REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202411101933
Alice Rayane Ferreira da Silva1; Thaynar Cavalcante Batista1; Anna Clara Lopes Bonfim Amorim1; Maria Júlia Lima Amorim1; Maria Clara Soares Monte1; Antonio Moreira Mendes Filho2.
INTRODUÇÃO: O câncer gástrico, o segundo tumor mais frequente globalmente, é uma importante causa de mortalidade por neoplasia devido ao diagnóstico tardio e tratamento complexo. Embora a gastrectomia laparoscópica seja uma alternativa menos invasiva ao tratamento para tumores gástricos localmente avançados, sua segurança e viabilidade técnica em comparação com a técnica aberta ainda não foram completamente elucidadas. OBJETIVOS: Comparar a eficácia e segurança da gastrectomia distal laparoscópica (GDL) e aberta (GDA) da porção inferior do estômago com dissecção de linfonodo D2 para câncer gástrico localmente avançado, analisando complicações perioperatórias e qualidade de vida pós-operatória para determinar a técnica mais adequada. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma busca na literatura preexistente para comparar GDL e GDA. A pesquisa foi conduzida nas bases de dados PubMed, Cochrane Library e LILACS. Ensaios clínicos randomizados publicados entre 2010 e 2024 foram selecionados com base em critérios de elegibilidade previamente estabelecidos. RESULTADOS: A análise identificou 6.451 pacientes em 9 artigos selecionados. Os dados dos ensaios clínicos randomizados demonstram que a GDL oferece várias vantagens sobre a GDA, como menor perda sanguínea intraoperatória, menor duração da hospitalização e menor incidência de complicações pós-operatórias. Embora a taxa de complicações graves seja semelhante entre os grupos, a GDL mostrou menor incidência de complicações tardias, como obstrução intestinal. No entanto, estudos realizados em populações ocidentais sugerem que a GDA ainda é preferida para casos avançados de câncer gástrico, especialmente em pacientes com maior índice de massa corporal, devido à maior complexidade cirúrgica. CONCLUSÃO: A GDL mostra vantagens sobre a GDA em termos de recuperação e complicações por ser uma cirurgia minimamente invasiva. No entanto, a GDA ainda é preferida em casos avançados e para pacientes com maior índice de massa corporal devido à sua complexidade. A escolha do método deve considerar particularidades do paciente e a expertise do profissional.
Palavras-chave: Neoplasias Gástricas, Oncologia Cirúrgica, Gastroenterologia.
REFERÊNCIAS:
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SILVA, B. A. M. et al. Eficácia e Segurança da Gastrectomia no Tratamento do Câncer de Estômago Uma Revisão Sistemática. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences , [S. l.], v. 6, n. 4, p. 1069–1078, 2024. DOI: 10.36557/2674-8169.2024v6n4p1069-1078.
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1Discente da Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí
2Docente da Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí