REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411291827
Paula Stefane Gama da Silva Souza1
Sulamita Amorim da Silva2
Caroliny Medeiros de Souza3
RESUMO
O presente artigo analisa os cuidados de enfermagem na gravidez na adolescência e sua influência na saúde materna e neonatal, considerando os riscos para a gestante e o neonato. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa e descritiva, sendo realizada por meio de revisão bibliográfica e de campo, com análise de dados epidemiológicos de uma unidade básica de saúde em Rio Branco – Acre. Identificaram-se os principais fatores de risco associados à gravidez na adolescência, incluindo complicações obstétricas, como hipertensão e prematuridade, além de impactos psicossociais. Os achados indicam que as intervenções de enfermagem, especialmente no pré-natal, contribuem significativamente para a redução de complicações e melhoria dos resultados maternos e neonatais. Também foram discutidas estratégias de prevenção e promoção da saúde reprodutiva, destacando o papel da enfermagem na educação e no suporte às adolescentes. Conclui-se que o acompanhamento adequado da gestante adolescente por enfermeiros é essencial para minimizar os riscos e garantir desfechos mais favoráveis, sendo necessária a ampliação de programas preventivos e educativos voltados a essa população.
Palavras-chaves: assistência de enfermagem; cuidados na gravidez; gravidez na adolescência; saúde neonatal.
ABSTRACT
The present article analyzes nursing care during adolescent pregnancy and its influence on maternal and neonatal health, considering the risks to both the pregnant adolescent and the newborn. The research is qualitative and descriptive in nature, conducted through a literature review and field study, with the analysis of epidemiological data from a primary healthcare unit in Rio Branco – Acre. The main risk factors associated with adolescent pregnancy were identified, including obstetric complications such as hypertension and prematurity, in addition to psychosocial impacts. The findings indicate that nursing interventions, especially during prenatal care, significantly contribute to reducing complications and improving maternal and neonatal outcomes. Prevention strategies and reproductive health promotion were also discussed, highlighting the role of nursing in educating and supporting adolescents. It is concluded that proper follow-up of pregnant adolescents by nurses is essential to minimize risks and ensure more favorable outcomes, and that the expansion of preventive and educational programs aimed at this population is necessary.
Keywords: nursing care; pregnancy care; adolescent pregnancy; neonatal health.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objeto de investigação a gravidez na adolescência, contemplando os cuidados de enfermagem e abordagem dos riscos para a gestante e o neonato. A gravidez na adolescência continua a ser um desafio significativo de saúde pública em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil, considerando os riscos específicos para a saúde, bem-estar da gestante e o desenvolvimento saudável dos bebês
Este tema representa uma preocupação de saúde pública, uma vez que a gravidez na adolescência continua a ser um desafio significativo em muitas partes do mundo, sobretudo o Brasil, com impactos profundos na vida das adolescentes, de seus filhos e da sociedade como um todo. A gravidez na adolescência está associada a consequências adversas, maior risco de complicações para a gestante e o neonato, bem como desafios emocionais, sociais e econômicos.
A prática de cuidados de enfermagem desempenha um papel decisivo na redução desses riscos, fornecendo suporte físico, emocional e educacional às gestantes adolescentes. Nesse sentido, indaga-se: Como os cuidados de enfermagem podem ser aplicados para reduzir os riscos associados à gravidez na adolescência, tanto para a gestante quanto para o neonato?
Estima-se que o acesso a cuidados pré-natais adequados pode ajudar a reduzir os riscos para a gestante adolescente e o neonato e que visitas regulares ao profissional de saúde permitam identificar complicações médicas e obstétricas, possibilitando intervenções oportunas para reduzir esses problemas. Ademais, as intervenções de enfermagem adaptadas às necessidades específicas das adolescentes podem resultar em resultados de saúde melhores e mais efetivos tanto para si, quanto para seus bebês.
O objetivo geral do estudo é analisar os cuidados de enfermagem na gravidez na adolescência e sua influência na saúde materna e neonatal, com vistas à minimização de riscos e melhoria dos serviços de saúde dessa população. São os objetivos específicos: identificar os riscos para a gestante adolescente e o neonato e as complicações mais prevalentes; analisar o impacto das intervenções de enfermagem pré e intra parto na redução de complicações e na promoção do bem-estar materno e neonatal e investigar estratégias de prevenção da gravidez na adolescência e promoção da saúde reprodutiva.
Para alcançar os objetivos referidos, a metodologia do estudo é de caráter qualitativo e descritivo, realizando-se através de uma pesquisa bibliográfica documental, com foco na coleta e análise de dados epidemiológicos nacionais e locais referentes à gravidez na adolescência. A pesquisa ocorreu em duas etapas, a primeira consistiu na busca de dados epidemiológicos disponíveis no Centro de Saúde Gentil Perdomo da Rocha, no Conjunto Esperança, em Rio Branco, Acre, enquanto a segunda envolveu a análise e interpretação dos dados coletados para embasar o desenvolvimento do estudo.
Destarte, o artigo está organizado em 03 (três) seções, assim subdivididas: A primeira aborda os conceitos fundamentais e o panorama epidemiológico da gravidez na adolescência, discutindo os cuidados específicos que os enfermeiros devem fornecer às adolescentes grávidas. A segunda analisa os riscos associados à gestação na adolescência, para a mãe e o neonato e avalia as consequências adversas e complicações fetais e/ou neonatais que podem surgir. A terceira seção destaca os dados coletados na pesquisa de campo e sua análise, focando nas intervenções de enfermagem e estratégias de prevenção.
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Durante a adolescência, ocorrem mudanças físicas e emocionais à medida que o indivíduo transita da infância para a vida adulta. Para Alves et al. (2021), a atividade sexual na adolescência é iniciada de forma cada vez mais precoce.
Uma gravidez não planejada pode representar um problema para a saúde sexual e reprodutiva do adolescente, especialmente devido à iniciação sexual precoce, observada principalmente em famílias de baixa renda e baixa escolaridade, que muitas vezes têm acesso limitado a informações e métodos de cuidados de saúde (Kempfer et al., 2012).
A gravidez na adolescência é entendida como desafio na atenção à saúde, sendo concebida de modos diferentes, consoante a cultura e crença de cada um (Oliveira et al., 2022). Os determinantes sociais da saúde são influências externas que afetam a capacidade da adolescente grávida de realizar o autocuidado. Isso inclui fatores como acesso a recursos financeiros, apoio social, educação e informações sobre saúde reprodutiva.
Os cuidados de enfermagem são vistos como uma forma de apoio e assistência prestados pelos profissionais de enfermagem para ajudar a adolescente grávida a realizar o autocuidado durante a gravidez na adolescência. Isso pode incluir educação sobre saúde materna, apoio emocional, orientação sobre dieta e exercícios, entre outros.
O primeiro passo para a implementação da assistência de enfermagem envolve a criação de uma relação contratual entre enfermeiro e paciente, permitindo, assim, que se avalie de forma precisa a realidade das necessidades do paciente e o nível de intervenção da enfermagem necessário para compensar os déficits identificados no autocuidado (Pires, 2015).
A Teoria do Autocuidado enfatiza o papel ativo do indivíduo no autocuidado. Portanto, o empoderamento da mulher é visto como fundamental para capacitar a adolescente grávida a assumir o controle de sua própria saúde e tomar decisões informadas durante a gravidez na adolescência (Orem, 1980).
O ciclo de vida familiar pode influenciar os recursos disponíveis para a adolescente grávida realizar o autocuidado. Os enfermeiros devem considerar as dinâmicas familiares ao fornecer apoio e assistência durante a gravidez na adolescência (Santos et al., 2017).
Os problemas durante a gestação e associados ao parto representam a segunda maior causa de mortalidade entre as adolescentes. Conforme Braga et al. (2021), A mortalidade materna causada por complicações durante a gravidez constitui um sério desafio tanto no Brasil quanto globalmente. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) indicam que aproximadamente 830 mulheres perdem a vida diariamente em todo o mundo durante a gestação ou o parto devido a causas evitáveis, como hipertensão (pré-eclâmpsia e eclâmpsia), hemorragias graves, especialmente no pós-parto, infecções, normalmente pós-parto, complicações obstétricas e abortos inseguros.
A maioria dessas mortes, cerca de 99%, ocorre em países em desenvolvimento. Além disso, adolescentes de até 15 anos são particularmente mais vulneráveis a complicações e óbitos relacionados à gravidez em comparação a outras faixas etárias (Braga et al., 2021).
Em comparação com os bebês nascidos de mães de outras faixas etárias, os recém-nascidos de mães adolescentes têm uma taxa de mortalidade significativamente maior durante os períodos neonatal e infantil. Além disso, em relação aos recém-nascidos, a prematuridade, o baixo peso ao nascer e um índice de Apgar inferior a sete no quinto minuto estão diretamente ligados à gravidez na adolescência (Lopes et al., 2019).
A resiliência é vista como uma capacidade que pode ser desenvolvida e fortalecida por meio do autocuidado e do suporte dos profissionais de enfermagem. A Teoria do Autocuidado de Orem (1980) reconhece a importância da resiliência para enfrentar os desafios da gravidez na adolescência e promover resultados positivos para a saúde materna e neonatal.
A gravidez na adolescência é um desafio de saúde pública, associado a fatores como o início precoce da atividade sexual e a falta de uso de métodos contraceptivos. O enfermeiro desempenha um papel basilar na implementação de intervenções com adolescentes. No entanto, o apoio oferecido pelo tripé formado pela família, comunidade e escola, que deveria orientar as escolhas sexuais e reprodutivas das adolescentes, muitas vezes é limitado (Santos et al., 2017).
A gravidez na adolescência, juntamente com as complicações associadas ao parto e ao puerpério, configura-se como a principal razão para hospitalizações entre adolescentes do sexo feminino em diversas regiões do mundo. Estima-se que, anualmente, aproximadamente 16 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos engravidem em âmbito global, além de dois milhões de meninas com menos de 15 anos. A gravidez precoce tem sido reconhecida como um sério problema de saúde pública e de vulnerabilidade social, devido às diversas implicações negativas que a acompanham, tais como fatores psicológicos, biológicos, econômicos e a perda de oportunidades de educação e sucesso profissional (Dias; De Antoni; Vargas, 2020).
O enfermeiro precisa desenvolver ações alinhadas com as políticas públicas e de forma criativa e inovadora para promover o diálogo, o vínculo e a escuta qualificados. É essencial que o enfermeiro receba capacitação para fornecer suporte e acompanhamento adequado durante a gestação de uma adolescente (Santos et al., 2020).
2.1 Fatores de risco associados à gravidez na adolescência
Para Oliveira et al. (2022), a gravidez na adolescência representa um desafio significativo tanto para a saúde pública quanto para a enfermagem. Dentre os fatores de risco que contribuem para sua ocorrência, destacam-se aspectos socioeconômicos, educacionais e culturais.
A vulnerabilidade social está diretamente associada à falta de acesso a informações adequadas sobre métodos contraceptivos e à ausência de programas de educação sexual efetivos, especialmente em comunidades de baixa renda (Nascimento et al., 2018).
Junto a isso, adolescentes em contextos familiares desestruturados, com histórico de negligência ou violência, estão mais propensos a engravidar precocemente. Esses fatores são agravados por uma cultura que, em algumas regiões, ainda incentiva a maternidade precoce, minimizando os riscos associados à gestação nessa fase da vida (Nascimento et al., 2018).
No âmbito psicossocial, a adolescência é marcada por impulsividade e falta de maturidade emocional, o que pode contribuir para a tomada de decisões pouco refletidas quanto à atividade sexual e à prevenção de gravidez. A pressão de pares, baixa autoestima e a busca por aceitação também figuram entre os fatores que levam à gravidez indesejada (Sena Filha; Castanha, 2014).
A ausência de suporte familiar ou escolar pode dificultar o acesso a informações e serviços de saúde sexual e reprodutiva, aumentando a exposição a gestações não planejadas.
A gestação entre jovens tende a ser mais exaustiva e repleta de conflitos, o que ressalta a importância de uma rede de apoio para reduzir os impactos negativos da gravidez na adolescência. Verifica-se que as adolescentes que contaram com o suporte familiar ou de um parceiro e que tinham o desejo de engravidar experimentaram uma sensação de maior tranquilidade em comparação com aquelas que não dispunham de uma estrutura familiar sólida (Carvalho et al., 2021).
Na perspectiva da enfermagem, a compreensão desses fatores de risco é fundamental para o desenvolvimento de intervenções educativas e preventivas, capazes de diminuir a incidência de gestações na adolescência. A educação sexual inclusiva e o fortalecimento do vínculo com os serviços de saúde podem funcionar como barreiras eficazes, reduzindo a vulnerabilidade e promovendo o empoderamento das adolescentes (Spaniol; Spaniol; Arruda, 2019).
3 PRINCIPAIS RISCOS PARA A GESTANTE E O NEONATO
A gravidez na adolescência viabiliza uma série de riscos tanto para a gestante quanto para o neonato, tornando fundamental a atenção especializada da equipe de enfermagem para identificar e prevenir complicações. Para a gestante adolescente, o risco de desenvolver hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional é significativamente maior em comparação com mulheres adultas (Assis et al., 2022).
Essas condições podem desencadear complicações graves, como parto prematuro e restrição do crescimento intrauterino. Além disso, adolescentes têm maior probabilidade de desnutrição, o que compromete tanto a saúde materna quanto o desenvolvimento fetal adequado (El Beitune et al., 2020).
Tanto no Brasil quanto em outros países, as gestantes adolescentes apresentam maior risco de parto prematuro, recém-nascidos com baixo peso, além de maior taxa de mortalidade materna e neonatal. Essas jovens também estão mais sujeitas a outras complicações durante a gestação, como infecções urinárias, abortos, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional e ruptura prematura das membranas (Assis et al., 2021).
Para o neonato, os riscos também são elevados. O baixo peso ao nascer, a prematuridade e a síndrome do desconforto respiratório são complicações frequentes associadas à gestação em adolescentes, aumentando a necessidade de cuidados intensivos neonatais e podem gerar consequências a longo prazo no desenvolvimento infantil, como atraso no desenvolvimento motor e cognitivo (Farias et al., 2020).
Destaca-se ainda o risco de complicações infecciosas, tanto durante o parto quanto no pós-parto imediato, devido à imaturidade do sistema imunológico do recém-nascido (Dias; De Antoni; Vargas, 2020).
3.1 Complicações obstétricas mais frequentes e impacto psicossocial da gravidez na adolescência
Como já destacado por Assis et al. (2021), as complicações obstétricas mais comuns em adolescentes gestantes incluem a pré-eclâmpsia, o trabalho de parto prematuro e a anemia. A imaturidade física e a falta de cuidados pré-natais adequados podem intensificar a gravidade dessas complicações.
De acordo com Braga et al. (2021), a pré-eclâmpsia, caracterizada por hipertensão arterial e comprometimento renal, pode ser letal se não diagnosticada precocemente, exigindo monitoramento constante e intervenções rápidas. Trata-se de uma doença hipertensiva que ocorre de modo frequente na segunda metade da gravidez, por várias causalidades, de modo que a gravidez na adolescência figura dentre os fatores de risco.
Conforme Cunha et al. (2020), o impacto psicossocial da gravidez na adolescência é igualmente considerável. Adolescentes grávidas enfrentam estigmatização social, abandono escolar e dificuldades de inserção no mercado de trabalho, o que agrava sua vulnerabilidade econômica e social, o que pode gerar problemas emocionais, como depressão, ansiedade e baixa autoestima.
O isolamento social é um fenômeno recorrente, especialmente em comunidades onde a gravidez na adolescência é mal vista, afetando o suporte emocional que a adolescente necessita durante o período gestacional e após o parto (Côrtes et al., 2016).
Para Rodrigues et al. (2017), o acompanhamento e a assistência contínua oferecida à adolescente pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), desde a confirmação da gravidez, constitui um suporte essencial nos primeiros momentos, quando a jovem pode apresentar reações de negação, contribuindo para prevenir situações adversas como o aborto ou o isolamento social.
Esse apoio, normalmente, é de responsabilidade da família e, em alguns casos, da escola, que deve buscar orientar e integrar a jovem, ao invés de excluí-la. Os profissionais de atenção primária também desempenham um papel importante na promoção da autonomia, não apenas da adolescente, mas também de sua família, fortalecendo os laços e proporcionando segurança emocional durante essa fase de alta vulnerabilidade (Rodrigues et al., 2017).
Percebe-se, pois, que o papel da enfermagem, nesse contexto, vai além da assistência física. É necessário adotar uma abordagem integralizada que contemple as dimensões psicológicas e sociais da gestação.
Logo, o acompanhamento contínuo por parte dos enfermeiros pode facilitar o acesso a redes de apoio e serviços sociais, além de promover a adesão ao pré-natal e a práticas de autocuidado. A atuação proativa e humanizada da enfermagem contribui para a redução dos impactos psicossociais negativos, promovendo maior bem-estar para a adolescente.
3.2 Desenvolvimento fetal e complicações neonatais associadas
Durante a gestação em adolescentes, o desenvolvimento fetal pode ser comprometido por fatores como a falta de nutrição adequada e a ausência de cuidados pré-natais regulares. O crescimento inadequado do feto eleva o risco de complicações neonatais, como dificuldades respiratórias e problemas metabólicos, que podem exigir cuidados intensivos logo após o nascimento. (Farias et al., 2020).
A desnutrição materna é um dos principais responsáveis pela restrição do crescimento intrauterino, resultando em neonatos com baixo peso ao nascer. A gravidez na adolescência está associada a um maior risco de parto prematuro devido à imaturidade biológica da gestante, uma vez que seu corpo ainda está em desenvolvimento físico e emocional (El Beitune et al., 2020).
Esse fator pode levar a problemas de crescimento e desenvolvimento fetal, em função de uma insuficiência uteroplacentária e comprometimento na transferência de nutrientes, o que pode resultar em complicações durante a gestação e no momento do parto. A prematuridade tem sido destacada como uma das principais complicações obstétricas nessa faixa etária, com estudos apontando uma maior incidência entre gestantes muito jovens, especialmente entre 10 e 14 anos (Farias et al., 2020).
É importante destacar a alta incidência de prematuridade em gestações adolescentes, que impacta diretamente o desenvolvimento pulmonar do neonato. A síndrome do desconforto respiratório é uma complicação comum, causada pela imaturidade pulmonar, e pode levar à necessidade de ventilação mecânica (Dias; De Antoni; Vargas, 2020).
Neonatos prematuros têm maior risco de infecções, uma vez que o sistema imunológico ainda não está completamente desenvolvido. Essas condições requerem uma abordagem intensiva e especializada por parte da equipe de enfermagem, que deve estar atenta às particularidades desses recém-nascidos vulneráveis (Dias; De Antoni; Vargas, 2020).
4 EPIDEMIOLOGIA E PAPEL DA ENFERMAGEM NA ABORDAGEM E PREVENÇÃO
A gravidez na adolescência é um fenômeno de relevância epidemiológica global, com variações regionais significativas. No Brasil, as taxas de gravidez entre adolescentes permanecem elevadas, especialmente em áreas de vulnerabilidade social e em regiões com menor acesso a serviços de saúde e educação (Dias; De Antoni; Vargas, 2020).
As adolescentes de baixa renda e com baixo nível educacional estão mais propensas a engravidar precocemente, perpetuando um ciclo de pobreza e exclusão social.
No Brasil, os percursos juvenis são bastante variados, dependendo das classes sociais de origem, especialmente em função do nível educacional e da entrada no mercado de trabalho. Nas camadas sociais mais desfavorecidas, é comum observar a interrupção prematura dos estudos e a entrada no mercado de trabalho em condições muitas vezes precárias, refletindo a própria precariedade das condições de vida. Entre as jovens de contextos profundamente afetados por desigualdades sociais, a interrupção dos estudos frequentemente precede a gravidez ou o nascimento de um filho (Nascimento et al., 2021).
Os dados epidemiológicos indicam que políticas de saúde e educação têm impacto direto na redução dessas taxas, reforçando a importância de ações interdisciplinares e preventivas. Nesse sentido, estima-se que a prevenção da gravidez na adolescência requer uma perspectiva integrada, que envolva tanto o cuidado individual quanto as ações de saúde pública.
Para Oliveira et al. (2022), a enfermagem, com seu enfoque na promoção da saúde, pode estabelecer pontes entre os adolescentes e os serviços de saúde, garantindo um cuidado mais efetivo e humanizado. A continuidade do acompanhamento e a construção de uma relação de confiança com o paciente adolescente são fundamentais para a adesão às medidas preventivas e para a redução das taxas de gravidez precoce.
A enfermagem neonatal é essencial na prevenção e no manejo dessas complicações. O cuidado humanizado, centrado nas necessidades do neonato e da mãe, aliado ao monitoramento rigoroso dos sinais vitais e parâmetros clínicos, pode reduzir a mortalidade neonatal e promover um desenvolvimento saudável. Subsidiariamente, o suporte à amamentação e a educação dos pais quanto aos cuidados com o neonato são fundamentais para garantir um ambiente adequado ao crescimento e à recuperação do recém-nascido (Santos et al., 2020).
4.1 Papel do enfermeiro no cuidado pré-natal e durante o parto
A equipe de enfermagem é basilar na identificação precoce desses riscos e na implementação de cuidados específicos para minimizar os impactos negativos da gestação na adolescência. Através de um acompanhamento contínuo e da oferta de orientações adequadas, é possível prevenir complicações e assegurar um desfecho mais seguro para a mãe e o bebê. A tratativa integral, que contempla tanto os aspectos físicos quanto os emocionais, é imprescindível para garantir o bem-estar da adolescente e de seu filho (Oliveira et al., 2022).
Para embasar a organização do cuidado, as teorias de enfermagem sustentam o processo de cuidar, uma vez que estas são caracterizadas por uma estrutura de conceitos interconectados, definições e proposições que fornecem uma maneira sistemática de compreender, antecipar e interpretar eventos e fatos. Portanto, seu objetivo é descrever eventos, explicar suas inter-relações e fazer previsões sobre as consequências ou recomendações para o cuidado de enfermagem (Santos, 2018).
O estudo se fundamenta a partir do enfoque oferecido à Teoria do Autocuidado de Orem, desenvolvida pela enfermeira Dorothea Orem (1980) e postula que os indivíduos têm a capacidade e a responsabilidade de cuidar de si mesmos para manter a saúde e o bem-estar.
Para Orem (1980), o autocuidado é a prática de ações que o sujeito inicia e realiza em seu favor, na manutenção da vida, da saúde e do bem-estar. Intenciona ações que, conforme um parâmetro, colaboram especificamente, na integridade, nas funções e no desenvolvimento humano. Tais escopos são manifestos mediante ações intituladas requisitos de autocuidado.
São três os requisitos de autocuidado ou exigências, quais sejam: universais, de desenvolvimento e de desvio de saúde. Os universais aludem a processos de vida e à manutenção da integridade da estrutura e funcionamento humanos. “Os requisitos de autocuidado são comuns a todos os seres humanos durante todos os estágios do ciclo de vida e devem ser vistos como fatores inter-relacionados” (Pires et al., 2015, p. 03).
Os requisitos de desenvolvimento se referem às expressões particularizadas de requisitos universais que foram detalhados por processos de desenvolvimento, vinculados a algum evento, como a adaptação a um novo trabalho ou a mudanças físicas. A gravidez é um processo permeado por reestruturação e reajustamento. Com as mudanças físicas, há modificação nos aspectos da identidade e uma nova definição de papéis é imperativa (Silva et al., 2021).
O requisito de desvio de saúde é requerido em situações de patologias, ferimento ou moléstia, ou pode ser decorrente de medidas médicas determinadas para diagnosticar e corrigir uma condição (Orem, 1980). Dentro da Teoria do Autocuidado, a gravidez na adolescência é vista como uma condição que requer cuidados específicos, nos quais a adolescente grávida deve assumir um papel ativo no autocuidado para garantir sua própria saúde e a do bebê em desenvolvimento.
4.2 Epidemiologia e estratégias de prevenção e promoção da saúde
A epidemiologia da gravidez na adolescência apresenta nuances importantes que revelam a influência de fatores socioeconômicos, culturais e regionais no fenômeno. Globalmente, estima-se que milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos engravidam anualmente, com maior prevalência em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde as taxas continuam exponenciais (Dias; De Antoni; Vargas, 2020).
No âmbito do lócus desta pesquisa, o Centro de Saúde Gentil Perdomo da Rocha, em Rio Branco, Acre, atendeu 515 adolescentes grávidas, com idades entre 14 e 19 anos. Dentre essas gestantes, observou-se uma variação significativa no número de consultas de pré-natal realizadas. Cerca de 60% das adolescentes compareceram a apenas duas ou três consultas, o que reflete uma baixa adesão ao acompanhamento pré-natal adequado.
Apenas 20% delas realizaram entre cinco e seis consultas, aproximando-se das recomendações de cuidado contínuo. Essa disparidade indica uma fragilidade no acesso e na continuidade dos cuidados de saúde, o que pode aumentar o risco de complicações gestacionais, como partos prematuros e problemas neonatais.
Tais dados reforçam a necessidade de intervenções mais robustas por parte dos profissionais de enfermagem, com foco em educação e engajamento das adolescentes nos cuidados pré-natais, visando reduzir os riscos tanto para a gestante quanto para o neonato, conforme discutido neste estudo.
A análise de dados epidemiológicos demonstra que as adolescentes pertencentes a grupos socioeconômicos vulneráveis, com baixo acesso à educação e a serviços de saúde, estão mais suscetíveis à gestação precoce. Esse cenário perpetua um ciclo de pobreza, exclusão e desvantagens sociais, uma vez que a gravidez pode resultar na interrupção dos estudos e na diminuição de oportunidades no mercado de trabalho (Nascimento et al, 2021).
No Brasil, as políticas públicas de saúde reprodutiva têm buscado reduzir as taxas de gravidez na adolescência por meio de ações preventivas e educativas. Entretanto, a eficácia dessas medidas ainda é desigual, especialmente em regiões onde a educação sexual é escassa ou negligenciada (Spaniol; Spaniol; Arruda, 2019). A carência de programas abrangentes e culturalmente adaptados é um dos principais obstáculos à prevenção efetiva.
Alinhando-se com o pensamento de Santos et al., (2020), nota-se que é essencial que os enfermeiros sejam conscientizados e capacitados para implementar ações alinhadas às políticas públicas, de forma criativa e inovadora, visando fortalecer o vínculo, o diálogo e a escuta qualificada com adolescentes. A colaboração com escolas e famílias é uma estratégia importante nesse processo.
Os profissionais de enfermagem têm a responsabilidade de orientar tanto os pais quanto os jovens sobre a prevenção da gravidez na adolescência, o que demanda uma compreensão aprofundada do contexto cultural em que estão inseridos. Essa abordagem integral é crucial para promover um ambiente de apoio e informação, contribuindo para a conscientização sobre saúde reprodutiva (Santos et al., 2020).
O enfermeiro, atuando na atenção básica e em escolas, tem a oportunidade de disseminar informações sobre saúde sexual e reprodutiva, métodos contraceptivos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Considerando a escola um espaço de aprendizagem relevante para as adolescentes, temas como reprodução e sexualidade humanas são essenciais e merecem ser discutidos nesse ambiente. A atuação do profissional de saúde é especialmente importante nesse contexto, por meio de ações intersetoriais entre os setores da Saúde e Educação. Um exemplo é o Programa Saúde na Escola (PSE), que possibilita a inserção da equipe da Estratégia de Saúde da Família nas escolas, promovendo ações de saúde voltadas para estudantes, professores e demais funcionários (Nascimento et al., 2021)
Como se extrai do trecho acima, a atuação educativa empodera os adolescentes com conhecimento e facilita o acesso a serviços de saúde. As estratégias de prevenção e promoção da saúde devem ser amplas e multidisciplinares, englobando ações educativas, clínicas e de apoio social.
Para Spaniol, Spaniol e Arruda (2019), a execução de programas de educação sexual nas escolas, que abordem não apenas os aspectos biológicos da reprodução, mas também questões como autonomia, responsabilidade e planejamento familiar, é uma estratégia essencial. A enfermagem, neste contexto, atua como facilitadora, promovendo espaços de diálogo e fornecendo informações claras e acessíveis sobre saúde sexual e reprodutiva.
Desse modo, a oferta de serviços de saúde acessíveis, como o planejamento familiar, e o acompanhamento contínuo das adolescentes são fundamentais para a prevenção da gravidez indesejada. Para Santos et al., (2020), a atuação do enfermeiro, tanto na atenção primária quanto em unidades especializadas, é efetiva para garantir que as adolescentes tenham acesso a contraceptivos seguros, acompanhamento pré-natal adequado e apoio emocional, contribuindo para a promoção da saúde e a prevenção de novas gestações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As discussões apresentadas ao longo deste artigo abordaram, de maneira detalhada, a gravidez na adolescência e os cuidados de enfermagem voltados à gestante e ao neonato, com o objetivo geral de analisar como esses cuidados podem minimizar os riscos maternos e neonatais. O problema de pesquisa proposto indagou de que maneira as intervenções de enfermagem contribuem para a redução dos riscos associados à gestação na adolescência, bem como para a promoção de resultados positivos para a mãe e o bebê.
Com base nas análises realizadas, concluiu-se que, de fato, os cuidados de enfermagem cumprem uma função central na abordagem de tais riscos, confirmando a hipótese de que intervenções específicas e direcionadas, adaptadas às peculiaridades da adolescência, resultam em melhores desfechos de saúde.
No que concerne aos fatores de risco associados à gravidez na adolescência, evidenciou-se que, além dos riscos fisiológicos, as adolescentes estão mais expostas a desafios psicossociais, como exclusão educacional e vulnerabilidade socioeconômica, condições estas que repercutem diretamente na saúde materna e neonatal, reforçando a necessidade de integralidade na ação dos profissionais de saúde, especialmente dos enfermeiros, que atuam na linha de frente do cuidado.
Entre as principais complicações obstétricas, destacaram-se a prematuridade, a hipertensão gestacional e a restrição de crescimento intrauterino, condições que aumentam a morbimortalidade materna e infantil. Quanto às complicações neonatais, a análise indicou que o desenvolvimento fetal muitas vezes é prejudicado em gestantes adolescentes, resultando em desfechos adversos, como baixo peso ao nascer e dificuldades respiratórias, situações que podem ser atenuadas por um acompanhamento pré-natal regular e intervenções precoces.
Os dados epidemiológicos denotaram que as taxas de gravidez na adolescência continuam elevadas em regiões menos favorecidas, como o estado do Acre, o que reforça a importância de estratégias de prevenção baseadas na educação em saúde e no acesso a métodos contraceptivos. As ações preventivas, aliadas à promoção da saúde reprodutiva, devem envolver tanto os adolescentes quanto suas famílias e comunidades, sendo a enfermagem uma peça chave nesse processo.
Concluiu-se, destarte, que os objetivos do estudo foram satisfatoriamente alcançados, e as evidências sugerem que o papel da enfermagem na redução dos riscos da gestação na adolescência é fundamental. No entanto, sugere-se que novos estudos sejam realizados para aprimorar as estratégias de prevenção e acompanhamento, especialmente em populações de maior vulnerabilidade.
REFERÊNCIAS
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1Acadêmica do Curso de Bacharelado em Enfermagem da UNAMA.
2Acadêmica do Curso de Bacharelado em Enfermagem da UNAMA.
3Enfermeira, Especialista em Atenção Primária com Ênfase na Estratégia de Saúde da Família, Docente da Unama.