HERNIOPLASTIA INGUINAL ESQUERDA – TÉCNICA DE LICHTENSTEIN – EM ADULTO COM HÉRNIA INGUINO-ESCROTAL INDIRETA: UM RELATO DE CASO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10276730


Mariana de Sousa Meneses Carvalho,
Coautor(es):
Belquior Gomes de Aguiar Filho,
Letícia Quinto Santos,
Orientador: Eduardo Gomes Meneses de Santana II


RESUMO  

INTRODUÇÃO: As hérnias inguinais são classificadas de acordo com seu mecanismo de formação em direta, que tem na sua gênese o enfraquecimento da musculatura da parede posterior do canal inguinal, área do triângulo de Hasselbach, e indireta, que é secundária a alterações congênitas do não fechamento do ducto peritoneovaginal. A hérnia inguinal indireta é lateral aos vasos epigástricos e ocorre a protusão pelo anel inguinal profundo. O quadro clínico é dor, desconforto local e abaulamento e o tratamento é cirúrgico. Apresenta-se um relato de caso de adulto com volumosa hérnia inguino-escrotal indireta esquerda, submetido à Hernioplastia usando técnica de Lichtenstein, com resolução satisfatória do quadro. RELATO DE CASO: Paciente, 47 anos, sexo masculino, hipertenso e com artrite gotosa, apresenta volumoso abaulamento em região inguino-escrotal esquerda, alteração de marcha, sepultamento do corpo peniano no subcutâneo e baixa autoestima, sobretudo para relações sexuais. Realizou ultrassonografia da região inguinal que evidenciou hérnia inguinal indireta à esquerda. Dessa forma, foi orientado quanto à redução de peso e conduzido à cirurgia de Hernioplastia com técnica de Lichtenstein. Realizou-se tratamento do saco herniário com proteção dos elementos espermáticos e redução de conteúdo abdominal projetado do canal inguinal interno alargado (Classificado Nyhus IIB). Para reforço de parede posterior, foi implantada tela sintética de polipropileno, sendo fixada no assoalho do canal inguinal. Durante a internação, o paciente evoluiu bem, recebendo alta hospitalar no quinto dia pós-operatório. O achado intraoperatório de túnica vaginal íntegra sugere que o paciente desenvolveu uma hérnia inguinoescrotal a partir de uma hérnia inguinal da infância. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É notória a importância cirúrgica, sobretudo da técnica de Lichtenstein, no tratamento de hérnia inguinal, visto que o uso de tela sobre a fáscia transversal garante reforço anatômico, é livre de tensão e possui baixa recidiva. Portanto, trata-se de um procedimento terapêutico e profilático.  

Palavras-chave: Hérnia Inguinal indireta, Hernioplastia, Técnica de Lichtenstein. 

Referências  

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MEROLA, G. et al. Learning curve in open inguinal hernia repair: a quality improvement multicentre study about Lichtenstein technique. Hernia, v. 24, p. 651-659, 2020.


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