REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch102025005101608
1Gisele Maria De Sousa; 2Paulo Gusmão Salvador; 3Isac Rezende Marques; 4Milene Fernandes Da Silva; 5Isabela Pinto De Lima; 6Giovanna Furtado De Oliveira; 7Thalita Sabriny De Souza Santos; 8Alessandro Moreira Dias; 9Suellen Cristina Aredes G. Moreira; 10Isabely Gonçalves De Andrade Lima
RESUMO
Este estudo teve como objetivo identificar os achados científicos na literatura nacional sobre a humanização da atenção primária à saúde, destacando os principais aspectos envolvidos. A pesquisa bibliográfica foi realizada em periódicos nacionais por meio das bases de dados Scielo e PubMed. Os resultados mostram que os aspectos inerentes à preocupação com a humanização são: as recomendações para a humanização da assistência, a conceituação da terminologia, as dificuldades na implementação das ações de humanização e a evolução das políticas de saúde e humanização no Brasil. Concluiu-se que há pouca produção científica sobre o tema humanização da atenção primária à saúde. Pesquisas nessa área devem ser realizadas para subsidiar a avaliação, reestruturação e implementação efetiva das políticas nacionais de humanização.
Palavras-chave: : Saúde. Atenção primária à saúde. Enfermagem.
1. INTRODUÇÃO
O tema da humanização da atenção à saúde é relevante no contexto atual, pois a composição dos serviços com base em princípios de atenção integral, equidade, participação social do usuário etc. valorizam a dignidade dos trabalhadores e usuários (BENEVIDES; PASSOS, 2005).
Entre as possibilidades de salvar a humanidade, pode estar a intenção de humanizar o trabalho de saúde nas circunstâncias certas. A busca por formas efetivas de humanizar a prática em saúde implica uma abordagem crítica que permita a compreensão da temática para além de seus componentes técnicos, instrumentais, envolvendo prioritariamente as dimensões político-filosóficas que lhe dão sentido. Nessa abordagem, primeiro deve-se analisar o conhecimento já gerado sobre o assunto.
É nessa direção que a proposta deste estudo é enveredar pela análise da produção científica da enfermagem, sobre o tema “Humanização da Saúde”, publicada em periódico nacional, a fim de compreender quais conceitos de humanização têm sido formados, isto é, a humanidade transmitida por esses textos muda.
2. HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO À SAÚDE
A humanização é uma expressão de difícil conceituação devido ao seu caráter subjetivo, complexo e multidimensional. Em um contexto saudável e humanizado, a qualidade clínica dos profissionais supera em muito os requisitos de qualidade comportamental (REIS; MARAZINA; GALLO, 2015). O dicionário português define a palavra “humanização” como: criar humanidade, civilizar, condicionar o ser humano (FAIMAM et al., 2013). Pode-se dizer, assim, que a humanização é um processo em constante mudança, influenciado pelas circunstâncias em que ocorre, conduzido e obedecido apenas pelo próprio homem (TEIXEIRA, 2015). O Sistema Único de Saúde (SUS) concretiza profundamente os princípios e as diretrizes da grande política nacional de humanização da saúde, garante assistência médica universal, gratuita e integral, elimina a mendicância e transforma a saúde em direito (CASATE; CORRÊA, 2005).
No entanto, as enormes e longas filas na porta do serviço de saúde todos os dias mostram o distanciamento entre as recomendações humanizadas do SUS e a realidade sanitária nacional. As organizações de enfermagem têm muitas falhas que precisam ser apontadas (MARTINS, 2011). Por exemplo, longas esperas e demoras para consultas e exames, falta de instalações e equipamentos, despersonalização, falta de privacidade, superlotação, falta de preparo psicológico e de informações e falta de ética profissional de alguns profissionais. A humanização do atendimento implica uma mudança política, administrativa e subjetiva na forma como os próprios usuários veem as coisas, de objetos passivos a sujeitos; de carentes de caridade a exercitadores de direitos, que o direito de ser usuário de um serviço de garantia qualidade e segurança prestados por pessoal responsável (PESSINI et al., 2013).
Porém, quando se trata da desumanização dos profissionais de saúde da região, quando a desumanização desses trabalhadores é sistematicamente desumanizada e bloqueada, sobrecarga de atividade e função, dupla ou tripla jornada de trabalho, dificuldade de conciliar vida familiar e carreira, soa irônico que os salários e as precárias condições de trabalho levam ao desgaste físico e mental (TEIXEIRA, 2015). As instituições não oferecem ambiente adequado, recursos humanos e materiais quantitativos e qualitativos suficientes, o que dificulta a mudança de atividades dos profissionais (FAIMAM et al., 2013).
Ressalta-se que humanizar também significa investir nos trabalhadores para que possam prestar assistência humanizada (TEIXEIRA, 2015). Além disso, a arquitetura, decoração, dimensões, sala da unidade de atendimento são alguns itens importantes da parte física que influenciam muito na preparação do ambiente humano (BENEVIDES; PASSOS, 2005). O que se vê na maioria das unidades de saúde é um espaço físico temporário, inadequado e mal cuidado que impacta negativamente no acolhimento do usuário e interfere na qualidade do atendimento e impede ou até impede a privacidade dos procedimentos (REIS; MARAZINA; GALLO, 2015). A normalização, por sua vez, é um fato observado no cotidiano da prática em saúde, podendo levar à rigidez e despersonalização das relações (MARTINS, 2011).
Além disso, o modelo utilizado principalmente na área da saúde ainda estabelece que o profissional tem autoridade porque possui o conhecimento e as habilidades. Nesse contexto, à medida que os profissionais assumem a responsabilidade pela tomada de decisões, as pessoas podem facilmente deixar de ser o foco das atenções, passando a ser o “objeto” das atenções e a fonte de lucro, tornando-se dependentes e passivas na espera de profissionais saudáveis com “poder científico” acreditam que eles têm (FAIMAM et al., 2013). O “negócio” da doença acaba prevalecendo sobre a dignidade humana. Quando se trata da humanização do atendimento médico coletivo, significa que o atendimento deve ser firme e de qualidade, de forma que a saúde dos usuários passe a ser responsabilidade de todos os sujeitos sociais envolvidos no processo de trabalho (BETTINELLI; WASKIEVICZ; ERDMANN, 2003).
As equipes de saúde devem refletir e discutir como sua prática se relaciona com os usuários em todos os momentos. Da portaria ao escritório, da copa ao centro cirúrgico, do jardim à visita domiciliar. No entanto, recursos humanos e materiais adequados são necessários para atingir esses objetivos (REIS; MARAZINA; GALLO, 2015). É sabido que, na avaliação do público, há uma valorização maior da forma de atendimento, da capacidade demonstrada dos profissionais de saúde em entender suas necessidades e expectativas, do que a falta de médicos, a falta de espaço (PESSINI et al., 2013). Hospital, fora da medicina. Portanto, notou-se a insatisfação dos usuários, principalmente no que diz respeito ao relacionamento com os profissionais de saúde (FAIMAM et al., 2013).
Diante da necessidade de mudança assistencial no SUS, o Ministério da Saúde elaborou a Política Nacional de Humanização (PNH) ou Política de Humanização da Atenção na Gestão da Saúde do SUS (HumanizaSUS). A partir dessa proposta, a humanidade passa a ser definida como política, e não como procedimento, princípio norteador e forma de atuação centralizada nas relações dos diferentes participantes da rede do SUS (MARTINS, 2011). Com a implantação da PNH, o Ministério da Saúde espera consolidar quatro metas específicas: redução do tempo de espera em fila de espera; conhecimento dos usuários dos profissionais que cuidam de sua saúde; garantia da unidade de saúde de informação do usuário, garantia da participação da unidade de saúde em seu gerenciamento de funcionários e usuários e educação de longo prazo do pessoal (FORTES, 2014).
Atualmente, muitos estudos têm sido realizados para abordar o aspecto humano do ambiente hospitalar, porém, sabe-se que esse problema, a falta de humanização do atendimento, também se evidencia na base (PESSINI et al., 2013). Portanto, o objetivo da realização deste estudo foi investigar a produção científica no Brasil, com foco nos aspectos humanos dos usuários da atenção primária (BETTINELLI; WASKIEVICZ; ERDMANN, 2003).
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O objetivo geral deste trabalho consistiu em analisar a produção científica da enfermagem, acerca da temática humanização em saúde, veiculada em periódicos nacionais, na busca de compreender quais as concepções de humanização que vêm se configurando, ou seja, o que é a humanização veiculada nesses textos.
Trata-se de um estudo bibliográfico cuja trajetória metodológica a ser percorrida apoia-se nas leituras exploratória e seletiva do material de pesquisa, bem como em sua revisão integrativa, contribuindo para o processo de síntese e análise dos resultados de vários estudos, criando um corpo de literatura compreensível. O levantamento bibliográfico propriamente dito foi realizado através de base de dados da Scielo e PubMed, utilizando palavras-chaves como humanização/ saúde/enfermagem.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como todos sabemos, com a criação do SUS, foi dado um passo importante na modernização da ação de saúde em nosso país. Do ponto de vista da humanização do campo da saúde, questione-se: “Existe uma proposta de saúde mais humanizada do que a proposta de garantir o acesso universal, gratuito e integral à saúde para todos os brasileiros? proposta do que o processo de retirar o processo de mendigar, transformando em direitos? Isso é o que é o SUS” Porém, na prática, o que temos visto é que o SUS tem falhado em atingir seus objetivos devido a uma combinação de fatores, inclusive financeiros constrangimentos de recursos, administração do sector público e constrangimentos administrativos, constantes divisões políticas e má preparação dos profissionais (FAIMAM et al., 2013).
Em 2001, o Ministério da Saúde desenvolveu o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), que propôs mudanças nos padrões de atendimento aos usuários em ambientes hospitalares (PESSINI et al., 2013). Em 2003, com a nova gestão do Ministério da Saúde, foi lançada uma proposta para estender a humanização para além do ambiente hospitalar: a Política Nacional Humaniza para o SUS – Humaniza SUS. A política visa abranger todos os níveis de atenção à saúde, entendendo a humanização como uma transformação cultural (CASATE; CORRÊA, 2005).
No contexto da atenção básica, o HumanizaSUS recomenda o desenvolvimento de programas de terapia individual e em grupo para os usuários e suas redes sociais, formas de acolhimento e inclusão dos clientes, incentivo a práticas que reduzam o consumo de medicamentos, fortalecimento das relações entre equipe de saúde, usuários, além de para estabelecer um ambiente acolhedor. No entanto, mesmo com o objetivo de estender a humanização a outras prioridades de saúde, a PNH permanece profundamente enraizada no ambiente hospitalar (FORTES, 2014).
As apostilas foram elaboradas para esclarecer pontos específicos dessa política, e percebe-se que os esclarecimentos e exemplos são quase que exclusivamente voltados para esse atendimento. O termo humanização possui diferentes significados e entendimentos na área da saúde. A humanização da saúde tem como premissa a consideração da natureza do ser, o respeito à individualidade e a necessidade de criar um espaço concreto dentro de uma unidade de saúde que legitime a humanidade dos envolvidos (BETTINELLI; WASKIEVICZ; ERDMANN, 2003).
O pressuposto por trás de todo processo de Humane Care é ajudar as pessoas desfavorecidas a enfrentar os desafios de forma positiva. Para humanizar a relação entre serviços, profissionais de saúde e usuários, não basta considerar questões de responsabilidade para ajudar, respeito e pressupostos (FORTES, 2014). Na perspectiva da PNH, a humanidade deve ser vista como a força coletiva que impulsiona e orienta os movimentos das políticas públicas de humanização da saúde e da prática gerencial. Embora não haja nada específico sobre a humanização da atenção hospitalar que seja ineficaz para a atenção primária à saúde, algumas características da atenção primária merecem destaque, como, por exemplo, suas expressivas necessidades diante dos problemas de saúde mais comuns, muitas vezes nos “problemas da vida ” e limites da doença (PESSINI et al., 2013).
Muitas vezes, o acolhimento não é realizado de forma adequada e é considerado uma atividade realizada por um profissional específico em um espaço específico. O acolhimento deve ser encarado como uma habilidade conversacional que qualquer profissional pode utilizar a qualquer momento do atendimento, ao identificar, articular e negociar necessidades que possam ser atendidas (MARTINS, 2011).Todos nós sabemos que quando falamos em atenção primária à saúde, muitas vezes não estamos tratando de clientes doentes que buscam ajuda para tratamento (REIS; MARAZINA; GALLO, 2015). No avanço da política de saúde, o que se busca é justamente mudar a cultura da população e conscientizá-la sobre a importância de ações preventivas e de promoção da saúde. No entanto, acredita-se que muitos profissionais permanecem despreparados para esse tipo de atendimento por serem qualificados em formação especializada na ação terapêutica (CASATE; CORRÊA, 2005).
O resultado é uma importante oportunidade perdida de aumentar a eficiência dos serviços de saúde, reduzindo assim a necessidade de cuidados curativos e garantindo atendimento humanizado a quem realmente precisa. Alguns artigos abordaram a necessidade de dar qualidade às condições de trabalho apresentadas pelos profissionais de saúde. Ao longo da história, a atividade profissional na área da saúde passou por uma série de mudanças com consequências importantes (REIS; MARAZINA; GALLO, 2015). Dentre eles, destacam-se a perda salarial, a apropriação indevida do conhecimento médico por leigos principalmente por meio da mídia e o descrédito da imagem pessoal dos cuidadores em busca das melhores técnicas. O PSF constitui uma estratégia de mudança e reorganização do modelo assistencial brasileiro (PESSINI et al., 2013).
Um pilar importante sobre o qual este novo modelo de saúde é construído é o toque humano. A proposta do PSF visa criar um vínculo entre profissionais e usuários por meio de uma responsabilidade compartilhada para lidar com questões de saúde. Além disso, ao priorizar ações que promovam, protejam e restabeleçam a saúde do indivíduo e da família de forma holística e contínua, o PSF ganhou espaço e relevância em todo o Brasil, tornando-se indiscutivelmente uma importante estratégia de reestruturação dos modelos assistenciais. Essa estratégia não apenas melhorou o acesso das pessoas ao sistema de saúde, mas também melhorou muito a qualidade dos cuidados prestados (BETTINELLI; WASKIEVICZ; ERDMANN, 2003).
No entanto, sabe-se que mesmo essa nova forma de atendimento está distante dos princípios norteadores do SUS, validando a persistência da prática tradicional de que os usuários permanecem passivos nos serviços de saúde (REIS; MARAZINA; GALLO, 2015).
Portanto, há necessidade de sensibilizar os profissionais de saúde e a comunidade científica para a produção sobre esse tema, visto que a humanização está amplamente associada ao SUS (MARTINS, 2011). Diferentemente da atenção hospitalar, na atenção primária, as pessoas devem ser estimuladas a serem agentes de sua própria saúde e da saúde de suas comunidades. No que diz respeito às intervenções ambientais, o SUS desenvolve uma série de ações específicas e busca as articulações necessárias com outros setores, com o objetivo de criar condições indispensáveis para a promoção, proteção e recuperação da saúde (RIZZOTO, 2012). Nesse sentido, surge novamente a oportunidade de humanizar o cuidado, pois o usuário não é mais considerado passivo diante das intervenções de enfermagem, mas sim o principal responsável por sua saúde (CASATE; CORRÊA, 2005).
Quando se trata de humanização, muitos fatores subjetivos são discutidos. Talvez por isso, alguns artigos recorrem à filosofia ou à antropologia para estudar o tema. A ênfase na subjetividade é acentuada por categorias como união, responsabilidade e autonomia, pois não são categorias do mundo inerte, mas categorias inerentes ao sujeito. Há um aspecto relevante a ser considerado na atenção básica, a capacidade de agir coletivamente, ou seja, a capacidade de atingir grupos específicos de pessoas (BETTINELLI; WASKIEVICZ; ERDMANN, 2003). Dessa forma, a atenção básica pode contar com um importante aliado no processo de humanização, pois pode entrar no círculo de convivência do usuário.
A humanização das instituições de saúde perpassa a humanização de toda a sociedade. Não se deve esquecer que uma sociedade violenta, injusta e excludente interfere no funcionamento das instituições de saúde (MARTINS, 2011). Especialmente na atenção primária, o ambiente do paciente pode interferir diretamente nas ações de saúde. Seria, portanto, mais sensato focar na humanização dessa assistência (RIZZOTO, 2012). Acima de tudo, porém, é preciso proporcionar aos usuários e profissionais a oportunidade de existir e viver com dignidade (BETTINELLI; WASKIEVICZ; ERDMANN, 2003).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados mostram que os principais aspectos inerentes à humanização que esses estudos enfocam são: definições de termos, recomendações para humanização da assistência, dificuldades na implementação de ações de humanização e evolução das políticas de saúde e humanização no Brasil. os artigos encontrados Ambos revelam preocupações humanas sobre o que define o quê, sugerindo que os autores precisam conceituar o termo.
Evidentemente, é necessário ressignificar o termo humanização para melhor compreender a proposta e seu contexto no contexto da saúde brasileira. Percebe-se que a PNH ainda dá muita atenção ao ambiente hospitalar. Esse fato tem levado a reflexões sobre a necessidade urgente de estender a humanização do atendimento à população em todos os níveis de atenção à saúde. A Política Nacional de Humaniza do SUS – Humaniza SUS foi implantada em 2003 para abranger todos os níveis de atenção à saúde, mas representou apenas 27,3% do total de artigos encontrados. Esse fato pode ser explicado pelo tempo relativamente curto de disseminação e implementação da proposta em todo o país.
Outro aspecto mencionado nas publicações foi o acolhimento dos usuários dos serviços de saúde, que foi citado em 36,3% dos artigos, confirmando ser esta uma forma bastante específica de humanização na atenção básica. É importante destacar que a qualidade das condições de trabalho dos profissionais de saúde também foi tema de discussão, destacando-se em 36,3% das publicações. Não há dúvida de que garantir melhores condições de trabalho e estratégias de reconhecimento e valorização dos profissionais implica respeito e, portanto, um ambiente de trabalho mais humano. Verificou-se que apenas 18,2% dos artigos relacionavam temas de humanização às estratégias do PSF. Tendo em vista a proposta do PSF, que estabelece em seu cerne a articulação entre profissionais de saúde e usuários, e a responsabilidade compartilhada no enfrentamento dos problemas de saúde da comunidade, considera-se baixo o número de publicações nessa área.
Observou-se também que 18,2% dos artigos enfatizaram questões filosóficas e antropológicas para estudar propostas de humanização, indicando a subjetividade do tema. Tendo em vista que esses resultados revelam pouca produção científica sobre temas-chave, recomenda-se a realização de pesquisas voltadas para a humanização da atenção primária à saúde para subsidiar a avaliação, reestruturação e implementação efetiva da PNH nas unidades de saúde subsidiadas.
REFERÊNCIAS
BETTINELLI, L.A.; WASKIEVICZ, J.; ERDMANN, A.L. Humanização do cuidado no ambiente hospitalar. Mundo Saúde. 2003.
BENEVIDES, R.; PASSOS, E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Rev. Ciênc. Saúde Coletiva. 2005.
CASATE, J.C.; CORRÊA, A.K. Humanização do atendimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Rev. Latino-americana. Enferm. 2005.
FAIMAM, C.S; DANESI, D.; RIOS, I.C.; ZAHER, V.L. Os cuidadores: a prática clínica dos profissionais de saúde. Mundo Saúde. 2013.
FORTES, P.A.C. Ética, direitos dos usuários e políticas de humanização da atenção à saúde. Saúde e Sociedade. 2014.
MARTINS, M.C.F.N. Humanização das relações assistenciais: a formação dos profissionais de saúde. São Paulo (SP): Casa do Psicólogo; 2011.
PESSINI, L.; PEREIRA, L.L.; ZAHER, V.L.; SILVA, M.J.P. Humanização em saúde: o resgate do ser com competência científica. Mundo Saúde. 2013.
RIZZOTO, M.L.F. As políticas de saúde e a humanização da assistência. Rev. Bras. Enferm. 2012.
TEIXEIRA, R.R. Humanização e atenção primária à saúde. Rev. Ciênc. Saúde Coletiva. 2015 Jul-Set; 10 (3): 585-97.
REIS, A.O.A.; MARAZINA, I.V.; GALLO, P.R. A humanização na saúde como instância libertadora. Saúde Socied. 2014.
1Doutora Em Ciências Da Educação – Faculdade Doctum De Caratinga/Mg
2Enfermeiro Especialista – Faculdade Doctum De Caratinga/Mg
3Graduando Em Medicina – Universidade De Caratinga/Mg
4Mestra Em Saúde Coletiva – Faculdade Doctum Caratinga/Mg
5Graduanda Em Medicina – Centro Universitário De Caratinga/Mg
6Graduanda Em Medicina – Centro Universitário De Caratinga/Mg
7Graduanda Em Medicina – Centro Universitário De Caratinga/Mg
8Fisioterapeuta – Faculdade Doctum Caratinga/Mg
9Graduanda Em Medicina – Centro Universitário De Caratinga/Mg
10Graduanda Em Medicina – Centro Universitário De Caratinga/Mg