EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ENQUANTO METODOLOGIA PARA EXPANSÃO DE  TECNOLOGIA SOCIAL NO CONTEXTO BRASILEIRO

UNIVERSITY EXTENSION AS A METHODOLOGY FOR EXPANDING SOCIAL TECHNOLOGY IN THE BRAZILIAN CONTEXT

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505271612


Ivan Americano da Costa1


Resumo: Este artigo aborda a relação entre universidade e sociedade, destacando o papel da Tecnologia Social na extensão universitária para promover inclusão social, desenvolvimento sustentável e equidade. A partir de uma revisão bibliográfica, são analisados conceitos, princípios e benefícios das Tecnologias Sociais, bem como desafios e limitações de sua implementação. A pesquisa destaca a importância da colaboração interdisciplinar, da extensão universitária e da responsabilidade social das universidades em prol da justiça social e do desenvolvimento local. Além disso, são apresentados exemplos de casos de sucesso e estratégias para superar obstáculos. O estudo contribui para uma melhor compreensão da Tecnologia Social como ferramenta para transformar comunidades e promover mudanças sociais positivas. Sugere-se que as universidades adotem práticas de extensão universitária com foco em Tecnologia Social para fortalecer a relação academia-sociedade.

Palavras-chave: Tecnologia Social, Extensão Universitária, Inclusão Social.

Abstract: This article explores the relationship between universities and society, highlighting the role of Social Technology in university extension for promoting social inclusion, sustainable development, and equity. Through a bibliographic review, concepts, principles, benefits, challenges, and limitations of Social Technology implementation are analyzed. The research emphasizes interdisciplinary collaboration, university extension, and social responsibility for social justice and local development. Successful case studies and strategies for overcoming obstacles are also presented. This study contributes to a better understanding of Social Technology as a tool for transforming communities and promoting positive social change

Keywords: Social Technology, University Extension, Social Inclusion

INTRODUÇÃO

Existe uma sensação em tempos atuais de que as Universidades Públicas precisam existir enquanto ambientes mais inclusivos para a comunidade de alunos, o que tornaria mais próxima a relação com a sociedade. No entanto, há barreiras que dificultam essa relação mais próxima de forma efetiva, isso, principalmente por alguns dos alunos pertencerem a uma parcela da sociedade que vivem à margem e em desfavorecimento social. (Schoab; Freitas; Lara 2014).

Ainda Schoab; Freitas; Lara (2014) buscam trazer a importância da preocupação e da percepção de mudança, pois o espaço universitário é onde existe produção de conhecimento, não somente para a comunidade acadêmica, mas para todo a sociedade, afinal, em sua existência precisa haver a obrigação do princípio que versa a relação intrínseca com a sociedade externa, onde as funções básicas de funcionamento é para além do ensino teórico e perpassa pela pesquisa e extensão, buscando trazer para a sociedade meios de desenvolvimento e qualidade de vida para todos.

No entanto, é de extrema importância pensar que a qualidade de vida seja pensada, também, para os alunos que estão em condição de marginalidade e vulnerabilidade social, uma vez que, essa parcela da comunidade acadêmica, na maioria das vezes, não tem o mesmo acesso tecnológico e de recursos que os demais

Então, nesse contexto emerge a necessidade da Tecnologia Social (TS), que consiste em desenvolver, de forma participativa, com a comunidade a resolução de algum problema inserido na sociedade, havendo, a fim, o compromisso de transformação da realidade com sustentabilidade com inclusão social e democratização de forma que haja autonomia e condição de reaplicação de forma que consiga além de participação, uma maneira de empoderamento e autogestão de seus usuários (Roso, 2017).

Logo o presente artigo objetiva contribuir para uma melhor compreensão sobre a importância da Tecnologia Social na extensão universitária, destacando seu potencial para transformar comunidades e promover mudanças sociais positivas, demonstrando a relevância da TS como uma estratégia de extensão universitária, enquanto uma ação contributiva para a inclusão social, desenvolvimento local e empoderamento comunitário.

Trazer a realidade das TS para dentro das universidades públicas pode ser um dinamizador para que haja uma inclusão (e empoderamento) de alunos que vivem em situação de vulnerabilidade social. O que pode ser intermediado por projetos de extensão que promovam acessibilidade digital e educação online. Além disso, criar espaços de inovação com TS para a sociedade com possibilidade de projetos comunitários estimular a participação ativa desses alunos na resolução de problemas locais.

Para que a mudança seja realidade, é preciso que haja parceria entre as universidades, governo, setor privado e organizações sociais; tais parcerias são possibilidade de viabilização de recursos financeiros, tecnológicos e humanos para desenvolver projetos com o devido impacto social. Além disso, a formação de professores e gestores em metodologias de educação inclusiva e Tecnologias Sociais é essencial para promover uma cultura de inclusão dentro das instituições de ensino superior.

Costa (2013) embasa que o termo “tecnologia social” é pensado de forma mais ampla para todas as camadas existente na sociedade, de forma que o adjetivo “social” não tem o desejo de afirmar somente a necessidade de tecnologia para os pobres ou países subdesenvolvidos, mas de forma que consegue uma crítica ao modelo atual e, ao mesmo tempo, consegue propor uma lógica mais sustentável e solidária de tecnologia para toda as camadas da sociedade.

Diante do exposto, a TS surge para as Universidades como uma forma de haver uma diminuição das desigualdades sociais, pois a mesma traz em seu conceito/objetivo as técnicas e metodologias que visam transformação de forma que haja desenvolvimento e aplicação na interação com a população, representando a solução para haver inclusão social e qualidade de vida de forma oposta a Tecnologia Convencional, tecnologia que, por sinal, não foi bem manifestada no que toca a economia e no ponto de vista tecnológico 

Dagnino et al. (2004), se contrapondo ao modelo que valoriza a liberação de mão-de-obra, utilizando insumos externos de forma indiscriminada, aumentando a degradação do meio ambiente, desvalorizando o potencial e principalmente, a cultura local (De Almeida, 2010).

Então, é possível relevar que a TS é uma estratégia transformadora nos ambientes universitários, afinal a mesma consegue promover a inclusão social com desenvolvimento sustentável e, ainda, gerar qualidade de vida para a comunidade acadêmica. As TS conseguem, através do fomento da abordagem participativa e colaborativa, consegue valorizar conhecimentos locais e potencializar recursos endógenos, o que rompe com modelos tradicionais de tecnologia; de tal forma que as universidades podem desempenhar um papel fundamental na redução das desigualdades sociais, contribuindo para uma sociedade mais equitativa, solidária e sustentável.

METODOLOGIA

A pesquisa é de cunho qualitativo por meio de revisão de literatura por meio de livros, artigos científicos, teses e dissertações, além de documentos governamentais e relatórios onde o objetivo foi analisar a relação existente entre a extensão universitária e tecnologia social.  

A análise dos dados foi realizada por meio de análise de conteúdo para identificar padrões e tendências nos estudos revisados, análise crítica para avaliar a qualidade e relevância dos estudos, e síntese para integrar os resultados e identificar conclusões gerais.

As fontes foram selecionadas a partir de bases de dados científicas como Google Scholar, Scopus e Web of Science, além de bibliotecas virtuais como ScienceDirect e JSTOR.

Enquanto critério de seleção foi incluído os de relevância para o tema, publicação nos últimos 10 anos, qualidade metodológica e disponibilidade de acesso, apenas os artigos brasileiros. Havendo uma limitação no que toca a dependência de fontes bibliográficas secundárias e a possibilidade de viés de seleção.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A UNIVERSIDADE E SEU PAPEL SOCIAL

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB – traz que a educação é um dever da família e garantia do estado, de forma que se inspira nos princípios de liberdade e nos ideais da plena solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (LDB, 2008).

Schoab; Freitas; Lara (2014) trata que as universidades são espaços que atendem as necessidades sociais, em concordância com o desenvolvimento cultural, econômico, social e, também, político; logo as universidades são um espaço de produção de conhecimento e tem como finalidade, também, a formação de cidadãos.

Para Colossi et. al. (2001) uma das principais funções de uma universidade é a qualificação de um profissional para servir a sociedade, como também produzir ciência para a comunidade externa e trazer um desenvolvimento para a mesma em todos os aspectos possíveis. No entanto, existe a iminência constante da universidade se distanciar da sociedade no que toca os contextos de problemas sociais e mais grave, distanciar sua comunidade interna da própria instituição, justamente por haver a desigualdade social e discrepância de acesso – tecnológico – de alunos em marginalidade e/ou vulnerabilidade social.

Em 1998, Chauí, traz que universidades compõem espaços de instituições sociais, científicas e educativas, onde existe a identidade instituída em princípios, valores, regras e formas de organização que lhe são próprios, de modo que existe um reconhecimento e legitimidade social vinculados, historicamente, à sua capacidade autônoma de lidar com as ideias, a busca do saber, as descobertas e a produção de conhecimento.

Então, a universidade tem um papel relevante e importante com a sociedade, deve se conectar com a sociedade e enxergar os problemas aderidos na mesma, sendo capaz de se envolver com os tais problemas detectados e não promover o afastamento (Costa, 2013).

É preciso que as universidades consigam identificar e questionar sobre as carências, as dificuldades e os dilemas sociais aos quais a mesma está inserida de forma geográfica nas diversas áreas como a saúde, educação, meio ambiente e tantos outros de acordo com Souza Filho (2006).

Ainda Souza Filho (2006) a partir do conhecimento que as universidades produzem as mesmas devem buscar desenvolver soluções para os principais problemas em prol da sociedade. Não deve medir esforços em oferecer à sociedade soluções de problemas detectados, uma vez que a universidade encontra na comunidade seu propósito de existência, sendo uma obrigação de finalidade e moral a participação da comunidade acadêmica para com a comunidade externa.

Dessa forma é válido salientar que as universidades têm uma grande responsabilidade em se papel social de forma conectada às suas funções básicas e trazer, como finalidade de a melhoria das condições de vida das pessoas por meio do avanço científico e tecnológico que promove, resultando em qualidade de vida (Almeida, 2010) buscando o fomento a democracia. Nesse contexto, a Tecnologia Social tem a totalidade de responsabilidade na relevância de haver democratização e equidade social.

Se trazemos a universidade enquanto instituição social, é necessário o entendimento de que a mesma deve promover a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, assim produzindo possíveis resoluções de problemas concretos dentro da sociedade. Isso pode ser alcançado por meio de projetos de TS, as quais buscam devidas soluções inovadoras para questões como saúde, educação e meio ambiente. A responsabilidade social das universidades também deve envolver a formação de profissionais críticos e altamente comprometidos com a comunidade externa, ou seja: a sociedade. Isso requer uma abordagem de uma educação que valorize a ética, a cidadania e a responsabilidade social (Schoab; Freitas; Lara, 2014).

Para realizar o seu papel social, as universidades devem estabelecer parcerias com órgãos do governo, as instituições não governamentais e as comunitárias, visando fortalecer a relação entre o ambiente acadêmico e a comunidade externa. Isso permitirá uma troca de conhecimentos e experiências, impulsionando soluções sustentáveis e inclusivas.

TECNOLOGIA SOCIAL SENDO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA UNIVERSIDADES

Tecnologia Sociais são os produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis desenvolvidas a partir de uma interação da comunidade acadêmico-científica para com a sociedade visando trazer as soluções de transformação social, buscando uma proposta inovadora de desenvolvimento onde considera a participação do coletivo no processo de organização e implementação das mesmas (Cattani e Holzmann, 2006).

Tecnologias Sociais surgem como uma forma de contribuir com a equidade social, qualidade de vida e sustentabilidade apresentando aspectos importantes que conseguem minimizar ou superar contradições sociais com trabalhos colaborativos (Roso, 2017), de forma que a TS virá ser um meio de superação de demandas existentes na sociedade com a necessidade de ser identificado o problema discutido e planejado o que deve ser feito para sanar a lacuna social por meio da TS.

De Archanjo Junior; Gehlen (2020) aborda que a identificação da população e do espaço geográfico é de suma importância para que haja a agenda de criação daquela TS dentro da comunidade. Na educação principalmente nas Universidades, existem algumas lacunas sociais de grande discrepância no que toca a disponibilidade e acesso de tecnologias em geral, logo dentro desse contexto, é necessário que haja um olhar crítico e sensível para a comunidade de alunos, identificando quais problemas e necessidades específicas dos grupos de educandos em vulnerabilidade e trazendo a TS como uma estratégia de alcançar a equidade dentro da comunidade e trazendo a justiça de meios para alcançar os objetivos da proposta de educação de todos.

Tem sido uma alternativa viável para superar os problemas que a sociedade do país enfrenta, principalmente os de desigualdades sociais, mediante a inclusão e solução de problemas, por vezes antigos e que necessitam de políticas públicas que não são foram solucionados por meio do Governo (Rodrigues e Barbieri, 2007).

Entendida de forma que é uma proposta metodológica, onde aplica uma técnica de conhecimento já estruturado em favor da sociedade; então, manifesta-se um conhecimento de aplicabilidade na sociedade em prol a uma camada da sociedade que necessita de que haja correção naquele problema detectado (ITS, 2004); trazendo como proposta o desenvolvimento de tecnologias com foco na resolução de problemas sociais, garantindo uma possibilidade de mudança de comportamento e inserção social, promovendo, ainda, equidade social por meio de uma sensação de justiça.

Para Rodrigues e Barbieri (2007), o intuito da TS é sempre o bem estar social com o objetivo de torná-la um instrumento efetivo de solução para à sociedade, inclusive dentro das universidades, principalmente como objeto de extensão, criando uma condição de proximidade dos discentes com a sociedade externa ao qual a universidade faz parte.

A implementação de Tecnologias Sociais nas universidades consegue promover uma articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão universitária, articulação que cria possíveis soluções inovadoras para questões sociais. Isso envolve a participação dos estudantes, professores e a comunidade local na identificação e resolução de problemas (Cattazai; Holzmann, 2006).

Importante salientar que as TS permitem trazer uma abordagem interdisciplinar e envolve diversas áreas do conhecimento. Isso possibilita uma compreensão mais adentro dos problemas que a sociedade enfrenta e o desenvolvimento de soluções que são capazes de consolidar a Tecnologia Social como proposta metodológica nas universidades.

Isso garante a interação, sustentabilidade e impacto social das iniciativas (De Archanjo Junior; Gehlen, 2020).

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E A TECNOLOGIA SOCIAL

A extensão universitária é uma das diretrizes das instituições de ensino superior e assim consegue uma abrangência de todos os inseridos na comunidade interna. Logo, uma universidade que não produz extensão não se comunica e não executa um dos seus objetivos fundamentais: a ligação da universidade com a comunidade por meio do ensino e pesquisa. Não basta a universidade existir em aulas fundamentais com a teoria, é necessário que haja a aproximação e o diálogo necessário entre os discentes e a comunidade externa como um todo (SCHOAB; FREITAS; LARA, 2014).

A extensão é a forma de haver a troca de experiência onde o conhecimento acadêmico é levado para toda a sociedade com um contato efetivo com a comunidade, o que possibilita detectar as necessidades e os problemas inseridos. É a socialização do conhecimento que a universidade adquire através de suas pesquisas, não o deixando restrito ao mundo acadêmico, fazendo com que todos tenham acesso e se beneficiem do processo. Afora que, a extensão soa como um complemento da formação dos universitários propiciando a aplicação da prática dos conhecimentos adquiridos nas teorias debatidas (SCHOAB; FREITAS; LARA, 2014).

A extensão foi adotada no Brasil na Reforma Francisco Campos (Brasil, 2024). Nesse Decreto, a extensão universitária destinava-se ao aumento do conhecimento em benefício do aperfeiçoamento individual e também do coletivo. Assim, gerando uma universidade mais inclusiva.

Essa inclusão é uma cobrança atual, questionando assim a necessidade da proximidade das universidades com as demandas sociais vindo do sentimento de compromisso social de modo que as ações das universidades devem estar voltadas, também, ao desenvolvimento da sociedade – não só de sua comunidade acadêmica, incentivando não somente a pesquisa, mas a entender os problemas sociais e gerar condição, através da extensão universitária, de criação de TS efetivas e resolutivas.

Salientando que a metodologia da TS, reconhece que o conhecimento também se origina na prática e que todo indivíduo é capaz de aprender e promover conhecimento, a partir de sua participação e envolvimento onde diversos autores se combinam a partir de múltiplas relações (ITS, 2004). Assim, o desenvolvimento tecnológico é realizado não por um processo unilateral com a universidade para a sociedade, mas bilateral, ou seja, a universidade vai ouvir a sociedade e criar um diálogo possível de detectar e solucionar os problemas e assim promover um desenvolvimento ampliado dentro da universidade e que saia para a sociedade, gerando qualidade de vida.

A extensão universitária, combinada com Tecnologia Social, consegue potencializar a transformação social precisa e promover a inclusão, equidade e o desenvolvimento sustentável. Acontece por conta da cocriação de importantes soluções para com a comunidade, e consegue valorizar conhecimentos locais e importantes experiências. 

A abordagem bilateral da extensão universitária e Tecnologia Social abre precedente para a criação de uma cultura de colaboração e empoderamento estudantil, de forma que os benefícios incluem: desenvolvimento de habilidades, fortalecimento de redes sociais e melhoria da qualidade de vida (Schoab; Freitas; Lara, 2014).

Essencial que haja uma criação de indicadores de impacto social e monitoramento de resultados, assim consegue a consolidação da abordagem, assim garante, inclusive, a eficácia das ações de extensão e TS, promovendo melhorias contínuas e de forma permanente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A universidade, em seu papel social, definido por sua finalidade pela LDB (2008), que define e regulariza o sistema de educação brasileiro, trazendo que é dever da universidade promover a extensão, aberta participação da população, visando a difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e de pesquisa científica e tecnológica gerada das instituições.

Como também, é dever das universidades públicas, como parte de uma representação governamental, garantir a todos que tenham acesso, dentro e fora da comunidade acadêmica, nesse contexto, observa-se que essa garantia de acesso finda a necessidade de promover a inclusão da universidade na sociedade e para com seus alunos mais vulneráveis,

Então, a extensão universitária como forma de trazer conceito e promoção de tecnologia social é de suma importância para todas as universidades, vez que a TS consegue promover ações que solucionam problemas sociais detectados pela comunidade acadêmica e ainda assim gerar inclusão de todos.

A Tecnologia Social é evidenciada por seu potencial de transformação social efetivo, ainda de forma sustentável e econômica, delineada por seus princípios e parâmetros que reposicionam a relação entre a universidade e a sociedade, tornando uma alternativa de grande potencial transformador social.

Tais esses elementos  denotam a aderência da proposta da TS ao papel social da extensão da universidade, e que apresentam um potencial para concretização  da extensão à participação da população, em uma relação de via de mão dupla, onde envolve os problemas sociais em prol de um desenvolvimento que permita atender as necessidades do homem e do meio em que vive. Fazendo com que o papel da universidade seja efetivado para a sociedade.

Portanto, a Tecnologia Social emerge como uma ferramenta estratégica para efetivar o papel social das universidades, promovendo inclusão, equidade e desenvolvimento sustentável. Ao articular ensino, pesquisa e extensão, a TS fortalece a relação entre academia e sociedade, gerando soluções inovadoras para problemas sociais e contribuindo para uma sociedade mais justa e solidária.

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1Bacharel em Comunicação Social e Publicidade e Propaganda, mestrando em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, gestor do sistema de Rádio e TV UFRB, orcid.org/0009-0001-6870-9126, ivan@ufrb.edu.br