FISIOTERAPIA EM GERONTOLOGIA: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

PHYSIOTHERAPY GERONTOLOGY: PHYSIOTHERAPEUTIC APPROACH IN THE PREVENTION OF FALLS IN PATIENTS WITH PARKINSON’S DISEASE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10061209


Adrielen Farias da Silva1
Alcilane de Almeida Martins1
Ana Maria de Castro Wanderley1
Beatriz da Rocha Silva1
Frannayda Jordana Velásquez Mendoza1
Orientador: Felipe Éden de Souza2
Coorientadora: Kathllen de Souza Lopes3


Resumo 

Resumo 

Este artigo científico apresenta uma revisão de literatura, a pesquisa foi realizada utilizando os principais bancos de dados, como PubMed, Cochrane Library, EMbase, Web of Science, Pedro e Medline, e foram selecionados 10 artigos publicados nos últimos 10 anos, que atendiam aos critérios de relevância, comprovação científica e dados sobre prevenção de quedas. Os resultados indicam que a fisioterapia pode ser uma importante aliada na prevenção de quedas em pacientes com Doença de Parkinson. Foram discutidas as adaptações no protocolo de atendimento para cada nível da doença, desde o estágio inicial até o avançado. As intervenções incluem exercícios de equilíbrio, treinamento de marcha, fortalecimento muscular, entre outros. Este estudo contribui para a compreensão dos benefícios da fisioterapia na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com DP e pode auxiliar na elaboração de protocolos de atendimento mais eficazes.  

Palavras-chave: Fisioterapia em Gerontologia, doença de Parkinson, prevenção de quedas.

INTRODUÇÃO 

A Doença de Parkinson (DP) é uma doença crônica neurodegenerativa, caracterizada pela morte dos neurônios dopaminérgicos da substância negra parte compacta do mesencéfalo. Os neurônios dopaminérgicos são, dentre outros, os responsáveis pelo controle da atividade motora. As principais características clínicas da doença são tremor em repouso, bradicinesia (lentidão no movimento), rigidez muscular (diminuição da amplitude do movimento) e alterações dos reflexos de manutenção da postura, ocasionando instabilidade postural.

As causas dessas alterações funcionais, trazem transtornos no cotidiano dos indivíduos com DP, os impossibilitando na realização de suas atividades básicas de vida diária, relacionadas à mobilidade ou manutenção da intenção da integralidade do ambiente, onde as quais são realizadas com mais dificuldades, exigindo mais esforço físico e uma certa lentidão para realizá-las.

Com tudo, todas essas alterações fazem com que a marcha tenha uma alteração, as funcionalidades alteradas fazem com que a marcha tenha características definidas por passos curtos, rápidos e arrastados, sem a participação dos movimentos dos braços. A estudos em que se entende que se é adquirida pelo fato de uma decorrência de más posturas adotadas pelos portadores da DP, pois a cabeça interioriza-se, ocorre um aumento da cifose torácica com uma flexão de joelhos, onde o corpo adota uma postura que favorece a anteriorização do centro de gravidade.

Sendo assim, dentro desta perspectiva é de suma importância que os serviços de saúde atuem de forma preventiva, logo para diagnosticar e diminuir os fatores de risco, seja quanto para orientar sobre as alterações decorrentes do envelhecimento ou mesmo na reabilitação. O fisioterapeuta deve ser um profissional capacitado para atuar não só no tratamento, mas também na prevenção, pois, essa assistência multifatorial reduz a chance de quedas que podem causar traumas mais graves e/ou até levar à morte. 

Tendo como fisioterapeuta o detentor de conhecimentos, habilidades e capacitação necessárias, para orientar tanto os pacientes quanto seus familiares, com formas seguras de prevenir os riscos de quedas traumáticas, além de trabalhar com o idoso, formas de aumentar sua capacidade funcional, mobilidade, equilíbrio, suporte muscular e sua independência. 

JUSTIFICATIVA 

Os índices de quedas em idosos com Doença de Parkinson (DP) são de altos: 

Uma revisão sistemática relata que são 35 a 90% dos pacientes, já caíram ao menos uma vez. Historicamente as quedas são vistas como uma das últimas manifestações da doença, causadas por uma combinação de fatores característicos da DP e sua progressão. No entanto, indivíduos recém diagnosticados, também são passíveis a sofrer quedas.

Então, observa-se que a queda é vista como o último sintoma da doença, causada por vários motivos. Segundo Alcântara, A.O.5, defende os mesmos princípios, conforme a citação acima. Logo, constata-se que há muitas quedas em idosos com alto índices na doença de Parkinson, são evidenciadas nas características motoras em sua progressão, as quais os primeiros diagnósticos identificados ocorrem também com as quedas. 

A motivação do estudo é para demonstrar que a fisioterapia tem um papel relevante, de suma importância na prevenção de quedas de idosos com a doença, devido às constantes ocorrências nos atendimentos das experiências vividas, relacionadas à doença.

OBJETIVOS 

GERAL:  

  • Reconhecer a Mostrar como o fisioterapeuta atua na prevenção de quedas em idosos com a doença de Parkinson e como lhe afeta em seu dia a dia. 

ESPECÍFICOS:  

  • Descreve como a fisioterapia intervém e atua na prevenção de quedas em idosos 
  • Relatar causas específicas que comentem a quedas em idosos 
  • Apresentar métodos para prevenção de quedas HIPÓTESES: 

1. Os pacientes acometidos da doença de Parkinson, apresentam riscos de queda duas vezes mais com a perda do equilíbrio, pois as quedas têm um grande impacto na mobilidade e qualidade de vida, podendo causar limitações funcionais, por isso o fisioterapeuta possui um papel relevante no tratamento para a prevenção de queda. 

2. A doença de Parkinson acompanhada de outras complicações graves tem sua cura possível, através de tratamento medicamentoso. Com isso o idoso encontra-se apto a gozar de uma qualidade de vida saudável, sem riscos de queda, melhora no desempenho e capacidade funcional evitando o desenvolvimento da doença.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Neuroanatomia 

 O sistema nervoso é o sistema fisiológico mais afetado durante o processo do envelhecimento, responsável por enviar informações ao restante dos sistemas que compõem o funcionamento biológico do corpo, ocasionando desaceleração na resposta do organismo. estruturalmente a massa cerebral reduz chegando a 20% menor aos 90 anos, estando associada a perda neural, ocorre um grau de atrofia cortical, em consequência com aumento volumétrico do sistema ventricular, uniformemente em todas as regiões cerebrais. 12 

O pesquisador aborda como o processo de envelhecimento afeta o sistema nervoso central (SNC), mesmo na ausência de patologias graves, levando-o gradualmente a um declínio cognitivo. Basicamente o SNC é composto por dois tipos celulares: os neurônios, que recebem, processam e enviam informações a outros sistemas do corpo, e as células gliais. Outro processo é a perda de massa branca no encéfalo, que são as mortes celulares e a hipotrofia neural, sendo considerado a principal alteração do SNC.13 

Os anatômicos demonstram como podem ser perceptíveis as alterações nos sulcos e giros, os quais se tornam mais profundos/largos e com considerável estreitamento. As concentrações de corpos celulares em neurônios, fazem a divisão do encéfalo. Por um lado, localizada nos músculos e córtex, encontra-se a substância cinzenta do SNC. Por outro lado, localizada no interior do córtex, há regiões com prolongamentos de neurônios e axônios, denominados substância branca.14 

O professor Fernández V, et al.15, aborda como o córtex cerebral é uma complexa região formada por bilhões de células nervosas relacionadas a funções complexas como motricidade, sensibilidade e mecanismos cognitivos. Dessa forma, o córtex é uma das regiões mais importantes do SNC. O sistema nervoso periférico (SNP) também desempenha uma importante função sensório motora sobre o sistema mantenedor do equilíbrio por meio de impulsos nervosos para a periferia, especialmente para os músculos esqueléticos. As constituições histológicas, anatômicas e morfofuncionais dos SNC e SNP diferem de forma significativa. Porém, tais estruturas compartilham um processo fisiológico comum: o envelhecimento neuronal. 

Os mecanismos homeostáticos que estão envolvidos nesse processo de envelhecimento, ocorrem deficiência no controle genético da síntese proteica e fatores neurotróficos. Há alteração na síntese de RNA ele diminui acentuadamente, tem alteração na estabilidade da molécula de RNAm, levando a queda na síntese proteica nos giros temporais, pré-centrais e hipocampal, no cerebelo e células piramidais.16 

A capacidade funcional reduz com a hipotrofia neural, decorrente da retração do corpo celular normal, causando modificações na citoestrutura, reduzindo a capacidade de transmissão de sinais. Consequentemente, os neurotransmissores falham na sua função, pois são dependentes de enzimas, que também estarão reduzidos por conta da diminuição da síntese proteica.17 

Fisiologia do envelhecimento 

O envelhecimento fisiológico é uma série de alterações que o corpo sofre devido aos efeitos da idade avançada sobre o organismo, o termo envelhecer não significa necessariamente adoecer, a menos que exista doença associada, é esperado que processo de envelhecimento envolve a perda da capacidade de manter o equilíbrio homeostático e funções fisiológicas começam a declinar.10 

Menezes, J.N.R. et al.11, explica que o envelhecimento pode ser definido em três subdivisões: primário, secundário e terciário. O envelhecimento primário está presente em todos os indivíduos, independe de condições ambientais ou da presença de patologias, sendo, portanto, geneticamente determinado. Já o envelhecimento secundário refere-se a doenças, ou seja, à interação entre fatores externos. Estudos mostram a íntima interação entre envelhecimento primário e secundário, e a interrelação entre fatores ambientais pode acelerar os processos básicos de envelhecimento. Em relação ao envelhecimento terciário, também chamado de terminal, é caracterizado pelo acúmulo do processo de envelhecimento em associação às patologias próprias da idade, sendo, portanto, o período de declínio acentuado das funções físicas e cognitivas. 

Aspectos físicos e sociais do envelhecimento 

Dentro da sociedade o prolongamento da vida é uma aspiração. Porém, é necessário agregar qualidade de vida a esses anos adicionais de vida para ser considerado uma real conquista na comunidade. Dessa forma, as políticas sociais voltadas à terceira idade devem levar em conta a necessidade de autonomia, a capacidade funcional, de cuidado, de participação, de autossatisfação, incentivando a integração na sociedade em variados contextos e proporcionando a atenção integral à saúde.

A Statistics Korea publicou sobre o status populacional, em resumo aborda como o envelhecimento tornou-se uma questão primordial para as políticas públicas de todos os países. de acordo com as estatísticas, em 2019, a população era dividida em 25.6% jovem com menos de 15 anos, 63.3% população em idade ativa (15 a 64 anos) e 9.1% população idosa com 65 anos ou mais. Dessa forma, o aumento de despesas médicas ultrapassou as expectativas em 35.7 bilhões de dólares, a justificativa desse aumento é relacionada com expectativa de vida dos idosos, uma taxa de dependência, crescente população idosa e aumento do número de pessoas com doenças crônicas.

Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais no indivíduo. Kim YI et al.7, demonstra que tais alterações são naturais e gradativas. Sendo assim, é importante destacar que essas transformações são gerais, podendo se verificar em idade mais precoce ou mais avançada e em maior ou menor grau, de acordo com as características genéticas de cada indivíduo e, principalmente, com o modo de vida de cada um.  

A qualidade de vida se refere ao interesse pela vida, sempre esteve presente na humanidade. O IBGE explica que os aspectos como mudanças de papéis na família, no trabalho e na sociedade, levam o idoso a perder sua autoestima. Diminuição dos contatos sociais, que se tornam reduzidos em função de suas possibilidades, distâncias e doenças adquiridas, são fatores que confrontam a saúde por um todo. Portanto, qualidade de vida não é algo a ser alcançado, mas a ser incorporado ao cotidiano a partir do esforço e da dedicação individual e/ ou coletiva.

O envelhecimento é um processo natural e inevitável na vida humana, que está associado a diversas mudanças sociais, econômicas e culturais. O Ministério da saúde9, classifica a doença de Parkinson como uma condição neurodegenerativa que afeta principalmente os idosos, levando a sintomas como tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e problemas de equilíbrio. Esses sintomas podem ter um impacto significativo na vida social dos pacientes, afetando sua capacidade de realizar atividades cotidianas e participar de eventos sociais. 

Incidência e etiologia 

Segundo Dorsey ER, et al.18, Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais prevalentes no mundo, atingindo 1% da população com mais de 60 anos. A partir dos 50 anos de idade, a incidência da doença avança progressivamente, no Brasil estima-se que aproximadamente 200 mil pessoas sejam portadoras da DP. Segundo estudos recentes, há um aumento na incidência da DP, o que pode ser explicado pelo envelhecimento populacional e exposição a fatores de risco ambientais. 

De acordo com estudos epidemiológicos, o intuito era buscar possíveis fatores que afetassem a incidência de DP. Dentre esses, o consumo regular de café se destacava, e com uma nova pesquisa, demonstrou que essa prática pode reduzir o risco de desenvolvimento de DP em até 27%. Foi necessário verificar se um estilo de vida saudável e ativo, que incluísse atividade física regular e uma dieta equilibrada, também tinha a capacidade de ajudar a prevenir a doença. Dessa forma, alterar a rotina, utilizando da adoção de hábitos saudáveis e o tendo uma elevação do consumo de café, podem ser considerados como formas de prevenção da DP.19 

Fisiopatologia 

O envelhecimento é um processo natural e inevitável na vida humana, que está associado a diversas mudanças sociais, econômicas e culturais. O Ministério da saúde9, classifica a doença de Parkinson como uma condição neurodegenerativa que afeta principalmente os idosos, levando a sintomas como tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e problemas de equilíbrio. Esses sintomas podem ter um impacto significativo na vida social dos pacientes, afetando sua capacidade de realizar atividades cotidianas e participar de eventos sociais. 

Os pesquisadores Spillantini MG, et al.20 e BLESA, J, et al.21, abordam a DP como uma condição neurológica complexa e multifatorial, que resulta de uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais, levando a disfunção celular, estresse oxidativo, inflamação e morte neuronal. Entre os fatores de risco ambientais estão a exposição a pesticidas e toxinas, enquanto fatores genéticos incluem mutações em genes como SNCA, LRRK2, PARK2 e PARK7. A formação de aglomerados de proteína alfa-sinucleína é outro aspecto importante da fisiopatologia da DP, uma vez que os agregados de alfa-sinucleína estão presentes nos corpos de Lewy encontrados nas células cerebrais dos pacientes. 

Esses agregados são tóxicos para as células nervosas, levando à morte neuronal e disfunção mitocondrial. A degeneração resultante pode causar sintomas motores, como tremor, rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural, bem como sintomas não motores, como depressão e ansiedade. A degeneração neuronal no Parkinson também está associada a disfunção celular, estresse oxidativo e inflamação.22 Baseado nisso, os achados patológicos acima podem levar a alterações motoras e não motoras na DP, como tremores, rigidez muscular, bradicinesia, distúrbios do equilíbrio, disfagia, fadiga, depressão e distúrbios do sono. Essas alterações podem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes com DP e podem ser alvo de intervenções terapêuticas, como a fisioterapia.23 

Embora não haja cura para a DP, Espay AJ, et al.24 apresentou que há tratamentos disponíveis para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os medicamentos que aumentam a disponibilidade de dopamina no cérebro, como a levodopa, são frequentemente prescritos para reduzir os sintomas motores da DP. Além disso, a fisioterapia, a terapia ocupacional e a fonoaudiologia podem ajudar a melhorar a mobilidade e a comunicação dos pacientes. A cirurgia também pode ser uma opção para alguns pacientes, como a estimulação cerebral profunda, que envolve a implantação de eletrodos no cérebro para estimular áreas específicas e melhorar os sintomas motores da DP. 

Tratamento clínico/medicamentoso 

 O tratamento medicamentoso atual da DP, visa principalmente aumentar os níveis de dopamina no cérebro, geralmente por meio do uso de medicamentos como a levodopa. No entanto, o uso prolongado de levodopa pode levar a efeitos colaterais, como discinesias (movimentos involuntários anormais). Uma alternativa que tem sido estudada é o uso de terapia gênica para aumentar a produção de dopamina no cérebro. Cientistas afirmam que a terapia gênica é uma estratégia promissora para a DP, pois fornece uma fonte constante de dopamina no cérebro.25 

Consequência da doença (quedas) 

 Frequentemente os pacientes com DP apresentam sintomas não motores, a dor musculoesquelética pode ser desenvolvida antes ou durante o curso da doença, acarretando uma alteração no grau de autonomia do paciente e na qualidade de vida. A dor da DP tem origem incerta e etiologias diversas, o cotidiano clínico dos portadores se diferem em vários tipos de dor, reforçando a ideia da origem adversa.26 

Alguns estudiosos como Skogar, O. et al.27, acreditam que ela é de origem primária, decorrente de alterações do próprio sistema nervoso central (SNC) subjacentes à própria progressão da doença, outros, por sua vez, defendem que a dor seria um componente secundário da DP, que surgiria como complicação de outros sintomas, como rigidez, discinesias e distonias. A dor musculoesquelética está diretamente relacionada com rigidez, deformidades, e causas reumatológicas, surge desde os estágios iniciais da doença, e manifesta-se preferencialmente como dor nas costas, no pescoço, nos ombros e nas pernas, estando presente sobretudo no hemicorpo com maior acometimento motor. 

Após os 30 anos, o sistema muscular alcança a maturação, as alterações naturais na cartilagem articular e sendo associadas a alterações biomecânicas, provocam a diminuição da função locomotora e da flexibilidade, acarretando riscos de acidentes. Muitas doenças degenerativas provocam alterações ósseas, osteófitos, diminuição na atividade da miosina adenosino-trifosfase (ATPase) das fibras musculares, que leva a fraqueza e ao desequilíbrio, ocasionando no aumento das incidências de quedas em pacientes com DP.28 

A queda é a consequência mais grave ao indivíduo com DP, é um momento não intencional, sem equilíbrio ou força para correção em tempo hábil, é um momento incontrolável que pode ou não causar lesões graves.29 A combinação desses fatores de predisposição a queda, se tornam cada vez mais frequentes com a progressão da DP, então o comprometimento da função cognitiva que influenciam na marcha e o equilíbrio do indivíduo, a instabilidade postural sendo associada a fraqueza muscular, geram um associado que direciona o indivíduo a sofrer eventos de queda.30 

Fisioterapia 

 A fisioterapia é o principal recurso para promover a preservação da mobilidade e atividade muscular, retardando e minimizando a evolução dos sintomas e gerando independência. Um dos fatores principais no desenvolvimento estratégico com esse público é proporcionar habilidades de independência nas comunidades, em casa, em recreações de lazer ou funções de trabalho, incluindo o trabalho multiprofissional com psicologia e fonoaudiologia, que desempenham a função física no indivíduo.31 

A cinesioterapia é o principal recurso utilizado para promover as funções e habilidades em pacientes com DP. As incapacidades provocadas pela DP são visivelmente reconhecidas na marcha do indivíduo, e os objetivos e condutas geradas, tendem a visionar a melhora geral dos comprometimentos, ganhar a funcionalidade, manutenção da mobilidade, reduzindo os sintomas de bradicinesia. A combinação dos fatores otimiza o estado de saúde geral, sensação de bem-estar e seu preparo físico.32 

Uma das estratégias mais utilizadas com esse público é a combinação da fisioterapia com o papel da música durante a realização das atividades. Todos sabem como o estímulo sonoro externo afeta o cérebro possibilitando a abertura do paciente em romper com a inibição motora, proporcionando um ritmo guiado, distração do possível quadro de dor e realização dos movimentos sem restrição psicológica.33 A música também faz com que o cérebro libere endorfinas, Fasano A et al.34, explica que são substâncias associadas ao prazer e à inibição da dor. Além disso, a atenção, que é um componente importante na experiência dolorosa, se desloca para o estímulo musical e a atividade a ele associada. 

Outras estratégias para adquirir desenvolvimento motor para a prevenção de quedas em pessoas com DP, é a prática constante de atividade física em solo ou aquática, um fator auxiliar potencial de proteção, que pode ajudar ou proteger suas consequências. Uma intervenção baseada num treino de força, aeróbico e equilíbrio dentro da hidroterapia, beneficiam exorbitantemente os pacientes com DP, pois a piscina aquecida potencializa a intervenção dos exercícios em diversos sistemas fisiológicos, podendo reduzir os índices de queda.35 O pesquisador Mak MK et al.36, relata que as pessoas com DP diminuem seu nível de atividade física com a progressão da doença, observando uma relação inversa, isso gera redução da independência funcional, potencializado os distúrbios motores e não motores oriundos da DP, contribuindo para aumentar os índices de quedas nessa população. 

Indispensável no tratamento da DP, a eletroterapia, hidroterapia, cinesioterapia e outros recursos apresentam resultados ótimos para a retardação das limitações funcionais e melhorando a qualidade de vida. Há diversas possibilidades na fisioterapia para a melhora do indivíduo com DP, sendo que todas devem ser avaliadas antes de serem encaixadas na ficha de protocolo de atendimento, pois é de suma importância que o protocolo seja adaptado para cada nível da doença, levando em consideração a realidade do paciente com DP.37 

MÉTODO 

O seguinte estudo trata-se de uma revisão de literatura, com método dedutivo e objetivo explicativo, focando nas abordagens fisioterapêuticas na prevenção de quedas em pacientes com a doença de Parkinson. Foi necessário um período de 2 meses para levantar dados suficientes para a revisão do tema abordado. 

Para coletar os estudos, foram utilizados os principais bancos de dados: PubMed, Cochrane Library, EMbase, Web of Science, Pedro e Medline. Para avaliar a qualidade dos estudos utilizou-se a Escala de Banco de Dados de Evidências Fisioterapêuticas. As análises de dados foram realizadas usando planilha do word. 

A estratégia de pesquisa para a coleta nos bancos de dados, envolveu os critérios de termos das pesquisas que incluíram nos textos e cabeçalhos relacionados a assuntos médicos a ‘Parkinson’ ou ‘doença degenerativa’ ou ‘neuropatologia’ ou ‘prevenção de quedas’ ou ‘afecções musculoesqueléticas’ ou ‘doença de Parkinson’ ou ‘quedas em idoso’. 

Foram considerados elegíveis os artigos que continham os seguintes itens atendidos: o nível de relevância em relação ao tema; Pacientes adultos com Parkinson em qualquer estágio; Comprovação científica; contendo dados sobre prevenção de quedas, publicado nos últimos 10 anos. Para exclusão dos materiais foram artigos que que abordam o assunto de maneira secundária, estudos relacionados a determinados grupos que não se encaixam no critério de inclusão. 

Para levantamento dos dados obtidos, utilizou-se o programa word, aplicando na tabela as comparações e selecionando as informações principais como ano de publicação, autores, tema, desenho do estudo e desfecho da avaliação. Com base nas revisões pertinentes do assunto, é esperado chegar a uma comprovação verídica em relação ao estudo.

FLUXOGRAMA

Fonte: próprios autores 

RESULTADOS 

A tabela 1 mostra os artigos selecionados, contendo os sobrenomes dos autores e suas especificações de pesquisa. Para a realização desta revisão, foram utilizados 10 artigos, analisando cada um deles, foi possível avaliar os efeitos e aplicações da fisioterapia na prevenção de quedas em pacientes com doença de Parkinson. 

AUTORESOBJETIVOMETODOLOGIA
Hammerschmitdt 
KSA, et al., 2019
Desenvolver o processo de cuidado gerontológico junto aos idosos com doença de Parkinson, visando à promoção da saúde por meio da criação de gerontotecnologias para prevenção de quedas. Ensaio clínico controlado
SIQUEIRA, Alisson Felipe et al. 2017 Avaliar o efeito de um programa de fisioterapia aquática para o equilíbrio e capacidade funcional de idosos.Estudo clínico, prospectivo e de delineamento longitudinal.
Shen X, Mak MK., 2015O objetivo do estudo é analisar os efeitos do treinamento sensóriomotor no equilíbrio de idosos.Revisão sistemática.
Wong-Yu IS, et al, 2015Investigar os efeitos de curto e longo prazo de um programa de treinamento de equilíbrio específico para tarefas e contextos sobre o equilíbrio dinâmico e o desempenho funcional.Ensaio clínico randomizado com alocação de grupo cego para o avaliador.
Mak MK. El tal., 2015Investigar os efeitos de curto e longo prazo de um programa multidimensional de exercícios internos e externos no equilíbrio, na confiança no equilíbrio e no desempenho da marcha em pessoas com DP.Ensaio clínico randomizado.
Shen X, Mak MK., 2015Explorar se o treinamento de equilíbrio e marcha com feedback aumentado pode aumentar a confiança no equilíbrio em pacientes com DP.Ensaio clínico randomizado.
Shen X, Wong-Yu 
IS, Mak MK. 2016
Determinar os efeitos do treinamento físico na melhoria do equilíbrio e na capacidade de marcha e na redução de quedas em pessoas com DP e investigar possíveis fatores que contribuem para os efeitos do treinamento no equilíbrio e na capacidade de marcha de pessoas com DP.Meta-análise com ensaios clínicos randomizados de 
qualidade metodológica moderada.
Ernst M, et al., 2023Comparar os efeitos de diferentes tipos de exercício físico em adultos com DP na gravidade dos sinais motores e qualidade de vida.Revisão sistemática e metanálise.
Terra BM, Santos SMS. 2017Verificar a efetividade da fisioterapia com a bola suíça na melhora do equilíbrio e marcha em indivíduos com doença de Parkinson.,Trata-se de série de prospectiva.

Tabela 1 – Resultados da pesquisa
Fonte: Próprio autor (2023)

DISCUSSÃO 

Os resultados encontrados por este estudo apresentam posicionamentos diferentes nos protocolos de tratamento, porém ocasionando em resultados semelhantes, com uma análise detalhada dos artigos selecionados é correto afirmar como a intervenção correta no tratamento da DP estabiliza ou retarda a progressão da doença de forma descontrolada, com declínios da perda de memória e funções cognitivas. Pois Palvanen M et al.38 relata que, em estágios leves e com progressão controlada, o risco de queda no idoso com DP é igualado ao idoso sem a doença. 

Estudos realizados por Hammerschmitdt KSA et al.39 abordou por meio da gerontotecnologia as cartilhas educativas, jogos de memória envolvendo movimentos estratégicos de prevenção a queda, entrevista semiestruturada gravada e oficinas com um total de 9 idosos, com intuito de promover a saúde, levando informações de como prevenir quedas e estimulando a cognição do idoso. Com o desenvolvimento da ação, resultou em empoderamento, autoestima, independência, autocuidado e aprendizagem dos pacientes. Um dos resultados mais emergentes e significativos foi a intenção e observação dos idosos com o autocuidado, o interesse em evitar riscos de queda, a fim de manter a qualidade de vida, saúde e bem-estar ou adquirir o aumento deles.  

Nesses sentidos os jogos incluídos são o primeiro passo para estimular outros idosos pois foram baseados em movimentos específicos da fisioterapia e a atividade física de maneira fundamental para revitalizar os sintomas motores: rigidez articular que a DP causa, instabilidade postural, fortalecimentos dos músculos. É um desafio estimular o idoso com DP para o autocuidado, porém o plantar das promoções da saúde e empoderamento da autoestima, ocasiona os profissionais da saúde a realizar um cuidado íntegro e até por vezes criar laços entre o paciente e profissional.  

O autor Siqueira AF et al,40 realizaram um estudo de longo prazo para avaliar o impacto de sessões de fisioterapia aquática no equilíbrio e na capacidade funcional de idosos hipertensos e diabéticos inscritos em um programa de saúde, totalizando 11 participantes. Eles descobriram que, apesar de não haver avanços significativos na capacidade motora, a fisioterapia aquática melhorou consideravelmente o equilíbrio dos idosos. O estudo possuiu desafios, incluindo a insegurança inicial dos participantes no ambiente aquático e uma amostra limitada devido ao tamanho da piscina, dessa forma, é recomendado a promoção da fisioterapia aquática como uma estratégia de saúde para idosos, visando prevenir quedas, e a pesquisa ainda enfatiza a necessidade de avaliar sua eficácia em diferentes grupos de idosos. 

Por seguinte, Shen X e Mak MK,41 direcionam sua busca na prevenção de quedas em pacientes com Parkinson através de O estudo selecionou aleatoriamente pacientes com Parkinson e seu feito demandou a partir de uma pesquisa onde examinaram os efeitos do treinamento de equilíbrio e marcha assistido por tecnologia (grupo 1) em comparação com exercícios de fortalecimento (grupo 2). O treinamento teve a duração de 3 meses, resultados medidos antes e após e um acompanhamento de 12 meses. Resultados mostraram que o grupo 1 teve menos quedas e melhorias significativas no equilíbrio e marcha em comparação com o grupo 2. É pertinente a conclusão do fato de o treinamento assistido por tecnologia poder eficazmente prevenir quedas em pacientes com Parkinson, ressaltando a importância de um acompanhamento de longo prazo para avaliar sua eficácia. 

Na abordagem desse artigo feito por Gusmão SFM e Reis AL,42 examinou-se o impacto do treinamento sensório-motor no equilíbrio de idosos, através de uma revisão sistemática de estudos relevantes. A pesquisa envolveu a busca criteriosa de artigos em bases de dados eletrônicas, selecionando estudos que cumpriram critérios específicos. Os resultados apontaram que o treinamento sensório-motor é eficaz para aprimorar o equilíbrio em idosos, fortalecendo a estabilidade postural, reduzindo o risco de quedas e melhorando a qualidade de vida. As autoras destacaram a importância da fisioterapia e desse treinamento na prevenção de quedas e na promoção da independência funcional em idosos, ressaltando a necessidade de mais estudos para avaliar diferentes abordagens de treinamento sensório-motor e entender os fatores que afetam a resposta dos idosos a essa intervenção. 

Mak MK et al,43 focou-se no impacto de um programa de treinamento de equilíbrio personalizado em pacientes com Parkinson que não sofrem quedas. O estudo envolveu 60 desses pacientes, divididos em dois grupos: um recebeu treinamento de equilíbrio específico para tarefas e contexto, enquanto o outro teve treinamento de equilíbrio mais geral. Os resultados mostraram que o grupo com treinamento personalizado teve melhorias notáveis no equilíbrio e no desempenho funcional, mantendo esses ganhos após seis meses. Isso sugere que o treinamento personalizado pode ser uma intervenção eficaz na melhoria do equilíbrio, o que é crucial na prevenção de quedas em pacientes com Parkinson. No entanto, são necessários mais estudos para entender seu impacto em pacientes com histórico de quedas e em diferentes estágios da doença. 

Neste estudo, conduzido por Wong-Yu IS e Mak MK,44 o foco foi o impacto de um programa de treinamento de equilíbrio abrangente em indivíduos com doença de Parkinson. O estudo de 12 meses, com um grupo de intervenção e um grupo controle, investigou os efeitos a curto e longo prazo desse programa, tanto em ambientes internos quanto externos, sobre o equilíbrio, a confiança nesse equilíbrio e o desempenho na marcha de pacientes com Parkinson. Os resultados mostraram melhorias significativas no equilíbrio, na confiança e no desempenho da marcha em indivíduos com Parkinson que participaram do programa, tanto a curto quanto a longo prazo. A discussão enfatizou a importância de um programa de exercícios que aborda múltiplos aspectos do equilíbrio e é realizado em diversos ambientes, visando aprimorar a qualidade de vida dos pacientes com Parkinson. 

O pesquisador Shen X et al,45 desenvolveu um protocolo de treinamento de equilíbrio e marcha com feedback, na intenção de promover a confiança na marcha dos pacientes com DP. Com acompanhamento de 51 pacientes em 3 a 12 meses e intervenção direta do tratamento em 12 semanas consecutivas, utilizando um sistema tecnológico de dança, com passos e tarefas de alcance. O software possui hastes de luz e tapetes para coletar os dados e assim aumentar a dificuldade da dança, esse sistema envolve desempenho, persuasão verbal, excitação emocional, com passos lentos para rápidos, amplitudes pequenas evoluindo ao aumento de maneira estável, com limite de estabilidade maior e respondendo a intervenções externas de maneira mais estável e oportuna ao caminhar. que foram excelentes para promover a autopercepção da confiança da marcha.  

Foi o primeiro estudo científico que trouxe essa forma de intervenção, resultando em um aumento marginalmente significativo no nível de confiança do equilíbrio autopercebido dos pacientes, que teve progressão ao longo dos 12 meses. O feedback positivo proporcionou um encorajamento aos idosos a praticarem em casa os exercícios básicos e incluindo nas funções diárias, transferências, sentar-se, pisar, caminhar e mudanças rápidas de direção.  

Em outra pesquisa de Shen X com Wong-Yu IS e Mak MK,46 realizaram uma meta-análise com ensaios clínicos randomizados de qualidade metodológica moderada, com o objetivo de determinar os efeitos do treinamento físico na capacidade de marcha, crescimento do equilíbrio e na redução de quedas em pessoas com DP. Com 25 ensaios inclusos, foram estudos que tiveram desfechos relacionados à marcha, ao equilíbrio e/ou quedas, os dados incluíram características da população e as intervenções, avaliados através da Cochrane, a ferramenta de risco de viés.  

As características das intervenções foram treinamentos de marcha que envolviam caminhadas no solo ou esteira e no treinamento de equilíbrio eram aqueles que desafiavam o controle do centro do corpo com movimentos desestabilizadores com bases pequenas e instáveis. Os resultados obtidos são positivos em relação à comprovação que o treinamento físico diário, pode diminuir as incidências de queda em 60%, tanto a curto quanto a longo prazo.  

O Doutor Ernst et al,47 fez um artigo com o intuito de avaliar a influência de diversos tipos de atividades físicas em adultos que sofrem de DP, com foco na análise da severidade dos sintomas motores, na melhoria da qualidade de vida (QV) e na identificação de possíveis efeitos adversos. Foram analisados 156 Ensaios Clínicos Randomizados com um total de 7.939 participantes que apresentaram doença de Parkinson em estágio de nível moderado e sem comprometimento cognitivo significativo. A maioria dos tipos de exercícios físicos avaliados na revisão demonstraram efeitos benéficos em comparação com um grupo de controle passivo.  

Foi observado que o treinamento mental-corporal e o treinamento de resistência apresentam efeitos benéficos leves na gravidade dos sintomas motores, enquanto o treinamento de resistência mostrou um efeito benéfico moderado. O treinamento de marcha/equilíbrio/funcional e o treinamento multidomínio tiveram efeitos benéficos leves na qualidade de vida. Nas descobertas sugerem que o exercício físico é fundamental para melhorar a gravidade dos sintomas motores e a qualidade de vida de pessoas com doença de Parkinson, independentemente do tipo de exercício. No entanto, é importante destacar que sintomas motores específicos podem ser tratados de maneira mais eficaz com programas direcionados para a doença. 

Neste último estudo Terra BM et al,48 realizou uma série de casos prospectivos, com 10 participantes (5 homens e 5 mulheres) que estavam nos estágios 1 a 3 da DP, para investigar se a fisioterapia com a bola suíça pode ajudar a melhorar o equilíbrio e marcha em pessoas com DP. Antes e depois da intervenção, foram medidos a gravidade dos sintomas de Parkinson, a capacidade de manter o equilíbrio em uma perna com os olhos abertos, o tempo que levam para se levantar e andar, o tamanho dos passos e a velocidade ao caminhar. Resultando em uma intervenção que teve um impacto positivo e estatisticamente significativo. As melhorias foram observadas nos sintomas motores do DP, no equilíbrio, na agilidade e na velocidade ao caminhar, bem como no tamanho dos passos. Isso sugere que as técnicas usadas neste estudo podem ser úteis no tratamento de pessoas com DP, melhorando suas habilidades motoras, equilíbrio e mobilidade. 

CONCLUSÃO 

O aumento da expectativa de vida e a alta prevalência da Doença de Parkinson (DP) no Brasil e em todo o mundo destacam a importância de desenvolver novas abordagens no cuidado com idosos. O fisioterapeuta, desempenhando um papel crucial na promoção do autocuidado entre os idosos, deve manter-se atualizado e atento às necessidades de saúde, adotando abordagens dinâmicas e inovadoras. 

Nesse sentido, é essencial que o fisioterapeuta adote uma abordagem abrangente ao fornecer serviços de fisioterapia em gerontologia, incentivando o autocuidado com empatia, baseado em conhecimento científico atual e inovação. Para isso, é fundamental direcionar ações de promoção da saúde para atender às necessidades específicas do público idoso, levando em consideração suas particularidades. 

O treinamento de equilíbrio foi projetado para aprimorar o ajuste postural antecipatório dos participantes, enfocando movimentos rápidos e amplos e a capacidade de responder a perturbações previsíveis. A utilização da bola suíça é eficaz para desenvolver exercícios simples e eficazes. Intervenções como treinamento de passos rítmicos com base em posturografia, dança, Treinamento LOS com Tai Chi e treinamento de passos compensatórios e marcha em esteira demonstraram melhorar o equilíbrio e o desempenho da marcha em pessoas com DP. 

Além disso, o autocuidado pode transformar o processo de ensino e aprendizado, permitindo que os idosos com DP adquiram conhecimentos que os capacitam a cuidar de si mesmos, promovendo mudanças em seu cotidiano. Isso também oferece momentos de descontração e alegria por meio de atividades lúdicas, estimulando a cognição e aliviando o estresse causado pelos sintomas da doença. 

As descobertas positivas deste estudo fornecem uma base científica para o desenvolvimento de intervenções que visam melhorar o equilíbrio e a confiança em indivíduos com DP. São necessárias mais pesquisas para estabelecer a relação entre a recuperação da confiança no equilíbrio e a prevenção de quedas futuras entre a população com DP. 

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ANEXOS

RELATÓRIO DO COPY SPIDER

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 

Fica estabelecido que serão realizadas 2 (duas) reuniões a cada bimestre, referentes à realização do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado: 

FISIOTERAPIA EM GERONTOLOGIA: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON 

Orientador: Felipe Éden de Souza


1Graduando(a) do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP).
2Graduado em Fisioterapia, pela FAMETRO. Pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais, pela Biocurso Pós-graduação, Docente do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP);
3Graduado em Fisioterapia, pela FAMETRO. Pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais, pela Biocurso Pós-graduação e Pós-graduando em fisioterapia em gerontologia pela Faculdade Dom Alberto.