HIV/AIDS E HEPATITES EM PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE: UM RECORTE SOBRE SINTOMATOLOGIA DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10529980


Prates-Fonseca, Carlos Eduardo.1
Sousa, Maelso Bispo de.2
Sousa, Maiele Bispo de.3
Silva, Fernanda Moreira.4
Veloso, Hilana Danielle Honorato.5
Silva, Ana Maria Fonseca da.6
Rodrigues, Daniel de Melo.7
Pinheiro, Fabrício Xavier de Oliveira.8
Silva, Luís Felipe Fernandes da.9


RESUMO

Objetivo: Avaliar saúde mental de forma holística em pessoas privadas de liberdade, portadoras de HIV/AIDS e Hepatites. Método: Estudo transversal, exploratório, documental, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da rede SOEBRAS, parecer n° 4.321.377, tendo por base amostral sete pessoas privadas de liberdade e como instrumento de coleta de dados a Escala de Depressão de Hamilton. Resultados: Humor depressivo: sentimentos relatados espontaneamente, com palavras (57,1%). Ansiedade somática: 57,1% sentimentos ausentes, 28,6% moderado: mais do que 2 sintomas e com maior frequência. Sentimentos suicidas: 14,3% ideias ou atitudes suicidas, e outros 14,3% tentativa de suicídio. Contudo, 71,4% apresentaram ausência desse sentimento. Sintomas somáticos gerais: 33,3% não apresentaram sintomas e 66,7% relataram peso em membros, costas ou cabeça; dor nas costas, na cabeça e músculos. Conclusão: Torna-se nítida a necessidade de compreender as Infecções Sexualmente Transmissíveis e as doenças psíquicas, considerando todo o processo de adoecimento e os contextos de atenção à saúde da população privada de liberdade, e as implicações dos fenômenos psíquicos nas pessoas vivendo com essas doenças.

DESCRITORES: Depressão; Ansiedade; Infecções sexualmente transmissíveis.

INTRODUÇÃO

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) tornou-se um grande problema populacional, de tamanho e proporções épicas, ocasionando um amontoado de dúvidas e preocupações em todo o mundo. A priori, fora identificada como uma doença que partia das relações homoafetivas, pois sua forma de disseminação entre este público ganhara dimensões consideráveis, não obstante, notou-se que sua propagação alcançara todos os públicos, considerando sua forma de transmissão.1

Além disso, as hepatites, doenças importantes em meio à saúde pública, corroboram de forma constante e alarmante diversos fatores que levam a população ao sofrimento patológico. A hepatite C, por exemplo, é uma doença considerada de grande importância para o desenvolvimento de doenças hepáticas, devido à sua extensão e evolução, caso não tratada precocemente, constituindo o maior desafio encontrado pelas entidades de assistência à saúde. Esse agravante dá-se, principalmente, pelo fato de que os primeiros sintomas do vírus HVC aparecerem somente após vários anos, quando o fígado aparentemente já está bastante comprometido, com alto grau de complicação hepática.2

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), exemplificando a hepatite B, tornam-se fator preocupante em meio à sociedade e ao poder público, devido à sua alta taxa de infectividade e de desenvolvimento patológico. Nesse caso, observando essa patologia em pessoas privadas de liberdade, é possível identificar o quão danoso torna-se seu acometimento, assim como os pressupostos vividos por esse público específico, para quem as condições mínimas de vida são precárias e a convivência interpessoal acaba por intensificar a transmissão da doença, por meio das relações sexuais desprotegidas e do uso coletivo de agulhas.3

No Brasil, partindo dos princípios da universalidade do acesso e integralidade da assistência prestada, o cuidado com os portadores de IST deve ultrapassar a incumbência de relacionar a prevenção e a medicalização a fim de assegurar e promover cuidados em saúde alargados e integrados entre seus setores e promovedores.4

Sendo assim, é imprescindível a inclusão de informações clínicas e terapêuticas relacionadas aos indivíduos privados de liberdade infectados pelas IST, além de estratégias individuais de orientações dos casos para o suporte terapêutico, abrandando e preparando-os para o desempenho de tratamentos simultâneos e para a adoção de hábitos de vida mais satisfatórios e saudáveis. Isso também se faz importante em função de uma significativa porcentagem dos sujeitos, que, embora estivessem em tratamento, tinham histórico de encerramento do tratamento para IST em um período da vida, o que pode contribuir para a instabilidade da doença e respectivo quadro agudo das circunstâncias clínicas e de saúde, além da persistência da cadeia de transmissão do vírus.5

A partir de todas as informações concebidas e trabalhadas, identificou-se a necessidade de abordagem deste tema, diante de tantos desafios enfrentados, a fim de evidenciar os vários fatores psicológicos em pessoas privadas de liberdade e portadores de HIV/AIDS e Hepatites virais e os demais aspectos sobre depressão e ansiedade que acometem esse público.

Todavia, o projeto teve como objetivo avaliar prioritariamente os aspectos de saúde mental, assim como a sua extensão sintomatológica relacionada a depressão e ansiedade em pessoas privadas de liberdade portadores de HIV/AIDS e Hepatites virais.

MÉTODOS

Trata-se de pesquisa transversal, exploratória, documental, a qual foi realizada com detentos do sexo masculino custodiados no em um Presídio masculino na região norte de Minas Gerais, no período entre fevereiro e novembro de 2020, sendo utilizado o quantitativo de reclusos na unidade prisional a ser pesquisada, definindo, assim, a amostra de participantes deste estudo que totalizou sete privados de liberdade.

Os critérios de inclusão foram: ser indivíduo portador de IST na forma crônica, especificamente de HIV/AIDS e hepatites; estar sob custódia por 06 meses ou mais; e participar de forma voluntária, assinando o Termo de Consentimento Livre e esclarecido (TCLE), após levantamento de censo de casos junto à Equipe de Atenção Básica Prisional (EAB). Foram excluídos da pesquisa aqueles que possuíam déficit de atenção, comorbidades descompensadas e que não estivessem fazendo uso de antirretrovirais.

O instrumento de coleta de dados utilizado foi a Escala de Depressão de Hamilton, contento 17 itens de cunho de saúde mental e características das próprias patologias, investigando a gravidade de sintomas depressivos.

Para melhor organização e visualização dos dados obtidos através do questionário, foi utilizado o Programa de Processamento de Dados, Microsoft Word 2010, com a disponibilização de dados em forma de tabelas, para facilitar a melhor compreensão.

Tratando-se de uma pesquisa que envolve seres humanos, levou-se em conta a Resolução n° 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, com vistas a garantir total segurança em relação às informações obtidas, assim como sua autonomia e respeito aos participantes. O projeto de pesquisa foi aprovado e autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da rede SOEBRAS sob o parecer n° 4.321.377.

RESULTADOS

Participaram deste estudo, indivíduos em situação de privação de liberdade, portadores de HIV/AIDS e Hepatites B e C, sendo todos do sexo masculino, custodiados no Presídio masculino de médio porte. Após análises de dados, observaram-se resultados variados, relativos às condições físicas e psíquicas dos privados de liberdade, evidenciando diversas variáveis que são desenvolvidas a partir do surgimento da depressão, da ansiedade, dos quadros somáticos gerais e do pensamento suicida. Com base nos resultados obtidos, evidenciou-se ampla problemática relacionada à saúde psicológica dos privados de liberdade, portadores de HIV e Hepatites, em que tais questões desenvolvidas por essas doenças serão descritas nas tabelas 1 e 2 a seguir.

Tabela 1 – Distribuição da amostra por característica de humor depressivo e ansiedade somática. Montes Claros-MG, Brasil, 2020.

ITEMPORCENTAGEM
Humor depressivo
1- Ausente28,6 %
2- Sentimentos relatados somente ou ser inquirido0,0 %
3- Sentimentos relatados espontaneamente, com palavras57,1 %
4- Comunica os sentimentos não com palavras, com a expressão facial e postura14,3 %
5- Sentimentos deduzidos da comunicação verbal e não verbal espontânea0,0 %
Ansiedade-somática
1 – Ausente57,1 %
2 – Duvidoso ou trivial: sintomas menores, relatados quando questionados.0,0 %
3 – Leve: paciente descreve espontaneamente os sintomas, que não são acentuados14,3 %
4 – Moderado: mais do que 2 sintomas e com maior frequência.28,6 %
5 – Grave: numerosos sintomas, persistentes e incapacitantes0,0 %

 Fonte: Dados da pesquisa.

Em análise da tabela 1, no item relativo ao humor depressivo dos detentos, observa-se que mais da metade (57,1%) expressaram de forma natural e espontânea esses sentimentos depressivos, enquanto 14,3% dos entrevistados demonstraram, de forma não verbal, mas sim com gestos, expressões e movimentos, a existência desses sentimentos.

Em contrapartida, a partir de toda análise de dados, houve uma porcentagem considerável dos entrevistados que, por entendimento positivo, não apresentaram nenhum tipo de humor depressivo, caracterizando uma totalidade de 28,6%. Ressalta-se que os números 2 e 5 deste item não obtiveram nota para ser avalizada, sendo o resultado de ambos de 0,0%.

Seguindo a tabela 1, no item ansiedade somática, os resultados foram satisfatórios, sendo ausentes em 57,1% dos privados de liberdade. Na opção 4, onde a ansiedade somática é caracterizada como: moderado: mais do que 2 sintomas e com maior frequência, o resultado obtido foi de 28,6%, enquanto na opção 3, o resultado chegou a 14,3% dos presidiários. Quando considerados os sintomas graves e duvidosos, descritos nas opções 2 e 5 respectivamente, os resultados obtidos foram de 0,0%.

Tabela 2 – Distribuição da amostra por suicídio e hipocondria. Montes Claros-MG, Brasil, 2020.

ITEMPORCENTAGEM
Suicídio
1 – Ausente71,4 %
2 – Acha que não vale a pena viver0,0 %
3 – Deseja estar morto ou pensa em uma possível morte para si0,0 %
4 – Ideias ou atitudes suicidas14,3 %
5 – Tentativa de suicídio14,3 %
Sintomas somáticos gerais
0 – Nenhum33,3 %
1 – Peso em membros, costas ou cabeça; dor nas costas, na cabeça ou nos músculos66,7 %
2 – Qualquer sintoma bem caracterizado e nítido0,0 %

Fonte: Dados da pesquisa.

Com base nas análises dos dados coletados e expressos na tabela 2, são evidenciados alguns conteúdos associados às questões que envolvem as ideações suicidas e a tentativa de suicídio, assim como os diversos problemas físicos que são causados aos detentos portadores de HIV e hepatites.

Não obstante, no quesito de sentimentos suicidas, 71,4% dos detentos foram classificados com sentimentos ausentes, enquanto 14,3% destes e outros 14,3% apresentaram ideias ou atitudes suicidas ou praticaram tentativa de suicídio.

Ainda na tabela 2, no item “sintomas somáticos gerais”, a partir da análise descritiva, considerando os sete participantes da pesquisa, 66,7% destes foram classificados a partir da opção 1 desse item, cujas características são: peso em membros, costas ou cabeça; dor nas costas, na cabeça ou nos músculos. No entanto, outros 33,3% enquadraram-se na opção 0 desse mesmo item, caracterizando tais sintomas como “ausentes”.

DISCUSSÃO

Conforme análise de dados, evidenciaram-se fatores profusos que envolvem a saúde da população privada de liberdade, trazendo à tona diversas indagações que abrangem os privados de liberdade portadores de HIV/AIDS e Hepatites. Sendo assim, identificou-se o quão é vulnerável a população privada de liberdade portadora de IST, estando a depressão e a ansiedade entre as principais doenças psíquicas que acometem esse público, levando a um montante de sintomas físicos decorrentes do estado em que se encontram. Logo, todas essas alterações no estado de saúde dos detentos são decorrentes das diversas condições negativas a que são expostos dentro da prisão.

Diante de todo esse contexto, pode-se afirmar que a população privada de liberdade está entre os públicos mais vulneráveis ao desenvolvimento de variadas doenças, sendo que a depressão entre os presos é reflexo dessa condição de vulnerabilidade e marginalidade.6

A população carcerária acometida por HIV é prevalentemente superior à sociedade como um todo, objetivando estudos sucintos em relação às causas desse acontecimento. O número de indivíduos em situação prisional, que desenvolvem algum tipo de doença psicológica, é muito superior à média da população em geral. O simples fato de estar em privação de liberdade torna-se fator primordial, além de desenvolver resistência à adesão ao tratamento, poderão interferir negativamente no prognóstico esperado. Além disso, poderiam ser consideradas a AIDS e a depressão uma via de mão dupla, em que, a partir de seus segmentos e evolução, tornarão fatores predisponentes uma da outra, desenvolvendo muitas outras condições desfavoráveis, como ansiedade, antipatia social e seu isolamento, discriminação e preconceito.7

A depressão é uma das doenças que mais atinge a população privada de liberdade, desencadeando inúmeras outras complicações que interagem entre si, potencializando os fatores negativos que atingem a saúde do indivíduo.8

Levando em consideração os vários fatores que levam a pessoa privada de liberdade com HIV a desenvolver depressão ou outras doenças psicossociais, intercalam, principalmente, a falta de estrutura relacionada ao apoio social a esse indivíduo, bem como as condições negativas trazidas pela doença, os devaneios existenciais causados pela própria condição e os estigmas incorporados mediante o diagnóstico e a evolução das patologias. A convivência social assim como o relacionamento interpessoal são fatores que atuam de forma memorável ao enfrentamento da depressão e do estigma relacionado às condições de carcerários portadores de HIV.9

Nessa perspectiva, há grandes problemas enfrentados pelos privados de liberdade portadores de IST, tais como a falta de informação, comunicação e qualidade na convivência social, e isso é decorrente do baixo padrão daquilo que o autor chama de “capital social”, pois quanto mais baixo for o capital social do indivíduo, maior será seu desconhecimento, menor será seu nível socioeconômico e menor será sua qualidade de vida, sendo que todas essas condições são fatores predisponentes e desenvolvedores da marginalização.10

Pessoas privadas de liberdade que são diariamente expostas a vários estressores importantes, seja por um espaço curto de tempo, ou por momentos prolongados de exposição, tendem a desenvolver de forma mais evidente sentimentos depressivos e posteriormente risco de cometer suicídio. Isso é exemplificado a partir da existência de múltiplas problemáticas que atormentam a condição psíquica do indivíduo. Em razão disso, as más condições das prisões, as relações conturbadas entre os companheiros de cárcere, a violência e a solidão, todas estas condições desencadeiam fatores importantes e variados em relação à saúde mental dos presidiários.11

AINDA, os altos índices de ansiedade relacionados ao confinamento, as violências físicas e psicológicas, a precariedade estrutural e de infraestrutura das prisões, assim como sua superlotação, favorecem o desencadeamento dos transtornos mentais, intermediando as condições que levam ao surgimento das ideações suicidas, com a possível tentativa final de suicídio.12

CONCLUSÃO

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas para o desenvolvimento deste estudo, como a limitação de acesso aos privados de liberdade e a impossibilidade de realização presencial do trabalho, devido às barreiras impostas pela pandemia do novo Coronavírus, assim como os obstáculos para o desenvolvimento do estudo, mediante a redução de amostras para pesquisa, as representações sociais evidenciadas por meio deste trabalho, constituíram aspectos biológicos e psicossociais.

Observou-se a existência de ligações entre essas temáticas, envolvendo doenças de cunho sexual e psicológicas, pois, através dos dados obtidos e apresentados, notaram-se diversos elementos e variantes que interligam entre si, tais como: medo, angústia, desespero e ideações suicidas. Com isso, nota-se que as IST foram ancoradas nas doenças psicoafetivas, caracterizadas pela ansiedade somática, o que colaborou para o alto índice da prevalência da sintomatologia depressiva encontrada (57,1%), destarte a reduzida amostra neste estudo.

Diante disso, tendo em vista todo o contexto de pesquisa e a prevalência da sintomatologia depressiva observada nos participantes do estudo, remete-se à necessidade do preparo dos profissionais para um diagnóstico precoce, dentro de um contexto não só das IST, mas também das doenças clínicas em geral. Logo, evidencia-se a necessidade de entender os fatores associados a patologias psicológicas no contexto dessas infecções, para incrementar estratégias de intervenções nos serviços de saúde que prestam assistência às populações privadas de liberdade, influenciando diretamente na adesão ao tratamento e na qualidade de vida dessa população.

REFERÊNCIAS

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3Silva AAS, Araujo TME, Teles SA, Magalhães RLB, Andrade ELR. Prevalência de Hepatite B e fatores associados em internos de sistema prisional. Acta Paulista de Enfermagem [Internet]. 2017 [cited 2022 Apr 4];30(1):66-72. Available from: https://www.scielo.br/j/ape/.

4Lavezzo F, Freitas GM, Rodrigues DG, Braz MM. Caracterização da rede e apoio psicossocial dos pacientes soropositivos. Archives Of Health Sciences [Internet]. 2019 [cited 2022 Apr 4];26(2):94-98. Available from: https://gudapuris.com/archives-of-health-science.php#:~:text=Archives%20of%20health%20science%20is,and%20letters%20to%20the%20editor.

5Ravanholi GM, Catoia EA, Andrade RLP, Lopes LM, Brunello MEF, Bolleta VR, et al. Pessoas vivendo em HIV/AIDS no cárcere: Regularidade no uso de terapia antirretroviral. Acta Paulista de Enfermagem [Internet]. 2019 [cited 2022 Apr 4];32(5):531-529. Available from: https://www.scielo.br/j/ape/a/jNt5jcWYj73TCqSNQqsCqDn/?lang=pt

6Santos MM, Barros CRS, Andreoli SB. Fatores associados à depressão em homens e mulheres presos. Revista Brasileira de Epidemiologia [Internet]. 2019 [cited 2022 Apr 4]; 22:1-14. Available from: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/bWsfrQZjdSHt3qSJs5PmHfR/?lang=pt#:~:text=Entre%20mulheres%2C%20as%20associa%C3%A7%C3%B5es%20com,hist%C3%B3rico%20infracional%20e%20crime%20violento.

7Jalali F, Hasani A, Hashemi SF, Kimiaei S, Babaei A. Cognitive group therapy based on schema-focused approach for reducing depression in prisoners living with. International jornal of ofender therapy and comparative criminology [Internet]. 2018 [cited 2022 Apr 4];63(2):276-288. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29938557/.

8Getaneh M, Reta MM, Assefa D, Yohannis Z, Demilew D. Two-third of inmates were depressed among HIV positive prisoners at central prison (Kaliti), Addis Ababa, Ethiopia. BMC Research Notes [Internet]. 2019 [cited 2022 Apr 4];12(1) Available from: https://bmcresnotes.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13104-019-4216-1

9Shrestha P, Copenhaver M, Bazazi AR, Medina TBH, Krishnan A, Aaltice F. A Moderated Mediation Model of HIV-Related Stigma, Depression, and Social Support on Health-Related Quality of Life among Incarcerated Malaysian Men with HIV and Opioid Dependence. AIDS and Behavior [Internet]. 2017 [cited 2022 Apr 4];21(4):1059-1069. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28108877/.

10Lafferty L, Treloar C, Guthrie J, Chambers GM, Butler T. Social capital strategies to enhance hepatites C treatment awareness and uptake among men in prison. Journal of Viral Hepatitis [Internet]. 2016 [cited 2022 Apr 4];24(2):111-116. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27778436/.

11Antunes DA, Zaniella CL. Usuários do prorama DST/AIDS/HIV e hepatites virais: um estudo psicossocial realizado com pessoas vivendo com HHIV/AIDS. Revista professare [Internet]. 2017 [cited 2022 Apr 3];6(3):145-168. Available from: https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/professare/issue/view/61

12Ranuzi C, Santos TG, Araujo ACMC, Rodrigues LR. Suicidal thinking, depression, and religiosity in a freedom-deprived population. Revista Latino-Americana de Enfermagem [Internet]. 2020 [cited 2022 Apr 4];28:2-10. Available from: https://www.scielo.br/j/rlae/a/VrKQrQPqWVqFYvFfPbdMNtN/?lang=en


1Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina/Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde: doutorando em infectologia e medicina tropical. ORCID: 0000-0002-0082-905X – Orientador.

2Enfermeiro – Faculdades FASI. Especialista em Gestão de Estratégia Saúde da Família e Estomaterapia. ORCID: 0000-0003-0169-2777

3Enfermeira – Universidade UNIMONTES. ORCID: 0000-0001-5997-4916

4Enfermeira – Faculdades FASI. Especialista em Urgência e Emergência. ORCID: 0009-0002-9288-1345

5Acadêmica de Medicina – Faculdades FUNORTE. ORCID: 0000-0002-3696-3728

6Enfermeira – Faculdades FASI. ORCID: 0009-0006-8524-2173

7Enfermeiro – Faculdades FASI. ORCID: 0000-0001-5773-3553

8Enfermeiro – Universidade UNIMONTES. ORCID: 0000-0001-7191-721X

9Fisioterapeuta – Faculdades FUNORTE. Especialista em Fisioterapia Respiratória e UTI neonatal. ORCID: 0009-0002-0672-4854