MANAGEMENT OF CHILDHOOD OBESITY BY THE FAMILY HEALH TEAM: A NARRATIVE
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8317543
¹Luana Pacheco Silva
²Maria Cristina de Moura-Ferreira
³Letícia Rodrigues da Silva
4Lucas Pereira Silva
5Marcelle Aparecida de Barros Junqueira
6Patrycia Sarah Martins Arruda
7Renata Martins Barbosa
RESUMO
Foram incluídos na pesquisa artigos publicados nos últimos 6 anos, tendo selecionados 16 artigos para realização de uma revisão narrativa. Entre os artigos selecionados foi observado resultados a partir do peso da criança podendo ser classificada como sobrepeso ou obesidade, mediante isso é pertinente pontuar que as abordagens para controle dessa patologia demonstram suficiente para o controle em saúde pública. Diante disso, houve ações na Atenção Primária à Saúde garantem intervenções que permitem integrar diferentes tipos de serviço em saúde para garantir prevenção, cuidado e tratamento da obesidade infantil juntamente com a comunidade local, para isso é necessário da equipe de saúde familiar. Sob essa perspectiva, as principais ações de promoção em saúde são a capacitação dos profissionais de saúde, vigilância alimentar e nutricional promoção do aleitamento materno e da alimentação adequada e saudável, promoção de atividade física e a organização do cuidado às crianças com sobrepeso e obesidade. Por fim, também existem outras formas de combater a obesidade infantil, tal como, a utilização de medicamentos, cirurgias e até aplicativos para auxiliar na melhor conduta sobre a obesidade ou sobrepeso. É imprescindível a importância do tratamento para obesidade ou sobrepeso, uma vez que ela se tornou uma doença crônica não transmissível que vêm desencadeando várias complicações. Portanto, cabe pontuar que a Atenção Primária à Saúde combinado com a saúde da família tem como finalidade controlar a obesidade infantil, a partir de mudanças de hábitos alimentares, atividade física, cirurgias e até aplicativos para auxiliar na melhor conduta sobre a obesidade ou sobrepeso.
Palavras-chave: “gestão da saúde da família”, “infância”, “obesidade”
ABSTRACT
Articles published in the last 6 years were included in the research, having selected 16 articles to carry out a narrative review. In view of this, there were actions in Primary Health Care that guarantee interventions that allow the integration of different types of health services to guarantee the prevention, care and treatment of childhood obesity together with the local community, for which it is necessary to have a family health team. From this perspective, the main health promotion actions are the training of health professionals, food and nutritional surveillance, promotion of breastfeeding and adequate and healthy food, promotion of physical activity and the organization of care for children with overweight and obesity. Finally, there are also other ways to combat childhood obesity, such as the use of medications, surgeries and even apps to help with better behavior regarding obesity or overweight. The importance of treatment for obesity or overweight is essential, since it has become a chronic non-transmissible disease that has triggered several complications. Therefore, it should be noted that Primary Health Care combined with family health aims to control childhood obesity, based on changes in eating habits, physical activity, surgeries and even applications to help with the best behavior regarding obesity or overweight.
Keywords: “family health management”, “childhood”, “obesity
INTRODUÇÃO
A obesidade é uma doença crônica persistente devido ao acúmulo excessivo de tecido adiposo que apresenta risco à saúde. Nesse sentido, o diagnóstico de sobrepeso, obesidade e obesidade grave, normalmente é fundamentado na medição de altura e peso, cálculo da relação peso/comprimento em crianças que tem menos de 5 anos e índice de massa corporal (IMC). Os benefícios desse índice são simplicidade, baixo custo, universalidade de medição e avaliação, porém esses não são excelentes para avaliar a quantidade e a distribuição do acúmulo de tecido adiposo desencadeando o desenvolvimento de complicações da obesidade. Diante disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em indivíduos menores de 5 anos devem ser diagnosticados em relação o sobrepeso se razão peso/comprimento for maior que 2 desvios padrão (DP) acima da mediana do padrão de crescimento infantil e obesidade (MAZUR , et al,2022).
Há estudos que demonstram limitações em primeiramente com o IMC não sendo uma medida direta de adiposidade e segundamente o IMC pode enfatizar altos graus de sobrepeso, especialmente em crianças magras e altas. A partir disso utilizam outras medidas como alternativas, ou seja, relação da cintura com o quadril, avaliação de absorciometria de raios-X de dupla energia (DEXA) da gordura corporal e dobras cutâneas podem ser mais precisas, porém são muito mais complexas de utilizar. Diante de todas essas limitações e por não estabelecerem uma medida confiável ou acessível em meio clínico, o IMC continua sendo um instrumento de diagnostico padrão para analisar a obesidade e o sobrepeso nas crianças (TYSON, et al, 2018).
Além disso, a obesidade ela pode ser influenciada pela genética, biologia, fatores psicossociais e comportamentos de saúde, quando na infância é um problema complexo de saúde pública que atinge grande parte dos países em desenvolvimento no mundo. Os principais fatores que levam a obesidade são a má alimentação e inatividade física, o que contribui para as principais causas de mortes evitáveis de jovens levado por doenças crônicas e carga econômica de saúde. Nesse contexto, a estimativa de obesidade em 2003 entre as crianças e adolescentes em países desenvolvidos no mundo é de 12,9% para meninos e 13,4% para meninas, cabe pontuar também que nos Estados Unidos nos anos de 1999 a 2016 as crianças de e 02 a 19 anos apresentavam obesidade e 5,2% possuíam obesidade grave, estabilidade como IMC≥ 120% do percentil 95 para idade e sexo (SMITH, et al, 2020).
Nesse sentido, a obesidade e suas consequências na saúde são divididas de forma desproporcional nos Estados Unidos, tendo uma maior prevalência em crianças de origens raciais e socioeconômicas desfavorecidas. Sendo assim, as taxas de obesidade são proporcionalmente mais alta em crianças negras e hispânicas quando comparado com aqueles que são brancos não hispânicos. Na obesidade grave apresenta disparidades, tal como, 12,8% das crianças afro-americanas e 12,4% das crianças hispânicas têm obesidade grave em comparação com 5,0% das crianças brancas não hispânicas, essa estimativa tem influência dos vários níveis sociológicos colocando as crianças de minorias raciais/étnicas de baixo nível socioeconômico apresentando grandes riscos de desenvolver a obesidade (SMITH, et al, 2020).
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2014, respectivamente 41 milhões (6%) de crianças menores de cinco anos em todo o mundo apresentavam com sobrepeso ou obesidade. Contudo, os valores de prevalência global da obesidade estima-se aproximadamente 155 milhões de crianças de cinco a 17 anos demonstrava que o sobrepeso consta 10% ou da obesidade 3%. Sob essa perspectiva, existe certa influencia dos pais associado ao peso da criança ou ao comportamento referente ao peso, uma vez que eles têm impacto na formação das preferências alimentares das crianças (CHAI, et al, 2019). Outro ponto é a falta da prática de exercício físico e o aumento do tempo de tela contribuíram para o sobrepeso ou para a obesidade entre as crianças, juntamente a isso, houve um aumento significativo no consumo de alimentos e bebidas açucaradas, entre as crianças no momento da pandemia do COVID-19 (NUSS, et al, 2022).
A prevalência da obesidade tem aumentado no mundo todo, ela tornou-se um problema de saúde que deve ser resolvido pelas unidades básicas de saúde. Nesse viés, até o Brasil foi atingido pelo sobrepeso na infância tornando uma epidemia nas quatro ultimas décadas, mediante isso avaliando a linha temporal nos anos de 1989, 1996 e 2006, foi relatado um aumento de 160% na prevalência de crianças abaixo de 5 anos com excesso de peso, com aumento médio de 9,4% ao ano. Posteriormente, essa patologia está associada a uma morta prematura na manutenção da obesidade e incapacidade na vida adulta, tal como, dificuldades respiratórias, elevação do risco de fraturas e outros agravos osteoarticulares, hipertensão arterial sistêmica, marcadores precoces de doenças cardiovasculares, resistência à insulina, câncer e alterações psicológicos, como baixa autoestima, isolamento social e transtornos alimentares, dentre outros (BRASIL, 2022). Portanto, o Governo Brasileiro e o Ministério da Saúde assumiram compromissos tanto nacionais como internacionais de deter o avanço da obesidade infantil. Sendo assim, nessa revisão integrativa será abordado o gerenciamento da obesidade infantil pela equipe de saúde da família, com o intuito de deter o crescimento da obesidade, por meio de uma estratégia intersetorial de prevenção e controle. Consequentemente, isso requer uma implementação de medidas protetivas, a mudança de hábitos alimentares nas escolas e de ambientes de atividade física e a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável, esse plano de ação nas unidades de saúde visam a prevenção e controle da obesidade, fortalecendo as articulações intersetoriais (BRASIL, 2022).
METODOLOGIA
A Revisão Narrativa utiliza-se “da aquisição e atualização de conhecimento sobre um determinado tema em curto período de tempo” para descrever sobre o gerenciamento da obesidade infantil da saúde da família. Constitui-se basicamente “da análise da literatura, da interpretação e análise crítica pessoal do pesquisador. ( ROTHER ,2007, p. 9)”.
Entretanto, de acordo com Rother (2007); Bernardo; Nobre; Jatene (2004), a Revisão Narrativa é um tipo de revisão que não possui metodologia capaz de responder quantitativamente a determinados questionamentos, por não viabilizar procedimentos ou critérios usados na avaliação e seleção dos trabalhos. Ressalta-se que os estudos de revisão têm o objetivo de organizar, esclarecer e resumir as principais obras existentes, assim como fornecer citações completas abarcando o espectro de literatura relevante em uma área (VOSGERAU; ROMANOWSKI, 2014). Tal método tem o intuito de agrupar e sintetizar soluções de pesquisas em relação a um determinado tema ou questão, de forma sistemática e ordenada, a fim de obter um profundo entendimento de um determinado fenômeno que é baseado em estudos anteriores (BROOME, 2000).
RESULTADOS
O processo da leitura de dados se iniciou por uma leitura textual, no que se tratava de um modo de aprofundamento em relação a processos discursivos, garantindo alcançar saberes a partir da compreensão reconstruída por meio de discursos. Dessa forma, essa leitura visa tanto identificar e separar enunciados dos conteúdos que já foram submetidos, classificar os enunciados para que possa produzir textos, de forma que integre a descrição e a interpretação. Consequentemente, a coleta de dados, realizou-se a seleção de estudos primários conforme a questão norteadora e os critérios de inclusão previamente definidos, logo, foi feito um refinamento sobre o ano da publicação de 2017 a 2022, no qual foi retirado 599 que contemplavam os critérios de seleção mencionados, assim, para análise dos dados, foi realizada a leitura sistemática dos títulos e resumos dos artigos encontrados nas bases de buscas. Após a qual, foram excluídos 200 artigos duplicados e 160 que não contemplavam o tema abordado no texto, sendo selecionados 16 artigos que foram integralmente lidos e avaliados.
QUADRO I – Estratégia de busca e artigos encontrados por base de dados de acordo com as palavras chaves, no período de 2017-2023, Uberlândia -MG, 2023.
BUSCA DE DADOS | PALAVRAS-CHAVES | NÚMEROS DE ARTIGOS ENCONTRADOS | |||
PUBMED-MEDLINE | “family health management”, “childhood”,” obesity | 136 | |||
MEDLINE, LILACS VIA BVS | E | “family health management”, “childhood”,” obesity” | 460 | ||
SCIELO | “family health management”, “childhood”,” obesity” | 2 | |||
MINISTÉRIO DA SAÚDE | “gestão da saúde da família”, “infância”, “obesidade” | 1 |
Fonte: PACHECO, MOURA-FERREIRA, 2023.
QUADRO II – Caracterização dos estudos relacionados ao tema, no período de 20172022, Uberlândia – MG, 2023.
Autor | Titulo do artigo | Periódico | Ano | Objetivo | Metodologia | |
Brasil | Estratégia nacional para prevenção e atenção à obesidade infantil | Ministério da Saúde | 2022 | Implementação de medidas preventivas e mudanças de hábitos de vida. | Abordagem bibliográfica relacionada aos hábitos de vida. | |
RAJJO, T. et al. | Tratamento obesidade pediátrica: u revisão sistemática abrangente | dá m a | The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. | 2017 | Utilização de métodos medicamentosos para tratar a obesidade. | Abordagem bibliográfica relacionada ao uso de medicamentos para tratamento. |
BROWN , C.; PERRIN, E. | Prevenção Tratamento Obesidade Atenção Primária | e d a n a | Academic Pediatrics. | 2018 | Promover a “prevenção plus” para tratamento da obesidade. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada aos métodos de promover a prevenção à obesidade. |
Fonte: PACHECO, MOURA-FERREIRA, 2023
CHAI, et al. | Eficácia das intervenções de controle de peso baseadas na família para crianças com sobrepeso e obesidade: uma revisão geral | JBI evidence synthesis | 2019 | Relata os números da prevalência global da obesidade conforme a OMS. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada aos dados numéricos na OMS. | |
DABAS, A.; SETH, A. | Prevenção e Tratamento da Obesidade Infantil | Jornal Indiano de Pediatria | 2018 | Relata sobre fatores que levam a obesidade infantil e sobre a prevenção de tal patologia. | os | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada os motivos que levam a obesidade e como prevenila. |
FRANK, M.; TYSON, N | Definições de obesidade infantil e adolescente relacionadas ao IMC, avaliação e opções de manejo | Elsevier | 2018 | Relata sobre limitações diagnóstico obesidade estratégias combater obesidade. | as do da e pa ra a | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada os limites do diagnóstico da obesidade e a forma de combatê-la. |
FU, E.; SMITH, J.; KOBAY ASHI, M. | Prevenção e Manejo da Obesidade Infantil e suas Comorbidades Psicológicas e de Saúde. | Annual Reviews | 2020 | Aborda o que pode influenciar a obesidade. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionado às influencias do meio levando a obesidade. | |
BARNE TT, T. et al. | Comportamento s sedentários na juventude de hoje: abordagens para a prevenção e controle da obesidade infantil. | Aha journals | 2018 | Aborda que uso de telas leva a obesidade e consequências à saúde. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada ao uso inadequado de telas. |
Fonte: PACHECO, MOURA-FERREIRA, 2023.
KELLY, A.; KUMAR , S. | Revisão da Obesidade Infantil 22 Da Epidemiologia, Etiologia e Comorbidades à Avaliação Clínica e Tratamento. | Mayo proceedings | clinic | 2017 | Descreve intervenções clinicas no tratamento de obesidade infantil relacionado a prevenção plus e a intervenção multidisciplinar no tratamento. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionado a intervenções clinicas no tratamento da obesidade. |
Fonte: PACHECO, MOURA-FERREIRA, 2023.
KELLY, A.; MALLE Y. G. ; JEBEIL E, H.; BAUR, L. | Obesidade crianças adolescentes: epidemiologia, causas, avaliação tratamento. | e m e e | The Lancet. | 2022 | O estudo aborda o uso de medicamentos para combater a obesidade reduzindo a apetite. | Trata-se de uma abordagem bibliográfico relacionado ao uso de medicamento no tratamento da obesidade. |
MAZUR , A. et al. | Obesidade infantil: Declaração posição Sociedade Polonesa Pediatria, Sociedade Polonesa Obesidade Pediátrica, Sociedade Polonesa Endocrinologi Pediátrica Diabetes, Colégio Médicos Família Polônia | d e d a d e d e d e a e d e d e n a e | Nutrients | 2022 | O estudo retrata sobre a obesidade ser uma doença crônica e forma de diagnosticar essa patologia, por meio disso é necessário abordagens que garantem a prevenção e o tratamento da obesidade, para isso é necessário uma equipe especializada combinada com a farmacoterapia e se necessário recomenda-se cirurgia. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada à obesidade ser uma doença crônica que é necessária o diagnostico e o tratamento especializado para tal doença. |
d Associação e Polonesa Estudo sobre Obesidade. |
Fonte: PACHECO, MOURA-FERREIRA, 2023
NUSS, K. et al | Avaliando a eficácia de um programa virtual de gerenciamento de obesidade infantil de base familiar oferecido durante a pandemia de COVID- 19 no Canadá: estudo prospectivo. | JMIR Pediatrics and Parenting | 2022 | Estudo demonstra que os hábitos de vida inadequados contribuem para a obesidade, além de que o COVID-19 aumentou ainda mais a obesidade e a criação do programa geração saúde garantiu a intervenção familiar nas melhorias nos comportamentos de estilo de vida. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada a piora da obesidade na pandemia devido o mal hábito de vida , para isso o programa de geração saúde interviu para garantir melhorias na saúde. |
Fonte: PACHECO, MOURA-FERREIRA, 2023
SANYA OLU, A. et al | Obesidade na infância e adolescência nos Estados Unidos: uma preocupação de saúde pública | SAGE journals. | 2019 | Nesse estudo foi realizado um ensaio com intuito de reduzir salgadinhos e alimentos açucarados, aumentando atividades físicas e reduzindo o tempo de tela, além de ser necessário do acompanhamento psicológico no tratamento. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada a redução de hábitos de vidas inadequado, juntamente, com acompanhame nto psicológicos para conter os transtornos na obesidade. |
Fonte: PACHECO, MOURA-FERREIRA, 2023
WILFLE Y, et al. | Melhorando o acesso e os sistemas de atendimento para o tratamento da obesidade infantil baseado em evidências: Principais conclusões da conferência e próximos passos | National library of medicine | 2018 | Nesse contexto aborda que a composição de equipe de atendimento com o intuito de facilitar os atendimentos dos pacientes nas unidades de saúde, estabelecendo métodos intervencionistas e comportamentais. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada a equipe de atendimento tem como finalidade em facilitar no atendimento dos pacientes |
nas unidades de saúde. | |||||
WILLIA MS, A. et al. | Status socioeconômico e outros fatores associados à obesidade infantil | Journal of the American Board of Family Medicine | 2018 | O estudo aborda que a partir do peso da criança já se classifica a sua obesidade, por meio disso será relatado questionamentos em relação a classe social, sobre o consumo de alimentos incorretos, o tempo de tela e se praticam atividade física. | Trata-se de uma abordagem bibliográfica relacionada a avaliação da obesidade e sua relação com a classe social e os hábitos de vida. |
Fonte: PACHECO, MOURA-FERREIRA, 2023.
Na maioria dos estudos como a finalidade foi garantir resultados a partir do peso da criança podendo ser classificada como sobrepeso ou obesidade, tal fato é medido durante a visita e também na entrada do jovem no jardim de infância, mediante isso consideram desde a primeira visita a segurança alimentar, além da avaliação das famílias. Nesse sentido, foi feito alguns questionamentos sobre a sua classe social, sobre o uso da mamadeira em bebês com 9 meses antes de dormir, regras sobre os alimentos em que as crianças podem comer, o tempo em que assistem televisão (varia até 24 horas), consumo de refrigerantes e se ingerem quantos por dias e semana, se comem em horários regulares e por fim se praticam alguma atividade física por pelo menos 30 minutos ou mais. Sendo assim, no estudo era composto por 7.022, a grande parte das crianças eram brancas 53,80%, seguida por hispânicas (25,12%), negras (13,88%), outras raças (3,94%), asiáticas (2,62%) e nativas americanas (0,65%), no geral 36,31% das crianças possuíam sobrepeso ou obesidade. Desse modo, foi relatado que 8,03% das crianças comem alimentos sem estar com fome, enquanto 2,26% comem com fome, sobre a televisão 93,82% se alimentam na frente da televisão e 6,18 % não veem televisão, logo, 71,07 % de forma geral consomem refrigerante e 28,93% não bebem (WILLIAMS, et al, 2018).
Em um estudo foi relatado os efeitos do sedentarismo com o comportamento sobre a obesidade e a saúde cardiometabólica, nessa pesquisa contaram com pacientes que excederam 2 horas diárias de tempo de tela recreativa, logo, eles tem 1,8 vezes mais chances de serem adolescentes com sobrepeso ou obesidade. É evidente nos estudos longitudinais de 2 anos que as 9.064 crianças que assistiam televisão apresentavam o ganho de peso, esse aumento está associado a vários fatores de risco cardiovascular na idade adulta jovem, que inclui a adiposidade, triglicerídeos e síndrome metabólica (BARNETT, et al, 2018).
Realizaram um estudo com dois ensaios clínicos randomizados com 182 famílias que foram conduzidas de novembro de 2005 a setembro de 2007, no qual foram tratadas as diretrizes de tratamento da obesidade pediátrica nos Estados Unidos em crianças de 4 a 9 anos com um IMC padronizado. No primeiro ensaio tinha como finalidade reduzir salgadinhos e bebidas adoçadas com açúcar e aumentando frutas, vegetais e laticínios com baixo teor de gordura, nesse caso a resultante reduziu em seis meses e se manteve até 12° mês. No segundo ensaio reduziu as bebidas adoçadas com açúcar e aumentando a atividade física e o consumo de leite com baixo teor de gordura e diminuindo a exibição de televisão, tal fato garantiu uma redução da resultante em até 6 meses e continuou a melhorar até os 12 meses (SANYAOLU, et al, 2019).
Nesse contexto, como formas terapeutas foi criado o programa geração saúde (GS) virtual onde possui abordagens para uma vida saudável, no estudo tem 192 participantes que se inscreveram no programa de GS, no caso em específico da idade e etnia das crianças não apresentou uma diferença significativa, em relação esses 192 indivíduos, 102 (53,1%) dos integrantes estavam no programa de GS misto e os 90 (46,9%) no programa virtual. Sob essa perspectiva, os resultados do uso do programa de GS, ou seja, a ingestão de frutas no GS misturado aumentou de 3,2 a 3,27 e no virtual de 2,92 a 3,11, em relação à ingestão de vegetais no GS misturado reduziu de 2,55 a 2,44 e no virtual aumentou de 2,25 a 2,73, na ingestão de bebida açucarada pela criança em meio GS misturado teve a redução de 1,72 a 1,6 e no virtual de 1,7 a 1,42, sobre a atividade física na semana no GS misturado tem um aumento de 3,46 a 4.34 e no GS virtual foi de 3,31 a 4,03, sobre o sedentarismo no GH misturado teve a redução de 3,35 a 3,24 e no virtual foi de 3,97 a 3,53, por fim sobre o tempo de tela no GS misto diminuiu de 3,5 a 3,24 e o virtual foi de 3,85 a 3,66 (NUSS, et al, 2022).
Entre os 16 artigos analisados, podemos apontar o gerenciamento da obesidade infantil pela equipe de saúde da família, a fim de reduzir o número de crianças que apresentam a obesidade, por meio disso em alguns dos artigos abordam estratégia de hábitos saudáveis seja nos lares, nas escolas, criação de políticas públicas com o intuito de garantir o controle dessa doença. Além disso, deverá ter acompanhamentos evidenciando os resultados, mas também ter o controle cognitivo, a indicação de medicamentos se necessário e caso seja indicada a cirurgia bariátrica, que seja em última circunstancia, apenas quando nenhuma das outras abordagens não forem suficientes.
DISCUSSÃO
Em um primeiro momento, no ano de 2009, os jovens entre 8 a 18 anos de idade registraram uma média diária de 4,5 horas de conteúdo de televisão, 1,5 horas de do uso recreativo do computador e 1,2 horas de videogame, todas essas fontes de web incluem um aumento substancial no tempo de tela quando comparado com 1999. Nesse sentido, é necessário existir regras de visualização no tempo de televisão, evitar comer em frente da televisão, e substituir esse tempo de tela por caminhadas e mais parques contribuindo para os infantis permanecerem menos de 2 horas diárias de tempo de tela, além de aumentar espaços verdes na vizinhança. Além disso, outra utilidade é usar dispositivos eletrônicos que monitoram a televisão como forma de reduzir o comportamento sedentário (BARNETT, et al, 2018).
O progressivo aumento do sobrepeso e da obesidade em crianças e adolescentes exigem ações dos órgãos governamentais, já que a obesidade ficou conhecida como uma doença crônica e o tratamento tornou-se uma prioridade, por isso na Polônia desenvolveu o Programa Nacional de Saúde. Essa abordagem tornou-se nível nacional, mediante isso a Organização Mundial da Saúde aponta que somente um esforço integrado pode desencadear um sucesso na conscientização e na mudança de comportamentos de saúde, com o intuito de evitar a tendência de aumento da prevalência da obesidade infantil e, por fim, as atividades educativas direcionadas para a mudança dos estilos de vida são de particular importância aos programas de prevenção da obesidade. Dessa forma, cabe pontuar os funcionários das unidades básicas de saúde, tal como, a equipe de saúde da família são aqueles tem o primeiro contato com os pacientes que sofrem de sobrepeso e obesidade, por meio disso os profissionais de saúde primários (médicos de família, pediatras e enfermeiros) são de suma relevância para fazer os diagnósticos e o tratamento, consequentemente, eles tem a maior oportunidade de verificar as mudanças no peso corporal dos seus pacientes e identificar determinantes ambientais e fatores psicológicos que desencadeiam um surgimento e perpetuação de comportamentos anormais (MAZUR, et al, 2022).
As ações na Atenção Primária à Saúde (APS) garantem intervenções que permitem integrar diferentes tipos de serviço em saúde para gerar prevenção, cuidado e tratamento da obesidade infantil juntamente com a comunidade local, para isso é necessário à equipe de saúde familiar. Diante disso, as principais ações de promoção em saúde são a capacitação dos profissionais de saúde, vigilância alimentar e nutricional, promoção do aleitamento materno e da alimentação adequada e saudável, promoção de atividade física e a organização do cuidado às crianças com sobrepeso e obesidade, Por fim, a capacitação dos profissionais da saúde é pertinente para o sucesso da identificação e do cuidado da obesidade infantil no âmbito da APS, além de também contribuir para as ações continuadas em relação a educação permanente relacionada a saúde das crianças e adolescentes obesos (BRASIL, 2022).
A principio as intervenções para controle da obesidade infantil acontece na nutrição do pré-natal, por meio de uma programação metabólica fetal que pode ter consequências quando não feita corretamente, logo, prejudicará a idade adulta. Por meio disso, é necessário que haja variações na dieta, tanto na supernutrição quanto na subnutrição sendo considerados fatores de risco a obesidade. Além disso, o diabetes gestacional materno e a hiperglicemia afetam o controle de glicose fetal desencadeando um maior risco a adiposidade fetal, mediante isso o consumo de alimentos densos riscos em energia e altamente palatáveis, dieta rica em gordura e proteínas contribuem para maior risco de adiposidade na gravidez, consequentemente, no bebê e no futuro na criança. (DABAS, et al, 2018).
Ainda conforme Dabas et.al (2018), a gestão da saúde da família nos postos de saúde deve instruir sobre uma dieta saudável na gravidez contendo maior proporção de vegetais, frutas e fibras, além também de seguirem algumas estratégias preventivas, ou seja, a triagem e tratamento de diabetes pré-existente ou diabetes gestacional, monitoramento do ganho de peso gestacional, fornecimento de nutrição materna adequada e saudável e garantia de atividade física adequada durante a gravidez, assim, reduz as chances de obesidade infantil.
Outrossim, é sobre o aleitamento materno e nutrição pós-natal, a amamentação atua contra a desnutrição e também a duração mais longa da amamentação garante uma maior proteção contra a adiposidade e síndrome metabólica. Nesse viés, os mecanismos comportamentais e hormonais relacionados à amamentação são a possível explicação de seu papel protetor. Cabe pontuar que bebês que são amamentados desenvolvem melhor o processo de regulação de saciedade do que os bebês que são alimentados com fórmulas, além também do ganho de peso do pós-natal em relação aos bebês alimentados com fórmula é com maior rapidez e desregulados do que os bebês que se consumiam o leite mais materno, tal fato influenciam no ganho excessivo de peso na vida adulta. (DABAS, et al, 2018).
Por fim, os bebês alimentados têm níveis reduzidos de insulina plasmática do que os bebês com fórmula, uma vez que os fatores bioativos do leite materno modulam os fatores de crescimento e inibem a diferenciação dos adipócitos, por isso é necessário que nos postos de saúde a gestão da saúde da família auxilie no processo de amamentação, pois a maioria das mulheres tem dificuldade e deixam de amamentar (DABAS, et al, 2018).
A nutrição na primeira infância é a introdução alimentar que complementa a amamentação e que influencia no risco de adiposidade, por meio disso a introdução de alimentos complementares antes dos quatro meses de idade leva o aumento do risco de obesidade em seis vezes aos três anos entre os bebês que se alimentaram com fórmula, porém esse risco não foi relatado aos bebês amamentados. Em relação à introdução alimentar deve se uma diversidade de alimentos saudáveis, no lugar de alimentos poucos saudáveis, ricos em energia e pobres em nutrientes e bebidas açucaradas nesse período, logo, a amamentação deve continuar, incluir de forma adequada frutas e vegetais, isto é, carne, peixe ou ovos conforme culturalmente apropriado e não deve ingerir suco de frutas, assim, é importante para o desenvolvimento bons hábitos alimentares nas crianças nos primeiros anos de vida (DABAS, et al, 2018).
A nutrição na idade escolar e na infância e na adolescência é altamente suscetível a se alimentar mal devido a influencia do marketing de alimentos saudáveis e bebidas açucaradas, pressão dos colegas e percepções da imagem corporal ideal. Em vista disso, os adolescentes já tem uma liberdade nas escolhas dos seus alimentos e bebidas feitas fora de casa, logo, se alimentar de produtos pobres em nutrientes, ricos em calorias e ricos em gordura e bebidas adoçadas com açúcar é um fator de risco para a obesidade, contudo reduzir a ingestão calórica consumindo mais frutas e vegetais causa a diminuição da gordura dietética e carboidratos refinados leva a redução do risco de desenvolver obesidade. (DABAS, et al, 2018).
A obesidade infantil também pode estar relacionada aos transtornos psiquiátricos, tal como, transtornos de humor, ansiedade e alimentares foram detectadas entre crianças com obesidade. O estigma desencadeou comportamentos como compulsão alimentar, isolamento social, evitam serviços de saúde, redução da atividade física e aumento do ganho de peso, piorando a obesidade e gerando barreiras adicionais à mudança de comportamento saudável, fora a questão do bullying que está relacionado ao sobrepeso e a obesidade (SANYAOLU, et al, 2019).
O diagnóstico correto visa garantir a seleção dos métodos de interação mais adequados, ou seja, o apoio psicológico tem como finalidade ajudar a restaurar o equilíbrio para facilitar a autorregularão natural em crianças e adolescentes com obesidade, tal fato reduz o estresse, assim, garantem um maior acesso as habilidades cognitivas. Sendo assim, a terapia cognitivocomportamental é programada com o intuito de ajudar as crianças em diálogos de motivação, uma vez que é necessário o apoio psicológico familiar com as crianças com obesidade desencadeando uma função protetora, pois a influencia dos pais na adesão alimentar é relevante na terapia sistêmica. Consequentemente, podem consertar a situação psicossocial das crianças e permitirá uma restauração da autoestima saudável (MAZUR, et al, 2022).
A “prevenção plus” é uma forma de intervenção a obesidade, a partir dos profissionais da saúde, que tem como finalidade garantir um estilo de vida saudável, como mudanças nos hábitos alimentares e introdução de atividades físicas, com o objetivo de reduzir o IMC, para isso às famílias necessitam do apoio da equipe de saúde combinada com médicos com o intuito de fornecer um autogerenciamento para capacitar tantos os pacientes e as famílias em gerenciar a sua saúde. Diante disso, a família deve iniciar fazendo modificações na casa, tal como, comprar frutas e verduras e coloque sempre à vista, a fim de facilitar o interesse por esses alimentos, usar pratos menores para que coloque menor quantidade de comida, verificar os tamanhos das porções de alimentos e as congele para que facilite a alimentação, reduzir o numero de aparelhos e televisão em casa e não coloque nos quartos. Desse modo, essa modificação de comportamento deve ser feito por toda a família e deve evitar colocar isso como punição, mas sim pontuar como estilo de vida saudável de forma positiva a todos (BROWN et al, 2017).
Se em aproximadamente de 3 a 6 meses não houver melhora no tratamento é necessário que modifique o tratamento para obesidade, utilizando o gerenciamento estruturado, que está relacionado com os nutricionistas podendo trabalhar com as famílias estabelecendo metas no plano alimentar, isto é, um plano alimentar com macronutrientes equilibrados, reduzindo o tamanho excessivo das porções ou lanches, mas também podem pedir conselhos em relação às habilidades parentais criando metas de estabelecimento nos limites de recompensa. Além disso, devem introduzir atividade física planejada ou jogar por 60 minutos todos os dias, quando necessário coloque “personal trainers” ou programa de controle de pesos, não é recomendado fazer a autopesagem porque pode provocar baixa autoestima, diminuição da satisfação corporal, aumento dos sintomas depressivos. Dessa forma, quando as crianças ou adolescentes aumentam o nível de atividade física podem desenvolver uma maior massa muscular magra, posteriormente, estabilização no peso, combinado a isso deve manter um estilo de vida saudável (BROWN, et al, 2017).
Sendo assim, as intervenções clínicas para o tratamento da obesidade infantil têm alguns estágios, o primeiro deles é a “prevenção plus” engloba recomendações específicas de dieta e atividade física, além de incentivar consumo de frutas e vegetais, além de limitar as atividades sedentárias como assistir televisão, jogar videogame e usar computadores, caso não houver melhora no IMC de três a seis meses deve iniciar o estagio dois. Nesse caso, deve manter o controle de peso e isso inclui uma baixa dieta rica em energia e balanceada, refeições balanceadas e atividade física supervisionada em pelo menos 60 minutos ou menos tela por dia, o automonitoramento no registro de alimentação e atividade física, o encaminhamento ao nutricionista, o contato mensal com a equipe de saúde da família e aos atendimentos aos postos de saúde deve ser adaptado com as necessidades da família (KUMAR, et al, 2016).
Em relação ao estágio três é uma intervenção multidisciplinar abrangente que é recomendado dependendo das reações ao tratamento do estagio dois. No estágio três está relacionado com o contato mais frequente do paciente com o profissional e tendo o uso mais ativo das estratégias comportamentais e monitoramento, ele requer uma equipe multiprofissional que tenha experiência na obesidade infantil, no qual inclui uma conselheira comportamental, ou seja, assistente social, psicólogo e enfermeira treinada, além dos consultórios de cuidados primários com nutricionistas e conselheiros comportamentais, esses serviços estão em parceria com a saúde da família. Logo em seguida, tem a existência do estágio quatro que atua de maneira combinada a substituição da refeição com o uso de medicamentos/ou cirurgia, por meio disso a equipe multidisciplinar com experiência na obesidade infantil atua no centro de controle do peso que possui protocolos clínicos e de pesquisa específica para avaliação de resultados e riscos (KUMAR, at al, 2016).
Nessa perspectiva, em relação estratégias para perda de peso da criança e adolescente estão relacionadas tanto o aumento da atividade física como a redução do sedentarismo, a atividade física moderada e vigorosa é associado a fatores de risco metabólicos. Sob essa perspectiva, o exercício físico é utilizado para garantir a redução da insulina em jejum, aumento do HDL, diminuição da gordura corporal e redução da sensibilidade à insulina. Existe um programa que gera perda de peso pediátrico fundamentado na comunidade e utilizam um videogame ativo como a principal forma de exercício, logo, após 10 semanas tiverem reduções significativas no tempo gasto jogando videogame, assistindo a televisão por um dia, esse programa também relatou um aumento significativo nas praticas de exercício por semana e uma redução do IMC das crianças. O estudo também incentivou mais brincadeiras em ar livres, já as crianças mais velhas tem incentivado o exercício físico com atividades físicas que tenham interesse em particular (TYSON, et al, 2017).
Além do mais, quando a abordagem da mudança de hábitos de vida não são mais suficiente é necessário outra alternativa terapeuta, tal como, a farmacoterapia para as crianças ou adolescentes com obesidade só pode ser considerada após um programa formal de alteração intensiva do estilo de vida não ter sido eficiente em limitar o ganho de peso ou de melhorar as complicações da obesidade em adolescentes, logo, a idade deve ser maior ou igual a 12 anos com obesidade definida e o IMC apresenta valores de maior ou igual 30 kg/m² saudável (MAZUR, et al, 2022).
No caso da cirurgia bariátrica para tratamento em pacientes pediátricos acomete quando o IMC se encontra com valores maiores que 40 kg/m² ou quando o IMC se encontra maior que 35 kg/m² associado a diabetes mellitus, pré-diabetes, hipertensão, síndrome da apneia do sono, dislipidemia (especialmente hipertrigliceridemia), sinais de hipertensão intracraniana (pseudotumor cerebral), anormalidades esqueléticas graves e incontinência urinária. Essa abordagem é utilizada quando o tratamento de pelo menos 12 meses coma modificação da dieta combinada com atividade física e a farmacoterapia não são mais suficientes, mas também para realização dessa cirurgia é importante compreender todos os riscos e benefícios, além do consentimento psicológico e psiquiátrico para o paciente e sua família (MAZUR, et al, 2022).
O programa GS tem como finalidade interver em toda família fazendo modificações no estilo de vida e reduzir o sobrepeso e a obesidade, o envolvimento com toda a família é importante para garantir melhorias nos comportamentos de estilo de vida. O programa GS virtual é eficaz quanto o GS combinado para melhorar os comportamentos de estilo de vida de uma criança e os comportamentos associados ao apoio dos pais e as famílias, no programa GS virtual tem o engajamento e satisfação semelhante ao GS combinado. Nesse contexto, observase que o programa GS virtual foi tão eficiente quanto o GS misto, uma vez que melhorou a ingestão de vegetais entre as crianças (NUSS, et al, 2022).
Além do mais, uma composição da equipe de atendimento deve ser integrada para facilitar os cuidados, os membros compostos por essa equipe têm como finalidade prestar cuidados primários credenciados pela equipe médica fornecendo uma supervisão, em parceria com intervencionistas comportamentais treinados pelo gerenciamento da obesidade infantil que fornece aconselhamento para perda de peso. Nesse sentido, a subescialidade podem seguir as recomendações da Atenção Acadêmica Pediátrica (AAP) para monitorar as comorbidades, essa interação da subespecialidade pode ser virtual para facilitar aqueles que geograficamente distantes da clinica, logo, amplia as disparidades de saúde (WILFLEY, et al, 2017).
Os participantes da conferência sugeriram ao coordenador de cuidados poderia favorecer a incorporação de cuidados e comunicação com o prestador de cuidados primários de referência para o intervencionista comportamental e subespecialistas, com a finalidade de reduzir a fragmentação que pode ocorrer quando diversos prestadores são envolvidos no cuidado de um paciente. Desse modo, estabeleceram práticas de treinamento eficientes que são disponíveis nas equipes de tratamento, especificamente intervencionistas comportamentais, a fim de gerar tratamentos de obesidade infantil relacionados na família de forma consistente e robusta, consequentemente, foram discutidos o sistema padronizado com treinamento, certificação e monitoramento para fornecer tratamento baseado em evidências em vários ambientes. Portanto, a consulta contínua ou supervisão e o treinamento dos especialistas resultando em resultados de tratamento equivalentes com aqueles atingidos nos ensaios clínicos cuidadosamente controlados (WILFLEY, et al, 2017).
É importante estabelecer promoção de saúde nas escolas, uma vez que a escola não é apenas um ambiente para promover educação, mas também promove saúde, por isso, necessário à integração e articulação com o setor da Educação, o setor da Saúde, famílias e comunidade escolar são relevantes para contribuir para a formação das crianças e adolescentes. Nesse contexto, as estratégias devem ser intersetoriais podendo estabelecer ações de promoção à saúde que lidem com a temática de obesidade infantil envolvendo toda a comunidade e que façam acompanhamentos da saúde por uma equipe multiprofissional combinado a equipe de saúde da família. Ademais, dever estabelecer programas de alimentação nas escolas que oferecem refeições saudáveis de forma universal e promovendo ações educação alimentar e nutricional tornando-se diferenciais para criação de um ambiente escolar favorável à saúde e também garante o Direito Humano â Alimentação Adequada (BRASIL, 2022).
Outras medidas importantes a serem adotadas nas escolas para prevenir e deter o avanço da obesidade nas crianças e adolescentes é a educação familiar e nutricional no currículo escolar, aumento da biodisponibilidade em acesso de alimentos saudáveis e redução a exposição dos alunos a alimentos não saudáveis em cantinas, vending machines (máquinas de vendas de alimentos ultraprocessados) e pontos de comercialização próximos das escolas. Além disso, a promoção de atividade física diária de aproximadamente 30 minutos também deve ser inserida como estratégia, considerando que as crianças passam grande parte do tempo na escola. Logo, é recomendado que tivesse atividade física na carga curricular prevista nas escolas, quanto no momento recreativo, mediante isso a escola deve garantir uma estrutura equivalente para que ocorra a realização dessas atividades e ter acesso à água potável a fim garantia da hidratação dos estudantes (BRASIL, 2022).
As campanhas de comunicação em saúde colaboram para informar a população com mensagens confiáveis com a finalidade de influenciar sobre melhorarem a alimentação e nutrição adotando um estilo de vida mais saudável e ativo. Em vista disso, para promover campanhas de promoção da alimentação apropriada e saudável, tendo como incentivo consumo de frutas, verduras, legumes, arroz e feijão e gerando habilidades em culinárias de forma autônoma no preparo dos alimentos, podendo ser usados estratégias de mídia, mas também mídias sociais digitais e novas tecnologias, como jogos digitais e aplicativos, logo, sempre deve ser respeitado às recomendações para cada faixa etária sobre o uso de eletrônicos. Em relação as atividade física tem estratégia de mídia utilizada, a partir de mensagens para este público devendo ressaltar os benefícios agudos sociais e afetivos, destacando, que a prática pode ser legal e divertida. Portanto, as campanhas tem que ser planejada e inserida em uma estratégia de comunicação acontecendo em longo prazo e atendendo seu público especifico sendo crianças, adolescentes e suas famílias (BRASIL, 2022).
CONSIDERAÇOES FINAIS
É imprescindível a importância do tratamento para obesidade ou sobrepeso, uma vez que ela tornou-se uma doença crônica não transmissível que vêm desencadeado complicações, tal como, diabetes mellitus, pré-diabetes, hipertensão, síndrome da apneia do sono, dislipidemia (especialmente hipertrigliceridemia), sinais de hipertensão intracraniana (pseudotumor cerebral), anormalidades esqueléticas graves e incontinência urinária.
Nesse sentido, ela tornou-se um problema de saúde pública que vem sendo tratada no mundo todo, respectivamente, no Brasil é uma questão da Atenção Primária à Saúde que é baseado na equipe de saúde da família, a fim de fazer os diagnósticos e o tratamento, já que são os que têm a maior oportunidade de verificar as mudanças no peso corporal dos seus pacientes e identificar determinantes ambientais e fatores psicológicos que desencadeiam um surgimento e perpetuação de comportamentos anormais.
Portanto, também é abordado varias formas tratamento para combater essa patologia, seja por mudanças de hábitos alimentares e atividades físicas, quando não solucionado utilização de medicamentos, cirurgias e até aplicativos para auxiliar na melhor conduta sobre a obesidade ou sobrepeso.
Consideramos que necessita de mais pesquisas relacionadas ao tema e inserção de novas estratégias de prevenção e tratamento nas unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde.
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