FORMS OF PREVENTION AND CARE OF THE NURSE FOR PATIENTS WITH BREAST CANCER
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8017019
Rafayanne Sousa Santos 1
Resumo: O enfrentamento do câncer de mama variam conforme a classificação da doença, ao passo de que o tratamento dessa patologia gera alguns desgastes, tanto físicos quanto psicológicos e emocionais, assim, este pode gerar fadiga, problemas dentários, de visão, problemas ósseos, problemas cardíacos, estresse, irritabilidade, dentre vários outros e ressalta que assim como os pacientes oncológicos, normalmente os familiares e pessoas próximas também podem ser afetadas frente a complexidade e desafios cotidianos impostos pela doença. Diante disso, essa pesquisa se estruturou por meio, da seguinte problemática: Quais as formas de prevenção e cuidados do enfermeiro para com pacientes com câncer de mama? O objetivo geral deste estudo é analisar a importância das formas de prevenção e cuidados do enfermeiro para com pacientes com câncer de mama.
Palavras-Chave: Câncer de mama. Enfermeiro. Prevenção
Abstract: Coping with breast cancer varies according to the classification of the disease, while the treatment of this pathology generates some wear and tear, both physical and psychological and emotional, thus, this can lead to fatigue, dental problems, vision problems, bone problems, heart problems, stress, irritability, among many others and points out that just like cancer patients, usually family members and close people can also be affected by the complexity and daily challenges imposed by the disease. In view of this, this research was structured through the following problem: What are the forms of prevention and nursing care for patients with breast cancer? The general objective of this study is to analyze the importance of forms of prevention and nursing care for patients with breast cancer. This research is qualitative and bibliographical, after its completion it can be seen that
Keywords: Breast cancer. Nurse. Prevention
- INTRODUÇÃO
O câncer é uma doença crônica e progressiva que traz muita dor e sofrimento tanto para o paciente quanto para os seus familiares, sendo considerado a segunda causa de mortes no Brasil, se tornando um problema de saúde pública mundial. Apesar disso, o câncer de mama é considerado um câncer de bom prognóstico caso seja diagnosticado e tratado no seu estágio inicial (CARVALHO et al, 2013).
A atenção primária possui a responsabilidade de buscar, permanentemente, a melhoria do acesso e da qualidade do atendimento à população, tendo grande potencial de resolver parte significativa das queixas apresentadas pela demanda .Além disso, a Política Nacional de Atenção Oncológica, determina que as intervenções para o controle de câncer contemplem todos os níveis de atenção e que a assistência seja prestada por uma equipe multidisciplinar, na qual o enfermeiro é membro integrante (CARVALHO et al, 2013).
As ações previstas pelas políticas públicas de saúde para o controle do câncer de mama na atenção primária, o enfermeiro tem papel essencial. Devido à alta frequência do câncer de mama nas mulheres do Brasil e do mundo, a realização de estudos sobre essa temática é fundamental. Diante disso, essa pesquisa se justifica pela necessidade de discorrer sobre a ampliação do conhecimento sobre as contribuições da equipe de enfermagem no diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Esses profissionais, ao prestar assistência à mulher mastectomizada, além de possuírem conhecimento cientifico sobre a intervenção cirúrgica, devem possuir olhar humanizado para que seja possível acolher essas mulheres. Diante disso, essa pesquisa se estruturou por meio, da seguinte problemática: Quais as formas de prevenção e cuidados do enfermeiro para com pacientes com câncer de mama?
O objetivo geral deste estudo é analisar a importância das formas de prevenção e cuidados do enfermeiro para com pacientes com câncer de mama. Os objetivos específicos se pautaram em: conceituar câncer de mama e as suas implicações; falar das formas de detecção e prevenção do câncer de mama e tratamentos descrever o papel da enfermagem no acompanhamento a mulher com câncer de mama e entender quais são as principais formas de prevenção do câncer de mama.
Essa pesquisa é qualitativa e bibliográfica para a sua realização foi feita uma busca de dados virtuais como no Scientific Electronic Library Online (Scielo). Foram utilizados os descritores como: Câncer de mama. Saúde. Mulher. Enfermagem. Selecionou-se artigos com 11 anos de publicação e que corresponderem a essa temática. em contra partida, foram excluídos textos com mais de 11 anos.
- DESENVOLVIMENTO
2.1 CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama é um dos tipos de câncer que mais acomete mulheres pelo mundo todo e destaca o índice elevado de mortes de mulheres jovens devido ao diagnóstico tardio da doença. Neste sentido, a autora traz ainda o entendimento de que:
O câncer de mama, possivelmente, é a neoplasia mais temida pelas mulheres, uma vez que a sua ocorrência causa grande impacto psicológico, funcional e social, atuando negativamente nas questões relacionadas à autoimagem e à percepção da sexualidade. Estudos demonstram que existem diversos fatores de risco relacionados a essa neoplasia, entre os quais: idade, duração da atividade ovariana, hereditariedade, hábitos de vida (tipo de alimentação, consumo de bebida alcoólica e de tabaco), medicamentos (anticoncepcionais, repositores hormonais), localização geográfica, entre outros. Alterações genéticas também estão relacionados (SILVA, 2011, p.8).
Diante da citação acima, é possível notar que o câncer de mama se trata de uma neoplasia muito temida pelas mulheres, uma vez que a doença traz consigo grandes impactos e consequências que atingem não somente o físico, mas aspectos psicológicos, ligados a autoestima, sexualidade, dentre outros. Neste sentido, há a percepção de que em nosso país, observa-se “aumento tanto da incidência como da morbidade e mortalidade, uma vez que ainda existem inúmeras barreiras que perduram desde o acesso às ações de detecção precoce até às dificuldades de utilização dos recursos diagnósticos e dos tratamentos indicados” (TONANI; CARVALHO,2018, p.9).
O câncer de mama é entendido como um sério problema de saúde pública em todo o mundo, assim, destaca que ainda na atualidade o câncer de mama continua se apresentando como a principal causa de mortalidade por câncer entre as mulheres brasileiras (MARINHO et al, 2017).
O câncer de mama é uma consequência de mutação genética ou um conjunto de mutações que acontecem em uma célula no tecido mamário, essas mutações genéticas fazem com que uma célula venha a adquirir algumas particularidade e capacidades que são anormais. Assim, quando elas têm essa mutação possuem uma capacidade de dividir na forma desordenada e com isso, é formado um aglomerado de células malignas (SILVA, 2011).
Além disso, as particularidades das células malignas do câncer de mama ou de outro tipo de câncer é que elas têm a capacidade de –se desprender desse conjunto e entrar em dois sistemas de disseminação pelo corpo, um chamado sistema vascular linfático, eles são a parte de defesa do organismo contra infeções e contra tumores. Essa célula pode cair também no sangue, que chamado de uma disseminação vascular venosa entrando na circulação venosa, pelo corpo podendo parar em outro órgão do corpo (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2010).
O câncer de mama é um conjunto de células malignas com consequência de uma mutação genética que nasce na mama e que adquire a capacidade de disseminar seja no local da própria mama ou através do desprendimento de uma célula que vai entrar na corrente sanguínea ou na corrente linfática nos vasos linfáticos. Isso ocorre, inicialmente através das axilas e vai para outros vasos linfáticos e isto, vale esse tanto para a doença precoce que ainda está localizada quanto para a disseminada que já se instaurou pelo corpo (OPAS,2021).
Dessa forma, acredita-se que existam fatores individuas para o risco de câncer de mama, são os fatores individuais como um ganho de peso ou obesidade ou após a menopausa que fará com que a produção de hormônios aumente, ou até mesmo, o sedentarismo alimentação rica em gorduras e carboidratos podem levar a um aumento do risco do câncer de mama (MARINHO et al, 2017).
Neste sentido, de acordo com Silva (2011, p. 17) “um dos fatores que contribui para a alta mortalidade desta doença no país é o avançado estadiamento da doença no momento em que as mulheres são submetidas ao primeiro tratamento”. Então, há a percepção de que essas condições não são positivas para a sociedade e traz impactos tanto na esfera individual, quanto social e política, se tornando um problema de Saúde pública que necessita de mais respaldo. Vale destacar também que:
As neoplasias de mama acometem principalmente mulheres na perimenopausa. Entretanto, as que se encontram em plena atividade reprodutiva também podem ser acometidas. A maior vulnerabilidade de mulheres jovens ao diagnóstico avançado pode ser justificada pela falta de ações de rastreamento e dificuldade de leitura e interpretação dos resultados mamográficos devido à alta densidade mamária. Outro fator que pode colaborar é a falsa percepção, por muitos profissionais de saúde, de que mulheres jovens não possuem risco de desenvolver câncer, desvalorizando sinais e sintomas iniciais da doença (SILVA, 2011, p. 02).
Como se constata, normalmente o câncer de mama é mais comum em mulheres mais velhas, o que não quer dizer que não venha a se desenvolver também nas naquelas mais jovens. Cabe destacar ainda que “o diagnóstico de câncer de mama em mulheres jovens traz grandes desafios, pois essas geralmente encontramse na sua fase reprodutiva, constituindo família e iniciando sua carreira profissional” (MARINHO et al, 2017).
Neste sentido, o tratamento neste período da vida da mulher pode gerar efeitos negativos quanto a estética, fertilidade, implicações psicológicas, dentre outras, daí a importância da constante prevenção
A necessidade de efetivação de ações por parte das políticas públicas e profissionais da saúde no sentido de proporcionar assistência de qualidade com foco “na prevenção, diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama, a maior adesão de mulheres a prevenção do câncer de mama e a diminuição do número de mortes de mulher por este câncer” ( LOPES, 2014, p. 08).
As ações previstas pelas políticas públicas de saúde para o controle do câncer de mama na atenção primária, o enfermeiro tem papel essencial. Devido à alta frequência do câncer de mama nas mulheres do Brasil e do mundo, a realização de estudos sobre essa temática é fundamental (LIMA, 2012).
2.2 FORMAS DE DETECÇÃO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama se encontra por meio, da realização de manifestações clínicas, de modo que em 90% das vezes, ele se apresenta como sendo um nódulo palpável na mama. No entanto, existem também outros quatro sintomas os quais também podem vir a indicar a presença da doença sendo eles, a retrações de pele e do mamilo os quais, deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou “sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço. Outros sinais possíveis são a inversão do mamilo, inchaço da mama e dor” (INCA, 2020).
Figura 1: Cinco sinais de alerta Fonte: Inca, 2020.
Todos os sinais que foram listados acima necessitam de serem investigados por uma equipe médica qualificada, não apenas por meio da avaliação em consultório, mas também através de exames específicos para que se possa diagnosticar ou até mesmo, vir a descartar o câncer. No entanto, uma importante etapa a qual antecede esse momento da consulta é justamente o conhecimento e até mesmo, a percepção de sinais e de sintomas. Essa consiste em uma estratégia crucial, para que se possa reconhecer quando possui algo que não está bem. Independentemente da idade, acredita-se que mulheres e homens necessitam de serem estimulados a conhecerem o próprio corpo, pois a maior parte dos cânceres é descoberta indubitavelmente pelos próprios pacientes de forma casual (BARROS et al., 2018).
A técnica para que ocorra a realização do autoexame das mamas se espelha naquela do exame clínico, que é realizado por médicos, de modo que as pacientes necessitam aprender a examinar as suas mamas de forma constante. A palpação, por exemplo, é realizada usando os dedos da mão esquerda (INCA, 2020).
Um dos primeiros exames o qual, é usado para que ocorra a detecção do câncer de mama, além do exame físico, é também o de sangue. Nele, podem ser notadas a presença de proteínas do câncer e no decorrer do tratamento, o ginecologista acompanha o desenvolvimento dos tumores, bem como o tamanho e a localização(INCA, 2019).
No que se refere à Biópsia/Punção Guiada que é realizada através de ultrassom este exame é realizado na clínica, usando uma agulha fina com uma anestesia local. O seu objetivo é o de aspirar partículas do material que possui a suspeita de ser um câncer, para que posteriormente este possa ser enviado para um laboratório para que ocorra análise. Tem anestesia local e, não apresenta dor para as pacientes (JARDINES et al., 2018).
É importante destacar que a biópsia de mama é realizada apenas na mama em que foi encontrada algumas alterações nos exames anteriores, pois, visto que com o exame de biópsia de mama o ginecologista pode vir a declarar com precisão a existência ou não de um possível câncer de mama(BRITO et al, 2019).
Além disso, acrescenta-se que o resultado da biópsia de mama é enviado para o Centro Médico Brasil em 20 dias úteis para que o ginecologista interprete e ainda possa dar o diagnóstico a paciente. Desse modo, quando no exame pode vir a constar células cancerígenas isto quer dizer que a paciente possui um câncer (JARDINES et al., 2018).
Em relação ao exame da mamografia, é feito por meio, de um exame de imagem na mama, em que o médico recorre a radiação ionizante que permite avaliar as mamas, e detectar nódulos ou agrupamento de microcalcificações. Esses exames sempre são feitos por um Técnico de Radiologia, estes possuem a duração muito longa em média de 10 a 15 minutos de duração. Após o termino do exame é avaliada e relatada para um Médico Radiologista, sendo esta avaliação (conhecida como relatório) que permite conhecer os resultados do exame (INCA, 2020).
A informação acerca do câncer de mama, idade para realização do exame de mamografia, formas de detecção do câncer e fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como elementos da educação em saúde podem influenciar favoravelmente na adesão, determinando elevação no diagnóstico precoce. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama relacionam-se com idade avançada, características reprodutivas, história familiar e pessoal, hábitos de vida e influências ambientais (PRADO, GUERA,2018).
Na mamografia bilateral, por sua vez, normalmente é feita nas duas incidências de cada mama, geralmente a mamografia é realizada com maior frequência em mulheres. A ultrassonografia abdominal superior pode vir a auxiliar no diagnóstico de câncer de mama. Assim, por não utilizar radiação ionizante, ela costuma ser um complemento crucial para a mamografia, pois a mamografia por si só não identifica nódulos pequenos em mamas grandes e até mesmo, densas (SANTOS, 2020).
Além da Ultrassonografia abdominal superior, existe também a Ressonância magnética da mama. De acordo com o médico radiologista Dr. Sousa (2020), o exame de ressonância magnética (RM) serve para ajudar o médico no diagnóstico de várias doenças, bem como para avaliar a resposta ao tratamento e diferentemente da tomografia computadorizada (TC) e da radiografia (RX), não se utiliza da radiação ionizante (BARROS et al., 2018).
Durante o procedimento de Ressonância magnética da mama, normalmente as mulheres ficam deitada de barriga para baixo, com os seus seios encaixados diretamente em uma plataforma especial, para que não os pressione, pois pode interferir no resultado dos exames (JARDINES et al., 2018).
Deste modo, salienta que a RM funciona com um campo magnético intenso e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas de diferentes órgãos e sistemas do corpo humano. Na RM com contraste se avalia o comportamento vascular das estruturas em estudo, complementando a avaliação inicial sem contraste e pontua que o gadolínio se trata de uma substância administrada por via endovenosa que amplia a intensidade de sinal das estruturas com fluxo sanguíneo aumentado, como por exemplo, no contexto de tumores ou inflamações. No entanto, destaca que o uso do gadolínio é contraindicado em doentes com insuficiência renal grave e em episódio prévio de reação anafilática a gadolínio e no caso de grávidas, o risco geralmente é discutido pelo médico radiologista e o médico assiste (INCA, 2019).
Ademais, a mulher deve ficar calma para que se possa evitar se mexer muito durante a ressonância magnética, e para isto não venha a interferir no resultado final (PRADO, GUERA,2018).
2.3 TRATAMENTOS VOLTADOS PARA O CÂNCER DE MAMA
A quimioterapia consiste em uma modalidade de tratamento cujo a sua intenção é a de matar as células tumorais as quais, não foram retiradas na cirurgia. Entretanto, nem sempre que é possível definir se todos os pacientes como um todo poderão a ter benefícios ao fazer a quimioterapia. Levando isto em consideração, salienta-se que o teste genômico Endopredict associa a expressão de 12 genes do tumor com os dados clínicos dos pacientes. Logo, com esse procedimento se verifica o risco de metástase “(formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra) e se o paciente terá benefícios realizando a quimioterapia” (JARDINES, et al, 2018).
Figura 2: Tratamento contra o câncer de mama
A radioterapia, é um recurso terapêutico em que ocorre essencialmente a destruição das células tumorais por meio, de um feixe de radiação ionizante, podendo ter fim curativo, bem como remissivo ou profilático, paliativo e ablativo, ela é utilizada no tratamento dos diferentes tipos de câncer, como por exemplo, o câncer de mama (INCA, 2019).
No que se refere a mastectomia poupadora de pele é realizada a partir de uma incisão no limite que é externo da aréola. Esse tipo de abordagem, por sua vez, possibilita que se tenha o acesso aos linfonodos axilares e até mesmo, a reconstrução do seio na mesma intervenção de cunho cirúrgico, ofertando uma maior qualidade estética. a mastectomia consiste na completa remoção do máximo possível de todo tecido mamário. Essa cirurgia é útil na doença já diagnosticada e para profilaxia dos pacientes de alto risco. Os tipos de mastectomia que são mais comuns de dividem em :radical, radical modificada, bem como poupadora de pele, a poupadora de pele e por último, o complexo mamilo areolar (BRASIL, 2020).
No que se a Hormonioterapia no câncer de mama, ela é um tratamento que bloqueia diretamente a produção, ou interfere até mesmo no local onde o estrogênio ou até mesmo, a progesterona age, retardando ou inclusive, interrompendo o crescimento do tumor localizado na mama (SANTOS, 2020).
A hormonioterapia é usada de forma frequente após a cirurgia (terapia adjuvante) para que se possa a ajudar a reduzir os riscos da recidiva dessa doença. Desse modo, salienta-se que as vezes, ela é iniciada inclusive, antes da cirurgia é administrada de entre 5 a 10 anos (LISBOA, 2012).
3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO COM OS PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA
O paciente diagnosticado com câncer pode trazer consigo diversas inquietações no que diz respeito ao enfrentamento dessa enfermidade. Medo, ansiedade e até mesmo atitudes que podem ameaçar a integridade física da pessoa fazem com que a intervenção do enfermeiro seja essencial. Para tanto, o planejamento e a atuação do profissional da enfermagem e sua equipe devem se basear em conhecimentos teóricos, práticos e científicos que permitam ao paciente receber o maior apoio possível durante seu tratamento (SOUSA, 2020).
A paciente com câncer de mama precisa de cuidados especiais não somente na clínica, mas, principalmente no que se refere ao apoio emocional. É essencial que o doente tenha um cuidado holístico no decorrer do tratamento médico oncológico. A assistência ao paciente oncológico das provas de sua complexidade, pois, é imperioso levar em conta os aspectos físicos, psicológicos, sociais, econômicos, culturais e ainda espirituais, além dos preconceitos e dos tabus relativos ao câncer (SANTOS, 2020).
O enfermeiro é o profissional mais preparado para lidar com as situações demandadas nas unidades de tratamento hospitalar que pode durar meses ou até mais tempo e podem ajudar na orientação não somente dos pacientes, mas de todos envolvidos no processo (BRITO et, al 2019).
Ao ser diagnosticada com câncer de mama a pessoa pode ter diversas reações emocionais, sentimento de inquietação e de fragilidade, no paciente e em seus familiares podem ser observados, uma vez que todos que convivem com a doença do paciente precisam lidar com as transformações na rotina pessoal e no trabalho causadas pelo adoecimento e tratamento. Dessa forma é crucial que o enfermeiro ofereça apoio, cuidado carinho para com estas (LISBOA, 2012).
Desse modo, se percebe que os cuidados com as pacientes diagnosticadas com câncer de mama transcendem os cuidados hospitalares, haja vista de que estes precisam ser realizados de forma humanizada. Quando o autoexame é utilizado para o rastreamento do câncer de mama, algumas limitações são relatadas por muitas mulheres, como a dificuldade do aprendizado para a realização do autoexame, que sem dúvida, requer orientação e treinamento. Entretanto, estudos demonstraram que a realização rotineira do autoexame das mamas causa mais dano do que benefício à essas mulheres (GODINHO; KOCH, 2015).
Diante disso, é possível entender a relevância da importância da atuação do profissional de enfermagem na orientação a essas mulheres. A maioria das mulheres trazem consigo muitas crenças sobre o câncer, bem como o tratamento quimioterápico e até mesmo, os cuidados que devem serem realizados. Assim, é crucial respeitar a cultura de cada vítima “e ao mesmo tempo realizar orientações adequadas sobre a patologia, os tratamentos, os efeitos colaterais, alimentação e as condutas em emergências adequada” (CAVALCANTE, et al. 2017, p.7).
Diante do exposto, é fundamental capacitar os enfermeiros e trabalhar com uma equipe multiprofissional, de forma a enfrentar os desafios diante do diagnóstico e tratamento do câncer de mama, humanizando e melhorando o atendimento à mulher (BRASIL, 2020).
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo dessa pesquisa, pode-se constatar que o papel do enfermeiro se pauta em oferecer assistência ao paciente no decorrer de todas as fases dos seus tratamentos. Este profissional atua de forma direta desde o diagnóstico dessa doença, até a quimioterapia, radioterapia ou inclusive, na cirurgia de mulheres que possuem CM.
Dessa forma, percebeu-se ainda que o câncer é uma patologia o qual acomete a tecidos e órgãos devido ao crescimento desordenado de células, mesmo sabendo que, a predisposição hereditária não consiste em um único fator responsável por essa doença.
Assim, o enfermeiro precisa de enfatizar ainda a prevenção de complicações, que são detectando de forma precoce para com os efeitos colaterais de modo a adotar condutas para o seu próprio controle. O mesmo deve prestar um cuidado diferenciado, especializado que possa incorporar aspectos que envolvam também a família do paciente. Além disso, também faz parte das atribuições do enfermeiro que atua no cuidado de pacientes com CM, a realização de atividades administrativas que ocorram para verificação de liberações e agendamento dos possíveis procedimentos de tratamento.
Diante do objetivo central dessa pesquisa que foi analisar a importância das formas de prevenção e cuidados do enfermeiro para com pacientes com câncer de mama, constatou-se que ao ser diagnosticada com câncer de mama a pessoa pode ter diversas reações emocionais, sentimento de inquietação e de fragilidade, no paciente e em seus familiares podem ser observados, uma vez que todos que convivem com a doença do paciente precisam lidar com as transformações na rotina pessoal e no trabalho causadas pelo adoecimento e tratamento. Dessa forma é crucial que o enfermeiro ofereça apoio, cuidado carinho para com estas.
REFERÊNCIAS
BARROS, A. C. S. D; BARBOSA, E. M.; GEBRIM, L. H.; ANELLI, A.; FIQUEIRA FILHO, A.; DEL GIGLIO, A. Diagnóstico e tratamento do câncer de mama.Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. 1-13, 2016.
BRITO, N. M. B.; SAMPAIO, P.C.M.; CASTRO, A. A. H.; OLIVEIRA, M. R. Características clínicas de mulheres com carcinoma ductal invasivos submedidas à quimioterapia neoadjuvante. Rev Para Med. 21(4):1-10, 2019
CARVALHO, Patrícia Luciene de; et al. Qualidade de vida de mulheres em tratamento de câncer de mama. J Health Sci Inst. São Paulo, v. 31, n. 2, p. 187 – 192, 2013. 2022.
GODINHO, E. R.; KOCH, H. A. Rastreamento do CA de mana: aspectos relacionados ao médico. Radiol Bras. 37(2):91-9, 2015.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA.
Estimativa 2020: incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019a.
Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//… Acesso em: 12 fev.2023.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. A situação do câncer de mama no Brasil: síntese de dados dos sistemas de informação. / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2019
JARDINES, L. et al. Breast cancer overview: risk factors, screening, genetic testing and prevention. Avaiable at: https://www.cancernetwork.com/cancermanagement/breast-cancer-overview-risk-factors -screening-genetic-testing-andprevention. São Paulo, 2018.
LIMA, Roberta de. A representação social das mulheres sobre o seu câncer de mama: implicações para o cuidado de enfermagem. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro/Escola de Enfermagem Anna Nery, Rio de janeiro, 2012.
LISBOA, L. F. Tendências da incidência e da mortalidade do CA de mama no município de São Paulo. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo. 2012.
LOPES, Liana Mayra Melo de Andrade. Saúde da Mulher: prevenção e cuidados do câncer de mama. Florianópolis (SC) 2014.
OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. Câncer. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/cancer, acesso em out. /2021.
OLIVEIRA, Rafaela Silva; OLIVEIRA, Verônica Márcia Gomes de. Autoexame das mamas: o olhar das usuárias do SUS. 2010. Monografia (Graduação em
Fisioterapia) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2010
MARINHO, E.D.C.; CUSTODIO, I.D.D.; FERREIRA, I.B.; CRISPIM, C.A.; PAIVA, C.E.; MAIA, Y.C.P. Impact of chemotherapy on perceptions related to food intake in women with breast cancer: A prospective study. In: PloS one.
2017;12(11):e0187573.77.
PRADO, G. L. M.; GUERRA, M. T. P. M. Valor preditivo positivo das categorias 3, 4 e 5 do Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®). Radiologia Brasileira, v. 43, n. 3, p. 171-174, mai/jun. 2018.
MENDES, K. D. S. ; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem integrative literature. Texto & Contexto Enferm, Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 758-764, out/dez, 2010.
SANTOS, G. R. Expressão de receptores hormonais, HER-2 e Ki-67 em doença de Paget de mama. Tese de doutorado. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2018.
SOUSA, Dr. Pedro, médico radiologista (NOM 42887). Ressonância Magnética (RM). Postado em novembro de 2020
SILVA, Alene Bezerra Araújo. Conhecimento e Acesso aos Exames para Detecção
Precoce do Câncer de Mama: o Caso das Mulheres Residentes no Distrito Sanitário III, Recife, PE. 2011. Monografia (Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) – Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2011.
TONANI, Marcela; CARVALHO, Emilia Campos de. Risco de câncer e comportamentos preventivos: a persuasão como estratégia de intervenção. Revista Latino Americana de Enfermagem. v. 16, n. 5, 2018.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ao meu pai celestial por me guiar e cuidar tão bem de mim nos momentos em que sentia que eu não iria conseguir!
Estendo ainda os meus agradecimentos a minha família por todo amor e carinho para comigo! Amo vocês!
Estendo ainda os meus agradecimentos a todos os professores que tive ao longo da minha vida!
1 Acadêmica do curso de Enfermagem da Unibras-Faculdade de Rio Verde. Email: rafayannesousasantos2016@gmail.com