GRUPO DE CAMINHADA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA PERSPECTIVA SOBRE SAÚDE MENTAL

WALKING GROUP IN PRIMARY HEALTH CARE: A PERSPECTIVE ON MENTAL HEALTH

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10206355


Kamilla Araújo Leite1
Lorena de Freitas Fidyk1
Tatiana Oliveira Chaves Fontes1
Anna Heliza Silva Giomo²


RESUMO

O presente estudo conduzido em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na região Central de Brasília se debruçou sobre a efetividade do grupo “Caminha Mente” como uma intervenção para melhoria da saúde mental. O objetivo geral foi investigar a influência da caminhada em grupo na qualidade de vida dos participantes, com um olhar atento aos sintomas de ansiedade, depressão e solidão. Os objetivos específicos incluíram a descrição do perfil dos usuários, a análise da relação entre a prática regular de caminhada e o bem-estar, bem como o exame das percepções sobre os aspectos biopsicossociais pós-participação. Utilizando pesquisa de levantamento, o estudo aplicou um questionário anônimo para coletar dados de 12 participantes. As respostas revelaram que o “Caminha Mente” proporciona um suporte emocional significativo, reforçando a saúde mental e o senso comunitário. Os participantes relataram melhorias no bem-estar psicológico, na disposição para interações sociais e na sensação de acolhimento. A pesquisa ressalta o valor das interações sociais que ocorrem durante as atividades de caminhada, reafirmando a prática como um complemento valioso às estratégias de manutenção da saúde e prevenção de doenças. Embora limitado pelo tamanho da amostra, o impacto positivo do grupo sobre a saúde mental foi evidente, sugerindo que o formato intimista e focado do “Caminha Mente” é um fator chave em sua eficácia. Este estudo conclui que o “Caminha Mente” é uma intervenção promissora para a saúde mental na atenção primária, com potencial para replicação em outras unidades. A iniciativa se alinha com as diretrizes nacionais de saúde, proporcionando uma abordagem inclusiva e educativa que promove autonomia e cuidado colaborativo. Além de contribuir para a redução da demanda por serviços de saúde mental especializados, o grupo “Caminha Mente” demonstra a importância de estratégias coletivas e interdisciplinares na promoção da saúde mental.

Palavras-chaves: Sistema Único de Saúde; Atenção Primária à Saúde; Qualidade de Vida; Saúde Mental.

ABSTRACT

The present study conducted in a Basic Health Unit (UBS) in the Central region of Brasília focused on the effectiveness of the “CaminhaMente” group as an intervention to improve mental health. The general objective was to investigate the influence of group walking on the participants’ quality of life, with a close eye on symptoms of anxiety, depression and loneliness. Specific objectives included describing the users’ profile, analyzing the relationship between regular walking and well-being, as well as examining perceptions of post-participation biopsychosocial aspects. Using survey research, the study administered an anonymous questionnaire to collect data from 12 participants. The responses revealed that “CaminhaMente” provides significant emotional support, reinforcing mental health and a sense of community. Participants reported improvements in psychological well-being, willingness for social interactions and feeling welcomed. The research highlights the value of social interactions that occur during walking activities, reaffirming the practice as a valuable complement to health maintenance and disease prevention strategies. Although limited by sample size, the group’s positive impact on mental health was evident, suggesting that “CaminhaMente’s” intimate and focused format is a key factor in its effectiveness. This study concludes that “CaminhaMente” is a promising intervention for mental health in primary care, with potential for replication in other units. The initiative aligns with national health guidelines, providing an inclusive and educational approach that promotes autonomy and collaborative care. In addition to contributing to reducing the demand for specialized mental health services, the “CaminhaMente” group demonstrates the importance of collective and interdisciplinary strategies in promoting mental health.

Keywords: Unified Health System; Primary Health Care; Quality of life; Mental health.

1. INTRODUÇÃO

A Atenção Primária à Saúde desempenha um papel fundamental na promoção do bem-estar e na prevenção de doenças,  incluindo a saúde mental. No  entanto, é comum encontrar unidades de saúde que enfrentam desafios relacionados à carência de profissionais especializados em psicologia e à alta demanda em casos de saúde mental. Nesse contexto, estratégias inovadoras são necessárias para suprir essa lacuna e garantir um atendimento adequado aos usuários (COSTA, et al, 2010).

A Unidade Básica de Saúde em que foi realizado o estudo está localizada na região central de Brasília, Distrito Federal. A unidade utiliza a estratégia de implementação de grupos educativos e terapêuticos na Atenção Primária à Saúde, por meio das Equipes de Saúde da Família e da equipe Multiprofissional na Atenção Primária à Saúde e-Multi. A atuação desses grupos é de extrema relevância na promoção do cuidado à saúde e prevenção de agravos (SILVA et al., 2021, apud BEZERRA et al., 2020; MENDONÇA & NUNES, 2015).

De acordo com análise territorial da região realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal – Codeplan em 2021 e dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD, a região em específico conta com uma população urbana de 30.860 pessoas, sendo aproximadamente 20% dessa população composta por idosos, que também são o maior público de utilização da unidade de saúde e apresentam sintomas de solidão, depressão e ansiedade.

Considerando esse indicador e ponderando as diretrizes da Lei 8.842 de 1994, que preconiza a Política Nacional do Idoso, reforçando o exercício da autonomia, independência e participação ativa em seu cuidado e bem-estar, foi identificada a necessidade de criação de um grupo com interatividade e vínculo entre os pacientes e os profissionais da saúde, um benefício para a melhoria da saúde (COELHO et al., 2020).

Com base no aumento da demanda por serviços de saúde mental, a Equipe Multiprofissional na Atenção Primária à Saúde (e-Multi), desenvolveu um projeto que visa a introdução de um grupo de caminhada com o objetivo de estimular a prática de atividade física, interação social, reconhecimento e apropriação do território, além de promover melhorias na qualidade de vida e saúde mental dos pacientes da unidade.

Estudos científicos têm evidenciado a importância dos grupos terapêuticos como uma forma eficaz de intervenção na saúde mental, que vão além do atendimento clínico individual. Ao participar de um grupo, os usuários têm a oportunidade de compartilhar suas experiências, se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes e obter apoio mútuo (COSTA, et al, 2010).

Além disso, o objetivo principal do grupo é permitir que, durante o trajeto da caminhada, os participantes possam desabafar, aliviar suas dores e diminuir a sensação de solidão, proporcionando um momento de interação entre os diversos membros da comunidade e também entre os profissionais de saúde e os pacientes, auxiliando na melhora do quadro de saúde de quem possui depressão e ansiedade. O grupo também incentiva os moradores do território a explorarem a região e usufruírem do espaço em que residem.

Os transtornos depressivos podem ser definidos como transtornos de humor multifatorial, motivados por questões genéticas, socioambientais, estilo de vida, vulnerabilidades, pós-estresse e perdas, entre outras (American Psychiatric Association, 2014). Santos argumenta que a redução da concentração de serotonina e noradrenalina está relacionada a um estado deprimido, desencadeando apatia em relação às atividades diárias, tristeza profunda, baixa autoestima e angústia (SANTOS, 2019).

A atividade física vem se mostrando cada vez mais eficaz na prevenção e tratamento da depressão. A caminhada, por exemplo, ganhou destaque na Atenção Primária à Saúde por seu potencial de liberação de hormônios responsáveis pelo bem-estar (SANTOS, 2019). A prática de atividade física promove saúde física e mental, pois além de compor o tratamento de pessoas em sofrimento psíquico, também é um recurso terapêutico para doenças crônicas (DANIELSKI et al., 2008).

Os benefícios da caminhada são: redução do tecido adiposo e consequentemente do peso corporal, através da queima de calorias; redução do nível de adrenalina e aumento de endorfinas no sangue, protegendo contra o estresse; aumenta a capacidade aeróbica, sendo que o oxigênio é melhor aproveitado nos pulmões, coração, artérias e músculos; melhora a circulação sanguínea, prevenindo doenças ligadas ao sistema circulatório e corrigindo doenças crônicas; aumenta o consumo máximo de oxigênio e volume sistólico; fortalece e tonifica a musculatura, principalmente dos membros inferiores e do abdômen; melhora na eficiência da musculatura cardíaca e aumento da vascularização do miocárdio; aumento da concentração de HDL (lipoproteínas de alta densidade = bom colesterol) no sangue; combate doenças como: artrite, artrose e principalmente a osteoporose, entre outros benefícios (DANIELSKI, et al, 2008).

O grupo de caminhada é realizado todas às quartas-feiras às 8h da manhã no parque da Octogonal, um ambiente cercado por vegetação e ao ar livre. Os usuários são acompanhados pelos profissionais da Equipe Multiprofissional na Atenção Primária à Saúde (e-Multi).

No primeiro momento, todos os participantes do grupo passam por uma avaliação para verificação da pressão arterial e uma breve anamnese, a fim de avaliar se estão aptos para a prática da caminhada. Em caso de alterações ou  complicações físicas dos integrantes, é aconselhado que não participem da atividade e dependendo do caso, encaminhado para atendimento pela equipe de saúde da família na UBS. Em seguida, a sessão de alongamento é ministrada pelos fisioterapeutas da unidade, como forma de preparação para a atividade física.

A caminhada orientada tem duração máxima de 50 a 60 minutos e é conduzida por uma     equipe  multiprofissional  de   saúde,   composta    por  sanitaristas,  fisioterapeutas, nutricionistas, psicóloga e farmacêuticos. A equipe acompanha os pacientes da seguinte maneira: um profissional à frente do grupo, outros no meio e um último no final, garantindo que todos os participantes estejam seguros e recebendo a atenção necessária durante a prática.

A divulgação do grupo de caminhada foi feita de forma direta, através da distribuição de um convite denominado de “vale caminhada”, que foi disponibilizado pelas equipes de saúde da família. Além disso, os profissionais da unidade também encaminham os pacientes durante os atendimentos, a fim de incentivar a participação no grupo.

Durante o Grupo de Caminhada, são realizadas atividades quinzenais que incluem instruções sobre assuntos diversos e dinâmicas relacionadas a temas como autoestima, motivação, ansiedade, estresse e depressão, bem como orientações e palestras sobre cuidados com a saúde e bem-estar, incluindo tópicos como medicamentos. As atividades são planejadas e ministradas por uma equipe multiprofissional de saúde, incluindo sanitaristas, fisioterapeutas, psicóloga, nutricionistas e farmacêuticos.

As reuniões quinzenais sempre ocorrem com um tema norteador, escolhido previamente pelos pacientes ou profissionais, sendo sempre definido um objetivo a ser alcançado. O intuito das reuniões é abordar temas que incentivem a promoção e prevenção em saúde, orientando técnicas e métodos que possam ajudar a amenizar ou controlar os sintomas de estresse, ansiedade e depressão.

Este estudo objetiva investigar a influência de um grupo de caminhada como intervenção para melhoria da qualidade de vida relacionada à saúde mental, com ênfase na redução de sintomas de ansiedade, depressão e solidão. Descrevendo o perfil dos participantes da pesquisa, investigando a relação entre a prática regular de caminhada em grupo e a melhoria na qualidade de vida e examinando a percepção dos participantes sobre os aspectos biopsicossociais após a participação no grupo de caminhada.

2. METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de uma pesquisa transversal, conduzida como um estudo quantitativo de levantamento de dados na Atenção Primária à Saúde. O objetivo central foi explorar as experiências e percepções dos participantes em relação ao grupo de caminhada e sua influência na saúde mental. O estudo utilizou um questionário anônimo como instrumento de coleta de dados. Essa abordagem de levantamento permitiu obter informações sobre a experiência dos participantes, buscando alcançar a saturação de ideias e respostas.

O questionário é composto por perguntas de múltipla escolha e duas perguntas abertas para permitir a coleta de dados. As perguntas de múltipla escolha foram baseadas na escala Likert e forneceram informações quantitativas sobre a frequência e intensidade da participação no grupo de caminhada, sendo avaliados parâmetros quantitativos nas questões de número 1 a 27 e 29 a 34, enquanto as perguntas abertas (número 28 e 35) permitiram que os participantes expressassem suas opiniões de forma mais detalhada e aprofundada.

O questionário foi aplicado presencialmente aos participantes em uma Unidade Básica de Saúde na região Central de Brasília. A coleta de dados ocorreu em um único ponto no tempo, no qual os participantes foram convidados a preencher o questionário de acordo com sua disponibilidade e conveniência. Foi enfatizado aos participantes que a participação é voluntária e anônima, garantindo a confidencialidade e proteção de suas informações pessoais.

Foi fornecido um termo de consentimento informado para cada participante, detalhando o propósito da pesquisa, os procedimentos, os direitos do participante e os contatos para dúvidas. Os participantes tiveram o direito de recusar ou interromper sua participação a qualquer momento, sem qualquer penalização ou impacto em sua relação com o grupo de caminhada ou a Unidade Básica de Saúde.

Após a coleta de dados, foi realizada análise descritiva dos dados, incluindo frequências e percentuais das respostas. As respostas das perguntas abertas foram analisadas por meio de uma abordagem de análise de conteúdo, visando identificar temas e padrões emergentes relacionados à experiência no grupo de caminhada e aos benefícios percebidos para a saúde mental.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob número de parecer nº 6.340.524 e CAAE 73502223.4.0000.5553. Foi considerada a melhoria nos sintomas de depressão, ansiedade e solidão quando as respostas das questões enquadravam-se nos parâmetros da escala Likert:

Nunca e RaramenteConcordo e Concordo plenamenteDiscordo e Discordo plenamenteAlta e Muito altaBom, Muito bom e Excelente
5, 7 e 911, 12, 13, 15,14, 16 e 221021
 17, 18, 19, 23,   
 24, 25, 26 e 27   

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo contou com a participação de 12 indivíduos do grupo Caminha Mente, todos rigorosamente selecionados por atenderem aos critérios pré-definidos. A amostra incluiu 4 homens e 8 mulheres, o que corresponde a aproximadamente 33,3% do sexo masculino e 66,7% feminino. Todos os respondentes possuem mais de 60 anos e são moradores da Região Central sendo a média das idades de 70,5 anos. Dos 12 indivíduos participantes, 84% declararam morar sozinhos como apresentado no gráfico abaixo:

Figura 1– Perfil epidemiológico dos participantes

Fonte: Autoria própria.

Tabela 1. Perfil Epidemiológico dos participantes do grupo Caminha Mente

SexoIdadeResidem na Região Central
Feminino:840 a 70 anos7Sim:12
Masculino:475 a 86 anos5Não:0

Fonte: Autoria própria.

O questionário contou com 35 perguntas relacionadas à sensação de autoestima, interação social, motivação, ansiedade, estresse, depressão e qualidade de vida antes e após a participação no Grupo de caminhada “CaminhaMente”.

A análise dos dados revela uma tendência positiva nos indicadores de saúde mental dos participantes do grupo “CaminhaMente”. Antes de integrarem o grupo, 33,3% relataram sentir ansiedade frequentemente, enquanto após a participação, 41,7% indicaram não experimentar esse quadro. No que diz respeito à tristeza, 33,3% manifestaram senti-la às vezes antes da participação, reduzindo-se para 58,3% que afirmaram uma menor frequência em experienciar tristeza após a integração ao grupo.

Em relação ao estresse, 33,3% dos participantes indicaram uma frequência frequente antes da participação, reduzindo-se para 58,7% após a participação no grupo. Quanto à solidão, 33,3% referiram sentir-se frequentemente solitários antes de participar, quando 58,3% relataram não sentir solidão após a participação como mostra o gráfico comparativo à seguir: Figura 2- Comparativo do antes e depois da participação do grupo de caminhada “CaminhaMente”:

Fonte: Autoria própria.

A análise das respostas revela ainda uma alta probabilidade (75%) de os participantes recomendarem o acesso ao Grupo CaminhaMente a familiares e parentes com propósitos semelhantes. Além disso, a maioria expressou plena concordância em relação à sensação de serem autênticos durante a participação no grupo (83,3%) e em aprender coisas novas (75%).

Observou-se uma elevada concordância (75%) em relação à formação de novas amizades durante a participação no grupo, e a maioria (83,3%) discordou totalmente da sensação de deslocamento. A constatação de que as opiniões mudam e amadurecem durante a participação no grupo foi expressa por 83,3% dos participantes.

A grande maioria (92%) concordou plenamente com a importância das rodas de conversa no grupo e com o benefício de caminhar regularmente em grupo para a melhoria da qualidade de vida. Quanto à avaliação do estado de saúde mental, antes da participação, houve uma distribuição equitativa entre respostas “muito ruim”, “ruim” e “bom” (25%), enquanto após a participação, 58,3% indicaram uma avaliação “excelente”. Esses resultados indicam uma correlação positiva entre a participação no Grupo CaminhaMente e melhorias nos aspectos relacionados à saúde mental dos participantes.

Em relação à capacidade de relaxamento durante as atividades do grupo, 66,7% dos participantes discordaram totalmente, indicando que a participação no “CaminhaMente” não é associada a dificuldades de relaxamento. Além disso, 58,3% afirmaram concordar plenamente com o aumento na sensação de felicidade ou esperança após a participação no grupo.

Quando questionados sobre mudanças nos aspectos físicos após participarem do grupo, 75% concordaram plenamente, destacando uma percepção positiva quanto à disposição e energia. Em relação ao apoio emocional nos momentos de preocupações e angústias proporcionado pelo grupo, 66,7% concordam plenamente.

Os resultados evidenciam que 58,3% dos participantes concordam plenamente que o grupo “CaminhaMente” possui significado em suas vidas, especialmente em momentos difíceis. Em termos psicológicos, 41,7% concordaram plenamente com mudanças no humor e autoestima, enquanto 50% concordaram.

A avaliação em escalas de 1 a 10 revelou que o grupo “CaminhaMente” desempenha um papel crucial na promoção de aspectos sociais, com 8 dos 12 participantes atribuindo a pontuação 9. Em termos de apoio emocional, 9 dos 12 participantes avaliaram com a pontuação máxima de 10.

Os resultados indicam que o grupo é um estímulo significativo para a prática regular de exercícios, com 9 dos 12 participantes atribuindo a pontuação máxima. Além disso, a consistência na prática de exercícios é mantida por 11 participantes, todos com pontuação 10.

O incentivo para cuidar da saúde física e mental, bem como a motivação para participar das caminhadas mesmo nos dias menos motivadores, foram altamente avaliados, com 11 participantes atribuindo a pontuação máxima. Esses dados sugerem a eficácia do grupo “CaminhaMente” na promoção da saúde física, mental e social de seus participantes.

O retorno positivo recebido em relação ao grupo de caminhada “CaminhaMente” ressalta a importância de todos os profissionais de saúde inseridos nas unidades básicas engajarem-se na atuação em prol da saúde mental da população, sem a obrigatoriedade de centralizar todas as demandas de transtornos mentais em uma única categoria profissional. Evidenciando a viabilidade e potencialidade da implementação de atividades coletivas e promover uma abordagem multiprofissional no âmbito dos serviços de saúde da atenção primária.

A partir da análise das respostas obtidas pelas pesquisadoras, observa-se também uma predominância no resultado que indica que o grupo de caminhada consciente é efetivo no intuito de elevar a autoestima, promover autonomia e melhorar a qualidade de vida dos participantes. A questão da idade dos pacientes que integram o grupo chama a atenção para a percepção de ansiedade e tristeza que eles possuem.

Contextualizando a história de vida dessas pessoas, compreende-se que, anteriormente, não se dispunha de tempo e interesse para que questões relacionadas à saúde mental fossem tratadas com a mesma seriedade que um diagnóstico de diabetes, por exemplo. A passagem do tempo, as atividades cotidianas, a criação dos filhos e a busca por independência financeira resultaram, muitas vezes, na negligência da saúde mental desses indivíduos.

Em diversos questionários, nota-se que essas pessoas não encaram seus dilemas e queixas diárias como elementos a serem considerados como tristeza ou ansiedade, suscitando questionamentos sobre a valorização da saúde mental em comparação a épocas distintas das atuais. Apesar dessa percepção diferenciada, fica claro que o desejo de cuidar cada vez mais da saúde mental e de tentar ressignificar sentimentos está sendo praticado por meio do grupo.

A partir das respostas obtidas no questionário, evidencia-se uma correlação entre a prática regular de caminhada em grupo e os indicadores de melhoria na qualidade de vida dos participantes, abrangendo aspectos físicos, emocionais e sociais. No que concerne aos aspectos físicos, as respostas indicam um aumento notável na disposição e determinação dos participantes para realizar a atividade física semanalmente, demonstrando uma crescente dedicação a cada participação no grupo. Esta atividade é prioritária para eles, buscando manter uma constância na sua prática.

No tocante aos aspectos emocionais e sociais, torna-se evidente que a interação social e a partilha de sentimentos desempenham um papel crucial na melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Importa ressaltar que a maioria dos participantes reside sozinha, e os escassos vínculos sociais mantidos concentram-se nos grupos da unidade e em instituições religiosas.

Ao analisar a percepção dos participantes em relação aos aspectos biopsicossociais, com foco especial nas mudanças percebidas após a participação no grupo de caminhada, observa-se que esses pacientes conseguiram desenvolver um senso ampliado de comunidade e estabelecer uma relação comunitária de pertencimento ao território de residência e à população local. Esta aquisição durante a participação no grupo representa não apenas um benefício substancial para a unidade, ao fortalecer os laços com os pacientes, mas também evidencia uma aliança de companheirismo e ajuda entre os próprios participantes, resultando em uma relação que se estende para além dos limites físicos da unidade.

Os participantes do grupo “CaminhaMente” expressaram sentimentos positivos e gratidão ao descrever o que o grupo significa para eles. Em suas palavras, o grupo é uma fonte de “Alegria”(P2), oferecendo um ambiente “Acolhedor e gratificante”. Para alguns, é a “Integridade em ação”, enquanto outros o veem como algo “Essencial”(P4) em suas vidas.

Há uma forte sensação de apoio e conforto, com o grupo sendo descrito como um “suporte, um aconchego imenso”. Além disso, o “CaminhaMente” é visto como uma fonte valiosa de “interação”(P5) e um motivo para sentir “gratidão” tanto pelos colegas de grupo quanto pelos profissionais envolvidos. Os adjetivos “Ótimo” e “Encorajador”(P1) também foram usados, reforçando a ideia de que o grupo promove “esperança, paz e alegria”.

A noção de acolhimento foi uma constante nas descrições, com membros sentindo-se “acolhidos e motivados” e bem recebidos em um ambiente que promove “amizade e interação social”(P12). A gratidão foi outro tema recorrente, com expressões de apreço pelo “carinho” recebido. Finalmente, para alguns, o “CaminhaMente” simboliza “uma vida”(P3), sugerindo que o grupo deveria ser um modelo a ser replicado, pois traz “alegria e fortaleza” (P3) para seus membros.

A prática da caminhada, enriquecida pelo diálogo, reflete as diretrizes da Política Nacional de Atenção à Saúde, destacando a atividade física como estratégia para a manutenção da saúde e prevenção de agravos (Brasil, 2018, p. 22). Adicionalmente, os resultados do presente estudo mostraram que a atividade de caminhada contribuiu significativamente para a redução dos sintomas de ansiedade, depressão e solidão, relatados frequentemente pelos indivíduos. Isso reforça o exposto por Lourenço et al, em uma revisão integrativa que teve como objetivo identificar e descrever as evidências científicas acerca do efeito da prática regular de atividade física.

De maneira similar, a redução dos sintomas após a participação nas atividades do grupo ressalta a relevância do “CaminhaMente” como tecnologia de saúde no contexto do público frequentador. Entre as explicações que permeiam a construção de sentimentos positivos em um contexto de grupo, podemos destacar: o caráter menos formal da atividade quando comparada uma consulta individual, bem como nas intervenções que respeitam a subjetividade e o modo de vida dos participantes. (Neto & Kind, 2010).

Ademais, também é patente registrar que o resultado apresentado corrobora o preconizado no Caderno de Atenção Básica n° 34 (Saúde Mental). O referido material explica que o processo terapêutico construído nos grupos permite a troca de experiências e transformações subjetivas, seja por meio da comunicação plural de conhecimentos e dos sentimentos entre os participantes, seja pela interlocução de saberes com os profissionais de saúde. (CAB nº 34, 2013)

Pelo exposto, nesse processo comunicacional com a equipe da unidade, elabora-se, a partir da dinâmica do grupo, resultados que agregam positivamente nos indicadores objetivos de saúde, mas também permitem a construção de uma perspectiva de educação em saúde, no qual há espaço para autorreflexão e o compartilhamento de emoção entre os usuários, o que em última esfera corrobora com a obtenção de uma “atenção integral com impacto na saúde e na autonomia das pessoas nas práticas de cuidado” (CAB nº 34, 121-123, 2013).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa sublinhou a importância das interações sociais e do apoio emocional presentes nas caminhadas do grupo “CaminhaMente”, que se alinham com o objetivo de melhorar a saúde mental dos participantes. Estas atividades oferecem um duplo benefício: promoção da saúde física e criação de um ambiente comunitário que combate a solidão, atendendo às necessidades psicológicas e promovendo a expressão livre das experiências individuais.

O grupo “CaminhaMente” evidencia a eficácia da prática da caminhada combinada com o diálogo como estratégia de cuidado integral, refletindo os objetivos específicos do estudo de fortalecer relações interpessoais e melhorar a qualidade de vida. As respostas dos participantes indicam ganhos significativos em bem-estar psicológico, sustentando a iniciativa como um mecanismo valioso para o autocuidado e o bem-estar emocional.

Desse modo, o “CaminhaMente” se destaca como um modelo bem-sucedido de intervenção em saúde mental, que vai além do suporte individual e oferece uma abordagem coletiva, educacional e inclusiva. A prática fortalece o vínculo entre profissionais e usuários, promove autonomia e apoia a gestão da saúde mental na atenção primária, demonstrando ser uma estratégia viável para outras unidades de saúde, apesar da amostra limitada e da concentração de responsabilidades nos profissionais disponíveis.

4. REFERÊNCIAS

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1Discentes do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu e Extensão (CPLE), Programa de Residência Multiprofissional de Saúde da Família e Comunidade da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS); Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS); Comissão de Residência Multiprofissional e em área Profissional de Saúde (COREMU). E-mail: residencias@escs.edu.br

²Farmacêutica Sanitarista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e Preceptora do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade pela Escola Superior de Ciências da Saúde. e-mail: annagiomo@hotmail.com