GUIA PRÁTICO PARA AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS: UM REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10608032


Vivian Paes Rodrigues; Victor Paes Rodrigues; Lucas Brito Soares; Aline Caldas Melo; Ruan Adriel Silva da Veiga; Karen Àquila Chaves Alencar; Crisnanda Duarte dos Santos; Jaynne de Sousa Almeida; Thercia Kamilla Moraes dos Santos Caridade; Kellena Fonseca Rodrigues


RESUMO

Os sinais vitais descrevem a performance das funções corporais básicas, que podem ser influenciadas por uma série de doenças, anormalidades internas ou externas. Na prática clínica do enfermeiro, os sistemas de detecção precoce da deterioração clínica permitem que as medições dos parâmetros vitais e suas interpretações sejam realizadas de forma sistemática e em intervalos consistentes com a situação clínica do paciente. Atrasos ou incoerências nesta identificação de sinais clínicos aumentam o risco de admissão não planejada do paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), correndo o risco de adquirir sequelas irreversíveis e até mesmo resultando em sua morte. Bem como, déficits no apanhado dos sinais vitais e informações acerca do paciente a procura de tratamento ao chegar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). O presente estudo trata-se de um resumo expandido de abordagem descritiva, baseado em pesquisas bibliográficas. A idealização deste estudo originou-se a partir da percepção dos alunos durante o primeiro contato acadêmico nos estágios, com o universo específico da enfermagem, na Unidade Básica de Saúde. As abordagens dos sinais vitais e dos sistemas corporais para avaliação do paciente têm limitações significativas na identificação da deterioração clínica. A abordagem de pesquisa primária fornece aos enfermeiros uma abordagem consistente, baseada em evidências e sequenciada para avaliação do paciente em todos os ambientes clínicos. A equipe de enfermagem deve utilizar uma abordagem de inquérito primário como o primeiro elemento de avaliação em cada encontro com o paciente, como estratégia de segurança para o mesmo.

Palavras chave: Sinais; Vitais; Exteriorização.

INTRODUÇãO 

O estudo de Kellett e Sebat (2017), disserta acerca do papel do enfermeiro na vigilância dos sinais vitais, sendo uma prática simples, de baixo custo e uma das formas mais importantes de identificar sinais de deterioração clínica em pacientes hospitalizados. O reconhecimento dos sinais vitais alterados deve ser realizado e registrado corretamente pelos profissionais que prestam assistência ao paciente. Currey, J; et al (2015), corroboram com esta ótica ao ressaltar a importância das ações educativas prestadas pelos enfermeiros, que se tratam do grupo profissional que detém o mais alto nível de responsabilidade pela avaliação do paciente e pela coleta e interpretação precisa de dados. O reconhecimento oportuno e a resposta à deterioração dos pacientes dependem da medição e interpretação dos dados fisiológicos pertinentes recolhidos pela equipe de enfermagem.  

Para Souza e Plens (2022), têm em vista que, profissionais da saúde atendem inúmeros pacientes por dia e em muitos casos em um ou mais hospitais/clínicas, acompanhar o avanço de seus pacientes costuma ser uma tarefa difícil, já que os dados estão armazenados no local junto a seu paciente. Ter um guia prático para auxiliar estudantes de enfermagem e recém formados no mercado de trabalho traria uma padronização das informações obtidas de cada paciente para estes espaços, além de armazená-las em um sistema computacional permitiria maior comodidade e eficiência aos profissionais da saúde, retirando a necessidade do manuseio de papéis, porem nem todos os estabelecimentos possuem esta padronização. O acompanhamento da evolução clínica do paciente tornaria-se mais eficiente, possibilitando o compartilhamento de informações. 

A utilização desses prontuários pode ocasionar diversos problemas como: ilegibilidade e/ou falta clareza, ambiguidade, perda frequente da informação, multiplicidade de pastas, dificuldade de acesso entre outros. Este trabalho aborda a informatização dos dados fisiológicos coletados dos pacientes de forma correta seguindo um guia prático, onde o enfermeiro possa recolher e visualizar os dados de seus pacientes de forma fácil e ágil.

Os sinais vitais (SSVV) descrevem a performance das funções corporais básicas, que podem ser influenciadas por uma série de doenças, anormalidades internas ou externas. Geralmente, a medição dos sinais vitais faz parte do primeiro atendimento na atenção básica, ajudando na triagem dos pacientes, mas também se faz necessário nos plantões realizados pela equipe de enfermagem em unidades de pronto atendimento; portanto, podendo acompanhar a evolução do paciente (Morsch, 2022).

Na prática clínica do enfermeiro, os sistemas de detecção precoce da deterioração clínica permitem que as medições dos parâmetros vitais e suas interpretações sejam realizadas de forma sistemática e em intervalos consistentes com a situação clínica do paciente. No Brasil ainda não existe uma regulamentação que oriente a equipe de saúde na frequência do monitoramento dos sinais vitais enquanto o paciente permanece na unidade de emergência, e em muitos serviços, essa frequência é definida predominantemente pela rotina da unidade (OLIVEIRA et al, 2020)

Atrasos ou incoerências nesta identificação de sinais clínicos aumentam o risco de admissão não planejada do paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), correndo o risco de adquirir sequelas irreversíveis e até mesmo resultando em sua morte. Bem como, déficits no apanhado dos sinais vitais e informações acerca do paciente a procura de tratamento ao chegar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). 

O monitoramento adequado dos sinais vitais deve considerar que a unidade concentra diferentes perfis de demanda e complexidade de pacientes. A literatura observa que nas salas de emergência a documentação e interpretação dos parâmetros vitais permanece incompleta. Um estudo australiano analisou registros de sinais vitais em unidades de internação e emergência e constatou que, em aproximadamente 80% das séries, foi documentada anormalidade em um ou mais parâmetros fisiológicos dos pacientes; porém os pesquisadores observaram que o registro da interpretação dessas anormalidades foi identificado em apenas 19,7% dos casos, mostrando que os registros de enfermagem apresentavam falhas na avaliação dos parâmetros vitais. Os autores também destacaram a importância desses resultados, considerando que a interpretação e intervenção adequadas devem ser realizadas prioritariamente pelos enfermeiros. Outro estudo, realizado no Brasil, avaliou os registros de enfermagem no ambiente de emergência e mostrou que a anotação da conduta tomada foi registrada em apenas 22,5% dos prontuários com sinais vitais alterados (CONSIDINE, J; TROTTER, C; 2015).

De acordo com Jonhson, K.D; et al (2017), monitorizar a qualidade dos cuidados e prevenir ou intervir antes que ocorram danos aos pacientes são fundamentais para o papel dos enfermeiros. Sinais vitais anormais têm sido associados a maus resultados para os pacientes e requerem acompanhamento após a observação de leituras anormais para evitar danos ao mesmo, relacionados à deterioração de seu atual estado. Esta documentação é importante para a qualidade e segurança do atendimento. como o primeiro elemento da avaliação do paciente. Os profissionais da enfermagem estariam mais focados na detecção ativa da deterioração clínica do que na coleta passiva de dados do paciente.

Sob essa perspectiva, para Duarte, Silva e Cardoso (2007), as implementações de metodologias educativas propostas foi o de aproximar os conhecimentos dos alunos dessa fase do curso ao conhecimento das fundamentações científicas pertinentes à realização dos procedimentos dos sinais vitais. No intuito de atingir esse objetivo é que se optou pela proposta pedagógica com referenciais teóricos afim de ressaltar a importância da sistematização de coleta dos sinais vitais, nesse sentido, a educação e atualização profissional se torna fundamental para garantir uma prática de cuidado segura. Dessa forma, a educação é vista como um processo dinâmico na construção do saber, do desenvolvimento do pensamento livre e da consciência crítica- reflexiva (PASCHOAL, MONTOVANI, MÉIER, 2007). 

Ao relacionar educação e a profissão de enfermagem, podemos compreender as ações de enfermagem, como ações educativas. Sendo assim, há necessidade de exercer efetivas oportunidades de ensino, fundamentadas na conscientização do valor da educação como forma de crescimento dos profissionais de enfermagem. Para garantir a segurança e a qualidade do atendimento ao paciente, é necessária uma documentação precisa das respostas aos sinais vitais anormais encontrados no cotidiano da profissão.

Metodologia

O presente estudo trata-se de um resumo expandido de abordagem descritiva, baseado em pesquisas bibliográficas. A idealização deste estudo originou-se a partir da percepção dos alunos durante o primeiro contato acadêmico nos estágios, com o universo específico da enfermagem, na Unidade Básica de Saúde Beira Rio – José Sebastião Fonteles Rios, situada no bairro Beira Rio, na rua AV. Adonis Pontes, na cidade de Tucuruí-PA, localizada no sudeste do estado do Pará. Com o intuito capacitar e sensibilizar os estudantes de enfermagem sobre a importância de registros exatos, que devem estar atentos para comunicar a equipe qualquer alteração nos parâmetros vitais dos pacientes atendidos nas unidades de saúde; além de fortalecer o cenário da pesquisa  acadêmica e conseguir sanar dúvidas, para que os acadêmicos trabalhem com mais autonomia e se sintam mais seguro em executar a semiotécnica de verificação de sinais vitais, bem como poderão compreender melhor o que aquele resultado significa em termos de evolução clínica para o paciente. 

A ideia do trabalho teve início durante o estágio da disciplina de Enfermagem Comunitária I, que ocorreu nos dias 26 de setembro de 2023 a 20 de outubro de 2023, do 4º semestre do curso de graduação em enfermagem, e teve seu término no dia 10 de janeiro de 2024. Partindo daí a necessidade da inclusão dos seguintes tópicos: temperatura; pressão arterial; frequência respiratória e frequência cardíaca; como um importante achado da avaliação semiológica.

Há muitas vezes dificuldade em aprender a nova codificação típica da área de saúde, principalmente no que concerne à semiotécnica, destacando-se a mais fundamental e básica das ações que é a verificação de Sinais Vitais (SSVV). Estudos corroboram que o momento de aprendizado dessa ação é permeado pela alegria em virtude da descoberta do novo e por se sentirem mais identificados com a profissão, mas também, por medo e insegurança quanto ao correto modo de verificar, interpretar os achados e atribuir-lhes nomenclatura específica para os diversos cenários de práticas em estabelecimentos de saúde.

Dessa maneira, para a elaboração do trabalho, foi-se elencada a seguinte pergunta norteadora:  Qual estratégia pode ser utilizada para os discentes de enfermagem, sobre aferições e registros dos sinais fisiológicos. Em vista disso, a pesquisa teve como proposta, aproximar os conhecimentos dos alunos dessa fase do curso ao conhecimento das fundamentações científicas pertinentes à realização dos procedimentos dos sinais vitais. No intuito de atingir esse objetivo é que se optou pela proposta da aprendizagem utilizando um resumo expandido e uma tabela prática como um guia formulada pelos discentes do curso de enfermagem 2022, baseado em pesquisas bibliográficas nacionais e internacionais.  Em seguida, a teorização se decorreu de pesquisas online’s que fundamentam a problemática determinada, sendo utilizado os bancos de dados: Scopus, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (Scielo), com os descritores: Sinais Vitais; Discentes Enfermagem; Tecnologia em Saúde.

Com este trabalho espera-se melhorar significativamente o registro de sinais fisiológicos e reconhecimento de sinais de piora clínica de pacientes internados, e no primeiro contato a triagem na atenção básica de saúde realizando intervenções precoce, e aprimorando seus conhecimentos técnicos e científicos que irão dar sustentação a sua prática profissional e com isso diminuir erros e possíveis complicações a pacientes internadas. A comunicação entre a equipe e a constante atualização dos profissionais torna-se fundamental para um cuidado seguro.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tabela de Parâmetro dos Sinais Vitais Normais 

Parâmetros Normais dos sinais vitais conforme faixa etária 
Faixa etáriaTemperatura (TR)Frequência Cardíaca (FC)Frequência respiratória (FR)Pressão Arterial (PA)
Bebês (0 a 2 anos)36,1ºC a 37,2ºC 120 a 160 bpm30 a 60 rpm 110×75 mmHg 
Crianças
36,1ºC a 37,2ºC 
80 a 110 bpm (2 a 4 anos)  
75 a 100 bpm (5 a 10   anos) 
25 a 32 rpm (2 anos) 
20 a 30 rpm 

120×80 mmHg 
Adultos
36,1ºC a 37,2ºC 

60 a 100 bpm
16 a 19 rpm (adolescente)
12 a 20 rpm 

120×80 mmHg 
Idosos36,1ºC a 37,2ºC 45 a 90 bpm16 a 25 rpm 120×80 mmHg 
Fonte: Autoria Própria.

Diante do exposto, é necessário que haja uma interligação entre os domínios do conhecimento, teoria, aplicação dos instrumentos e a rotina para que a lógica de cuidados relacionados a coleta de dados e sinais vitais, se fortaleça e se estenda no Brasil tanto no setor público quanto no complementar, que poderiam ser oferecidos como por exemplo, a pesquisa clínica, sistemas de apoio à decisão, entre outros; a fim de favorecer uma melhora na coleta e armazenamento de dados, implementando uma assistência com melhorias em sua organização e cuidados para um atendimento de qualidade nas unidades de atendimento, que possui grande expectativa de crescer (Oliveira G.N, et al; 2023).

Para que o cuidar seja coerente com as demandas sociais com relação à qualidade, é imprescindível que a educação profissional proporcione uma formação baseada em conhecimento científico, habilidades técnicas e raciocínio crítico-reflexivo que satisfaça tais exigências. Desse modo, o paciente poderá experimentar um serviço de qualidade onde terá segurança no processo de saúde-doença na atenção básica e unidades de pronto atendimento.

Veras (2022) ressalta como as condições crônicas estão associadas ao envelhecimento, assim como ao estilo de vida do indivíduo e a inclinação genética. O autor aponta como tais individualidades necessitam de respostas mais elaboradas e com um olhar mais crítico, estruturadas por incentivos a adesão ao tratamento e assistência social ao paciente, embora atualmente, os serviços de saúde possuam uma estrutura voltada para assistência aos episódios agudos.

Concordando com a literatura, partir das experiências durante os estágios foi observado que, a técnica para aferição de sinais vitais e os registros dos achados no prontuário, acontecem de maneira inadequada. A habilidade técnica incorreta e os registros de dados vitais que não reflitam a condição clínica fidedigna poderá agravar o estado de saúde dos pacientes, que já se encontram em um ambiente diferenciado que visa à manutenção e recuperação da vida. A comunicação entre a equipe e a constante atualização dos profissionais torna-se fundamental para um cuidado seguro. 

Aferições e registros dos sinais vitais em pacientes internados e na atenção primária são considerados informações fundamentais para avaliação das condições de saúde e na tomada de decisão terapêutica. Os registros quando realizados de forma adequada podem diminuir complicações no estado geral da paciente, e que também é influenciado por outros fatores externos ou intrínsecos da genética do indivíduo. Assim, é importante prezar pela qualidade da assistência frente a estas condições, consolidando profissionais capacitados e constituindo uma estrutura onde as condições crônicas sejam bem assistidas, e não somente as agudas, reforçando a importância deste trabalho.

Passo a passo para aferição dos sinais vitais (SSVV)

Diante do mencionado na pesquisa, A verificação de sinais vitais envolve tarefas simples, mas que pedem atenção e zelo para obter resultados de qualidade, tais como:

1. Comece pela temperatura

-Essa é a tarefa mais rápida, que exige apenas um termômetro de mercúrio para coletar os dados necessários.

-A medição pode ser feita por via oral, retal ou axilar, sendo que esta última oferece mais praticidade na rotina das unidades de saúde.

-Antes de colocar o termômetro em contato com a pele do paciente, desinfete o equipamento.

-Depois, seque a axila da pessoa e garanta que o bulbo do aparelho fique junto à pele, sendo levemente comprimido pelo braço para que não se mova.

-Aguarde de 3 a 5 minutos para retirar o termômetro assim que ele apitar e registrar a temperatura corporal.

2. Tome a pulsação

-Peça para o paciente se sentar em posição confortável, no qual possa se recostar.

-O pulso pode ser tomado a partir da compressão de uma artéria contra um osso, feita de modo leve.

-Pescoço, pulso e parte interna do braço (braquial) são bons locais para tomar a pulsação.

-Em adultos que estejam conscientes, o mais comum é observar a frequência cardíaca pressionando o pulso, a fim de sentir as artérias radiais.

-Com o braço do paciente apoiado e relaxado, utilize 2 ou 3 dedos para comprimir a parte central, logo abaixo da palma da mão.

-Lembre-se de não usar o polegar e indicador, que podem distorcer o resultado.

-Se não encontrar pulso, é possível procurar pela artéria carótida, no pescoço.

-Basta colocar os dedos sobre o pomo-de-adão e deslizar até a lateral para achar a pulsação.

-Em bebês até os 12 meses, será mais simples tomar a pulsação braquial, seguindo os mesmos passos que a medição pelo pulso.

-Conte os movimentos durante 60 segundos, observando se são regulares e intensos.

-Anote os valores obtidos para que sejam comparados aos parâmetros normais.

3. Siga para a Frequência Respiratória (FR)

-A FR deve ser medida logo depois da frequência cardíaca, a fim de encontrar valores confiáveis.

-Primeiro, coloque o paciente sentado em posição confortável e posicione o braço de maneira relaxada para verificar as incursões respiratórias.

-Ou coloque os dedos anelar e indicador sobre a artéria carótida, como expliquei acima.

-Verifique, então, a quantidade de ciclos respiratórios, contando os movimentos sentidos por 60 segundos.

-Durante esse período, preste atenção, ainda, nos movimentos torácicos, se há ritmo padrão para a respiração, se é profunda ou superficial.

-Registre os valores de FR e a posição do paciente no prontuário médico e compare os números com os valores de referência.

4. Meça a pressão arterial

-Certifique-se de que o paciente esteja tranquilo, pois o estresse e ansiedade podem aumentar os valores reais. Na dúvida, peça que ele descanse por alguns minutos antes de realizar o procedimento

-Localize a artéria braquial por palpação

-Prenda o manguito firmemente cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial

-Mantenha o braço do paciente na altura do coração

-Palpe o pulso radial, posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial e infle o manguito até o desaparecimento do som

-Faça a deflação com uma velocidade constante de 2 a 4 mmHg/segundo

-Determine a pressão sistólica máxima no momento do aparecimento do primeiro som

-Determine a pressão diastólica mínima no momento do desaparecimento do som

-Registre os valores das pressões sistólica e diastólica, o braço em que foi feito o exame e o horário.

Em consenso com a literatura supracitada, os pesquisadores verificaram a necessidade de inserir a discussão sobre sinais fisiológicos, por revelar ser um procedimento que possibilita avaliar a eficácia das funções endócrinas, respiratórias, renais, corporais e circulatórias. Com base nas informações da monitorização dos sinais fisiológicos se obtém de maneira rápida a condição do cliente, a identificação de problemas e a avaliação da resposta ao tratamento. Assim, os sinais fisiológicos são parâmetros reguladores dos órgãos vitais e revelam o estado funcional deles e suas variações podem indicar problemas relacionados a alguma dessas funções.

  Portanto, de acordo com Santos, Giacomin e Firmo (2014), é necessário que os serviços de saúde ofertem um ambiente participativo e com processos que sejam contínuos, visando a expansão e conhecimento, além de fazerem empreendimentos na valorização e instrução dos trabalhadores da saúde sobre o processo de adoecimento e cura. Sendo assim, a ideologia mencionada, é de fato importante, pois através da abrangência do conhecimento sobre métodos que auxiliem a aferição dos SSVV, é possível a oferta de uma melhor assistência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos fatos supracitados, o presente trabalho verificou que pesquisas sistematizadas integradas a recursos visuais e descritivos são passos iniciais para dinamizar o ensino dos SSVV para estudantes de enfermagem, considerando as dificuldades observadas à cerca da aferição dos SSVV, quanto à técnica, terminologia e conceitos. Além disso, diversos problemas se tornam comuns, como: ilegibilidade e falta de clareza, ambiguidade, perda frequente da informação, multiplicidade de pastas, dificuldade de pesquisa coletiva, demora no preenchimento, falta de padronização e dificuldade de acesso Nesse sentido, faz-se necessário também a elaboração de metodologias ativas/tecnologias em saúde voltadas para o público estudantil, que promovam assistência integral de saúde, assim como a produção de estudos que utilizem dessas ferramentas no ambiente hospitalar. É urgente que estratégias dinâmicas e inovadoras sejam adotadas no ensino de enfermagem, de modo que reduza a prática cristalizada de memorização estagnada de conceitos e passe a valorizar a reflexão e a tomada de decisão frente aos achados clínicos.

As abordagens dos sinais vitais e dos sistemas corporais para avaliação do paciente têm limitações significativas na identificação da deterioração clínica. A abordagem de pesquisa primária fornece aos enfermeiros uma abordagem consistente, baseada em evidências e sequenciada para avaliação do paciente em todos os ambientes clínicos. A equipe de enfermagem deve utilizar uma abordagem de inquérito primário como o primeiro elemento de avaliação em cada encontro com o paciente, como estratégia de segurança para o mesmo.

REFERÊNCIAS

CURREY, J; et al. Garantir uma abordagem proativa, baseada em evidências e segurança do paciente para sua avaliação. Journal of Clinical Nursing, v. 24, p 300-307, ed. 1-2; jan. 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1111/jocn.12641. Acesso em: 20 de jan. de 2024.

CONSIDINE, J; TROTTER, C. Documentação de observações fisiológicas por enfermeiros em três ambientes de cuidados intensivos. Journal of Clinical Nursing, v. 24, p. 134-143. junho. 2015. Disponível em:  » https://doi.org/10.1111/jocn.13010. Acesso em: 20 de jan. de 2024.

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MORSCH, A. J. Sinais Vitais Normais, quais são os mais importantes? Telemedicina Morsch. FURG, RS, fev. 2022. Disponível em: elemedicinamorsch.com.br/blog/sinais-vitais#:~:text=Os%20sinais%20vitais%20são%3A%20frequência,doenças%2C%20anormalidades%20internas%20ou%20externas.  Acesso em: 20 de dez. de 2023.

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