FISIOTERAPIA PALIATIVA: ANÁLISE DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA INTEGRATIVA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202410061918


Andreia Marques de Paiva,
Ivanise Mattos Guedes,
Janaina Gusmão da Silva,
Leila Lopes Viana,
Marly Sousa Santos,
Nelci Teresinha Acosta Alderete


RESUMO

Com a chegada do cristianismo, houve uma transformação no cuidado aos pacientes, possibilitando a criação de abrigos e hospitais para oferecer assistência. Esse movimento permitiu a acolhida de pessoas em condições de vulnerabilidade, antes ignoradas pelo sistema de saúde da época (RODRIGUES, 2018). Ao incorporar a fisioterapia em uma visão multidisciplinar ou ampla da associação da vida, qualidade de vida e a assistência paliativa, é possível ampliar o acesso a opções de tratamentos terapêuticos conservadores, integrativos e multidisciplinares, menos tenso, agressivo, estressante e doloroso aos envolvidos, aceitando como realmente é o ciclo natural da vida, onde nascemos, cuidamos um do outro e de nós mesmo, e depois morremos. Este artigo realiza uma revisão integrativa sobre o papel da fisioterapia no contexto dos cuidados paliativos com foco na assistência multidisciplinar e humanizada. A partir de uma análise de estudos publicados entre 2004 e 2023, e coletas de dados, realizados através de pesquisa entre pacientes e familiares no ano de 2024, exploram-se os benefícios da fisioterapia no alívio da dor, na melhora da qualidade de vida e no suporte emocional para pacientes com doenças crônicas e terminais.

Palavras-chave: fisioterapia paliativa; cuidados paliativos; qualidade de vida; revisão integrativa.

ABSTRACT

With the arrival of Christianity, there was a transformation in patient care, enabling the creation of shelters and hospitals to offer assistance. This movement allowed the reception of people in vulnerable conditions, previously ignored by the health system at the time (RODRIGUES, 2018). By incorporating physiotherapy into a multidisciplinary or broad view of the association of life, quality of life and palliative care, it is possible to expand access to conservative, integrative and multidisciplinary therapeutic treatment options, less tense, aggressive, stressful and painful for those involved, accepting what the natural cycle of life really is like, where we are born, take care of each other and ourselves, and then die. This article carries out an integrative review on the role of physiotherapy in the context of palliative care with a focus on multidisciplinary and humanized assistance. Based on an analysis of studies published between 2004 and 2023, and data collection, carried out through research among patients and family members in the year 2024, the benefits of physiotherapy in relieving pain, improving quality of life and no emotional support for patients with chronic and terminal illnesses.

Keywords: palliative physiotherapy; palliative care; quality of life; integrative review.

RESUMEN

Con la llegada del cristianismo se produjo una transformación en la atención al paciente, permitiendo la creación de albergues y hospitales para ofrecer asistencia. Este movimiento permitió la acogida de personas en condiciones de vulnerabilidad, anteriormente ignoradas por el sistema de salud de la época (RODRIGUES, 2018). Incorporando la fisioterapia a una visión multidisciplinaria o amplia de la asociación de vida, calidad de vida y cuidados paliativos, es posible ampliar el acceso a opciones de tratamiento terapéutico conservador, integrador y multidisciplinario, menos tensos, agresivos, estresantes y dolorosos para los involucrados. aceptar cómo es realmente el ciclo natural de la vida, donde nacemos, nos cuidamos unos a otros y a nosotros mismos, y luego morimos. Este artículo realiza una revisión integradora sobre el papel de la fisioterapia en el contexto de los cuidados paliativos con enfoque en. Asistencia multidisciplinaria y humanizada. A partir de un análisis de estudios publicados entre 2004 y 2023, y de la recopilación de datos, realizada a través de investigaciones entre pacientes y familiares en el año 2024, se determinaron los beneficios de la fisioterapia en el alivio del dolor, la mejora de la calidad de vida y el apoyo emocional de los pacientes con enfermedades crónicas. y enfermedades terminales.

Palabras clave: fisioterapia paliativa; cuidados paliativos; calidad de vida; revisión integradora.

INTRODUÇÃO

Antes do surgimento do cristianismo, a acolhida de pessoas com algum tipo de patologia era frequentemente vista como um risco. De acordo com Rodrigues (2018), até mesmo os médicos eram desencorajados de tratar pacientes à beira da morte, para não violar as leis naturais. Contudo, com a chegada do cristianismo, houve uma mudança significativa nessa visão, o que possibilitou a criação de abrigos, hospitais e outras formas de assistência aos doentes, promovendo um ambiente de acolhimento.

No contexto contemporâneo, a assistência à saúde evoluiu para incluir uma abordagem multidisciplinar no tratamento de pacientes com doenças crônicas e terminais, integrando a fisioterapia como uma prática essencial nos cuidados paliativos. Ao adotar essa visão holística, que relaciona vida, qualidade de vida e cuidado humanizado, é possível ampliar o acesso a tratamentos que minimizam o estresse e a dor, respeitando o ciclo natural da vida. Esse cuidado, conforme apontado por estudos, tem sido aprimorado ao longo dos anos, mas ainda há desafios, como a falta de preparo de alguns profissionais e a sobrecarga emocional no atendimento paliativo.

A fisioterapia, nesse contexto, desempenha um papel crucial ao proporcionar não apenas alívio da dor e melhora da funcionalidade, mas também ao oferecer suporte emocional aos pacientes e seus familiares. A atuação desse profissional visa promover um tratamento mais humanizado e menos agressivo, focado na dignidade e autonomia do paciente, principalmente nos momentos mais críticos da doença. O presente estudo busca aprofundar a compreensão sobre a importância da fisioterapia nos cuidados paliativos, destacando seus benefícios para pacientes, cuidadores e o sistema de saúde como um todo, além de discutir a necessidade de uma formação mais robusta para os profissionais que atuam nessa área.

MÉTODO

As bases científicas utilizadas como referencial teórico-reflexivo deste estudo foram fundamentadas em uma revisão integrativa da literatura, abrangendo documentos nacionais e internacionais publicados entre 2004 e 2023. No total, foram selecionados seis artigos, em português e inglês, além de quatro livros, que servirão como embasamento para as reflexões acerca das abordagens contemporâneas em cuidados paliativos. As bases de dados utilizadas incluíram SciELO e PubMed, e os critérios de inclusão envolveram estudos focados no alívio da dor e no conforto dos pacientes em cuidados paliativos.

O estudo tem como objetivo avaliar os benefícios da aplicação da fisioterapia em cuidados paliativos para pacientes com doenças crônicas e terminais, assim como para seus cuidadores, tutores e familiares. Além disso, busca analisar o impacto positivo dessa abordagem no setor de saúde pública, por meio da preparação, orientação, reabilitação e controle dos quadros clínicos de pacientes específicos.

A fisioterapia paliativa tem se destacado por seus benefícios à saúde mental e física dos pacientes, especialmente na atenção quaternária, sem desconsiderar as atenções primária, secundária e terciária1. O enfoque vai além do tratamento da dor e do conforto, incluindo também a orientação, informação, preparação e prevenção para todos os envolvidos no processo de cuidado. Ao adotar uma perspectiva multidisciplinar que integra vida, qualidade de vida e assistência paliativa, a fisioterapia amplia o acesso a tratamentos terapêuticos convencionais, integrativos e multidisciplinares, oferecendo um cuidado menos agressivo e estressante. Essa abordagem respeita o ciclo natural da vida, em que cuidamos uns dos outros até o momento de desligamento da matéria física.

Um aspecto central desta revisão é o uso de uma abordagem racional durante momentos de dor, que muitas vezes resultam em altos custos para o sistema de saúde, tanto público quanto privado. Observou-se que as condições socioeconômicas dos envolvidos são semelhantes, e, em casos de necessidade, intervenções psicossociais ou econômicas são incorporadas ao tratamento para evitar sobrecargas na rede de apoio. Isso previne que o isolamento hospitalar ou domiciliar se torne improdutivo, contradizendo a ideia de que o “doente precisa permanecer isolado”.

Nos cuidados paliativos, especialmente nas atenções secundária, terciária e quaternária, o foco está no alívio da dor e no suporte emocional aos familiares e cuidadores, que enfrentam um delicado processo de desprendimento. A fisioterapia se mostra essencial nessa abordagem, promovendo o conforto e a dignidade dos pacientes.

A liberação de leitos hospitalares é uma preocupação constante nas unidades de saúde, especialmente em contextos de alta demanda, como nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e em clínicas médicas. A ausência de fisioterapia nesses ambientes pode agravar a condição dos pacientes, prolongando a hospitalização e gerando complicações adicionais. A fisioterapia desempenha um papel fundamental na prevenção de uma série de condições associadas ao imobilismo, como a sarcopenia , as úlceras e a síndrome do imobilismo .

A sarcopenia , caracterizada pela perda progressiva de massa muscular, é uma condição comum em pacientes acamados por longos períodos, especialmente em UTIs. Sem uma intervenção fisioterapêutica adequada, essa perda muscular é acelerada, resultando na diminuição da funcionalidade e aumentando a dependência do paciente (COSTA; DUARTE, 2019). Esse processo torna a recuperação mais lenta e a mobilização mais difícil, retardando a alta hospitalar e ocupando leitos por períodos mais prolongados.

Além disso, a falta de mobilização ativa e passiva , que é essencialmente promovida pela fisioterapia, aumenta o risco de úlceras de pressão (ou úlceras específicas). Essas lesões, que resultam de pressão prolongada sobre a pele e tecidos subjacentes, são complicações comuns em pacientes imobilizados, especialmente aqueles que já apresentam comprometimento circulatório e nutricional (ALCÂNTARA, 2021). A fisioterapia auxilia na prevenção dessas lesões por meio da mobilização precoce e da mudança de decúbito, promovendo a circulação e aliviando os pontos de pressão.

Outro problema relevante associado à falta de fisioterapia é a síndrome do imobilismo , um conjunto de complicações resultantes da imobilização prolongada, como atrofia muscular, rigidez articular, problemas de defesa e até as mesmas alterações psicológicas (OLIVEIRA, 2019). A fisioterapia atua prevenindo essas complicações por meio de exercícios terapêuticos, alongamentos e técnicas de mobilização que incentivam a retomada da independência funcional dos pacientes.

Portanto, a ausência de uma abordagem fisioterapêutica adequada em UTIs e clínicas médicas não apenas coloca o paciente em risco de desenvolver complicações graves, mas também prolonga a permanência hospitalar, atrasando a liberação de leitos e sobrecarregando o sistema de saúde (MOURA, 2008). A integração precoce e contínua da fisioterapia é crucial para melhorar os avanços clínicos e a melhoria do uso dos recursos hospitalares.

Este estudo de campo, de natureza prospectiva e exploratória, foi baseado na análise de 9 artigos científicos, sendo cinco excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão, como publicações anteriores a 2004 ou em idiomas diferentes do português ou inglês. A seleção dos artigos seguiu uma abordagem sistemática e criteriosa, conforme o entendimento dos membros do grupo de pesquisa.

O desenvolvimento do projeto ocorreu em três etapas principais. A primeira etapa consistiu na escolha do tema e na seleção do material a ser utilizado. Na segunda etapa, foi elaborado um questionário com o objetivo de compreender a percepção da população sobre as atenções primária, secundária, terciária e quaternária. Além disso, buscou-se investigar o preparo da rede de apoio e dos próprios pacientes em relação ao conhecimento, cuidado e aceitação dos cuidados paliativos. A terceira etapa envolveu a coleta de dados por meio de Google Forms, além de um levantamento da assistência ambulatorial e hospitalar. Nessa fase, também foi avaliado o conhecimento sobre a profissão do fisioterapeuta paliativo, com o intuito de traçar o perfil bio socioeconômico das famílias e seu entendimento acerca dos cuidados paliativos.

A partir dessa pesquisa, foi delineado o perfil dos usuários e da rede de apoio aos pacientes crônicos. A metodologia adotada integrou o saber científico e popular, possibilitando a disseminação do conhecimento acerca das atenções primária, secundária, terciária e quaternária no contexto dos cuidados paliativos. Para fundamentar as reflexões deste estudo, foram aplicados questionários a dez participantes, cujas respostas forneceram subsídios relevantes.

Optou-se por incluir na revisão apenas estudos que, após análise preliminar, se mostraram embasados em fundamentos, princípios e diretrizes que sustentam a prática de um cuidado humanizado. Esses estudos enfatizam a correta avaliação e tratamento da dor, assim como a abordagem de problemas físicos, psicossociais e espirituais, reforçando a importância de uma equipe multiprofissional, da qual o fisioterapeuta é membro essencial.

Foram excluídos da revisão trabalhos com abordagem superficial ou que não apresentavam bases científicas e legais adequadas, como entrevistas e pesquisas sem embasamento ou com informações incorretas, sem referências confiáveis ou baseadas em senso comum. Assim, garantimos a qualidade e a relevância das fontes selecionadas, mantendo o rigor metodológico necessário para a elaboração deste estudo.

RESULTADOS

Os resultados da análise dos estudos incluídos nesta revisão integrativa destacam aspectos importantes sobre a fisioterapia em cuidados paliativos e em outras áreas relacionadas à saúde. O estudo de Alcântara (2021) investigou a percepção de fisioterapeutas sobre os aspectos bioéticos nos cuidados paliativos, revelando a necessidade de capacitação dos profissionais em bioética. A pesquisa apontou que o entendimento e a aplicação de princípios éticos são essenciais para aprimorar a prática clínica em contextos tão complexos como os cuidados paliativos.

Costa e Duarte (2019) exploraram as intersecções entre a finitude da vida e a prática da fisioterapia, com foco na gestão da dor, prevenção de complicações e manutenção da funcionalidade, sempre respeitando a autonomia dos pacientes. Os autores ressaltam a necessidade de formação continuada para os fisioterapeutas lidarem com os desafios éticos e práticos desta área.

No campo dos exercícios físicos para pacientes com insuficiência renal crônica (IRC), Moura (2008) destacou os benefícios dessa prática durante a hemodiálise. O estudo evidenciou melhoras significativas na capacidade cardiovascular, força muscular, controle glicêmico e qualidade de vida dos pacientes, reforçando a importância de integrar os exercícios físicos no tratamento desses indivíduos.

Oliveira, Bombarda e Moriguchi (2019) discutiram a importância da fisioterapia em cuidados paliativos no contexto da atenção primária, enfatizando a interdisciplinaridade. O estudo sublinhou a necessidade de colaboração entre fisioterapeutas e outros profissionais da saúde para garantir um cuidado ético, legal e centrado no paciente, sempre respeitando seus desejos e autonomia.

A obra de Pessini e Bertachini (2004) focou na humanização dos cuidados paliativos, destacando a importância de uma abordagem integral e compassiva. Os autores ressaltaram que a humanização nos cuidados paliativos exige empatia e a capacidade de compreender e atender às necessidades dos pacientes, garantindo que suas jornadas, tanto de vida quanto de morte, sejam vividas com dignidade.

Rezende e Lenzi (2019) abordaram a eletrotermofototerapia (ETFT) como um tratamento promissor na oncologia. O estudo explorou os mecanismos de ação e benefícios da ETFT para pacientes oncológicos, destacando a necessidade de profissionais qualificados para garantir a segurança e eficácia do tratamento, bem como a importância de informar os pacientes sobre os riscos e benefícios.

Silva (2013) discutiram a relevância da fisioterapia durante a hemodiálise em pacientes com doença renal crônica, destacando os benefícios para a saúde física e funcional desses pacientes. O estudo mostrou que a intervenção fisioterapêutica pode melhorar a independência e a qualidade de vida de pessoas em tratamento de hemodiálise.

Por fim, Tonini (2019) apresentou um manual abrangente sobre fisioterapia em onco-hematologia. O documento abordou desde os princípios básicos até as melhores práticas para o manejo de pacientes com câncer ou doenças hematológicas, destacando que a fisioterapia pode prevenir complicações, melhorar a função física e o bem-estar psicológico, e promover a qualidade de vida desses pacientes.

Em suma, os estudos analisados evidenciam a importância da fisioterapia em diferentes contextos de saúde, especialmente nos cuidados paliativos, onde a prática multidisciplinar e a capacitação ética são fundamentais para oferecer um cuidado humanizado e de qualidade.

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

Fonte: Elaborado pelo autor (2024).

Relatos biopsicossociais demonstram uma diversidade de respostas em relação à vida antes e após a notícia de um diagnóstico clínico. Das dez respostas analisadas, observa-se que, para algumas pessoas, o impacto foi limitado, com relatos de que a vida seguiu ‘normal, seguindo com o tratamento’ ou ‘sem grandes interferências’. Outros participantes descreveram suas vidas como “hoje estável” ou “atualmente estabilizada”, evidenciando uma adaptação ao tratamento. Entre as respostas mais positivas, uma delas destacou que, por estarem inseridos na área da saúde, tanto a paciente quanto seus familiares conseguiram administrar a situação de maneira mais eficaz, tomando os cuidados necessários conforme orientações médicas.

Entretanto, nem todas as experiências foram descritas como estáveis ou controladas. Uma participante relatou que o impacto psicológico foi profundo, especialmente após a notícia de um câncer em estágio paliativo, o que gerou grande abalo emocional tanto na paciente quanto nos familiares, que não dispunham de orientações adequadas para lidar com as consequências psicológicas da situação.”

Os resultados indicam que a fisioterapia em cuidados paliativos têm impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Estudos sugerem que a intervenção fisioterapêutica melhora a saúde física e emocional de pacientes com doenças terminais (ALCÂNTARA 2021; COSTA; DUARTE 2019).

Este projeto visa os benefícios que a aplicação da fisioterapia no paliativo, oferece aos pacientes com doenças crônicas e terminais, aos cuidados, tutores e familiares, assim como para o setor da saúde pública, preparando, orientando, reabilitando ou amenizando o quadro clínico do paciente crônico.

A abordagem tem ganhado cada vez mais destaque devido aos potenciais benefícios à saúde mental e física, especialmente na atenção quaternária, porém, não deixando as atenções primárias, secundária e terciárias de lado, não só enfatizar o tratamento da dor e do conforto, mas também da orientação, informação, preparação e da prevenção aos envolvidos.

Com a mudança atual no mercado a fisioterapia está modificando, hoje podemos ver a atuação em campos novos desde o tratamento de pacientes oncológicos até mesmo dentro de lares de idosos. E nesse artigo aprofundamos nossas pesquisas em torno de como tem sido realizado esse atendimento.Tendo como ponto de partida os resultados compilados da pesquisa de como vem sendo desenvolvida as abordagens de cuidados paliativos.

Revisão Literária Cuidados paliativos e pacientes

De acordo com a professora de Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), Rosa Chubaci, em entrevista ao Jornal da USP (julho de 2023), a população brasileira está envelhecendo, e a baixa taxa de fecundidade tem contribuído para esse quadro (CHUBACI, 2023). Além disso, o avanço tecnológico na medicina, voltado para a prevenção e o tratamento de condições patológicas, tem gerado um aumento na demanda por cuidados paliativos para idosos, tanto aqueles com doenças crônicas quanto os com doenças degenerativas.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), publicada em março de 2024 na Revista UFPE , demonstra os avanços nas pesquisas e na aplicação de técnicas de fisioterapia. O estudo, intitulado “Pesquisa em Fisioterapia avalia o efeito do exercício na maturação da fístula arteriovenosa de pacientes com Doença Renal Crônica”, aborda a evolução dos cuidados paliativos por fisioterapeutas em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC), o que contribui para uma melhor qualidade de vida desses pacientes (UFPE, 2024).

Outro artigo, apresentado no II Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde (CONBRACIS), intitulado “Assistência Fisioterapêutica em Cuidados Paliativos no Acidente Vascular Encefálico”, discute as dificuldades enfrentadas por pacientes com doenças crônicas-degenerativas de evolução lenta, como o Acidente Vascular Encefálico ( AVE), e a relação com os serviços de cuidados paliativos. O artigo destaca que muitos profissionais da saúde ainda desconhecem o tratamento paliativo, mencionando que apenas 289 artigos fazem referência à fisioterapia paliativa. O texto destaca a escassez de estudos sobre o tema e a importância de novas pesquisas para divulgar a relevância da intervenção fisioterapêutica nos cuidados paliativos, que visa aliviar o sofrimento dos pacientes e de suas redes de apoio (SILVA, 2024).

Familiares

O papel dos familiares no contexto dos cuidados paliativos é crucial, pois eles fazem parte do suporte emocional e prático oferecido ao paciente durante todo o processo da doença. A presença dos familiares pode proporcionar conforto, apoio emocional e estimular a dignidade do paciente no seu enfrentamento com a terminalidade da vida (AMANDA, 2018). No entanto, os familiares também enfrentam desafios significativos, que incluem a necessidade de compreender e aceitar o prognóstico, além de lidar com o sofrimento emocional decorrente da progressão da doença de seu ente querido (MARIANA, 2021). Muitas vezes, os familiares se veem sobrecarregados pela responsabilidade de tomar decisões difíceis relacionadas ao tratamento, o que pode gerar conflitos internos e com a equipe médica.

É essencial que uma equipe multidisciplinar, incluindo fisioterapeutas, ofereça suporte adequado também aos familiares, não focando apenas no paciente. A comunicação clara e empática sobre o estado de saúde do paciente, os objetivos do cuidado paliativo e os limites do tratamento curativo é uma das estratégias mais eficazes para envolver a família no processo de tomada de decisões (ALCÂNTARA, 2021). Além disso, o acompanhamento psicológico pode ser uma ferramenta útil para ajudar os familiares a lidar com o luto antecipado e os sentimentos de impotência diante da situação. Dessa forma, o envolvimento ativo dos familiares, com o suporte adequado da equipe de saúde, pode contribuir para uma experiência de cuidados paliativos mais acolhedora e humanizada (AMANDA, 2018).

Equipe multidisciplinar

A atuação integrada de equipes multidisciplinares é fundamental nos cuidados paliativos. A fisioterapia, quando inserida em um contexto multidisciplinar, permite um cuidado mais completo, alinhando-se ao trabalho de médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais da saúde. Estudos indicam que essa integração melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares (REZENDE; LENZI, 2019). A capacitação contínua dessas equipes, com foco na bioética e na comunicação interpessoal, é essencial para que as intervenções sejam eficazes e humanizadas.

Preparação da equipe multidisciplinar para atuação.

A preparação de equipe multidisciplinar para atuação em cuidados paliativos é essencial para oferecer um atendimento integral e humanizado aos pacientes. Esse processo envolve uma capacitação técnica e emocional dos profissionais para lidar com as particularidades das doenças crônicas e terminais, além de questões éticas e bioéticas que permeiam o cuidado nessa área (COSTA; DUARTE, 2019). É fundamental que a equipe, composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, entre outros, tenha alinhamento em relação aos objetivos do tratamento, que visam o sofrimento do sofrimento e a promoção da qualidade de vida dos pacientes e seus familiares (PESSINI ; BERTACHINI, 2004).

A capacitação contínua em cuidados paliativos inclui treinamentos específicos sobre manejo de sintomas físicos, como dor e dispneia, bem como o desenvolvimento de habilidades de comunicação prática, permitindo abordar temas delicados, como a finitude da vida e o prognóstico dos pacientes (OLIVEIRA; BOMBARDA; MORIGUCHI, 2019). Além disso, é essencial que os profissionais recebam suporte psicológico e tenham acesso a práticas que promovam o autocuidado, a fim de prevenir o esgotamento emocional, que é comum entre aqueles que trabalham com pacientes no fim de vida (ALCÂNTARA, 2021). Dessa forma, uma equipe bem preparada pode oferecer um cuidado mais compassivo e eficiente, atendendo tanto às necessidades físicas quanto emocionais dos pacientes.

Conhecimento dos profissionais sobre cuidados paliativos

Uma das principais barreiras à implementação eficaz da fisioterapia em cuidados paliativos é a falta de conhecimento específico entre os profissionais da área. Um estudo conduzido por Silva (2024) revelou que muitos fisioterapeutas não recebem treinamento adequado sobre cuidados paliativos durante sua formação. Isso dificulta o reconhecimento do papel que a fisioterapia pode desempenhar no alívio da dor e na reabilitação emocional de pacientes terminais. Portanto, faz-se necessário investir em programas de educação continuada para que os profissionais estejam preparados para lidar com as demandas físicas e emocionais do tratamento paliativo.

Áreas de atuação da fisioterapia em cuidados paliativos

A fisioterapia em cuidados paliativos atua em diversas frentes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes em situações de doenças crônicas, degenerativas e terminais. Seu objetivo principal é promover o alívio dos sintomas físicos, como dor, dispneia, fadiga e limitações funcionais, por meio de intervenções que visam manter a mobilidade, a funcionalidade e a independência do paciente pelo maior tempo possível (OLIVEIRA; BOMBARDA; MORIGUCHI, 2019). Além disso, a fisioterapia também auxilia na prevenção de complicações secundárias, como úlceras por pressão e contraturas articulares, principalmente em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida (SILVA, 2021). Em cuidados paliativos, os fisioterapeutas desempenham um papel fundamental na abordagem holística, trabalhando em conjunto com outras áreas da saúde para oferecer um cuidado integral, que abrange tanto os aspectos físicos quanto emocionais do paciente.

Características dos pacientes e possíveis dificuldades da assistência

Os pacientes em cuidados paliativos são frequentemente acometidos por doenças progressivas e incuráveis, como câncer, doenças neurológicas e insuficiência orgânica avançada, e apresentam quadros clínicos complexos que incluem dor, fraqueza muscular, limitação respiratória e fadiga extrema (PESSINI; BERTACHINI, 2004). A fragilidade física, combinada com o sofrimento psicológico e emocional, muitas vezes dificulta a adesão aos tratamentos fisioterapêuticos e a implementação de exercícios terapêuticos, exigindo dos profissionais uma abordagem adaptada e empática (SARA; SILVIA, 2022). Outro desafio importante é a comunicação com os pacientes e familiares, que pode ser sensível, especialmente quando se trata da limitação do prognóstico e da limitação dos tratamentos terapêuticos (COSTA; DUARTE, 2019).

Sentimentos relacionados à atuação profissional em cuidados paliativos

Os profissionais que atuam em cuidados paliativos, especialmente os fisioterapeutas, frequentemente vivenciam sentimentos de impotência e frustração, uma vez que o foco de suas intervenções não está na cura, mas no alívio dos sintomas e na promoção do conforto (ALCÂNTARA, 2021). A exposição constante à finitude da vida, associada ao contato próximo com o sofrimento dos pacientes e de suas famílias, pode gerar uma carga emocional significativa, que envolve tristeza, angústia e, por vezes, exaustão emocional (MÔNICA, 2022). Por outro lado, esses profissionais também relatam sentimentos de satisfação e realização ao conseguirem proporcionar qualidade de vida e dignidade aos pacientes em seus momentos finais, fortalecendo o sentido de propósito em sua prática clínica (SARA; SILVIA, 2022).

Estratégia utilizada pelos profissionais para elaboração dos sentimentos

Diante da intensa carga emocional presente no trabalho com cuidados paliativos, os fisioterapeutas adotam diversas estratégias para lidar com seus sentimentos e evitar o desgaste emocional. Uma das principais abordagens é uma realização de supervisão psicológica ou participação em grupos de apoio, onde podem compartilhar suas experiências e angústias com outros profissionais da saúde, promovendo um espaço de escuta e acolhimento (RANDRESSON 2021). Além disso, a prática da reflexão ética e bioética é fundamental, pois permite que os fisioterapeutas desenvolvam uma compreensão mais clara de seu papel e das limitações impostas pela prática paliativa (COSTA; DUARTE, 2019). A espiritualidade, tanto do paciente quanto do profissional, também é mencionada como uma fonte de resiliência e conforto durante os desafios emocionais enfrentados no dia a dia (ALCÂNTARA, 2021).

Dificuldades encontradas pelos profissionais relacionadas a aspectos emocionais

Os fisioterapeutas que atuam em cuidados paliativos enfrentam diversas dificuldades emocionais, principalmente relacionadas à convivência constante com o sofrimento e a morte dos pacientes. A falta de preparo psicológico para lidar com a morte é um dos principais desafios, o que pode levar ao desenvolvimento de sintomas de Burnout e fadiga por compaixão (ALCÂNTARA, 2021). A frustração em relação às limitações dos resultados terapêuticos, dado que o foco não está na cura, mas não traz conforto, também é uma fonte de angústia para muitos profissionais (MÔNICA, 2022). A deficiência de apoio institucional e de políticas de cuidado aos próprios profissionais de saúde também contribui para o aumento do estresse emocional, destacando a necessidade de iniciativas que promovam o bem-estar e a saúde mental dos fisioterapeutas e outros membros das equipes de cuidados paliativos (OLIVEIRA ; BOMBARDA; 2024)

DISCUSSÃO

Outro ponto de destaque na literatura é a importância do preparo emocional e bioético dos fisioterapeutas para atuarem de forma eficiente e humanizada nos cuidados paliativos. Muitos profissionais, apesar de altamente capacitados técnicos, enfrentam dificuldades para lidar com as questões emocionais e espirituais que envolvem o paciente e sua família durante o processo de fim de vida (SILVA, 2021). Esse preparo emocional pode ser obtido por meio de treinamento contínuo, onde o foco não seja apenas a técnica, mas também a empatia e a resiliência emocional, proporcionando um atendimento integral ao paciente. Além disso, a literatura aponta a necessidade de mais investimentos em programas de suporte psicológico para os profissionais envolvidos nesse tipo de cuidado, como uma forma de prevenir o esgotamento emocional e melhorar a qualidade do atendimento prestado (SOUZA, 2022).

Esses desafios são intensificados pela carência de infraestrutura em muitas instituições de saúde, ou que limitam o acesso a uma equipe multidisciplinar completa e habilidades (OLIVEIRA; BOMBARDA; MORIGUCHI, 2019). A atuação integrada entre fisioterapeutas, médicos e psicólogos, apesar de recomendada pela literatura, muitas vezes é prejudicada pela falta de protocolos claros e pela insuficiência de profissionais especializados. Isso reforça a necessidade de políticas públicas que incentivem a formação continuada e a contratação de equipes interdisciplinares para garantir que os pacientes em cuidados paliativos recebam o suporte necessário em todas as esferas — física, emocional, espiritual e social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a fisioterapia tem um papel fundamental na promoção de um cuidado holístico e humanizado. A fisioterapia em cuidados paliativos deve focar não apenas no intervalo de dor e na reabilitação física, mas também na humanização e no respeito à autonomia do paciente. A integração da bioética nas práticas fisioterapêuticas é crucial para um atendimento que atende às necessidades emocionais, psicológicas e psicológicas dos pacientes (ALCÂNTARA, 2021). Futuras pesquisas devem explorar a eficácia de novas tecnologias e disciplinas além da formação continuada dos profissionais.

Além disso, a literatura destaca a importância de uma abordagem interdisciplinar na fisioterapia aplicada aos cuidados paliativos. Estudos mostram que o fisioterapeuta não deve atuar isoladamente, mas sim em conjunto com outros profissionais de saúde, como psicólogos e enfermeiros, para garantir que as dimensões físicas e emocionais do paciente sejam atendidas de maneira integrada (COSTA; DUARTE, 2019). Nesse contexto, a formação bioética dos profissionais é um aspecto central para que o cuidado seja prestado com qualidade e dignidade, respeitando os princípios de autonomia e beneficência.

Por fim, é evidente que a fisioterapia pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida de pacientes em cuidados paliativos. Intervenções como exercícios físicos controlados durante a hemodiálise, por exemplo, podem minimizar os sintomas de doenças crônicas e melhorar a função física, conforme planejado em várias revisões da literatura (MOURA et al., 2008). Dessa forma, o avanço das pesquisas e a capacitação contínua dos fisioterapeutas são essenciais para que novas práticas sejam incorporadas, sempre com foco na promoção de um cuidado mais humanizado e centrado no paciente.


1Atenção primária, secundária, terciária e quaternária são níveis de atenção à saúde que compõem o sistema de cuidado e prevenção de doenças, organizados de forma hierárquica. Cada nível corresponde a uma fase ou tipo de cuidado necessário para atender diferentes condições de saúde da população.

REFERÊNCIAS

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COSTA, B. P.; DUARTE, L. A. Reflexões bioéticas sobre finitude da vida, cuidados paliativos e fisioterapia. Revista Bioética, v. 27, n. 3, p. 510-515, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-80422019273335. Acesso em: 21 set. 2024.

MOURA, R. M. F.; SILVA, F. C. R.; RIBEIRO, G. M.; SOUSA, L. A. Efeitos do exercício físico durante a hemodiálise em indivíduos com insuficiência renal crônica: uma revisão. Fisioterapia e Pesquisa, v. 15, n. 1, p. 86-91, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1809-29502008000100014. Acesso em: 21 set. 2024.

OLIVEIRA, T.; BOMBARDA, T. B.; MORIGUCHI, C. S. Fisioterapia em cuidados paliativos no contexto da atenção primária à saúde: ensaio teórico. Cadernos Saúde Coletiva, v. 27, n. 4, p. 427-431, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1414-462X201900040166. Acesso em: 21 set. 2024.

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OLIVEIRA, T.; BOMBARDA, T. B.; MORIGUCHI, C. S. Fisioterapia em cuidados paliativos

Anexo I

RESULTADOS DOS MECANISMOS DE BUSCA
Nome dos autores e anoObjetivo do estudoPrincipais resultados desse trabalhoConsiderações finais
Alcântara, F. A. (2021).Investiga a percepção de fisioterapeutas sobre os aspectos bioéticos em cuidados paliativos, considerando a complexidade ética inerente a essa área da saúde.Os resultados da pesquisa revelam a necessidade de investir na capacitação de fisioterapeutas em bioética, aprimorando sua compreensão dos princípios éticos e suas aplicações práticas.O estudo contribui para um melhor entendimento da percepção de fisioterapeutas sobre aspectos bioéticos em cuidados paliativos, evidenciando a importância de integrar a bioética na prática clínica.
Costa, B. P., & Duarte, L. A. (2019)Este documento explora as complexas intersecções entre a finitude da vida, cuidados paliativos e a prática da fisioterapia, abordando questões bioéticas e o papel fundamental do fisioterapeuta nesse contexto.O foco principal é a gestão da dor, a prevenção de complicações e a manutenção da funcionalidade, sempre respeitando a autonomia e os desejos do paciente.O fisioterapeuta precisa de suporte e formação continuada para lidar    com os desafios éticos e práticos dos cuidados paliativos.
Moura, R. M. F. de ., Silva, F. C. R., Ribeiro, G. M., & Sousa, L. A. de .. (2008).Aborda os benefícios do exercício físico para indivíduos com insuficiência renal crônica (IRC) durante a hemodiálise, analisando as evidências científicas sobre os impactos fisiológicos e clínicos dessa prática.Esta revisão destaca os efeitos benéficos do exercício físico para indivíduos com IRC em hemodiálise, incluindo a melhora da capacidade cardiovascular, força muscular, controle glicêmico e qualidade de vida.É essencial que profissionais de saúde promovam a prática de exercícios físicos como parte integral do tratamento de pacientes com IRC, considerando suas condições individuais e adaptando os programas de acordo com suas necessidades.
Oliveira, T. de            ., Bombarda, T. B.,       & Moriguchi, C. S.. (2019)Discute a importância da fisioterapia em cuidados paliativos no contexto da atenção primária à saúde, explorando seus benefícios e desafios.A interdisciplinaridade é crucial nos cuidados paliativos, e a fisioterapia deve colaborar com outros profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.A fisioterapia em cuidados paliativos deve ser pautada por princípios éticos e legais, respeitando  a autonomia do paciente e seus desejos.
Pessini, L., Bertachini, L. (2004)Faz uma análise aprofundada sobre a humanização e os cuidados paliativos, explorando a importância de uma abordagem integral e centrada no ser humano em momentos de fragilidade e sofrimento.A obra “Humanização e Cuidados Paliativos” de Pessini e Bertachini (2004) serve como base para esta discussão, aprofundando o debate sobre o papel fundamental da humanização na assistência paliativa.A busca pela humanização nos cuidados paliativos é um compromisso constante, exigindo sensibilidade, empatia e a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo suas necessidades e oferecendo o melhor cuidado possível. É uma jornada de compaixão e respeito, que busca garantir que a vida e a morte sejam vivenciadas com dignidade.
Rezende, L., Lenzi, J. (2019)Este documento aborda a eletrotermofototerapia (ETFT) como um tratamento promissor na oncologia, com foco na aplicação prática e na evidência científica que a sustenta.A exploração dos princípios da ETFT, suas diferentes modalidades, os mecanismos de ação e os benefícios para os pacientes oncológicos, as recomendações de aplicação, os protocolos clínicos e as precauções a serem tomadas para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.É essencial que o paciente seja informado sobre os riscos e benefícios da ETFT antes de iniciar o tratamento, e que a aplicação seja realizada por profissionais qualificados e experientes.
Silva, S. F. da ., Pereira, A. A., Silva, W. A. H. da ., Simôes,     R., &          Barros Neto,    J.   de R.. (2013)Apresenta uma visão geral da importância da fisioterapia durante a hemodiálise em pacientes com doença renal crônica, destacando os benefícios e os aspectos importantes a serem considerados.A fisioterapia desempenha um papel crucial na gestão da doença renal crônica, proporcionando benefícios significativos para pacientes em hemodiálise.A intervenção fisioterapêutica é essencial para melhorar a saúde física e funcional, a independência e a qualidade de vida desses pacientes.
Tonini, P. C., Santos, A. P. O., Becker, A. C. G., Rezende, C. R., Skupien, E. C., Santos, H. G. P. M. d. (2019).Este manual, publicado em 2019 pela Editora Thieme Revinter, serve como um guia completo para fisioterapeutas que trabalham com pacientes onco-hematológicos. Escrito  por especialistas da área, ele aborda uma vasta gama de tópicos, desde os princípios básicos da fisioterapia em onco-hematologia até as melhores práticas para lidar com os desafios específicos enfrentados por esses pacientes.A fisioterapia em onco-hematologia pode        ajudar a prevenir complicações, a melhorar a função física e a capacidade de realizar atividades diárias, a reduzir a dor e o desconforto, a controlar a fadiga e a melhorar o bem-estar psicológico   dos pacientes.A fisioterapia em onco-hematologia é uma especialidade que se concentra na reabilitação de pacientes que estão a passar por tratamento para cancro ou doenças hematológicas. O objetivo da fisioterapia é melhorar a função física, a qualidade de vida e o bem-estar geral dos pacientes.