FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DA DOR LOMBAR EM PRATICANTES INICIANTES DE MUSCULAÇÃO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202508222315


Loreane Del Grossi1; Eliane Costa Vicari1; Luiz Gustavo da Silva Cordeiro1; Audrey Lorrana Nunes Marcondes1; Vinícius Gomes Machado2


RESUMO:

Nos últimos anos, a musculação ganhou popularidade, especialmente devido à proliferação de academias acessíveis e à redução dos requisitos de formação dos praticantes, o que aumentou o risco de lesões, incluindo as que afetam a região lombar. A musculação, embora benéfica para a saúde física e mental, pode resultar em lesões quando praticada sem a devida orientação, com destaque para a dor lombar como uma das mais comuns. OBJETIVO: O objetivo foi investigar a relação entre a prática de musculação e a incidência de dor lombar, enfatizando a importância da fisioterapia no ambiente das academias e apontando estratégias fisioterapêuticas para a prevenção da dor lombar em iniciantes de musculação. METODOLOGIA: Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, buscando artigos em bases de dados como PubMed, LILACS, Google Acadêmico e Scielo, utilizando palavras-chave relacionadas ao tema. Ao final do processo, cinco estudos foram selecionados para análise. RESULTADOS: Os resultados mostraram alta prevalência de dor lombar entre os praticantes. A maioria dos estudos indicou que a falta de orientação adequada e a execução incorreta dos movimentos aumentam o risco de lesões na região lombar. CONCLUSÃO: Esses resultados significam que a prática segura da musculação deve ser acompanhada por profissionais qualificados, como fisioterapeutas, para minimizar o risco de lesões e promover uma abordagem saudável ao treinamento. A presença desses profissionais nas academias é fundamental para garantir que os praticantes realizem os exercícios corretamente e previnam complicações relacionadas à dor lombar.

Palavras-chave: Dor lombar, fisioterapia, musculação

ABSTRACT:

In recent years, bodybuilding has gained popularity, especially due to the proliferation of accessible gyms and the reduction in training requirements for practitioners, which has increased the risk of injuries, including those affecting the lower back. Bodybuilding, although beneficial for physical and mental health, can result in injuries when practiced without proper guidance, with low back pain being one of the most common. OBJECTIVE: The objective was to investigate the relationship between bodybuilding and the incidence of low back pain, emphasizing the importance of physiotherapy in the gym environment and pointing out physical therapy strategies for preventing low back pain in bodybuilding beginners. METHODOLOGY: To this end, an integrative review of the literature was carried out, searching for articles in databases such as PubMed, LILACS, Google Scholar and Scielo, using keywords related to the topic. At the end of the process, five studies were selected for analysis. RESULTS: The results showed a high prevalence of low back pain among practitioners. Most studies have indicated that lack of adequate guidance and incorrect execution of movements increase the risk of lower back injuries. CONCLUSION: These results mean that the safe practice of bodybuilding must be accompanied by qualified professionals, such as physiotherapists, to minimize the risk of injuries and promote a healthy approach to training. The presence of these professionals in gyms is essential to ensure that practitioners perform the exercises correctly and prevent complications related to low back pain.

Keywords: Low back pain, physiotherapy, bodybuilding

1.  INTRODUÇÃO

A dor lombar é uma das condições musculoesqueléticas mais comuns entre a população, impactando milhões de pessoas anualmente. Aproximadamente 85% da população sofre com dor lombar em algum momento. Essa condição é a principal responsável por incapacidades em indivíduos com menos de 45 anos (TRAINOR et al., 2002). A prática de musculação ganhou popularidade na última década, devido ao surgimento de academias com preços acessíveis e à diminuição dos requisitos de formação e avaliação dos praticantes, o que elevou o risco de lesões (MICHAUD et al., 2021). Retirar (CHAGAS et al., 2019).

A prática de atividade física é essencial no contexto biopsicossocial, ajudando a reduzir a tristeza, a ansiedade e a depressão, pois favorece um estado geral de bem- estar e estabilidade emocional. Dentre as várias modalidades de atividades físicas, há o treinamento de força ou musculação, que consiste na prática de exercícios contra uma resistência exercida por pesos livres ou aparelhos especializados (ANÍZIO, 2023). A musculação pode ser uma atividade altamente versátil, o que contribui para o seu destaque global, pois pode ser adaptada para atender pessoas de diferentes faixas etárias, respeitando as capacidades e limitações individuais (SPÓSITO et al., 2018).

No Brasil, a musculação vem ganhando cada vez mais popularidade, em grande parte devido à abertura de inúmeras academias em todo o país, facilitando o acesso a essa prática para um número crescente de pessoas. O mercado brasileiro, ocupa a segunda posição no ranking global em número de academias, destacando-se como uma das principais práticas esportivas (SPÓSITO et al., 2018). A Associação Brasileira de Academias (ACAD) calcula que 2,8 milhões de brasileiros são adeptos da musculação em academias (NOGUEIRA et al, 2013). Esse aumento também é reflexo dos benefícios da musculação, que abrangem a estética, aspectos de saúde, qualidade de vida e bem- estar emocional (BRITO et al., 2021).

A prática de musculação colabora com o aumento de massa muscular, auxilia no ganho de força e da potência, além de melhorar a resistência física (SANTOS et al., 2020). Os exercícios de musculação são planejados levando em consideração uma série de variáveis, como a intensidade das cargas, a amplitude dos movimentos, o tempo de contração muscular e repetição de séries (SOARES e SILVA, 2018). Esses exercícios podem ser realizados com a ajuda de equipamentos específicos, pesos livres ou até mesmo utilizando o próprio peso corporal. Independentemente do método, o treinamento é sempre ajustado à capacidade e ao nível de progressão de cada indivíduo (BARROS et al., 2015).

Os  benefícios físicos proporcionados pela musculação são amplamente reconhecidos na literatura científica. A prática regular de exercícios resistidos melhora a densidade mineral óssea, otimiza a coordenação motora, equilíbrio corporal, aumenta a flexibilidade e melhora o desempenho em atividades diárias (SOUZA et al., 2021). A musculação também é uma ferramenta eficaz na perda de peso, uma vez que acelera o metabolismo, favorecendo a queima calórica mesmo em repouso (SANTOS et al., 2020).

A musculação contribui ainda, para melhora no humor, na autoestima e no sono (LIZ e ANDRADE, 2016). Sob a perspectiva sistêmica, o treinamento de força ajuda a regular os níveis de glicose, adrenalina e noradrenalina e melhora da saúde cardiovascular (SPÓSITO et al., 2018). Ocorre também um impacto positivo sobre a capacidade aeróbia (VO² máx), redução dos níveis de triglicerídeos, aumento do HDL, diminuição da perda mineral óssea e melhora na captação de insulina pelas células (ANÍZIO, 2023).

A motivação para a prática da musculação depende de diversos fatores. Muitos praticantes são atraídos pela possibilidade de melhorar a saúde geral, o bem-estar, aprimorar o condicionamento físico e fortalecer as relações sociais (ANÍZIO, 2023). No entanto, a busca por resultados estéticos rápidos, alimentada por padrões culturais de beleza, pode levar a abordagens incorretas na execução dos exercícios. Quando realizada sem a devida orientação, estes aspectos podem aumentar o risco de lesões, especialmente quando não se utiliza a técnica adequada (LIZ e ANDRADE, 2016).

As lesões na musculação podem ser geradas pela prática incorreta dos exercícios, com fatores de risco como postura inadequada, uso de cargas excessivas e intensidade incompatível com as capacidades físicas do praticante (SOUZA et. al, 2015). As principais causas de lesões estão relacionadas ao uso inadequado de cargas e à execução incorreta dos movimentos (CHAGAS et al., 2019). A fadiga, o estresse físico elevado e a ausência de preparação específica também contribuem para o surgimento de lesões musculares, articulares, ligamentares e tendíneas (SANTANA et al., 2022).

A sobrecarga muscular e a repetição excessiva de exercícios além da capacidade do indivíduo, são fatores importantes para o desenvolvimento de lesões. Essas lesões, como distensões, estiramentos e contraturas, são definidas por alterações nos tecidos musculares, muitas vezes causadas por traumas ou patologias (JESUS e GUIMARÃES, 2021). As áreas do corpo mais suscetíveis a lesões durante a prática de musculação são o joelho e a coluna vertebral, o que pode causar dores, desconforto e limitações nas atividades diárias, afetando a qualidade de vida e também ao afastamento da atividade física (SPÓSITO et al., 2018).

Além disso, desequilíbrios musculares, especialmente no tronco, são considerados fatores de risco para dores lombares. A diminuição da flexibilidade pode atuar como um mecanismo compensatório para instabilidades pélvicas em casos de lombalgia (GOTTARDE et al., 2021). As lesões podem ser consequência de esforço repetitivo, do uso excessivo de grupos musculares, má postura durante execução de atividades e fraqueza muscular e podem gerar sintomas como fadiga, fraqueza, tremores, sensações de peso, dor ou irritação dos membros ou regiões afetadas, formigamentos e dificuldade ao executar movimentos (SANTOS et al., 2018).

Uma avaliação funcional prévia é importante para detectar possíveis desequilíbrios musculares e posturais, que possam comprometer a saúde do praticante (SANTANA et al., 2020). A orientação de um fisioterapeuta, é essencial para definir o tipo de exercício mais adequado, ajustar a carga, intensidade, postura correta, orientação sobre alongamento, aquecimento e os tempos de descanso e recuperação entre as sessões (FONSECA et al., 2022). A avaliação funcional e musculoesquelética deve ser conduzida por fisioterapeutas, que podem intervir durante o treino, minimizando o risco de lesões. Contudo, a presença desses profissionais em academias ainda é escassa (SOARES et al., 2023).

O fisioterapeuta exerce a promoção da saúde, prevenção e reabilitação de lesões, contribuindo para o alcance da performance desejada do praticante (CARVALHO, 2022). No ambiente da academia, o fisioterapeuta pode trazer aprimoramentos durante a prescrição do treino, pois o diagnóstico precoce de alterações musculoesqueléticas favorece a habilidade de implementar ações eficazes para prevenir lesões (SOARES et al., 2023). O fisioterapeuta pode atuar auxiliando em ajustes nos treinos para prevenção de lesões e recuperação em lesões já estabelecidas (SANTOS et al., 2020).

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa que buscou artigos científicos nas bases de dados, PubMed, Scielo, Lilacs, Google Acadêmico utilizando-se as palavras-chave injury, low back pain, physiotherapy, low back, prevention para busca na língua inglesa e as mesmas palavras traduzidas para a busca em português. As palavras-chave foram associadas entre si através dos operadores booleanos AND e OR ao serem inseridas nas bases de dados. Para compor a presente revisão foram considerados os seguintes critérios de inclusão: (1) Disponibilidade gratuita na íntegra; (2) desenho de estudo do tipo observacionais transversais, caso-controle, coorte, série de casos e ensaios clínicos controlados randomizados ou quase randomizados; (3) estudos que investigaram de alguma forma a relação entre a prática de musculação e a presença insidiosa de dor lombar.

As informações extraídas dos estudos foram divididas em descritivas e analíticas. As informações descritivas consideradas foram: autor/ano, país de origem, tipo de estudo, objetivo do estudo. Já as analíticas foram características da amostra, tipo de lesões detectadas e conclusão. As informações foram registradas em um formulário próprio elaborado no Microsoft Excel especialmente para este estudo. O processo de triagem dos estudos teve início com o mecanismo de filtragem nas bases de dados inserindo nos filtros a disponibilidade de texto completo gratuito. Os estudos identificados tiveram primeiramente o título analisado sendo excluídos aqueles que não possuíam as palavras-chave. Em seguida, os estudos potencialmente elegíveis foram retirados para uma leitura exploratória do resumo e aqueles que se adequaram foram analisados na íntegra.

3. RESULTADOS

Através das estratégias de busca com as palavras-chave definidas na metodologia foram identificados um total de 3.836 estudos nas bases de dados pesquisadas, onde 1.150 foram excluídos diretamente por duplicação. Em seguida, restaram 2.686 estudos, dos quais 2.064 foram excluídos por não apresentarem nenhuma das palavras-chave no título. Analisando os resumos, 617 pesquisas foram excluídas por não associarem a dor lombar à prática de musculação. Dessa forma, 5 estudos foram incluídos na presente revisão. O processo de identificação e triagem pode ser visualizado na figura 1.

Figura 1. apresentação do processo de seleção dos estudos incluídos nesta revisão integrativa

Foi notado uma heterogeneidade entre os tipos de exercícios apresentados nos estudos, enquanto Chagas et al. (2019), avaliou apenas exercício resistidos, Fonseca et. al. (2022), avaliou caminhada de rua e caminhada em esteira, corrida de rua e corrida em esteira, musculação, hidroginástica, ginástica geral, natação, artes marciais/lutas, bicicleta, futebol, basquete, voleibol, tênis, dança e outros, já Romão et al. (2022), analisaram exercícios aeróbicos, de resistência muscular e exercícios posturais. Hetaimish et al. (2024), qualificaram a prevalência de lesões esportivas, tipo e local do corpo, nos esportes de musculação, corrida, levantamento de peso/powerlifting, ciclismo e crossfit, enquanto Strömbäck et al. (2018), caracterizaram as lesões em levantadores de peso do esporte de Powerlifting, portanto, avaliou os movimentos padrões do esporte, que são agachamento, supino reto e levantamento terra, também realizou a análise destes mesmos movimentos em competições, além de outras atividades de treino. Na tabela 1 estão presentes as informações sobre as características descritivas dos estudos incluídos nesta revisão integrativa.

Tabela 1: apresentação das características descritivas dos estudos incluídos.

Os estudos avaliaram um total de 16.528 indivíduos praticantes de musculação integrada à outras atividades, incluindo exercícios resistidos, aeróbicos e posturais. Todos os estudos apresentados buscaram correlacionar a prática de atividades físicas com dores lombares e todos utilizaram questionários para coletar as informações utilizadas nos resultados.

Três dos estudos realizaram uma comparação entre homens e mulheres, Chagas et al. (2019), Strömbäck et al. (2018) e Fonseca et al. (2022). Chagas et al. (2019), verificou que há uma maior prevalência de lesões corporais em homens do que em mulheres (62%), pois, indivíduos do sexo masculino tendem a utilizar sobrecarga de forma constante em relação as mulheres. Neste mesmo estudo, foi destacado que os tipos de lesões também se diferenciam entre os sexos, sendo mais prevalentes nas mulheres distensões musculares, luxações e lombalgia. Já nos homens, a maior ocorrência é a luxação, seguido de cãibras e lesões ligamentares. Em relação a localização corporal das lesões, no gênero masculino a maior prevalência foi no ombro, seguido de joelho e quadríceps. Nas mulheres os maiores índices de lesão foram na região lombar, joelho e ombro. Em ambos os gêneros a causa das lesões foram cargas excessivas, desvios posturais e fraqueza. Ainda de acordo com Chagas et al. (2019), após as lesões, a maior parte dos homens e das mulheres abandonaram algumas das suas atividades.

Fonseca et al. (2022), demonstrou a prevalência de adultos que praticam atividade física que relatam dor nas costas da população brasileira. Nas comparações entre gêneros, foi verificado que a prevalência de mulheres praticantes de musculação é superior à dos homens (13,8% a 6,2%), e que as mulheres são mais afetadas pelas dores nas costas do que os homens com 7,2% de diferença. No estudo, o autor apresenta resultados que demonstram a prevalência de dores nas costas em diversas modalidades de atividades físicas, como musculação, caminhada, corrida, futebol, bicicleta, voleibol, tênis, entre outros. A prevalência de dor nas costas nos praticantes de musculação entrevistados foi de 10%. Foi realizada uma diferenciação em relação a prevalência de dores nas costas em praticantes de musculação por idade, sendo 7,9% dos adultos mais jovens (≤44,9 anos de idade) e 21,8% nos adultos de meia idade (≥45 anos de idade).

O estudo de Strömbäck et al. (2018), mostrou que na época do estudo, de 104 participantes do estudo, 70% estavam com uma lesão atual, 87% relataram que haviam sofrido uma lesão durante os últimos 12 meses e 70% estavam com uma lesão atual e haviam sofrido uma lesão nos últimos 12 meses. As áreas corporais mais impactadas por lesões nas mulheres foram a região torácica, quadril e ombro, lombar, pescoço e coxas, respectivamente. Nos homens as regiões mais afetadas foram ombros, lombar, quadril e joelho. A maior parte dos levantadores de peso relataram que a lesão começou durante o treino de agachamento (42%), seguido por treino de levantamento terra (31%) e treino de supino reto (27%), as demais porcentagens se diluíram entre eventos em competições e outras atividades de treino. Chagas (2019), indica que há maior prevalência de lesão lombar em mulheres e em Strömbäck et al. (2018), a região lombar foi mais afetada em homens.

Strömbäck et al. (2018), mostra que os atletas lesionados realizaram alterações na rotina de treinamento, porém a maioria não se absteve dos treinos. As alterações realizadas foram redução do volume e intensidade dos treinos ou omissão de exercícios específicos, implementação de exercícios de reabilitação, maior ênfase na técnica e no aquecimento e treinamento de flexibilidade.

Analisando o estudo de Romão et al. (2022), verificou-se que entre os entrevistados que possuem dor lombar, mais da metade (56,78%) relataram que a postura adotada na maior parte do dia é a postura em pé e em espaços pequenos no local de trabalho, os demais relataram que passavam a maior parte do dia sentados. Em relação às medidas tomadas para contenção da dor, a maioria dos indivíduos relatou que tomavam medicamentos para reduzir a dor lombar (52,26% dos entrevistados). Os participantes foram questionados sobre a prática de atividades físicas, a maioria dos entrevistados praticava atividade física informal, ou seja, geralmente sem supervisão ou autodidatas e destes, a maioria sentia dor lombar aguda. Já nos praticantes de atividade física formal que sentiam dor lombar, a dor mais prevalente era a crônica.

No estudo de Hetaimish et al. (2024), além da musculação, foram incluídos na amostra os esportes de corrida, levantamento de peso/powerlifting, natação, crossfit e ciclismo, e foram avaliados os tipos de lesões e a localização corporal. Os autores detectaram que a musculação é a atividade mais praticada entre os entrevistados (50,6%), porém é também a atividade mais propensa para o desenvolvimento de lesões. De acordo com o artigo, os tipos de lesões mais comuns são distensões/rupturas musculares, cãibras ou espasmos musculares, tendinose/tendinopatia, contusão/hematoma, luxação, subluxação, respectivamente.

Quanto às localizações anatômicas mais comuns de lesões estão: ombro, joelho, lombar, coxa, pé, tornozelo, parte superior das costas e punho, respectivamente. O tipo da lesão também foi analisado de acordo com a duração da sessão da atividade física exercida, em todas as durações avaliadas a lesão mais acometida foi a distensão ou ruptura muscular, sendo 26,5% nas atividades com duração <1 hora, 37,4% nas atividades entre 1–2 horas e 42,9% nas atividades > 2 horas. Por fim, foi utilizada uma Tabulação cruzada entre o questionário sobre lesões por uso excessivo do Centro de Pesquisa de Trauma Esportivo de Oslo (OSTRC) e a duração das sessões de ginástica com questões sobre a última semana do entrevistado (Hetaimish et al., 2024).

Tabela 2: apresentação das características analíticas dos estudos incluídos

DL = Dor lombar/Dores Lombares; F/M = Feminino/Masculino.

4. DISCUSSÃO

Os resultados dos artigos incluídos nesta revisão sistemática, apontam que tanto no estudo de Chagas et al. (2019), quanto de Fonseca et al. (2022), concordam que homens apresentam maior prevalência de lesões em comparação às mulheres, embora as mulheres relatem mais dores na região lombar. Isso se deve provavelmente pelo fato de que os homens tem uma maior tendência a utilizar cargas excessivas nos treinos, porém ambos os gêneros enfrentam lesões devido a fatores como cargas excessivas e desvios posturais (CHAGAS et al., 2019). A maioria dos estudos identificou distensões musculares, luxações e cãibras como lesões comuns entre os praticantes de atividades físicas, com a musculação sendo associada a um maior risco de lesões. E a maior parte dos indivíduos estudados, relataram ter abandonado algumas atividades após sofrerem lesões (CHAGAS et al., 2019).

Enquanto Chagas et al. (2019) apontaram que os homens têm maior prevalência de lesões no ombro, as mulheres apresentaram mais lesões na região lombar. Strömbäck et al. (2018) também notaram diferenças nas localizações das lesões entre os gêneros, nas mulheres o local de maior prevalência foi a região torácica, quadril e ombro empatados em segundo lugar e a região lombar em terceiro; entre os homens a região lombar foi a mais afetada. O estudo de Fonseca et al. (2022) destacou que 10% dos praticantes de musculação relataram dor nas costas, com uma diferença significativa na prevalência entre homens e mulheres (mulheres relataram 7,6% a mais). As diferenças observadas entre os gêneros em relação às dores e lesões indicam a necessidade de abordagens personalizadas na prevenção e tratamento dessas condições.

A dor lombar pode ser causada por diversos fatores, intrínsecos e extrínsecos, segundo Maia et al. (2015), a lombalgia pode resultar de um desequilíbrio entre a carga funcional e a capacidade funcional, causado pelo esforço físico em determinada atividade. Do ponto de vista biomecânico, a região lombar possui um fator que favorece o surgimento de lesões devido à região anatômica, pois recebe forças compressivas sobre estruturas e vértebras, principalmente em exercícios como levantamento e agachamento. No levantamento terra, caso o praticamente utilize uma carga muito alta e não esteja com a posição neutra, alinhada corretamente, pode ocorrer alto nível de estresse musculoesquelético, acarretando desgaste gradual e consequentemente, a dor lombar (LARSSON et al., 2024).

O uso excessivo de carga ou a má postura, juntamente com possíveis falhas na orientação dos profissionais, pode, ao invés de trazer os benefícios desejados, resultar em lesões e disfunções posturais, além de agravar condições patológicas já existentes (SOARES e DAMASCENO, 2023). Bursites, que são inflamações nas bursas de líquido sinovial nas articulações que ajudam a reduzir o atrito entre os tecidos, são atribuídas a micro traumas repetitivos nestas estruturas (OLIVA et al., 2012), e podem surgir em decorrência da prática de musculação (CHAGAS et al., 2019). Outras lesões que podem surgir provenientes à prática de musculação são as câimbras, distensões musculares, rupturas ligamentares, contusões e hematomas (CHAGAS et al., 2019). Além disso, a maior parte dos indivíduos que iniciam um programa de exercícios em uma academia apresenta um histórico de lesões nas principais articulações, como joelhos, ombros e coluna vertebral (FERREIRA et al., 2018).

Para prevenir a ocorrência de dores lombares em iniciantes da prática de musculação, é necessário que o fisioterapeuta, juntamente com o educador físico forneçam orientações específicas sobre o tipo de exercício mais apropriado, que podem incluir exercícios isotônicos, isométricos ou isocinéticos; em relação a quantidade de exercícios por grupo muscular, número de repetições e séries, intensidade e frequência. Além disso, é importante orientar os praticantes sobre os intervalos de descanso entre os exercícios (SCOPEL, 2013). Certos programas de exercícios, como os voltados para o fortalecimento do core e o pilates, estão sendo investigados como formas de prevenir ou reduzir as dores na região lombar. (FONSECA et al., 2022). Mais uma forma de prevenir lesões é oferecer instruções sobre alinhamento e postura durante a execução dos exercícios para melhorar a técnica e reduzir a carga sobre a região lombar, avaliando e corrigindo desalinhamentos.

Um estudo de Michaud et al. (2021), buscou investigar os desvios da postura de praticantes durante exercícios de levantamento para desenvolver um sistema vestível para prevenir lesões lombares e educar atletas sobre a articulação do quadril e coluna neutra durante esse tipo de exercício. Cinquenta por cento dos atletas estudados apresentaram má postura da coluna durante pelo menos um dos exercícios avaliados, excedendo o limite de 30º de desvio da configuração neutra, o que gerou alto risco para lesão lombar. Hérnias de disco podem ocorres quando os praticantes realizam altos números de repetições, dentro do limite da zona neutra, e o aumento da carga aumenta a chance do desenvolvimento de hérnia. Além do alinhamento da coluna, é importante que os praticantes possuam uma boa amplitude de quadril para realização de exercícios de membros inferiores de forma correta (MICHAUD et al., 2021).

O fisioterapeuta é o profissional capacitado para elaborar e intervir de maneira adequada planejando e implementando estratégias que podem prevenir o desenvolvimento de dor lombar no contexto da musculação (SOARES e DAMASCENO, 2023). Com base no conhecimento teórico de anatomia e fisiologia, o fisioterapeuta pode auxiliar na manutenção da postura corporal dos praticantes, tanto em exercícios com pesos livres quanto em aparelhos (SANTOS et al., 2020). Desde a avaliação, diagnóstico fisioterapêutico até a detecção precoce de possíveis alterações musculoesqueléticas, o fisioterapeuta pode atuar realizando intervenções para prevenir quadros álgicos nos praticantes futuramente (SANTOS et al., 2020).

Para garantir o bom desempenho dos praticantes de musculação e a prevenção de dores lombares durante ou após a prática dos exercícios, é necessário que o fisioterapeuta direcione o seu foco de atenção para situações de risco, por meio de avaliações individualizadas, identificando alterações posturais, desequilíbrios musculares e déficits biomecânicos importantes que necessitem de intervenção. (JESUS e GUIMARÃES, 2021). Ao realizar uma análise funcional e biomecânica dos movimentos dos praticantes, torna-se mais simples identificar disfunções, corrigi-las e desenvolver uma estratégia mais eficaz para a prevenção de dores lombares (NOGUEIRA et al., 2021). Um dos métodos mais utilizados na prevenção de lesão na Fisioterapia Desportiva consiste no treinamento proprioceptivo, esse tipo de treino melhora o equilíbrio e força, e se mostra eficaz na redução da incidência de lesões em atletas (JESUS e GUIMARÃES, 2021).

De acordo com Baroni et al. (2010), a participação de fisioterapeutas nas academias não se resume a uma tendência de mercado ou a uma melhora nas funções desempenhadas. Pelo contrário, essa colaboração promove a saúde dos alunos e potencializa os resultados dos treinos prescritos pelos profissionais de educação física, reforçando a importância da abordagem interdisciplinar. Assim, torna-se evidente a importância da presença desse profissional nas avaliações realizadas em academias de musculação, proporcionando uma visão mais completa do praticante. Dessa forma, o programa de treinamento pode ser elaborado de acordo com as capacidades e necessidades individuais, além de contribuir para a prevenção de lesões. (SOARES e DAMASCENO, 2023).

A atuação do fisioterapeuta dentro do ambiente de treinamento é crucial, conforme demonstrado pelos dados apresentados por Strömbäck et al. (2018), o estudo revelou que levantadores de peso com lesão lombar treinaram menos vezes por semana e que todos os atletas lesionados alteraram suas rotinas de treinamento. É evidente que lesões e dores lombares afetam a rotina dos praticantes de atividades físicas. No entanto, o estudo também indicou que a maioria dos atletas não interrompeu os treinos, reforçando a importância do fisioterapeuta no contexto da musculação, realizando intervenções para redução de exercícios específicos, implementação de exercícios de reabilitação, além de dar ênfase à técnica, ao aquecimento e ao treinamento de flexibilidade (SANTOS et al., 2020).

Um estudo de Castro et al. (2015), buscou avaliar a percepção de lesões em praticantes de musculação em academias com e sem supervisão de um fisioterapeuta. Foi verificado que nas academias que não havia um fisioterapeuta os praticantes tiveram um menor nível de percepção de lesões, e afirma ainda que o índice de lesão dos alunos que sabem da presença dos fisioterapeutas é menor do que o de alunos que não sabem, demonstrando que a possível intervenção do fisioterapeuta no ambiente da academia tem papel fundamental na prevenção de lesões (CASTRO et al., 2015).

A presente revisão apresenta algumas limitações importantes. Uma delas é a escassez de pesquisas focadas na prevenção da dor lombar em indivíduos que praticam musculação, especialmente iniciantes, o que pode ser atribuído à falta de atenção de outras áreas profissionais a essa questão, a carência de estudos que embasem a inserção do fisioterapeuta no âmbito do fitness, além de os estudos atuais apresentarem heterogeneidade nas medidas de desenvolvimento, relatórios inadequados e a possibilidade de viés de publicação.

É desafiador traçar uma linha separando estratégias de prevenção de plano de tratamento da dor lombar, uma vez que a maioria dos artigos disponíveis atualmente abordam o tratamento em conjunto com a prevenção, já que frequentemente os exercícios utilizados são os mesmos. Portanto, nosso estudo se torna relevante, uma vez que identificamos essa lacuna na literatura e reunimos diversos estudos atuais para esta revisão. Com base nas lacunas identificadas, sugere-se novas investigações que possam complementar ou expandir as estratégias fisioterapêuticas para prevenção de dor lombar em iniciantes da prática de musculação.

5.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

A quantidade de praticantes de musculação tem aumentado progressivamente, independentemente do gênero, idade ou condição socioeconômica. O crescimento no número de praticantes de musculação se deve a diversos fatores. Essa atividade não apenas favorece o aumento da massa muscular, mas também melhora a força, contribuindo na funcionalidade das atividades de vida diária. Além disso, promove uma sensação de bem-estar, melhora a saúde cardiovascular, eleva a autoestima e, para muitos, representa um momento de autocuidado e alívio do estresse. Contudo, essa atividade deve ser executada corretamente, pois pode expor os praticantes a dores e lesões, especialmente na região lombar. Academias que contam com a presença de um fisioterapeuta para realizar avaliações, testes funcionais, intervenções e acompanhamento adequados tendem a apresentar uma menor taxa de ocorrência de lesões e maior percepção das lesões quando ocorrem.

A prevenção das lombalgias nos praticantes de musculação pode ser realizada por meio de avaliações posturais, biomecânicas e funcionais, realizadas por fisioterapeutas que conseguem identificar disfunções precocemente, mesmo antes que se manifestem como dor, e dessa forma, realizar intervenções. Após a identificação das disfunções, o fisioterapeuta executa ações que podem incluir orientações a respeito da forma correta de execução do exercício, melhora da técnica, prescrição de exercícios ideais de acordo com a necessidade do praticante, por exemplo, exercícios posturais, alongamentos, exercícios isométricos, isotônicos, isocinéticos, avaliando e corrigindo os desalinhamentos. Além disso, é necessário que os iniciantes na prática de musculação sejam orientados a respeito das cargas, pois o uso de cargas excessivas, é um fator importante para o desenvolvimento de dores lombares em praticantes de musculação. Assim a atuação do fisioterapeuta, assegura uma abordagem individualizada e integral para o bem estar e a saúde do praticante de musculação.

Seria muito importante que novos estudos fossem realizados para ampliar nosso entendimento sobre como prevenir a dor lombar em quem está iniciando na pratica de musculação, já que ainda há poucas pesquisas sobre esse tema. Investigar essa questão não só ajuda a garantir mais segurança para quem treina, mas também incentiva uma cultura de saúde e bem-estar dentro das academias. Além disso, futuras pesquisas poderiam focar em intervenções específicas para diferentes grupos de pessoas, contribuindo para uma população mais saudável e ajudando a reduzir os custos relacionados ao tratamento de lesões.

6.  REFERÊNCIAS

ANÍZIO, V. A. L. Revisão integrativa sobre o treinamento de força em idosos: motivação para a permanência em academias de ginásticas. 2023.

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1Discente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário UniDomBosco, Curitiba, Paraná, Brasil
2Professor Adjunto do curso de Fisioterapia do Centro Universitário UniDomBosco, Curitiba, Paraná, Brasil. Orientador do estudo.