FATORES EXTERNOS QUE AUMENTAM A POSSIBILIDADE DO DESENVOLVIMENTO DO AUTISMO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

EXTERNAL FACTORS THAT INCREASE THE POSSIBILITY OF DEVELOPING AUTISM: A SYSTEMATIC REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202410132152


Anne Evely Sena Pereira, Antônio Gabriel Costa Rocha de Oliveira Macêdo, Beatriz de Oliveira Rios, Laís Victória Gonçalves Deus, Maria Luysa Fernandes Soares, Raquel Isley Araújo Andrade, Sâmia Milena Gomes Porto, Yasmin Carvalho de Oliveira, Yohana Martins Salvo1, Tâmara Trindade de Carvalho Santos2


RESUMO

Objetivo: o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão sistemática com o intuito de identificar os fatores externos e compreender a sua influência no desenvolvimento do TEA. Metodologia: a metodologia utilizada para essa revisão sistemática foi por meio da seleção de 10 artigos indexados na base de dados online do LILACS, Medline e SciELO, utilizando os seguintes descritores: “autism”, “triggering factors”, “teratogenesis” e “environment”. Resultados: a soma de fatores como idade dos pais, complicações no parto, uso de substâncias pode estar relacionadas, os estudos não apontam determinações diretas, sugerindo que a maior influência para o desenvolvimento da TEA sejam, ainda, os fatores genéticos. Conclusão: As hipóteses relacionadas à influência de teratógenos, às características dos genitores e intercorrências durante a gestação foram, portanto, confirmadas pelos artigos selecionados.

Palavras-chave: Autismo; Fatores desencadeantes; Teratogênese; Ambiente.

1 INTRODUÇÃO

O Autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neuropsiquiátrica, que compromete as habilidades de comunicação e interação social e geralmente tem os primeiros sintomas observados por profissionais até os três anos de idade.  (Cartilha da Secretaria da Pessoa com Deficiência, 2015) 

Caracteriza-se essa disfunção neuropsiquiátrica pela presença de déficits persistentes na comunicação social, ecolalia (falas repetitivas), na interação social e comportamentos repetitivos e restritos em múltiplos contextos, atualmente ou por história prévia, de acordo com o DSM-5. (Manual de Diagnóstico em Saúde Mental, 2022)  

A alteração do desenvolvimento é descrita como uma condição complexa que está relacionada a diversos transtornos do neurodesenvolvimento, os quais englobam características como: padrões de comportamento e interesses, limitação na comunicação e socialização, bem como comportamentos restritos e repetitivos. Uma a cada 44 pessoas têm autismo, atingindo 1% a 2% da população mundial. (Center of Diseases Control and Prevention- CDC, 2022) 

De acordo com o Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento (DCPDC, 2017), o diagnóstico ocorre, em média, aos quatro ou cinco anos de idade, o que retarda o momento ótimo de dar início às intervenções e aos suportes especializados para estimular a criança a desenvolver habilidades que a façam superar as dificuldades encontradas diante do diagnóstico. (ARAÚJO, L. A et al., 2017) 

O Transtorno do Espectro do Autismo integra desordens no desenvolvimento neurológico apresentados desde o nascimento ou no início da infância. Agregam diferentes tipos e níveis, os quais correspondem ao grau de gravidade dos sintomas, bem como a necessidade de suporte exigida. Estão incluídas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Distúrbio Global do Desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE), Transtorno Degenerativo da Infância e a Síndrome de Asperger. (DSM-5, American Psychiatric Association- 2014) 

A rotulação de “espectro” se justifica pelos diferentes níveis que o autismo apresenta. Grau 1 apresentam dificuldades em iniciar interações sociais, bem como pouco interesse e respostas atípicas e complicações em manutenção de conversas, comportamento pouco flexível, dificuldade em organização e planejamento de atividades. Grau 2 possui um menor nível de independência e precisa de auxílio para desempenhas atividades rotineiras, já possuindo dificuldades notórias quanto a comunicação verbal e não verbal, limitada interação social, interesse mais restritos, dificuldades em lidar com mudanças, bem como concentração muito específica. Grau 3 atinge o nível mais grave de todos os sintomas e características relacionadas ao TEA, necessitando de suporte durante toda a vida. (DSM- 5, American Psychiatric Association 2014) 

Conforme o Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento, a identificação e a intervenção ocorrem em uma frequência menor em certos grupos sociais do que em outros. Além desse baixo indício, a quantidade de estudos no país sobre o Transtorno do Espectro Autista é escassa, podendo colaborar para o atraso nos diagnósticos. Tornou-se comum, atualmente, ter o conhecimento de pessoas que obtiveram o laudo de autismo na fase adulta, tanto homens, como mulheres. Algumas características do autismo não são percebidas, sendo encaradas como traços de personalidade própria ou de timidez, o que atrasa o tratamento necessário. (Cartilha do Autista, 2017) 

Como forma de diagnosticar as pessoas com Transtorno do Espectro Autista a avaliação clínica é de suma importância, baseando-se nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM-5). Para essa análise, é necessário a evidência de ter o comprometimento na interação e diálogo social, além de observar dois ou mais comportamentos repetitivos, restritos e estereotipados. Existem características que são de suma importância na análise para o diagnóstico: problema reciprocidade social e/ou emocional, déficits na comunicação não verbal e na manutenção de relacionamentos. (MSD Manuals, 2024) 

Os testes para diagnósticos, como o Autism Diagnostic Observation Schedule-Second Edition (ADOS-2), que é baseado nas métricas do DSM-5, são comumente realizados por profissionais que atuam diretamente com as pessoas portadoras do transtorno, os quais integram o psicólogo ou pediatras especialistas em desenvolvimento e comportamento. Esse método organiza atividades sociais que são projetadas para os variados níveis de desenvolvimento e idade dos indivíduos, as quais fornecem momentos em que as interações sociais, comunicação e comportamentos particulares irão aparecer. (Massachusetts General Hospital, 2024) 

O diagnóstico do autismo passou por diversas mudanças ao longo do tempo, conforme descrito em manuais de categorização nosológica, como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e a Classificação Internacional de Doenças (CID). Nas primeiras edições do DSM, o autismo era classificado dentro do subgrupo das doenças esquizofrênicas infantis, permanecendo associado à esquizofrenia até a nona edição da CID, em 1979, quando ainda não era reconhecido como uma condição distinta e específica, sendo interpretado sob uma perspectiva de doença mental causada por experiências traumáticas, fundamentada em conceitos de estrutura, personalidade e dinâmica psicológica. (GIRIANELLI, V. R. et al., 2023)

Ao longo das décadas, houve uma transição para o modelo biomédico, que adota de forma mais categórico, com uma abordagem em vários eixos: fatores psicológicos, causas físicas e biológicas e influência de fatores ambientais no comportamento. Em 1977, o autismo foi designado como “Transtorno Autista”, mas foi somente na primeira década do século XXI que passou a ser reconhecido como um transtorno do neurodesenvolvimento, sendo denominado Transtorno do Espectro Autista. (GIRIANELLI, V. R. et al., 2023)

Conforme o Instituto Neurosaber, o Transtorno do Espectro Autista não possui cura, porém é possível atenuar os sinais clínicos, como a dificuldade de concentração, de comunicação e os movimentos repetitivos, que a criança com a síndrome pode apresentar. Os pilares para o tratamento exitoso envolvem ter uma equipe interdisciplinar- psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e educadores físicos-, equipes de educação e, principalmente, o núcleo familiar, como importante fonte de apoio para os indivíduos diagnosticados. (BRITES, L, 2024) 

Quanto aos métodos terapêuticos, estão inclusos a Terapia Ocupacional (TO)- indicada para pacientes com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras-, a psicoterapia- estimula o comportamento social, além de atividades que estimulam a cognição, criando motivação para aprender e desenvolver novas habilidades, as quais lhe darão independência-, a terapia medicamentosa- utilizada em casos de indivíduos com ansiedade, alteração no sono e falta de atenção-, a fonoaudiologia- pacientes com TEA que possuem dificuldade em se comunicar no meio social, e também com as pessoas do seu núcleo familiar- e, por fim, a fisioterapia- especial para aqueles que apresentam alterações motoras, como a forma incorreta de andar e de manusear objetos. (MOYANO, A.C. et al., 2015)

O Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC) descreve um pouco sobre o método da Psicoterapia Analítica Funcional (FAP), o qual possui uma abordagem terapêutica que ajuda a promover mudanças em padrões emocionais e comportamentais amplos. Tem o objetivo de tornar o paciente mais hábil, a partir de seu comportamento independente, nas relações que ele estabelece com os âmbitos de sua vida, intensificando as interações as quais lhe ajudam e reduzindo aquelas que lhes expõem ao adoecimento. (CAMPOS, A., 2024)

Outro método de tratamento é o TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados com a comunicação), que visa fazer com que os pais participem ativamente do tratamento voltado aos pacientes portadores do TEA, estabelecendo algumas metas como a adaptação dos indivíduos, seja por meio do desenvolvimento de atividades estruturadas, ou por entre modificação do ambiente para adequá-los às suas dificuldades. (SAMPAIO, T. M. M. et al., 2009)

Um dos maiores desafios enfrentados pelos portadores de TEA é o capacitismo. A falta de informação fomenta o preconceito e o estigma que gira em torno da condição, e dificulta a vida dos autistas, já que, geralmente, possuem menos oportunidades devido a subestimação de suas capacidades. As pessoas com autismo normalmente são vistas a partir de um estereótipo de agressividade e isolamento. Essa visão preconceituosa gera atitudes hostis e desrespeitosa e, muitas vezes, corrobora com o isolamento social. Além disso, principalmente na infância, a dificuldade de atender às instruções e comportamentos diferentes das “expectativas sociais”, podem ser vistos como desobediência ou falta de educação, gerando olhares e/ou comentários desconfortáveis e discriminatórios. (ANDRADE, R. B., 2022)

É válido considerar, portanto que, mesmo diante de tais impasses, como o diagnóstico tardio e o estigma quanto aos indivíduos portadores do transtorno, os casos de TEA têm sido mais prevalentes que alguns anos atrás. Com o surgimento cada vez mais de diagnósticos, possuindo novas estatísticas, desponta uma crescente preocupação entre os pesquisadores e os profissionais de saúde, uma vez que geram dúvidas acerca de efeitos colaboradores ou desencadeadores do aumento do número de diagnósticos.

Diante desse cenário, justifica-se, pois, a necessidade de novos estudos sobre as fontes geradoras desse transtorno- devido ao crescimento da prevalência de pessoas com TEA e a influência que os agentes ambientais exercem sobre o distúrbio-, com o fito de identificar os fatores de riscos significativos e conduzir métodos de prevenção precoce. Desse modo, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão sistemática com o intuito de identificar os fatores externos e compreender a sua influência no desenvolvimento do TEA.  

2 METODOLOGIA 

As informações para essa revisão sistemática foram adquiridas por meio de artigos indexados na base de dados online do LILACS- Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde-, Medline- National Library of Medicine’s e o Scielo- Scientific Electronic Library Online, utilizando os seguintes descritores: “autism”, “triggering factors”, “teratogenesis” e “environment”, escolhidos entre os anos 2017 e 2023, com textos em inglês, espanhol e português. 

O total de estudos selecionados a partir dos descritores foram 34, entres esses, sendo 10 inclusos e selecionados de acordo com os critérios de inclusão: artigos que abordassem fatores externos relacionados ao TEA e que a amostra estudada se restringisse a pessoas com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. Foram excluídos estudos repetidos, artigos que abordassem exclusivamente fatores genéticos, artigos com data de publicação anterior ao ano de 2017 e que tratassem de distúrbios associados ao Autismo. Uma tabela foi construída trazendo um breve resumo sobre os principais resultados obtidos por cada um dos artigos utilizados.

Tabela 1: fluxograma da seleção dos estudos

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024

Os tipos de estudos foram revisão sistemática, revisão de narrativa e estudo de casocontrole. Os resultados emergidos de cada artigo foram inseridos em uma tabela, o que permitiu a obtenção de informações como título, ano de publicação e um breve resumo dos resultados. Dando continuidade à revisão sistemática foi realizada a formulação da discussão dos resultados e sua conclusão. 

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

 Apesar de não haver uma causa específica para o aparecimento do autismo, vários fatores ambientais foram apontados como fatores de risco, os mais comumente estudados estão a idade materna, doenças maternas anteriores a gravidez ou relacionadas a gravidez (préeclâmpsia, infecção materna, doenças crônicas), consumo de medicamentos ou tabagismo, deficiência de ácido fólico e exposição a fatores ambientais (poluentes e pesticidas). Na Tabela 1 apresenta-se um resumo dos principais resultados que foram abordados em cada artigo utilizado para embasamento dessa revisão sistemática.

Quadro 1: Síntese dos principais resultados

TÍTULO
ARTIGO
LOCAL/
ANO DE
PUBLICAÇÃO
TIPO DE
ESTUDO
PRINCIPAIS RESULTADOS
Chapter two- Role
of environmental factors and epigenetics in
spectrum
disorders
Progresso em
Biologia Molecular e
Ciência Translacional.
(2020)
Revisão de literaturaExistem vários desafios durante a
gravidez ligados à prevalência do TEA e seu estudo pode esclarecer melhor as complexidades e semelhanças dos caminhos na etiologia do TEA. Esse artigo faz ligações diretas e indiretas do TEA com alterações epigenéticas, mas as respostas neuroimunes maternas e fetais a uma variedade de estressores durante a gravidez é outro domínio
crucial de pesquisa que ainda precisa ser explorado mais a fundo.
Transtorno do
Espectro Autista e
fatores pós-natal:
um estudo de caso-controle no Brasil
Revista Paulista de Pediatria. (2019)Estudo de caso-controleAssociações positivas e significativas com o TEA em relação às seguintes características maternas: faixa etária ≥30 anos, gestação múltipla e pré-eclâmpsia/eclampsia na gestação, além de associações positivas entre o TEA e a maioria das variáveis relacionadas aos fatores pós-natais, exceto pré-termo, Grande para Idade Gestacional (GIG), ter passado por algum tipo de cirurgia e presença de anemia neonatal.
Transtorno do espectro autista e a suplementação por ácido fólico antes e durante a gestaçãoJornal Brasileiro de Psiquiatria. (2020)Revisão de literatura Em um dos estudos os resultados obtidos apontam o uso do ácido fólico como um possível fator ambiental que desencadeia o TEA, se levado em consideração o nível de folato na corrente sanguínea de crianças com traços autistas e a ingestão da sua forma sintética pela gestante. Além disso, os autores também apontam para o fato de que os níveis de homocisteína encontrados em amostras de sangue dessas crianças são altos. No entanto, outro estudo realizado na Califórnia observou que a suplementação com ácido fólico, 12 semanas antes e até quatro semanas após a concepção, pode reduzir o risco de TEA. Um estudo similar na Noruega corroborou esses achados, mostrando uma redução no risco com suplementação de ácido fólico desde quatro semanas antes até a oitava semana de gestação.
Association between autism spectrum disorder and    peripartum events: a case– control studyRevista Paulista de Pediatria. (2023)Estudo de caso-controleO estudo avaliou 248 crianças/adolescentes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e 886 crianças/adolescentes sem sinais de TEA, encontrando que a patologia foi mais comum entre os meninos (80% no grupo com TEA), e que eventos periparto como a presença de mecônio no líquido amniótico (possível sofrimento fetal), causando um quadro de hipóxia no feto, e parto cesáreo, principalmente quando uma cesariana de emergência, foram os fatores mais associados entre o aumento do risco do Transtorno do Espectro Autista.
Acetaminofeno na gravidez e o risco de TEA em criançasJournal of Medicine and Health Promotion. (2017)Revisão integrativa de literaturaEste artigo aponta a existência de relação entre o uso do Paracetamol e o aparecimento do autismo. Pôde ser observado alteração no desenvolvimento neurológico a partir da ativação do sistema endocanabinóide, alteração no sistema imune ou estresse oxidativo. Apontou maior incidência entre indivíduos do sexo masculino e forte relação com sintomas de hiperatividade.
Transtorno do espectro do autismo e idade dos genitores: estudo de caso- controle no BrasilCadernos de Saúde Pública. (2018)Estudo de caso-controleEsse estudo observou-se associações positivas entre o TEA e as idades paterna e materna no momento do parto. Constatou-se, também, que as chances aumentaram para 2,87 quando pelo menos um dos genitores tinha idade avançada (pai ≥ 45 e mãe ≥ 35), e para 4,22 quando ambos os genitores tinham idades avançadas.
Early exposure to agricultural pesticides and the occurrence of autism spectrum disorder: a systematic reviewRevista Paulista
de Pediatria. (2022)
Revisão sistemática Essa revisão sistemática apontou que existe uma associação entre o aparecimento do autismo e a exposição precoce à pesticidas, a partir da análise de amostras acima do normal, dentre eles: bifenilas policloradas, hexaclorobenzeno e diclorodifenilcloroetileno. Além disso, foi perceptível que, em caso de exposição a certos agrotóxicos, ainda na gravidez, o risco de nascimento de uma criança autista aumenta.
Transtorno do espectro do autismo e o uso materno e paterno de medicamentos, tabaco, álcool e drogas ilícitas.Ciência e Saúde coletiva. (2023)Estudo epidemiológico do tipo caso-controleEsse artigo constatou que o uso de medicamentos antes e durante a gestação foi significativo no grupo caso, podendo estar fortemente associado ao TEA. Ainda nesse viés, o uso durante o 1º trimestre de gestação aumenta as chances de desenvolvimento do transtorno, se comparado aos outros períodos gestacionais. Além disso, o uso de antitérmico/analgésico e outros medicamentos se mostraram mais intimamente relacionados se comparados aos antibióticos. Entretanto, o uso de tabaco, drogas ilícitas e o etilismo, tanto materno quanto paterno, não trouxeram dados significativos.
PREVALENCIA DE FACTORES DE RIESGO AMBIENTALES PRENATALES EN NIÑOS CON TRASTORNO DEL ESPECTRO AUTISTA CONTROLADOS EN UN HOSPITAL DE NIÑOS.Revista Pediatra Eletrônica. (2020)Estudo descritivo transversalOs fatores de risco pré-natal encontrados neste estudo é semelhante aos expostos em outros estudos, principalmente idade dos pais, abortos anteriores e diagnóstico de doenças durante a gravidez. No entanto, a prevalência de fatores como uso materno de tabaco e drogas durante a gravidez, parto prematuro foram muito maiores neste estudo em comparação com outros, e podem estar relacionadas ao diagnóstico de TEA na infância.
Maternal
Inflammation with   Elevated Kynurenine
Metabolites Is Related to the Risk of Abnormal
Brain Development and Behavioral Changes in
Autism Spectrum Disorder
Revista Cells. (2023)Revisão científicaA ativação imune materno como principal fator ambiental relacionado ao desenvolvimento de TEA.  Foram realizadas análises de casos clínicos com pessoas com TEA, e manipulação em mamíferos a fim de verificar a influência do metabolismo de KP. Foi indicado que a inflamação materna no período gestacional acaba influenciando no aumento e super-reação de células da glia no desenvolvimento cerebral do feto. Estudos feitos sobre o efeito da KP em deficiências neurológicas, bioquímicas e neuropatológicas e comportamentais, a fim de realizar intervenções terapêuticas mais específicas.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024

A maior parte dos artigos analisaram a interação entre ocorrências periparto, como a idade materna avançada, gestação múltiplas, e pré-eclâmpsia e eclampsia e, pós-natais, como anemia pós-parto e recém-nascido grande para a idade gestacional, como fatores que desencadeiam o autismo (SILVA et al., 2024). A exposição a dois ou mais eventos periparto nocivos ampliou a chance de ocorrência do TEA, utilizando a ferramenta Odds Ratio (OR) para calcular essa possibilidade do caso acontecer, dessa forma, quanto mais alto o valor do OR maior vai ser a probabilidade do evento do desenvolvimento de TEA. De acordo com o artigo, o valor encontrado para o OR é 1,59 vezes maior para os eventos apresentados. (AGUILA et al., 2020) 

A epigenética tem ganhado destaque como justificativa para a possível relação do autismo com o aumento das idades dos genitores (HAGY, 2024). Associações entre TEA e as idades maternas e paternas foram significativas quando ambos os genitores apresentavam idades avançadas (MAIA et al., 2018). Notou-se também, que complicações na gravidez e no parto, os quais são mais comuns em mulheres com idade avançada também podem estar relacionadas com o TEA. (OLIVEIRA et al., 2023)

Alguns estudos demonstram a existência de uma relação entre respostas neuroimunes maternas e uma grande variedade de estressores, como a exposição materna a agrotóxicos na gestação e o desenvolvimento da condição (HAGY, 2024). É sabido que, apesar das suas contribuições para o agronegócio, algumas substâncias contidas nos agrotóxicos podem prejudicar a saúde humana. A exposição intrauterina ou a até o 1º ano de vida a agentes específicos, afeta negativamente o desenvolvimento da criança e pode causar defeitos no tubo neural, corroborando com a hipótese de relação com o aparecimento do TEA. (BERTOLETTI et al., 2023)

Outro fator ambiental relacionado ao desenvolvimento de TEA foi a ativação imune materna. Alguns artigos descreveram mudanças cerebrais em decorrência da alteração do metabolismo de KP (quinurenina) e inflamação materna durante o estágio gestacional, assim como fatores genéticos ligados a essa questão. Foram realizadas análises de casos clínicos com pessoas com TEA, e manipulação em mamíferos a fim de verificar a influência do metabolismo de KP (MURAKAMI et al., 2023). Ademais, outros fatores como uso de medicamentos durante gestação, hábitos de tabagismo e consumo de álcool antes da gravidez está relacionado ao nascimento de crianças com o transtorno. (CAMARGO et al., 2024)  

Os artigos sobre o uso prolongado do paracetamol na fase pré-natal apresentaram que existe relação entre esse medicamento e o desenvolvimento do TEA, a partir de observações diferentes (CAMARGO et al., 2023). Alguns apontam que a condição é desencadeada a partir da ativação do sistema endocanabinóide no feto, afetando seu desenvolvimento. Houve alguns, ainda, que evidenciaram que a causa seria a partir do mecanismo oxidativo e, outros, o efeito da droga no sistema imunológico. (MELO et al., 2017)  

Outra hipótese levantada analisa a relação entre a suplementação de ácido fólico e o desenvolvimento do TEA. É imprescindível a importância do ácido fólico para a formação do tubo neural, pois auxilia na prevenção de anomalias como espinha bífida e anencefalia. Entretanto, associa o uso em níveis elevados do ácido fólico ao desenvolvimento do TEA, pois pode causar alterações no sistema nervoso (CASTELANO et al., 2010). Em relação ao tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas, os dados mostrados não apontam resultados que confirmem a associação dessas ao transtorno do espectro autista. (CAMARGO et al., 2024).  

Embora, a soma de fatores como idade dos pais, complicações no parto, uso de substâncias pode estar relacionadas, os estudos não apontam determinações diretas, sugerindo que a maior influência para o desenvolvimento da TEA sejam ainda os fatores genéticos. (MAIA et al., 2018) 

4 CONCLUSÃO

Na revisão sistemática foram apresentados fatores que influenciam no desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista, dentre eles os estímulos estressores durante a gravidez, como, pré-eclâmpsia na gestação, suplementação do ácido fólico no primeiro trimestre, exposição materna a agrotóxicos, uso de antitérmicos e analgésicos no primeiro trimestre gestacional, uso de drogas e entorpecentes- tabaco-, como contribuintes para o desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista. Percebe- se ainda, a relação entre a idade paterna e materna avançada e a ocorrência de parto pré-maturo, com o desencadeamento do transtorno de autismo em bebês.

Além disso, percebe-se que a discussão sobre o Autismo na sociedade precisa ser fomentada, visto que a população trata esse tema com estigma. Essa situação é estimulada pela visão capacitista que muitas pessoas possuem em relação aos indivíduos com o TEA. Desse modo, estudos na área, são necessários para um maior número de diagnósticos precoce, visando facilitar a vida do autista. Nesse contexto, também, nota-se que são poucas e raramente utilizadas, as formas de tratar esse transtorno, fazendo-se necessário mais trabalhos relacionados ao tema, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida, integrando os autistas plenamente no meio social. Assim, é notório uma maior atenção ao tema é crucial para diminuir muitos desafios na vida das pessoas autistas  

É notório a existência de poucos estudos realizados nesse eixo, e, por isso, vê-se a necessidade de realizar mais pesquisas para resultados mais conclusivos, os quais possam provar decerto a existência da relação entre os fatores extrínsecos com o aumento no desenvolvimento do Transtorno do Espectro autista. Deve-se enfatizar, a viabilidade da contribuição do presente documento para uma maior atenção, a prevenção contra fatores de risco durante a gravidez, propiciando um melhor cuidado de saúde e evitando casos de TEA.

REFERÊNCIAS

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1Docente Drª em Biotecnologia, no curso superior de Medicina da Faculdade Ages de medicina. Campus Jacobina- BA. e-mail: tamara.carvalho@ages.edu.br

2Discentes do curso superior de Medicina da Faculdade Ages de medicina. Campus Jacobina- BA