IMPROPER POSTURAL HABITS THAT CONTRIBUTE TO THE APPEARANCE OF CERVICALGIA IN STUDENTS AND WORKERS THAT ADOPT THE SITTING POSITION: A LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410021701
CAMILA SOUZA DIAS. Acadêmica do curso de Fisioterapia – UNINGÁ – Centro
Universitário Ingá, em Maringá/PR.
GUSTAVO H. M. MORENO. Especialista em Ortopedia e Traumatologia. Mestre
em Ciências da Saúde – UEM. Atualmente docente e supervisor de estágio na
área de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia na UNINGÁ – Centro
Universitário Ingá, Maringá/PR.
Rodovia PR-317, 6114, Parque Industrial 200, Maringá, Paraná, Brasil. CEP:
87035-510. E-mail: camilasouzadias78@gmail.com;
prof.gustavomoreno@uninga.edu.br.
RESUMO
Os problemas posturais têm sido apontados como um dos principais problemas de saúde pública por serem comuns na população trabalhadora, impedindo-a temporariamente ou permanentemente de exercer o trabalho e de praticar as ações do dia a dia. A dor cervical é caracterizada por dor ao nível da coluna cervical, desde a base do occipital até a região cérvico-torácica, podendo ser aguda ou crônica, associada a distúrbios biomecânicos e musculares, causando sintomas e alterações funcionais. Diante da importância das alterações posturais identificadas na população, este artigo tem o objetivo de propor uma revisão sobre a relação da cervicalgia com os maus hábitos posturais em indivíduos que permanecem muito tempo sentados, como alunos e trabalhadores. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura, na qual as buscas foram efetuadas em quatro bases de dados eletrônicas: Scientifc Eletronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google acadêmico e PUBMED. Dos 352 artigos, 10 foram escolhidos para a realização desta revisão de literatura. Em conclusão, os principais resultados deste estudo mostram uma sobrecarga na coluna e no sistema muscular de ambos, principalmente na região cervical, que pode ser considerada mais dolorosa, causando as seguintes alterações: postura anterior da cabeça, ombros erguidos, amplitude de movimento cervical reduzida e dor associada a essas alterações, significativamente.
Palavras-chave: Alterações posturais. Cervicalgia. Estudantes. Trabalhadores.
ABSTRACT
Postural problems have been identified as one of the main public health problems. They are common in the working population, preventing them temporarily or permanently from exercising their work and daily life. Cervical pain is characterized by pain at the level of the cervical spine, from the base of the occiput to the cervical-thoracic region, which can be acute or chronic, associated with biomechanical and muscular disorders, causing symptoms and functional changes. Due to the importance of postural changes identified in the population, this paper aims to propose a review about the relationship between neck pain and bad postural habits in people who sit for a long time, as students and workers. A literature review was proposed, which searches came from four electronic databases: Scientifc Eletronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google scholar and PUBMED. Then, from the 352 papers, 10 were included for this literature review. In conclusion, the main results of the study show an overload in the spine and in the muscular system of both, mainly in the cervical region, which can be considered more painful, causing the following changes: anterior head posture, raised shoulders, reduced cervical range of motion and pain associated with these changes, complication.
Keywords: Postural changes. Cervicalgia. Students. Workers.
INTRODUÇÃO
Os problemas posturais têm sido considerados um sério problema de saúde pública, pois atingem uma alta incidência na população economicamente ativa, incapacitando-a temporariamente ou definitivamente quanto a suas atividades profissionais e de vida diária. Considerando-se, ainda, as alterações posturais na infância como um dos fatores que predispõem as condições degenerativas da coluna no adulto, manifestadas geralmente por um quadro álgico (OSHIRO; FERREIRA; COSTA, 2017).
A prevalência anual de dor no pescoço varia em diferentes países, de 27,1% a 47,8%, porém pode aumentar significativamente o resultado de tarefas específicas relacionadas ao trabalho, como no caso dos profissionais da área da odontologia e dentre outros profissionais que usam unidades de exibição visual em suas rotinas de trabalho, sendo de alta prevalência (98,6%) a região mais afetada a coluna cervical (AROEIRA et al., 2017).
Santos et al. (2009), em seu estudo realizado nos Estados Unidos, revelou que em uma população de 20 milhões de incapacitados, 8,4 milhões eram devido a doenças da coluna. Ao relacionar o ambiente escolar com a postura, observou-se que os problemas têm origens diversas: causas ergonômicas – como as identificadas no transporte do material escolar; e as disposições e proporções inadequadas do mobiliário, as quais, provavelmente, se tornarão responsáveis pela manutenção, aquisição ou agravamento de hábitos posturais inapropriados. Assim, estima-se que aproximadamente 70% da população terá um caso de problema postural, incluindo o quadro de dor cervical, em alguma ocasião no decorrer da vida. Isto está se tornando um problema de saúde, afetando diretamente um número crescente de indivíduos ativos (AIMI et al., 2019).
Nas disfunções cervicais, a dor é geralmente o sintoma mais frequente, e vem sendo considerada um dos mais difíceis problemas osteomusculares, com grande impacto sobre a saúde e sobre a qualidade de vida dos indivíduos, na sociedade como um todo (SOARES et al., 2013). Segundo Oliveira et al. (2018), a coluna cervical está conectada com o ato de sustentação e movimentação da cabeça; é constituída por sete vértebras, cinco discos intervertebrais e um amplo conjunto de ligamentos; e possui uma das principais funções, que é a proteção das estruturas neurais e vasculares. Com isso, estima-se que a mobilização da coluna cervical ocorra 600 vezes por hora.
A dor cervical está cada vez mais presente na vida das pessoas, e os índices de sua presença vêm aumentando nos últimos anos. Tal acontecimento pode apresentar uma relação direta com o posicionamento das estruturas superiores do corpo; a manutenção do equilíbrio da cabeça, que promove alterações posturais; e com a anteriorização da cabeça, a qual é mais significativa em indivíduos com queixa de dor cervical, quando comparados a assintomáticos (MELLO et al., 2017). Sendo assim, para Galera et al. (2017), a cervicalgia é caracterizada pela dor localizada em nível de coluna cervical, alcançando desde a base do occípito até a região cérvico-torácica, podendo ser aguda ou crônica, relacionada a desarranjos biomecânicos e musculares, e gerando sintomas e alterações funcionais.
Naturalmente, na postura padrão, a coluna apresenta curvaturas normais e os ossos dos membros inferiores, os quais mantêm-se em alinhamento ideal para a sustentação do peso. A posição neutra da pelve conduz ao bom alinhamento do abdome, do tronco e dos membros inferiores. O tórax e a coluna superior se posicionam de forma que a função ideal dos órgãos respiratórios seja favorecida. A cabeça fica ereta, bem estabilizada, reduzindo a sobrecarga sobre a musculatura cervical (CHAVES; OLIVEIRA; DAMÁZIO, 2017).
A posição sentada é a mais adotada nos ambientes de trabalho, em escolas e nas atividades de lazer, entretanto, quando mantida por tempo prolongado, há o acarretamento da adoção de posturas inadequadas, intensificando-se a sobrecarga nas estruturas do sistema musculoesquelético, o que culmina no aparecimento de dores e de alterações posturais (MARQUES; HALLAL; GONÇALVES, 2010).
Além disso, a postura sentada é a mais usualmente utilizada pela maioria das pessoas que trabalham em empresas informatizadas, que podem conduzir dor e desequilíbrio postural, principalmente se uma pessoa usa um dispositivo de computador por um grande número de horas por dia. O uso de computadores nos períodos de trabalho tem sido bastante adotado em empresas e instituições e, consequentemente, torna-se comum: a adoção de posturas inadequadas no trabalho; a repetição de tarefas do computador, como digitar e usar o mouse do computador; e ficar sentado por longos períodos de tempo, o que gera sintomas no pescoço e membros superiores (MAINENT et al., 2014).
Bragatto (2015), em seus estudos, demostrou que funcionários de escritórios e aqueles que fazem o uso de computador no ambiente de trabalho, apresentam alto risco de desenvolvimento de dor cervical, de alterações posturais nos membros superiores. Isto de tal modo que este grupo apresenta uma prevalência anual maior quando comparado com a população geral, pois, durante o trabalho no escritório, ocorre a manutenção de posturas estáticas continuamente, o que pode ser um fator de risco para a dor cervical.
Moro (2000), em seu estudo realizado com diversos alunos de uma instituição de ensino público, identificou que, dos padrões posturais adotados em sala de aula, tanto crianças quanto adolescentes sentavam-se, na maior parte do tempo, com o tronco flexionado. Isso fazia com que, consequentemente, a maioria destes apresentasse queixas na região do pescoço e da cabeça. Além disso, os alunos colocavam a mão sobre o queixo durante as atividades na carteira escolar, na tentativa de aliviar o peso da cabeça.
Conforme Benck, David e Carmo (2016), o processo de início de um desequilíbrio muscular, em geral, não é perceptível ao indivíduo até que seus resultados comecem a se manifestar, o que geralmente acontece na forma de quadros álgicos e deformidades. Ao levar em consideração a estrutura das cadeias musculares que compõem o corpo humano, o desenvolvimento deste ocorre acompanhado de uma série de compensações locais e à distância, transformando o problema inicial em um complexo processo que futuramente necessitará de reabilitação postural.
Maia (2014) coloca que o ambiente de trabalho e escolar necessita da atuação do fisioterapeuta, um profissional apto a atuar preventivamente, orientando adequadamente o trabalhador quanto aos cuidados com a postura e saúde, visando minimizar os fatores de risco de surgimento de doenças ocupacionais. Afinal, o fisioterapeuta desempenha um papel de relevância no tratamento conservador dos pacientes que apresentam cervicalgia, assim a aqueles que desenvolvem alterações posturais, sendo, portanto, o profissional da saúde que terá o maior contato com este tipo paciente, de modo que lhe é destinada a responsabilidade de reabilitar e oferecer melhor qualidade de vida a seus pacientes (MOZZINI; SCHUSTER; MOZZINI, 2007).
Diante da importância das alterações posturais identificadas na população, este artigo tem o objetivo de propor uma revisão sobre a relação da cervicalgia com os maus hábitos posturais em indivíduos que permanecem muito tempo sentados, como alunos e trabalhadores.
METODOLOGIA
A metodologia trabalhada no presente artigo é uma revisão de literatura, de modo que foi realizada uma pesquisa por meio de análises de bibliografias eletrônicas, identificadas nas bases de dados: Scientifc Eletronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google acadêmico e PUBMED. Tal pesquisa ocorreu entre os meses de maio a julho de 2020, utilizando-se, para a busca dos artigos, os seguintes descritores: “Cervicalgia”, “alterações posturais”, “sala de aula”, “trabalhos em sedestação”, “postura”, e seus equivalentes em inglês.
Após a leitura e análise dos resumos dos textos científicos encontrados, segundo pertinência e consistência do conteúdo, foram prezados os artigos publicados nas bases eletrônicas supracitadas, dentre os anos de 2014 a 2019, sendo todos de acesso completo e gratuito, e publicados na língua portuguesa
ou inglesa, de modo que estivessem relacionados ao tema proposto, apresentando pesquisas realizadas em humanos sem distinção de gênero e idade. Como critérios de exclusão, foram descartados artigos que não abordassem assuntos relacionado ao tema proposto, artigos repetidos, pesquisas realizadas em população não humana, artigos em que apenas o resumo estava disponível, artigos sem especificação do método de análise utilizado, artigos em outra língua que não fosse a língua portuguesa ou inglesa.
Terminada a coleta dos trabalhos pesquisados, foi realizada uma leitura do tipo exploratória, objetivando na verificação da compatibilidade dos assuntos pesquisados com o tema em questão. A partir disso, foi possível obter uma proximidade maior com o tema da investigação, além de facilitar o entendimento dos artigos de acordo com critério de inclusão.
RESULTADOS
Figura 1 – Fluxograma do processo de seleção de artigos.
Foi elaborada uma tabela sobre a análise dos artigos, contendo os itens: autores, ano, título, metodologia, objetivos e resultados.
Quadro 1 – Características dos artigos selecionados.
Título, autores e ano | Metodologia | Objetivo | Resultados |
Prevalência de alterações posturais em escolares de Ensino Fundamental de Vila Velha (ES) (RODRIGUES; MAIA, 2014). | Foram avaliados 513 escolares na posição ortostática, em vista anterior, posterior e perfil, de modo que foram analisadas as seguintes estruturas: cabeça, ombro, colunas cervical, torácica e lombar, pelve e membros inferiores. | Verificar a prevalência de alterações posturais em escolares da UMEF Vila Olímpica, na cidade de Vila Velha, no estado do Espírito Santo. | Os resultados apresentaram uma grande prevalência de desvios posturais: cabeça rodada ou inclinada, elevação do ombro, além de cabeça em prostração, ombros anteriorizados, o que se caracteriza e reflete na adoção de uma postura inadequada, com flexão da cabeça e ombro, em que muitas dessas alterações surgem e se estabelecem devido à dor muscular da região cervical e da cintura escapular, resultando em um exagero das curvaturas da coluna vertebral. |
Alterações posturais e dor no desempenho acadêmico de escolares do ensino fundamental (SAMPAIO et al., 2016). | No estudo, foram incluídos 83 estudantes. No exame físico, foi utilizada uma ficha de avaliação baseada na Reeducação Postural Global, a partir do método Souchard, com as seguintes variáveis: comprometi-mento da cadeia anterior, posterior, superior do ombro e da dor, sem desempenho acadêmico, questionário semiestruturado com as variáveis: comportamento, assiduidade e rendimento. | O objetivo deste estudo foi analisar a existência de associação entre alterações posturais e dor no desempenho acadêmico de estudantes do ensino fundamental. | Este estudo constatou que, dos 83 alunos, a maioria, 48 (57,8%), apresentou alterações, de modo que houve predomínio na cadeia anterior. As alterações mais frequentes foram: cabeça para frente, ombros levantados e hipercifose dorsal. Em todas as séries estudadas, mais da metade dos alunos (acima da 50%) apresentaram alterações posturais associadas a dor, durante o desempenho acadêmico de suas funções escolares. |
Prevalência de Cervicalgia em acadêmicos de Odontologia de um Centro Universitário (SILVA et al., 2017). | Tratou-se de um estudo observacional com uma amostra de 67 acadêmicos em estágio supervisionado que fez uso de um formulário de coleta de dados e de um Índice de Incapacidade Relacionada ao Pescoço. A análise estatística foi do tipo descritiva e inferencial, fazendo uso do teste qui-quadrado. | Verificar a prevalência de cervicalgia em estudantes de odontologia de um Centro Universitário. | A maioria dos participantes relataram apresentar cervicalgia e as características da dor, além da presença de outros sintomas relacionados à região cervical, (63,3%) referiram-se ao cansaço muscular, (13,3%) à rigidez articular, (6,6%) perda de força e (6,6%) à limitação de movimentos. |
Avaliação de dor no pescoço e de mobilidade cervical entre mulheres que trabalham com computadores na Hail University (MOHAMMAD; HAMZA; ELSAIS, 2015). | 176 mulheres voluntárias entre 20 e 46 anos de idade foram investigadas. 56 dessas voluntárias eram membros da equipe, 22 eram administrado-ras e 98 eram estudantes. O instrumento Cervical Range of Motion (CROM) foi usado para medir a ADM da coluna cervical. Um questionário foi usado para avaliar os participantes quanto à presença de dor cervical. O estudo incluiu 16 mulheres com dor cervical moderada diagnosticada e 16 mulheres assintomáticas, servindo como um grupo de controle combinado por idade, natureza, duração do emprego, tempo gasto na posição sentada por semana, parâmetros antropométricos (altura, peso e índice de massa corporal). Todos os sujeitos foram recrutados com base nos dados obtidos de um questionário baseado no holandês, Musculoske-letal. | Investigar a prevalência de dor no pescoço entre os trabalhadores de informática na Hail University, Arábia Saudita; e comparar a amplitude de movimento cervical (ROM) de mulheres que trabalham com computa-dores, que sofrem de dor no pescoço com a ROM cervical de trabalhadoras de computador saudáveis. | Das 176 participantes, 132 relataram dor cervical (75%), de modo que destas, 60,6% eram estudantes, 31,8% eram funcionárias e 7,6% eram administradoras. Os resultados da avalição mostraram que em ambos os grupos houve uma redução significatica quanto ADM cervical direita, flexão lateral, rotação direita, restrigindo significamente a amplitude de movimento da cervical. |
Trabalhadoras de escritório com dor moderada no pescoço que apresentam aumento do posicionamento anterior da coluna cervical e na rigidez do tecido miofascial do trapézio superior na postura sentada (KOCUR et al., 2019). | O estudo incluiu 16 mulheres com dor cervical moderada diagnosticada e 16 mulheres assintomáti-cas, as quais fizeram parte de um grupo de controle combinado por idade, natureza, duração do emprego, tempo gasto na posição sentada por semana, parâmetros antropométri-cos (altura, peso e índice de massa corporal). Todos os sujeitos foram recrutados com base nos dados obtidos de um questionário baseado no holandês Musculoske-letal. | Avaliar o efeito de distúrbios cervicais moderados relacionados ao trabalho na postura e rigidez da cabeça e no limiar de dor percebido nos músculos trapézio superior (UT) e esternoclei-domastóideo (SCM). | Os resultados do estudo mostraram que, os dois grupos apresentaram cabeça ligeiramente anteriorizada. O grupo com dor moderada apresentou maior rigidez no trapézio superior, quando comparado ao grupo de controle sem dor. |
Estudo da correlação entre a postura da cabeça para a frente e a dor no pescoço em trabalhadores de escritório na Irã (NEJATI et al., 2015). | Quarenta e seis indivíduos sem dor no pescoço e 55 com dor no pescoço foram examinados a partir de um método fotográfico. A postura cervical foi medida usando o ângulo cranioverte-bral (CV), respectiva-mente. | O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre alguns fatores individuais relaciona-dos ao trabalho, como má postura e dor no pescoço em funcioná-rios do escritório. | Os ângulos foram correlacionados positivamente com a presença de dor no pescoço na posição de trabalho. Funcionários do escritório tinham uma postura defeituosa durante o trabalho, de modo que a postura inadequada era mais grave nos funcionários do escritório que sofriam de dor no pescoço. |
Associação entre a postura sentada e dores nas costas em estudantes universitários (CASAS; PATIÑO; CAMARGO, 2016). | Variáveis explicativas: características sociodemo-gráficas, iluminação adequada em sala de aula, postura sentada e tipo de cadeira. Variáveis de desfecho: dor no pescoço ou nas costas no dia da pesquisa, aguda e crônica. | Avaliar a associação da postura sentada com dor nas costas em universitários. | Os resultados para a experiência de dor mostraram que a maior prevalência foi obtida para a dor cervical (79,8%), de modo que o aumento do tempo de tela do computador foi associado positivamente à dor cervical crônica, a qual está conectada com a posição de costas arredondada com aumento da cifose nas posturas. |
Dor, características relacionadas ao trabalho e fatores psicossociais entre profissionais de computação em um centro universitário (MAINENTI et al., 2014). | Quinze sujeitos (de idade média de 32,0 anos; intervalo interquartil de 26,8 a 34,5 anos) foram passaram por medição da impedância bioelétrica; fotogrametria; medições no local de trabalho; queixa de dor; qualidade de vida e questionários de motivação. | Investigou a relação entre as caracteris-ticas do trabalho, fatores psicossociais e dor em trabalhadores de informática de um centro universitário. | Entre as regiões corporais mais afetadas e que os indivíduos se queixaram mais dor está o pescoço (62,5%), de modo que também foram observadas associações entre queixas de dor no pescoço com alterações como protrusão da cabeça, queixa no punho e ângulo do ombro, ao usar o mouse de computador. |
Permanência prolongada da postura sentada e do desconforto físico em estudantes universitários (CAROMANO et al., 2015). | Participaram 47 universitários que registraram o número de horas na postura sentada, em atividades, da presença de dor e/ou de desconforto. Além disso, responderam uma pergunta aberta sobre suas observações referentes ao período experimental. Foi realizada uma análise estatística descritiva, em que foi calculado o coeficiente de correlação de Spearman. As respostas à pergunta aberta foram categorizadas e agrupadas segundo fre-quência e similaridade. | Quantificar e caracterizar o tempo de permanência na postura sentada por estu-dantes universitários e avaliar a relação do tempo com queixas de dor e/o de desconforto. | Neste estudo, a maior incidência de dor significativa foi observada na região da cabeça, cervical, ombros e músculo trapézio, a qual estava relacionada com a permanência por longos períodos na postura sentada, induzindo a adoção de posturas inadequadas. |
Dor no pescoço e no ombro de estudantes do ensino fundamental, analisando-se prevalência e seus fatores de risco (GHEYSVANDI et al., 2019). | Neste estudo transversal, 693 alunos do ensino fundamental de 7 a 12 anos da cidade de Hamadan, localizados no oeste do Irã, foram selecionados pelo método de amostragem aleatória em estágios múltiplos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e questioná-rios. Para contribuir com as variáveis sociais e psicológicas, foi utilizada a versão pai do Questionário de Pontos Fortes e Dificuldades (SDQ). Para avaliar a postura de cada aluno, foi utilizada uma lista de verificação observacional, a Avaliação Rápida de Membros Superiores (RULA). Os dados foram analisados pela regressão logística não ajustada (univariada) e ajustada (multivariada). | Avaliar a prevalência de dor no pescoço e no ombro de estudantes do ensino fundamental; e investigar a relação entre essa dor e seus fatores de risco. | A prevalência de dor no pescoço foi ligeiramente superior à da dor no ombro, constatando-se posições impróprias para sentar, bem como fatores físicos como os móveis da escola, que estavam associados à dor, de tal modo que poderiam ocasionar futuras alterações posturais, considerando os fatores de risco avaliados neste estudo. |
DISCUSSÃO
Rodrigues e Yamanda (2014) notaram que a postura adotada por escolares gerou uma alta prevalência de alterações posturais, principalmente na região da cabeça e do ombro, o que justifica o surgimento de muitas dessas alterações que se estabelecem devido à dor muscular da região cervical. Com isso, Oliveira (2014) constatou, a partir dos resultados de seu estudo, que adolescentes com dor cervical apresentam, geralmente, maior anteriorização da cabeça, e, comparativamente, os que não têm dor cervical. Além disso, nos adolescentes com dor cervical parece existir uma maior assimetria na capacidade de resistência dos flexores profundos da cervical em relação aos extensores.
Outro estudo semelhante mostrou que, ao avaliar a capacidade funcional e a dor na região cervical em estudantes de uma instituição de ensino privado, foi possível concluir que a alteração postural pode levar à dor, pois os alunos, ao permanecerem muito tempo sentados com a cabeça na posição anterior, aumentam a dor na região cervical. Afinal, a manutenção da postura anteriorizada da cabeça resulta no aumento das cargas compressivas sobre a coluna cervical e na deformação dos tecidos (LIMA; SILVA, 2019). Com isso, de acordo com Sampaio et al. (2016), ao analisar a existência de associação entre alterações posturais e dor no desempenho acadêmico de estudantes, notou-se que quando as pessoas permaneceram, durante um determinado tempo, na posição sentada com a postura inadequada, houve o surgimento de alterações como cabeça para frente e ombros elevados, de modo que essas alterações apresentaram associação com a dor na região afetada.
No estudo de Gheysvandi et al. (2019), ao avaliar a prevalência de dor no pescoço e no ombro de estudantes do ensino fundamental, e investigar a relação entre essa dor e seus fatores de risco, mostrou posições impróprias para sentar, bem como que fatores físicos, como os móveis da escola, estavam associados dor, podendo gerar futuras alterações posturais. Como justificativa, Souza (2019) comenta que quando sentamos de maneira inapropriada, uma carga é imposta à coluna vertebral, a qual é superior à capacidade de suporte dos grupos musculares, de modo que o centro de gravidade do indivíduo é deslocado posteriormente, como estratégia compensatória. A inclinação do tronco, quando realizada por tempo prolongado e monótono, poderá gerar desequilíbrios musculoesqueléticos e, por conseguinte, ocasionar alterações como escoliose, protrusão de ombros, anteriorização da cabeça e dores generalizadas.
Fares, Fares e Fares (2017), em sua pesquisa sobre dores musculoesqueléticas em crianças e adolescentes, constataram em seus resultados que 207 crianças e adolescentes contiveram dor cervical inespecífica, sendo que 180 participantes informaram flexão defeituosa de suas costas e pescoço. No entanto, a flexão frontal regular causa alterações na coluna cervical, curvatura, ligamentos de suporte, tendões e musculatura, bem como nos segmentos ósseos, comumente originando alteração postural.
Casos, Patiño e Camargo (2016), em seu estudo, tiveram como objetivo avaliar a associação da postura sentada com dor nas costas, em universitários. O resultado foi maior prevalência de dor na região cervical. Similarmente, no estudo de Caromano et al. (2015), ao mensurar e especificar o tempo de persistência na postura sentada de acadêmicos universitários e mensurar a relação do tempo com queixas de dor e/ou incômodo, observaram que a maior incidência de dor era na zona cervical e nas musculaturas referidas. Para ambos os estudos, Coelho (2017) explica que quando adotada a postura sentada por grandes períodos, pode haver instalação de desequilíbrios musculares posteriormente, músculos estes responsáveis pela manutenção das curvaturas da coluna vertebral, alterando assim a postura corporal. Este desequilíbrio gerará dor nas estruturas do sistema músculo esquelético. Casos, Patiño e Camargo (2016) discutem que o tempo de postura sentada e cervicalgia, e salientam que essas associações podem ser explicadas devido à posição de costas arredondadas com aumento da cifose, pois, essas posições fazem com que a atividade elétrica dos músculos do pescoço e eretores da coluna seja aumentada, bem como a pressão na coluna cervical, além de também diminuir a lordose cervical, aumentar a tensão das raízes nervosas e a pressão do disco intervertebral, contribuindo, assim, com os fatores de dor cervical.
Kang et al. (2012), ao investigar um grupo de pessoas que permaneceram sentadas ao computador por seis ou mais horas por dia, notaram que todas apresentavam postura anterior da cabeça, deslocamento do centro de gravidade corporal para frente e restrição do comando postural, quando comparado a um grupo controle; e salientaram que as más posturas da coluna vertebral, ao sentar, provocam dores nas costas, principalmente nas regiões cervicais, em indivíduos, como estudantes e trabalhadores, que permanecem sentados por muitas horas, inclinados para frente, o que gera sérios comprometimentos à saúde. Também Nejati et al., (2015), ao correlacionar a postura da cabeça para a frente e a da dor no pescoço em trabalhadores de escritório, mostraram em seus resultados que os aspectos foram correlacionados certamente com a presença de dor no pescoço na postura assumida durante o trabalho.
Do mesmo modo, Weleslassie et al. (2020) observaram estudantes de medicina que permaneciam sentados por um tempo prolongado, durante o período de estudo, de forma inadequada. Assim, notaram que as posições assumidas durante as palestras estavam relacionadas com uma alta prevalência de dor no pescoço, o que, consequentemente gerou desconfortos, rigidez muscular ou rigidez ao redor da região cervical, e que, eventualmente, estaria conduzindo a futuras modificações na coluna cervical. Com isso, Soares et al. (2012) teorizam que a redução da capacidade de estar com a cabeça em uma posição neutra quando estamos na posição sentada pode colaborar com a manutenção de posturas inadequadas, originando sobrecarga e dor na coluna cervical. A manutenção da postura anteriorizada da cabeça oprime as estruturas não contráteis e ativa a tensão muscular nas estruturas cervicais posteriores, causando dor miofascial.
Kocur et al. (2019), ao analisar o efeito de distúrbios cervicais moderados quanto ao trabalho, mostraram em seus resultados que os participantes contiveram cabeça ligeiramente anteriorizada, de modo que o grupo com dor moderada teve maior rigidez no trapézio superior, quando comparado com o grupo de controle sem dor. Nessa perspectiva, Grob, Frauenfelder, e Mannion (2007) explicitam que fatores como a adoção de uma posição sentada ou em pé, a forma do encosto ao sentar e a posição da cabeça podem influenciar na curva sagital da coluna cervical, justificando, assim, os resultados de seu estudo, que mostraram uma associação entre o alinhamento sagital da coluna cervical (ou de seus segmentos individuais) e a presença de cervicalgia.
A pesquisa de Silva et al. (2017) objetivou investigar o domínio de cervicalgia em acadêmicos de odontologia, no qual a maioria dos constituintes alegou apresentar cervicalgia, dor, cansaço muscular, rigidez articular, diminuição de força e limitação de movimentos na região. Dessa forma, Rossato e Neto (2019) explicam que um motivo para isso seria que alguns profissionais mantém uma inclinação sobre o paciente de forma prolongada, além disso, a presença de dor cervical seria devido à posição viciosa da cabeça em relação ao corpo, de modo que a extensão prolongada da região cervical seria devido a uma posição não anatômica com consequente dor local, posição muito comum em profissionais e estudantes, pois quanto mais horas de trabalho sentados e na mesma posição, maior a chance de sobrecarregar a musculatura utilizada, levando assim a dor e seus devidos sintomas. Sendo assim, Kaliniene et al. (2016) comentam que na população de trabalhadores de escritório que permanecem sentados por um longo período, os relatos de dor cervical ocupam a posição de liderança, com prevalência variando de 19% a 70% nessa população.
Outro estudo, realizado por Lau et al. (2010), avaliou indivíduos com e sem dor cervical na postura sentada, de modo que se notou alterações da postura sagital da coluna torácica e cervical, alterações da postura da cabeça e prevalência de dor no pescoço dos indivíduos com dor cervical, em relação aos assintomáticos. Isso pode explicar o estudo de Mainent et al. (2014), que investigou a relação por meio de características associadas ao trabalho, aspectos psicossociais e dor em trabalhadores de informática, de modo que a região corporal mais afetada e que os indivíduos mais afirmaram sentir dor era no pescoço, com modificações como protrusão da cabeça, queixa no punho e ângulo do ombro, devido ao fato de utilizarem o mouse de um computador.
Além disso, Bragatto (2015), ao verificar associações entre dor cervical e alterações na postura estática em trabalhadores de escritórios usuários de computador, mostrou que o uso acumulado de computador e ficar sentado por longos períodos com a postura da cabeça para a frente levam à dor na região cervical. No mesmo estudo, foi verificada uma alteração postural corporal quanto aos ângulos de protusão de cabeça e elevação das escapulas; e ressalta-se que as mulheres, aparentemente, são mais susceptíveis a estes fatores e a essa associação entre variabilidade de postura e cronificação da dor. Também Mohammad, Hamza e Elsais (2015) investigaram a dor no pescoço e a flexibilidade cervical entre mulheres que trabalham com computadores, alcançando, assim, resultados significativos, e demonstrando que em todos os grupos analisados, houve uma perda significativa quanto a ADM cervical direita, flexão lateral, e rotação direita, restringindo, portanto, significativamente a amplitude de movimento da cervical.
Com isso, a partir dos estudos de Mello et al. (2017), pode-se perceber que entre os trabalhadores pesquisados pela autoria, a dor na região cervical mostrou-se mais significativamente entre as trabalhadoras. Tal ocorrência pode apresentar uma relação direta com o posicionamento das estruturas superiores do corpo, como foi investigado no estudo com as trabalhadoras, em que aquelas que apresentavam dor cervical possuíam maior oscilação na postura, implicando, assim, em sistemas sensoriais e sugerindo um desequilíbrio postural. Ainda, a proximidade da cabeça e do pescoço com inervações comuns da coluna cervical pode gerar dores na região, originando, portanto, outras alterações funcionais. Isso pode ser justificado pelos seguintes fatos: esse público é mais sujeito à instabilidade emocional, que se deve principalmente às alterações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual; muitas fazem a “dupla jornada” diariamente, o que culmina no aumento da tensão muscular; o desenvolvimento musculoesquelético das mulheres é diferente do dos homens; e o número de fibras musculares é reduzido, o que reduz a capacidade de armazenar glicogênio e convertê-lo em energia útil (SILVA et al., 2017). importante lembrar que os comportamentos e hábitos posturais mencionados neste trabalho, não são os únicos responsáveis pela má postura, pois é sabido que existem outros aspectos que não foram considerados, como a adequação do mobiliário escolar, por exemplo. No entanto, em suma, as mudanças da postura sentada, que ocorrem no ambiente escolar e na postura no trabalho são preocupantes, o que gera a necessidade de que pais, professores e profissionais da saúde e da educação estejam cientes da importância de corrigir e reduzir essas mudanças com o intuito de evitar dores futuras, visando, assim, evitar mudanças permanentes e mais graves.
CONCLUSÃO
Os achados deste estudo demonstram que, embora a postura sentada possa ser considerada muito utilizada em estudantes e trabalhadores, foram observadas sobrecargas na coluna e no sistema muscular de ambos os grupos, as quais são capazes de gerar hipersolicitações articulares para o sistema musculo-esquelético, principalmente na região cervical, onde pode-se afirmar que, em níveis mais elevados de dor, pode haver alterações como: postura anteriorizada da cabeça, ombros elevados, menor amplitude de movimento cervical, e dor significativamente relacionada a essas alterações. É importante lembrar que essas alterações influenciam diretamente na qualidade de vida tanto de estudantes quanto de trabalhadores, pois, além da dor, há maior chance de lesões como hérnia de disco na região cervical; dores de cabeça, devido tensão muscular proveniente da postura incorreta; além disso, a qualidade do sono pode ser afetada, devido à falta de relaxamento dos músculos e ao mau funcionamento dos órgãos internos; e podem surgir futuras deformações na coluna vertebral. Portanto, sugere-se que os profissionais envolvidos na reabilitação de indivíduos com queixa de dor cervical estejam cientes da possível relação entre alterações como a postura anteriorizada da cabeça e a intensidade da dor na região cervical.
O enfoque fisioterapêutico deve levar em consideração que, se não houver intervenção na fase de crescimento e estrutura óssea, a hipótese de alteração postural na fase escolar será permanente na vida adulta, além disso, o treinamento postural é uma parte importante da prevenção e reabilitação de pacientes com dor cervical, sejam eles crianças, adolescentes, jovens ou adultos. Sendo assim, a importância deste estudo é fornecer evidências que sustentem a postura sentada como fator de risco para dores cervicais e na cintura escapular em alunos e trabalhadores que adotam essa postura, as quais, possivelmente, servirão de base para a proposição e formulação de estratégias de intervenção.
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