FATORES DE RISCOS DE QUEDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: UMA REVISAO INTEGRATIVA DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411301427


Ludimilla Cardoso De Almeida;
Orientadora: Profa. Dra. Karla Rocha Carvalho Gresik.


RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apontar as principais causas de quedas em idosos institucionalizados, tendo em vista os fatores hipotéticos ligados ao processo natural de envelhecimento fisiológico, falta de adequação das instituições de longa permanência, uso acentuado de medicamentos, doenças degenerativas e doenças hereditárias. O estudo tem como objetivo identificar os principais causadores de quedas em idoso, para que haja prevenção e diminuição da hospitalização. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com objetivos exploratórios por meio de pesquisa bibliográfica. As buscas dos artigos ocorreram nas principais bases de dados, Scielo, Lilacs, Pubmed com recorte temporal de dez anos. Os resultados de buscas forneceram   49 artigos, após passar pelos critérios de inclusão/exclusão foram selecionados 8 artigos para a escrita dos resultados e discussão. Os estudos mostram que as instituições de longa permanência não estão preparadas para receber esses idosos, devido falta de infraestrutura, ergonomia inadequada e a falta de assistência com uma equipe multidisciplinar para os idosos.

Palavra- chave: Instituição de longa permanência, quedas e idosos.

SUMMARY

This work aims to point out the main causes of falls in institutionalized elderly people, taking into account the hypothetical factors linked to the natural process of physiological aging, lack of adequacy of long-term care institutions, heavy use of medications, degenerative diseases and hereditary diseases. The study aims to identify the main causes of falls in the elderly, so that there is prevention and reduction in hospitalization. This is an integrative literature review with exploratory objectives through bibliographic research. The searches for articles took place in the main databases, Scielo, Lilacs, Pubmed with a time frame of ten years. The search results provided 49 articles, after going through the inclusion/exclusion criteria, 8 articles were selected for writing the results and discussion. Studies show that long-term care institutions are not prepared to receive these elderly people, due to a lack of infrastructure, inadequate ergonomics and the lack of assistance with a multidisciplinary team for the elderly.

Keyword: Long-term care institution, falls and elderly people.

1 INTRODUÇÃO

Quedas em idosos podem estar relacionadas a diversos fatores extrínsecos e intrínsecos, podendo levar o idoso a sofrer fratura e outras comorbidades, afetando assim, sua atividade diária. Os fatores intrínsecos estão relacionados ao próprio processo de envelhecimento, e a necessidade acentuada de uso medicamentoso, que fazem com que acorram diversos efeitos adversos sobre o sistema locomotor como a fraqueza muscular, acuidade visual baixa, e doenças crônicas, podendo potencializar o desequilíbrio. Esses fatores podem tornar o paciente sonolento, contribuindo ainda mais para a queda do idoso. O paciente diante de uma queda, pode ficar receoso de retomar as suas atividades diárias como caminhada e autocuidado (Menezes; bachion, 2008).

A atividade física ou exercícios de alongamento devem fazer parte da vida do idoso diariamente, pois contribuem na melhora do equilíbrio e promovem o fortalecimento muscular, necessário para evitar os episódios de quedas entre os idosos que vivem em instituições de longa permanência. Atividades de dissociação e marcha são de suma importância para que o idoso permaneça com sua postura preservada, mantendo assim o equilíbrio (Menezes; bachion, 2008).

Os fatores determinantes para quedas dos idosos, são a falta de corrimão, ambientes com muitos moveis, tapetes ou panos de chão, leitos com altura inadequada, falta de barras de apoio, uso de sapatos abertos, ambientes com baixa iluminação, presença de degraus dividindo os cômodos e ausência de pisos antiderrapantes, sendo eles os fatores extrínsecos (Lojudice, et al. 2010).

Esses fatores são os mais preocupantes, pois a maiorias das instituições de longa permanência não foram planejadas para receber os idosos. Geralmente são locais já existentes que receberam adaptações para melhor recepção dessas pessoas.

O processo fisiológico do envelhecimento é contínuo e progressivo, ligado diretamente aos fatores biológicos, genéticos, sociais e sofre alterações psicológicas. Esse processo está ligado diretamente ao sistema nervoso central que é responsável pelas respostas dos sinais visuais, reflexos adaptativos, proprioceptivos e responsáveis pelo equilíbrio corporal. Esses processos estão associados a ocorrências de vertigem, tontura e desequilíbrio da população idosa. O desequilíbrio corporal aumenta conforme a idade do idoso avança, e diversos aspectos colaboram para a perda total ou parcial, tais como: diminuição da força muscular, diminuição da coordenação motora, alteração da propriocepção, diminuição dos reflexos tendineos, alterações auditivas e visuais, cognitivas e depressão (Bushatsky, et al 2018).

Diante disto, é fato que os principais fatores de risco que causam quedas em idosos institucionalizados é o processo natural do envelhecimento onde o idoso tem diminuição das reações neuromotoras de equilíbrio e contração muscular, redução da força muscular, diminuição dos reflexos, alteração auditiva e cognitiva e necessidade de uso de polifarmácia, sendo em torno 3 ou mais medicamentos (Bushatsky, et al 2018).

Atualmente, a maior parte da população são idosos, segundo (Miranda et al 2016) no período de 2002 e 2012 a população senil aumentou 40,3%, ele especula que em 2040, para cada 100 jovens haverá 153 idosos, com isso é necessário a realização de ações que tragam bem-estar e saúde para população idosa de forma duradora.

Sabe-se que o processo de envelhecimento vem acompanhado de diversas patologias que podem causar quedas e deixá-los ainda mais fragilizados, a senilidade está presente na maioria, senão em todos

É importante que o idoso faça exames periódicos para serem identificadas as possíveis patologias, que ofereçam uma probabilidade maior de queda devido aos fatores extrínsecos da instituição, como doenças degenerativas e demências (Lojudice et al, 2010).

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ENVELHECIMENTO

O processo fisiológico do envelhecimento é caracterizado por mudanças que podem agravar o estado de saúde do indivíduo a depender do seu estilo de vida, mudanças genéticas, biológicas, psicológicas e sociais. Fisiologicamente o sistema nervoso central é o que mais sofre alteração pois o individuo perde suas habilidades funcionais de fazer simples atividades devido o comprometimento das funções vestibulares, visuais, equilíbrio corporal, diminuição dos reflexos adaptativos ocasionando desequilíbrio e vertigem nos idosos (Bushatsky, et al 2018).

2.2 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

Compreendem-se como Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) os domicílios de caráter governamentais ou não governamentais, que são destinadas à residência coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que tenha ou não suporte de seus familiares, e em condições de liberdade, dignidade e cidadania (BRASIL, 2003).  

O estatuto do idoso diz que instituições de longa permanência que abrigam idosos devem seguir o padrão de habitação para atender as necessidades dos mesmos assim como manter alimentação, higiene e as normas sanitárias para uma vida límpida (BRASIL, 2021).

As principais condições físicas de habitação que as instituições de longa permanência devem oferecer são as de melhor acesso pela residência. Elas devem conter pisos internos e externos antiderrapante, rampas e escadas precisam ter sinalização, corrimão de ambos os lados e devem ter largura de 1,20m, corredores internos devem ter 1,00m, corredores externos 0,80m e a iluminação desses ambientes devem ser permanentes (BRASIL, 2003).  

2.3 FATORES DE QUEDAS EM IDOSOS      

O processo natural do envelhecimento trás algumas deficiências para o corpo humano, entre eles está a perda da visão, sendo ela uma grande aliada do equilíbrio do corpo humano, a diminuição ou a perda pode esta diretamente ligada a quedas desses idosos (Rosa; capellari; urbanetto, 2019).

Os fatores de risco são multifatoriais e os ricos intrínsecos e extrínsecos podem levar a uma nova queda, idosos que possuem doenças crônicas e traumas de quedas anteriores podem apresentar habilidades motora diminuídas devido ao receio de cair novamente e a falta de independência do idoso (Paula, et al 2020).

Foi identificado no estudo de que o uso de calçados adequados era utilizado pela maior parte dos idosos, sendo que era um predispor de quedas para aqueles que faziam uso incorreto dos calcados.

As doenças crônicas e degenerativas como diabetes, hipertensão, demências, artrite e osteoporose contribuem diretamente para os incidentes de quedas e internação dos idosos. A polifarmácia ainda é um predispor muito preocupante de quedas pois o processo fisiológico do envelhecimento trás diversos malefícios a saúde do idoso fazendo com que ele utilize mais de quatro medicamentos diariamente, a falta de vigilância dos idosos esta intimamente ligada a esse fator de quedas, contribuindo assim para um maior número de hospitalização desses idosos (Gomes, et al 2014).

2.4 FATORES ERGONÔMICOS NA HABITAÇÃO DO IDOSO

O maior desafio das instituições de longa permanência é a infraestrutura, já que elas não são planejadas e normalmente funcionam em grandes casarões. No estudo Paula, et al (2010) foi identificado a falta de barras de apoio nas áreas sociais e pisos irregulares, sendo considerado risco para quedas. Mesmo possuindo normas que recomendam sobre os pisos e locais que devem ser incluídos as barras de apoio pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2003), nem sempre essas normas são atendidas pelas instituições de longa permanência.

Saber identificar o local da queda é muito importante para que sejam tomadas medidas protetivas, já que as causas são multifatoriais. Os locais de maior incidência foram banheiros, corredores e quartos, não sendo especificados os locais para prevenir os reais motivos, se por falta de barras de apoio nos locais mencionados ou se por pisos irregulares (Rosa; capellari; urbanetto, 2019).

Já para Paula, et al (2010) as instituições não possuíam banheiro adequado, facilitando assim o risco de quedas. Não possuíam piso antiderrapante e o chão era irregular, não respeitando as normas do estatuto do idoso.

2.5 PREVENÇÃO

O principal modo de prevenir as quedas dos idosos é promover atividades em lugares planos que recebam a luz do dia, sem a presença de tapetes ou objetos em que haja possibilidade de tropeçar. Além disso, é de suma importância o uso de calçados que fiquem presos aos pés. Os cuidados com escadas e batentes devem ser redobrados, pois muitos idosos possuem marcha ebriosa (Lojudice, et al 2010).

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a pesquisa foi realizada, a partir de artigos extraídos nas bases de dados da Scientific Eletronico Libary Online (SciELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e National Libary of Medicine (PUBMED).

O método de busca foi encontrar artigos com recorte temporal de 10 anos (2013 a 2023). Foram incluídos aqueles que abordam quedas em idosos institucionalizados, artigos que falavam do processo fisiológico do envelhecimento, artigos que estejam liberados para downloads e que estejam na língua portuguesa ou que possa ser traduzido para o português.

Como critérios de exclusão, foram descartados os artigos que não abordavam quedas em instituições de longa permanência, artigos que não permitam fazer downloads, os que sejam inferiores ao ano de 2013, os que não possam ser traduzidos para o português, os incompletos e que abordem outras faixas etárias, e que não citam as ILPIs.

Os procedimentos técnicos se deram com base na comparação e relevância entre diversos autores renomados, assim, agregando informações diferentes, cada uma delas com sua intelectualidade e resultados conforme o tema abordado, fazendo com que ocorra uma melhor visibilidade do tema e atenção maior aos idosos, que é o fator principal do trabalho em questão.

Para a realização das buscas dos artigos serão usados os seguintes descritores em saúde com seus operadores boleanos: abrigo and quedas, idosos and instituição de longa permanência, idosos and abrigos and quedas.

4 RESULTADOS E DISCUSSOES

Os resultados de buscas forneceram 49 artigos, após o critério de inclusão e exclusão foram selecionados 8 artigos para os resultados e discussão. Dos 49 artigos, 41 foram excluídos por duplicidade, por não atenderem os critérios de inclusão, artigos incompletos e por não abordarem ao tema.

Quadro 1 – Informações selecionadas para discussão da pesquisa

Autor / Ano(Lojudice, et al 2010).(Paula, J. G F., et al 2010).(Rosa v. p. o. cappelloni f. c. d., urbanetto j. s 2019).(Gomes e. c.c, et al 2014).(Bushatsky a, et al 2018).(Menezes r. l, bachion m. m, 2008).
TemaQuedas de idosos institucionalizados: ocorrência e fatores associados.Correlação entre independência funcional e risco de quedas em idosos de três instituições de longa permanência.Análise dos fatores de risco para queda em idosos institucionalizados.Fatores associados ao risco de quedas em idosos institucionalizados: uma revisão integrativa.Fatores associados as alterações de equilíbrio em idosos residentes no município de São Paulo em 2006: evidências do Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE)Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para quedas, em idosos institucionalizados.
Tipos de EstudoEstudo descritivo de corte transversal.Estudo transversal, observacional, de abordagem quantitativa.Estudo de Coorte.Revisão integrativa da literatura.Estudo epidemiológico transversal.Estudo descritivo transversal.
MetodologiaEstudo descritivo de corte transversal. Realizado em quatro instituições asilares do município de Catanduva-SP.Estudo transversal, observacional, de abordagem quantitativa. Foi realizado em três ILPIs no Município de Belém, sem uma governamental e duas filantrópicas.Estudo de coorte. O estudo foi desenvolvido em duas ILPIs no município de Porto Alegre-RS Brasil, no período de abril a dezembro de 2016.Revisão integrativa da literatura. Etapas metodológicas: questões norteadoras, seleção e obtenção dos artigos como critérios de inclusão e exclusão, avaliação do estudo, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa.Estudo epidemiológico transversal. O objetivo era investigar os diversos aspectos referente a saúde e condições de vida da população idosa. O estudo aconteceu em sete países.Estudo descritivo transversal. Realizada junto a idosos moradores em instituição de longa permanência na cidade de Goiânia.
ResultadosAs principais causas apontadas neste estudo foi a falta de atividade física, polifarmácia, acuidade visual, osteartrose, pisos irregulares e calçados inapropriados.O estudo mostrou que as principais causas são a falta de piso antiderrapante, independência funcional e morbidades como hipertensão de diabetes mellitus.As principais causas relatadas neste estudo são os déficit visuais, auditivos, polifarmácia, força de pressão palmar diminuída.Neste artigo foi pesquisado 13.303 artigos, mas apenas 19 foi utilizado. As principais causas relatadas é o uso de polifarmácia, doenças hereditárias como diabetes e hipertensão e falta de adequação dos ambientes asilar.Os principais condicionantes foram a alteração de equilíbrio, doenças hereditárias, sintomas depressivos, declínio cognitivo, dificuldade em realizar AIVD, mobilidade reduzida.As principais causas são as doenças hereditárias, polifarmácia, déficit visual, falta de atividade física, hipotensão ortostática, rigidez muscular.
Fonte: autoral (2024)


Para (Lojudice et al 2010). a falta de atividade física é um grande indicador de quedas, em sua pesquisa 78,6% dos idosos não praticavam nenhum tipo de exercício, sendo necessário para manter a força muscular e o equilíbrio. O uso de mais de três medicamentos foi de 97,6%, configurando o maior indicador para quedas uma vez que uso excesso de medicamentos está ligado diretamente a vertigens e náuseas, fazendo com que os idosos tenham desequilíbrio, causando queda da própria altura. Já nos fatores extrínsecos o maior risco está no piso com 97,6%, os pisos não são antiderrapantes e a ausência de corrimões nas dependências da instituição faz com que o número de quedas aumente e o idoso não tem nenhum tipo de auxílio para caminhar com segurança. (Paula, j. g f., et al 2010). fizeram um estudo em três ILPIs e identificaram que o maior fator de risco são os pisos e falta de corrimões. Nas dependências internas como banheiro, quarto, sala de lazer e pátios, os pisos não são antiderrapantes e são irregulares, além de não possuir corrimões por toda a dependência das instituições. A falta de iluminação nas áreas sociais dificulta a visibilidade de objetos ou degraus pelo caminho. Neste estudo a maioria do idosos eram independentes e não precisavam de auxílio para realizar suas atividades de vida diária.

Para (Rosa v. p. o. cappelloni f. c. d., urbanetto j. s, 2019) as causas são multifatoriais e todas corroboram para incidência de quedas nas instituições. A audição diminuída pode ocasionar quedas pois está diretamente ligada ao equilíbrio do corpo, o uso de calçado inadequado está entre as principais causas de quedas nas ILPIs. Os quartos, corredores e banheiros são os locais com maior incidência de quedas, esses incidentes costumam acontecer no período matutino e está diretamente ligado as quedas de própria altura, causando assim danos físicos e psicológicos para saúde do idoso.

(Gomes e. c.c, et al 2014) afirma que as doenças crônicas como hipertensão, diabetes, artrite e demências são as patologias que mais contribuem para a fragilidade do idoso. Com o uso acentuado de medicamentos e a falta de vigilância dos idosos por parte dos profissionais de saúde contribuem para o número elevado de quedas. A falta de iluminação nos quartos, banheiro e sala, também aumenta a chance de quedas, pois a maioria do idosos possuem déficit visual.

(Bushatsky a, et al 2018) relata que o processo natural do envelhecimento gera uma cascata de alterações no organismo dos idosos, essas alterações fazem com que o idoso perca diversas capacidades funcionais que são primordiais para manter o equilíbrio e poder realizar com seguranças as suas atividades diárias, predispondo assim a quedas. O envelhecimento pode levar a perda da capacidade de adaptação, causando suscetibilidade a incidentes e o aparecimento de patologias, além de levar a disfunções do sistema visual e vestibular que são os principais órgãos que mantem o equilíbrio. Fisiologicamente a senescência ocasionam baixos desempenhos que afetam diretamente o equilíbrio como força muscular diminuída, marcha ebriosa com a diminuição do desempenho motor, esses fatores também andam lado a lado com a ausência da prática de exercício o artigo expõe que o exercício físico traz inúmeros benefícios para a saúde do idoso como aumento da mobilidade funcional, melhora a marcha e promove mudanças no equilíbrio.

Já para (Menezes r. l, bachion m. m, 2008) os principais causadores de quedas também são as doenças crônicas, quanto mais patologias o idoso apresentar, maior será a sua chance de queda. Essas patologias associadas com baixa acuidade visual se torna um perigo para os idosos principalmente se os pisos forem escorregadios ou se estiverem molhados. Idosos que fazem uso acentuados de medicamentos, na maioria das vezes fazem uso combinados de sedativos, ansiolíticos, antidepressivos e antidiuréticos, medicamentos que deixam o individuo sonolento e diminui o equilíbrio, fazendo com que os mesmos tenham dificuldade de ficar em pé e de sentar e levantar. Incluir a prática de exercício físico é de suma importância para a saúde do idoso.

5 CONCLUSÃO

Desse modo, os estudos mostraram que as causas de quedas em idosos institucionalizados são multifatoriais. Estão ligadas diretamente ao processo fisiológico normal do envelhecimento associados aos fatores extrínsecos, ligados aos fatores ergonômicos inadequados que com a falta de vigilância dos idosos por parte dos profissionais da instituição, colaboram para elevado índice de quedas dos idosos de instituições de longa permanência.

Conclui-se que a fiscalização por parte dos profissionais de saúde e a prática de exercício físico são de grande importância para a promoção da saúde do idoso. O exercício físico além de aumentar a mobilidade e promover força muscular onde está diretamente ligado ao equilíbrio, que também ajuda a diminuir a ansiedade promovendo uma melhor qualidade de vida para os idosos.

Nesses casos, as ILPIs precisam estar adequadas para receber os idosos não só apenas em relação a estrutura, com a ergonomia adequada, mas em relação a assistência ao idoso, com uma equipe multiprofissional, que vá além do tratamento das patologias crônicas, mas que se preocupem no sentido de manter ou otimizar a capacidade funcional residual do idoso, com práticas reabilitadoras, de modo a prevenir as quedas.

REFERÊNCIAS

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GOMES E. C.C, MARQUES A. P. O, LEAL M. C. C, BARROS B. P. Fatores associados ao risco de quedas em idosos institucionalizados: uma revisão integrativa. Ciênc.saúde colet. 19 (08) ago. 2014.Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232014198.16302013>. Acesso em 13 nov. 2024.

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