HUMANIZATION OF NURSING CARE IN THE PREGNANCY-PUERPERAL CYCLE: INTEGRATIVE REVIEW
HUMANIZACIÓN DE LA ATENCIÓN DE ENFERMERÍA EN EL CICLO EMBARAZO-PUERPERO: REVISIÓN INTEGRATIVA
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102503061058
Mirna Albuquerque Frota[1]
Maraysa Costa Vieira Cardoso [2]
Marília Nunes Fernandes [3]
Karla Maria Carneiro Rolim [4]
Evania Maria Oliveira Severiano [5]
Thiago Medeiros da Costa Daniele [6]
RESUMO
Objetivou analisar na literatura a relevância da humanização na assistência de enfermagem prestada à mulher durante o ciclo gravídico-puerperal. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. A coleta de dados ocorreu durante o mês de janeiro e fevereiro de 2023, contemplando publicações em língua português e espanhola, no período de 2017 a 2022, através das Bases de Dados em Enfermagem, Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências, Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica e Coleção Nacional das Fontes de Informação do Sistema Único de Saúde. Os critérios de elegibilidade do estudo contemplaram publicações disponíveis na íntegra, que abordassem a temática em estudo, divulgadas no período de 2017 a 2022, estudos de natureza qualitativa, utilizando os descritores selecionados nos Descritores em Ciências da Saúde: “Sistematização da Assistência de Enfermagem”, “Parto”, fazendo uso do operador booleano “AND”. Os fatores eliminatórios foram publicações em formatos de relatórios, resumos apresentados em eventos científicos, dissertações, teses, revisões e editoriais. Os resultados destacam a relevância do atendimento centrado na mulher, respeitando suas escolhas, promovendo o vínculo mãe-bebê e proporcionando um ambiente acolhedor e seguro. No entanto, alguns obstáculos comprometem a efetivação dessas práticas, incluindo condutas tecnicistas, sobrecarga de trabalho dos profissionais de enfermagem e falta de conhecimento sobre o processo de enfermagem. Os resultados sugerem a necessidade de intervenções que visem aprimorar a prática assistencial e promover uma abordagem mais humanizada na assistência obstétrica. A capacitação contínua dos profissionais de saúde e a revisão dos currículos de enfermagem são passos fundamentais para alcançar tal objetivo.
Palavras-chave: Sistematização da assistência de enfermagem, parto, humanização, gravidez.
ABSTRACT
It aimed to analyze in the literature the relevance of humanization in nursing care provided to women during the pregnancy-puerperal cycle. This is an integrative literature review. Data collection took place during the month of January 2023, covering publications in Portuguese and Spanish, from 2017 to 2022, through the Nursing Databases, Latin American and Caribbean Literature in Sciences, Online Search System and Analysis of Medical Literature and National Collection of Information Sources of the Unified Health System. The study eligibility criteria included publications available in full, which addressed the topic under study, published in the period from 2017 to 2022, studies of a qualitative nature, using the descriptors selected in the Health Sciences Descriptors: “Nursing Care Systematization”, “Childbirth”, using the Boolean operator “AND”. The eliminatory factors were publications in report formats, abstracts presented at scientific events, dissertations, theses, reviews and editorials. The results highlight the relevance of women-centered care, respecting their choices, promoting the mother-baby bond and providing a welcoming and safe environment. However, some obstacles compromise the implementation of these practices, including technical conduct, work overload of nursing professionals and lack of knowledge about the nursing process. The results suggest the need for interventions aimed at improving care practice and promoting a more humanized approach to obstetric care. The continuous training of health professionals and the review of nursing curricula are fundamental steps towards achieving this objective.
Keywords: Systematization of nursing care, childbirth, humanization, pregnancy.
Resumen
Tuvo como objetivo analizar en la literatura la relevancia de la humanización en los cuidados de enfermería brindados a las mujeres durante el ciclo embarazo-puerperal. Esta es una revisión integradora de la literatura. La recolección de datos se realizó durante el mes de enero de 2023, abarcando publicaciones en portugués y español, de 2017 a 2022, a través de las Bases de Datos de Enfermería, Literatura Latinoamericana y del Caribe en Ciencias, Sistema de Búsqueda y Análisis en Línea de Literatura Médica y Colección Nacional de Fuentes de Información. del Sistema Único de Salud Los criterios de elegibilidad del estudio incluyeron publicaciones disponibles en su totalidad, que abordaron el tema de estudio, publicadas en el período de 2017 a 2022, estudios de carácter cualitativo, utilizando los descriptores seleccionados en los Descriptores de Ciencias de la Salud: “Enfermería”. Sistematización de Atención”, “Parto”, utilizando el operador booleano “Y”. Los factores eliminatorios fueron publicaciones en formato de informe, resúmenes presentados en eventos científicos, disertaciones, tesis, revisiones y editoriales. Los resultados resaltan la relevancia de la atención centrada en la mujer, respetando sus elecciones, promoviendo el vínculo madre-bebé y brindando un ambiente acogedor y seguro. Sin embargo, algunos obstáculos comprometen la implementación de estas prácticas, entre ellos la conducta técnica, la sobrecarga de trabajo de los profesionales de enfermería y la falta de conocimiento sobre el proceso de enfermería. Los resultados sugieren la necesidad de intervenciones destinadas a mejorar la práctica de la atención y promover un enfoque más humanizado de la atención obstétrica. La formación contínua de los profesionales de la salud y la revisión de los planes de estudio de enfermería son pasos fundamentales para lograr este objetivo.
Palabras clave: Sistematización de la atención de enfermería, parto, humanización, embarazo.
1. Introdução
A gestação é considerada um período em que ocorrem várias mudanças fisiológicas e emocionais na vida da mulher e familiares, que acabam gerando expectativas, emoções, ansiedades, medos e descobertas. Portanto, a assistência ao pré-natal se faz fundamental desde o período da concepção até o início do trabalho de parto, tanto para mulher quanto para o bebê (Nascimento et al., 2024). Realizar um cuidado com qualidade permite identificar alterações, patologias durante a gestação, possibilitando a prevenção ou controle dessas, evitando complicações para a saúde da mãe e do concepto, impactando na diminuição das taxas de morbimortalidade materna e fetal (Silva, 2020).
De acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, o cuidado ao ciclo gravídico-puerperal constitui o arcabouço de serviços destinados ao atendimento da gestante, parturiente, puérpera e recém-nascido (Brasil, 2016). Apesar disso, nem sempre se observa esse cuidado na prática. A habilidade das mulheres para atuarem, analisarem e definirem sobre o seu próprio corpo vem sendo deturpada (Souza et al., 2021).
O Ministério da Saúde recomenda que a gestante deva ser captada quanto antes, realizar seis consultas, no mínimo, ter acesso a exames laboratoriais, ser acompanhada pela equipe multiprofissional, saber previamente qual o hospital materno em que irá realizar seu parto, entre outras necessidades (Brasil, 2016). Ou seja, para que o puerpério seja satisfatório para a mulher, é necessário que desde o pré-natal tenha um acompanhamento contínuo e regular por uma equipe preparada e disposta a ofertar serviços de qualidade.
Ao ser criada a Rede Cegonha, em 2011, essa iniciativa propõe a melhoria do atendimento às mulheres durante a gravidez, o parto, o pós-parto, ao recém-nascido e às crianças até dois anos de idade, visando que os profissionais de saúde estejam mais preparados para acolher a gestante e a criança, prestando um atendimento com segurança e cuidado humanizado (Brasil, 2011).
Diante disso, segundo a Organização Mundial de Saúde, dados alarmantes demonstram a importância de promover uma assistência segura e qualificada durante o parto. Dos mais de 130 milhões de nascimentos que ocorrem todos os anos, cerca de 303.000 resultam na morte da mãe, 2,6 milhões em nati-mortos e 2,7 milhões na morte de recém-nascidos nos primeiros 28 dias de vida. A maior parte destas mortes ocorrem em contextos de baixos recursos, podendo a maioria delas ser evitada (Carvalho et al., 2021).
Segundo dados da Fiocruz (2020), apenas em 2018, a Razão de Mortalidade Materna, no Brasil, foi de 59,1 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Além disso, em termos percentuais, a região Norte, com 80,8 mortes, se apresenta como a região do Brasil que mais sofre com a mortalidade materna. Essa realidade se configura como um grave problema de saúde pública, representando a violação aos direitos da mulher sobre o seu corpo, bem como evidencia o baixo investimento nas regiões menos desenvolvidas do País, ocasionando grandes disparidades regionais.
No que diz respeito a prestação de um cuidado pré-natal com qualidade, o Ministério da Saúde, por meio da portaria n.º 569 de 1º de junho de 2000, institui o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) cujo foco são as necessidades de atenção específica à gestante, ao recém-nascido e a mãe no período pós-parto (Brasil, 2002).
Conforme Andrade (2017) afirma, o uso de boas práticas no atendimento à gestante é um elemento-chave na redução da mortalidade materna e neonatal. Segundo as recomendações da OMS e do Ministério da Saúde, incluem oferta de líquidos, deambulação, uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, proporcionando o conforto materno e ofertando uma assistência qualificada.
Entretanto, percebe-se que o cenário atual da obstetrícia é repleto de obstáculos que dificultam uma assistência mais humanizada e qualificada por parte dos profissionais de saúde. Costa et al. (2022) apontam para a baixa adesão das boas práticas no trabalho de parto, parto e puerpério, manifestada pela não realização do partograma, instrumento utilizado para identificar as alterações e indicar as condutas que devem ser tomadas, com o objetivo de evitar intervenções desnecessárias. Além disso, a prescrição de dieta zero é uma prática bastante recorrente entre os profissionais, sendo permitida apenas a ingesta de líquidos claros, principalmente com a evolução do trabalho de parto (Costa et al., 2022). Essa realidade se consolida com a presença de diversos fatores, como evidenciado por Mselle (2018), como elevada medicalização, espaço físico insuficiente, escassez de recursos humanos qualificados, bem como falta de privacidade e, muitas vezes, imposição por uma posição única durante o parto pela instituição hospitalar.
O motivo da escolha do tema se deu em virtude da necessidade de embasamento teórico, uma vez que é uma prática recorrente no cotidiano das instituições hospitalares. Portanto, o estudo torna-se relevante para a comunidade científica, pois evidencia a baixa adesão pelas boas práticas na assistência obstétrica pelos profissionais Enfermeiros, comprometendo a qualidade do cuidado prestado. Nesse contexto, a questão norteadora que conduz esta pesquisa é: “Qual a importância da humanização na assistência de enfermagem à gestante?”.
Com isso, o objetivo do estudo foi analisar na literatura a relevância da humanização na assistência de enfermagem prestada à mulher durante o ciclo gravídico-puerperal.
2. Metodologia
O estudo caracteriza-se por ser uma revisão integrativa de literatura que analisou as produções científicas a respeito da importância da humanização na assistência de Enfermagem à gestante.
É um método que permite gerar uma fonte de conhecimento atual sobre o problema e determinar se o conhecimento é válido para ser transferido para a prática; a construção da revisão integrativa deve seguir padrões de rigor metodológico, os quais possibilitam, ao leitor, identificar as características dos estudos analisados e oferecer subsídios para o avanço da enfermagem (Pompeu, 2009).
Segundo Sousa et al., (2017), a revisão integrativa da literatura, é disposta em diversas partes, assim sendo (Figura 1):
Figura 1 – Etapas da Revisão Integrativa de Literatura.
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Dessa forma, a princípio, foi elaborada a problemática do presente estudo, que diz respeito à atuação do profissional de Enfermagem na assistência à mulheres no período gravídico-puerperal, desse modo, se deu a seguinte questão norteadora: “Qual a importância da humanização na assistência de Enfermagem à gestante?”
A coleta de dados ocorreu durante o mês de janeiro e fevereiro de 2023, contemplando as publicações em língua portuguesa e espanhola, no período de 2017 a 2022, através das Bases de Dados em Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Coleção Nacional das Fontes de Informação do Sistema Único de Saúde (ColecionaSUS).
Os critérios de elegibilidade do estudo contemplaram publicações disponíveis na íntegra, que abordassem a temática em estudo, divulgadas em língua portuguesa e espanhola no período de 2017 a 2022, estudos de natureza qualitativa, utilizando os seguintes descritores previamente selecionados nos Descritores em Ciências da Saúde (DECs): “Sistematização da Assistência de Enfermagem”, “Parto”, fazendo uso do operador booleano “AND”. Os fatores eliminatórios de exclusão foram publicações em formatos de relatórios, resumos apresentados em eventos científicos, dissertações, teses, revisões e editoriais.
Os artigos utilizados nesta pesquisa, foram devidamente referenciados, e seus autores mencionados, de acordo com as regras contidas na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e respeitando a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que aborda os direitos autorais (Brasil, 1990), e obedecendo a Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012 (Brasil, 2012).
3. Resultados e Discussões
Durante a coleta foram encontrados nas bases de dados determinadas para a pesquisa 35 artigos. Desses, foram excluídos estudos em duplicidade, aqueles que não estavam disponíveis na íntegra, idiomas diferentes daqueles definidos nos critérios de inclusão e os que, através do título ou posteriormente à leitura do resumo, não correspondiam ao tema referido. Portanto, foram escolhidos dez artigos que, lidos na íntegra, responderam à questão norteadora, fazendo parte da amostra final da revisão e dos critérios de inclusão (Figura 2).
Figura 2 – Fluxograma de seleção dos artigos para composição da pesquisa.
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
O Quadro 1 abaixo sintetiza as pesquisas dos artigos utilizados, expondo a organização dos estudos escolhidos de acordo com título, periódico, ano de publicação, objetivo, método empregado e os principais resultados encontrados.
Quadro 1 – Artigos selecionados para o estudo
Título do artigo Periódico Ano Objetivo Método Principais Resultados Percepción de mujeres sobre el cuidado humanizado de enfermería durante la atención en el parto. Revista Cubana de Enfermería 2021 Descrever a percepção de mulheres sobre a assistência humanizada de enfermagem durante a assistência ao parto. Estudo não experimental, descritivo, transversal Nas 121 mulheres pesquisadas, observou-se que a maioria delas afirma que o enfermeiro tem um cuidado humanizado e proporciona mais calma e segurança para a parturiente. Aplicação de checklist sobre cuidados intraparto no parto normal. Revista Atual de Enfermagem In Derme 2021 Aplicar o checklist de cuidados intraparto no parto vaginal Estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa Observou-se que os profissionais seguiram as recomendações da maioria dos itens voltados para o primeiro estágio do trabalho de parto; no segundo estágio do trabalho de parto, dois itens obtiveram a menor adesão da categoria. No terceiro estágio, destaca-se a adesão máxima em apenas um item. Percepções de mulheres sobre a assistência de enfermagem durante o parto normal. Revista Baiana de Enfermagem 2021 Conhecer a percepção de mulheres sobre a assistência de Enfermagem recebida durante o processo de parto normal Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa Emergiram duas categorias científicas: assistência de Enfermagem permeada por satisfação; e assistência permeada por relações verticais e sentimentos de abandono. Competencias específicas del enfermeiro(a) que labora em salón de parto. Revista Uruguya de Enfermería 2019 Identificar as competências específicas do enfermeiro que atua em sala de parto Análise documental, pesquisas com especialistas e entrevistas com profissionais de enfermagem que atuam na sala de parto O presente trabalho é uma pesquisa de desenvolvimento tecnológico com o objetivo de identificar as competências específicas do enfermeiro que trabalha na sala de parto. Percepções de profissionais de enfermagem sobre humanização do parto em ambiente hospitalar. Revista de Rede de Enfermagem do Nordeste 2019 Compreender as percepções de profissionais de enfermagem quanto à humanização do parto. Pesquisa qualitativa, desenvolvida com 20 profissionais de enfermagem de hospital universitário. Exposições acerca dos efeitos da humanização durante a gestação, bem como os fatores negativos que comprometem a humanização da assistência. Percepción social de usuarias atendidas exclusivamente por enfermeras en la etapa perinatal. Revista Electrónica Enfermería Actual en Costa Rica 2018 Analisar as representações sociais que as usuárias têm sobre o cuidado prestado por enfermeiras obstetras na maternidade. Qualitativo, baseado na percepção dos usuários ao serem atendidos na instituição A pesquisa enfatiza a assistência na percepção das usuárias, bem como realizam comparações com membros familiares. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem no parto cesáreo. Revista de Enfermagem UFPE Online 2018 Descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem das parturientes admitidas no centro obstétrico para o parto cesáreo e o puerpério. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, exploratório, realizado com 152 clientes em um hospital. Apresenta alternativas para que o Enfermeiro possa informar os tipos de parto que estão disponíveis para a gestante e ela realize a escolha de forma consciente. Boas Práticas na atenção obstétrica e sua interface com a humanização da assistência. Revista de Enfermagem – UERJ 2017 Analisar as boas práticas adotadas na atenção à mulher e ao recém-nascido, em uma maternidade pública baiana, apoiada pela Rede Cegonha. Descritivo, abordagem quantitativa, do tipo retrospectivo, a partir de dados secundários. Alerta para o fato de que boas práticas na assistência obstétrica reduzem tanto ocorrências maternas quanto perinatais. Cuidados de Enfermagem à prestados a parturiente adolescente sob a luz da teoria de Wanda Horta. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental 2017 Conhecer os cuidados de Enfermagem prestados à adolescente durante o trabalho de parto, e assim identificar os fatores os influenciam e analisar os cuidados de Enfermagem prestados à parturiente adolescente Qualitativo exploratório, entrevista com 08 enfermeiras obstétricas da maternidade do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. Identificou os cuidados prestados de forma geral, a formação de vínculos bem como evidenciou as dificuldades encontradas para a concretização da assistência. Percepção das mulheres sobre a experiência do primeiro parto: implicações para o cuidado de enfermagem. Revista Ciencia y Enfermería 2017 Estudar a percepção das mulheres sobre o primeiro parto no contexto obstétrico de uma maternidade do Recife Pesquisa descritiva e qualitativa Aponta que discursos divergentes dos profissionais de saúde comprometem a assistência de saúde às gestantes.
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Verificou-se que grande parte dos artigos selecionados para a busca foram publicados em revistas brasileiras, sendo eles, a maioria, em periódicos de Enfermagem. Quanto ao ano de publicação, percebe-se que os anos de 2017 e 2022 possuem mais estudos relacionados à temática, sendo três artigos em cada ano. Sobre essa relação, foi identificado que apenas dois deles foram publicados em revistas internacionais.
A partir da análise da literatura emergiram duas categorias a serem abordadas no estudo: relevância da assistência de enfermagem humanizada permeada por satisfação, bem como fatores que dificultam a assistência de enfermagem no período gravídico-puerperal no Brasil.
Por meio da análise dos dados, foi possível compreender que o atendimento humanizado é de suma importância para a melhora do estado de saúde do paciente, priorizando para uma visão multifatorial, buscando contextualizar de maneira holística o indivíduo e suas necessidades evidenciadas.
Em um modelo de atenção humanizada, a mulher é considerada a protagonista de todas as ações relacionadas à sua saúde. Assim, entende-se que o profissional enfermeiro possui uma missão importante no resgate do direito das mulheres de participarem nas decisões e problemáticas que podem surgir durante o ciclo gravídico-puerperal. A base da humanização no âmbito do setor obstétrico está voltada para uma conduta menos intervencionista, mais sensível e respeitando os direitos reprodutivos e sexuais da mulher. A implementação de processo de enfermagem é benéfica para que haja uma assistência personalizada para a parturiente, pautada nas evidências científicas, promovendo o protagonismo da mulher dentro desse processo natural conforme o ritmo do seu próprio corpo (Souza et al., 2021).
Dentre as diretrizes da Rede Cegonha destacam-se a garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento, as quais envolvem condutas de uma assistência humanizada, são elas: utilização de métodos não-farmacológicos para aliviar a dor, monitorização fetal, amamentação precoce, oferta de líquidos, ações educativas de saúde, incentivo às posições verticalizadas, movimentar-se durante o trabalho de parto, contato pele a pele entre mãe e bebê, dentre outras (Souza et al., 2021).
Nesse sentido, reitera-se a importância de os profissionais terem conhecimento acerca das ações que favorecem a adequação do ambiente e o atendimento à parturiente (Ferreira et al. 2019). A Organização Mundial da Saúde apresenta recomendações e propõe condutas para reduzir as intervenções médicas desnecessárias, como essenciais à humanização, dentre estas, destacam-se os cuidados necessários durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato para parturiente e recém-nascido; a escolha de acompanhante durante o trabalho de parto e nascimento; o respeito e a boa comunicação entre as mulheres e a equipe de saúde; a preservação da privacidade; a liberdade de escolha de posições para o trabalho de parto e parto; e as medidas não farmacológicas para alívio da dor (WHO, 2018).
O estudo de Leal et al. (2014) corrobora afirmando que um parto bem- sucedido, cumulado de respeito, segurança e acalento, propicia à mulher, uma experiência transgressora, enchendo-a de autoconfiança como mãe e pessoa, e deixa lembranças positivas que serão associadas à maternidade, promovendo o vínculo com o bebê.
O estudo de Ferreira et al. (2019) realizado com profissionais de enfermagem das unidades de Ginecologia e Obstetrícia e Centro Cirúrgico de um hospital universitário, evidenciou que, na concepção dos profissionais investigados, incentivar e proporcionar o contato pele a pele entre mãe e bebê e promover o aleitamento materno logo após o nascimento também caracterizam ações que favorecem a humanização do parto e a formação do vínculo entre mãe e filho desde o primeiro minuto de vida.
A relação empática entre profissional e parturiente também foi referida como contribuinte para humanização do parto, corroborando resultados de outros estudos, como o realizado com enfermeiras de hospital de ensino no país, que destacaram o acolhimento, a individualidade de cada paciente, o diálogo e a empatia como recursos que humanizam o parto, contribuindo para o bom relacionamento entre os envolvidos e evitar situações estressantes para mulher, além de permitir que o profissional demonstre atenção e disponibilidade para compreender expectativas e esclarecer dúvidas (Possati et al., 2017).
Dessa forma, a orientação torna-se imprescindível para que se reduzam os índices de desmame precoce, e sejam potencializados os reforçadores positivos da amamentação. As informações devem ser transmitidas de modo que haja uma escuta ativa das demandas enfrentadas pelas mulheres, para que as expectativas sociais a respeito da maternidade não sejam a principal preocupação nesse período, juntamente ao envolvimento dos familiares durante a assistência de enfermagem, pois o apoio da família durante esse período é fundamental para prevenir a desestabilização da parturiente, o que pode culminar em dificuldades puerperais.
Por isso, os profissionais de enfermagem em contato direto com a mulher durante o processo de parto, devem buscar o fortalecimento das relações humanas e a satisfação das necessidades maternas. A assistência humanizada prestada durante o parto implica respeito aos direitos e escolhas da mulher. Portanto, é preciso refletir sobre o atual modelo de atenção ao parto e trabalhar mudanças voltadas para a relevância das demandas da mulher e de sua prole, envolvendo-a em todo o processo que ela enfrenta, sem esquecer que ela possui capacidades que lhe permitem participar ativamente e controlar o advento de um novo ser humano (Ladies et al., 2021).
Cuidar de forma humanizada envolve agir segundo os princípios bioéticos, dessa forma o enfermeiro deve refletir sobre esses princípios em sua prática, pois a ética profissional envolve motivação, ações, ideais, valores, princípios e objetivos, além de ser um mecanismo que regula as relações sociais do homem e garante a coesão social, pois harmoniza os interesses tanto individuais como coletivos (Selli, 1998).
Diante disso, a assistência pré-natal qualificada aliado a orientação quanto ao trabalho de parto, parto e puerpério contribui para a mulher, o desenvolvimento do autocuidado, bem como garante informações necessárias aos procedimentos realizados em seu corpo. Além disso, promove conhecimento acerca dos cuidados referentes ao recém-nascido, reduzindo, assim, a morbimortalidade materna e perinatal.
A literatura analisada evidenciou que o profissional de Enfermagem desempenha um papel fundamental no cuidado ao pré-natal, visto que é um profissional qualificado ao atendimento à mulher e possui papel de educador em saúde, além de trabalhar com a humanização durante o atendimento prestado, seja na promoção da saúde ou prevenção de agravos.
Porém, a realização dessas atividades pelos enfermeiros mostra-se, muitas vezes, prejudicada por alguns fatores que atualmente dificultam a humanização da assistência de enfermagem no Brasil, estando entre as principais condições: condutas tecnicistas focadas na questão biológica da gestação, interligada à sobrecarga de trabalho para o enfermeiro, bem como processo de formação dos enfermeiros na graduação (Frota, 2019).
Além disso, existem outros fatores que comprometem o atendimento evidenciado nos estudos incluídos desta revisão, entre eles, pode-se citar, a falta de conhecimento quanto ao processo de enfermagem, prejudicando a assistência e a continuidade do cuidado, uma vez que se apresenta como estratégia de atender às necessidades singulares da mulher.
Pode-se observar que muitas vezes o enfermeiro não valoriza o conhecimento prévio, práticas e crenças das gestantes. Um fator que favorece essa desvalorização é o próprio processo de formação na graduação de Enfermagem, no qual o saber está voltado basicamente para as questões biológicas, deixando de lado uma aprendizagem proativa, no reconhecimento do outro e na escuta ativa das gestantes (Silva, 2020).
A sobrecarga de trabalho dos profissionais de enfermagem é uma realidade e isto pode afetar a qualidade da assistência, a relação com a equipe de trabalho e as usuárias (Ferreira et al., 2019). Pesquisa sobre a carga de trabalho psíquica em enfermeiros que atuam em maternidades do país mostra que o enfermeiro tem dificuldade em conciliar as atividades administrativas e assistenciais, o que reduz a atuação na assistência direta, pois as demandas que emergem no ambiente de trabalho para efetivação da assistência, recaem sobre ele, limitando o tempo que poderia ser dedicado a parturiente (Biondi et al., 2018).
De acordo com Silva (2020), respeitar o momento de cada gestação, acolher a mulher de maneira respeitosa, com diálogo, troca de experiências, conhecendo o contexto sociocultural da mulher é fundamental para um cuidado integral e holístico. O enfermeiro, com seu papel de educador, deve realizar educação em saúde com as gestantes, com o intuito de criar um espaço para a troca de experiências, tornando-as protagonistas ativas do cuidado. Essas atitudes são importantes para o estabelecimento de vínculo e confiança entre o enfermeiro e a gestante, implicando em um cuidado com qualidade e melhor adesão da mulher ao pré-natal.
Nessa perspectiva, adotar checklists e protocolos que promovam a segurança na assistência pode trazer benefícios para os profissionais e pacientes, além de envolver completamente a equipe de saúde, visto que melhora a comunicação entre os profissionais e reduz os eventos adversos (Carvalho et al., 2021).
O presente estudo tem limitações que merecem ser destacadas. Inicialmente, a busca por artigos foi realizada em bases de dados específicas, o que pode ter resultado na exclusão de estudos relevantes publicados em outros periódicos ou fontes não abrangidas por essa seleção. Além disso, a inclusão de estudos restritos aos idiomas português e espanhol, de certa forma, favorece a limitação na abrangência dos resultados.
Cita-se, ainda, a heterogeneidade dos estudos incluídos, considerando que diferentes autores podem ter empregado conceitos distintos para definir e avaliar a humanização na assistência de enfermagem durante o ciclo gravídico-puerperal. Essa diversidade conceitual pode dificultar a comparação direta dos resultados e a síntese conclusiva do estudo. Ademais, é importante mencionar que a análise foi restrita a estudos publicados até a data da realização da revisão, o que pode ter excluído artigos mais recentes e, potencialmente, informações relevantes para a compreensão atualizada do tema.
Apesar das limitações mencionadas, este estudo de revisão integrativa visa contribuir para a compreensão da relevância da humanização na assistência de enfermagem prestada à mulher durante o ciclo gravídico-puerperal, oferecendo subsídios para aprimorar a prática assistencial e identificando lacunas que poderão direcionar futuras pesquisas no campo da enfermagem obstétrica e perinatal.
4. Conclusão
Infere-se que a humanização da assistência de Enfermagem é fundamental ao processo de parturição, uma vez que garante à mulher o atendimento às suas necessidades de forma ética e respeitosa. Entretanto, a persistência de procedimentos invasivos e intervencionistas impede que boas práticas ao trabalho de parto, parto e puerpério sejam realizadas, refletindo para os altos índices de morbimortalidade materna.
Diante disso, é necessário que as Universidades estejam atentas quanto ao ensino dos graduandos do curso de Enfermagem, promovendo reflexão teórico-prática acerca da temática, desenvolvendo criticidade dos alunos. Ademais, é importante que as Instituições Hospitalares, sejam públicas ou privadas, promovam cursos de Educação Continuada com o objetivo de incentivar o uso de boas práticas de assistência obstétrica, aumentando a participação da equipe multiprofissional no atendimento a esse público.
Portanto, é importante que novos estudos sejam abordados para que essa temática seja difundida e novas posturas sejam adotadas, objetivando a melhoria da assistência obstétrica e neonatal.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, L. F. B. de. Boas Práticas na atenção obstétrica e sua interface com a humanização da assistência. Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, v. 25, p. 1-7, 2017. DOI: https://doi.org/10.12957/reuerj.2017.26442. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/10/947704/26442-121933-1-pb.pdf. Acesso em: 25 jan. 2023.
BIONDI, H. S. et al. Cargas de trabalho psíquicas no processo de trabalho de enfermeiros de maternidades e centros obstétricos. Rev. Gaúcha Enferm, Rio Grande do Sul, v. 39, e64573, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.64573. Disponivel em: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/vGLbt5BdzmyzR5Gzj7Vcjss/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 25 jun. 2023.
BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Legislação sobre direitos autorais. Brasília: Ministério da Justiça, 1998. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm. Acesso em: 25 jun. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Programa humanização do parto: humanização no pré-natal e nascimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parto.pdf. Acesso em: 04 jan. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS – a Rede Cegonha. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html. Acesso em: 05 jan. 2023
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Atenção Básica: saúde das mulheres. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf. Acesso em: 04 jan. 2023.
BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: DF, 2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 04 dez. 2023.
CARVALHO, L. S. de et al. Aplicação de checklist sobre cuidados intraparto no parto normal. Revista Enfermagem Atual In Derme, [s. l.], v. 95, n. 36, p. 1-10, out. 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.36-art.1234. Disponível em: https://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/1234/1095. Acesso em: 18 jan. 2023.
COSTA, A.R.G. et al. Caracterização da adesão as boas práticas durante o parto e nascimento. International Journal of Development Research, [s.l], v.12, n.8, p.58171-58176, ago. 2022. DOI: https://doi.org/10.37118/ijdr.25043.08.2022.Disponível em: https://www.journalijdr.com/sites/default/files/issue-pdf/25043.pdf. Acesso: 30 jan 2023.
FERREIRA, M. C. et al. Percepções de profissionais de enfermagem sobre humanização do parto em ambiente hospitalar. Rev Rene, Fortaleza, v. 20, p. 1-9, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.15253/2175-6783.20192041409. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/41409. Acesso em: 26 jan. 2023.
FROTA, M.A. et al. Mapeando a formação do enfermeiro no Brasil: desafios para atuação em cenários complexos e globalizados. Ciênc. saúde coletiva. [s.l], v. 25, n.1,p.25-35, abr. 2019. DOI: 10.1590/1413-81232020251.27672019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/Bxhbs99CZ8QgZN9QCnJZTPr/?format=pdf&lang=pt. Acesso 31 jan. 2023.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ). Mortalidade Materna no Brasil. Boletim Epidemiológico, Rio de Janeiro, v. 51, n. 20, p. 1-47, maio, 2020. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/mortalidade-materna-no-brasil-boletim-epidemiologico-n-o-20-ms-maio-2020/. Acesso em: 26 jan. 2023.
LADIES, L. B. et al. Percepción de mujeres sobre el cuidado humanizado de enfermería durante la atención en el parto. Rev Cubana Enfermer, Cidade de Havana, v. 37, n. 2, p. 01-20, 2021. Disponível em: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-03192021000200018&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 07 fev. 2023.
LEAL, M. C. et al. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cad Saúde Pública, [s. l.], v. 30, n. 1, p. 17-32, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00151513. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/gydTTxDCwvmPqTw9gTWFgGd/?format=pdf&lang=pt.
NASCIMENTO, M. E. B. do et al. Pré-Natal e suas Evidências Dentro da Atenção Básica. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 1251–1266, 2024. DOI: 10.36557/2674-8169.2024v6n1p1251-1266. Disponível em: https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/1278. Acesso em: 25 abr. 2024.
MSELLE, L. T.; KOHI, T. W.; DOL, J. Barriers and facilitators to humanizing birth care in Tanzania: findings from semi-structured interviews with midwives and obstetricians. Reprod Health, [s. l.], v. 15, n. 137, p. 1-10, 2018. DOI: https://doi.org/10.1186/s12978-018-0583-7. Disponível em: https://reproductive-health-journal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12978-018-0583-7. Acesso em: 26 jan. 2023.
POMPEO, D. A.; ROSSI, L. A.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: etapa inicial do processo de validação de diagnóstico de enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 22, n. 4, p. 434-438, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-21002009000400014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/KCrFs8Mz9wG59KtQ5cKbGgK/. Acesso em: 13 jan. 2023.
POSSATI, A. B. et al. Humanization of childbirth: meanings and perceptions of nurses. Esc. Anna Nery, [s. l.], v. 21, n. 4, e20160366, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2016-0366. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/VVsfXjcBCgnXBYVNf7m68XS/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 25 jun. 2023.
SELLI, L. Bioética na Enfermagem: Interpretação à luz dos princípios bioéticos. São Leopoldo: Unisinos, 1998.
SILVA, D. A. da. Cuidado ao pré-natal segundo indicadores do programa de humanização do pré-natal e nascimento. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde, [s. l.], v. 9, n. 2, p. 111-123, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.18554/reas.v9i2.3076. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2021/01/1145806/cuidado-ao-pre-natal.pdf. Acesso em: 01 jan. 2023.
SOUZA, L. B. C. de et al. Percepção das puérperas sobre a assistência humanizada de enfermagem no ciclo gravídico-puerperal: Revisão de literatura. Revista Enfermagem Atual In Derme, [s. l.], v. 95, n. 36, p. 1-19, 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.36-art.1218. Disponível em: https://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/1218/1080. Acesso em: 15 jan. 2023.
World Health Organization (WHO) (org.). Intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization, 2018. E-book. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789241550215. Acesso em: 25 jun. 2023.
[1]Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Docente e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) – UNIFOR.E-mail: mirnafrota@unifor.br
[2] Mestranda em Saúde Coletiva (PPGSC) – UNIFOR. Graduada em Emfermagem pela Universidade de Fortaleza.E-mail: maraysacosta@hotmail.com
[3] Mestranda em Saúde Coletiva (PPGSC) – UNIFOR. Graduada em Emfermagem pela Universidade de Fortaleza.E-mail: marifernandes2076@outlook.com
[4] Doutora em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de D. Ana Guedes. Docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) – UNIFOR.E-mail: karlarolim@unifor.br
[5] Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará; Pós-doutoranda em Saude Coletiva (UNIFOR).E-mail: evaniaseveriano@gmail.com
[6] Doutor em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará. Docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) – UNIFOR.E-mail: thiago.daniele@unifor.br