minimizar os impactos ambientais, a produção de resíduos atinge níveis elevados, estimando-se entre 150 e 300 Kg/m² de área construída (PINTO, 1999; Monteiro et al., 2001). Embora 90% desses resíduos sejam passíveis de reciclagem, apenas uma parcela reduzida recebe tal destinação nas grandes cidades brasileiras.
Conforme definido pelo Art. 13 da Lei 12.305/2010, os Resíduos de Construção Civil (RCC) referem-se àqueles gerados em construções, reformas, reparos, demolições e preparação de terrenos para obras civis. Em algumas cidades brasileiras, estima-se uma média de 0,50 tonelada por habitante de RCC gerada anualmente. Contudo, há desafios significativos na obtenção de estimativas precisas em âmbito estadual, municipal e nacional (LEITE, 2017). Relatórios da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais indicam que, em 2014, foram coletadas 122.262 toneladas/dia de resíduos no Brasil, representando um indicador de 0,603 kg/hab.dia (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS, 2014).
Dentro desse cenário, as construções utilizando o método tradicional não apenas contribuem para os impactos da extração e produção de matéria-prima, mas também enfrentam o desafio significativo da expressiva geração de resíduos sólidos, configurando-se como o principal problema de impacto ambiental.
2.2 FÔRMAS ISOLADAS DE CONCRETO (ICF)
O sistema de construção conhecido como Fôrmas Isoladas de Concreto, conhecidas como ICF, do inglês Insulating Concrete Forms; é uma técnica inovativa na indústria da construção, destacando-se por sua eficiência e sustentabilidade. O ICF é composto por painéis de Poliestireno Expandido (EPS), popularmente conhecido como “Isopor”, que são preenchidos com argamassa (MENDES, 2012). Essa combinação oferece benefícios significativos, como isolamento térmico, resistência à água, vedação do ar e proteção acústica.
Amplamente utilizado em locais como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e América do Sul, o ICF oferece uma construção rápida, mesmo empregando concreto armado, graças à sua estrutura monolítica. Além disso, o sistema tem um forte compromisso com a sustentabilidade. Isso é essencial em um momento em que a indústria da construção está cada vez mais focada na redução de custos, eficiência energética e no conforto térmico e acústico dos ocupantes.
A construção com ICF também contribui para reduzir os resíduos na construção civil, o que é um ponto crítico para a sustentabilidade. A geração de resíduos, muitas vezes resultante de demolições, é um desafio enfrentado pela indústria da construção. O ICF, ao minimizar o desperdício de materiais, ajuda a manter o equilíbrio do capital natural e a apoiar a continuidade da vida na Terra. Portanto, o ICF não é apenas um método construtivo eficaz; é um sistema que abraça a sustentabilidade e atende às necessidades da geração presente e das futuras.
2.2.1 Composição
As ICF representam um inovador sistema construtivo que combina concreto armado com isolamento térmico integrado. A composição do ICF envolve principalmente dois elementos cruciais: o concreto e o isolamento térmico (formas de EPS). Na figura 03 podemos observar o esquema de uma parede construída em ICF.
Figura 3 – Parede executada em ICF
2.2.2 Concreto
O concreto empregado nas estruturas de Construção com Formas Isoladas (ICF) pode ser o concreto convencional ou o concreto bombeável. O composto concreto utilizado é enriquecido com aditivos, visando proporcionar a propriedade de fluidez e resistência. É exigido segundo o manual do fabricante que o concreto atinja uma resistência de 20 MPa, com um slump de 18 ± 2. A fluidez adicional do concreto visa preencher os vazios de modo eficaz da forma, eliminando a necessidade de utilização de vibradores durante o processo de concretagem, uma vez que se trata de um concreto autonivelante.
2.2.3 Blocos de EPS
O EPS, popularmente conhecido como Isopor, é um material leve e altamente isolante, criado na Alemanha através de ensaios químicos, por Karl Buchholz e Fritz Stasny, em 1949 (BANOW; LOVATTO; TEIXEIRA, 2012).
Ele é produzido a partir do poliestireno expandido, que passa por um processo de expansão, resultando em um material com células cheias de ar que proporcionam excelentes propriedades isolantes.
Ele desempenha um papel fundamental na construção civil. servindo como cofragem perdida, tornando o processo de construção mais eficiente e econômico. A combinação do concreto com esse material isolante oferece aos edifícios construídos com ICF alta eficiência energética, resistência estrutural e isolamento acústico, sendo especialmente valorizados em locais com climas extremos, onde o isolamento térmico é essencial para reduzir os custos de aquecimento e resfriamento e promover a construção sustentável.
Ambos os materiais usados no sistema das fôrmas isoladas de concreto, tem sua obtenção através de tratamentos em cima do material poliestireno.
O EPS é obtido por meio de um processo que envolve a pré-expansão dos grânulos de poliestireno, usando vapor d’água, seguida pela moldagem por calor e pressão (Figura 4). Esse processo cria uma estrutura de células abertas, tornando o EPS uma espuma termoplástica composta por 98% de ar e 2% de matéria sólida do poliestireno, garantindo as características de leveza e ser altamente isolante (STOCCO, 2009).
Figura 4 – Esquema de fabricação dos blocos de EPS
Após a formação dos blocos de EPS, eles são resfriados e cortados em peças de diferentes tamanhos, que encontram aplicação em uma variedade de contextos, incluindo o uso em Sistemas de Fôrmas Isoladas de Concreto (ICF) na construção (Figura 5).
Figura 5 – Placas de EPS
2.2.4 Normatização
O uso do Poliestireno Expandido (EPS) na construção é regido pela norma NBR 11752 (ABNT, 2016), que estabelece as especificações mínimas para a utilização desse material.
A NBR 11752 classifica o EPS em duas principais categorias: Classe P, que representa o material não retardante de chama, e Classe F, destinada ao EPS que retarda a propagação do fogo. Além disso, essa norma classifica o EPS em três grupos com base na massa específica aparente: Tipo I (13 a 16 kg/m³), Tipo II (16 a 20 kg/m³) e Tipo III (20 a 25 kg/m³) (ANTUNES; JUNIOR, 2021).
Em construções que utilizam o Poliestireno Expandido, é essencial cumprir com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Essas normas são cruciais para garantir a segurança, habitabilidade, durabilidade e estanqueidade à água das edificações. As normas da ABNT desempenham um papel fundamental na definição dos requisitos de desempenho esperados para sistemas construtivos que utilizam o EPS como parte integrante da estrutura.
São normas referentes ao ICF, EPS e integridade de uma construção civil, já apontadas com ANTUNES; JUNIOR, 2021:
– NBR 7973:2007 – Determinação de absorção de água;
– NBR 8081:2015 – Permeabilidade ao vapor d`água;
– NBR 8082:2016 – Resistência à compressão;
– NBR 10152:2000 – Níveis de ruído para conforto acústico;
– NBR 10411:1988 – Inspeção e amostragem de isolantes térmicos;
– NBR 11752:2007 – Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e câmaras frigoríficas;
– NBR 11948:2007 – Ensaio de flamabilidade;
– NBR 11949:2007 – Determinação da massa específica aparente;
– NBR 12094:1991 – Determinação da condutividade térmica;
– NBR 15575:2013 – Desempenho estrutural.
Para o perímetro internacional, as práticas corretas na utilização dos EPS podem ser encontradas nas normas ASTM C – 203, assegurando as melhores práticas no método de ensaio de resistência à flexão e propriedades de isolamento térmico do tipo de bloco e a EN 13162 até a EN 13171 que especificam as exigências dos produtos em EPS, com ou sem recobrimentos ou revestimentos, para isolamento térmico de edifícios (REIS, 2015).
2.2.5 Características
De acordo com o manual do fabricante EME FORMS, de 2022, podemos afirmar como características das formas de EPS:
– As formas podem ser usadas com função estrutural e/ou vedação (Figura 6 e 7);
– Densidade do EPS da forma em EPS 25KG/m²;
– Existem dois tipos de forma que compõe o sistema ICF, a forma fechada nas laterais que são usadas nos cantos para evitar o derramamento do concreto para os cantos, e com os cantos abertos para ser usada no meio;
Figura 6 – Forma de EPS aberta
Figura 7 – Forma de EPS fechada.
– Forma de EPS aberta, com laterais abertas, nos cantos das formas na parte superior e inferior são abertas para o preenchimento do concreto, e onde será posicionado a armadura, por isso precisa ser aberto. (Figura 6)
– Forma de EPS fechada, com laterais fechada, nos cantos das formas na parte superior e inferior são fechadas para vedar que o concreto não vaze por esse ponto da forma (Figura 7)
– Fácil instalação por encaixe macho fêmea das formas
– Fácil manuseio na montagem do sistema para cortes de vãos como janelas e portas, pois esses cortes são feitos com faca quente ou estilete.
– A forma em EPS evita o uso de forma para concretagem das lajes, vergas, contravergas, vigas e pilares (Figura 8).
Figura 8 – Placas de EPS na execução de parede e laje
– A forma resiste uma carga concentrada de até 40kg com buchas tipo Fly, caso haja necessidade de uma carga maior é necessário furar onde se tem concreto.
– Não necessita mão de obra especializada para a execução do serviço
– Agilidade e rapidez na execução da obra
– Redução de 35°C externos para 15°C internos;
– Redução de até 2,4oC/w/m2 (Graus Celsius por watt por metro quadrado);
– Isolamento térmico
– Redução de custo com sistemas de refrigeração
– Redução significativa na produção de entulho
2.2.6 Sustentabilidade
A relação entre a construção civil e o meio ambiente é extremamente delicada, uma vez que a influência de todos os processos desde a geração da matéria prima para as obras até a funcionalidade dos edifícios com a utilização de recursos naturais como energia elétrica e gás geram grandes impactos ambientais, por isso pensar em novas tecnologias que sejam sustentáveis é de extrema importância, uma vez que a crise climática se agrava cada dia mais.
O ICF se encontra como uma opção sustentável não só por causa de seu desempenho térmico resultando em economia de energia com climatização, mas principalmente no processo construtivo que tem uma geração mínima de resíduos, sendo efetivo neste que é um dos maiores problemas da construção civil: a geração de resíduos sólidos, estima-se que a construção civil seja responsável pela geração de 51% a 70% dos resíduos sólidos urbanos Marques Neto (2005). O ICF utiliza o EPS como um dos principais componentes, que é 100% reciclável, leve e com um volume muito abaixo do sistema convencional.
Dentro disso a organização das nações unidas (ONU) estabeleceu uma série de metas globais para abordar desafios urgentes e interconectados enfrentados pelo mundo, são 17 objetivos que visam promover o desenvolvimento sustentável em três dimensões principais: econômica, social e ambiental, estes objetivos foram estabelecidos em 2015 como parte da agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Conseguimos enquadrar a construção em ICF na ODS 12 – Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis, no item 5 – Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso. Este alinhamento evidencia a contribuição das construções com ICF para metas globais, consolidando-se como uma opção construtiva mais sustentável.
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
Este estudo enquadra-se no método de pesquisa qualitativa que é uma abordagem exploratória que busca compreender um assunto em profundidade, envolvendo análise de materiais escritos como literatura acadêmica, documentos, publicações, além de um estudo de caso específico.
Neste contexto este estudo de abordagem exploratória teve como base as seguintes etapas:
– Revisão Bibliográfica: Realização de uma revisão abrangente da literatura existente, incluindo artigos científicos, publicações, livros e outros materiais relevantes. ajudando a estabelecer uma base teórica sólida e identificar lacunas no conhecimento, e fornecer insights teóricos e contextuais.
– Estudo de Caso: Foi selecionado um caso específico relacionado ao tópico de pesquisa, envolvendo uma análise aprofundada para compreender como os conceitos teóricos se aplicam na prática. Foram coletados dados empíricos relacionados ao caso selecionado. Entre os dados foram coletadas informações sobre os custos envolvidos no processo e conduzido um estudo na execução de um projeto de habitação unifamiliar comparando o sistema convencional de construção e o sistema ICF. considerando tanto os aspectos técnicos como os econômicos dos dois sistemas construtivos abordados.
– Análise Comparativa: Foram analisados os dados do estudo de caso e comparado com as teorias e conceitos encontrados na literatura.
– Conclusões e Discussão: Com base na análise comparativa, foram tiradas conclusões e discutidas as implicações de seus achados.
4 ANÁLISE COMPARATIVA DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM ALVENARIA CONVENCIONAL E ICF
4.1 DADOS DO OBJETO DE ESTUDO
Para o levantamento quantitativo e comparação de custos utilizamos o projeto, fornecido pelo fornecedor Eme Forms, de uma residência unifamiliar localizada no município de Caraguatatuba/SP com uma área de terreno de 403,08 m² e de área construída de 176,00 m², composta por: sala, sala de jantar, cozinha, duas suítes, 3 dormitórios, lavanderia e área gourmet.
4.1.1 Processo construtivo em ICF
A implementação bem-sucedida do ICF em uma construção segue um conjunto de etapas essenciais:
a) Planejamento Detalhado: Um planejamento minucioso se atentando ao tamanho das formas que serão utilizadas no projeto para se obter o melhor aproveitamento do material visando evitar desperdícios.
b) Fundação: a fundação é feita do modo convencional, que poderá ser um radier, broca com viga baldrame ou sapata corrida.
c) Armaduras: o posicionamento das armaduras vai de acordo com o que é pedido no projeto, e a fixação dos vergalhões podem ser de duas maneiras, sair como arranque em L da fundação, ou pode ser feito a perfuração e a fixação por adesivo bicomponente. que inclua o design arquitetônico, estrutural e de isolamento (Figura 9). Identifique as necessidades de isolamento térmico e acústico específicas do projeto.
Figura 9 – Fixação de Vergalhões
d) Preparação do Local: a primeira fiada, é a fiada mais importante de toda a execução, pois como base de todo o restante, ela tem que estar no prumo e no esquadro, para que o restante das formas tenha um perfeito encaixe e alinhamento (Figura 10).
Figura 10 – Fixação de Vergalhões
e) Vergalhões: após a fixação dos vergalhões na fundação ou na laje, posiciona as formas de toda a primeira fiada, e se coloca a proteção com um tubo meia cana nas conexões para evitar que o concreto caia sobre essa parte e depois ter que fazer uma limpeza nos encaixes, como mostra a foto abaixo (Figura 11). Feito isso inicia a concretagem da primeira fiada.
Figura 11 – Fixação de Vergalhões
f) Concretagem: a concretagem da primeira fiada, necessita de um cuidado maior, pois tem que ser feito um concreto com o Slump menor do que o restante de toda a concretagem, segundo o manual do fabricante, recomenda se fazer com slump de 10 ± 2 tem, para ser um concreto mais denso e não vazar pela parte inferior das formas, a concretagem nesse traço vai até a metade da forma.
g) Armadura Longitudinal: após a concretagem da primeira Fiada, instala-se a armadura na longitudinal, onde esses vergalhões têm função estrutural como viga.
h) Vergalhão: após a colocação do vergalhão, continua a montagem das formas e pode ser feito a montagem até a 4ª fiada, que é o número máximo para fazer a concretagem, até 4 fiadas por concretagem.
i) Preenchimento com Concreto: a partir da primeira fiada, utiliza-se um concreto mais fluido, com slump 18±2 para o melhor preenchimento em todos os cantos da forma, despeje o concreto nas fôrmas, garantindo que ele preencha todos os espaços e armaduras. A vibração do concreto não é necessária, pois o concreto é feito com aditivo para uma maior fluidez e para auto adensamento.
j) Cura do Concreto: Permita que o concreto cure adequadamente, seguindo as diretrizes de tempo e temperatura.
k) Instalações elétricas e hidráulicas: depois de concluído o erguimento das paredes e concretado, marca-se os pontos e o caminho dos condutores sobre a forma de EPS, e com isso, pode cortar o isopor para poder passar as instalações, esses cortes podem ser feitos, com faca quente, ou com serrote para gesso (Figura 12).
Figura 12 – Instalações elétricas e hidráulicas
l) Chapiscagem: depois de instalado as instalações elétricas e hidráulicas, inicia-se o processo de chapisco, que pode ser feito com projetor de argamassa, ou a mão (Figura 13).
Figura 13 – Chapisco nos blocos de ICF
m) Acabamento: após a cura, execute os acabamentos necessários, como revestimento externo e interno, de acordo com o design do edifício (Figura 14).
Figura 14 – Acabamentos nos blocos de ICF
n) Inspeção de Qualidade: Realize inspeções de qualidade para garantir que todos os padrões e regulamentações sejam atendidos.
o) Manutenção Adequada: Implemente um plano de manutenção adequado para garantir a durabilidade contínua da estrutura e o desempenho do isolamento.
4.1.2 Composição de custos ICF
Para a execução do sistema em ICF, foi adotada a estrutura composta por forma de em EPS, formas nas dimensões 1,26×0,40×0,16m com função estrutural. O estudo foi embasado na tabela de composição de custos SINAP 08/2023 não desonerada (tabela 01), na ficha técnica dos produtos do fabricante Aditive, e no curso prático ministrado pela Eme Industria, fabricante das formas.
É importante notar que, na tabela 02, não foram considerados os custos relacionados aos revestimentos, considerado apenas o reboco com espessura de 2cm. Essa abordagem foi adotada com o propósito de focar exclusivamente na análise da “fase cinza” da obra, que é o componente que estabelece a diferenciação entre os métodos abordados neste estudo acadêmico.
Para esta análise, foram incorporadas as composições de custos relacionadas às paredes estruturais. Isso se justifica pelo fato de que, na construção em ICF com função estrutural as paredes de têm a função de vedação e estrutural.
Tabela 1 – Composição de custos do sistema ICF com função estrutural
FONTE | CÓDIGO | DESCRIÇÃO | UNIDADE | COEFICIENTE | VALOR UNITÁRIO | VALOR TOTAL |
SINAPI / EME | EXECUÇÃO DE PAREDE EM SISTEMA ICF | M² | 182.44 | |||
Eme | MOLDADO MFORMS 1260X400X160 MM | PÇ | 2.0000 | 55,00 | 110.00 | |
SINAPI | 88309 | PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES | H | 0,3200 | 31,75 | 10,16 |
SINAPI | 88316 | SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES | H | 0,1700 | 27,32 | 4,64 |
SINAPI | 94964 | Concreto 20Mpa e Slump 18 ± 2 TRAÇO 1:2,7:3 (EM MASSA SECA DE CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) – PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_05/2021 | M³ | 0.0519 | 395,42 | 20.52 |
ADITIVE | P022 | ADITIVO FLUIMAIS | L | 0.2500 | 16.166 | 4.04 |
ADITIVE | P015 | RETRACONTROL AD | L | 0.2500 | 21.3158 | 5.33 |
SINAPI | 92803 | CORTE E DOBRA DE AÇO CA-50, DIÂMETRO DE 10,0 MM. AF_06/2022 | KG | 2.7518 | 9.26 | 25.48 |
SINAPI | 131 | ADESIVO ESTRUTURAL A BASE DE RESINA EPOXI, BICOMPONENTE, PASTOSO (TIXOTROPICO) | KG | 0.0500 | 45,25 | 2.26 |
Fonte: Autoria própria
Tabela 2 – Composição de custos de reboco com aditivos para ICF
FONTE | CÓDIGO | DESCRIÇÃO | UNIDADE | COEFICIENTE | VALOR UNITÁRIO | VALOR TOTAL |
SINAPI | REBOO EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MECÂNICA COM BETONEIRA 400 L, APLICADA COM PROJETOR TIPO CANEQUINHA EM PANOS DE FACHADA COM PRESENÇA DE VÃOS, ESPESSURA DE 2 MM, ACESSO POR BALANCIM MANUAL. AF_08/2022 | M² | 117.90 | |||
SINAPI | 87292 | ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 (EM VOLUME DE CIMENTO, CAL E AREIA MÉDIA ÚMIDA) PARA EMBOÇO/MASSA ÚNICA/ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO, PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_08/2019 | M³ | 0.0393 | 464.85 | 18.27 |
SINAPI | 88309 | PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES | H | 1.2790 | 31.75 | 40.61 |
SINAPI | 88316 | SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES | H | 1.2790 | 27.32 | 34.94 |
SINAPI | 90668 | PROJETOR PNEUMÁTICO DE ARGAMASSA PARA CHAPISCO E REBOCO COM RECIPIENTE ACOPLADO, TIPO CANEQUINHA, COM COMPRESSOR DE AR REBOCÁVEL VAZÃO 89 PCM E MOTOR DIESEL DE 20 CV – CHP DIURNO. AF_05/2023 | CHP | 0.1009 | 28.85 | 2.91 |
SINAPI | 90669 | PROJETOR PNEUMÁTICO DE ARGAMASSA PARA CHAPISCO E REBOCO COM RECIPIENTE ACOPLADO, TIPO CANEQUINHA, COM COMPRESSOR DE AR REBOCÁVEL VAZÃO 89 PCM E MOTOR DIESEL DE 20 CV – CHI DIURNO. AF_05/2023 | CHI | 1.1781 | 7.91 | 9.32 |
ADITIVE | P014 | RESINA POLIMÉRICA | KG | 0.0667 | 36.66 | 2.44 |
ADITIVE | P011 | IMPERMEABILIZANTE IMPER K | KG | 0.4000 | 23.51 | 9.40 |
ADITIVE | P026 | ADITIVO PARA ARGAMASSA PROJETADA MONOMASSA 200 AD | KG | 0.05502 | 26.678 | 1.47 |
ADITIVE | P024 | ADITIVO MONOFIX | L | 0.05502 | 30.234 | 1.66 |
Fonte: Autoria própria
4.1.3 Composição de custos construção convencional
Para a construção da edificação utilizando o sistema convencional, foi adotada a estrutura composta por pilares e vigas de concreto armado, com vedação feita com blocos cerâmicos de 9x19x19 cm (9 cm de espessura). O estudo foi embasado na tabela de composição de custos SINAP 08/2023 não desonerada.
É importante notar que, na tabela 03, não foram considerados os custos relacionados aos revestimentos. Essa abordagem foi adotada com o propósito de focar exclusivamente na análise da “fase cinza” da obra, que é o componente que estabelece a diferenciação entre os métodos abordados neste estudo acadêmico.
Para esta análise, foram incorporadas as composições de custos relacionadas às vigas e pilares. Isso se justifica pelo fato de que, na construção convencional, as paredes de alvenaria têm exclusivamente a função de vedação. Portanto, para estabelecer uma comparação justa, os custos da superestrutura (ou seja, pilares e vigas) foram considerados. Os detalhes dos custos para a construção da superestrutura podem ser observados nas tabelas 04 e 05. Já na tabela 06, apresentamos os detalhes do custo da massa única para o recebimento da pintura.
Tabela 3 – Composição de custos de parede em alvenaria
FONTE | CÓDIGO | DESCRIÇÃO | UNIDADE | COEFICIENTE | VALOR UNITÁRIO | VALOR TOTAL |
SINAPI | 103329 | ALVENARIA DE VEDAÇÃO | M2 | 98,39 | ||
SINAPI | 103329 | BLOCO CERAMICO / TIJOLO VAZADO PARA ALVENARIA DE VEDACAO, 8 FUROS NA HORIZONTAL, DE 9 X 19 X 19 CM (L XA X C) | UN | 28,3100 | 0,65 | 18,40 |
SINAPI | 103329 | TELA DE ACO SOLDADA GALVANIZADA/ZINCADA PARA ALVENARIA, FIO D = *1,20 A 1,70* MM, MALHA 15 X 15 MM, (C X L) *50 X 7,5* CM | M | 0,42000 | 2,11 | 0,88 |
SINAPI | 103329 | PINO DE ACO COM FURO, HASTE = 27 MM (ACAO DIRETA) | CENTO | 0,00500 | 38,74 | 0,19 |
SINAPI | 103329 | ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 (EM VOLUME DE CIMENTO, CAL E AREIA MÉDIA ÚMIDA) PARA EMBOÇO/MASSA ÚNICA/ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO, PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_08/2019 | M3 | 0,00910 | 640,03 | 5,82 |
SINAPI | 103329 | PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES | H | 1,61000 | 31,75 | 51,11 |
SINAPI | 103329 | SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES | H | 0,80500 | 27,32 | 21,99 |
Fonte: Autoria própria
Tabela 4 – Composição de custos de estrutura em concreto armado – pilar
FONTE | CÓDIGO | DESCRIÇÃO | UNIDADE | COEFICIENTE | VALOR UNITÁRIO | VALOR TOTAL |
SINAPI | PILAR EM CONCRETO ARMADO | M2 | 664,51 | |||
SINAPI | 92409 | MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E ESTRUTURAS SIMILARES, PÉ-DIREITO SIMPLES, EM MADEIRA SERRADA, 1 UTILIZAÇÃO. AF_09/2020 | M2 | 1,1472 | 208,42 | 239,11 |
SINAPI | 94964 | CONCRETO FCK = 20MPA, TRAÇO 1:2,7:3 (EM MASSA SECA DE CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) – PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_05/2021 | M3 | 2,0758 | 192,31 | 399,20 |
SINAPI | 92762 | ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 10,0 MM – MONTAGEM. AF_06/2022 | KG | 0,1238 | 91,38 | 11,31 |
SINAPI | 92759 | ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-60 DE 5,0 MM – MONTAGEM. AF_06/2022 | KG | 0,1611 | 92,38 | 14,89 |
Fonte: Autoria própria
Tabela 5 – Composição de custos de estrutura em concreto armado – viga
FONTE | CÓDIGO | DESCRIÇÃO | UNIDADE | COEFICIENTE | VALOR UNITÁRIO | VALOR TOTAL |
SINAPI | VIGA EM CONCRETO ARMADO | M2 | 540,41 | |||
SINAPI | 92446 | MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE VIGA, ESCORAMENTO COM PONTALETE DE MADEIRA, PÉ-DIREITO SIMPLES, EM MADEIRA SERRADA, 1 UTILIZAÇÃO. AF_09/2020 | M2 | 1,0673 | 316,22 | 337,50 |
SINAPI | 94964 | CONCRETO FCK = 20MPA, TRAÇO 1:2,7:3 (EM MASSA SECA DE CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) – PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_05/2021 | M3 | 2,0758 | 192,31 | 399,20 |
SINAPI | 92779 | ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 12,5 MM – MONTAGEM. AF_06/2022 | KG | 0,1051 | 90,06 | 9,46 |
SINAPI | 92762 | ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 10,0 MM – MONTAGEM. AF_06/2022 | KG | 0,1238 | 91,38 | 11,31 |
SINAPI | 92759 | ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-60 DE 5,0 MM – MONTAGEM. AF_06/2022 | KG | 0,1612 | 92,38 | 14,89 |
Fonte: Autoria própria
Tabela 6 – Massa única para recebimento de pintura
FONTE | DESCRIÇÃO | UNIDADE | COEFICIENTE | VALOR UNITÁRIO | VALOR TOTAL |
SINAPI | PAREDE EM ALVENARIA CONVENCIONAL, INCLUSIVE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO | M2 | 218,33 | ||
SINAPI | ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCO CERAMICO / TIJOLO VAZADO PARA ALVENARIA DE VEDACAO, 8 FUROS NA HORIZONTAL, DE 9 X 19 X 19 CM (L XA X C) | M2 | 1,00 | 98.39 | 98.39 |
SINAPI | PILAR EM CONCRETO ARMADO | M2 | 0.1 | 664,51 | 66,45 |
SINAPI | VIGA EM CONCRETO ARMADO | M2 | 0.03 | 540,41 | 16,21 |
SINAPI | MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE EM FACES INTERNAS DE PAREDES, ESPESSURA DE 20MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS. AF_06/2014 | M2 | 1,00 | 37.28 | 37.28 |
Fonte: Autoria própria
Ao examinar o foco de investigação deste estudo, constatou-se que a cada metro quadrado de parede foram destinados 0,03 metros quadrados para vigas e 0,1 metros quadrados para pilares. Diante dessa constatação, foi desenvolvida a Tabela 07, que detalha a composição de custos associada à construção de uma parede em alvenaria convencional, englobando a estrutura em concreto armado, composta por vigas e pilares.
Tabela 7 – Composição metro quadrado da construção convencional (alvenaria e estrutura)
FONTE | DESCRIÇÃO | UNIDADE | COEFICIENTE | VALOR UNITÁRIO | VALOR TOTAL |
SINAPI | PAREDE EM ALVENARIA CONVENCIONAL, INCLUSIVE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO | M2 | 218,33 | ||
SINAPI | ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCO CERAMICO / TIJOLO VAZADO PARA ALVENARIA DE VEDACAO, 8 FUROS NA HORIZONTAL, DE 9 X 19 X 19 CM (L XA X C) | M2 | 1,0000 | 98,39 | 98.39 |
SINAPI | PILAR EM CONCRETO ARMADO | M2 | 0,1000 | 664,51 | 664,51 |
SINAPI | VIGA EM CONCRETO ARMADO | M2 | 0,0300 | 540,41 | 16,21 |
SINAPI | MASSA ÚNICA, PARA RECEBIMENTO DE PINTURA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400L, APLICADA MANUALMENTE EM FACES INTERNAS DE PAREDES, ESPESSURA DE 20MM, COM EXECUÇÃO DE TALISCAS. AF_06/2014 | M2 | 1,0000 | 37,28 | 37,28 |
Fonte: Autoria própria
Na tabela 08 foi feito o levantamento da composição de custo para retirada de entulho tanto pelo sistema convencional e pelo sistema em ICF.
Tabela 08 – Composição de custo da remoção de entulho no sistema convencional e ICF
FONTE | DESCRIÇÃO | UNIDADE | COEFICIENTE | VALOR UNITÁRIO | VALOR TOTAL |
CDHU | M3 | 91,5415 | |||
A.05.000.020359 | Remoção de entulho de obra, material volumoso (mistura de alvenaria, terra, madeira, papel, plástico e metal), capacidade 4 m³ | M3 | 1,000 | 87,5 | 87,5 |
B.01.000.010146 | SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES | H | 0,1710 | 27,32 | 4,0415 |
Fonte: Autoria própria
4.2 – Discussão dos resultados
Ao examinar as informações apresentadas neste estudo, é possível constatar que o método construtivo convencional compreende diversas etapas, incluindo a construção de vigas, pilares e paredes. A qualidade desse método é inteiramente dependente das boas práticas em todo o processo, assim como da qualidade da matéria-prima utilizada. Em contrapartida, o sistema ICF é caracterizado por apenas duas etapas: a montagem in loco das formas de EPS, pré-fabricadas e prontas para serem instaladas de acordo com a obra, e a subsequente concretagem. Este método dispensa a necessidade de uma estrutura adicional, uma vez que as paredes já desempenham essa função, resultando em uma mão de obra que não demanda grande especialização e prática.
Além disso, por se tratar de um material 100% reciclável, industrializado, com peças de diferentes tamanhos e facilidade de corte no momento da execução, o ICF proporciona uma organização eficiente e reduz desperdícios, favorecendo a organização e limpeza do canteiro de obras (CONSTRUCAOCIVILPET, 2015).
Outro aspecto relevante é a eliminação do uso de madeira como formas para a estrutura, contribuindo novamente para a redução da geração de resíduos na construção civil que no Brasil, responsável por mais da metade dos resíduos sólidos gerados em meio urbano (VERTOWN, 2023).
Ao realizar o comparativo entre os dois métodos construtivos, foram considerados apenas os custos da construção das paredes acabadas (prontas para receber acabamento) e da estrutura, excluindo toda a parte de fundação, instalações, cobertura e acabamentos. Não foram mensurados os custos dos cortes nas paredes, que no ICF são realizados de maneira mais simples e rápida, e tampouco foram considerados os custos com descarte de resíduos.
Ao analisar os custos levantados, observou-se que o método convencional apresentou um custo aproximadamente 26% menor que o método em ICF, conforme observado na tabela 09:
O sistema convencional gera em média de 0,12m³, por m² de área construída em uma construção de uma nova edificação. No nosso estudo de casa temos uma edificação com 176m² de área construída, com base nas informações acima concluímos que para esse estudo será gerado 176 x ,12 = 21,12m³ de entulho, como cada caçamba são 4m³ iremos considerar 6 caçambas. O valor para a remoção do entulho será de R$91,54 x 24m³ R$ 2.196,99.
Já no sistema ICF o índice de entulho gerado na fase do erguimento das paredes são de 0,024m³ por m² de área construída, nessa edificação com 176m² de área construída gerará 176 x 4,224 = 4,2m³ de entulho, que é aproximadamente 1 caçamba. O valor para remoção do entulho será de R$91,54 x 4m² = 366,16. Com esse índice notamos que o ICF gera quase 5 vezes menos entulho nessa fase da obra.
Tabela 09 – Custos do metro quadrado do ICF e convencional
MÉTODO | VALOR DO M2 | VALOR DE DESCARTE DE ENTULHO / M² | VALOR TOTAL |
ICF | R$ 303,47 | R$ 1,14 | R$ 304,61 |
CONVENCIONAL | R$ 218,33 | R$ 6,87 | R$ 225,20 |
Fonte: Autoria própria
Se aplicarmos esse resultado ao estudo de caso específico de uma residência de 320m² de paredes, teremos um custo de R$ 97.476,56 para a construção em ICF e R$ 72.062,59 para a construção convencional em blocos cerâmicos. É importante ressaltar que esses valores dizem respeito apenas à estrutura e paredes.
Ao avaliar exclusivamente esse aspecto, pode-se concluir que a construção em ICF não seria vantajosa. No entanto, em termos gerais, a construção em ICF apresenta características que a tornam um sistema mais vantajoso em relação ao convencional:
– Agilidade na execução: O processo em ICF é mais rápido que a construção convencional.
– Simplicidade no método e facilidade no manejo: A construção total pode ser realizada por dois profissionais sem grandes desafios.
– Isolamento térmico: O desempenho térmico otimizado no ICF, devido à utilização de EPS, resulta em economia com climatização.
– Isolamento acústico: O ICF também demonstra melhor desempenho em conforto acústico devido à utilização de EPS e às paredes de concreto maciço.
4.3- CONCLUSÃO
O ICF, introduzido como uma inovação tecnológica na construção civil, é celebrado por sua capacidade de criar edificações mais limpas e eficientes. Em contraste com métodos tradicionais, frequentemente associados a práticas obsoletas e prejudiciais ao meio ambiente, o ICF emerge como uma resposta contemporânea às crescentes demandas da sociedade por práticas construtivas alinhadas com os princípios ambientais. Sua relevância vai além da eficiência térmica, que contribui para a economia de energia na climatização, estendendo-se ao processo construtivo que minimiza significativamente a geração de resíduos. Esse aspecto é particularmente crucial ao abordar uma das principais problemáticas da construção civil: a produção considerável de resíduos sólidos urbanos.
A análise dos custos, embora inicialmente sugira uma possível desvantagem do ICF, é reexaminada para incluir variáveis como produtividade, tempo de execução, desperdícios de materiais e desempenho térmico e acústico. A conclusão é que o ICF apresenta inúmeras vantagens quando se consideram esses aspectos, tornando-o mais benéfico para o meio ambiente e, a médio e longo prazo, mais econômico.
Além disso, é essencial destacar que o ICF utiliza o EPS (poliestireno expandido) como um de seus principais componentes, um material 100% reciclável, leve e com volume significativamente inferior ao sistema convencional. Essa característica contribui não apenas para a eficiência da obra, mas também para a redução global dos impactos ambientais associados à construção.
Ao alinhar a construção com ICF aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente ao ODS 12, que busca assegurar padrões sustentáveis de produção e consumo, e, mais especificamente, ao item 5, que propõe uma redução substancial na geração de resíduos até 2030, percebemos a contribuição direta dessa abordagem para as metas globais de sustentabilidade. Desta forma, as construções com ICF não apenas se apresentam como uma opção construtiva mais alinhada com os princípios do desenvolvimento sustentável, mas também como um passo significativo em direção a um futuro mais sustentável e ambientalmente consciente.
5 – REFERÊNCIAS
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AZEVEDO, H. A. de. O Edifício e seu Acabamento. São Paulo, Edgard Blücher Ltda, 2004.
AZEVEDO, H. A. de. O edifício até sua cobertura. 1997.
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BORTOLOTTO, A. L. K. Análise de Viabilidade Econômica do Método Light Steel Framing para construção de habitações no município de Santa Maria – RS. 101 p., 2015. Trabalho de conclusão de curso – Universidade Federal de Santa Maria. Centro de Tecnologia. Santa Maria – RS.
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MENDES, P. F. S. Isolamentos térmicos em edifícios e seu contributo para a eficiência energética: recomendações de projeto. 2012. Tese de Doutorado. [sn].
RAMALHO, M. A.; CORRÊA, M. R. S. Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural. São Paulo, PINI, 2003.
ROCHETA, V. L. da S.; FARINHA, M. de F. S. M. T. Práticas de projecto e construtivas para a construção sustentável. Congresso Construção 2007 – 3º. Congresso Nacional. – Coimbra, 17-19 dezembro 2007. – 10 p.
SALOMÃO, P. E. A.; SOARES, A. D. A.; LORENTZ, L. P. A.; PAULA, L. T. G. de. Análise comparativa dos sistemas construtivos alvenaria convencional e light steel framing: um estudo de caso em residência uniifamiliar em Teófilo Otoni, MG. – Research, Society and Development, v. 8, n. 9, p. 01-26, 2019.
SANTIAGO, A.K.; RODRIGUES, M. N.; OLIVEIRA, M.S. de Light Steel Framing como alternativa para a construção de moradias populares. In: CONSTRUMETAL. 4ª edição, 2010, São Paulo. Congresso Latino-Americano da Construção Metálica.
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