HUMANIZATION OF CARE IN INTENSIVE CARE UNITS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10367459
Werllison Mateus Silva Lobato1; Denize Oliveira Galvão2; Elisandra Damasceno Pereira Morais3; Ana Wilma de Lima Inete4; Thayse do Socorro Pereira de Souza5; Helena Beatriz Marques Macedo6; Jose Paula Farias Andrade7; Samara Pamplona Costa Costa8; Ana Paula de Nazaré Soares Rego9; Aline de Oliveira Sampaio10; Victória Nogueira Castro11; Jessica Brenda Santos Viana de Castro12; Elizabeth dos Santos Silva Lobato13
RESUMO
Introdução: A humanização é definida como um conjunto de ações que engloba não só o atendimento de qualidade através de um suporte tecnológico eficaz, mas também o cuidado ao paciente e seus familiares através do acolhimento efetivo e do respeito ético e cultural dos pacientes, a UTI foi criada devido a necessidade de aperfeiçoamento na assistência à pacientes graves ou potencialmente graves e conta com instrumentos tecnológicos e com o aprimoramento das habilidades dos profissionais para o atendimento adequado às necessidades de cuidados complexos. Objetivo: Evidenciar através da literatura científica a importância da humanização no cuidado em Unidades de Terapia Intensiva. Método: Revisão integrativa da literatura, a partir de buscas nas bases de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). A amostra final foi composta por cinco artigos que melhor abordavam a temática proposta. Resultados e Discussão: O tratamento humanizado deve incluir atividades relacionadas à avaliação e ao respeito ao paciente, ao seu contexto familiar e social, bem como à unidade de terapia intensiva e à própria equipe de saúde, a humanização deve ir além do foco do usuário e atentar para as condições, condições de trabalho favoráveis condições e satisfação profissional, que se reflete na qualidade do serviço prestado. Conclusão: Este estudo oportunizou perceber, a humanização é de extrema importância em diversos setores hospitalares, porém, na UTI ela tem se tornado a base de todo o cuidado que é realizado no setor, visto que o ambiente que pacientes e familiares vivenciam pode ser visto como doloroso e amedrontador.
Palavras-chave: Humanização da Assistência; Pacientes Internados; Unidades de Terapia Intensiva.
SUMMARY
Introduction: Humanization is defined as a set of actions that encompass not only quality care through effective technological support, but also care for patients and their families through effective reception and ethical and cultural respect for patients, the ICU It was created due to the need to improve care for serious or potentially serious patients and has technological instruments and the improvement of professionals’ skills to adequately meet complex care needs. Objective: To highlight through scientific literature the importance of humanization in care in Intensive Care Units. Method: Integrative literature review, based on searches in the databases SCIELO (Scientific Electronic Library Online) and LILACS (Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences). The final sample was made up of five articles that best addressed the proposed theme. Results and Discussion: Humanized treatment should include activities related to the evaluation and respect for the patient, his family and social context, as well as for the intensive care unit and the health team itself, humanization should go beyond the focus of the user and pay attention to the conditions, favorable working conditions, conditions and professional satisfaction, which is reflected in the quality of the service provided. Conclusion: This study made it possible to understand that humanization is extremely important in several hospital sectors, however, in the ICU it has become the basis of all care that is carried out in the sector, since the environment that patients and families experience can be seen as painful and frightening.
Keywords: Humanization of Assistance; Inpatients; Intensive Care Units.
1 INTRODUÇÃO
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi projetada como uma unidade de monitoramento de pacientes críticos com base no trabalho de Florence Nightingale em 1954, durante a Guerra da Crimeia. Durante a guerra, os soldados feridos morreram em condições precárias, mas um tratamento baseado na gravidade garantiu um tratamento mais complexo e especializado, onde os doentes mais graves estavam próximos do tratamento com acompanhamento constante, Florence conseguiu reduzir a mortalidade (SANTOS et al., 2020).
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local para pacientes graves e convalescentes que exige cuidados contínuos e de qualidade para esses pacientes. A Unidade de Cuidados Intensivos nasceu da necessidade de melhorar o atendimento a pacientes graves ou potencialmente críticos e dispõe de equipamento tecnológico e competências especializadas para responder às necessidades de cuidados complexos (BRILL et al., 2021).
A humanização do cuidado tornou-se um tema cada vez mais importante nos últimos anos. No Brasil falamos em humanização desde a década de 1990, pois naquela época se falava muito em ajuda impessoal e não humana na área da saúde. O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) tem como objetivo incentivar a mudança da cultura do cuidado nos serviços de saúde, introduzindo novas formas de ser e de agir, sustentadas no respeito pela vida e pela pessoa independente e valiosa (SILVA; MAGALHÃES, 2019).
A humanização é definida como um conjunto de medidas que incluem não apenas um atendimento de qualidade por meio de suporte tecnológico eficaz, mas também o cuidado aos pacientes e seus familiares por meio de internações eficazes e respeito ético e cultural aos pacientes. Assim, entende-se a importância do acesso à tecnologia como uma ferramenta importante na recuperação de pacientes internados, especialmente em unidades de terapia intensiva, devido à sua situação clínica, o que significa conhecimento e educação da equipe multidisciplinar diante desse cenário. Igualmente importante, porém, quanto a essa capacidade é a necessidade de cuidar das pessoas de uma forma humanizada (BRILL et al., 2021).
Nesse cenário, a proposta de humanização do trabalho em saúde surge no cenário das políticas públicas como uma oportunidade para propor, discutir e implementar um processo de mudanças na cultura do cuidado que se aplica a toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, o Ministério da Saúde instituiu a PNHAH em 2003 para humanizar o tratamento hospitalar dos pacientes (SANTOS et al., 2022).
Na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), a humanização torna-se ainda mais importante por ser um ambiente estressante para os pacientes e seus familiares. O tratamento humanizador parece referir-se à promoção da atenção, da responsabilidade, do bom atendimento, da consideração das peculiaridades de cada indivíduo e, sobretudo, do cuidado geral do bebê e da família. A importância do atendimento humanizado neste setor é significativa por se tratar de um ambiente complexo que causa estresse não só aos bebês, mas também aos pais e profissionais (SILVA; MAGALHÃES, 2019).
A UTIA (Unidade de Terapia Intensiva Adulto) é um ambiente muitas vezes muito estressante para os pacientes, seus familiares e a equipe de saúde que atua no campo. O medo e a tensão estão relacionados ao quadro clínico dos clientes, que exige um tratamento bastante complexo e tecnologicamente rigoroso. A humanização é uma ação essencial na terapia intensiva, é necessário cuidar do cliente como um todo, e não apenas direcionar a atenção para o foco do problema. O especialista também deve avaliar a rede de apoio do paciente, manter anseios e estabelecer conexões para melhorar a qualidade do atendimento (SANTOS et al., 2022).
Na terapia intensiva é importante que a prática da humanização vá além do tratamento de todos os pacientes, deve ocorrer também entre a equipe multidisciplinar. Portanto, tal política é extremamente necessária para cuidar de pacientes graves que necessitam de mais atenção para estabilizar sua saúde física, reduzindo assim as consequências psicológicas e emocionais dos problemas causados pela experiência, muitas vezes prolongado na unidade de terapia intensiva, além de proporcionar uma melhor chance de sobrevivência (DIAS et al., 2022).
Com base nisso, a pergunta norteadora que irá direcionar este estudo é: Qual a importância da humanização do cuidado em unidades de terapia intensiva? Esta pesquisa justifica-se devido a importância de enfatizar o cuidado humanizado do profissional de saúde em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), tendo em vista o ambiente estressante que a UTI é para o paciente e até mesmo para o familiar/acompanhante. Diante do exposto, o objetivo desse estudo é evidenciar através da literatura científica a importância da humanização no cuidado em Unidades de Terapia Intensiva.
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão integrativa da literatura sobre o tema exposto, cujas fontes de pesquisa foram as seguintes bases de dados: SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Os descritores utilizados na pesquisa foram Assistência Hospitalar, Humanização da Assistência e Pacientes Internados. Foram encontrados aproximadamente 15.800 artigos dos últimos cinco anos e somente da língua portuguesa, em seguida foram selecionados os cinco artigos que melhor abordavam o conteúdo escolhido para a elaboração deste trabalho.
A realização da revisão seguiu as seguintes etapas: escolha do tema, identificação do problema, criação do plano de assunto, formulação das hipóteses, identificação do objetivo geral e dos objetivos específicos, a escolha do tipo de pesquisa, a escolha da metodologia para a coleta de dados, estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, seleção dos estudos, avaliação dos resultados e análises e a apresentação das evidências encontradas.
Nos critérios de inclusão utilizou-se os artigos indexados de 2019 a 2023, em periódicos nacionais e internacionais, disponibilizados na íntegra (texto completo e acesso livre), em português, que respondiam à temática do estudo. Já para os critérios de exclusão foram direcionados ao material publicado em anos anteriores a 2019, pois se entende a importância de apresentar discussões mais recentes, artigos que não abordavam diretamente a temática proposta, e textos que se encontravam incompletos; indisponíveis na íntegra on-line, que não forneciam informações suficientes acerca da temática do estudo.
Nesse estudo, será utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin, essa técnica é composta por três fases: pré-análise, exploração do material, para categorização ou codificação, e tratamento dos resultados, mediante inferências e interpretação. Na pré-análise, o pesquisador organiza o material para que se torne útil à pesquisa e realiza leitura flutuante. Na sequência, temos a exploração do material, fase que tem por finalidade a categorização ou codificação no estudo, sendo definido por categorias (sistemas de codificação). Por fim, na terceira fase, busca-se a significação de mensagens, intuição, análise reflexiva e crítica. Nesta fase, o tratamento dos resultados tem a finalidade de constituir e captar os conteúdos contidos em todo o material coletado, a partir de inferências e interpretação (BARDIN, 2016).
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor hospitalar complexo onde o principal objetivo é manter a vida e tentar garantir a recuperação de pacientes que necessitam de uma dedicação mais intensiva por parte da equipe de saúde. É um ambiente de referência quando se trata de cuidados críticos, e exige um conhecimento especializado e contínuo, composto por equipe multiprofissional, sendo esta formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e nutricionistas, por exemplo (CASTRO et al., 2021).
A UTI é um espaço de alta complexidade, onde uma ampla estrutura e o uso de tecnologias voltadas para o cuidado em saúde buscam garantir a monitorização contínua e manutenção das funções vitais de pacientes graves, objetivando sua recuperação. Pacientes críticos, por muitas vezes, encontram-se inconscientes de forma temporária ou permanente devido a eventos traumáticos de origem patológica ou acidental, em uso de dispositivos e necessitando de procedimentos altamente invasivos. São habilidades essenciais aos profissionais de saúde atuantes neste contexto, o domínio das tecnologias de cuidado e capacidade de avaliação clínica criteriosa. Somadas às habilidades técnicas, a comunicação interpessoal e condutas humanizadas com pacientes, familiares e/ou cuidadores é extremamente fundamental, pois fortalece o processo do cuidado (DIAS; SIQUEIRA, 2023).
3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO
As ações de humanizar a assistência trazem a necessidade de dialogar com a qualidade dos cuidados ofertados aos pacientes e para seus familiares. Na formulação da denominada Política Nacional de Humanização (PNH) em 2003, também conhecida como HumanizaSUS, mostrou-se que a humanização poderia ser inserida na rotina de toda a rede do Sistema Único de Saúde, e não apenas na área hospitalar (CASTRO et al., 2021).
A humanização deveria ser exaltada como uma abordagem assistencial com intuito de direcionar a individualidade do paciente e adequar-se a singularidade pessoal, e não ser estabelecida apenas como um protocolo. Nesse contexto, o envolvimento entre equipe e usuário assegura que a família seja compreendida e sua opinião seja validada (MARTINS et al., 2022).
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante a busca de literaturas para compor os dados desta revisão integrativa, utilizando os descritores já mencionados e em concordância com os critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, encontrou-se um total de 15.800 estudos relacionados ao tema alvo dessa discussão.
Conforme mostra o fluxograma (Figura 1) a seguir, após a leitura de títulos foram excluídas 15.800 pesquisas duplicadas, e que estavam presentes em duas ou mais bases de dados ou que estavam completamente fora da temática abordada. Esse número foi reduzido para 700 artigos, que seguiram para análise de resumos. A partir dessa análise, foram excluídos 583, restando apenas 117 artigos a serem lidos na íntegra. Destes, 112 artigos foram excluídos por não serem condizentes com o tema da pesquisa e não correspondiam aos objetivos deste estudo. Desse modo, após a leitura aprofundada e completa, foram selecionados 5 artigos para compor a amostra, os quais correspondiam com o objetivo do estudo.
Notou-se que os 5 artigos analisados foram publicados em Revistas de Enfermagem, Medicina, Saúde e Pesquisa em 5 periódicos diferentes. Os 5 artigos foram encontrados em periódicos diferentes, que são: Revista Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, Revista Disciplinarum Scientia, Revista Pró-univerSuS, Revista Enfermagem Brasil e Revista Eletrônica Acervo Saúde.
Para uma análise mais eficaz das informações encontradas nos artigos selecionados, foram criados 2 quadros sintetizando as informações mais importantes a serem discutidas. No quadro 1 estão os dados dos artigos selecionados conforme: autores e ano, título e periódico.
Quadro 1 – Caracterização dos Artigos da Revisão Integrativa de Literatura, anos 2019-2023
Nº | Autores, Ano | Título | Periódico |
1 | SILVA; MAGALHÃES, 2019. | O Cuidado Humanizado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. | Revista Pró-univerSuS |
2 | SANTOS et al., 2020. | Uma análise acerca da humanização da assistência em unidades de terapia intensiva. | Revista Eletrônica Acervo Saúde |
3 | BRILL et al., 2021. | Humanização do cuidado em Unidade de Terapia Intensiva: potencialidades, desafios e estratégias. | Revista Disciplinarum Scientia |
4 | DIAS et al., 2022. | Humanização do cuidado em Unidade de Terapia Intensiva: revisão integrativa da literatura. | Revista Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento |
5 | SANTOS et al., 2022. | Humanização no cuidado na UTI adulto. | Revista Enfermagem Brasil |
FONTE: Elaborado pelos autores (2023)
No quadro 2 estão os dados dos artigos selecionados conforme: autores e ano, objetivo, resultados e conclusão.
Quadro 2 – Contribuição dos Estudos da Revisão Integrativa de Literatura, anos 2019-2023
Nº | Autores, Ano | Objetivo | Resultados | Conclusão |
1 | SILVA; MAGALHÃE, 2019. | “Identificar e caracterizar o cuidado humanizado na unidade de terapia intensiva neonatal”. | “Este estudo deixou claro que a humanização é muito importante em muitos setores hospitalares, mas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) ela se tornou a base do tratamento em todos os setores, pois o ambiente que os pacientes e familiares vivenciam é considerado doloroso e assustador.” | “A partir das informações que encontramos, pode-se concluir que a humanização é um tema discutido há muito tempo e sua importância no ambiente da UTIN é insubstituível, cabendo aos gestores e às equipes implementar métodos de humanização do cuidado”. |
2 | SANTOS et al., 2020. | “Identificar as principais evidências científicas sobre a humanização do cuidado nas Unidades de Terapia Intensiva nos últimos cinco anos.” | “A revisão identificou 11 artigos. Um dos principais objetivos do cuidado humanizado em unidades de terapia intensiva enfatizados está relacionado à necessidade de preservar a dignidade humana e respeitar seus direitos em todas as fases da vida. que o sucesso nas unidades de saúde é alcançado não apenas individualmente, mas também coletivamente, pessoalmente e estruturalmente.” | “Com este estudo pudemos constatar que para humanizar o cuidado nas unidades de terapia intensiva é necessário aliar o uso da tecnologia existente à empatia, reforçando o que se entende sobre o cuidado, que deve ser entendido como seguro. que seja responsável e ético para os indivíduos.” |
3 | BRILL et al., 2021. | “Identificar as oportunidades, os desafios/fragilidades que a equipe de enfermagem vivencia no processo de humanização da UTI, e as estratégias que utiliza no processo”. | “Os resultados permitiram conhecer as possibilidades: a importância da humanização na terapia intensiva; humanizar o ambiente de terapia intensiva; avaliar a história de vida de cada paciente; a importância da família no processo humano. Fraquezas: sobrecarga de especialistas da UTI; deficiência no processo de educação continuada; percepção da família como obstáculo ao bom andamento do trabalho dos especialistas em terapia intensiva; A UTI é vista como um ambiente mecânico e hostil. Estratégias: cuidado/ajuda familiar; e atividades de educação continuada com equipes de UTI.” | “Conclui-se que as oportunidades, desafios/fragilidades e estratégias identificadas neste estudo afetam direta ou indiretamente o processo de humanização do cuidado crítico”. |
4 | DIAS et al., 2022. | “O objetivo deste estudo é demonstrar a prática de humanização do cuidado em terapia intensiva com base na literatura científica”. | “Os resultados mostram que existem dificuldades na implementação do tratamento em cuidados intensivos, mas, apesar disso, os profissionais têm uma boa compreensão do tipo de política que ajuda a implementar eficazmente as estratégias necessárias”. | “Concluindo, apesar das dificuldades na implementação de tal política, a pesquisa demonstra os enormes benefícios da humanização do atendimento aos pacientes na UTI, incluindo a redução do sofrimento”. |
5 | SANTOS et al., 2022. | “Identificar estratégias em prol da aplicabilidade do cuidado humanizado de Enfermagem na literatura científica analisando como é implementado na Unidade de Terapia Intensiva Adulto.” | “Ao analisar os dados, descobrimos formas de humanizar o atendimento aos pacientes adultos da UTI e a importância da equipe de apoio à família como parte do cuidado prestado”. | “A humanização deve focar não só no paciente, mas também nos familiares que sofrem durante a internação e nos profissionais de saúde que, como protagonistas desse processo, necessitam de reconhecimento e reconhecimento pelo seu trabalho”. |
FONTE: Elaborado pelos autores (2023)
A humanização visa prestar um atendimento de excelência, utilizar controles adequados, reduzir o risco do cliente e aumentar a satisfação do cliente e da família. O que contribui muito para o nível de assistência (SANTOS et al., 2022).
De acordo com Brill et al. (2021), o cuidado humanizado é o cuidado ao paciente como um todo, que leva em consideração tanto o contexto familiar quanto o social, incluindo a análise das necessidades da família e da equipe de saúde, focando principalmente na ajuda empática e nas atividades de bem-estar, respeito, comprometimento, sensibilidade e solidariedade.
A prática da humanização refere-se às atividades realizadas no cuidado diário da saúde de um indivíduo, segundo pesquisas, permitir a interação nas conversas cotidianas dos pacientes dá oportunidade de auto expressão até mesmo aos inconscientes, onde pode-se trazer conforto e reduzir a ansiedade e angústias (SANTOS et al., 2020).
Para Dias et al. (2022), o atendimento humanizado é baseado no comprometimento profissional. Na unidade de cuidados intensivos, devem ser exploradas todas as situações em que o cliente possa comunicar, através do diálogo, da escrita ou mesmo do pensamento e da tomada de decisões.
Corroborando com o estudo de Silva e Magalhães (2019), os trabalhadores da saúde caracterizam a humanização como um esforço para obter o máximo de conforto possível para o paciente e sua família, valorizando a pessoa independente da situação. Portanto, é útil implementar estratégias nesse tratamento, como: marcar horários de visita, conversar com a família para tranquilizá-la, esclarecer dúvidas, saber o estado atual de saúde do paciente e o tratamento realizado.
Com isso, Brill et al. (2021) também evidencia que, o tratamento humanizado deve incluir atividades relacionadas à avaliação e ao respeito ao paciente, ao seu contexto familiar e social, bem como à unidade de terapia intensiva e à própria equipe de saúde, a humanização deve ir além do foco do usuário e atentar para as condições, condições de trabalho favoráveis condições e satisfação profissional, que se reflete na qualidade do serviço prestado.
Ao tratar da questão da humanização é importante criar uma boa comunicação entre os membros da equipe, pois a unidade de terapia intensiva é um ambiente estressante para os profissionais, pois cuidam de pacientes graves, onde muitas vezes não sobrevivem, por isso é importante reter profissionais e ter conhecimento das técnicas e procedimentos utilizados, o que leva à qualidade e perfeição do atendimento, o que exige formação contínua sobre esses assuntos (DIAS et al., 2022).
Santos et al. (2022) ainda evidencia em seu estudo que, a importância da atuação humanizada da equipe multidisciplinar, incluindo a oferta de apoio emocional, com o objetivo de minimizar experiências negativas que impeçam a hospitalização nessas áreas. A empatia e a comunicação devem ser utilizadas na implementação das medidas necessárias nesta área, mesmo que o paciente não esteja sensível no momento, deve dizer quais os passos e quais as medidas que pretende tomar.
O tratamento humanizado é realizado por meio de gestos simples, durante os quais o quadro clínico dos pacientes melhora significativamente e o tempo de internação é encurtado. É preciso extrapolar as ações individuais para construir processos coletivos envolvendo todos os ajudantes (SILVA; MAGALÃES, 2019).
O tratamento das pessoas em cuidados intensivos visa melhorar a sua qualidade de vida e bem-estar, tendo em conta as especificidades e complexidades do paciente. Da mesma forma, os profissionais de saúde traduziram o conceito de humanização para buscar conforto tratado de todas as formas para criar condições humanas, agindo com gentileza natural. Assim, percebe-se que os conceitos de humanização dos trabalhadores da saúde se aproximam dos princípios do Programa Nacional de Humanização (PNH), que valoriza a pessoa como única, independente de suas relações interpessoais (SANTOS et al., 2020).
Para humanizar o tratamento, é necessário avaliar o paciente a partir de seus aspectos biopsicossociais e de uma biópsia mental, entendendo que no caso da terapia intensiva, a internação leva à interrupção dos ciclos do indivíduo e, portanto, a consequências psicológicas, considerar práticas humanizadas que demonstram práticas de cuidado que reduzam o estresse do paciente e da família durante a internação hospitalar (BRILL et al., 2021).
5 CONCLUSÃO
Com base nos artigos analisados, concluiu-se que humanizar o cuidado vai além da alta tecnologia, das ferramentas ou do cuidado de enfermagem. Humanizar envolve olhar e ouvir o sujeito para responder com empatia às suas demandas.
Comparando os estudos de diferentes autores, pode-se afirmar que o principal objetivo da política humanitária é identificar as necessidades de saúde para que cuidados especiais possam ser prestados de forma adequada, ética e empática. É importante que a prática da humanização no tratamento ocorra fora do atendimento ao paciente, ocorra também em uma equipe multidisciplinar atuante. Com base nos resultados da pesquisa, fica evidente que existem dificuldades na implementação desta prática, a maior dificuldade é a falta de comunicação e ambiente desfavorável. Apesar disso, estudos têm demonstrado enormes benefícios que a prática da humanização traz ao paciente, incluindo redução do sofrimento.
Este estudo possibilitou compreender que a humanização é muito importante em diversos setores hospitalares, mas na terapia intensiva tornou-se a base do cuidado em todo o campo, pois o ambiente vivenciado pelos pacientes e familiares pode ser visto como doloroso e assustador.
Embora valha a pena ressaltar que o número de publicações sobre a humanização dos cuidados críticos é crescente, ainda são necessárias pesquisas e esforços para estimular a discussão sobre esse tema que aumente a conscientização da equipe de saúde, a valorização e a valorização do cuidado humanizado ao paciente.
REFERÊNCIAS
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1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12Graduando em Enfermagem Universidade da Amazônia – UNAMA;
13Graduada em Enfermagem Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN