HÁBITOS DE VIDA, PRESSÃO MATINAL E NOTURNA

LIFESTYLE HABITS, MORNING AND NIGHT PRESSURE 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11000348


Isabela Araujo Barros1*
Maria Eduarda de Souza Leite Wanderley2*
Waléria Dantas Pereira Gusmão3
Annelise Machado Gomes de Paiva4


Resumo 

O presente estudo correlacionou a relação entre hábitos de vida e padrões de pressão arterial, matinal e noturna, em uma amostra de 180 participantes adultos. Utilizando métodos observacionais e analíticos, foram coletadas informações demográficas, hábitos sociais, histórico médico e medidas de pressão arterial, incluindo pressão matinal e noturna. Os resultados destacaram uma correlação significativa entre sedentarismo, hipertensão arterial (HA), diabetes mellitus (DM) e dislipidemia com a elevação da pressão arterial sistólica (PAS) matinal. Esses fatores foram identificados como importantes contribuintes para o aumento do risco cardiovascular, especialmente devido à associação da PAS matinal com eventos cardiovasculares pela manhã. A análise dos dados revelou também que o sexo feminino, a HA e a dislipidemia não apenas afetaram as pressões matinais, mas também as pressões noturnas e de consultório. Embora o tabagismo não tenha mostrado relevância estatística, sua importância na saúde cardiovascular não deve ser subestimada, especialmente considerando os graves efeitos associados e os benefícios da cessação do hábito. Diante desses resultados, é concluído que estratégias destinadas ao controle da pressão arterial matinal por meio da modificação desses hábitos de vida podem desempenhar um papel crucial na prevenção de complicações cardiovasculares. Em suma, os resultados deste estudo enfatizam a importância dos hábitos de vida na regulação da pressão arterial e na prevenção de doenças cardiovasculares (DCV). Identificar e intervir em comportamentos de risco, como sedentarismo e fumo, pode ser fundamental para promover a saúde cardiovascular e reduzir o impacto da HA e suas complicações. 

Palavras-chave: Pressão arterial. Hábitos de vida. Hipertensão arterial. Fatores de risco. Eventos cardiovasculares. 

Abstract 

This study correlated the relationship between lifestyle habits and morning and evening blood pressure patterns in a sample of 180 adult participants. Using observational and analytical methods, demographic information, social habits, medical history and blood pressure measurements, including morning and evening blood pressure gathering. The results highlighted a significant correlation between sedentary lifestyle, arterial hypertension (AH), diabetes mellitus (DM) and dyslipidemia with elevated morning systolic blood pressure (SBP). These factors were identified as important contributors to increased cardiovascular risk, especially due to the association of morning SBP with cardiovascular events in the morning. Analysis of the data also revealed that female gender, hypertension and dyslipidemia not only affected morning pressures, but also evening and office pressures. Although smoking was not statistically significant, its importance in cardiovascular health should not be underestimated, especially considering the serious effects associated with it and the benefits of quitting. In view of these results, it is concluded that strategies aimed at controlling morning blood pressure by modifying these lifestyle habits can perform a crucial role in preventing cardiovascular complications. Overall, the results of this study emphasize the importance of lifestyle habits in regulating blood pressure and preventing cardiovascular disease (CVD). Detecting and intervening in risk behaviors, such as sedentary lifestyles and smoking, can be fundamental to promoting cardiovascular health and reducing the impact of AH and its complications. 

Keywords: Blood pressure. Lifestyle habits. Arterial hypertension. Risk factors. Cardiovascular events. 

1. INTRODUÇÃO 

De acordo com a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2020, a Hipertensão Arterial (HA) é definida como uma doença crônica não transmissível, multifatorial e caracterizada por níveis pressóricos em consultório ≥ 140 e/ou 90mmHg em pelo menos duas ocasiões distintas e na ausência de tratamento anti-hipertensivo.

Dentre os fatores de risco que contribuem para a HA estão a idade, o sexo, o tabagismo, o etilismo, qualidade de sono, aspectos socioeconômicos e fatores de risco metabólicos. A associação da circunferência abdominal ao índice de massa corpórea (IMC) prediz risco de morte, tendo a redução ponderal uma correlação para com a diminuição da pressão arterial (PA) (BARROSO et al., 2020, HALL et al., 2019) 

Como explicitado na Diretriz Brasileira de HA 2020, em menores faixas etárias, a PA é mais elevada entre os homens, mas a elevação pressórica por década é maior em mulheres. Os mecanismos concernentes aos efeitos do tabagismo incluem disfunção endotelial, inflamação sistêmica e resistência à insulina, corroborando para o aumento do risco cardiovascular (BHATNAGAR et al, 2019) 

Espera-se que mais da metade dos portadores dos sintomas da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), manifestem aumento da rigidez arterial e consequentemente elevação da pressão arterial matinal que resultará em maiores chances de desfechos cardiovasculares (AHMAD et al, 2017) 

A PA apresenta variação diurna semelhante, alcançando um ponto mais alto no período da manhã e depois declinando para obter um valor mínimo por volta da meia-noite. Desse modo, a hipertensão matinal é capaz de aumentar o dano em órgão-alvo e desencadear eventos cardiovasculares nas primeiras horas da manhã (A. KIVRAK et al., 2017) 

A monitorização da pressão arterial (MRPA) tem a vantagem de proporcionar múltiplas medidas pela manhã e à noite no domicílio do paciente, sem alteração das atividades diárias, além de maior predição com lesões de órgão-alvo. 

O presente estudo objetiva correlacionar hábitos de vida, como atividade física, etilismo e tabagismo, com os valores de pressão matinal e noturna. 

2. METODOLOGIA 

Trata-se de um estudo observacional analítico transversal, realizado no Centro de Pesquisas Clínicas Dr. Marco Mota do Centro Universitário Cesmac. Foram avaliados 180 indivíduos encaminhados para a clínica, que consentiram livremente participar, com idade entre 18 e 83 anos e de ambos os sexos. Não foram incluídos da pesquisa as gestantes, os indivíduos com circunferência braquial ≤ 22cm e ≥ 42cm e portadores de arritmias cardíacas (fibrilação atrial e extrassístole frequente).

O referido estudo faz parte do projeto de pesquisa intitulado “Avaliação com monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) nos diagnósticos de normotensão, hipertensão verdadeira, hipertensão mascarada e hipertensão do avental branco versus a medida desacompanhada para pressão arterial (medida SPRINT).”, aprovado pelo CEP/Cesmac, em 16/05/2018, sob o nº 2.657.261. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foram coletadas em ambulatório e registrados em um protocolo próprio, as seguintes informações: dados demográficos; hábitos sociais; história médica; medicação em uso; dados antropométricos; pressão casual. 

Para a obtenção do peso e da altura foi utilizada uma balança antropométrica e um estadiômetro validado e calibrado. O IMC e a Circunferência da Cintura (CC) foram classificados segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2000). Ademais, o paciente enquadrado na categoria “sedentário” foi considerado como praticante de atividade física menos de 3 vezes por semana (OMS, 2020). 

Como preconizado pela IV Diretrizes de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (2018), a medida casual da pressão arterial, feita em consultório, correspondeu ao primeiro dia de medição e foi obtida duas vezes, com intervalo de um minuto entre elas. Tais médias iniciais foram excluídas do resultado da MRPA, mas foram realizadas para orientar o paciente e avaliar a reação de alarme. A medição foi feita de acordo com as orientações da respectiva diretriz (BARROSO et al., 2021). Foi utilizado o aparelho oscilométrico validado e calibrado (Omron HEM-7320), com o manguito (22-42 cm) posicionado adequadamente (BARROSO et al., 2021). O voluntário foi instruído a realizar, nos quatro dias subsequentes, a MRPA, seguindo as mesmas orientações supracitadas, com o mesmo equipamento e no mesmo braço verificado na consulta. Em domicílio, foram feitas três medidas pela manhã (pressão matinal) e três medidas à noite (pressão noturna), com intervalo de um minuto entre elas, totalizando, dessa forma, cinco dias de monitorização. Foram considerados válidos os exames com, pelo menos, 14 medidas (NOBRE et al., 2018). 

Análise estatística 

As variáveis categóricas estão descritas como frequências relativas e absolutas, enquanto as contínuas estão como médias e desvio-padrão. Para comparar as médias entre os diferentes fatores de risco, foi realizada a análise de variância de um fator (ANOVA oneway), com teste post-hoc de Bonferroni. Todas as análises foram realizadas com o software SPSS v25.0 (IBM Inc, Chicago, IL), e adotou-se um valor de alfa igual a 5%.

3. RESULTADOS 

A amostra foi constituída por 180 participantes adultos, recrutados em um centro de pesquisa clínicas na cidade de Maceió–AL, Brasil. A média de idade foi de 50,22 ± 15,78 anos, variando de 18 a 83 anos. Desses, a maioria era do sexo feminino, representando 65% (n=118) da amostra. Em relação à escolaridade, 7,7% (n=14) dos participantes eram analfabetos, enquanto os demais possuíam no mínimo. 

No que se diz respeito à etnia, 33,8% (n=61) dos participantes declararam-se pardos, enquanto 31,1% (n=56) consideram-se brancos, 12,2% (n=22) eram pretos e 22,7% (n=41) eram de outras raças. 

Em termos de condições de saúde, 56,1% (n=101) dos participantes relataram ter sido diagnosticados com HA, 15,5% (n=28) com DM e 25,0% (n=45) com dislipidemia. Além disso, 10,0% (n=18) do total eram fumantes ativos e 22,2% (n=40) eram ex-fumantes. Em relação à ingesta alcoólica, 35,0% (n=63) relataram consumo de álcool mais de uma vez por semana. Quanto à prática de atividade física, apenas 32,7% (n=59) dos participantes relataram realizar exercícios físicos pelo menos três vezes por semana. 

Quanto aos padrões de PA, a média dos pacientes foi, PAS de 134,17 ± 26,03 e PAD de 85,26 mmHg ± 15,07 mmHg, ao passo que na pressão matinal e noturna da população estudada, foi observado que a média da PAS matinal foi de 125,783 ± 22,515 mmHg, e a noturna foi de 123,517 ± 19,800 mmHg. A média da PAD matinal foi de 81,022 ± 13,487 mmHg, enquanto a noturna foi de 78,289 ± 12,211 mmHg. Pode-se observar que tais valores sofrem variações conforme o perfil clínico dos participantes, expostos na Tabela 1. Em geral, houve maior pressão, tanto matinal quanto noturna, nas mulheres, nos hipertensos e dislipidêmicos. Todavia, os diabéticos apresentaram aumento apenas das pressões sistólicas (Tabela 1). 

Tabela 1. Valores da pressão matinal e noturna a partir do perfil clínico dos participantes (n=180). 

Legenda: PAS= pressão arterial sistólica; PAD= pressão arterial diastólica; DP= desvio-padrão; HA= hipertensão arterial; DM= diabetes mellitus 

As medidas de pressão noturna e matinal relacionadas aos hábitos de vida, atividade física, tabagismo e etilismo, estão apresentadas na Tabela 2. Observou-se que o sedentarismo está associado à elevação de pressão matinal e noturna (Tabela 2). 

Tabela 2. Valores da pressão matinal e noturna a partir dos hábitos de vida dos participantes (n=180).

Legenda: PAS= pressão arterial sistólica; PAD= pressão arterial diastólica; DP= desvio-padrão

4. DISCUSSÕES 

No presente trabalho os seguintes fatores foram significativamente correlacionados com a elevação da PAS matinal: HA, DM, Dislipidemia e Sedentarismo. 

A relevância do controle da PA nas primeiras horas da manhã norteia-se na evidência médica de que há maior risco de infarto, episódios isquêmicos, arritmias ventriculares relacionadas à isquemia miocárdica e acidente vascular cerebral durante esses horários. (Redón, Josep, et al., 2002). 

Constatou-se uma correlação entre sexo feminino, sedentarismo, HA e dislipidemia com as PAS e PAD tanto matinais quanto noturnas. Além disso, a PAS em consultório mostrou interdependência semelhante, conjuntamente ao etilismo. Sendo que fatores como dislipidemia e HA influenciam tanto PAS quanto PAD de consultório. 

Ao contrário do J-MORE Study (2005), não houve influência do consumo de bebida alcoólica na redução significativa da PAS noturna nem do acréscimo significativo da PAD matinal. 

As alterações nos sedentários podem ser sublinhadas com o discorrido na coorte SUN (2007), em que afirmou maior incidência da hipertensão em pessoas com hábitos sedentários e aumento de peso decorrente de tal comportamento. Sendo assim, a intensificação da atividade física reduz o risco de desfechos cardiovasculares e DM, como também modifica favoravelmente a capacidade funcional (Franco, Roberto Jorge da Silva, 2020; Santos, Wanessa Batista, et al., 2024)

Soma-se a relação para com a obesidade, confirmado com o Nurses’ Health Study (1998), em que o montante de novos hipertensos atribuíveis ao sobrepeso e obesidade foi de 40%, reforçando a associação do incremento do peso com o risco de hipertensão. As descobertas do Framingham Heart Study (2012) indicaram que a perda de peso em indivíduos hipertensos com obesidade resulta em melhorias na PA. Como também, que a obesidade contribui com cerca de 60% a 70% dos casos de hipertensão essencial. 

Quando analisado DM, notou-se um grande impacto na PAS noturna e matinal, apontando um quadro de hipertensão, de acordo com os parâmetros da MRPA. DM também foi o único fator de risco que teve impacto com FC de consultório. Na nossa amostra foi visto que a maior parte portadora de DM apresenta hipertensão matinal, ratificado pelo estudo SURGE (2012), no qual aponta taxas mais baixas de controle da PA matinal em comparação à população em geral. 

Informações sobre qualidade do sono não apresentaram resultados que pudessem afetar valores da PA (matinal, noturna e casual) e/ou FC. Ao contrário de pesquisa anterior que comprovou maior controle da PA matinal nos voluntários sem ronco habitual (Zuo, Hui-Juan et al., 2019). 

No presente estudo os tabagistas não obtiveram relevância estatística com as pressões matinal e noturna, podendo associar-se ao baixo percentual de fumantes na população adulta alagoana, cerca de 8% (ou IC 95%=5%) de acordo com o relatório da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). Entretanto, é necessário reiterar a letalidade cardiovascular dessa doença crônico-degenerativa, que tem a DCV como a principal causa de óbito entre os fumantes e com a cessação a expectativa de vida aumenta em torno de 5 anos, a depender da idade da interrupção (Prabhat Jha, M.D., et al., 2013; BRASIL, 2023). 

5. CONCLUSÃO 

Com base nos resultados apresentados, observa-se que os hábitos de vida estão associados a padrões alterados de pressão arterial matinal e noturna. Especificamente, considera-se uma correlação significativa entre sedentarismo, HA, DM e dislipidemia com elevação da PAS matinal. Tais hábitos acentuam o risco cardiovascular de forma independente e/ou correlacionados aos outros.

A PAS matinal é de particular importância devido à sua associação com um maior risco de eventos cardiovasculares pela manhã. Portanto, estratégias para controlar a PA matinal através da mudança desses hábitos de vida podem ser cruciais na prevenção de complicações cardiovasculares. 

Além disso, encontramos que fatores como sexo feminino, HA e dislipidemia influenciam não apenas a PAS e PAD matinais, mas também as pressões noturnas e de consultório. 

Por fim, embora o baixo percentual de fumantes em nossa amostra possa ter contribuído para a falta de relevância estatística, não podemos subestimar os graves efeitos cardiovasculares associados ao tabagismo e os benefícios da cessação do hábito. 

REFERÊNCIAS 

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1Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário CESMAC e-mail: belaraujobarros@gmail.com
2Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário CESMAC e-mail: maduwanderley7@gmail.com 
3Docente do Centro Universitário Cesmac, Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e-mail: waleriadantasnut@gmail.com
4Coordenadora do Centro de Pesquisas Clínicas Dr. Marco Mota do Centro Universitário Cesmac. Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e-mail: annelise.gomes@cesmac.edu.br
*I.A.B. e M.E.S.L.W. contribuíram de igual forma no trabalho.