REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7616612
Vitória de Melo Pontes1
Pedro Henrique Sales de Oliveira2
Jessica Kenha Rodrigues Pereira1
William Silva Martins2
Diego dos Santos Silva2
Isa Gabrielle Jesus Mendes Moura Medeiros2
Afonso José Damásio da Silva Filho3
Valdemilson Vieira Paiva1
Maria de Fátima Fontenele Rocha1
Taires Souza do Nascimento1
Alecia Vitória Serra Nunes1
Iolene Alves Silva de Araujo6
Janete Ferreira de Moura Freitas1
Cristina Tainara Silva Lima1
Breno dos Santos Rodrigues8
José Petkovic Pereira de Azevedo7
Milena Costa Vasconcelos5
Gabriela Santos de Sousa5
Karla Cristina Keler de Lima1
Taina Hansen Silva dos Santos1
Guilherme Barbosa Marques Ribeiro1
Antonio Kelton de Brito Carvalho4
Orientador: Francisco Ricardo Miranda Pinto9
RESUMO:
O câncer do colo do útero é uma neoplasia causada pela infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV- 16 e 18), onde a prevenção secundária se dá pelo exame preventivo (PCCU) rastreando lesões no colo do útero e encontra-se disponível de forma gratuita pelo SUS em todas as unidades básicas de saúde. Objetivo: Identificar os fatores que interferem na realização efetiva do exame de PCCU em mulheres alvo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo de traço retrospectivo de literatura utilizando a base de dados Scielo – Scientific Electronic, Google Acadêmico e BVS – Biblioteca Virtual em Saúde. Incluíram-se artigos originais, na íntegra e publicados no período de 2010-2023, no idioma português. Resultados: Foi realizado um estudo minucioso de cada artigo, ao todo 61, desses em questão 35 foram considerados e 26 excluídos por não obedecerem aos critérios de inclusão. Foram retirados dois motivos de cada artigo que interferem na realização efetiva do exame que são: falta de tempo, medo e vergonha; não entendem o exame, falta de interesse; não refere sinais e sintomas e demora dos resultados. Conclusão: Conclui-se que é crucial a intensificação de programas educacionais que possam sanar as dúvidas e minimizar as problemáticas elencadas concomitantes a uma participação ativa do público alvo através de ações que possam abranger o máximo de pessoas, por meio da utilização dos recursos midiáticos a fim de incitar o conhecimento sobre o assunto e estimular a realização do PCCU no público alvo, assim diminuindo seus medos e sanando suas dúvidas sobre o exame.
Palavras-Chave: Papanicolau; Realização; Saúde da mulher.
INTRODUÇÃO
Segundo (Santos et al., 2021), o câncer de colo de útero é um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, como o Brasil. É considerado o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres possuindo como principal causa à infecção persistente pelo papiloma vírus humano (HPV-16 e 18), transmitido, principalmente, por via sexual; estima-se que no ano de 2023 haja uma média de 17.010 novos casos. Apesar de muito frequente, a maioria dos casos não cursa como uma doença típica, e sim, por alterações celulares presentes na região da endocérvice e/ou ectocérvice resultando no câncer de colo de útero (INCA, 2022).
Consideram-se como métodos de prevenção primária o uso do preservativo associado a uma educação em saúde e a utilização da vacina contra as formas ativas do HPV, embora esta por sua vez, ainda apresente falhas sobre cobertura vacinal. Já como método de prevenção secundária há a realização do exame preventivo que identifica alterações no colo de útero (PCCU). O público alvo para a realização deste exame são mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos que já tiveram contato sexual e o período estabelecido é de que seja feito a cada três anos, isso se as duas últimas análises no intervalo de um ano estiverem sem alterações (SANTOS et al., 2021; INCA, 2022).
O câncer do colo de útero é uma neoplasia com alta taxa de regressão espontânea se diagnosticada e tratada de forma precoce (MEDEIROS et al., 2021). Existem alguns fatores importantes que determinam o desenvolvimento das lesões no colo do útero, como por exemplo, início precoce das relações sexuais, número elevado de filhos, recidivas de infecções ginecológicas, imunossupressão, higiene inadequada e o contato com o vírus HPV. Nesse sentido, o rastreamento e a detecção precoce das lesões no colo do útero dão-se, fidedignamente, através do exame preventivo. (SANTOS et al., 2021).
O SUS garante a realização gratuita do exame preventivo nas Unidades Básicas de Saúde. Logo, torna-se relevante a participação efetiva da Estratégia de Saúde da Família-ESF como um mediador do contato entre a população e a Atenção Primária a Saúde -APS, a fim de garantir apropriadamente a realização do exame preventivo, bem como solidificar uma educação em saúde de qualidade para a população alvo das condutas realizadas (SILVA et al., 2021).
Apesar dos esforços realizados pela ESF, para garantir uma cobertura preventiva ampla e eficiente, a fim de reduzir os números de mulheres com CCU, ainda se encontra uma resistência por parte das mulheres, principalmente para a realização do exame preventivo do colo de útero (PCCU). Os profissionais de saúde, tem a missão de oferecer uma educação continuada para o público alvo sobre as ações de prevenção, diagnóstico, tratamento, e ainda, desconstruir os mitos e preconceitos a respeito do câncer de colo de útero (SANTOS et al., 2021; CARVALHO, 2014; DA COSTA, 2017).
Diante do exposto, este artigo tem por finalidade ressaltar sobre fatores que interferem na realização efetiva do exame de PCCU em mulheres alvo nesta revisão bibliográfica. Logo, através de uma investigação minuciosa, foi possível destacar as principais motivações que implicam na resistência por parte das mulheres, na realização do exame preventivo do câncer de colo do útero na atenção primária à saúde sendo falta de tempo, não entenderem o exame, medo e vergonha foram os fatores os que predominaram.
METODOLOGIA
De acordo com Severino (2012), o levantamento bibliográfico é toda a análise de publicações feitas em revistas, livros e impressas escritas que evidencia para o pesquisador registros já publicados e descritos por outros investigadores nos quais, seus estudos se tornam fontes de contribuições a serem fornecidas para as demais pesquisas cientificas realizadas pelas futuras gerações. Logo, o estudo em questão é do tipo revisão de literatura de traço retrospectivo constituído de artigos científicos elegíveis encontrados nas bases de dados Scielo – Scientific Electronic, Google Acadêmico e BVS – Biblioteca Virtual em Saúde, aplicando uma leitura minuciosa dos artigos, por meio dos seguintes descritores: Papanicolau, saúde da mulher e realização. Foram considerados estudos publicados entre os anos de 2010 a 2023 em português, revistas indexadas, disponíveis online que denotavam sobre os descritores citados em suas pesquisas sendo excluídos artigos repetidos, artigos não originais e/ou que não continham dados suficientes para a construção do trabalho e artigos que não se adequassem aos critérios de inclusão. Primeiramente foram selecionados 61 artigos de acordo com o cruzamento dos descritores apresentados, sendo o Google Acadêmico com o maior número de resultados: 51 ou 83,6% dos dados, sendo que apenas 28 deles ou 45,9% obedeceram aos critérios de inclusão, assim na base de dados do Scielo obtiveram 3 artigos ou 4.9% dos artigos sendo que apenas 2 ou 3,2% atenderam com os critérios de inclusão e por fim, a plataforma BVS que obteve 7 artigos sendo considerado apenas 1 ou 1.6% dos artigos. Concluindo, apenas 28 artigos foram utilizados para esse estudo.
RESULTADOS
Figura 1.1: Fluxograma para identificação, avaliação, coleta e análise dos estudos inclusos na revisão baseada nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo e BVS.
Foi realizado um estudo minucioso de cada artigo, apontando dois principais motivos evidenciados de cada investigação que se revelaram ser os alguns fatores que interferem na realização efetiva do exame de PCCU em mulheres alvo, logo após foi feito o fichamento de maneira organizacional classificando-se nas seguintes causas: Falta de tempo; Medo e vergonha; Não entendem o exame, Falta de interesse; Não referem sinais e sintomas e Demora dos resultados, e por fim, os dados foram inseridos no Excel e transformados em um gráfico de coluna agrupado mostrado a seguir.
Fonte: Autora PONTES, V. M
Título | Ano | Autor | Método | Resultado | |
1 | Papanicolaou: por que mulheres não retornam para receber resultado do exame? | 2014 | Lopes et al | Descritivo qualitativo | Falta de tempo e demora da chegada dos resultados |
2 | Exame colpocitológico (papanicolau): o conhecimento das mulheres sobre o preventivo no combate do câncer de colo do útero | 2016 | Alves et al | Revisão de literatura | Medo/vergonha e não entendem o exame |
3 | A atuação do enfermeiro da estratégia saúde da família na prevenção do câncer de colo de útero | 2014 | Ramos et al | Descritivo e exploratório | Medo/vergonha e falta de interesse |
4 | Avaliação do conhecimento de mulheres da cidade de anápolis/goiás sobre o exame de papanicolau. | 2015 | Alves et al | Descritivo e quantitativo | Não entendem o exame e falta de interesse |
5 | Exame papanicolau: percepção das mulheres sobre os motivos que influenciam a sua não realização | 2019 | Silva et al | Descritivo qualitativo | Não entendem o exame e falta de tempo |
6 | Prevenção do câncer de colo uterino: um enfoque a não adesão | 2013 | Silva et al | Descritivo qualitativo | Medo/vergonha e não entendem o exame |
7 | Frequência e fatores associados à adesão ao exame citopatológico periódico do colo uterino | 2016 | Fonseca et al | Descritivo quantitativo | Não referem sinais e sintomas e falta de interesse |
8 | Adesão das mulheres ao exame preventivo de câncer de colo de útero: um ensaio comunitário | 2016 | Oliveira et al | Descritivo qualitativo | Medo/vergonha e falta de tempo |
9 | A percepção de mulheres diante da prevenção do câncer de colo de útero e a realização do exame Papanicolau | 2021 | Silva et al | Revisão de literatura | Medo/ vergonha e não entendem o exame |
10 | Conhecimento das mulheres e fatores da não adesão acerca do exame papanicolau | 2018 | Dantas et al | Descritivo e exploratório | Não entendem o exame e não refere sinais e sintomas |
11 | Conhecimento das mulheres acerca do exame preventivo do câncer de colo de útero | 2021 | Rezende et al | Transversal quanliquatitativo | Não entendem o exame e falta de tempo |
12 | Motivos de não comparecimento para o exame de prevenção de câncer de colo do útero | 2022 | Rodrigues et al | Descrititivo e exploratório | Medo/vergonha e falta de tempo |
13 | Fatores relacionados a não adesão à realização do exame de Papanicolau | 2015 | Silva et al | Descritiva, retrospectiva e transversal | Falta de tempo e medo/vergonha |
14 | O não comparecimento ao exame preventivo do câncer de colo uterino: razões declaradas e sentimentos envolvidos | 2012 | Marcele et al | Qualitativa exploratória | Medo/vergonha e falta de interesse |
15 | Prevenção do câncer de colo uterino •motivos que influenciam a não realização do exame de papanicolaou• | 2015 | Santos & Varela | Revisão de literatura | Não entendem o exame e falta de tempo |
16 | Principais dificuldades para a realização do exame papanicolau em mulheres atendidas em uma unidade básica de saúde no bairro Jaderlândia, Ananindeua, estado do Pará | 2020 | Cardoso et al | Descritivo qualitativo | Falta de tempo e demora da chegada dos resultados |
17 | Fatores que influenciam a não realização do exame de Papanicolaou e o impacto de ações educativas | 2016 | Azevedo et al | Descritivo e quantitativa | Medo/vergonha e falta de tempo |
18 | Epidemiologia e impacto econômico do câncer de colo de útero no Estado de Roraima: a perspectiva do SUS Epidemiology and economic impact of cervical cancer | 2010 | Fonseca et al | Descritivo e retrospectivo | Medo/vergonha e não entendem o exame |
19 | A percepção da vulnerabilidade entre mulheres com diagnóstico avançado do câncer do colo do útero | 2011 | Pimentel et al | Descritivo e exploratório | Medo/vergonha e falta de tempo |
20 | Desafios à organização de programa de rastreamento do câncer do colo do útero em manaus-am | 2012 | Corrêa, Villela e Almeida | Descritivo e quantitativo | Não entendem o exame e falta de interesse |
21 | Itinerário Terapêutico de Mulheres com Câncer do Colo do Útero: uma Abordagem Focada na Prevenção | 2011 | Ribeiro, Santos & Teixeira | Descritivo qualitativo | Não entendem o exame e não referem sinais e sintomas |
22 | Rastreamento oportunístico versus perdas de oportunidade: não realização do exame de Papanicolaou entre mulheres que frequentaram o pré-natal | 2016 | Ribeiro et al | Quantitativo transversal | Medo/vergonha e não referem sinais e sintomas |
23 | Fatores Relacionados à Adesão ao Exame de Papanicolau entre as Mulheres de 18 a 59 anos | 2015 | Almeida et al | Descritivo quantiqualitativo | Não entendem o exame e falta de tempo |
24 | Papanicolaou: diagnóstico precoce ou prevenção do câncer cervical uterino? | 2013 | Santos & Sousa | Revisão qualitativa | Medo/vergonha e não entendem o exame |
25 | Exame citopatológico do colo do útero em gestantes: uma revisão integrativa | 2020 | Guimarães,Sousa & Guimarães | Medo/vergonha e não entendem o exame | |
26 | Barreiras a realização periódica do papanicolaou: estudo com mulheres de uma cidade do nordeste do brasil | 2012 | Diógenes | Descritivo qualitativo | Falta de tempo e não referem sinais e sintomas |
27 | Fatores que interferem na adesão das usuárias ao exame colpocitológico no âmbito da APS | 2022 | Silva & Couto | Descritivo qualitativo | Medo/vergonhae não entendem o exame |
28 | Fatores relacionados a não adesão ao exame citopatológico em mulheres na melhor idade: uma revisão sistemática com Metassíntese | 2020 | Silva et al | Revisão sistemática com metassíntese | Medo/vergonha e demora do resultado |
Foi evidenciado por meio desta pesquisa que são vários os motivos que interferem na realização efetiva do exame Papanicolau (PCCU) em mulheres alvo, levando em consideração primeiramente ao grau de escolaridade das pacientes que interferem diretamente com a não conscientização sobre a importância do exame e concomitantemente com não saber de fato para que o exame realmente serve, sendo que em alguns estudos revelaram que as pacientes relatam ser por higiene intima, imunidade baixa, infecções por bactérias e infecção pelo HPV. Além disso, o medo demonstrado ao realizar o PCCU também se mostra um empecilho para efetivar o exame (DUARTE et al., 2015).
Ademais, a primeira problemática a ser revolvida seria justamente sanar as dúvidas das mulheres sobre o exame, pois isso afeta diretamente a discrepância da gravidade das consequências que podem surgir se o mesmo não for realizado, já que as mulheres não entendem integralmente do que se trata o PCCU. De acordo com um estudo bibliográfico realizado, “73% das mulheres constam que o conhecimento em relação verdadeiro sentido do exame citopatológico é inadequado, apenas 27% foi considerado como conhecimento adequado”, sendo que mais da metade dessas mulheres sentem desconfortos além de medo, como por exemplo, vergonha durante a realização do exame (ALVES et al., 2015).
Destarte, muitas mulheres relatam que seria mais conveniente escolher as profissionais femininas para realizarem seu exame já que se sentem vergonhosas ao estarem despidas na frente de um homem que não seja seu conjugue. Nesse caso, as mulheres se recusam a fazer o PCCU com homens pois ás deixavam retraídas, não sendo uma barreira apenas para garantir uma realização efetiva do exame, mas também coloca em risco a saúde das mulheres, uma vez que, no futuro apenas buscam atendimento quando apresentam sinais e sintomas anormais, além de preferirem fazer com profissionais que elas tenham proximidade, por conta do receito de divulgarem informações pessoais de sua consulta (SILVA et al.,2013).
Apesar de tudo, barreiras organizacionais de serviços, como o difícil acesso para marcar o exame nos locais em que mais teriam alcance facilitado, grande tempo de espera para o atendimento esperado. (SILVA, et al.,2021). Além do que, a distância entre a rede de serviços e suas residências, associado a falta de tempo ao passo que, as mesmas relatam que os horários de atendimento são inacessíveis devido ao trabalho e a correria do dia a dia. (AZEVEDO et al.,2016).
Outrossim, a ausência de sintomas entre as mulheres é outro estigma a ser combatido, uma vez que, algumas mulheres achavam desnecessário a realização do exame pois, não apresentavam quaisquer sinais e sintomas de alterações fisiológicas (SILVA et al., 2019). Dito isso, muitas mulheres compartilham informações erradas frente a procura dos serviços, referindo ser necessário a busca dos exames apenas quando estão a frente de sinais e sintomas, observando-se que elas de fato reconhecem que tem importância diagnostica, mas não discernem de sua particularidade de rastreamento que é necessário ser realizado até mesmo por mulheres assintomáticas (REZENDE et al., 2021).
Há também a demora do retorno dos resultados dos exames e por conseguinte, muitas mulheres não somente adiam a realização do PCCU, como também não o fazem. Essa falha induz as mulheres a não desacreditarem na responsabilidade da Unidade Básica de Saúde, visto que traz sérios transtornos, assim como a ansiedade por exemplo, é um dos resultados emocionais causados pela incerteza dos resultados, já que as mesmas acham que podem portar algo grave, dessa maneira ocasionando também perda de tempo na realização do exame e desvantagens financeiras por causa das idas e vindas na tentativa de receber os resultados (CARDOSO et al., 2020).
Além dos fatores supracitados, a realidade das unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família é a falta de material disponível para a coleta colpocitologica, levando a mulher muitas vezes a desistir de realizar o exame. Diante do exposto, por conta dessa ausência de itens a mulher acaba tendo que por outra vez, remarcar a consulta e passar por todas as barreiras organizacionais já citadas, a exemplo disso, quando a consulta é marcada no horário de trabalho da paciente. (Diógenes et al., 2011). A escassez de materiais para a coleta é uma barreira de acesso, em virtude que a falta de materiais básicos como luvas, especulo vaginal descartável, fixador e dentre outros levando-a passar por aborrecimentos, e futuramente o que era pra ser deixado para depois, acaba não sendo realizado (Silva & Couto., 2022).
CONCLUSÃO
Foram salientados os principais motivos que interferem na realização do exame de Papanicolau em mulheres, envolvendo diferentes barreiras a serem combatidas que dificultam e entravam a fixação de ações eficazes que possam alcançar o público alvo. De acordo com este estudo, foram demonstrados os principais motivos das mulheres não aderirem ao exame, fatores como falta de tempo, medo, vergonha, não entender o exame, falta de interesse, não sentir necessidade de fazer porque não referem sinais sintomas além, da demora dos resultados que acabaram sendo os obstáculos que se estenderam ao longo da pesquisa realizada.
Logo, urge que os programas educativos em saúde sejam intensificados para que as mulheres alvo possam ter mais acesso sobre informações básicas sobre o PCCU, a exemplo disso, como ele funciona, o que diagnostica, a importância de ser realizado na ausência de sinais e sintomas, sua relação com o Papiloma Virus Humano, (HPV), que é um problema de saúde pública que pode ser evitado justamente por meio dessas estratégias educativas direcionadas a todas as mulheres. Essas estratégias por sua vez, podem ser realizadas antes de tudo pelos próprios profissionais da saúde que mais tem contato com o público alvo, assim concomitantemente ratificando a importância de cuidarem de si mesmas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1Graduandos em Enfermagem pelo Centro Universitário Mauricio de Nassau-UNINASSAU
2Graduandos em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba-UFDPar
3Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Vale do São Francisco-UNIVASF
4Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário- INTA
5Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário-UNINTA
6Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba-UFDPar
7Graduando em Farmácia pelo Centro Universitário Mauricio de Nassau-UNINASSAU
8Graduando em Turismo pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba-UFDPar
9Pós-Doutorando em Saúde da Família. Doutor em Saúde Coletiva. Mestre em Saúde Coletiva. Pós-Graduando Lato Sensu em Obstetrícia e Neonatologia. Pós-Graduando Lato Sensu em Gênero, Diversidade e Direitos Humanos. Licenciado em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Língua Espanhola. Licenciado em Pedagogia.