GEOPARQUE QUARTA COLÔNIA: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12600353


Bisognin, Roselaine De Oliveira[1]
Souza, Shirley Nara Moreira De [2]
Bolzan, Mariane[3]
Bidel, Eloiza Helena De Carvalho [4]
Oliveira, Denise De [5]


RESUMO

O presente artigo busca trazer discussões teóricas sobre a temática do Geoparque, bem como, apresenta o turismo como uma atividade que contribui para o desenvolvimento do território, no caso o Geoparque da Quarta Colônia UNESCO. Para tal, traz reflexões sobre as estratégias que o território veicula para engajar o desenvolvimento local em prol do desenvolvimento sustentável do turismo, a partir de uma perspectiva histórica, cultural, social e econômica, onde o enfoque do turismo apresenta-se presente no espaço do patrimônio paleontológico de relevância científica, devido a raridade dos dinossauros encontrados aqui, mas também de importância histórica e cultural. E ao mesmo tempo, busca aliar a educação patrimonial, de modo a romper com a fragmentação do conhecimento, tendo em vista a importância do diálogo entre as diversas áreas do saber, contribuindo para que a sociedade reconheça a sua cultura. Uma vez que seus bens culturais apresentam-se na forma material e imaterial como atrativos turísticos carregados de significados, demonstrando assim,  sua relevância na formação identitária da comunidade, a valorização pela comunidade da sua cultura do seu povo, conhecer para valorizar.  Nesse sentido, o presente trabalho traz consigo como objetivo, apresentar e refletir sobre o desenvolvimento do turismo no Geoparque Quarta Colônia UNESCO, e, ao mesmo tempo, compreender as construções socioculturais do território, a partir de fontes bibliográficas que se baseiam na busca de autores e publicações oficiais que mencionam a realidade material e simbólica da sociedade que se consolida na sua identidade cultural.  Para isso, a valorização dos bens culturais, patrimoniais e ambientais apresentam-se como portadores de significados identitários em um processo contínuo que conecta história, memória, patrimônio, cultura, turismo e sociedade, porque o turismo acontece na comunidade, e ao  torna-la consciente da sua importância, faz com que a comunidade valorize, reconheça  e divulgue seus bens culturais, apresentando-os como um fator de desenvolvimento turístico, além de favorecer o sentimento de pertencimento do território. Além das fontes bibliográficas será utilizada uma abordagem qualitativa na pesquisa, de modo a oportunizar o contínuo processo interpretativo; ademais, como recorte, o Geoparque Quarta Colônia UNESCO foi definido como objeto de pesquisa. O estudo traz como base construções sociais que veiculam, no tempo e espaço, a partir de um processo constante de reconhecimento da identidade local: a compreensão da própria história, carregada de sentidos, partindo de uma teia de significados através das ações coletivas construídas no tempo e espaço de vida das pessoas, um sentimento de pertença que dá vida aos lugares de memória construídos pelo homem contemporâneo como uma forma de representar, nas suas construções, o registro da própria História. Para tal, busca-se considerar a importância da preservação da história e da memória do Geoparque Quarta Colônia como uma forma de aliar educação e desenvolvimento do turismo sustentável.

Palavraschave: Geoparque; Educação Patrimonial; História; Sociedade; Turismo.

INTRODUÇÃO:

Esta pesquisa tem como objetivo apresentar e analisar a importância do selo da UNESCO recebido pela Quarta Colônia—um território conhecido mundialmente como Geoparque Quarta Colônia UNESCO, no Rio Grande do Sul —, apresentando assim, através da contextualização e uma investigação sobre a temática Cultura, Sociedade e Turismo. Nesse sentido, busca-se compreender como esse território historicamente formado busca adjudicar aos seus visitantes, os vestígios históricos e culturais, que foram traçados no tempo e no espaço em que se encontram na atualidade aliando educação e desenvolvimento do turismo sustentável.

Nesse sentido, desde o princípio ao ouvir falar sobre Geoparque, muitas dúvidas surgem na mente da comunidade: O que é exatamente é um Geoparque? Qual utilidade de um geoparque para a comunidade? Por que é importante aprendermos sobre isso? Qual a importância de a comunidade reconhecer o seu patrimônio, e como este reconhecimento, este pertencimento pode contribuir para o desenvolvimento social, cultural, histórico e econômico de odo sustentável. Por que é importante trabalhar sobre educação patrimonial com a comunidade?

Cabe ainda ressaltar, o papel da UFSM na sensibilização das comunidades,  realizando a capacitação de professores por meio das Jornadas Interdisciplinares de Educação Patrimonial, bem como, a oferta de vagas extras para professores e demais profissionais da Quarta Colônia no Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural, bem como, participação nas comissões do Geoparque em reuniões possibilitando o saber científico.

Nesse sentido, é importante mencionar que o Geoparque Quarta Colônia[6] , nasceu de uma parceria entre CONDESUS Quarta Colônia e Pró Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Santa Maria, bem como, apresentaremos a divulgação de materiais das Jornadas Interdisciplinares de Formação de Professores em Educação Patrimonial (Geoparque Quarta Colônia)[7], bem como, cabe mencionar que há várias pesquisas já realizadas no Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural da UFSM que foram transformadas em materiais acessíveis para serem utilizados pedagogicamente  pelas escolas e pela comunidade em geral, para estas compreendam e se  apropriem da grande quantidade de saberes, fazeres, monumentos, paisagens e uma infinidades de patrimônios históricos e culturais disponíveis no território, enfim, bens culturais da  que a comunidade apresenta aos seus visitantes. Ou seja, uma forma de acesso ao conhecimento científico que chega a comunidade por meio de parcerias com a universidade pública que encontra-se cada vez mais próxima da sociedade, divulgando a cultura local, contribuindo para a elevação e reconhecimento dos potenciais turísticos do território do Geoparque Quarta Colônia UNESCO. E tudo isso encontra-se disponível no site da Pró-reitora de Extensão da UFSM para que tenhamos acesso ao saber historicamente construído por meio da pesquisa científica acessível, e assim, sermos capazes de construir e divulgar para a sociedade, uma compreensão ampla e aprofundada sobre o espaço que nos rodeia, adotando assim, atitudes e posturas cidadãs que enfocam a construção de um conhecimento relevante sobre o desenvolvimento turístico de forma sustentável.

Nesse sentido, como ex-academias do Programa de Pós-graduação Profissional em Patrimônio Cultural, sendo uma trabalhadora da área do turismo(Santa Maria) e outra servidora pública na área da educação, desempenhando a função de professora em São João do Polêsine(Geoparque Quarta Colônia), é essencial buscarmos informações acerca do que é um Geoparque, bem como, compreender a sua importância para a comunidade local/regional/internacional.

REVISÃO DE LITERATURA

Este trabalho, ainda em construção, é composto por uma revisão de literatura que versam sobre o Geoparque Quarta Colônia UNESCO, com o embasamento em pesquisa bibliográfica e uma abordagem qualitativa.

Nesse sentido, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério do Turismo, áreas que apresentam significativa relevância em termos históricos, culturais, paisagísticos, geológicos, arqueológicos, paleontológicos e científicos são reconhecidas pela Unesco como geoparques.  

Dentro desse contexto, cabe destacar, que os geoparques desempenham papel fundamental no progresso econômico de uma região, bem como na preservação do meio ambiente, na promoção educacional e no estímulo ao desenvolvimento sustentável local. Conforme mencionado no portal oficial, os geoparques integram a Rede Global de Geoparques, estabelecida em 2004 e composta por 147 geoparques distribuídos em 41 países membros.

Deste modo, conforme

Geoparque Global da Unesco (Unesco Global Geopark) usa sua herança geológica, em conexão com todos os outros aspectos do patrimônio natural e cultural da área, para aumentar a conscientização e compreensão dos principais problemas enfrentados pela sociedade, tais como usar os recursos da Terra de forma sustentável, mitigar os efeitos da mudança climática e reduzir riscos relacionados a desastres naturais[8].

Ao aumentar a conscientização sobre a importância do patrimônio geológico da região na história e na sociedade de hoje, os Geoparques Globais da Unesco dão às pessoas locais um sentimento de orgulho em sua região e fortalecem sua identificação com a área. A criação de empresas locais inovadoras, novos empregos e cursos de treinamento de alta qualidade é estimulada, à medida que novas fontes de receita são geradas através do geoturismo, enquanto os recursos geológicos da área são protegidos.

Os Geoparques Globais da Unesco capacitam comunidades locais e dão a elas a oportunidade de desenvolver parcerias coesas com o objetivo comum de promover processos geológicos, características, períodos de tempo, temas históricos ligados à geologia ou uma beleza geológica excepcional[9].

Em suma, menciona que um Geoparque, deve do conceito da UNESCO deve servir notadamente para o desenvolvimento econômico local gerando atividade econômica através do turismo de modo que representando componentes importantes de um geoparque devendo assim:

– Preservar o patrimônio geológico para as futuras gerações (geoconservação);

– Educar e ensinar o grande público sobre temas geológicos e ambientais e prover meios de pesquisa para as geociências;

– Assegurar o desenvolvimento sustentável através do geoturismo, reforçando a identificação da população com sua região, promovendo o respeito ao meio ambiente e estimulando a atividade socioeconômica com a criação de empreendimentos locais, pequenos negócios, indústrias de hospedagem e novos empregos;

-Gerar novas fontes de renda para a população local e a atrair capital privado[10].

Dessa maneira, nota-se que a ideia de geoparque e a descrição de patrimônio cultural estão conectadas. Segundo Delphim (2009), é possível concluir que um ponto crucial é refletir sobre a importância dos Geoparques na promoção do Patrimônio Cultural, visando sua proteção e desenvolvimento econômico e socialmente os territórios nos quais se encontram e desta forma contribuir para o desenvolvimento autossustentável de uma região. Desta forma, será estimulado o inter-relacionamento do saber científico com conhecimentos regionais, de modo a contribuir para a sustentação social e econômica da comunidade que ali se encontra inserida através daquilo que já produz e faz parte de sua vivência. Essa agregação de valores pode ser empreendida, aliada a uma educação patrimonial que perceba o seu território também como fonte econômica que beneficie e proporcione melhores condições de vida para a comunidade local potencializando lugares até então pouco explorados.

Assim, ao pesquisarmos na página do Global Geoparks  Network verificou-se que atualmente  no Brasil, há cinco geoparques reconhecidos pela UNESCO, sendo eles:  Araripe UNESCO Global Geopark, Caçapava UNESCO Global Geopark, Quarta Colônia UNESCO Global Geopark, Seridó UNESCO Global Geopark e Southern Canyons Pathways UNESCO Global Geopark.

Figura 1. Geoparque reconhecidos pela UNESCO no Brasil. Fonte: http://www.globalgeopark.org/GeoparkMap/index.htm.

O Geoparque Quarta Colônia faz referência ao quarto núcleo de colonização italiana que se instalou na região central do estado do Rio Grande do Sul a partir de 1877, onde veio a se somar os imigrantes alemães que já haviam chegado aqui anteriormente, na região em 1855. Com isso, uma grande quantidade de colonos de europeus instalaram-se nestas terras, e depositaram neste chão, as suas esperanças, enfrentando uma densa mata entre os seus vales. Um território de descobertas que há 230 milhões anos serviu para as mais variadas formas de vida tanto animal quanto vegetal, com fósseis Triássicos de relevância internacional,com marcas milenares de ocupação (Cartilha Geoparque Aspirante UNESCO).

O território dos descendentes europeus e quilombolas, com marcas milenares de uma ocupação indígena, guarda o registro de alguns dos dinossauros mais antigos do planeta, e recebe seus visitantes para uma verdadeira viagem no tempo, mergulhando na história da Terra, dos ecossistemas e da cultura humana. (p. 03, Cartilha Geoparque Aspirante UNESCO).

Cabe ainda mencionar, que no Geoparque Quarta Colônia ocupa uma área de 2.923 km2, composto por nove municípios com uma população de 62.193 mil habitantes (IBGE, 2010), possui uma riqueza de fósseis, mirantes, trilhas, casarões coloniais, e, diversas memórias onde a paisagem se apresenta no tempo como um convite às descobertas. Em 1996, o CONDESUS (Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia, composto por nove municípios se uniram em prol da proposta). de criação do Geoparque Quarta Colônia compreendendo a necessidade de […] “construir o futuro sem destruir o passado” (p. 03, Cartilha Geoparque Aspirante UNESCO).

Com a vinda dos imigrantes italianos e alemães no território, que chegaram no território com a finalidade de colonizar as terras devolutas, continuando assim, o seu ofício nas terras existentes, cuja herança cultural se evidencia na agricultura, religiosidade, festas, gastronomia, arquitetura, e, o seu patrimônio paleontológico.

Desta maneira, analisar um pouco do que é um Geoparque e as suas potencialidades, dificuldades, e responsabilidades de uma atividade de turismo, bem como compreender que os Geoparques como bens que podem ser aliados ao desenvolvimento autossustentável, pois trazem consigo múltiplas possibilidades de promoção de educação, pesquisa, geração de emprego e renda, além da difusão do patrimônio local como forma de inclusão social, preservação e valorização local.

E de acordo com a Constituição Federal (1988), Art. 216,

constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:  I – as formas de expressão;  II – os modos de criar, fazer e viver;  III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;  V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico[…].

O Geoparque  Quarta Colônia é reconhecido internaciolmente pela sua riqueza paleontológica singular, uma região rica em Patrimônio Paleontológico, fósseis invertebrados e vertebrados, inconofósseis e plantas que afloram de rochas do período Triássico, possibilitando assim alternativas de geração de economia regional através da preservação e conservação do meio ambiente, do patrimônio natural e cultural, estratégias de educação patrimonial tem se multiplicado para que este avanço no turismo por iniciativas, privadas, públicas ou mistas aconteçam de forma sustentável.

Figura 2. Quarta Colônia UNESCO Global Geopark, Fonte: http://www.globalgeopark.org/GeoparkMap/geoparks/Brazil/14421.htm.

Figura 3. Geoparque Quarta Colônia UNESCO,” Um Teritório de Descobertas”,  Fonte: https://www.geoparquequartacolonia.com.br/home.

Localizado no sul do Brasil, na transição entre os biomas Pampa e Mata Atlântica, o território do Geoparque Global da UNESCO Quarta Colônia é formado por nove municípios. Cerca de 62 mil habitantes vivem neste território, com uma das maiores diversidades culturais da região central do Rio Grande do Sul, incluindo a italiana. Culturas alemã, portuguesa, quilombola, indígena e missionária. Os costumes e traços culturais destas diferentes etnias perpetuam-se até aos dias de hoje nas mais diversas manifestações, como a gastronomia, a música, a dança e o artesanato.
Este território é fonte de um património paleontológico único a nível internacional, onde o visitante pode encontrar testemunhos da ascensão de um dos grupos animais mais famosos da Paleontologia. os dinossauros. As rochas sedimentares que sustentam a paisagem deste território depositadas entre 233 e 225 milhões de anos atrás no Período Triássico contêm registros muito bem preservados de um momento chave na história da vida no planeta Terra como a espécie Buriolestes schultzi Bagualosaurus agudoensis e Macrocollum itaquii, que até o momento são exclusivos da Quarta Colônia. As descobertas paleontológicas são muito favorecidas pela localização do Geoparque Global UNESCO Quarta Colònia, que confere a este território um património paisagístico único, com um conjunto montanhoso delimitado por escarpas arenito-basálticas cobertas por grandes fragmentos de Mata Atlântica ainda muito bem preservados. No meio desta paisagem exuberante, existe um grande número de vales profundos escavados ao longo de milhares de anos pela energia de uma grande rede hidrográfica que dota o Geoparque Global UNESCO Quarta Colónia de cascatas, praias fluviais e rios navegáveis.[11](Livre tradução).

Nesse sentido, incentivo ao turismo não faltam, o território do Geoparque Quarta Colônia, composto por nove municípios, sendo eles: São João do Polêsine, Silveira Martins, Faxinal do Soturno, Dona Francisca, Nova Palma, Pinhal Grande, Ivorá, Agudo e Restinga Seca. Assim, cada espaço possui as suas representações simbólicas, uma diversidade de patrimônios históricos, culturais, paleontológicos e ambientais que veiculam no presente, referências simbólicas da comunidade, bens culturais construídos em um determinado contexto de tempo e espaço, que conferem os traços de sua identidade.

Figura 4; Mapa da Quarta Colônia; Geoparque Quarta Colônia UNESCO; Fonte: (STEFANELLO, 2010, p. 68 apud DESCONVI FILHO, 2007).

O estudo traz como base, as construções sociais que veiculam a compreensão da própria história, carregada de sentidos, partindo de uma teia de significados das ações coletivas construídas no tempo e no espaço, a partir de um processo constante de reconhecimento da identidade local; o sentimento de pertença demostrado naquilo que a comunidade edifica, dando vida aos lugares de memória construídos pelo homem contemporâneo como uma forma de representar, nas suas construções, o registro da própria História.

A partir do exposto, trabalha-se com uma investigação dentro da temática Cultura, Sociedade e Turismo,   A Importância do selo do Geoparque Quarta Colônia e como isso contribui para o desenvolvimento do turismo, da sociedade e da cultura popular,  numa perspectiva teórica metodológica que busca compreender  alguns dados construídos por meio da ação humana, sem deixar de lado, as relações sociais, que, por conseguinte, apresentam-se de forma material e imaterial no tempo presente,  o tempo histórico, dentro do contexto da história local reafirmando na sociedade a valorizada da própria cultura, e como esta pode ser um alicerce para o  desenvolvimento do turismo. Para tal, utilizou-se como metodologia das fontes bibliográficas, fotos e uma abordagem qualitativa, de forma a oportunizar o contínuo processo interpretativo; ademais, como recorte, o Geoparque Quarta Colônia, foi definido como objeto de pesquisa.

Neste contexto, compreender o conhecimento historicamente construído no espaço educativo, contribui para o reconhecimento, a valorização e a divulgação da própria cultura levando em consideração as peculiaridades culturais da comunidade local no contexto educativo. E isso, torna o processo de aprendizagem mais significativo; agregando assim, valor histórico, econômico, cultural e social dessas comunidades que estão se organizando em torno do turismo, veiculando no presente os seus bens culturais que foram apropriados ao longo das gerações.  Uma vez que, este território é reconhecido internacionalmente pela sua riqueza paleontológica, e, deste modo, o acesso da sociedade ao saber historicamente construído, um conhecimento relevante/significativo contribui para que a sociedade se aproprie da relevância da sua cultura para assim, perceber que o patrimônio que da comunidade, se constitui ao mesmo tempo como um patrimônio cultural da nação brasileira.

Dessa forma, o trabalho educativo que vem sendo construído na comunidade proporciona uma valiosa contribuição ao vincular nas suas metodologias de ensino à educação patrimonial um ensino significativo que oferecer aos estudantes e à comunidade em geral vivências e experiências de reconhecimento da história e da memória do espaço de vida das pessoas, processos de aprendizagem que veiculam a realidade local. Possibilitando assim, por meio da compreensão coletiva e compartilhamento com a comunidade, de novas perspectivas que podem ser trazidas para a comunidade em geral, por meio de estratégias que valorizam, preservam e envolvem e reconheçam a sua produção cultural como um importante recurso de desenvolvimento sustentável do turismo.

A ligação com a história local, com o patrimônio cultural que recebemos como legado, seja ele material ou imaterial, reflete no presente eventos de um passado frequentemente esquecido, mas que se apresenta no momento atual como um instrumento que revela a passagem de um tempo em que ocorreram desastres naturais e eventos já reconhecidos e ainda alguns não reconhecidos nos quais os grupos sociais participam, mas que ao mesmo tempo têm o poder de influenciar nossa maneira de viver, pensar, sentir e agir sobre o ambiente em que vivemos.

Essa forma de agir hoje em nosso ambiente natural pode se tornar um símbolo de identidade nossa e do território em que vivemos, como uma comunidade local que tem um potencial a ser explorado, mas que também precisa aprender a se sustentar e a buscar o seu potencial, com sabedoria buscando o desenvolvimento aliado à “educação para a sustentabilidade” conforme ressaltam Castro, Fernandes & Firmino (2015, p.60).

Nesse sentido, as práticas em educação da Quarta Colônia dos profissionais na área da educação tem se multiplicado, para tanto, vivenciar atividades relacionadas ao ensino significativo que busca valorizar; o conhecer para compreender, o explorar para tornar significativo, o fazer parte para se sentir pertencente de algo deve tornar-se uma prática educativa fundamental para que tenhamos uma comunidade engajada na valorização do patrimônio cultural local. Estes trabalhos trazem consigo uma grande contribuição na construção de produtos de dissertações e projetos de extensão. Do mesmo modo, conjeturam sobre a importância da educação patrimonial na perspectiva da preservação cultural, aliada à sustentabilidade e ao desenvolvimento sustentável do turismo, e, pensando no Geoparque Quarta Colônia como uma estratégia de desenvolvimento regional, que contribuirá para sensibilização e apropriação da comunidade local dos bens culturais da sociedade, que existem no território, foi de extrema importância as diversas formações e sensibilizações da comunidade local que contou com o apoio de profissionais da UFSM, este alinhamento fez a diferença, pois a união do conhecimento científico e prático, demonstrou ser extremamente relevante para a compreensão da sociedade.

Nesse sentido, ao refletir sobre o patrimônio paleontológico,  o autor menciona que  são considerados (…) “bens paleontológicos a conotação de patrimônio cultural, atribuída por suas implicações no desenvolvimento da vida e no testemunho da formação geográfica, geológica, biológica e social do território brasileiro” (Delphim 2009, p. 80).

No entendimento de Delphim(2009), os geoparques possuem como vocação principal […] “ o estabelecimento de condições sustentáveis de desenvolvimento social e econômico cuja premissa é o acesso ao conhecimento científico, parte integrante da educação em seu sentido mais amplo”( p.83). Nesse sentido, Delphim(2009) sustenta que “os geoparques devem atender a exigências como ter um território definido, contribuir para o desenvolvimento autossustentável da região onde está instalado (p.82)”.

O CAPPA[12]( Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia/ Universidade Federal de Santa Maria-CAPPA/UFSM),  foi criado, com objetivo de dar suporte à pesquisa paleontológica na Quarta Colônia devido a abundância e relevância científica dos fósseis do período triássico encontrados na região.

Figura 5; Centro de Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia/Universidade Federal de Santa Maria (CAPPA/UFSM); Fonte: <https://www.ufsm.br/cappa>.

Neste contexto, o CAPPA possui a

[…] missão de mapear novos sítios fossilíferos, monitorar os locais já conhecidos, coletar e salvaguardar fósseis de vertebrados e plantas; além de dar apoio ao desenvolvimento da pesquisa nas áreas de paleontologia e geologia, bem como áreas relacionadas interessadas em atuar nos sítios fossilíferos da Quarta Colônia. (CAPPA/UFSM, p.1, 2024).     

Dessa forma, compreende-se que os geoparques, como parte integrante desse reconhecimento em relação ao território, buscam integrar a educação, a preservação e o desenvolvimento sustentável por meio da valorização do patrimônio de uma determinada região, com o intuito de promover o progresso local. Nesse sentido, a comunidade é vista como responsável por proteger, valorizar e preservar seu patrimônio, representando uma forma de manter viva a herança cultural que simboliza o passado e fortalece a identidade local. Assim, promove-se o sentimento de pertencimento e a disseminação da identidade local em um contexto relevante.

Logo, almeja-se ressaltar a relevância de zelar, preservar e estimar o que pertence a nós e que representa nossos patrimônios culturais, ao mesmo tempo em que se abre a possibilidade de compartilhar com a comunidade por meio de uma abordagem participativa, a aquisição de saberes acerca de nossa região por meio de atividades educativas que promovam o fortalecimento da identidade regional.

METODOLOGIA

Neste trabalho, optou-se pela análise qualitativa para pesquisa proposta devido às informações que se pretende buscar em relação ao Geoparque Quarta Colônia. Todavia, as fontes que subsidiaram o presente trabalho consistem nas informações que que foram coletadas a partir da realização de pesquisas de fontes bibliográficas que falam sobre a temática geoparque e desenvolvimento do turismo sustentável. A metodologia deste estudo também será embasada em análise de documentos metodologias de análise descritiva, qualitativa e análise de conteúdos utilizando essas ferramentas, os principais benefícios e recursos, como ela pode auxiliar os agentes e quais os desafios para a automação da mesma, mantendo sempre a responsabilidade.

Para tal, pretendemos a partir da interpretação dos dados trazer informações que contribuam com o estudo proposto que é analisar as atividades turísticas, culturais e comunidade utilizando essas ferramentas, os principais benefícios e recursos, como ela pode auxiliar para o desenvolvimento sustentável.

CONCLUSÃO

De modo sucinto, é possível analisar o assunto, ressaltando a relevância das pesquisas de cunho histórico-cultural diante dos eventos abordados e a capacidade de estabelecer tanto conexões quanto desconstruções em relação ao Geoparque Quarta Colônia UNESCO, como forma de abrir horizontes para futuras explorações na área. Dessa forma, podemos compreender que a herança cultural local está relacionada a novos elementos culturais atuais, ao passo que promovem a renovação da cultura ao longo do tempo.

Nesse sentido, a pesquisa aborda a relação entre cultura, turismo e sociedade no Geoparque Quarta Colônia UNESCO, considerando as diversas interações que podem ocorrer entre essas áreas com  a educação; de um lado, o turismo proporciona o encontro com indivíduos de identidades culturais distintas, o que pode ser crucial para a promoção da diversidade cultural na sociedade e para a criação de produtos turísticos com elementos variados, favorecendo o desenvolvimento do turismo de maneira ampla. Além de ser uma atividade econômica, o turismo também possibilita trocas sociais e culturais entre diferentes povos, resultando em reflexões dinâmicas que contribuem significativamente para o avanço desse setor. Isso fortalece a valorização as diversas culturas e promove novas reflexões sobre a importância da diversidade étnica, social e cultural, colaborando para o reconhecimento e valorização de diferentes povos e lugares. Nesse sentido,

a necessidade do desenvolvimento da educação patrimonial na escola liga-se à formação de cidadania com qualidade, preocupada com o fortalecimento da identidade cultural sustentada na memória das expressões culturais dos diferentes grupos que compõem e compuseram a sociedade. (Cerqueira, 2005, p.106).

Partindo da delimitação do recorte do estudo, O Geoparque Quarta Colônia, e, levando em consideração um contexto de intensas transformações na sociedade contemporânea, buscou-se nesta análise, demostrar como o território da Quarta Colônia está  buscando se organizer, de forma conjunta,  unindo ações públicas e privadas em prol do desenvolvimento econômico sustentável, que veicula,  por meio das várias formas de  divulgação, nas mais diversas mídias, os seus atrativos turísticos. Com isso, o patrimônio acumulado ao longo do tempo,  apresenta-se em um context,  onde o passado está cada vez mais sendo evocado, uma história que chama, que se mostra latente, e demostra, o simbolismo atribuído a um conjunto de partículas do passado, cada qual com a sua memória específica, num tempo e espaço, onde o espaço se apresenta como um  suporte material da memória e do patrimônio histórico e cultural.

Nesse sentido, o autor Le Goff (2003, p. 419) menciona que a “propriedade de conservar certas informações remete-nos em primeiro lugar a um conjunto de funções psíquicas às quais o homem pode atualizar impressões ou informações passadas”;e, desta forma,  João Carlos Tedesco (2004, p. 93) afirma que “a memória é dinâmica por excelência, possui funções de conservar, recriar, garantir futuro, selecionar, transformar, reclamar, evocar, ocultar, porém, é também uma faculdade de esquecer”.

Assim, é possível construir hipóteses analisando o que está edificado, a interligação entre o que está comprovado cientificamente, como os dinossauros mais antigos do mundo, encontrados nesta região,  o que demonstra, a riqueza do patrimônio paleontológico local. Bem como nas construções simbólicas que hoje se mantêm, preservando os registros documentais, fotográficos, artísticos e os locais de memória que fazem parte dessa significação simbólica dos valores culturais da comunidade, apresentam-se também como documentos interpretativos da sociedade. Uma categoria política de conservação que utiliza o espaço de criação como parte importante de uma memória coletiva que identifica a formação de uma identidade mais ampla, a da nação.

Desta maneira, analisar um pouco do que é um Geoparque e as suas potencialidades, dificuldades, e responsabilidades de uma atividade de turismo, bem como compreender que os Geoparques como bens que podem ser aliados ao desenvolvimento autossustentável, pois trazem consigo múltiplas possibilidades de promoção de educação, pesquisa, geração de emprego e renda, além da difusão do patrimônio local como forma de inclusão social, preservação e valorização local.    

Logo, sensibilizar a comunidade sobre os valores culturais, ambientais, sociais, históricos e patrimoniais, para assim, gerar um fator econômico, que se torne um aliado da preservação. E assim, tenha orgulho de demostrar os seus bens culturais, aliando assim, turismo, sociedade, cultura e história, contribuindo na formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis. Favorecendo o desenvolvimento sustentável do seu patrimônio natural, cultural e ambiental do território do Geoparque Quarta Colônia  no qual o desenvolvimento do turismo traga para a comunidade não só a geração de renda, mas ao mesmo tempo o reforce o sentimento de pertencimento em sintonia com a qualidade de vida e a conservação da própria cultura, bem como da herança geopatrimonial da região.

REFERÊNCIAS

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CERQUEIRA, Fábio Vergara. Patrimônio Cultural, Escola, Cidadania e Desenvolvimento Sustentável. Diálogos, Marília, v. 9, n. 1, p. 91-109, 2005,Disponível em < http://www.fundacaobunge.org.br>. Acesso em 03/abr/2014.

DELPHIM, Carlos Fernando de Moura (cfmd@oi.com.br). Patrimônio Cultural e Geoparque. Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rua Lopes quintas 255 B C03- Jardim Botânico, CEP 22460-010, Rio de Janeiro, RJ, Br. Recebido em 03 de junho de 2009; aceito em 26 de agosto de 2009.

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 UFSM. PRE. Geoparque Quarta Colônia Mundial UNESCO. Materiais didáticos, Mapas e Cartilhas . Disponível em < https://www.ufsm.br/pro reitorias/pre/geoparque-quarta-colonia/materiais-didaticos-mapas-e-cartilhas-apoio-ao-geoparque-quarta-colonia>.

STEFANELLO, Liriana Zanon. História, memória e patrimônio cultural: fundamentos e sensibilizações da comunidade de Nova Palma (CPG e Museu Histórico). Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural. UFSM, 2010. Disponível em< http://repositorio.ufsm.br/handle/1/10959>.

TEDESCO, João Carlos. Nas cercanias da memória: temporalidade, experiência e narração. Passo Fundo: UFP: Caxias do Sul: EDUCS, 2004.


[6] O Projeto Estratégico do Geoparque Quarta Colônia é uma iniciativa do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (Condesus) e Pró Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e  em virtude da singularidade geológica(pré-requisito para o processo em busca do selo da UNESCO); e, principalmente  o interesse da comunidade acadêmica da UFSM, que busca contribuir com a população local, para isso, tal estratégia possibilita novas alternativas de desenvolvimento local, sustentável,  de forma articulada ao poder público local, entidades e  sociedade civil organizada. Deste modo, a região da Quarta Colônia combina suas paisagens naturais com a raridade dos seus fósseis encontrados, que testemunham, as mudanças ambientais nos últimos 250 milhões de anos, e, a cultura preservada dos seus imigrantes deixando assim, um legado as próximas gerações (Bisognin, p.22,  2022 Apud UFSM, 2022).

[7] Jornada Interdisciplinar de Formação de Professores em Educação Patrimonial, Disponível em https://www.geoparquequartacolonia.com.br/educacao/jornada-de-formacao.

[8] Saiba Mais – Geoparques- Disponível em<  https://www.sgb.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Gestao-Territorial/Saiba-Mais—Geoparques-5415.html>

[9] Saiba Mais – Geoparques- Disponível em<  https://www.sgb.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Gestao-Territorial/Saiba-Mais—Geoparques-5415.html>

[10] Saiba Mais – Geoparques- Disponível em<  https://www.sgb.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Gestao-Territorial/Saiba-Mais—Geoparques-5415.html>

[11] Quarta Colônia UNESCO Global Geopark, Acesso em 13 de março de 2024, Disponível em<http://www.globalgeopark.org/GeoparkMap/geoparks/Brazil/14421.htm>.

[12] CAPPA/UFSM— “Este centro destina-se à atividade acadêmico/científica e à divulgação da paleontologia em nível regional, estadual, nacional e internacional. Para a realização desses propósitos, o CAPPA/UFSM disponibiliza condições físicas e técnicas necessárias para o apoio ao ensino, pesquisa e extensão, exercidos de forma integrada, e conta com espaço destinado à guarda e conservação de acervo científico. Desta forma, a infraestrutura presente no CAPPA/UFSM está disponível para qualquer instituição, pública ou privada, que deseje realizar pesquisa ou extensão nesta região. Cabe-se a ressaltar que as instituições interessadas devem conveniar-se ao CAPPA/UFSM”.(Fonte: < https://www.ufsm.br/unidades-universitarias/ccne/cappa/sobre>).


[1] Graduação em Pedagogia – UFSM (2009/2012); Pós-Graduação em Mídias na Educação- UFSM (2013/2014); Graduação em Educação Especial-UFSM (2015-2017); Pós- graduação Gestão Educacional – UFSM (2018/2019); Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional – São Luís (2018/2019); Mestra em Patrimônio Cultural – UFSM (2022); Doutoranda  em História-UFSM(2023); Professora da Rede Municipal de Ensino de São João do Polêsine-RS. Contato: roselaine.bisognin@acad.ufsm.br,  Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/1475557652012013.

[2] Graduação em Tecnologia em Gestão de Turismo pela Universidade Federal de Santa Maria (2018). Mestra em Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM (2021). Doutoranda em História pela Universidade Federal de Santa Maria(2023).Possui graduação em Tecnologia em Gestão de Turismo -UFSM, Mestra em Patrimônio Cultural-UFSM, Doutoranda em História-UFSM.  Atualmente trabalha no setor hoteleiro. Contato: shirley.souza@acad.ufsm.br; Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/355843703825893.

[3] Graduação em Pedagogia – UFSM (2008-2011); Graduação em Educação do Campo – UFPEL (2011-2014); Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional – UNINTER (2012-2014); Pós-graduação em Gestão Educacional – UFSM (2014-2016); Mestrado em Educação – UFSM (2014-2016); Doutoranda em Educação – UFSM; Professora da Rede Municipal de Ensino de São João do Polêsine/RS e da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul. Contato: marianebolzan06@gmail.com; Currículo Lattes:  https://lattes.cnpq.br/6707355933109381.

[4] Graduada em História pela Universidade Franciscana – Unifra. Especialista em História da América Latina Conesul pela UFN (Universidade Franciscana). Especialista em Ensino Religioso pela Faculdade Dom Alberto. Especialista em Gestão Escolar (Administração, inspeção, orientação e supervisão) pela Faculdade Dom Alberto (EAD). Especialista em Gênero e Sexualidade Faculdade Dom Alberto. Atualmente é docente do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, no Ensino Fundamental, anos finais e Ensino Médio, na área de Ciências Humanas. Mestra em Patrimônio Cultural – UFSM. Contato: elofettermann@gmail.com; Currículo: https://lattes.cnpq.br/3344545873565253 .

[5] Graduanda em História – Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera; Contato: denisedenioliveira2018@gmail.com .