FATORES INTERFERENTES NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS

INTERFERING FACTORS IN THE QUALITY OF LIFE OF ELDERLY

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch102025005101738


Elen Fernanda de Lima1
Prof. Dr. Carlos Fernando Jung2
Roberto Marques Flor de Paula3


Resumo

Este artigo apresenta uma revisão sistemática que tem o objetivo de evidenciar colaborações de estudos sobre os fatores que influenciam de forma positiva ou negativa para a qualidade de vida de pessoas idosas. Para isto, foram selecionadas 28 publicações das plataformas Periódicos CAPES e SCIELO. Constata-se que nos últimos cinco anos aumentou-se o interesse pelo assunto. A variável de fatores que interferem tanto positiva quanto negativamente não desvirtuam as relações que as publicações fazem com a necessidade de um bom envelhecimento, cita-se envelhecimento confortável e com qualidade de vida, pelo contrário, confirmam ainda mais a necessidade da exploração contínua sobre os aspectos envolvidos.

Palavras-chave: idosos; qualidade de vida; expectativa de vida.

Summary

This article presents a systematic review that aims to highlight collaborations of studies on the factors that positively or negatively influence the quality of life of elderly people. For this, 28 publications were selected from the CAPES and SCIELO Periodicals platforms. It is said that in the last five years interest in the subject has increased. The variable of factors that interfere both positively and negatively do not distort the relationships that the publications make with the need for good aging, comfortable aging and quality of life are mentioned, on the contrary, they further confirm the need for continuous exploration of the aspects involved.

Keywords: elderly; quality of life; Life expectancy.

1. Introdução

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 3 meses, de 2017 para 2018, chegando a 76,3 anos. Desde 1940, já são 30,8 anos a mais da expectativa de vida da população. Os dados são das Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas pelo IBGE (IBGE, 2019).

Com isso, o grande desafio que se faz presente é a manutenção da Qualidade de Vida (QV). O conceito de qualidade de vida envolve diversos aspectos como o físico, o mental, o psicológico e o emocional, os relacionamentos sociais, a saúde, entre outros, e muda de pessoa para pessoa de acordo com sua perspectiva de vida. Além disso é amplamente discutido e constantemente revisado, sobretudo no que se refere à população de idosos (MINAYO, 2000; PASCHOAL, 2002).

Para falarmos de QV, devemos trazer para discussão os fatores que estão envolvidos. Podemos citar aspectos físicos, mentais, sociais, demográficos e estilos de vida, onde estão incluídos centenas de outros fatores que determinam nossa saúde. Segundo a OMS (1946) o conceito de saúde é definido como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doenças ou enfermidades.

Junto aos fatores para a qualidade de vida, temos ferramentas para fazer sua medição e mensuração. Os questionários mais utilizados são o WHOQOL-BREF e o SF-36. Além destes, também temos o WHOQOL-OLD que é direcionado para a população idosa, e vários outros como Kruskal Wallis, Mann-Whitney e Correlação de Spearman. Esses instrumentos são vastamente utilizados pelos profissionais e se tornam necessários para a avaliação da qualidade de vida (FLECK, CHACHAMOVICH, TRENTINI, 2006).

Esse artigo tem o objetivo de evidenciar e analisar estudos que geram a discussão sobre os fatores intrínsecos e extrínsecos que interferem na qualidade de vida de idosos, bem como na sua percepção sobre esses fatores e assuntos.

O restante deste artigo está organizado da seguinte forma: a seção 2 apresenta os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa, a seção 3 coloca os resultados, na seção 4 são exibidas as análises e discussões e a seção 5 conclui o estudo.

2 Procedimentos Metodológicos

Este artigo de revisão sistemática reúne estudos sobre os fatores que contribuem de forma positiva ou negativa para a qualidade de vida de pessoas idosas.

Para esta pesquisa foram utilizados três critérios de inclusão, fazendo-se necessário para que o artigo entre nessa revisão: (i) ser publicado no ano de 2000 em diante; (ii) ser um estudo realizado com a população brasileira de qualquer parte do país; (iii) conter a expressão “qualidade de vida” em qualquer parte do trabalho.

Os critérios de inclusão, juntamente com as palavras-chave, foram aplicados sobre duas bases de dados: (i) Periódicos CAPES e (ii) Scielo. Em um primeiro momento, isso permitiu a inclusão de aproximadamente oitocentos artigos que se encaixavam nos critérios. Uma seleção entre os 90 primeiros foi feita, e descartou-se os trabalhos que não se referiam à qualidade de vida do idoso. Com isso, restaram 28 trabalhos para a produção deste estudo.

Após a leitura dos artigos selecionados construiu-se uma planilha no programa Word para organizar e construir o conteúdo deste artigo, contendo as seguintes informações: (i) título; (ii) autores; (iii) links para acesso eletrônico; (iv) local da população estudada; (v) fatores interferentes na qualidade de vida; (vi) aspectos onde os fatores interferentes se enquadram.

Depois da avaliação completa de cada artigo, foram selecionadas as mais consistentes avaliações dos autores sobre o assunto. E por fim, para facilitar a compreensão dos resultados, foram criados gráficos que demonstram o ano de publicação dos artigos, a localização (estado brasileiro) da população estudada e os fatores interferentes na qualidade de vida.

3. Resultados

O Quadro 1 apresenta uma compilação de todas as publicações, utilizada durante a revisão da literatura. Contém o ano de publicação, em ordem cronológica, os autores, o estado brasileiro estudado e o fator interferente na qualidade de vida.

AnoAutor(es)EstadoFatores interferentes na qualidade de vida
2007SÁ, R. M. B.; MOTTA, L. B.; OLIVEIRA, F. J.Rio de JaneiroInsônia
2008REIS, L. A.; MASCARENHAS, C. H. M.; FILHO, L. E.N. M.; BORGES, P. S.BahiaLombalgia

2010
TAKANO, N. A.; CAVALLI, S. S.; GANANÇA, M. M.; CAOVILLA, H. H.; SANTOS, M. A. O.; PELUSO, E.T. P.; GANANÇA, F. F.
São Paulo

Vestibulopatia
2011PEREIRA, K. C. R.; ALVAREZ, A. M.; TRAEBERT, J. L.Santa CatarinaCaracterísticas Sociodemográficas

2012
FERNANDES, A. M. B. L.; FERREIRA, J. J. A.;STOLT, L. R. O. G.; BRITO, G. E. G.; CLEMENTINO,A. C. C. R.; SOUSA, N. M.
Paraíba

Atividade física
2012EIDT, L. M.Rio Grande do SulDoenças da Pele
2013KANSO, S.; ROMERO, D. E.; LEITE, I. C.; MARQUES, A.São PauloEstilo de Vida
2013GADENZ, S. D.; BENVEGNU, L. A.Rio Grande do SulEstilo de Vida
2014JUNIOR, P. R. R.; KOZAN, E. S.; MORAES, J. F.; PEREIRA, F. G.; MORENO, A. B.São PauloVestibulopatia
2014DAWALIBI, N. W.; GOULART, R. M. M.; PREARO,L. C.São PauloCaracterísticas Sociodemográficas
2014CORDEIRO, J.; CASTILLO, B. L. Del.; FREITAS, C. L.; GONÇALVES, M. P.Rio Grande do SulAtividade Física
2015SALVATO, K. F.; SANTOS, J. P. M.; OLIVEIRA, D.A. A. P.; COSTA, V. S. P.; MOLARI, M.;ParanáMedicamento
FERNANDES, M. T. P.; FREDERICO, R. C. P.; FERNANDES, K. P. B.
2015SOUZA, C. C.Rio Grande do SulIntervenção Fisioterapêutica
2015RUVIARO, K.; SILVA, A. L. Da.; VEY, A. P. Z.; VENDRUSCULO, A. P.Rio Grande do SulAtividade Física
2015GASPAR, M. R. F.; PINTO, G. S.; GOMES, R. H. S.; SANTOS, R. S.; LEONOR, V. D.ParanáDisfagia

2016
TAVARES, D. M. S.; MATIAS, T. G. C.; FERREIRA,P. C. S.; PEGORARI, M. S.; NASCIMENTO, J. S.; PAIVA, M. M.
Minas Gerais

Autoestima
2017WINTER, J.; CABRAL, S. M.; CUNHA, G. L. Da.; BARCELOS, A. R. G.; SANTOS, G. A.Rio Grande do SulAtividade Física

2018
GATO, J. M.; ZENEVICZ, L. T.; MADUREIRA, V. S. F.; SILVA, T. G.; CELISH, K. L. S.; SOUZA, S. S.; LEO, M. M. F.
Santa Catarina

Cognição

2019
FILHO, E. R. A.; CHARIGLIONE, I. P. F. S.; SILVA, J.T. C.; VALE, A. M. S.; ARAÚJO, E. K. H. S.; SANTOS, M. F. R.Distrito Federal
Atividade Física
2019AGUIAR, V. F. F.; SANTOS, B. S. C.; GOMES, D. C. N.; TAVARES, T. C. A.ParáCaracterísticas Sociodemográficas
2019SILVEIRA, M. M.; PORTUGUEZ, M. W.Rio Grande do SulCognição
2019SANTOS, P. A.; HEIDEMANN, I. T. S. B.; MARÇAL,C. C. B.; BELAUNDE, A. M. A.Santa CatarinaComunicação
2020ROCHA, L. V.; MARTINELLI, M. C.São PauloAudição

2020
CASSIANO, A. N.; SILVA, T. S.; NASCIMENTO, C. Q.; WANDERLEY, E. M.; PRADO, E. S.; SANTOS, T.M. M.; MELLO, C. S.; NETO, J. A. B.
Alagoas

Atividade Física
2020PAIVA, M. M.; LIMA, M. M.; BARROS, M. B. A.São PauloQueda
2020BUSO, A. L. Z.; VIANA, D. A.; ALVES, L. M. S.;DIAS, F. A.; OLIVEIRA, D. V.; ANTUNES, M. D.; RODRIGUES, L. R.; TAVARES, D. M. S.Minas GeraisCaracterísticas Sociodemográficas

2020
NADOLNY, A. M.; TRILO, M.; FERNANDES, J. R.; PINHEIRO, C. S. P.; KUSMA, S. Z.; RAYMUNDO, T. M.
Paraná

Atividade Física
2020MACHADO, D. R.; KIMURA, M.; DUARTE, Y. A. O.; LEBRAO, M. L.São PauloViolência Doméstica

Quadro 1 – Síntese das publicações no período de 2007 a 2020. Fonte: Autores (2024)

A maioria das publicações estão concentradas nos anos de 2015, 2019 e 2020, totalizando 14 das 28 selecionadas. Isso significa um interesse expressivo pelo assunto recentemente, e podemos notar a sua evolução, ver Figura 1.

Figura 1 – Número de publicações por ano, Fonte Autores (2024)

As populações mais estudadas são dos estados de São Paulo, com 25,00% dos artigos revisados, e Rio Grande do Sul também com 25,00%. Estes estados estão entre os 5 com maior população idosa no Brasil, e entre os mais bem desenvolvidos. O restante do estudo foi bem diversificado pelo território brasileiro, ver Figura 2.

Figura 2 – Número de publicações por estado. Fonte: Autores (2024)

O último gráfico traz os fatores interferentes na qualidade de vida, demonstrando uma grande diversidade, ver Figura 3. Entre eles, se destaca a Atividade Física, com 25,00% das publicações, ficando muito à frente dos outros fatores e indicando a necessidade e eficácia das práticas de atividades físicas de qualquer modalidade. São exemplos os artigos Fernandes et. al. (2012), Cordeiro et. al. (2014), Ruviaro et. al. (2015), Winter et. al. (2017), Filho et. al (2019) e Cassiano, Silva, Nascimento (2020).

Figura 3 – Número de publicações por fatores interferentes na qualidade de vida. Fonte: Autores (2024)

4. Análise e Discussão

A discussão sobre os fatores que alteram a qualidade de vida é um dos pontos chave para administrar a sobrevida que está aumentando ao longo do tempo. De acordo com Cordeiro et. al. (2014) o aumento da expectativa de vida traz consigo a necessidade de acrescentar qualidade aos anos adicionais de vida, sendo que para esse processo a manutenção de uma boa capacidade funcional e memória são partes fundamentais.

Segundo Sá, Motta e Oliveira (2007) a insônia é um fator negativo na qualidade de vida do idoso, demonstrando alta prevalência em idades mais avançadas. Com isso, os cochilos diurnos acontecem e reduzem a urgência de dormir no horário convencional. Metade dos insones estudados relataram cochilos diurnos, o que gera piora na vida social e aumento de risco de acidentes, como quedas.

Reis et. al. (2008) apontam para grande acometimento de lombalgia na terceira idade. Foi verificado que as principais causas para essa condição foram espondiloartrose e hérnia de disco, e que 59,1% da dor lombar tem irradiação para membros inferiores. Mesmo assim, 32,3% das lombalgias não possui diagnóstico sobre a causa etiológica da patologia.

No estudo de Takano et. al. (2010) que utilizou ferramentas como DHI e WHOQOL-BREF, foi demonstrado que as vestibulopatias prejudicam a qualidade de vida dos idosos, e que independe da faixa etária. As idosas com tal acometimento demonstraram pior relação com as “percepções ambientais” e “percepções de saúde”, enquanto que para os homens a pior relação ficou por conta do fator “percepção da funcionalidade”.

No que toca a características sociodemográficas, a pesquisa de Pereira, Alvarez e Traebert (2011) traz que idosos da cidade de Florianópolis que foram questionados de forma global, tiveram uma conotação positiva em sua maioria, quer seja na avaliação da própria qualidade de vida, quer seja na avaliação da saúde geral. Mas características como a baixa escolaridade, renda, e idade avançada ainda interferem negativamente na qualidade de vida dessa população.

Fernandes et. al. (2012) avaliaram idosos através de um protocolo de exercícios físicos de longa duração direcionados para o treino de força, equilíbrio e propriocepção, e o resultado mostrou que o desempenho físico e funcional dos participantes melhorou. Além disso, observou-se aumentos significativos nos comprimentos de passo e passada, e na velocidade de marcha. O único problema relatado é em relação a adesão a um programa de longa duração, onde aconteceram desistências em alguns casos por conta de difícil acesso.

Eidt (2012) traz as manifestações dermatológicas como um meio que interfere na qualidade de vida de idosos. Nos resultados, aponta que características próprias da pele geriátrica decorrentes do envelhecimento cutâneo, doenças associadas, medicações em uso e presença ou não de autonomia devem ter avaliação de rotina para nortear as terapias mais apropriadas, e indica a inclusão deste tema em eventos científicos e periódicos de Geriatria e Dermatologia.

As mortes evitáveis trazem um alerta para a falta de preocupação com o estilo de vida e com a prevenção de um modo geral. No estudo de Kanso et. al. (2013) a expectativa de vida aos 60 anos aumentaria em 20% se esses óbitos não ocorressem. Além disso, os homens demonstram maior suscetibilidade a essa questão principalmente com doenças ligadas ao tabagismo. A qualidade de vida é alterada visto que mais de 50% das vertentes desses óbitos são por doenças crônicas.

Nos achados de Gadenz e Benvegnu (2013) sobre hábitos alimentares, mostra que idosos hipertensos encontram dificuldade para aderir a alimentação saudável. Os resultados mostram que o hábito e o preço são as principais motivações para a escolha dos alimentos, e que não há diferença entre homens e mulheres nesse sentido. Reiteram que a boa qualidade de vida passa por uma boa alimentação, justamente pela prevenção de doenças como a hipertensão.

As vestibulopatias limitam as atividades físicas e demais compromissos cotidianos. Junior et. al. (2014) verificam uma correlação positiva entre qualidade de vida e sintomatologia de tontura, que diz que quanto menor os sintomas de tontura, melhor a qualidade de vida. O programa estruturado de reabilitação vestibular apresentou melhora significativa da sintomatologia de tontura, qualidade de vida geral e dos domínios físicos, emocionais e funcionais dos idosos participantes.

Dawalibi, Goulart e Prearo (2014) mostram que a qualidade de vida é completamente influenciada por aspectos socioeconômicos, devendo ser levado em conta domínios físicos, psicológicos, sociais e ambientais. Em seu estudo, idosos com ensino superior completo, ausência de doenças e residência em São Caetano do Sul, tiveram escores mais significativos que idosos com outras características.

Diante dos achados de Cordeiro et. al. (2014) conclui-se que a atividade física regular pode ser considerada uma ferramenta valiosa para minimizar os declínios de memória declarativa e qualidade de vida, decorrentes do processo de envelhecimento, além de ser uma ferramenta de baixo custo. A realização do teste SF-36 nesse estudo também observou que a capacidade funcional de idosos ativos foi significativamente melhor que a de idosos insuficientemente ativos.

O uso de medicamentos para melhoria da qualidade de vida e aumento da expectativa de vida é abrangente. Dessa forma, Salvato et. al. (2015) estudaram um tratamento para osteoartrite com condroitina/glicosamina e constaram que essas drogas contribuíram para um menor declínio do componente físico, aumentando a qualidade de vida, visto que a osteoartrite causa dor e desconforto, e leva a limitações funcionais e alterações no comportamento social.

Souza (2015) realizou estudo com idosos diabéticos a fim de verificar melhoria na qualidade de vida através de um programa de exercícios físicos. A comparação pré e pós-controle intra-grupo, trouxe que o grupo controle não apresentou mudanças e o grupo intervenção mostrou significativo aumento da pontuação para os domínios “estado geral de saúde”, “aspectos emocionais” e “Escore geral” avaliados por SF-36. Concluiu que o treinamento contribui para prevenção do pé diabético e aumento da qualidade de vida.

Ruviaro et. al. (2015) realizaram um estudo com 70 idosos participantes do GAH (Grupo de Atividades Hidrocinesioterapêuticas) e evidenciaram uma melhoria na qualidade de vida, tanto física, quanto psicologicamente, onde muitos do grupo relataram que apresentavam dores e limitações funcionais que foram sendo diminuídas e até eliminadas com a participação. Também foi levantado que a socialização e o convívio com outras pessoas trouxeram benefícios e é o motivo mais forte pela permanência ativa no grupo.

Segundo Gaspar et. al. (2015) a disfagia neurogênica causada por Acidente Vascular Encefálico leva a um impacto negativo na vida dos acometidos. Os dados de sua pesquisa evidenciaram significância estatística quanto ao tempo de alimentação, medo de se alimentar, saúde mental, social e fadiga, mostrando que esses fatores diminuem a qualidade de vida dos idosos com disfagia neurogênica.

Ao relacionar autoestima com qualidade de vida, Tavares et. al. (2016) que estudaram 1.691 idosos demonstraram que há uma relação direta entre essas duas questões, onde menor autoestima apresenta menor qualidade de vida. O melhor domínio ficou por conta do ambiente e o pior na faceta de autonomia, podendo estar relacionados à menor capacidade de decisão conforme o aumento da faixa etária.

Winter et. al. (2017) avaliaram a atividade física na vida idosa e confirmaram interferência positiva quanto a aspectos físicos, psicológicos e sociais. Esse estudo apontou que a prática de exercícios reforçou no idoso o sentimento de valor pessoal, ao mesmo tempo em que possibilita o prolongamento da vida com qualidade.

Gato et. al. (2018) utilizando o questionário WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD avaliaram 122 idosos e descobriram que nesse grupo as variáveis idade, estado civil, autopercepção de estar saudável e ausência de depressão, são fatores influentes para a qualidade de vida. O consumo de tabaco relacionou-se com a decadência de todos os domínios dos questionários, verificando que o tabaco além de doenças, traz prejuízo psicológico e social.

O sedentarismo é um grande problema entre os idosos. Com essa ideia Filho et. al. (2019) estudaram os benefícios da atividade física em um grupo de idosos de um centro comunitário e constataram melhora no processo de socialização, assim como menor nível de ansiedade e depressão do que a população idosa que não pratica atividades físicas. Além destes, os aspectos físicos e emocionais foram alterados, elevando sua qualidade de vida.

A perda da capacidade funcional (CF) pelo idoso compromete a autonomia e interfere na qualidade de vida (QV), e a idade e sexo estão diretamente associados a isso. A correlação entre idade, CF e QV permitiu identificar que a idade é um dos fatores determinantes, portanto, o estímulo a um envelhecimento saudável deve ser iniciado antes do idoso apresentar alterações funcionais (AGUIAR, SANTOS, GOMES, 2019).

O uso do computador e a informática estão cada vez mais presentes no dia a dia de qualquer cidadão. Nesse sentido, Silveira e Portuguez (2019) avaliaram 114 idosos divididos em GSI (grupo sem informática) e GI (grupo informática). Os resultados entre os grupos quanto à interação do uso do computador, no seguimento de seis meses, demonstraram que o GI, comparado com o GSI, apresentou resultados significativamente melhores nos aspectos cognitivos, sintomas depressivos, qualidade de vida e habilidade motora manual.

No que diz respeito a comunicação através da tecnologia, Santos et. al. (2019) verificaram que o desenvolvimento de novos padrões para o processo de comunicação tem resultado em dificuldades nesse processo interativo por parte do público idoso, que pode se sentir desmotivado e desinteressado ao utilizar as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Contudo, não foi relacionado a qualquer tipo de patologia ou perdas funcionais, apenas a adaptação com novas tecnologias.

Rocha e Martinelli (2020) estudaram o uso de amplificação para idosos com perda auditiva, com intervenção de 3 meses. Constataram melhoria significante nas restrições de participação e esforço de escuta, resultando em aumento dos escores de alguns domínios do questionário de qualidade de vida. Porém, não houve efeito sobre a cognição dos idosos.

As atividades físicas como manutenção da saúde correspondem a uma alternativa eficiente e de baixo custo. Um protocolo misto de exercícios de intensidade moderada, realizado durante 12 semanas, foi avaliado e constatou-se que houve diminuição severa do colesterol total e de sintomas depressivos em idosos, principalmente mulheres. Além disso, observou-se através do SF-36, melhorias nos domínios físico, saúde e vitalidade, condizendo com aumento da qualidade de vida (CASSIANO, SILVA, NASCIMENTO, 2020).

As quedas fazem parte do cotidiano de muitos idosos e podem influenciar sua vida. Segundo Paiva, Lima e Barros (2020) o impacto das quedas na qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) difere conforme o segmento socioeconômico e demográfico do idoso, indicando que cuidados e estratégias devem ser dedicados aos subgrupos mais vulneráveis. O estudo também revelou que idosas do sexo feminino e com menor renda tiveram menor QVRS nos domínios de capacidade funcional, aspectos físicos e dor.

Em estudo feito com idosos octogenários de uma zona rural de Minas Gerais, mostrou que a qualidade de vida está mais relacionada as morbidades e incapacidade funcional nas atividades instrumentais de vida diária. Esses dois aspectos negativos diminuem drasticamente a qualidade de vida desse grupo (BUSO, VIANA, ALVES, 2020).

A adesão a atividades físicas muitas vezes é dificultada pela falta de prazer em realizá-las e pela falta de grupo. Nadolny et. al. (2020) realizaram um estudo com um grupo de idosos participantes de Dança Sênior®, e puderam concluir que esse tipo de atividade gera benefícios em relação à qualidade de vida de modo geral quanto para os aspectos como habilidades motoras, aspectos emocionais, autoestima, funções mentais, habilidades processuais e socialização.

Machado et. al. (2020) realizaram estudo com 1.126 idosos de São Paulo sobre a violência doméstica. A prevalência desse tipo de agressão foi de 10% da amostra, revelando alto índice. A violência de cunho psicológico foi maior em relação a física. A saúde mental e física dos idosos foi comprometida, afetando sua qualidade de vida. Os autores reforçam para mais estudos e intervenções para esses tipos de situação.

5. Conclusões

Este artigo apresentou uma revisão sistemática que integra colaborações que evidenciam fatores interferentes na qualidade de vida de idosos no Brasil. A busca pelos artigos se deu através das plataformas Periódicos CAPES e Scielo, chegando à seleção de 28 artigos. Foi evidenciado que 50% das publicações estão entre São Paulo e Rio Grande do Sul, de forma igualitária de porcentagem, e os outros 50% entre os seguintes estados: Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pará, Bahia, Paraíba e Alagoas.

O estudo demonstrou que o interesse pelo assunto estudado vem aumentando ao longo dos anos, com uma predominância registrada de mais de 60% das publicações a partir do ano de 2015. Apesar de muitos artigos datarem de antes do ano 2000, a maior parte dos achados utilizados ou descartados, data de pesquisas mais atuais.

Foi possível constatar que a atividade física como forma a promover a qualidade de vida, teve papel de destaque. Além de ser o fator mais citado entre todos os interferentes, também foi evidenciado como um meio totalmente eficaz para a melhoria de diversos domínios entre os questionários, como trazem os autores Fernandes et. al. (2012), Cordeiro et. al. (2014), Ruviaro et. al. (2015), Winter et. al. (2017), Filho et. al (2019) e Cassiano, Silva, Nascimento (2020). Por outro lado, há muitos interferentes negativos da qualidade de vida de idosos, como quedas, disfagia, vestibulopatias, doenças de pele, lombalgia e violência doméstica, indicados pelos estudos de Paiva, Lima, Barros (2020), Gaspar, Pinto, Gomes (2015), Eidt (2012), Reis, Mascarenhas, Filho, Borges (2008) e Machado, Kimura, Duarte, Lebrao (2020).

Levando-se em consideração a quantidade de fatores interferentes na qualidade de vida encontrados, a complexidade e as necessidades da vida de idosos e os diferentes e abrangentes povos estudados, todas as publicações confirmam a importância que é descobrir os caminhos que levam a um envelhecimento saudável.

REFERÊNCIAS

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BUSO, A. L. Z.; VIANA, D. A.; ALVES, L. M. S.; DIAS, F. A.; OLIVEIRA, D. V.; ANTUNES, M. D.;RODRIGUES, L. R.; TAVARES, D. M. S. Fatores associados à qualidade de vida dos idosos octogenários da zona rural de Uberaba/MG. Cad. saúde colet., Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, Abr/Jun. 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1414-462×202000020193>. Acesso em: 7 nov. 2020.

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1Mestranda, Orcid: 0009-0008-0627-9168, Email elenlima@sou.faccat.br
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