HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA  

HUMANIZATION OF CARE IN INTENSIVE CARE UNITS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10367459


Werllison Mateus Silva Lobato1; Denize Oliveira Galvão2; Elisandra Damasceno Pereira Morais3; Ana Wilma de Lima Inete4; Thayse do Socorro Pereira de Souza5; Helena Beatriz Marques Macedo6; Jose Paula Farias Andrade7; Samara Pamplona Costa Costa8; Ana Paula de Nazaré Soares Rego9; Aline de Oliveira Sampaio10; Victória Nogueira Castro11; Jessica Brenda Santos Viana de Castro12; Elizabeth dos Santos Silva Lobato13


RESUMO 

Introdução: A humanização é definida como um conjunto de ações que engloba não só o  atendimento de qualidade através de um suporte tecnológico eficaz, mas também o cuidado ao  paciente e seus familiares através do acolhimento efetivo e do respeito ético e cultural dos  pacientes, a UTI foi criada devido a necessidade de aperfeiçoamento na assistência à pacientes  graves ou potencialmente graves e conta com instrumentos tecnológicos e com o  aprimoramento das habilidades dos profissionais para o atendimento adequado às  necessidades de cuidados complexos. Objetivo: Evidenciar através da literatura científica a  importância da humanização no cuidado em Unidades de Terapia Intensiva. Método: Revisão  integrativa da literatura, a partir de buscas nas bases de dados SCIELO (Scientific Electronic  Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). A amostra final foi composta por cinco artigos que melhor abordavam a temática proposta.  Resultados e Discussão: O tratamento humanizado deve incluir atividades relacionadas à  avaliação e ao respeito ao paciente, ao seu contexto familiar e social, bem como à unidade de  terapia intensiva e à própria equipe de saúde, a humanização deve ir além do foco do usuário e  atentar para as condições, condições de trabalho favoráveis condições e satisfação  profissional, que se reflete na qualidade do serviço prestado. Conclusão: Este estudo  oportunizou perceber, a humanização é de extrema importância em diversos setores hospitalares, porém, na UTI ela tem se tornado a base de todo o cuidado que é realizado no  setor, visto que o ambiente que pacientes e familiares vivenciam pode ser visto como doloroso  e amedrontador. 

Palavras-chave: Humanização da Assistência; Pacientes Internados; Unidades de Terapia  Intensiva. 

SUMMARY 

Introduction: Humanization is defined as a set of actions that encompass not only quality  care through effective technological support, but also care for patients and their families  through effective reception and ethical and cultural respect for patients, the ICU It was created  due to the need to improve care for serious or potentially serious patients and has  technological instruments and the improvement of professionals’ skills to adequately meet  complex care needs. Objective: To highlight through scientific literature the importance of  humanization in care in Intensive Care Units. Method: Integrative literature review, based on  searches in the databases SCIELO (Scientific Electronic Library Online) and LILACS (Latin  American and Caribbean Literature in Health Sciences). The final sample was made up of five  articles that best addressed the proposed theme. Results and Discussion: Humanized  treatment should include activities related to the evaluation and respect for the patient, his  family and social context, as well as for the intensive care unit and the health team itself,  humanization should go beyond the focus of the user and pay attention to the conditions,  favorable working conditions, conditions and professional satisfaction, which is reflected in  the quality of the service provided. Conclusion: This study made it possible to understand  that humanization is extremely important in several hospital sectors, however, in the ICU it  has become the basis of all care that is carried out in the sector, since the environment that  patients and families experience can be seen as painful and frightening. 

Keywords: Humanization of Assistance; Inpatients; Intensive Care Units.

1 INTRODUÇÃO 

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi projetada como uma unidade de  monitoramento de pacientes críticos com base no trabalho de Florence Nightingale em 1954,  durante a Guerra da Crimeia. Durante a guerra, os soldados feridos morreram em condições precárias, mas um tratamento baseado na gravidade garantiu um tratamento mais complexo e  especializado, onde os doentes mais graves estavam próximos do tratamento com  acompanhamento constante, Florence conseguiu reduzir a mortalidade (SANTOS et al.,  2020). 

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local para pacientes graves e  convalescentes que exige cuidados contínuos e de qualidade para esses pacientes. A Unidade  de Cuidados Intensivos nasceu da necessidade de melhorar o atendimento a pacientes graves  ou potencialmente críticos e dispõe de equipamento tecnológico e competências  especializadas para responder às necessidades de cuidados complexos (BRILL et al., 2021). 

A humanização do cuidado tornou-se um tema cada vez mais importante nos últimos  anos. No Brasil falamos em humanização desde a década de 1990, pois naquela época se  falava muito em ajuda impessoal e não humana na área da saúde. O Programa Nacional de  Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) tem como objetivo incentivar a mudança  da cultura do cuidado nos serviços de saúde, introduzindo novas formas de ser e de agir,  sustentadas no respeito pela vida e pela pessoa independente e valiosa (SILVA; MAGALHÃES, 2019). 

A humanização é definida como um conjunto de medidas que incluem não apenas um  atendimento de qualidade por meio de suporte tecnológico eficaz, mas também o cuidado aos  pacientes e seus familiares por meio de internações eficazes e respeito ético e cultural aos  pacientes. Assim, entende-se a importância do acesso à tecnologia como uma ferramenta  importante na recuperação de pacientes internados, especialmente em unidades de terapia  intensiva, devido à sua situação clínica, o que significa conhecimento e educação da equipe  multidisciplinar diante desse cenário. Igualmente importante, porém, quanto a essa capacidade  é a necessidade de cuidar das pessoas de uma forma humanizada (BRILL et al., 2021). 

Nesse cenário, a proposta de humanização do trabalho em saúde surge no cenário das  políticas públicas como uma oportunidade para propor, discutir e implementar um processo de  mudanças na cultura do cuidado que se aplica a toda a rede do Sistema Único de Saúde  (SUS). Por isso, o Ministério da Saúde instituiu a PNHAH em 2003 para humanizar o  tratamento hospitalar dos pacientes (SANTOS et al., 2022). 

Na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), a humanização torna-se ainda mais  importante por ser um ambiente estressante para os pacientes e seus familiares. O tratamento  humanizador parece referir-se à promoção da atenção, da responsabilidade, do bom  atendimento, da consideração das peculiaridades de cada indivíduo e, sobretudo, do cuidado  geral do bebê e da família. A importância do atendimento humanizado neste setor é significativa por se tratar de um ambiente complexo que causa estresse não só aos bebês, mas  também aos pais e profissionais (SILVA; MAGALHÃES, 2019). 

A UTIA (Unidade de Terapia Intensiva Adulto) é um ambiente muitas vezes muito  estressante para os pacientes, seus familiares e a equipe de saúde que atua no campo. O medo  e a tensão estão relacionados ao quadro clínico dos clientes, que exige um tratamento bastante  complexo e tecnologicamente rigoroso. A humanização é uma ação essencial na terapia  intensiva, é necessário cuidar do cliente como um todo, e não apenas direcionar a atenção para  o foco do problema. O especialista também deve avaliar a rede de apoio do paciente, manter  anseios e estabelecer conexões para melhorar a qualidade do atendimento (SANTOS et al.,  2022). 

Na terapia intensiva é importante que a prática da humanização vá além do tratamento  de todos os pacientes, deve ocorrer também entre a equipe multidisciplinar. Portanto, tal  política é extremamente necessária para cuidar de pacientes graves que necessitam de mais  atenção para estabilizar sua saúde física, reduzindo assim as consequências psicológicas e emocionais dos problemas causados pela experiência, muitas vezes prolongado na unidade de  terapia intensiva, além de proporcionar uma melhor chance de sobrevivência (DIAS et al.,  2022). 

Com base nisso, a pergunta norteadora que irá direcionar este estudo é: Qual a  importância da humanização do cuidado em unidades de terapia intensiva? Esta pesquisa justifica-se devido a importância de enfatizar o cuidado humanizado do  profissional de saúde em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), tendo em vista o ambiente  estressante que a UTI é para o paciente e até mesmo para o familiar/acompanhante. Diante do exposto, o objetivo desse estudo é evidenciar através da literatura científica  a importância da humanização no cuidado em Unidades de Terapia Intensiva. 

2 METODOLOGIA 

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão integrativa da literatura sobre o  tema exposto, cujas fontes de pesquisa foram as seguintes bases de dados: SCIELO (Scientific  Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências  da Saúde). Os descritores utilizados na pesquisa foram Assistência Hospitalar, Humanização  da Assistência e Pacientes Internados. Foram encontrados aproximadamente 15.800 artigos  dos últimos cinco anos e somente da língua portuguesa, em seguida foram selecionados os  cinco artigos que melhor abordavam o conteúdo escolhido para a elaboração deste trabalho. 

A realização da revisão seguiu as seguintes etapas: escolha do tema, identificação do  problema, criação do plano de assunto, formulação das hipóteses, identificação do objetivo  geral e dos objetivos específicos, a escolha do tipo de pesquisa, a escolha da metodologia para  a coleta de dados, estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, seleção dos estudos,  avaliação dos resultados e análises e a apresentação das evidências encontradas. 

Nos critérios de inclusão utilizou-se os artigos indexados de 2019 a 2023, em  periódicos nacionais e internacionais, disponibilizados na íntegra (texto completo e acesso  livre), em português, que respondiam à temática do estudo. Já para os critérios de exclusão  foram direcionados ao material publicado em anos anteriores a 2019, pois se entende a  importância de apresentar discussões mais recentes, artigos que não abordavam diretamente a  temática proposta, e textos que se encontravam incompletos; indisponíveis na íntegra on-line,  que não forneciam informações suficientes acerca da temática do estudo. 

Nesse estudo, será utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin, essa técnica é  composta por três fases: pré-análise, exploração do material, para categorização ou  codificação, e tratamento dos resultados, mediante inferências e interpretação. Na pré-análise,  o pesquisador organiza o material para que se torne útil à pesquisa e realiza leitura flutuante.  Na sequência, temos a exploração do material, fase que tem por finalidade a categorização ou  codificação no estudo, sendo definido por categorias (sistemas de codificação). Por fim, na  terceira fase, busca-se a significação de mensagens, intuição, análise reflexiva e crítica. Nesta  fase, o tratamento dos resultados tem a finalidade de constituir e captar os conteúdos contidos  em todo o material coletado, a partir de inferências e interpretação (BARDIN, 2016). 

3 REFERENCIAL TEÓRICO 

3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor hospitalar complexo onde o  principal objetivo é manter a vida e tentar garantir a recuperação de pacientes que necessitam  de uma dedicação mais intensiva por parte da equipe de saúde. É um ambiente de referência  quando se trata de cuidados críticos, e exige um conhecimento especializado e contínuo, composto por equipe multiprofissional, sendo esta formada por médicos, enfermeiros,  técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e nutricionistas, por exemplo (CASTRO et al.,  2021).

A UTI é um espaço de alta complexidade, onde uma ampla estrutura e o uso de  tecnologias voltadas para o cuidado em saúde buscam garantir a monitorização contínua e  manutenção das funções vitais de pacientes graves, objetivando sua recuperação. Pacientes  críticos, por muitas vezes, encontram-se inconscientes de forma temporária ou permanente  devido a eventos traumáticos de origem patológica ou acidental, em uso de dispositivos e  necessitando de procedimentos altamente invasivos. São habilidades essenciais aos  profissionais de saúde atuantes neste contexto, o domínio das tecnologias de cuidado e  capacidade de avaliação clínica criteriosa. Somadas às habilidades técnicas, a comunicação  interpessoal e condutas humanizadas com pacientes, familiares e/ou cuidadores é  extremamente fundamental, pois fortalece o processo do cuidado (DIAS; SIQUEIRA, 2023). 

3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO 

As ações de humanizar a assistência trazem a necessidade de dialogar com a qualidade  dos cuidados ofertados aos pacientes e para seus familiares. Na formulação da denominada  Política Nacional de Humanização (PNH) em 2003, também conhecida como HumanizaSUS,  mostrou-se que a humanização poderia ser inserida na rotina de toda a rede do Sistema Único  de Saúde, e não apenas na área hospitalar (CASTRO et al., 2021). 

A humanização deveria ser exaltada como uma abordagem assistencial com intuito  de direcionar a individualidade do paciente e adequar-se a singularidade pessoal, e não  ser estabelecida apenas como um protocolo. Nesse contexto, o envolvimento entre equipe e  usuário assegura que a família seja compreendida e sua opinião seja validada (MARTINS et  al., 2022). 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Durante a busca de literaturas para compor os dados desta revisão integrativa,  utilizando os descritores já mencionados e em concordância com os critérios de inclusão e  exclusão previamente estabelecidos, encontrou-se um total de 15.800 estudos relacionados ao  tema alvo dessa discussão. 

Conforme mostra o fluxograma (Figura 1) a seguir, após a leitura de títulos foram  excluídas 15.800 pesquisas duplicadas, e que estavam presentes em duas ou mais bases de  dados ou que estavam completamente fora da temática abordada. Esse número foi reduzido  para 700 artigos, que seguiram para análise de resumos. A partir dessa análise, foram excluídos 583, restando apenas 117 artigos a serem lidos na íntegra. Destes, 112 artigos foram  excluídos por não serem condizentes com o tema da pesquisa e não correspondiam aos  objetivos deste estudo. Desse modo, após a leitura aprofundada e completa, foram  selecionados 5 artigos para compor a amostra, os quais correspondiam com o objetivo do  estudo. 

Notou-se que os 5 artigos analisados foram publicados em Revistas de Enfermagem, Medicina, Saúde e Pesquisa em 5 periódicos diferentes. Os 5 artigos foram encontrados em  periódicos diferentes, que são: Revista Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, Revista Disciplinarum Scientia, Revista Pró-univerSuS, Revista Enfermagem Brasil e Revista  Eletrônica Acervo Saúde. 

Para uma análise mais eficaz das informações encontradas nos artigos selecionados,  foram criados 2 quadros sintetizando as informações mais importantes a serem discutidas. No quadro 1 estão os dados dos artigos selecionados conforme: autores e ano, título e  periódico. 

Quadro 1 – Caracterização dos Artigos da Revisão Integrativa de Literatura, anos 2019-2023

Nº Autores, Ano Título Periódico
1SILVA;  MAGALHÃES,  2019.O Cuidado Humanizado na Unidade de  Terapia Intensiva Neonatal.Revista Pró-univerSuS
2SANTOS et al.,  2020.Uma análise acerca da humanização da  assistência em unidades de terapia intensiva. Revista Eletrônica Acervo Saúde
BRILL et al., 2021.Humanização do cuidado em Unidade de  Terapia Intensiva: potencialidades, desafios  e estratégias.Revista Disciplinarum Scientia
DIAS et al., 2022.Humanização do cuidado em Unidade de  Terapia Intensiva: revisão integrativa da  literatura.Revista Pesquisa, Sociedade e  Desenvolvimento
5SANTOS et al.,  2022. Humanização no cuidado na UTI adulto.Revista Enfermagem Brasil

FONTE: Elaborado pelos autores (2023) 

No quadro 2 estão os dados dos artigos selecionados conforme: autores e ano,  objetivo, resultados e conclusão. 

Quadro 2 – Contribuição dos Estudos da Revisão Integrativa de Literatura, anos 2019-2023

Nº Autores, Ano Objetivo Resultados Conclusão
1SILVA;  MAGALHÃE,  2019.“Identificar e 
caracterizar o 
cuidado 
humanizado na unidade de terapia intensiva neonatal”.
“Este estudo deixou claro que  a humanização é muito importante em muitos setores  hospitalares, mas na Unidade  de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) ela se tornou a base  do tratamento em todos os setores, pois o ambiente que os  pacientes e familiares   vivenciam é considerado 
doloroso e assustador.”
“A partir das informações que encontramos, pode-se concluir que a  humanização é um tema  discutido há muito tempo  e sua importância no  ambiente da UTIN é 
insubstituível, cabendo aos gestores e às equipes  implementar métodos de  humanização do cuidado”.
2SANTOS et al.,  2020.“Identificar as  principais  evidências  científicas sobre a  humanização do cuidado nas 
Unidades de Terapia Intensiva nos  últimos cinco anos.”
“A revisão identificou 11  artigos. Um dos principais objetivos do cuidado 
humanizado em unidades de  terapia intensiva enfatizados está relacionado à necessidade de preservar a dignidade humana e respeitar seus 
direitos em todas as fases da  vida. que o sucesso nas 
unidades de saúde é alcançado não apenas individualmente,  mas também coletivamente,  pessoalmente e  estruturalmente.”
“Com este estudo pudemos constatar que para humanizar o cuidado  nas unidades de terapia  intensiva é necessário aliar o uso da tecnologia  existente à empatia, reforçando o que se entende sobre o cuidado,  que deve ser entendido  como seguro. que seja responsável e ético para os  indivíduos.”
3BRILL et al.,  2021.“Identificar as  oportunidades, os  desafios/fragilidades que a equipe de enfermagem  vivencia no  processo de humanização da UTI, e as estratégias que utiliza no  processo”.“Os resultados permitiram  conhecer as possibilidades: a  importância da humanização  na terapia intensiva; humanizar  o ambiente de terapia  intensiva; avaliar a história de  vida de cada paciente; a importância da família no  processo humano. Fraquezas:  sobrecarga de especialistas da UTI; deficiência no processo de educação continuada;  
percepção da família como  obstáculo ao bom andamento  do trabalho dos especialistas  em terapia intensiva; A UTI é  vista como um ambiente 
mecânico e hostil. Estratégias:  cuidado/ajuda familiar; e  atividades de educação  continuada com equipes de UTI.”
“Conclui-se que as oportunidades,  
desafios/fragilidades e estratégias identificadas  neste estudo afetam direta  ou indiretamente o processo de humanização  do cuidado crítico”.
4DIAS et al.,  2022.“O objetivo deste  estudo é demonstrar  a prática de 
humanização do cuidado em terapia intensiva com base na literatura científica”.
“Os resultados mostram que  existem dificuldades na  implementação do tratamento  em cuidados intensivos, mas,  apesar disso, os profissionais  têm uma boa compreensão do tipo de política que ajuda a  implementar eficazmente as  estratégias necessárias”.“Concluindo, apesar das  dificuldades na  implementação de tal  política, a pesquisa  demonstra os enormes  benefícios da 
humanização do atendimento aos pacientes na UTI, incluindo a  redução do sofrimento”.
5SANTOS et al.,  2022.“Identificar 
estratégias em prol  da aplicabilidade do  cuidado 
humanizado de Enfermagem na literatura científica analisando
como é  implementado na  Unidade de Terapia  Intensiva Adulto.”
“Ao analisar os dados,  descobrimos formas de 
humanizar o atendimento aos  pacientes adultos da UTI e a  importância da equipe de apoio  à família como parte do  cuidado prestado”.
“A humanização deve  focar não só no paciente,  mas também nos 
familiares que sofrem durante a internação e nos  profissionais de saúde que, como protagonistas desse processo,  necessitam de 
reconhecimento e reconhecimento pelo seu trabalho”.

FONTE: Elaborado pelos autores (2023) 

A humanização visa prestar um atendimento de excelência, utilizar controles  adequados, reduzir o risco do cliente e aumentar a satisfação do cliente e da família. O que  contribui muito para o nível de assistência (SANTOS et al., 2022). 

De acordo com Brill et al. (2021), o cuidado humanizado é o cuidado ao paciente  como um todo, que leva em consideração tanto o contexto familiar quanto o social, incluindo  a análise das necessidades da família e da equipe de saúde, focando principalmente na ajuda  empática e nas atividades de bem-estar, respeito, comprometimento, sensibilidade e  solidariedade. 

A prática da humanização refere-se às atividades realizadas no cuidado diário da saúde  de um indivíduo, segundo pesquisas, permitir a interação nas conversas cotidianas dos  pacientes dá oportunidade de auto expressão até mesmo aos inconscientes, onde pode-se trazer  conforto e reduzir a ansiedade e angústias (SANTOS et al., 2020). 

Para Dias et al. (2022), o atendimento humanizado é baseado no comprometimento  profissional. Na unidade de cuidados intensivos, devem ser exploradas todas as situações em  que o cliente possa comunicar, através do diálogo, da escrita ou mesmo do pensamento e da  tomada de decisões. 

Corroborando com o estudo de Silva e Magalhães (2019), os trabalhadores da saúde  caracterizam a humanização como um esforço para obter o máximo de conforto possível para o paciente e sua família, valorizando a pessoa independente da situação. Portanto, é útil  implementar estratégias nesse tratamento, como: marcar horários de visita, conversar com a  família para tranquilizá-la, esclarecer dúvidas, saber o estado atual de saúde do paciente e o  tratamento realizado. 

Com isso, Brill et al. (2021) também evidencia que, o tratamento humanizado deve  incluir atividades relacionadas à avaliação e ao respeito ao paciente, ao seu contexto familiar e  social, bem como à unidade de terapia intensiva e à própria equipe de saúde, a humanização  deve ir além do foco do usuário e atentar para as condições, condições de trabalho favoráveis  condições e satisfação profissional, que se reflete na qualidade do serviço prestado. 

Ao tratar da questão da humanização é importante criar uma boa comunicação entre os  membros da equipe, pois a unidade de terapia intensiva é um ambiente estressante para os  profissionais, pois cuidam de pacientes graves, onde muitas vezes não sobrevivem, por isso é  importante reter profissionais e ter conhecimento das técnicas e procedimentos utilizados, o  que leva à qualidade e perfeição do atendimento, o que exige formação contínua sobre esses  assuntos (DIAS et al., 2022). 

Santos et al. (2022) ainda evidencia em seu estudo que, a importância da atuação  humanizada da equipe multidisciplinar, incluindo a oferta de apoio emocional, com o objetivo  de minimizar experiências negativas que impeçam a hospitalização nessas áreas. A empatia e  a comunicação devem ser utilizadas na implementação das medidas necessárias nesta área,  mesmo que o paciente não esteja sensível no momento, deve dizer quais os passos e quais as  medidas que pretende tomar. 

O tratamento humanizado é realizado por meio de gestos simples, durante os quais o  quadro clínico dos pacientes melhora significativamente e o tempo de internação é encurtado.  É preciso extrapolar as ações individuais para construir processos coletivos envolvendo todos  os ajudantes (SILVA; MAGALÃES, 2019). 

O tratamento das pessoas em cuidados intensivos visa melhorar a sua qualidade de  vida e bem-estar, tendo em conta as especificidades e complexidades do paciente. Da mesma  forma, os profissionais de saúde traduziram o conceito de humanização para buscar conforto  tratado de todas as formas para criar condições humanas, agindo com gentileza natural.  Assim, percebe-se que os conceitos de humanização dos trabalhadores da saúde se aproximam  dos princípios do Programa Nacional de Humanização (PNH), que valoriza a pessoa como  única, independente de suas relações interpessoais (SANTOS et al., 2020). 

Para humanizar o tratamento, é necessário avaliar o paciente a partir de seus aspectos  biopsicossociais e de uma biópsia mental, entendendo que no caso da terapia intensiva, a internação leva à interrupção dos ciclos do indivíduo e, portanto, a consequências  psicológicas, considerar práticas humanizadas que demonstram práticas de cuidado que  reduzam o estresse do paciente e da família durante a internação hospitalar (BRILL et al.,  2021). 

5 CONCLUSÃO 

Com base nos artigos analisados, concluiu-se que humanizar o cuidado vai além da  alta tecnologia, das ferramentas ou do cuidado de enfermagem. Humanizar envolve olhar e  ouvir o sujeito para responder com empatia às suas demandas.  

Comparando os estudos de diferentes autores, pode-se afirmar que o principal  objetivo da política humanitária é identificar as necessidades de saúde para que cuidados  especiais possam ser prestados de forma adequada, ética e empática. É importante que a  prática da humanização no tratamento ocorra fora do atendimento ao paciente, ocorra também  em uma equipe multidisciplinar atuante. Com base nos resultados da pesquisa, fica evidente  que existem dificuldades na implementação desta prática, a maior dificuldade é a falta de  comunicação e ambiente desfavorável. Apesar disso, estudos têm demonstrado enormes  benefícios que a prática da humanização traz ao paciente, incluindo redução do sofrimento.  

Este estudo possibilitou compreender que a humanização é muito importante em  diversos setores hospitalares, mas na terapia intensiva tornou-se a base do cuidado em todo o  campo, pois o ambiente vivenciado pelos pacientes e familiares pode ser visto como  doloroso e assustador. 

Embora valha a pena ressaltar que o número de publicações sobre a humanização dos  cuidados críticos é crescente, ainda são necessárias pesquisas e esforços para estimular a  discussão sobre esse tema que aumente a conscientização da equipe de saúde, a valorização e  a valorização do cuidado humanizado ao paciente. 

REFERÊNCIAS 

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. 3ª reimp. 1ª ed. 2016. 

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CASTRO, L. P.; ARAÚJO, A. H. I. M. de; MENDES, M. I. de O. I. PAPEL DO GESTOR  EM SAÚDE NA HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO EM UNIDADE DE TERAPIA  INTENSIVA (UTI): UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Revista JRG de Estudos  Acadêmicos, Brasil, São Paulo, v. 4, n. 8, p. 86–96, 2021. 

DIAS, B. L.; SIQUEIRA, D. S. HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO EM UNIDADES DE  TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista FT, 2023. 

DIAS, D. M.; BARRETO, J. C.; SILVA, J. H. R. da; BARBOSA, C. E da. S.; SANTOS, W.  A. B. V.; MORAIS, M. G. C.; MORAIS, T. L. C.; SOUZA, L. F. C de; FREITAS, V. de S.;  ALVES, F. P. de A.; ARAÚJO, B. da C.; SILVA, G. O. Humanização do cuidado em  Unidade de Terapia Intensiva: revisão integrativa da literatura. Pesquisa, Sociedade e  Desenvolvimento, v. 4, 2022.  

MARTINS. C. D. F. H. da S.; COSTA, S. C. da; MELO, A. G.; TORRES, A. S. P.  HUMANIZAÇÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO  PREMATURO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL. Revista  Faculdades do Saber, v. 7, n. 14, 2022. 

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SILVA, J. S. L. G.; MAGALHÃES, S. G. da S. O Cuidado Humanizado na Unidade de  Terapia Intensiva Neonatal. Revista Pró-univerSuS, v. 10 n. 1, 2019. 


1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12Graduando em Enfermagem Universidade da Amazônia – UNAMA;
13Graduada em Enfermagem Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN