STRESSORS IN THE TEACHING-LEARNING PROCESS OF MEDICAL STUDENTS: AN INTEGRATIVE REVIEW
ESTRESORES EN EL PROCESO DE ENSEÑANZA-APRENDIZAJE DE ESTUDIANTES DE MEDICINA: UNA REVISIÓN INTEGRADORA
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7931462
Wanderson Alves Ribeiro1
Victor Almeida Ribeiro2
Letícia Moreira de Souza3
João Luiz Ramos de Souza4
Letícia Pires de Araújo5
Gustavo Costa Meira6
Felipe de Castro Felicío7
Felippe Gomes de Oliveira Neves8
Lucas da Silva Lemos9
Monique Grazielle de Souza Alves10
Ary Carlos Spacoski da Silva11
Enimar de Paula12
Resumo
Introdução: Graduandos de medicina, comumente, iniciam a vida universitária após anos de dedicação e esforço com esperanças e ideais altruístas, e o anseio de porventura serem instrumentos de cuidado e acolhimento. Entretanto, após o início e durante a graduação, há certa tendência para o declínio da saúde mental desses graduandos, com consequente perda das qualidades humanitárias e empáticas. Objetivo: evidenciar os impactos e repercussões dos fatores que acometem os graduandos do curso de medicina. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa. Foi então realizada a busca através das bases: MEDLINE; PubMed; BIREME; LILACS; BVS; SciELO e Google School. A partir dos critérios de inclusão e exclusão foram realizadas buscas de evidências nas seguintes bases de dados eletrônicas supracitadas, por meio da estratégia PICOT, sendo finalmente selecionados 18 artigos para a revisão da integrativa. Resultado e Discussão: foram construídas três categorias para discutir os resultados dos estudos: Fatores estressores que acometem os graduandos do curso de medicina; Impactos e Repercussões dos fatores estressores no processo de ensino-aprendizagem dos graduandos de medicina; Estratégias para diminuição dos fatores estressores que acometem os graduandos do curso de medicina. Conclusão: Esta revisão identificou as prevalências de depressão, ansiedade e estresse nos graduandos de medicina brasileiros e apresentou uma classificação e discussão sobre os fatores associados mais citados na literatura nacional. Algumas limitações desta revisão concernem-se à utilização de apenas duas bases de dados nacionais e período de publicação dos artigos. Recomenda-se, portanto, cautela na generalização dos resultados apresentados.
Descritores: Graduandos de Medicina; Ensino; Saúde mental; Graduação de medicina.
Abstract
Introduction: Medical students commonly start university life after years of dedication and effort with altruistic hopes and ideals, and the yearning to perhaps be instruments of care and reception. However, after beginning and during graduation, there is a certain tendency for the mental health of these undergraduates to decline, with a consequent loss of humanitarian and empathic qualities. Objective: to highlight the impacts and repercussions of the factors that affect undergraduate medical students. Methodology: This is an integrative review. A search was then carried out through the following bases: MEDLINE; PubMed; BIREME; LILACS; VHL; SciELO and Google School. Based on the inclusion and exclusion criteria, searches for evidence were carried out in the following electronic databases mentioned above, through the PICOT strategy, and 18 articles were finally selected for the integrative review. Results and Discussion: three categories were constructed to discuss the results of the studies: Stressor factors that affect medical students; Impacts and Repercussions of stressors in the teaching-learning process of medical students; Strategies to reduce the stressors that affect undergraduate medical students. Conclusion: This review identified the prevalence of depression, anxiety and stress in Brazilian medical students and presented a classification and discussion of the associated factors most cited in the national literature. Some limitations of this review concern the use of only two national databases and the period of publication of the articles. Therefore, caution is recommended in generalizing the results presented.
Descriptors: Medical students; Teaching; Mental health; Medicine graduation.
Resumen
Introducción: Los estudiantes de medicina comúnmente inician la vida universitaria después de años de dedicación y esfuerzo con ilusiones e ideales altruistas, y el anhelo de ser quizás instrumentos de atención y acogida. Sin embargo, después del inicio y durante la graduación, existe una cierta tendencia a que la salud mental de estos estudiantes se deteriore, con la consiguiente pérdida de cualidades humanitarias y empáticas. Objetivo: resaltar los impactos y repercusiones de los factores que afectan a los estudiantes de medicina. Metodología: Esta es una revisión integradora. Luego se realizó una búsqueda a través de las siguientes bases: MEDLINE; PubMed; BIRREME; LILAS; BVS; SciELO y Google School. Con base en los criterios de inclusión y exclusión, se realizaron búsquedas de evidencia en las siguientes bases de datos electrónicas mencionadas anteriormente, a través de la estrategia PICOT, y finalmente se seleccionaron 18 artículos para la revisión integradora. Resultados y Discusión: se construyeron tres categorías para discutir los resultados de los estudios: Factores estresantes que afectan a los estudiantes de medicina; Impactos y Repercusiones de los estresores en el proceso de enseñanza-aprendizaje de los estudiantes de medicina; Estrategias para reducir los estresores que afectan a los estudiantes de pregrado de medicina. Conclusión: Esta revisión identificó la prevalencia de depresión, ansiedad y estrés en estudiantes de medicina brasileños y presentó una clasificación y discusión de los factores asociados más citados en la literatura nacional. Algunas limitaciones de esta revisión se relacionan con el uso de solo dos bases de datos nacionales y el período de publicación de los artículos. Por lo tanto, se recomienda precaución al generalizar los resultados presentados.
Descritores: Estudiantes de medicina; Enseñando; Salud mental; Graduación de medicina.
1 INTRODUÇÃO
A formação de um universitário é pautada principalmente em dois eixos, a formação técnica e profissional. Representando um momento de múltiplas experiências, troca de saberes e expectativas. Entretanto, ela também está associada a fatores estressores, tais como medo do fracasso, imposição do mercado de trabalho, cobranças familiares, etc., os quais acabam propiciando estresse, desgastes de ordem biopsicossocial ao acadêmico, o que prejudica a sua saúde (SOBRAL, 2022).
O estresse é cada vez mais frequente e rotineiro na sociedade atual. Isso decorre de o fato da vida ter ficado mais complicada no século XXI com aumento da pressão para ser mais rápido, preciso e profissional, mesmo diante das conquistas tecnológicas e de um menor desprendimento de esforço físico preciso para a realização de atividades no dia a dia, impactando na qualidade da saúde mental (SILVA et al., 2021).
Conceitualmente, pode-se assumir o estresse como uma ameaça verdadeira ou fictícia ao estado de harmonia do organismo humano que tem a competência de interferir nas respostas mais apropriadas e previstas em determinada situação, sendo apontado como um fator deletério à saúde e ao bem-estar das pessoas. Apontado como um dos principais males que afetam as pessoas hodiernamente, o estresse influencia o homem em suas mais variadas maneiras de convívio social (MACHADO et al., 2020).
Corroborando ao contexto, cabe mencionar que o estresse pode ser entendido como um conjunto de respostas fisiológicas, cognitivas, emocionais e comportamentais do organismo frente a situações percebidas como ameaçadoras. Além de estar associado a queixas psicopatológicas, como depressão e ansiedade, o estresse pode contribuir para a etiologia de várias doenças (hipertensão arterial essencial, úlceras gastroduodenais, câncer) e afetar a qualidade de vida e na saúde mental individual e de populações específicas (AMORIN et al., 2018).
A saúde mental do universitário tem se transformado no principal foco de atenção de especialistas da área de saúde, bem como da sociedade em geral, nos últimos anos. Esse fato tem proporcionado um aumento no número de pesquisas científicas com o objetivo de identificar possível associação entre a exposição de graduandos de medicina a eventos estressantes e a ocorrência de desfechos negativos para a saúde mental dessa população (QUEIROZ, 2019).
Graduandos de medicina, comumente, iniciam a vida universitária após anos de dedicação e esforço com esperanças e ideais altruístas, e o anseio de porventura serem instrumentos de cuidado e acolhimento. Entretanto, após o início e durante a graduação, há certa tendência para o declínio da saúde mental desses graduandos, com consequente perda das qualidades humanitárias e empáticas (MELO et al., 2022).
Vale ressaltar que desde a Reforma Universitária ocorrida no Brasil em 1960, as universidades deixaram de ser uma simples transmissora de conhecimento, para ser um espaço de troca, produção e aprendizagem. Possuindo nos dias atuais, o dever de proporcionar uma formação de qualidade, onde seus graduandos serão capazes de desenvolver pensamento crítico e criativo, com bom domínio da tecnologia em vigência, de dinâmica em grupo e de destreza na comunicação frente à diversas situações que presenciam (CARDOSO et al., 2022).
As novas estruturas curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, preveem um curso de 6 anos de graduação, cumprindo carga horária em média de 30 horas semanais. Onde os dois primeiros anos são dedicados ao estudo das disciplinas básicas (VILAGRA et al., 2022).
A partir do terceiro ano inicia-se o ciclo clínico, quando os graduandos começam a frequentar hospitais e unidades de saúde. Nos dois últimos anos, conhecido também como internato, os graduandos cumprem estágio curricular obrigatório de treinamento em serviço nas grandes áreas básicas do conhecimento médico (VILAGRA et al., 2022).
Infelizmente, estudos comprovam que durante esses anos de formação, os acadêmicos de medicina estão atrelados a diversos fatores estressores, como a exaustão, autocobrança, medo do fracasso e outros sentimentos que propiciam desgastes de ordem biopsicossocial, o que prejudica a sua saúde física e mental (OTTERO; IOST; CUNHA GONÇALVES, 2022).
Cabe mencionar que, esse novo panorama de adaptação e os fatores a ele relacionados coloca o estudante universitário em um estado de vulnerabilidade, aumentando as chances de quadros psicopatológicos e consequentes dificuldades no desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos. Além disso, diferentes fatores estressores principais ocorrem no início da graduação como o volume de informações que o aluno passa a receber e as mudanças nos métodos de estudo e carga horária e no final da graduação como a insegurança sobre a própria competência profissional e sobre o acesso ao mercado de trabalho (COSTA et al., 2022).
O ingresso na graduação em medicina representa um momento de grandes transformações na vida do jovem e envolve diferentes eventos, tanto externos como internos. Os eventos externos estão relacionados com os ambientes acadêmico e social do acadêmico, já os internos envolvem as condições pessoais, como a capacidade dos graduandos de encarar os diferentes eventos, as reações físicas psicossomáticas e os estados de humor. Além disso, fatores como o convívio com pessoas portadoras de diferentes doenças e prognósticos ruins, a carga horária exaustiva do curso, o volume de conteúdo a ser estudado e a cobrança para a conquista de bons desempenhos tornam o estudante de medicina ainda mais vulnerável a problemas de saúde mental (QUEIROZ, 2019; KUBRUSLY et al., 2021).
Segundo Puthran (2016), os acadêmicos passam por sentimentos depressivos, suicidas e ansiedade. Acreditando que o grande número de informações que o aluno passa a receber, a carga horária e a insegurança sobre a competência profissional são os principais motivos para o despertamento desses sentimentos.
Fatores esses, que acabam colocando o estudante em posição de vulnerabilidade, favorecendo as chances de quadros psicopatológicos e consequentes dificuldades no desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos (HOLANDA COLLI; BIBERG-SALUM; GONZALES, 2022).
Embora os graduandos de medicina estejam expostos às mesmas situações estressantes, alguns parecem lidar com tais situações de forma mais adequada. Isso ocorre por que os fatores estressores são percebidos de forma subjetiva por cada aluno e isso determina o grau de resiliência de cada um (QUEIROZ, 2019).
Nesse contexto, pode-se inferir que a cultura médica divulga e aceita a ideia de que alunos de medicina e médicos não conseguem ter um estilo de vida saudável. Inseridos nessa conjuntura, a ideia do médico como super-herói continua sendo propagada, e eles aprendem a descuidar das próprias necessidades, o que os deixa mais expostos a sintomas psicológicos e ao uso de drogas, arruinando a construção da sua identidade profissional, como também o zelo que terão com o paciente (MACHADO et al., 2020).
Sendo assim, o presente estudo se justifica através dos diversos sentimentos que são despertados ao longo dos anos por acadêmicos de medicina, onde os mesmos apresentam alto índice de adoecimento mental.
Graduandos de medicina estão cada vez mais suscetíveis a desenvolver tal agravo, pois além dos fatores estressores que estes passam com cargas horárias extensas e estressantes de estudos, há o fato destes lidarem diretamente com pacientes, o que poderá contribuir para o surgimento das dimensões dessa síndrome antes mesmo da sua formação (MARTINEZ et al., 2021).
A caracterização estressante do curso de Medicina é destacada na maioria dos artigos científicos, em seus causadores e suas consequências para a saúde dos graduandos. O estresse se torna um fator importante a partir do contato com o treinamento médico e colabora para a redução do bem-estar psíquico e o aumento de quadros com diagnóstico de depreciação psicológica como a ansiedade, a depressão e o burnout (LARA et al., 2020; COSTA et al., 2022).
Estudos realizados revelaram, em uma meta-análise, que a prevalência de depressão nos graduandos de medicina é de 28%com uma prevalência de ideação suicida de 5,8% entre todos os acadêmicos de medicina, independente do grau de depressão. O estudo revelou ainda que, um em cada cinco graduandos de medicina apresenta ansiedade de natureza alta, número que é superior ao de universitários de outros cursos. Outro dado a ser considerado nesse estudo é a incidência de ansiedade ao longo do curso: no primeiro ano, 19,1% possuem sintomas de ansiedade, baixado para 11,6% no terceiro ano e voltando a subir para 20% no último ano de graduação (CORREA et al., 2021; COSTA et al., 2022).
A caracterização estressante do curso de Medicina é destacada na maioria dos artigos científicos, em seus causadores e suas consequências para a saúde dos graduandos. O estresse se torna um fator importante a partir do contato com o treinamento médico e colabora para a redução do bem-estar psíquico e o aumento de quadros com diagnóstico de depreciação psicológica como a ansiedade, a depressão e o burnout (MENDES et al., 2021; COSTA et al., 2022).
Percebe-se assim, a necessidade de identificar precocemente nos graduandos de medicina, a existência do estresse e, dessa forma, esclarecer os possíveis fatores de riscos específicos, bem como propor medidas preventivas a fim de que seja possível, reduzir os fortes impactos gerados pelo adoecimento, trabalhando ações modificadoras que poderão influir tanto no bem-estar quanto na prevenção e no surgimento de doenças entre esses graduandos (OLIVEIRA et al, 2019).
Tendo como objetivos gerais: evidenciar os impactos e repercussões dos fatores que acometem os graduandos do curso de medicina; e como objetivos específicos: identificar os fatores estressores que acometem os graduandos do curso de medicina; descrever os impactos e repercussões dos fatores estressores no processo de ensino-aprendizagem dos graduandos de medicina e ainda, propor estratégias para diminuição dos fatores estressores que acometem os graduandos do curso de medicina.
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa, metodologia cuja proposta combina “dados da literatura teórica e empírica, além de incorporar um vasto leque de propósitos: definição de conceitos, revisão de teorias e evidências, e análise de problemas metodológicos de um tópico particular (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
Cabe mencionar que, a construção da revisão integrativa da literatura se dá por etapas, cuja primeira etapa se refere à definição do tema a ser abordado e, por conseguinte, na elaboração da questão norteadora para a condução das pesquisas.
Assim, é capaz de identificar lacunas de conhecimento, levantar o conhecimento já produzido e indicar prioridades para futuros estudos, ou seja, é uma “metodologia que proporciona a síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
Foi então realizada a busca através das bases: Medical Literatura Análises (MEDLINE) via PubMed, Centro Latino Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (BIREME), e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), virtual em Saúde (BVS), Brasil Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google School.
Os critérios de inclusão para a seleção dos artigos foram estudos científicos na íntegra, em língua portuguesa, inglesa e espanhola, publicados até o mês de julho de 2022, de acesso livre e gratuito. Como critérios de exclusão foram desconsideradas publicações anteriores a 2018, produções não relacionadas à temática, artigos repetidos ou apenas com resumo, dissertações e teses.
A avaliação dos estudos quanto ao nível de evidência (NE) seguiu a proposta de Melnyk e Fineout-Overholt (2005), como apresentado no Quadro 1.
Quadro 1 – Classificação dos níveis de evidências.
Fonte: (MELNYK; FINEOUT-OVERHOLT, 2005).
Optou-se pelos seguintes descritores: Graduandos de Medicina; Ensino; Saúde mental; Graduação de medicina. Cabe mencionar ainda que, por se tratar de um estudo bibliográfico do tipo revisão integrativa e não envolver seres humanos, o parecer do Comitê de Ética em Pesquisa foi dispensado.
A partir dos critérios de inclusão e exclusão foram realizadas buscas de evidências nas seguintes bases de dados eletrônicas supracitadas, por meio da estratégia PICOT, que representa um acrônimo para Paciente/problema, Intervenção, Comparação, “Outcomes” (desfecho) e Tempo. Os vocabulários de descritores controlados foram os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), utilizados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), inseridos na base de dados, com a utilização da estratégia PICOT, conforme apresentado no Quadro 2.
Quadro 2 – Busca de evidências nas bases de dados por meio da estratégia PICOT.
Acrônimo | Definição | DeCS |
P | Paciente ou População | Graduandos de Medicina |
I | Intervenção | Ensino |
C | Controle ou comparação | Não se aplica |
O | Outcomes/Desfecho Clínico | Saúde mental |
T | Tempo/Período observado | Graduação de medicina |
Fonte: Construção dos autores (2022).
Diante do exposto, no presente estudo formulou-se a seguinte questão para guiar as buscas dos estudos: Quais os impactos e repercussões dos fatores estressores no processo de ensino-aprendizagem dos graduandos de medicina?
Figura 1: Discriminação das etapas da estratégia PICOT.
Fonte: Construção dos autores (2022).
Todos os títulos e resumos de trabalhos identificados nas bases, com o uso dos descritores e avaliados como elegíveis foram separados e analisados na íntegra. O detalhamento da seleção dos estudos para a revisão integrativa encontra-se representado no Fluxograma 1, elaborado de acordo com as orientações do PRISMA (GALVÃO; PANSANI; HARRAD, 2015).
Fluxograma 1 – Estudos selecionados e excluídos para revisão da literatura.
Fonte: Dados de pesquisa (2022).
Observa-se no Fluxograma 1 que nas bases de dados foram encontrados 53 resumos com o uso dos descritores eleitos. Destes, 12 eram repetidos e, portanto, de acordo com os critérios de seleção, foram excluídos. Quando aplicados os critérios de exclusão em relação à data de publicação anterior ao ano de 2018, dos 41 resumos restantes 23 foram excluídos, sendo finalmente selecionados 18 artigos para a revisão da integrativa.
3 RESULTADOS
Selecionou-se 18 artigos sobre os fatores estressores no processo de ensino-aprendizagem dos graduandos de medicina. Apresentado no Quadro 3 dados desses estudos de forma resumida em sequência: Título/Autor; Periódico/Ano; Objetivo; Metodologia/Nível de Evidência/ Principais Resultados.
Gráfico 1 – Distribuição dos artigos de acordo com o ano de publicação.
Fonte: Construção dos autores (2022).
De acordo com os 18 estudos selecionados, cabe mencionar que, 06 artigos foram publicados em 2019, correspondendo a 34% dos achados. Nos anos de 2022 e 2021, foram selecionados 04 artigos em cada ano, correspondendo a 22% dos estudos selecionados. Nos anos de 2020 e 2018, foram selecionados 02 estudos em cada ano.
Quadro 3 – Distribuição dos artigos selecionados nas bases de dados de acordo com as variáveis pesquisadas.
Título/Autor | Periódico/Ano | Objetivo | Metodologia/Nível de Evidência | Principais Resultados |
Prevalência de transtornos mentais comuns entre graduandos de Medicina durante a pandemia de Covid-19/Cardoso et al., | Revista brasileira de educação médica/2022 | Estimar a prevalência de TMC entre graduandos de Medicina durante a pandemia da Covid-19 | Estudo transversal/ Nível VI | Os fatores associados ao surgimento de TMC, estão sedentarismo, tabagismo, uso de substâncias que favoreçam o desempenho acadêmico, insatisfação com o próprio rendimento acadêmico, má qualidade de sono, falta de apetite, cefaleia frequente, má digestão, ideação suicida e tristeza. |
O ensino médico de artes e o desenvolvimento do profissionalismo durante a graduação em Medicina/Ventura et al., | Research, Society and Development/2022 | Realizar um levantamento integrativo da literatura a respeito da utilização da arte no desenvolvimento do profissionalismo médico durante a graduação. | Revisão integrativa/ Nível VI | O ensino de artes durante a graduação de medicina mostrou-se benéfico para o aumento dos índices de profissionalismo. |
A saúde mental dos graduandos de medicina: uma revisão de literatura/ Ottero; Iost; Gonçalves | Revista Eletrônica Acervo Saúde/2022 | Analisar a saúde mental dos graduandos de medicina. | Revisão bibliográfica/ Nível VI | A saúde mental dos graduandos em medicina é um importante problema na formação médica, tendo como principais transtornos a depressão, ansiedade e síndrome de burnout. |
Os fatores estressores e o impacto na saúde mental dos graduandos de Medicina/Costa et al., | e-Acadêmica/2022 | Identificar a prevalência e a incidência de sintomas de depressão, ansiedade e estresse nos graduandos de Medicina. | Revisão bibliográfica/ Nível VI | Os graduandos de medicina encontram-se entre os grupos com maior chance de sofrer com fatores estressores e desenvolver transtornos mentais comuns. |
Síndrome de Burnout em acadêmicos de medicina: uma revisão de literatura/Moura et al., | Revista Eletrônica Acervo Saúde/2021 | Analisar na literatura acerca das características da Síndrome de Burnout (SB) nos acadêmicos de medicina | Revisão bibliográfica/ Nível VI | São necessárias ações em âmbito de saúde pública que visem à reestruturação do currículo médico de modo a estimular no aluno a humanização e que haja, também, um acompanhamento multidisciplinar desses acadêmicos visando prevenção e identificação precoce dos sinais da síndrome. |
O estresse do estudante de Medicina durante a pandemia de COVID-19/Felippe et al., | Research, Society and Development/2021 | Avaliar o estresse do estudante de medicina frente a pandemia de COVID-19. | Estudo quantitativo, observacional, transversal/ Nível VI | Faz-se necessário implementação de redes de apoio à saúde mental nas universidades para esses graduandos. |
Sintomas de depressão, ansiedade, estresse e fatores associados em graduandos de medicina brasileiros: revisão integrativa/Mendes; Dias | Research, Society and Development/2021 | Identificar as prevalências, os instrumentos de avaliação utilizados e os fatores associados mais citados na literatura científica nacional. | Revisão integrativa/ Nível VI | À percepção do estudante sobre o curso e ao seu desempenho acadêmico; a fatores que interferem na saúde e na qualidade de vida. |
Sintomas de ansiedade e depressão entre graduandos de medicina: estudo de prevalência e fatores associados/Sacramento et al., | Revista brasileira de educação médica/2021 | Estimar a prevalência e os fatores associados a sintomas de ansiedade e depressão em graduandos de Medicina de uma capital do Nordeste brasileiro | Estudo de prevalência/ Nível VI | Por se tratar de um estudo de prevalência, esta investigação não possibilita conclusões sobre causalidade. |
Fatores associados à Síndrome de Burnout em acadêmicos de medicina/Tavares et al., | Revista Mundo da Saúde/2020 | Identificar a prevalência da síndrome de Burnout entre acadêmicos de Medicina e os fatores associados a esta condição. | Estudo transversal/ Nível VI | Intervenções são necessárias tanto em apoio pedagógico, psicológico e incentivo à convivência familiar, a fim de minimizar os possíveis impactos negativos desta condição na vida dos graduandos. |
Estresse, depressão e a relação com o “coping” em acadêmicos de medicina/ Pereira et al., | Revista Eletrônica Acervo Saúde/2020 | Analisar os problemas de estresse e depressão e sua relação com uso de coping em graduandos de Medicina. | Estudo transversal/ Nível VI | A relação entre os problemas de saúde mental e a utilização de coping entre graduandos de Medicina foi importante para subsidiar reflexões, discussões e ações direcionadas para o cuidado dos alunos. |
Relação entre desempenho acadêmico e saúde mental em graduandos de medicina: uma revisão de literatura/Saraiva; Almeida; Fofano | Revista Científica FAGOC Saúde/2019 | Explorar a prevalência de transtornos mentais em graduandos de Medicina, assim como sua relação com o desempenho acadêmico. | Revisão bibliográfica/ Nível VI | Os resultados sugerem que as experiências de graduandos de Medicina com transtornos mentais comuns, assim como sintomas psiquiátricos, são substancialmente mais elevadas em relação à população geral. |
Prevalência da Síndrome de Burnout entre Acadêmicos de Medicina de uma Universidade na cidade de Vassouras no Estado do RJ/Farias et al., | Revista de Saúde/2019 | Identificar nos acadêmicos de Medicina da Universidade de Vassouras – RJ a existência da SB | Estudo de campo, observacional, quantitativo analítico e transversal/ Nível VI | Sugere a necessidade de um debate contínuo sobre a saúde mental dos profissionais ainda durante sua formação, bem como a importância de novas pesquisas principalmente nessa população que progressivamente vem sendo assolada por comorbidades no âmbito emocional e que ainda pouco se conhece sobre os fatores predisponentes. |
Sintomas de Depressão, Ansiedade e Estresse em Graduandos de Medicina e Estratégias Institucionais de Enfrentamento/ Costa et al., | Revista brasileira de educação médica/2019 | Estimar a prevalência de sintomas de estresse, depressão e ansiedade dos graduandos de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. | Estudo quantitativo epidemiológico, do tipo transversal/ Nível VI | Acredita-se que as instituições de ensino superior devem se comprometer com o desenvolvimento integral dos seus graduandos apresentando estratégias institucionais para o enfrentamento dessa realidade. |
Estresse em Graduandos ao longo da Graduação Médica/Kam et al., | Revista brasileira de educação médica/2019 | Avaliar a ocorrência do estresse durante a graduação médica em acadêmicos de uma universidade privada. | Estudo quantitativo, observacional, transversal/ Nível VI | Os alunos do primeiro ao terceiro ano apresentaram maior índice de estresse em relação aos demais, o que pode estar associado à distribuição dos conteúdos curriculares com predomínio de disciplinas conceituais |
A sobrecarga do curso de Medicina e como os alunos lidam com ela/Monteiro et al., | Braz. J. Hea. Rev./ 2019 | Identificar fatores relacionados à sobrecarga dos graduandos de Medicina e como os mesmos lidam com tal situação. | Estudo transversal e descritivo/ Nível VI | O curso de Medicina, que possui uma carga horária extensa, exige que os alunos sejam orientados a organizar melhor seu tempo e praticar estratégias que diminuam o estresse, melhorando sua satisfação individual e desempenho. |
Saúde mental do estudante de medicina/Oliveira; Araujo | Braz. J. Hea. Rev./ 2019 | Analisar a produção científica nacional e internacional dos últimos cinco anos acerca dos temas saúde mental e estudante de medicina. | Revisão bibliográfica/ Nível VI | As atividades envolvidas na formação medica estão aliadas ao acometimento da saúde mental do estudante. |
Saúde Mental do Estudante de Medicina: Psicopatologia, Estresse, Sono e Qualidade de Vida/Amorim et al., | Revista Psicologia, Diversidade e Saúde/2018 | Analisar a saúde mental, o estresse, o sono e a qualidade de vida do estudante de medicina. | Estudo observacional transversal descritivo/ Nível VI | Há necessidade de acompanhamento do aluno pela instituição e docentes, identificando e prevenindo os fatores associados ao nível elevado de estresse e suas repercussões. |
Estratégias de coping utilizadas por acadêmicos de medicina/ Rezende et al., | Revista UNINGÁ/2018 | Identificar e analisar as estratégias de coping mais utilizadas por acadêmicos de medicina e relacioná-las com os dados sociais e demográficos da amostra. | Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa/ Nível VI | Os achados sugerem que a sensibilização das intuições universitárias quanto à ocorrência do stress entre os graduandos, bem como o investimento na melhoria da saúde, favorecem qualidade de vida aos universitários. |
Fonte: Construção dos autores (2022).
4 DISCUSSÃO
Categoria 1 – Fatores estressores que acometem os graduandos do curso de medicina
Os graduandos de Medicina ingressam no curso com muitas expectativas, porém, à medida que o curso avança, queixas começam a surgir relacionadas ao volume de conteúdo, tempo escasso para descanso e lazer, cansaço físico e mental, além do contato com situações desgastantes e tristes (TAVARES et al., 2020).
A alta taxa de graduandos com possíveis transtornos mentais pode estar relacionada aos fatores estressores na graduação médica como sobrecarga de estudos, dificuldade na administração do tempo entre um grande número de atividades e pouco tempo para atividades de lazer, alta competitividade, responsabilidade e expectativas sociais do papel do futuro médico (AMORIN et al., 2018; SACRAMENTO et al., 2021).
A elevada prevalência de sintomas depressivos, ansiedade e estresse entre acadêmicos de Medicina têm efeitos danosos para a sua saúde e a realização pessoal. Baixo desempenho e queda na qualidade de vida são consequências com repercussões no âmbito familiar e institucional (PEREIRA et al., 2020; MELO et al., 2022).
Cabe mencionar que, a velocidade com que surgem informações atualmente exige do acadêmico uma rápida adaptação, tendo em vista a competitividade. Dessa forma, a busca ilimitada pelo conhecimento sobrecarrega as vítimas desse sistema, que acabam por sacrificar sua qualidade de vida para corresponderem às exigências de professores, colegas e da sociedade (COSTA et al., 2019; TAVARES et al., 2020).
Os fatores de risco individuais são a baixa autoestima, expectativas elevadas e visão de mundo idealista. Além disso, a ausência de confiança na aquisição de conhecimentos e habilidades, a sensação de incômodo nas atividades escolares e não enxergar o curso de forma prazerosa são fatores que corroboram para o surgimento do estresse (PEREIRA et al., 2020).
No contexto do curso de medicina, os graduandos ao ingressarem na graduação sentem euforia e realização. Entretanto, os desafios inerentes da graduação podem trazer angústia, estresse e medo, de modo a comprometer o bem-estar e a qualidade de vida desses indivíduos. A graduação de medicina é apontada como uma das mais estressantes, uma vez que requer do aluno seriedade, empenho, abnegação, resistência emocional e física (MOURA et al., 2021; FELIPPE et al., 2021).
Dessa forma, pode prejudicar o bem-estar físico e psicológico dos graduandos que, por conseguinte, apresentam índices mais altos de ansiedade e depressão quando comparado a outros cursos (MOURA et al., 2021).
Os acadêmicos são expostos: situações de pressão e estresse constante, além da necessidade diária de lidar com o sofrimento, a dor e o contato direto com a morte, carga horária excessiva, privação de vida social e falta de tempo para os estudos (SARAIVA, ALMEIRA, FOFANO; 2019; MELO et al., 2022).
Outros estudos corroboram que, entre as causas do surgimento do estresse nessa população destaca-se a excessiva quantidade de matéria a ser estudada, a pressão do tempo curto, o alto estresse das provas, a incerteza financeira, o confronto com a morte e o sofrimento, além do medo de falhar na universidade (MOURA et al., 2021).
A tensão para realizar todas as demandas do curso de medicina, dificuldades de adaptação, a carga horária extensa de trabalhos e estudo, a sobrecarga de informação, a idealização da importância do médico e do estudante de medicina além da falta de tempo para momentos de lazer entre os familiares e amigos podem induzir os graduandos a inibir todas as suas iniciativas de gratificação e autoindulgência (MENDES; DIAS, 2021; VILAGRA et al., 2022).
Os pesquisadores relatam ainda que o período de maior sofrimento está relacionado às etapas finais do curso. Isso acontece devido ao maior tempo de contato com fatores estressores e experiências vividas, já que nessa fase há contato mais próximo e cotidiano com pacientes graves. O fato de conviver de perto com as fragilidades da vida: acompanhar pacientes em longo prazo e vê-los chegando ao fim da vida aumenta a sensibilidade e as reflexões pessoais sobre a fragilidade do ser humano, o que pode ser gatilho para desenvolvimento de transtornos psiquiátricos (SARAIVA, ALMEIRA, FOFANO; 2019; CARDOSO et al., 2022).
Categoria 2 – Impactos e Repercussões dos fatores estressores no processo de ensino-aprendizagem dos graduandos de medicina
O estresse nos graduandos de medicina afeta as funções fisiológicas e cognitivas comprometendo o aprendizado, a qualidade de vida e o cuidado ao paciente. Embora todos os graduandos estejam expostos às mesmas situações de estresse, alguns parecem lidar com tais situações de forma mais saudável, enquanto outros exibem sinais de dificuldades emocionais. Assim, à exposição a várias fontes de estresse envolvidas nas atividades da formação médica, se constituem potenciais fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais o que propicia ao desenvolvimento de depressão, Síndrome de Burnout e ideação suicida (OLIVEIRA; ARAUJO, 2019; COSTA et al., 2019; FARIAS et al., 2019).
As consequências do estresse em estudante de medicina incluem tanto sofrimento profissional como pessoal, sendo um precursor de outras condições psiquiátricas. As estatísticas sugerem que os graduandos em sua maioria mostram índices mais elevados de depressão/ansiedade, ideias suicidas, baixa autoestima e saúde mental deteriorada ao longo do curso, quando comparados aos pares da mesma idade, o que é agravado pela falta de estratégias de enfrentamento eficientes dessas condições dentro das instituições de ensino (MOURA et al., 2021; COSTA et al., 2022).
Dentre os distúrbios psíquicos apresentados, os quadros de estresse são os mais frequentemente encontrados, além de serem importantes causadores de incapacitação em atividades cotidianas. Representados por transtornos depressivos, alimentares, de humor, distúrbios do sono, ansiedade, neurastenia e somatoformes, apresentam como principais sintomas o esquecimento, dificuldade de concentração e tomada de decisões, fadiga, insônia e irritabilidade, assim como queixas somáticas (SARAIVA, ALMEIRA, FOFANO; 2019).
O estresse pode ter implicações na vida pessoal com a diminuição da qualidade de vida, auto depreciação, submissão à uma grande quantidade de medicamentos abuso de drogas lícitas e ilícitas como tabaco, álcool e benzodiazepínicos, afastamento de amigos e familiares e até mesmo suicídio. Os acadêmicos acometidos pelo estresse são três vezes mais propensos a terem ideação suicida, fato comprovado por estudos recentes que demonstram que entre 7,8 e 11% dos graduandos de medicina foram relatados com pensamentos suicidas durante a graduação (MOURA et al., 2021).
Altos índices de exaustão emocional podem estar relacionados à má adaptação às dificuldades, levando ao desinteresse e insatisfações acadêmicas e até mesmo à indiferença, aumentando a descrença, o que será evidenciada na limitação da realização profissional (TAVARES et al., 2020).
A desregulação do ciclo sono-vigília pode levar a um baixo desempenho acadêmico e profissional. Sintomas como cansaço, fadiga, irritabilidade, falta de entusiasmo em atividades diárias, déficit cognitivo e desmotivação podem se tornar presentes. Ademais, já foi verificada a prevalência, em estudos anteriores, de sintomas de estresse em 60,09% dentre graduandos de medicina. Em decorrência desse estresse, estudos têm demonstrado alta prevalência de suicídio, depressão, uso de drogas, distúrbios conjugais e disfunções profissionais em médicos e em graduandos de medicina, que podem prejudicar diretamente o cuidado com o paciente (PEREIRA et al., 2020).
Corroborando ao contexto, ressalta-se que a fadiga extrema pelas horas dedicadas ao estudo e auto cobrança para corresponder às suas expectativas, assim como às dos familiares e da sociedade tornam os graduandos de Medicina um grupo que, em particular, apresenta taxas maiores de estresse, além de outros distúrbios emocionais, quando comparado à população em geral (KAM et al., 2019; OTTERO; IOST; CUNHA GONÇALVES, 2022).
A exaustão emocional presente na SB tem como consequência (e também como causa) a desumanização, a qual é caracterizada como sendo em que o profissional se torna impessoal, indiferente cínico e irônico em relação aos que estão ao seu redor, como uma maneira de distanciamento social tentando diminuir a exaustão (FARIAS et al., 2019; MOURA et al., 2021; FELIPPE et al., 2021).
Os graduandos do curso de medicina, acometidos pelo estresse podem sofrer impactos na qualidade de vida como frequência de atividades de lazer, horas de sono e uso de drogas ilícitas e psicoativas também estão associados ao surgimento de sintomas de depressão, ansiedade e ainda, ampliando o contato com novos fatores de estresse. A pressão por bons resultados e a quantidade de matérias para estudar pode fazer com que os graduandos diminuam sua quantidade e qualidade do sono. Em relação ao uso de álcool e drogas, há evidências de relação entre o consumo de álcool, cuja ingestão aumenta no decorrer dos períodos do curso, e de outras drogas entorpecentes, como o tabaco e a maconha, droga ilícita mais utilizadas (MENDES; DIAS, 2021).
Essa constatação corrobora com os estudos que abordam fontes geradoras de estresse presentes no curso de medicina representados pela grande carga horária, ambiente competitivo, dificuldade de conciliar tempo para estudar e possuir atividades de lazer. Aliado ao desenvolvimento de sentimentos de irritabilidade, dificuldade de concentração e fadiga (OLIVEIRA; ARAUJO, 2019).
Por sua vez, o uso de substâncias estimulantes para afastar o sono pode levar à dependência química e causar efeitos negativos para os graduandos, como modificação do raciocínio, humor e comportamento, diminuição da percepção e estresse. Esses efeitos colaterais provocam uma diminuição do desempenho acadêmico e podem gerar situações mais drásticas como transtornos psiquiátricos diversos (MONTEIRO et al., 2019; SACRAMENTO et al., 2021; OTTERO; IOST; CUNHA GONÇALVES, 2022).
Nesse contexto, cabe salientar que a formação médica é extremamente desgastante pelas exigências do curso, podendo comprometer o bem-estar e a qualidade de vida dos graduandos por impactar a sua saúde física e mental. Esse estresse vivido pelos acadêmicos de medicina durante a formação médica está relacionado a vários aspectos, como dificuldades em conciliar as atividades acadêmica e pessoal, falta de tempo para lazer, grande competitividade entre os graduandos, a própria natureza do curso (que os expõe a situações de dor, sofrimento e morte), além da cultura médica, que não reconhece nem valoriza as necessidades emocionais de seus graduandos (REZENDE et al., 2018).
Por conseguinte, no decorrer do estudo, a natureza dos estressores muda e os acadêmicos de Medicina podem experimentar um grande número de problemas emocionais e, provavelmente, precisam de mais suporte, o que induz à necessidade de estratégias de enfrentamento sejam mais eficazes nas distintas fases do desenvolvimento profissional (PEREIRA et al., 2020; FELIPPE et al., 2021; SACRAMENTO et al., 2021).
Categoria 3 – Estratégias para diminuição dos fatores estressores que acometem os graduandos do curso de medicina.
A alta taxa de graduandos com possíveis transtornos mentais pode estar relacionada aos fatores estressores na graduação médica como sobrecarga de estudos, dificuldade na administração do tempo entre um grande número de atividades e pouco tempo para atividades de lazer, alta competitividade, responsabilidade e expectativas sociais do papel do futuro médico (AMORIN et al., 2018).
Em âmbito internacional, as estratégias de enfrentamento são denominadas coping e tem sido entendido como o conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais utilizadas pelos indivíduos para lidar com as demandas excessivas decorrentes de situações de estresse (PEREIRA et al., 2020).
As inserções de ferramentas para enfrentamento de problemas relacionados ao estresse são importantes no âmbito acadêmico. Semelhante ao que é feito na esfera ocupacional, técnicas variadas como treino em habilidades de enfrentamento, de assertividade, resolução de problemas, manejo de tempo, reestruturação cognitiva, psicoeducação e mindfulness, poderiam ser utilizadas para o gerenciamento do estresse nos graduandos (TAVARES et al., 2020).
Estratégias de aprendizagem podem ser ensinadas para alunos com o intuito de melhorar o desempenho nas aulas, como: sublinhar pontos importantes de um texto, monitorar a compreensão da leitura, usar estratégias de memorização, fazer resumos, entre outras, pois, elas são capazes de melhorar de forma significativa o rendimento do aluno (MONTEIRO et al., 2019).
Dessa forma, ressalta-se a necessidade de disponibilização de instrumentos que identifiquem precocemente as dificuldades pedagógicas e problemas relacionados à saúde física e mental do estudante durante a sua graduação para a necessária intervenção preventiva e promoção de saúde. É importante atentar para o rastreamento e acompanhamento dos alunos, especialmente do sexo feminino (AMORIN et al., 2018).
Ademais, os hábitos saudáveis de vida como a prática regular de atividade física, dieta equilibrada e boa qualidade de sono além de usufruir de momentos de lazer são essenciais para diminuir o estresse e, prevenir, assim o estresse e a síndrome de burnout (MOURA et al., 2021; SACRAMENTO et al., 2021).
5 CONCLUSÃO
Este estudo demonstrou a sobrecarga a qual os graduandos de Medicina são expostos, além das dificuldades enfrentadas por eles e os métodos utilizados pelos mesmos durante seus estudos. Ao ingressar no curso de Medicina, o jovem passa por um processo de adaptação e aumento das responsabilidades. Estas mudanças alteram o estilo de vida dos graduandos e estes passam a sacrificar horas de lazer, exercícios e convívio social em decorrência dos estudos, predispondo ao aumento de sofrimento mental, depressão, ansiedade e estresse.
Conclui-se ainda que, com esse estudo foi possível observar que das estratégias de enfrentamento pesquisadas as que mais se destacaram foram os de confronto que mais se relacionou com as fases de alerta e resistência e, por conseguinte a depressão, aceitação da responsabilidade com a fase de alerta, e fuga e esquiva com a fase de resistência, tendo o maior índice na depressão. Com isso percebe-se que o acadêmico possui a necessidade de reconhecer o problema em si e tentar solucioná-lo antes que este problema afete sua qualidade de vida. Com a identificação por parte do estudante de Medicina sobre em qual fase do estresse se encontrava ou com quais sintomas depressivos apresentava, ajuda de certa forma a buscar formas para melhor lidar com a situação.
Esta revisão identificou as prevalências de depressão, ansiedade e estresse nos graduandos de medicina brasileiros e apresentou uma classificação e discussão sobre os fatores associados mais citados na literatura nacional. Algumas limitações desta revisão concernem-se à utilização de apenas duas bases de dados nacionais e período de publicação dos artigos. Recomenda-se, portanto, cautela na generalização dos resultados apresentados.
Dessa forma, são necessárias ações em âmbito de saúde pública que visem a reestruturação do currículo médico de modo a estimular no aluno a humanização e que haja, também, um acompanhamento multidisciplinar desses acadêmicos visando prevenção e identificação precoce dos sinais da síndrome.
Apesar do exposto, quanto a essa temática é importante não só avaliar o estresse e a forma como os graduandos de medicina lidam com ele, já que isto pode interferir na saúde do estudante e seu rendimento acadêmico, como também enfatizar que a saúde dos graduandos não é apenas responsabilidade destes. Isto é, que as intuições universitárias devem se sensibilizar ao fenômeno do estresse e investir com mais eficácia na melhoria da saúde, qualidade de vida e desenvolvimento das potencialidades desses universitários. Portanto, a intervenção institucional é a principal implicação desta pesquisa.
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1Enfermeiro. Mestre e Doutorando pelo PACCS/EEAAC pela Univesidade Federal Fluminense. Docente do curso de graduação em enfermagem da Universidade Iguaçu; Pós-graduação em
CTI e Emergência; Neonatologia e Pediatria; Obstetrícia da Universidade Iguaçu – UNIG; Docente na Pós-graduação em Enfermagem em Terapia Intensiva na Faculdade Bezerra de Araújo – FABA; Docente na Pós-graduação em Estomaterapia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ; Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: enf.wandersonribeiro@gmail.com
2Cirurgia- dentista Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: victoralmeidaribeiro@yahoo.com.br.
3Mestre em Biologia Parasitária. Professora Assistente na Universidade Iguaçu (UNIG). E-mail: 0159007@professor.unig.edu.br
4Enfemeiro; Pos graduado em Processos educacional na saúde com ênfase em Metodologia ativa IEP Sírio Libanês; Académico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: joaoluiz_100@yahoo.com.br
5Enfermeira; Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: Leelapires@hotmail.com
6Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: gustavo.cmeira@hotmail.com
7Enfermeiro. Mestre em Saúde Materno-Infantil pela Faculdade de Medicina -Universidade Federal Fluminense –UFF. Docente do curso de Graduação em Enfermagem da UNIG. E-mail: fecastrofelicio@gmail.com
8Advogado. Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: felippeneves.adv@gmail.com
9Enfermeiro; Mestrando profissional em ciências da saúde e meio ambiente. E-mail: Lucas.sabayelly@gmail.com.
10Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: moniquegalves03@gmail.com
11Enfermeiro. Docente da disciplina de paciente crítico do UniFOA – Volta Redonda; Docente das disciplinas de Anatomia, Semiologia e paciente crítico da Universidade Iguaçu – UNIG campo Nova Iguaçu; 1⁰SGT do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Mestre em ciências da saúde e do meio ambiente (UniFOA, 2014). Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: aryspacoski@hotmail.com.
12Enfermeiro. Mestre em Saúde Materno-Infantil pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense – UFF; Docente do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Iguaçu – UNIG. Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica da Universidade Iguaçu – UNIG. E-mail: enimar.obst@hotmail.com.