FATORES DE RISCO E ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DAS PNEUMONIAS NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

RISK FACTORS AND STRATEGIES FOR THE PREVENTION OF CHILDHOOD PNEUMONIA: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202503311324


Alício Michel de Almeida Lira Teixeira1
Weliton Sampaio dos Santos Júnior1
Ricardo Barbosa Pinheiro2


RESUMO 

A  pneumonia  é  uma  infecção  aguda  considerada  uma  das  principais  causas  de  morbidade  e  mortalidade  em  crianças  até  5  anos.  Os  fatores  de  risco  dependem  da  região  e  de  aspectos  intrínsecos  e  extrínsecos.  O  objetivo  deste  estudo  é  identificar,  na  literatura  nacional  e  internacional,  os  principais  fatores  de  risco,  o  manejo  e  as  estratégias  de  prevenção  associados  às  pneumonias  na  infância.  O  estudo  consiste  em  uma  revisão  integrativa  da  literatura  nacional  e  internacional  sobre  os  fatores  de  risco  e  estratégias  de  prevenção  das  pneumonias  na  infância.  Foram  identificados  05  estudos  que  contemplam  os  critérios  de  elegibilidade  para  a  pesquisa.  Os  fatores  de  risco  para  o  desenvolvimento  de  pneumonia  em  crianças  encontrados  são  extrínsecos  como:  acesso  a  serviços  de  saúde  de  caráter  primário  e  graus  de  instrução;  e  intrínsecos  como:  hipoxemia.  Também  foi  possível  com  a  pesquisa  bibliográfica  associar  o  aleitamento  materno,  estado  nutricional  e  imunização  com  o  risco de adoecimento. 

Palavras-chave: Pneumonia, pré-Escolar, fatores de risco. 

ABSTRACT 

Pneumonia  is  an  acute  infection  considered  one  of  the  main  causes  of  morbidity  and  mortality  in  children  up  to  5  years.  The  risk  factors  depend  on  the  region  and  on  intrinsic  and  extrinsic  aspects.  The  objective  of  this  study  is  to  identify,  in  the  national  and  international  literature,  the  main  risk  factors,  management  and  prevention  strategies  associated  with  childhood  pneumonia.  The  study  consists  of  an  integrative  review  of  national  and  international  literature  on  risk  factors  and  prevention  strategies  for  childhood  pneumonia.  We  identified  05  studies  that  cover  the  eligibility  criteria  for  the  research.  The  risk  factors  for  developing  pneumonia  in  children  found  are  extrinsic  as:  access  to  primary  health  services  and  degrees  of  education;  and  intrinsic  as:  hypoxemia.  It  was  also  possible  with  the  literature  to  associate  breastfeeding, nutritional status and immunization with the risk of illness. 

Keywords : Pneumonia, child, preschool, risk factors. 

RESUMEN 

La  neumonía  es  una  infección  aguda  considerada  como  una  de  las  principales  causas  de  morbilidad  y  mortalidad  en  niños  menores  de  5  años.  Los  factores  de  riesgo  dependen  de  la  región  y  de  aspectos  intrínsecos  y  extrínsecos.  El  objetivo  de  este  estudio  es  identificar,  en  la  literatura  nacional  e  internacional,  los  principales  factores  de  riesgo,  manejo  y  estrategias  de  prevención  asociadas  a  las  neumonías  infantiles.  El  estudio  consiste  en  una  revisión  integrativa  de  la  literatura  nacional  e  internacional  sobre  los  factores  de  riesgo  y  estrategias  de  prevención  de  las  neumonías  en  la  infancia.  Se  identificaron  05  estudios  que  contemplan  los  criterios  de  elegibilidad  para  la  investigación.  Los  factores  de  riesgo  para  el  desarrollo  de  neumonía  en  niños  encontrados  son  extrínsecos  como:  acceso  a  servicios  de  salud  de  carácter  primario  y  grados  de  instrucción;  e  intrínsecos  como:  hipoxemia.  También  fue  posible  con  la  investigación  bibliográfica  asociar  la  lactancia  materna,  estado nutricional e inmunización con el riesgo de enfermedad. 

Palabras-clave: Neumonía; Preescolar; Factores de Riesgo. 

INTRODUÇÃO 

A  pneumonia  consiste  em  uma  infecção  aguda  do  trato  respiratório  inferior,  no  parênquima  pulmonar  por  um  ou  mais  agentes  patógenos,  podendo  ser  bactérias,  vírus  ou  fungos  1 .  Segundo  dados  da   Organização  Mundial  da  Saúde  (OMS)  e  do  Fundo  para  as Nações   Unidas para   a  Infância  (UNICEF) as   pneumonias  estão  entre as   principais causas   de  morte  na  infância,  compondo  14%  de  todas  as mortes infantis no mundo .  

Diante  disso,  existem  diversas  estratégias  mundiais  que  buscam  reduzir  o  impacto  causado  pela  pneumonia  na  infância.  Dentre  estas,  existe  o  GAPPD  (Global  Action  Plan  for  Prevention  and  Control  of  Pneumonia  and  Diarrhoea),  que  consiste  no  Plano  de  Ação  Global  Integrado  para  Pneumonia  e  Diarreia  de  2013,  que  inclui  como  metas  até  2025  a  redução  da  pneumonia  em  crianças  com  menos  de  5  anos  de  idade  a  menos  de  3  por  mil  nascidos  vivo  e  reduzir  a  incidência  de  pneumonia  grave  em  75%  em  crianças  com  menos  de  5  anos  de  idade  em  comparação  com  os  níveis de 20102

Ademais, nos ODS (Objetivos  de Desenvolvimento Sustentável) é apresentado como objetivo 3 a redução das mortes por causas evitáveis em recém-nascidos e crianças menores que 5 anos, sendo assim, as pneumonias na infância também são inseridas neste contexto3

Crianças  menores  de  cinco  anos  tem  em  torno  de  quatro  a  oito  episódios  de infecções  respiratórias  agudas,  destas  de  2  a  3  %  evoluem  para  casos  mais  graves  de  pneumonia,  em  sua  maior  parte  bacteriana,  a  mais  comum  o  Streptococcus  pneumoniae ,  e  o  Haemophilus  influenzae ,  em  países  em  desenvolvimento,  exceto  naqueles  que  aderiram  ao  calendário  vacinal,  onde  estes  agentes  patogênicos  ocorrem  com  menor  frequência.  A  etiologia  varia  de  acordo  com  a  idade  da  criança 4 ,5  . 

Os   fatores  de  risco extrínsecos   para  a  ocorrência de   infecções respiratórias   estão  associados  ao  meio  em  que  a  criança  está  inserida,  bem como   a aspectos   relacionados  ao  cuidador/mãe, como   por  exemplo,  a escolaridade   materna 6.   O  relacionamento  em  grupo,  tendo  em  vista  os  ambientes  de  educação  e  recreação  infantil,  também  são  observados como  critérios  de   risco  para  pneumonias,  a  exemplo  das  creches,  em  decorrência da  aglomeração  de   crianças  em  um  espaço.  Além  destes,  a  curta  duração  de  aleitamento  materno  e  as  condições  de  higiene,  bem  como  os  aspectos de vulnerabilidade  imunológicas na  infância,  facilitam   a  transmissão de patógenos 7 ,8  . 

Ademais,  alguns  fatores  de  risco  podem  ser inerentes  ao  indivíduo  como  idade   e  condições  clínicas prévias  que   podem estar   associadas ao  acometimento   da  criança  a  pneumonia. Doenças   que  aumentam  a  mucoviscosidade,  como  a exemplo   da  fibrose cística   possui  “grande susceptibilidade   a infecções   respiratórias  agudas  crônicas  por determinados   patógenos,  particularmente  Staphylococcus  aureus,  Pseudomonas  aeruginosa,  complexo  Burkholderia  cepacia  e  Stenotrophomonas maltophilia”  9 ,10  . 

Diante  destes fatores,  emerge   uma  demanda  de  melhoria  na  assistência  à  estas  doenças,  sendo  implementada  a  Atenção  Integrada  às  Doenças Prevalentes   na Infância  ( AIDPI), envolvendo  como   aspectos  primordiais,  a capacitação   de  recursos  da  atenção primária,  ampliando  assim  a  qualidade   da  assistência  prestada,  educação  em  saúde  e  diversos outros   aspectos  para  resolução  dos  problemas  das  doenças da infância 5  .  

Portanto,  a  abrangência das   ações  existentes,  bem como implementação de novas políticas públicas a fim de detectar precocemente,  prevenir riscos,   promover  qualidade  de vida  e melhorar o processo de saúde-doença,  garante maior  avanço  na  atenção à saúde infantil 

As  infecções  do trato  respiratório  apresentam-se  como  um  problema de  saúde pública  que  está  relacionada  não  somente  com  as  condições  de  exposição  da  criança  ao  agente  patogênico,  envolvendo  aspectos  sociais,  econômicos  e  demográficos. 

Sendo  assim,  para  identificar  estratégias  precoces  de  prevenção  é  necessário  compreender  os  fatores  que  abrangem  o  risco  de  a  criança  ser  acometida  por  esta  patologia,  a  fim  de  ampliar  ações  que  visem  atuar  diretamente  sobre  estes  fatores  e  reduzir  a  ocorrência  de  infecções,  justificando  a  realização  deste  estudo,  que  tem  por  objetivo:  identificar,  na  literatura  nacional  e  internacional,  os  principais  fatores  de  risco,  o  manejo  e  as  estratégias  de  prevenção  associados  às  pneumonias  na  infância. 

REFERENCIAL TEÓRICO 

Definição e etiologia 

A  pneumonia  é  uma  das  patologias  consideradas  como  doenças  prevalentes  na  infância,  juntamente  com  as  doenças  diarreicas  e  demais  afecções  respiratórias,  principalmente  em  populações  e  regiões  de  maior  vulnerabilidade,  estas  doenças  são  responsáveis  pelas  causas  de  adoecimento  e  complicações  que  abrangem  o  risco de vida das crianças 10

Esta  patologia  consiste  na  inflamação  do  parênquima  pulmonar  e  é  uma  das  principais  causas  de  mortalidade  infantil  em  crianças  menores  de  cinco  anos  em  países  em  desenvolvimento  11  .  Em  relação  a  esta  faixa  etária,  dados  do  DATASUS  (Departamento  de  informática  do Sistema   Único  de  Saúde  do  Brasil)  demonstram  que entre   período de   janeiro  de  2018  e  agosto de   2023  ocorreram  867.218  internações hospitalares e um total de 5.129 óbitos por pneumonia 12

As  pneumonias  adquiridas  na  Comunidade  (PACs)  costumam  ser  precedidas  por  um  quadro  infeccioso  viral,  sem  maiores  alterações  em  relação  à  sintomatologia  para um quadro bacteriano 9.

A  ocorrência  de  pneumonias  virais  está  em  aumento  significativo,  apresentando-se  um  predomínio  de  vírus  nas  PACs  sob  as  bactérias.  Os  estudos  apontam  ser  primordial  futuras  investigações  com  a  priorização  de  ferramentas  que  diferencie a etiologia das pneumonias, sejam virais ou bacterianas  13,14

A  etiologia  da  pneumonia  possui  causas  infecciosas  e  não  infecciosas,  como aspiração  de  alimentos,  corpo  estranhos,  substância  lipoides  e  reações  de  hipersensibilidade.  A  maioria  dos  casos  ocorrem  em  decorrência  de  algum  microrganismo,  e  adquirida  na  comunidade.  Os  patógenos  mais  comuns  são  o  rinovírus,  seguido  da  influenza,  seguido  do  patógeno  bacteriano  –  Streptococos  pneumoniae  (em  crianças  até  4  anos  de  idade)  e  Mycoplasma  pneumoniae  e  a  Chlamydophila pneumoniae ( em maiores de 5 anos)15 ,16 .

Fisiopatologia e sintomatologia 

Existem  diversos  mecanismos  fisiológicos  de  defesa  que  mantém  o  trato  respiratório  estéril,  como  o  sistema  mucociliar,  a  presença  de  imunoglobulina  A  (IgA)  secretora  e  a  limpeza  de  vias  aéreas  pela  tosse.  Além  dos  macrófagos  e  outras  imunoglobulinas  presentes  nos  alvéolos  e  bronquíolos.  A  pneumonia  viral  causa  lesão  direta  no  epitélio  respiratório,  causando  edema,  obstrução  e  secreções  anormais  nas  vias  aéreas.  Já  na  pneumonia  bacteriana  os  microrganismos  colonizam a traqueia e tem acesso aos pulmões 16   . 

A  sintomatologia  e  a  gravidade  dos  casos  de  PAC  envolvem  a  idade  e  os  fatores  de  riscos  associados  com  a  criança,  podendo  apresentar  sintomas  como  tosse, febre, taquipneia, tiragem subcostal, crepitações, dor torácica, dentre outros 11  .  

Tendo  em  vista  o  pequeno  calibre  das  via  aérea  infantil  é  perceptível  que  estes  indivíduos  estejam  mais  suscetíveis  à  infecções  graves,  devido  a  hipoxemia  causada  pelas  atelectasias,  edemas  e  alterações  de  ventilação-perfusão  que  acompanham a obstrução das vias respiratórias 16 .  

Diagnóstico e tratamento 

 O  diagnóstico  é  em  sua  totalidade  por  meio  de  análise  de  aspectos  clínicos,  sendo  exames  por  imagem,  como  radiografia  de  tórax,  recomendados  apenas  em  casos  que  necessitem  de  internação,  que  pode  ser  observado  consolidação  alveolar,  pneumocele e derrames pleurais 17   . 

 A  identificação  precoce  dos  sinais  e  sintomas  que  envolvem  a  pneumonia  é  essencial  para  garantir  um  diagnóstico  correto  e  uma  intervenção  rápida,  reduzindo,  assim,  a  mortalidade  por  pneumonia  na  infância.  Sendo  notório  que  o  tratamento  adequado  está  ligado  diretamente  com  a  chance  de  agravos  e  redução  das  internações hospitalares  11

A  Organização Mundial  da  Saúde  (2014)18   publicou  um  documento intitulado  “Revised  WHO  classification  and  treatment  of  childhood  pneumonia  at  health  facilities”,  que  apresenta  uma  revisão  da  classificação  do  tratamento  da  pneumonia  na infância. Dividindo esta classificação em recomendações descritas no quadro 01.

Quadro  1.  Adaptado  da  WHO.  Recomendações  para  uso  de  antibióticos  na  pneumonia  infantil, 2023.

No  Brasil,  devem-se  considerar  alguns critérios  para hospitalização,  como: crianças  menores  de  2  anos,  presença  de  tiragem subcostal, convulsões, sonolência  excessiva,  estridor,  desnutrição  grave, hipoxemia,  comorbidades,  falha  de terapêutica ambulatorial prévia e achados radiológicos graves  17  . 

 Fatores de risco e estratégias de prevenção 

Os  fatores  de  risco  que  influenciam  a  ocorrência  de  insuficiência  respiratória  aguda,  incluindo  as  pneumonias,  envolvem  principalmente  aspectos  intrínsecos,  relacionados  com  baixa  idade  e  comorbidades  e  extrínsecos  que  envolvem  aspectos  relacionados  ao  nascimento  como:  baixo  peso  ao  nascer,  aleitamento  materno,  além  de variáveis socioeconômicas e ambientais e situação vacinal .  

 O  aleitamento  materno é   de extrema   importância,  principalmente  nos  primeiros  seis  meses  de  vida,  e  é  considerado uma   forma exclusiva   de  alimentação  para o   bebê,  possuindo  anticorpos necessários   para prevenção   de  algumas  patologias.  A  introdução  precoce  de  alimentos  pode estar   associada a   um  aumento  das hospitalizações por doenças respiratórias, diarreia e desnutrição 19   . 

Os  aspectos  ambientais  também  são  considerados  importantes  para  a  ocorrência  destas  infecções,  bem  como  o  aumento  das  internações  hospitalares,  um  estudo  realizado  na  região  sul  do  Brasil  associou  o  decréscimo  da  temperatura  do  ar  com  um  impacto  nas  taxas  de  internação  por  pneumonia,  possuindo  maiores  picos de   internação  na  estação  do inverno   20 Enquanto   outro  estudo  apresenta  aspectos evidenciados  no  estado   do  Ceará,  com  ampliação  das internações   em  períodos  mais  chuvosos, bem como em períodos de temperaturas muito elevadas 21  .  

A  imunização  é  relevante  tendo  em  vista  que  as  crianças  imunizadas  contra  H.  influenzae  tipo  B  e  S.  pneumoniae apresentam  menor  probabilidade   de  contrair  estes  agentes.  Ademais,  existem  ainda  riscos  de  infecção  por  patógenos  específicos  como Pseudomonas   spp.  em crianças  imunossuprimidas  e   com doenças   de  base  como a fibrose cística 16   . 

O  calendário  vacinal  infantil  possui  duas   vacinas  indicadas  para  prevenção da  pneumonia  na   infância: A  Pneumocócica   10  –  valente ( PCV –  10)  e  a  Pneumocócica  23- valente  (PCV-23).  A PCV-10   é  composta por  polissacarídeo  capsular  de  10  sorotipos   de  pneumococos,  com  indicação  de  duas doses  e   um  reforço,  sendo  a  primeira  dose com   2 meses   de idade,  a   segunda com  4  meses  e  o   reforço  com  12  meses.  A PCV-23   que  consiste  em  um  polissacarídeo  capsular  de  23  sorotipos de   pneumococos, sendo  indicadas  duas  doses.  A   primeira dose   a depender   da  situação  vacinal com   a  PCV  10,  com  intervalo  de 5  anos  para   povos indígenas  e   intervalo mínimo de 3 anos e a segunda dose 5 anos após a primeira  22  .  

 A  vacinação  para prevenção   da  infecção viral   aguda  causada  pela  influenza,  consiste  em  estratégias para  minimizar  as  complicações  causadas  por  esta   patologia.  As  crianças inseridas  no  programa  de  vacinação  são  as  de  faixa etária  de  6  meses  a  menores  de  6  anos  (5  anos,  11  meses  e  29  dias),  sendo  administrada  pelo  menos  uma  dose  da  vacina  em  2023  nas  crianças  que  receberam  a  vacina  influenza  sazonal  em  campanhas  anteriores,  em  casos  de  vacinação  pela  primeira  vez, deverá ser agendada segunda dose 30 dias após a primeira 22   . 

A  redução dos   riscos  desta  patologia está   diretamente associada com a prevenção das PACs,  que  impacta  na saúde   pública, levando em consideração  cuidados  primários  23  .  Tendo  em  vista  que  as  doenças  respiratórias  aumentam  a  busca  por  serviços  de  saúde  de  urgência,  bem  como  ampliam  as  internações  hospitalares,  é  importante  ressaltar  que  a  qualificação  das  equipes  de  saúde  que  atendem  este  indivíduo,  no intuito  de  garantir  o diagnóstico  e  tratamento  precoce,  evitando  internação  hospitalar  desnecessária  e  reduzindo  as  probabilidades  de  intercorrências mais graves  10  . 

METODOLOGIA 

O  estudo  consiste  em  uma  revisão  integrativa  da  literatura  nacional  e  internacional  sobre  os  fatores  de  risco  e  estratégias  de  prevenção  das  pneumonias  na  infância.  A  condução  do  estudo  visa  sanar  a  seguinte  questão  norteadora:  Quais  os  achados  na  literatura  sobre  os  fatores  de  risco  e  as  estratégias  de  prevenção  das  pneumonias na infância? 

 O  levantamento  bibliográfico  foi  realizado  em  agosto  e  setembro  de  2024  nas  bases  de  dados  Scientific  Electronic  Library  Online  (SCIELO),  Literatura  Latino-americana  e  do  Caribe  em  Ciências  da  Saúde  (LILACS)  e  Medical  Literature  Analysis  and  Retrieval  System  Online  (MEDLINE),  através  dos  portais:  Biblioteca  Virtual em Saúde (BVS) e  MEDLINE/PubMed. 

Para  a  realização  das  buscas  nos  periódicos,  foram  utilizados  os  descritores  selecionados  através  dos  Descritores  em  Ciências  da  Saúde  (DeCS):  “Pneumonia”,  “Atenção  Integrada  às  Doenças  Prevalentes  na  Infância”,  “Fatores  de  Risco”  e  “Prevenção”,  e  do  Medical  Subject  Headings  (MeSH):  “Pneumonia”,  “Integrated  Management  of  Childhood  Illness”,  “Risk  Factors”  e  “Prevention”.  Os  critérios  de  inclusão  para  a  amostra  consistiram  em  artigos  publicados  nos  últimos  10  anos,  nos  idiomas  português,  inglês  e  espanhol,  sendo  necessária  a  disponibilidade  do  texto  completo  para  acesso.  Por  outro  lado,  os  critérios  de  exclusão  abrangeram  teses,  dissertações  e  estudos  de  caso  clínico,  que  não  foram  considerados  devido  ao  foco  restrito  da  pesquisa  em  artigos  científicos  completos  e  revisados  por  pares,  assegurando maior rigor na análise. 

Estes  descritores  serão  cruzados  nas  bases  de  dados  supracitadas  com  a  utilização  do  operador  booleano  “AND”  e  “OR”.  Foi  optado  por  ampliar  a  especificidade  na  pesquisa  inserindo  o  descritor  “Atenção  Integrada  às  Doenças  Prevalentes  na  Infância”.  Sendo  categorizados  e  organizados  conforme  descritos  no  quadro 02.

 Quadro 2- Cruzamento dos descritores

A  seleção  dos  artigos  foi  realizada  por  dois  revisores  de  forma  independentes  com  base  na  leitura  inicial  dos  títulos  e  resumos.  Nessa  etapa  foi  utilizada  a  plataforma  Rayyan  para  organizar  e  garantir  a  revisão  em  duplo  cego.  Posteriormente,  os  artigos  selecionados  no  Rayyan,  foram  lidos  na  íntegra,  de  maneira  minuciosa  com  o  objetivo  de  extrair  as  principais  informações  dos  artigos. 

Por  tratar-se  de  uma revisão  de  literatura  de  estudos  publicados  nas bases  de  dados, não foi necessária apreciação do projeto pelo comitê de ética e pesquisa. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Foram  identificados  na  literatura  5  artigos  que  tratam  sobre  os  fatores  de  risco  e  medidas  profiláticas  para  pneumonia  na  infância,  a  caracterização  destes  estudos  quanto  ao  Ano,  país  de  origem,  objetivo  e  principais  resultados  estão  descritos  na  quadro 3.

Quadro 3 – Síntese de artigos incluídos na revisão 

Autor/Ano País de  Estudo Objetivo Principais Resultados 
Blanc  et  al.  (2019) Papua  Nova  Guiné Investigar  o  desempenho  da  oximetria  de  pulso  para  identificar  crianças  com  doenças  graves  com  e  sem  sinais/sintomas  respiratórios  entre  uma  coorte  de  crianças  acompanhadas  por  episódios  mórbidos  em  um  ensaio  de  intervenção  que avaliou   a  eficácia  do  Tratamento Preventivo   Intermitente  para  malária  em  bebês  (IPTi)  em  Papua Nova Guiné (PNG). Melhora no  desempenho  da  oximetria  de  pulso  em  crianças  mais  novas.  A  sensibilidade  da  oximetria  de  pulso  para  prever pneumonia   grave  entre  todas as   pneumonias  variou  de  81 a 85%. 
Colbourn  et al.  ( 2020) Malawi Determinar  se  a  oximetria  de  pulso  nos  níveis  de  atenção  primária  de  ACS  e  HC  ambulatoriais  identifica  pacientes  com  pneumonia  infantil  e  infantil  para  encaminhamento ao   hospital,  independentemente  dos Foi  demonstrada  a  importância  de  verificar  hipoxemia  e  o  seu  papel no  reconhecimento  de 
sinais  clínicos  incluídos  nas  diretrizes  do  Malawi  e  da  OMS  para  pacientes  ACS  e  HC  e  os  resultados  de  fatalidade  30  dias  após o diagnóstico. desfechos  fatais  de  pneumonia infantil. 
Escribano-  Ferrer et  al (2017)  Gana Avaliar  a  eficácia  do  Integrated  Community  Case  Management  (iCCM)  e  do  Community-based  Health  Planning  and  Services  (CHPS)  no  conhecimento  da  doença  e  no  comportamento  de  saúde  em  relação  à  malária,  diarreia e pneumonia. A  identificação  de  sinais  de  pneumonia  grave  foi  associada  à  prontidão  na  busca  por  atendimento. 
King  et  al.  (2022) Nigéria Estimar  a  prevalência  pontual  de  pneumonia  e  desnutrição  e  explorar  associações  com  fatores  socioeconômicos  e  domiciliares. Ter  qualquer  grau  de  instrução teve  maior  probabilidade de  pneumonia. 
Macedo  et  al.  (2019) Brasil Investigar  fatores  associados  ao  uso  e  à  qualidade  da  Atenção  Primária  à  Saúde,  bem  como  à  ocorrência  de  pneumonia e   diarreia  em  crianças  menores  de  um ano. O  acesso/utilização  de  serviços  de  APS  foi  considerado  um  provável fator de risco. 

Fonte: Autor (2024)

 O  não acesso   a  serviço  de  saúde  foi  identificado  24  como  fator  de  risco  para  desenvolvimento  de  Pneumonia  na  Infância,  o  que  está  associado  ao  papel  crucial  que  a  APS  desempenha  na  prevenção  de  pneumonias  na  infância  e  promoção  de  saúde,  através  de  ações  como  vacinação,  monitoramento  contínuo,  orientações  sobre  higiene,  controle de  comorbidades,  avaliação  de  vulnerabilidades  e  articulação  com outros serviços de saúde. 

 Uma  meta-análise  29  ,  mostrou  que  situações  sensíveis  à APS  são  consistentemente  associados  a  Pneumonia  Grave  na  infância,  como  falta  de  amamentação  exclusiva,  imunização  incompleta  e  desnutrição.  Essa  tríade  impacta  a  capacidade  de  resposta  do  sistema  imunológico  da  criança  no  combater  a  infecções.  Estudos  já  demonstraram  que  aleitamento  materno  30 ,   imunização  31 e   estado  nutricional  adequado  32  reduzem  a incidência   da doença   e  está  ligado  a meta  3  dos Objetivo de Desenvolvimento Sustentável sobre mortalidade infantil. 

 A  Pneumonia  continua  sendo umas   das principais   causas  de  hospitalização  e mortalidade   de crianças  menores  de  cinco   anos,  nessa  perspectiva  é  imprescindível  o  fortalecimento  e  ampliação de  ações  na  APS  para   que  o  serviço alcance   toda  a população,   visto que   podem  reduzir  consideravelmente  a ocorrência   de  pneumonia  na  infância,  com  cuidados de   prevenção, controle   de  fatores  de  risco e  promoção  de  educação em saúde  33  .  

Os   profissionais  de saúde   da  APS  devem estar  atentos   às manifestações  clínicas  respiratórias   e  fazer  diagnóstico  diferencial  perante  demais  condições  que  podem  se  assemelhar  como  a  asma,  bronquite  aguda  e  bronquiolite.  É  fundamental garantir  diagnóstico  precoce  e   tratamento  em  tempo  oportuno  e  imediato  para  diminuição de mortalidade por essa condição 34   . 

 O  nível  de  instrução  impacta  a  capacidade  dos  responsáveis  de  identificar  os primeiros  sinais   de pneumonia,  como   febre,  tosse persistente   e  dificuldade respiratória.   Pais  ou  cuidadores com  maior   escolaridade  geralmente  respondem  mais  rapidamente  aos sintomas   e buscam   atendimento médico  em  tempo  hábil,  redução  do  risco  de  complicações   e  internações,  além  de empenharem   importante  papel no apoio familiar em situações de crianças com pneumonia 35   . 

 A  hipoxemia  é  uma das   principais  complicações da  pneumonia,  associada   a  casos  graves36.  A  inflamação  e   acúmulo  de líquidos  nos  alvéolos  pulmonares  causa   comprometimento na  troca  de  gases,  taquipneia,  cianose   periférica  e  central,  agitação  e com   agravamento  para  sonolência.  É  imprescindível  a  avaliação  médica  dos sintomas   e  sinais  de hipoxemia,  de  forma   a  garantir  o  tratamento da  infecção  o  mais  rápido  possível   e  correção dos  níveis   de  oxigênio no  sangue.  Saturação  abaixo  de  92 %  em  ar  ambiente  é  um critério  objetivo  para   pneumonia grave37 ,  o  que  é   recomendado  a  instalação  de  oxigênio  suplementar  por  meio  de  cânulas  nasais  para manter os níveis acima de 94% 38   . 

 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

 Este  levantamento  apontou  fatores  de  risco  para  o  desenvolvimento  de  pneumonia  em  crianças,  fatores  extrínsecos  como:  acesso  a  serviços  de  saúde  de  caráter  primário  e  graus  de  instrução;  e  intrínsecos  como:  hipoxemia.  Também  foi  possível  com  a  pesquisa  bibliográfica  associar  o  aleitamento  materno,  estado  nutricional e imunização com o risco de adoecimento. 

 Portanto,  é  essencial  adotar  estratégias  preventivas,  que  incluam  promoção  da  amamentação  exclusiva,  garantia  de  cobertura  vacinal  completa  e  combate  à  desnutrição  infantil,  para  reduzir  substancialmente  a  carga  da  pneumonia,  além  do  Investimento  na  melhoria  das  condições  socioeconômicas  e  ambientais  e  no  acesso  a  cuidados  de  saúde  de  qualidade  também  são  cruciais  para  a  minimização  dos  fatores de risco e melhoraria da saúde das crianças.

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1Acadêmico de Medicina na Fundação Oswaldo Aranha. Volta Redonda, RJ
2Mestre. Médico e docente do curso de Medicina na Fundação Oswaldo Aranha. Volta Redonda, RJ.