HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL:  ETIOLOGIA E TRATAMENTO

PERIORBITAL HYPERPIGMENTATION: ETIOLOGY AND TREATMENT 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202410312028


Vitória Bárbara da Cunha Peixoto Nelis1
Ma. Lilian de Abreu Ferreira2


RESUMO 

O envelhecimento é um processo complexo e multifatorial.  A região periorbital é a primeira área da face a mostrar sinais de envelhecimento. A hiperpigmentação periorbital, mais conhecida como olheiras, é uma ocorrência de máculas e manchas hipercromáticas bilaterais que geralmente afetam as pálpebras inferiores, de pigmentação marrom ou escura, que também pode estar presente nas pálpebras superiores, região malar, sobrancelhas e regiões vizinhas. As literaturas citam as olheiras como uma queixa comum e podem apresentar grande impacto na qualidade de vida e na autoestima dos pacientes. Assim sendo, este artigo apresenta uma revisão narrativa da literatura, explorando os principais fatores causadores dessa condição e os principais os tratamentos recomendados na literatura científica. Foi realizada uma busca de artigos em algumas bases de dados eletrônicas, restringindo essa busca a artigos publicados nos últimos 10 anos, nas línguas inglesa e portuguesa. Foi possível evidenciar que a hiperpigmentação periorbital, é causada por vários fatores exógenos e endógenos, que incluem genética ou hereditariedade, pigmentação excessiva, hiperpigmentação pós-inflamatória secundária à dermatite de contato, atópica e alérgica, edema periorbital, vascularização excessiva, efeito de sombra devido à flacidez da pele e sulco nasojulgar associado ao envelhecimento. Além de fatores como alimentação inadequada e falta de sono, que também contribuem para acentuar a pigmentação. Entre as alternativas disponíveis para o tratamento das olheiras, estão os agentes despigmentantes tópicos, como hidroquinona, ácido kójico, ácido azelaico e ácido retinóico tópico, peelings químicos, correções cirúrgicas e terapias a laser, muitas das quais testadas cientificamente. para melasma, outra condição comum de hiperpigmentação que ocorre na face. O objetivo do tratamento deve ser identificar e tratar a causa primária da hiperpigmentação, bem como seus fatores contribuintes. A revisão também destaca a importância de abordagens terapêuticas personalizadas, considerando a complexidade das interações entre esses fatores. Além das intervenções estéticas, é essencial incluir suporte psicológico e estratégias de prevenção que promovam o autocuidado e a conscientização sobre a saúde da pele. Conclui-se que uma abordagem holística, que integre diferentes áreas da saúde, é fundamental para o tratamento eficaz da hiperpigmentação periorbital e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. 

Palavras chave: Envelhecimento, Hiperpigmentação, Abordagem terapêutica. 

ABSTRACT 

Aging is a complex and multifactorial process.  The periorbital region is the first area of the face to show signs of aging. Periorbital hyperpigmentation, better known as dark circles, is an occurrence of bilateral hyperchromatic macules and spots that generally affect the lower eyelids, with brown or dark pigmentation, which can also be present on the upper eyelids, malar region, eyebrows and neighboring regions. The literature cites dark circles as a common complaint and can have a major impact on patients’ quality of life and self-esteem. Therefore, this article presents a narrative review of the literature, exploring the main factors causing this condition and the main treatments recommended in the scientific literature. A search for articles was carried out in some electronic databases, restricting this search to articles published in the last 10 years, in English and Portuguese. It was possible to demonstrate that periorbital hyperpigmentation is caused by several exogenous and endogenous factors, which include genetics or heredity, excessive pigmentation, postinflammatory hyperpigmentation secondary to contact, atopic and allergic dermatitis, periorbital edema, excessive vascularization, shadow effect due to sagging skin and nasal folds associated with aging. In addition to factors such as inadequate nutrition and lack of sleep, which also contribute to accentuating pigmentation. Among the alternatives available for treating dark circles are topical depigmenting agents, such as hydroquinone, kojic acid, azelaic acid and topical retinoic acid, chemical peels, surgical corrections and laser therapies, many of which have been scientifically tested. for melasma, another common hyperpigmentation condition that occurs on the face. The goal of treatment should be to identify and treat the primary cause of hyperpigmentation, as well as its contributing factors. The review also highlights the importance of personalized therapeutic approaches, considering the complexity of the interactions between these factors. In addition to aesthetic interventions, it is essential to include psychological support and prevention strategies that promote self-care and awareness about skin health. It is concluded that a holistic approach, which integrates different areas of health, is fundamental for the effective treatment of periorbital hyperpigmentation and for improving patients’ quality of life. 

Keywords: Aging, Hyperpigmentation, Therapeutic approach. 

1. INTRODUÇÃO 

Nos últimos anos verifica-se intensa procura por procedimentos estéticos, sobretudo visando o rejuvenescimento facial. Com o aumento da expectativa de vida, e um número cada vez maior de inserção social de homens e mulheres de maior idade, procura-se formas de garantir, mesmo com o avanço da idade, uma adequada harmonização facial (Affonso et al, 2022).  

Durante o envelhecimento humano há alterações bioquímicas e estruturais das fibras de colágeno, reduzindo a síntese e aumentando a degradação, como consequência ocorre alteração do volume facial, perda de elasticidade, rítides, sulcos e marcas de expressões (Haddad et al., 2017). De acordo com Guedes (2022), o envelhecimento é um processo complexo e multifatorial. São alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, estéticas e funcionais. 

A região periorbital é a primeira área da face a mostrar sinais de envelhecimento. A olheira é uma queixa comum e pode apresentar grande impacto na qualidade de vida e na autoestima dos pacientes (Guedes, 2022). 

A hiperpigmentação periorbital ou hiperpigmentação periocular, mais conhecida como olheiras, é uma ocorrência de máculas e manchas hipercromáticas bilaterais que geralmente afetam as pálpebras inferiores, de pigmentação marrom ou escura, que também pode estar presente nas pálpebras superiores, região malar, sobrancelhas e regiões vizinhas (Bardini et al., 2012; de Araujo; Ferreira, 2018).  

A etiologia é multifatorial, e pode ocorrer devido perda de volume da região do sulco nasojugal, frouxidão da pele e pele translúcida, vasculatura proeminente ou estase sanguínea, pigmentação excessiva, alergia, asma, dermatite atópica, prolapso do tecido adiposo e uso de alguns medicamentos (Goldman, Goldust; Wollina, 2021). 

Ainda conforme Affonso et al. (2022) a coloração da região palpebral se dá a partir de diversos fatores conjugados como: características genético-raciais, concentração do pigmento melanina, sexo, e aspectos individuais estruturais, como a espessura dos diversos componentes, e também o conteúdo sanguíneo de sua rede venosa. 

Diante do exposto, este estudo teve como objetivo revisar os principais fatores que causam a hiperpigmentação periorbital e apresentar os diferentes tratamentos disponíveis presentes em evidências científicas.  

2. METODOLOGIA  

Para a realização deste estudo sobre hiperpigmentação periorbital, adotou-se uma abordagem de revisão bibliográfica de forma narrativa, com o intuito de compilar e analisar os principais fatores causadores da condição e as diferentes abordagens terapêuticas disponíveis. Foram considerados como fontes válidas, artigos científicos disponíveis em periódicos, assim como teses, dissertações e capítulos de livros que tratassem sobre a hiperpigmentação periórbital. A pesquisa se restringiu a artigos publicados nos últimos 10 anos nas línguas portuguesa e inglesa, ressaltando que estas publicações devem fornecer informações relevantes sobre a etiologia, tratamento e os impactos psicossociais relacionados à condição. Foram excluídos artigos de opiniões e aqueles que não foram possíveis acessar na íntegra. 

Para identificar os estudos relevantes sobre hiperpigmentação periorbital, foi realizada uma pesquisa abrangente em algumas bases de dados eletrônicas como PubMed, Google acadêmico, Scopus e Web of Science. Os termos de busca utilizados incluíram “hiperpigmentação periorbital”, “olheiras” e “melanose periorbital”, visando abranger todas as variações terminológicas do tema. Realizou-se uma triagem preliminar baseando-se em título e resumos, de modo a selecionar apenas estudos diretamente ligados à hiperpigmentação periorbital. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

3.1 CAUSAS DA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL 

A etiologia da hiperpigmentação periorbital é multifatorial e sua patogênese permanece indefinida. Vários fatores exógenos e endógenos contribuem para sua patogênese. Os possíveis fatores causais incluem genética ou hereditariedade, excesso pigmentação, edema periorbital, pele da pálpebra inferior fina e translúcida, congestão venosa com deposição de hemossiderina, problema estrutural orbital e sombreamento devido à flacidez da pele e sulco nasojugal. Outros fatores, como doenças sistêmicas, metabólicas e hormonais subjacentes, deficiências nutricionais, medicamentos, reações alérgicas, derma atópica, distúrbios do sono, estresse, álcool consumo, tabagismo, uso frequente de cosméticos, fricção frequente dos olhos e problemas oculares, como a miopia, também estão implicados na hiperpigmentação periorbital (Agrawal, 2018). 

3.1.1 Genética 

Observa-se que a predisposição genética desempenha um papel significativo em indivíduos de determinadas etnias, como asiáticos e africanos, sendo estes, mais propensos a desenvolver essa condição, devido a uma maior densidade de melanina na pele (Borba, 2018). 

3.1.2 Pigmentação excessiva 

A pigmentação excessiva é observada devido à melanocitose dérmica e hiperpigmentação pós-inflamatória secundária a dermatite atópica ou dermatites de contato alérgicas. Em indivíduos alérgicos, o ato frequente de esfregar ou coçar a pele ao redor dos olhos e o acúmulo de líquido devido a alergia facial contribui para o aparecimento das populares olheiras.  A pigmentação excessiva também pode ser devida a hiperpigmentação inflamatória devido às outras condições dermatológicas (por exemplo, líquen plano pigmentoso) e também pode ser induzida por medicamentos. O uso crônico de alguns medicamentos, como os de terapia de reposição hormonal, contraceptivos orais, anfetaminas e compostos quimioterápicos, podem causar hiperpigmentação periorbital. Além disso, algumas doenças, como problemas hepáticos e renais, podem alterar a coloração da pele ao redor dos olhos (Galvão; Pereira, 2014). 

A melanocitose dérmica pode ser causada por fatores ambientais, como exposição excessiva ao sol e uso de alguns medicamentos. Histologicamente ela é caracterizada pela presença de melanócitos na derme. Clinicamente, essas lesões são identificáveis pela aparência cinza ou cinza azulado. O Nevo Ota se localizado infraorbitalmente, também pode ser uma causa da hiperpigmentação periorbital, assim como o nevo de Hori, que pode se estender envolvendo a área periocular, causando a hiperpigmentação periorbital (Goldman; Goldust; Wollina, 2021). 

3.1.3 Edema periorbital 

A região das pálpebras possui uma propriedade associada à uma esponja, acumulando fluido em situações sistêmicas ou em casos de edema local. Um depósito de líquido nas pálpebras maior é acentuada pela manhã ou após uma refeição salgada, caracterizada pela cor arroxeada e contornos indefinidos das regiões de gordura (Agrawal, 2018). 

3.1.4 Atrofia da gordura subcutânea 

A atrofia da gordura subcutânea, pele fina e translúcida, bom como a vasculatura superficial, são outros fatores importantes de desenvolvimento da hiperpigmentação periorbital, pois levam a um aspecto violáceo da pele. Esse aspecto é mais proeminente na face interna das pálpebras inferiores e geralmente se acentua durante episódios de problemas físicos e mentais, estresse, incluindo período menstrual e gravidez (Agrawal, 2018). 

3.1.5 Alteração da estrutura orbital 

O envelhecimento também é considerado um fator etiológico, pois à medida que envelhecemos, a pele tende a tornar-se mais fina e flácida, tornando os vasos sanguíneos subjacentes mais visíveis, há atrofia muscular, perda de tecido e volume na região malar e palpebral. o que pode contribuir para uma coloração mais escura. (Dayal et al., 2020; Polvani, 2023). 

3.1.6 Flacidez da pele e sulco nasojugal (efeito de sombra) 

Estes são o resultado de uma combinação da idade avançada, doenças crônicas, e fotodano. O colágeno e a elastina do tecido fino das pálpebras e da pele periorbital sofrem degeneração. Além disso, a epiderme danificada libera colagenases que contribuem para a degeneração do colágeno e, portanto, flacidez da pele,  conferindo efeito de sombra nas pálpebras inferiores. O sulco nasojugal é uma depressão centrada na borda orbital inferior. Ela se aprofunda à medida que o envelhecimento da pele ocorre, devido à perda de gordura subcutânea periorbital com adelgaçamento da pele sobre o ligamento da borda orbital, associada à hipotrofia do músculo orbicular, conferindo assim um vazio à área da borda orbital que acentua os efeitos de sombra na região. Este sombreamento é dependente da luz, muitas vezes mascarado com o uso da fotografia com flash direto (Agrawal, 2018). 

3.1.7 Outras causas 

Os medicamentos como colírios hipotensores análogos das prostaglandinas (latanoprosat e bimatoprosta, travoprosta, etc.) também podem causar hiperpigmentação após 3-6 meses de tratamento. Os possíveis mecanismos da pigmentação são aumento da melanogênese nos melanócitos dérmicos e aumento da transferência de melanina para a epiderme basal. Embora seja um efeito adverso raro, uma lipodistrofia orbital adquirida pode ser desenvolvida devido aos potentes efeitos androgênicos da prostaglandina (Agrawal, 2018).  

Problemas sistêmicos subjacentes, doenças metabólicas, hormonais e deficiências nutricionais podem levar à pigmentação da área periorbital, no entanto, não há evidência substancial na literatura (Sakar et al., 2016). 

Alguns fatores de estilo de vida, como distúrbios do sono, estresse, consumo de álcool, tabagismo, uso frequente de cosméticos inadequados, fricção frequente dos olhos, falta de correção para erros de refração como a miopia também estão implicados na hiperpigmentação periorbital, embora não estejam clinicamente fundamentados (Agrawal, 2018). A privação de sono leva à dilatação dos vasos sanguíneos sob os olhos, aumentando o escurecimento. Alergias e condições inflamatórias, como a dermatite atópica, podem causar coceira e irritação, levando ao atrito e consequentemente o escurecimento da área afetada. A rinite alérgica, por exemplo, provoca inflamação e congestão dos vasos dessa área, o que pode resultar no escurecimento (Costa; Sales, 2020). 

A exposição solar também é outro fator importante, pois os raios ultravioletas estimulam a produção de melanina, o que pode agravar a hiperpigmentação. Sem o uso de protetor solar, essa área acaba ficando ainda mais marcada. Doenças de pele, como dermatites, e outras inflamações, também podem escurecer a pele devido ao atrito e irritação. Além disso, algumas doenças, como problemas hepáticos e renais, podem alterar a coloração da pele ao redor dos olhos (Galvão; Pereira, 2014; Dias et al., 2017). 

As alterações hormonais, especialmente em mulheres, podem influenciar a hiperpigmentação periorbital. Durante a gravidez, menstruação ou uso de anticoncepcionais hormonais, os níveis de hormônios podem flutuar, resultando em um aumento da produção de melanina e, consequentemente, no escurecimento da pele ao redor dos olhos (Guerra et al., 2013). 

As olheiras podem acabar atrapalhando a qualidade de vida, afetando o emocional e até fazendo com que a pessoa evite contato social. O incômodo constante com a própria aparência pode levar alguém a se afastar de amigos e deixar de ir a encontros ou eventos, prejudicando tanto as relações quanto o estado mental. Por conta disso, é comum que apareçam sentimentos de isolamento, tristeza e baixa autoestima, o que acaba afetando o bem-estar como um todo (Souza et al., 2013). 

É importante reconhecer o impacto das olheiras na saúde mental e buscar apoio adequado para lidar com esses desafios. Isso pode incluir o tratamento das olheiras, se possível, bem como o acesso a serviços de apoio emocional, como aconselhamento psicológico ou terapia cognitivo-comportamental. Ao abordar tanto os aspectos físicos quanto os emocionais das olheiras, é possível melhorar significativamente o bem-estar geral das pessoas afetadas (Souza et al., 2011). 

O diagnóstico da hiperpigmentação periorbital é principalmente clínico. O exame com lâmpada de Wood é útil para diferenciar entre pigmentação epidérmica ou dérmica. Se não houver acentuação de pigmento, então se trata de pigmentação ou vascularização da melanina dérmica. Se houver uma acentuação do pigmento, então é devido à pigmentação superficial da melanina. As biópsia de pele com histologia raramente são necessárias para diagnóstico diferencial. Os testes alérgicos, como o Patch Test e Prick Test são recomendados para as suspeitas de alergias (Goldman, Goldust & Wollina, 2021). 

A classificação da pigmentação periorbital pode ser dividida em vascular, pós inflamatória, constitucional, efeito sombra, e em outras causas (Figura 1). A descrição de cada classificação e o grau de severidade são apresentados no quadro 1 e quadro 2 respectivamente.  O tipo constitucional/pigmentado se mostra com uma tonalidade marrom infraorbital. O tipo vascular aparece com uma tonalidade infraorbital azul, rosa ou roxa, com ou sem inchaço periorbital. O tipo estrutural aparece como sombras estruturais formadas pelos contornos da superfície anatômica facial. Pode estar associada a bolsas palpebrais infraorbitais, blefaroptose e perda de gordura com proeminência óssea. O tipo misto combina duas ou três das aparências acima. Essas classificações podem auxiliar na introdução das modalidades terapêuticas com base no tipo de hiperpigmentação, cada uma responde a determinados tipos de tratamento (Samaan et al., 2022). 

Figura 1 – Classificação da Hiperpigmentação Periorbital 

Fonte: Elaborado pelo autor 

A hiperpigmentação periorbital atinge ambos os sexos, porém é mais frequentemente é motivo de preocupação maior em mulheres, devido à preocupação estética e à congestão de grandes vasos dérmicos, estase e extravação de líquidos relacionadas às alterações hormonais durante os ciclos menstruais (Bardini et al., 2012). 

Quadro 1 – Descrição das categorias de classificação da hiperpigmentação periorbital 

Fonte: Adaptado de Goldman, Goldust & Wollina, 2021 

A literatura sobre a histologia da hiperpigmentação periorbital é escassa, porém é sugerido que suas características histológicas podem ser de natureza epidérmica e dérmica. Alguns pesquisadores analisaram biópsias da pele periorbital em 12 pacientes japoneses com diagnóstico de Hiperpigmentação periorbital. A melanina foi o pigmento observado em macrófagos dérmicos superiores. Em outro estudo em 28 adultos também com diagnóstico de hiperpigmentação periorbital, foi observado que a hemossiderina (resultante de extravasamento e localização superficial da vasculatura) estava ausente em todos os casos. O aumento do conteúdo de melanina na derme papilar foi leve, nos casos clínicos leves, e moderado, nos casos clínicos moderados e graves. Leve dilatação dos vasos sanguíneos foi observada na derme papilar nos diferentes níveis clínicos de gravidade, enquanto na derme reticular os vasos sanguíneos apresentaram dilatação moderada e poucos melanófagos foram encontrados. Os autores concluíram que o aumento do conteúdo de melanina foi a alteração histológica mais marcante e que a dilatação dos vasos sanguíneos dérmicos pode contribuir para a gravidade da hiperpigmentação periorbital. Esses achados histológicos são muito importantes em nossa discussão sobre a hiperpigmentação periorbital com nossos pacientes. O fato de a maior parte da melanina ser dérmica, como defendido pelos pesquisadores, correlaciona-se clinicamente com a dificuldade no tratamento desse distúrbio e com a resistência observada da condição dermatológica em responder aos tratamentos tópicos (Roberts, 2014).  

Há uma demanda grande pelo tratamento da hiperpigmentação que é influenciado pela quantidade de publicidade de produtos cosméticos específicos para tratar esta condição. As mulheres se sentem especialmente incomodadas e preocupadas a ponto de ocorrer prejuízo significativo em sua qualidade de vida. É quase que mandatório, ocultar as lesões para alguns indivíduos, principalmente àqueles que dependem de uma aparência bem cuidada e positiva para seu trabalho ou ações sociais. Apesar de frequente essa condição nos consultórios dermatológicos e clínicas de estética, não há muita importância recebida na literatura científica. Há poucos estudos publicados sobre a prevalência, causas, patogênese e modalidades de tratamento baseado em evidências (Agrawal, 2018). 

Quadro 2 – Grau de severidade da pigmentação periorbital 

Fonte: Adaptado de Goldman, Goldust & Wollina, 2021 

3.2 TRATAMENTOS PARA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL 

Os tratamentos tópicos costumam ser o primeiro passo e incluem cremes clareadores contendo ingredientes como hidroquinona, ácido kójico, vitamina C, uma combinação tripla (Fórmula de Kligman, contendo 4% de hidroquinona, 0,05% de tretinoína e 0,01% de acetonido de fluocinolona), retinóides, ácido azelaico, niacinamida e alfa arbutin. Desses agentes tópicos, o mais amplamente utilizado é a hidroquinona. Esses compostos atuam inibindo a produção de melanina e promovendo a renovação celular (Sakar, 2016; Awal et al., 2024.). 

Para além dos tratamentos diretos, é altamente aconselhável implementar ações preventivas e de manutenção, como manter um padrão de sono consistente, diminuir o estresse, aplicar protetor solar todos os dias, evitar o consumo de cigarros e restringir a ingestão de álcool e cafeína, aplicação de compressas geladas, são igualmente cruciais. (Goldman, Goldust & Wollina, 2021). 

Para casos leves a moderados, os tratamentos tópicos são frequentemente prescritos. Quando aplicados diariamente para inibir a produção de melanina e promover o clareamento gradual da pele. Estes produtos podem ser eficazes, mas requerem uso contínuo e podem levar algumas semanas para mostrar resultados visíveis (Agrawal, 2018). 

Para casos mais persistentes ou severos, procedimentos dermatológicos podem ser recomendados. Peelings químicos utilizam ácidos para esfoliar a camada superficial da pele, promovendo a renovação celular e reduzindo a pigmentação. Terapias a laser, como o laser Q-switched Nd:YAG ou luz pulsada intensa (IPL), são utilizadas para fragmentar os pigmentos na pele, ajudando a clarear as olheiras. O microagulhamento também pode ser uma opção, estimulando a produção de colágeno e melhorando a textura da pele ao redor dos olhos (Cavalcanti, 2017; Goldman, Goldust & Wollina, 2021). 

Para casos mais graves de hiperpigmentação periorbital, procedimentos cirúrgicos, como o preenchimento dérmico ou a blefaroplastia, podem ser considerados. O preenchimento dérmico envolve a injeção de substâncias, como ácido hialurônico e ácido poli-l-lático (PLLA) sob a pele para suavizar a aparência das olheiras e restaurar o volume perdido ao redor dos olhos ou mesmo o transplante de gordura autóloga para preenchimento da área. Já a blefaroplastia é um procedimento cirúrgico que remove o excesso de pele e gordura ao redor dos olhos para reduzir a aparência de bolsas e olheiras (Samaan, 2023). 

Os peelings químicos, consistem na utilização de agentes que destroem as camadas mais superficiais da pele, provocando a regeneração celular, podendo reduzir gordura, cicatrizes, rugas, manchas causadas pelo sol, além de deixar a pele com aspecto mais bonito, saudável, brilhante e uniforme. Estes  têm como objetivo retirar a melanina presente no estrato córneo e na epiderme, e os mais conhecidos para o tratamento da hiperpigmentação periocular são: ácido tricloroacético, ácido salicílico, ácido glicólico, ácido láctico, alfa-hidroxiácidos, ácido retinóico e ácido mandélico (Borba, 2018).  

Uma estratégia para lidar com as olheiras e o é a aplicação da maquiagem podem dar ao paciente uma expectativa otimista e contribuir para a qualidade de vida afetada pela condição. A camuflagem cosmética vem em uma variedade de preparações aplicadas para cobrir a hiperpigmentação no tom da pele. Nos casos com componente altamente vascularizado, uma corretivo na cor verde corretivo pode neutralizar a descoloração vermelha ou violácea, por exemplo. A maioria desses produtos contêm óxido de zinco e/ou dióxido de titânio, que possuem ação de proteção UV (Roberts, 2014).  

A carboxiterapia emprega injeções para infundir dióxido de carbono abaixo da pele em tecido subcutâneo através de uma agulha. Foi encontrada uma melhora significativa nas rugas finas e na hiperpigmentação periorbital, após o uso da carboxiterapia uma vez por semana durante sete semanas na área periorbital. Recentemente, em um estudo, o oxigênio administrado através de uma cânula nasal demonstrou na principal clínica, mudanças após o tratamento, como clareamento da cor e redução do tamanho da área escurecida (Roberts, 2014; Awal et al., 2024). 

A mesoterapia envolve a injeção de pequenas quantidades de várias substâncias na derme. As substâncias injetadas podem incluir vitaminas, minerais, peptídeos, plasma rico em plaquetas e agentes clareadores, dependendo dos objetivos específicos do tratamento (Awal et al., 2024).  

O tratamento da hiperpigmentação periorbital deve ser individualizado, levando em consideração a gravidade da condição e as necessidades específicas de cada paciente. Uma abordagem combinada e consistente pode proporcionar uma pele mais clara e uniforme ao redor dos olhos, melhorando a aparência estética e a autoestima dos pacientes afetados (Samaan, 2023). O quadro 3 mostra as principais escolhas de tratamento de acordo com o tipo de hiperpigmentação periorbital.  

3.3 IMPACTO PSICOSSOCIAL 

A hiperpigmentação periorbital causa manchas escuras ao redor dos olhos que tem grande impacto na autopercepção e na interação social dos indivíduos, uma vez que muitos perpassam por sentimento de insegurança e descontentamento com a aparência, impactando negativamente sua qualidade de vida. Neste cenário, o cuidado e o tratamento devem abranger, além da estética, o bem-estar e a autoestima, revitalizando a uniformidade da pele e recuperando a autoconfiança. (Almeida, 2015). 

Quadro 3 – Principais escolhas de tratamento dependente do tipo de hiperpigmentação periorbital 

Fonte: Adaptado de Awal et al., 2024. 

A discussão sobre a relação entre tratamento e autoestima é fundamental, pois reflete a necessidade de olhar para o paciente de forma holística, considerando não apenas aspectos físicos, mas também emocionais. A promoção de um tratamento que vise à melhoria estética, ao mesmo tempo em que respeite as particularidades de cada indivíduo, pode resultar em um impacto positivo na autoconfiança e no bem-estar geral, demonstrando a relevância de abordagens terapêuticas personalizadas no manejo da hiperpigmentação periorbital (Bardini et al., 2012). 

Toda esta abordagem é ainda mais importante quando se considera o impacto psicológico que a hiperpigmentação periocular pode ter. Os pacientes muitas vezes expressam preocupação sobre como sua aparência afeta suas relações sociais e profissionais. Portanto, os prestadores de cuidados de saúde podem ajudar os pacientes a mudar esta dinâmica negativa, oferecendo um tratamento que não só visa alcançar a correção cosmética, mas também promover qualidade de vida (Bardini et al., 2012). 

Além disso, a comunicação e a educação desempenham um papel importante neste processo. Os profissionais de saúde não devem apenas fornecer informações sobre as opções de tratamento, mas também ouvir atentamente as preocupações dos pacientes e personalizar as intervenções de acordo com as suas expectativas. A transparência sobre os resultados esperados, limitações do tratamento e procedimentos de cuidados com a pele, contribuem para a construção de uma relação de confiança entre paciente e profissional. Essa confiança é essencial para que os pacientes se sintam seguros e apoiados em sua adesão ao tratamento (Borba, 2018). 

A personalização do tratamento também envolve a abordagem de mudanças no estilo de vida que promovam a saúde da pele a longo prazo, como por exemplo, recomendações sobre o uso de protetor solar, higiene do sono e a adoção de uma dieta equilibrada, rica em antioxidantes, que podem ajudar a atenuar a hiperpigmentação periorbital e a manter a pele saudável (Cavalcanti et al., 2017). 

É importante reconhecer que a jornada de tratamento é única para cada paciente. Ao adotar uma abordagem centrada no paciente, os profissionais podem ajudar a criar um espaço seguro onde as pessoas se sintam à vontade para expressar suas preocupações e objetivos. Isso não só melhora a experiência do tratamento, mas também pode levar a resultados mais satisfatórios e duradouros, contribuindo para o bem-estar geral e a autoestima dos pacientes. Assim, a consideração dos aspectos emocionais e psicológicos na abordagem da hiperpigmentação periorbital não é apenas benéfica, mas essencial para promover um cuidado integral e eficaz (Coimbra; Oliveira, 2016). 

Além disso, o acompanhamento contínuo após o tratamento é pois permite que os profissionais monitorem a eficácia das intervenções, ajustem estratégias conforme necessário e incentivem hábitos saudáveis que contribuam para a saúde da pele a longo prazo. Este apoio contínuo pode ajudar a aumentar a confiança dos pacientes, reduzindo a ansiedade relacionada com a sua aparência (Corrêa et al., 2019). 

As redes sociais e os sites de notícias têm ganhado um papel importante na maneira como as pessoas lidam com as olheiras. Muitos acabam dividindo suas histórias, sucessos e dificuldades em comunidades online, que podem trazer um bom apoio e sensação de acolhimento. No entanto, essas trocas também podem prejudicar a autoestima, já que a comparação com padrões de beleza muitas vezes distantes da realidade pode aumentar a insatisfação com a própria aparência. Por isso, é essencial que os profissionais de saúde orientem seus pacientes sobre o uso dessas plataformas de forma equilibrada, ajudando-os a desenvolver uma imagem mais positiva e realista de si mesmo (Costa et al., 2010). 

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Ficou evidente que é importante identificar o padrão da hiperpigmentação periorbital para adequar o tratamento às modalidades no paciente individual. O tipo constitucional/pigmentado pode ser eficazmente tratado com agentes tópicos clareadores (hidroquinona, uma combinação tripla, ácido kójico, etc.), peelings químicos e lasers, enquanto que, as vasculares podem ser tratadas com vitamina K tópica, lasers vasculares e luz intensa pulsada. Já a hiperpigmentação periorbital estrutural pode ser tratada com plasma rico em plaquetas, lasers fracionados, preenchedores, transplante autólogo de gordura, blefaroplastia e o tipo misto pode ser tratado com a combinação das modalidades acima mencionadas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Deste modo, é necessário não subestimar a importância de intervenções que vão além da simples melhoria estética. O acompanhamento psicológico e emocional, assim como a educação em saúde e a adoção de hábitos de vida saudáveis e medidas não farmacológicas, destacam-se como elementos-chave para proporcionar ao paciente uma melhoria na aparência da hiperpigmentação. 

É importante destacar que a realização de mais estudos sobre a hiperpigmentação periorbital, especialmente no que diz respeito à sua relação com o bem-estar emocional, é essencial para aprofundar o entendimento sobre essa condição e seus efeitos na vida das pessoas. 

REFERÊNCIAS 

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1Graduanda em Biomedicina pela Faculdade Patos de Minas. email: jamilamendesp@gmail.com 
2Docente Mestre do curso de Biomedicina pela FPM. Email: lilian.ferreira@faculdadepatosdeminas.edu.br.