EXPLORANDO O RADIOAMADORISMO NO BRASIL

EXPLORING AMATEUR RADIO IN BRAZIL

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11646873


Mateus Torres da Silva Angelo1
Rebeca Stefany Vailant de Oliveira2
João Pedro de Oliveira Manoel3
Nathália Martins da Silva Reis4


RESUMO

No estudo sobre radioamadorismo, exploramos os desafios e práticas seguras envolvidas nessa atividade apaixonante. Descobrimos que operar uma estação de rádio sem conhecimento técnico pode ser perigoso, não só para os operadores, mas também para quem está por perto, devido a possíveis interferências e riscos elétricos. Portanto, medidas como instalar uma boa proteção elétrica são essenciais. Além disso, aprendemos sobre a importância de seguir as regras de frequência estabelecidas para evitar confusões e garantir comunicações claras, especialmente em situações de emergência. Os radioamadores desempenham um papel importante nessas circunstâncias, oferecendo suporte vital quando outras formas de comunicação podem falhar. Em última análise, reconhecemos a necessidade de preparação adequada e responsabilidade ao praticar o radioamadorismo. É uma atividade emocionante, mas devemos sempre priorizar a segurança e seguir as diretrizes estabelecidas para garantir que possamos contribuir de forma positiva e segura para nossa comunidade.

Palavras-chaves: Rádio. Elétrico. Comunicação.

ABSTRACT

In the study on amateur radio, we explored the challenges and safe practices involved in this exciting activity. We discovered that operating a radio station without technical knowledge can be dangerous, not only for operators but also for those nearby, due to potential interference and electrical risks. Therefore, measures such as installing good electrical protection are essential. Additionally, we learned about the importance of following established frequency rules to avoid confusion and ensure clear communication, especially in emergency situations. Radio amateurs play an important role in these circumstances, providing vital support when other forms of communication may fail. Ultimately, we recognized the need for adequate preparation and responsibility when practicing amateur radio. It is an exciting activity, but we must always prioritize safety and adhere to established guidelines to ensure that we can contribute positively and safely to our community.

Keywords: Amateur radio. Safety. Communication.

1  INTRODUÇÃO

Este artigo tem como objetivo esclarecer os riscos do radioamadorismo no Brasil, como também algumas utilidades desse recurso tecnológico em desastres, situação de emergência ou estado de calamidade pública, os avanços de conhecimento histórico e geográfico, e a sua utilização em prol da sociedade brasileira.

O tema do radioamadorismo requer uma revisão da história do rádio,o padre e cientista-inventor Roberto Landell de Moura, originário de Porto Alegre, construiu em 1892, o primeiro dispositivo sem fio capaz de transmitir mensagens, antes de seu colega inventor italiano Guglielmo Marconi começar a usar aparelhos congêneres (Alencar, M. et al., 2012).

Em 1894, Landell de Moura realizou a primeira transmissão pública por meio de ondas hertzianas entre o alto da Avenida Paulista e o alto de Santana (cerca de oito quilômetros) em São Paulo (Alencar, M. et al., 2012). O preconceito na época de Landell e a falta de interesse das autoridades locais, acusações de bruxaria e por ser padre Landell de Moura não pode prosseguir com suas pesquisas. A invenção foi patenteada no Brasil sob o número 3279 em 9 de março de 1901 (Rodrigues, 2009).

O radioamadorismo é considerado um hobby de caráter científico, cujo as investigações eram feitas por indivíduos que tinham o objetivo de aumentar o alcance da comunicação ou a eficiência de seus equipamentos, essas características duram até os dias atuais (Ferreira, 2009).

Em virtude de alguns riscos e características o Radioamadorismo exigem provas para que os candidatos demonstrem suas habilidades e aptidão para realizar essa operação, o radioamadorismo ficou conhecido pelo serviço gratuito que prestam quando ocorrem desastres naturais, serviços de utilidade pública e também na localização de pessoas (Rodrigues, 1992).

O Radioamadorismo atualmente é regulamentado no Brasil. A execução do Serviço de Radioamador é regulamentada no Brasil pela Resolução nº 449, de

17 de novembro de 2006, da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel. A resolução tem por objetivo disciplinar as condições para execução do Serviço de Radioamador e a obtenção do Certificado de Operador de Estação de Radioamador (Coer).

O Serviço de Radioamador, por definição legal é:

(…) o serviço de telecomunicações de interesse restrito, destinado ao treinamento próprio, intercomunicação e investigações técnicas, levadas a efeito por amadores, devidamente autorizados, interessados na radiotécnica unicamente a título pessoal e que não visem qualquer objetivo pecuniário ou comercial. (Brasil, 2006)

Segundo Mauro Cerri Neto, 2007:

O voluntariado exerce extrema importância para o sucesso de uma Defesa Civil. É com o auxílio de trabalhos voluntários que o Estado presta serviços concernentes às atividades de defesa civil com maior facilidade. O profissional, de qualquer área, que é voluntário da Defesa Civil, além de estar exercendo a cidadania, está contribuindo para que os problemas existentes em sua comunidade sejam resolvidos.

O grande feito para o radioamadorismo foi o desenvolvimento da RENER – Rede Nacional de Emergência de Radioamadores, apesar de criada em 2001, é fruto indireto do Decreto-Lei nº 5.628, de 29 de junho de 1943, quando o então Presidente da República Getúlio Vargas determinou a criação da Reserva dos Serviços de Transmissões do Exército e de Radiocomunicações da Aeronáutica (Junior, 2014).

No período de guerra, ficou reconhecida a importância dos radioamadores nas telecomunicações brasileiras por meio daquele Decreto-Lei. Possuindo as qualificações necessárias o ingresso no Serviço de Radioamador também se dava por exames no antigo Departamento de Correios e Telégrafos, o radioamador era classificado como radiotelefonista, radiotelegrafista ou radiotécnico,  sendo  nos  dois  últimos  casos incorporado, no caso de convocação, como 3º Sargento e Subtenente, respectivamente (Junior, 2014).

Cabe aos órgãos de Defesa Civil estadual ou municipais, o treinamento dos radioamadores voluntários da RENER nos seguintes assuntos: comunicações de emergência, tráfego dirigido de mensagens pela rede ou repetidores, conhecimento técnico e ética operacional geral e específica para respostas aos desastres. Para participar da Rede Nacional de Emergência de Radioamadores, em caráter voluntário, todo cidadão portador do Coer e as estações de rádio detentoras da Licença de Estação de Radioamador, expedida pela Anatel (Brasil, 2001).

2  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em seu trabalho, (Alencar, M. et al., 2012) descreve a história de Landell Moura e sua contribuição significativa para o campo das telecomunicações, antecipando muitos dos conceitos que seguiram para tecnologias como o rádio. Sua contribuição teórica é reconhecida em várias áreas importantes, como:

  • Transmissão de Voz Sem Fio: Landell de Moura foi um dos primeiros a desenvolver e conduzir experimentos de transmissão de voz sem fio. Na virada do século XX, ele demonstrou a capacidade de transmitir som remotamente em vários eventos públicos.
  • Teoria e Experimentação em Ondas de Rádio: Landell de Moura já estava investigando a transmissão de sinais sem fio por meio de ondas eletromagnéticas antes mesmo dos experimentos de Guglielmo Marconi. Sua teoria e experimentos inovadores puseram as bases para a evolução posterior do rádio moderno.
  • Desenvolvimento de Equipamentos: Landell de Moura fez contribuições teóricas e criou vários equipamentos e dispositivos para ajudar em suas experiências. Para explorar o potencial de comunicação das ondas de rádio, ele construiu transmissores e receptores de rádio antiquados.
  • Contribuição para a Ciência: Landell de Moura melhorou a ciência das telecomunicações e o entendimento geral das propriedades das ondas eletromagnéticas. O trabalho dele influenciou outros cientistas e inventores em todo o mundo e ajudou a estabelecer as bases teóricas para a transmissão de rádio.
  • Reconhecimento Póstumo: Landell de Moura é amplamente reverenciado como um dos precursores da tecnologia de rádio, embora não tenha recebido o reconhecimento que merecia durante sua vida. Sua contribuição para a disciplina

    Cerri Neto, 2007 descreve alguns dos principais conceitos e princípios que sustentam a gestão em situação de desastres, incluindo a legislação, a cooperação entre os níveis de governo e a colaboração entre as partes interessadas na proteção e defesa civil.

    • Princípios da Proteção e Defesa Civil: As atividades de proteção e defesa civil são essenciais para minimizar os efeitos de desastres naturais e tecnológicos. Essas atividades visam proteger vidas, reduzir danos materiais e apoiar a recuperação rápida e eficiente das comunidades afetadas. Princípios como prevenção, precaução, preparação, resposta e recuperação orientam essas ações.
    • Integração Interfederativa: O princípio da integração interfederativa enfatiza que a gestão de desastres requer cooperação entre os diferentes níveis de governo (federal, estadual e municipal). Uma vez que os desastres muitas vezes vão além das fronteiras administrativas e requerem uma abordagem coordenada e colaborativa, essa integração é essencial para uma resposta eficaz.
    • Legislação Nacional e Política de Proteção e Defesa Civil: A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) é o instrumento, os princípios e as diretrizes para a gestão de riscos e desastres no Brasil. A Lei no 12.608/2012,           que          define as responsabilidades dos vários entes federativos e instituições envolvidos na proteção e defesa civil, é uma das leis que sustentam essa política.
    • Competências dos Entes Federativos: A legislação atribui aos níveis de governo competências específicas para proteger e defender os cidadãos. O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), que também é responsável por estabelecer padrões e promover estudos, está entre as responsabilidades da União. Os Estados e municípios são responsáveis por executar a PNPDEC em seus respectivos territórios, identificar áreas de risco e criar planos de contingência, entre outras coisas.
    • Atuação dos Bombeiros Militares: Os Bombeiros Militares desempenham um papel importante na defesa da população, principalmente no que diz respeito à prevenção, proteção, socorro e salvamento em situações de desastres. De acordo com a Constituição Federal, essa responsabilidade é complementada por legislações específicas e pela cooperação com os órgãos do SINPDEC.

      Em seu trabalho (Ferreira, 2012) conta sobre a história sobre o radioamadorismo, uma prática que remonta às origens da radiocomunicação, desempenha um papel importante na comunicação, espaço, território e tecnologia. O objetivo deste estudo é analisar a relevância dessa atividade e seus efeitos no ensino. Ele usará uma abordagem histórica, usando uma variedade de fontes bibliográficas, como livros, revistas e sites especializados. Além disso, será discutida a importância do radioamadorismo como uma ferramenta para promover a interdisciplinaridade nas escolas. Também será discutida a necessidade de um olhar crítico sobre a educação brasileira e a participação ativa de grupos de pesquisadores na busca de mudanças nessas condições.

      Para fundamentar esse estudo, citou vários autores que contribuíram significativamente para a compreensão dos temas discutidos. Entre eles estão Manuel Castells, com sua monumental obra “A Sociedade em Rede” (1999), que revela a relação entre tecnologia, comunicação e transformações sociais; Paulo Freire, com sua pedagogia crítica voltada para a emancipação e conscientização dos sujeitos, cujas ideias podem ser aplicadas na integração do radioamadorismo no contexto educacional; e Henri Lefebvre, que estuda a produção do espaço e as relações sociais nele embutidas, outros escritores, como José Marques de Melo com seus estudos sobre comunicação e sociedade e Marshall McLuhan com sua teoria dos meios de comunicação como extensões do homem, ajudam a nos dar uma compreensão mais ampla dos aspectos tecnológicos e comunicacionais do radioamadorismo.

      Ao examinar o que o radioamadorismo faz para a sociedade em geral, é possível enfatizar seu papel na promoção da comunicação de emergência, no apoio à pesquisa científica e na criação de redes de comunicação comunitárias. Além disso, tem a capacidade de despertar a curiosidade, o pensamento crítico e a aprendizagem interdisciplinar dos alunos, o que é fundamental para o desenvolvimento educacional. Isso permite que os alunos aprendam coisas como comunicação, eletrônica, geografia, história e física. Em resumo, este artigo não apenas enfatiza o radioamadorismo como uma tecnologia de comunicação, mas também incentiva a discussão sobre como ele pode ser usado na educação e como ele pode mudar a educação no Brasil. Esperamos inspirar pesquisadores e educadores a promover uma abordagem mais participativa e interdisciplinar no ensino, aproveitando o potencial do radioamadorismo como uma ferramenta para o aprendizado significativo e o desenvolvimento de habilidades do século XXI, ao considerar as contribuições de vários autores e as várias facetas dessa prática.

      No trabalho escrito por (Junior, 2014) em seu artigo descreve a importância do Serviço de Radioamador no Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e fornece informações importantes para que o serviço seja feito bem. Para iniciar essa conversa, é necessário examinar alguns conceitos e teorias relacionados à defesa civil e ao radioamadorismo.

      É fundamental entender como o radioamadorismo funciona como um método de comunicação de emergência. Desde o início, o radioamadorismo tem sido reconhecido como uma ferramenta útil em situações de crise, fornecendo uma rede de comunicação robusta e independente. Isso pode ser vital em situações de emergências médicas, crises humanitárias ou desastres naturais. Isso significa que a literatura sobre comunicação de emergência e gestão de desastres fornece uma base teórica sólida para entender como o radioamadorismo se encaixa no campo da defesa civil. Além disso, a regulamentação legal do radioamadorismo e como ela evoluiu ao longo do tempo são considerações cruciais a serem levadas em consideração. Estudos da história da tecnologia e da regulação de telecomunicações podem revelar como o radioamadorismo evoluiu e como as leis e regulamentos mudaram para acomodar isso. Precisamos também entender o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, é essencial saber como ele é estruturado, como funciona e quais são seus objetivos. A compreensão do lugar da Defesa Civil dentro do sistema estatal e sua relação com outras organizações pode ser facilitada por conceitos como políticas públicas de segurança, governança em situações de emergência e teorias de gestão de crises. Por fim, quando se fala sobre os aspectos legais do radioamadorismo, como a capacidade de usar a autoridade administrativa, as questões legais relacionadas a esse negócio são discutidas. Para entender como os estados controlam e monitoram o uso do espectro eletromagnético pelos radioamadores, as teorias de direito administrativo e legislação de telecomunicações são importantes. O artigo combina esses elementos teóricos e examina a importância do Serviço de Radioamador na Defesa Civil, examinando suas bases históricas, regulatórias e legais. Essa abordagem multidisciplinar melhora a compreensão do papel do radioamadorismo na segurança da população em situações de emergência.

      (Brasil, 2006) descreve a Resolução nº 449, de 17 de novembro de 2006, fornece uma estrutura regulatória importante para o Serviço de Radioamador no Brasil. O Regulamento do Serviço de Radioamador foi aprovado e publicado no Diário Oficial da República Federativa do Brasil em 1o de dezembro de 2006 e fornece diretrizes, padrões e procedimentos para a operação e supervisão do serviço no Brasil. Com uma longa história e tradição, o Serviço de Radioamador desempenha um papel importante na comunicação de amadores em todo o mundo. Esta decisão reconhece a importância dos operadores de rádio amadores e estabelece as bases para garantir que suas atividades sejam realizadas de forma segura, eficaz e de acordo com as regulamentações existentes.

      O regulamento abrange uma variedade de tópicos relacionados ao Serviço de Radioamador, incluindo práticas operacionais e técnicas e a concessão de licenças. Ele inclui os exames necessários para demonstrar competência técnica e familiaridade com as regulamentações para obter licenças de operador de radioamador. A resolução também aborda questões como faixas de frequência, potência de transmissão, procedimentos de chamada, retransmissão de mensagens de terceiros e outras práticas operacionais importantes. O foco na segurança e na conformidade com as normas técnicas é um dos elementos mais significativos dessa regulamentação. Isso é essencial para garantir que as operações de radioamador não perturbem as comunicações de outros serviços de rádio e para preservar a integridade das redes de comunicação.

      Além disso, a Resolução nº 449 cria mecanismos de supervisão e execução de regulamentos para garantir o cumprimento das regras estabelecidas e a manutenção da estabilidade no espectro eletromagnético.

      (Brasil, 2001) aprova a Portaria nº 302, de 24 de outubro de 2001, publicada no Diário Oficial da República Federativa do Brasil em sua edição de 26 de outubro de 2001, fornece um marco normativo significativo para um setor ou problema específico. No entanto, não há informações adicionais para determinar seu conteúdo exato e o contexto em que foi promulgada. No entanto, portarias como essa geralmente criam padrões, regulamentos ou processos administrativos em uma variedade de setores, como saúde, educação e meio ambiente, entre outros. Podemos apenas especular sobre o alcance e o impacto potencial da Portaria nº 302/2001, pois não há detalhes específicos sobre ela. Por exemplo, ela pode lidar com regulamentações para a prestação de serviços específicos, a criação de programas governamentais e a definição de padrões para concessão de benefícios, entre outras questões administrativas. É importante destacar que as portarias são instrumentos normativos de competência do Poder Executivo. Eles visam complementar leis ou regulamentos existentes e estabelecer procedimentos administrativos para a execução das políticas públicas.

      3  OBJETIVO

      Analisar de forma abrangente os riscos associados ao radioamadorismo no contexto brasileiro, destacando sua relevância e benefícios cruciais em situações emergenciais, visando fornecer uma compreensão mais profunda sobre sua importância na resiliência e segurança da comunidade.

      3.1  Objetivo específico

      • Analisar os riscos de operar estação de radioamador sem conhecimento;
      • Citar o código fonético internacional;
      • Descrever os benefícios do radioamadorismo em caso de emergências.

      4  MATERIAIS E MÉTODOS

      Para uma compreensão abrangente dos riscos associados ao radioamadorismo, conduzimos uma extensa  revisão  bibliográfica  que  abarca  uma variedade de fontes, incluindo estudos acadêmicos, relatórios técnicos e informações fornecidas por organizações reguladoras. Além disso, examinamos minuciosamente as disposições legais pertinentes na Constituição Federal que regem a prática do radioamadorismo. Essa abordagem multifacetada nos permitiu obter uma visão ampla e fundamentada dos desafios e perigos potenciais inerentes a essa atividade.

      5  RESULTADO

      1. Operar estação radioamador sem conhecimento técnico

      Os riscos de operar uma estação radioamadora sem conhecimento técnico pode causar sérios problemas à população que está próxima, quando os transmissores não possuem as proteções adequadas, como é o caso das blindagens, não apenas colocam em perigo a segurança dos operadores devido às altas tensões em seus circuitos, mas também costumam emitir sinais indesejáveis. Esses sinais podem causar interferências em televisores e outros dispositivos eletrônicos, causando incômodos.

      É uma boa ideia considerar a instalação de um terminal de terra confiável para conectar seus equipamentos de estação. Embora construir um terminal de terra eficaz possa ser desafiador, especialmente em termos de lidar com radiofrequências, ele desempenha um papel crucial na proteção dos operadores contra choques elétricos. Esta precaução é particularmente importante para radioamadores iniciantes, especialmente aqueles que operam em faixas de frequência mais baixas na HF e têm menos experiência no manuseio de equipamentos eletrônicos.

      É importante realizar verificações regulares no estado dos plugues e cabos de ligação dos equipamentos da sua estação. Certifique-se de que não haja pontas desencapadas ou fios com isolamento comprometido conectados à rede de corrente alternada. Além disso, é essencial revisar as tomadas elétricas da parede e a fiação em si. Vale ressaltar que os equipamentos de radioamadores podem exigir correntes consideráveis da rede elétrica.

      Para evitar riscos como superaquecimento da fiação elétrica e possíveis curtos-circuitos, é fundamental que os condutores da rede de energia que alimentam a estação tenham uma bitola adequada (com pelo menos 2 milímetros de diâmetro) e estejam corretamente instalados dentro de conduítes ou similares. Essas precauções ajudam a garantir a segurança elétrica da sua estação de radioamador.

      2. Padronização da Frequência

      Deve-se seguir rigorosamente as frequências e horários impostos pela RENER para evitar a dispersão das comunicações.

      A responsabilidade de realizar resgates, salvamentos e outros serviços de assistência à população Exceto em casos de socorro pessoal e humanitário, a ocorrência de uma emergência é de exclusiva competência das autoridades constituídas.

      De uma perspectiva técnica, os radioamadores fornecem materiais, como fontes de alimentação elétrica de emergência, conectores, cabos e aparelhos complementares, entre outros, para evitar a interrupção das comunicações quando uma rede já foi formada.

      Como padronização de frequências, a Portaria MI nº 331/09 estabeleceu:

      Frequências

      Fonia

      • 3.765 kHz
      • 7.080 kHz (prioritária), 7130 kHz
      • 14.180 kHz
      • 21.230 kHz
      • 28.290 kHz
      • 146520 kHz e repetidores
      • 439000 kHz e repetidores

      Digitais

      • 3.550 kHz
      • 7.040 kHz
      • 21.040, 21.070, 21340 kHz
      • 28.040, 28.120, 28.680 kHz
      • 145100 kHz e repetidores
      • 432080 kHz e repetidores.

      Além disso, observa-se que, caso a RENER seja ativada, as únicas pessoas autorizadas a usar as frequências listadas acima ou as destinadas ao tráfego de emergência serão os radioamadores voluntários, sob supervisão legal da Anatel. Conforme estabelecido pela Portaria MI nº 307/09.

      Na faixa do Cidadão no Brasil, que abrange 11 metros e inclui frequências de 26.965 kHz a 27.835 kHz, distribuídas em 80 canais, os radioamadores têm uma operação distinta. Em vez de canais fixos, os aparelhos percorrem toda a faixa em espaços mínimos de apenas 1Hz.

      Para operar nessa faixa, os interessados precisam apenas adquirir um rádio homologado pela ANATEL e obter sua licença pela internet. Todos os equipamentos de rádio, exceto os pequenos “comunicadores” ou talkabouts, estão isentos de licença.

      A popularidade da Faixa do Cidadão no Brasil cresceu na década de 70, sendo adotada unanimemente pelos caminhoneiros devido à facilidade de comunicação nas estradas brasileiras e à segurança proporcionada pelos rádios. Filmes de Hollywood também contribuíram para popularizar a Faixa do Cidadão em todo o mundo.

      A legislação brasileira referente à Faixa do Cidadão remonta à era da ditadura de 1930, considerando a operação de uma estação sem a devida licença como um “crime”. Esta situação ainda persiste em países ditatoriais comunistas. No entanto, ouvir ondas de rádio de qualquer faixa não é considerado crime no Brasil, apesar de ter sido estabelecido durante períodos ditatoriais. No entanto, utilizar faixas específicas e divulgar seu conteúdo para fins criminosos pode resultar em penalidades.

      As frequências de rádio recebem o nome de seu descobridor, Heinrich Hertz, daí o “Hz” no final dos números. Vale notar que 1.000 Hz equivale a 1 Kilohertz, enquanto 1.000.000 de Hertz equivalem a 1 Megahertz. Por exemplo, 27.000 Kilohertz é o mesmo que 27 Megahertz.

      Outras  faixas  de  frequência incluem: 88.000 a 108.000 Kilohertz para rádio difusão (FM); 156.000 a 164.000 Kilohertz para a faixa marítima; 118.000 Kilohertz a 130.000 Kilohertz para a faixa de aviação (AM); 144.000 Kilohertz a 148.000 Kilohertz para radioamadores; e 148.000 a 174.000 Kilohertz para diversos órgãos de segurança pública.

      Ao contrário do que se pode pensar, não é segredo nem crime “revelar” uma determinada frequência, pois elas estão disponíveis para consulta pública no site da ANATEL. No entanto, a permissão para uso de qualquer frequência que não seja destinada aos radioamadores depende de um projeto técnico e da liberação do “canal” por parte da ANATEL.

      3. Código fonético

      O Código Fonético Internacional é uma maneira de “traduzir” os caracteres ou letras de uma palavra usando uma palavra maior e mais clara, começando exatamente com a letra que o ouvinte está em dúvida.

      A – Alfa

      B – Bravo

      C – Charlie

      D – Delta

      E – Eco

      F – Foxtrot

      G – Golf

      H – Hotel I – India

      J – Juliete

      K – Kilo

      L – Lima

      M – Mike

      N – November

      O – Oscar

      P – Papa

      Q – Quebec

      R – Romeu

      S – Sierra

      T –Tango

      U – Uniforme V – Victor

      X – ExRay

      Y – Yankee

      Z Zulú

        Número  PalavraCódigo Pronúncia
      0Nadazeronada zirou
      1Unaoneuna uan
      2Bissotwobisso tu
      3Terrathreetera tri
      4Kartefourcartefour
      5Pantafivepentafaiv
      6Soxisixsoc si six
      7Settesevensete seven
      8Oktoeightocto eith
      9Noveninenove naine

      Tabela 1 – Código Fonético Internacional.

      4. Código Q usado por PX

      QAP – Estou na escuta, estou na estação. QRV – Estou pronto; à sua disposição

      QRL – Ocupado (pode significar também trabalho, batente)

      QSY – Mudança de frequência (Mudar para) QSL – Copiei e compreendi o sentido

      QTA – Cancele

      QTC – Comunicado de interesse geral QTH – Local

      QTR – Hora Certa

      QRA – Nome do Operador

      QRO – Devo aumentar a potência? Significa também TX de alta potência

      QRP – Devo baixar a potência? Transmissor de baixa potência (até 5 watts)

      QRZ – Quem está me chamando? QRD – Aonde vai e de onde vem? QRE – A que horas pensa chegar? QRF – Regressando a…

      QRM – Está sendo interferido – interferências diversas

      QRN – Estática

      QRT – Cessar a transmissão – desligar o rádio QTB – Mensagem em dúvida

      QRU – Ocorrência/problema?

      QRX – Aguarde, aguardar até que te chame QSN – Você me ouve?

      QTI – Destino/Rumo

      QTO – Sinônimo ou gíria para sanitário QRE – Hora aproximada de chegada

      QTU – Horário de funcionamento da sua estação QTN – A que horas saiu de…?

      QSM – Repetir

      QUD – Receber sinal de urgência QSG – Transmitir

      QUA – Tem notícia de…?

      QRY – Qual minha ordem da vez?

      QTF – Qual a posição da estação (latitude e longitude se possível)

      QTX – Manter a sua estação aberta até que eu avise QSS – Que frequência de trabalho você usará (comunicar-se-á por onde)

      QTV – Escute-me na frequência… QUO – Efetuar busca

      QTZ – Continuar a busca.

      5. Como funciona uma radioamadora

      5.1 Estação de Rádio

      Imagine uma equipe da Defesa Civil ou policiais em uma situação de risco, precisando manter contato com sua base. Porém, duas coisas podem atrapalhar esse contato crucial: ou as luzes do aparelho não acendem, ou aparenta estar ligado, mas não há comunicação, mesmo estando dentro do alcance da estação base.

      Nessas situações, duas coisas principais podem estar impedindo a comunicação urgente: primeiro, o fusível do aparelho pode estar queimado ou haver mau contato com a bateria, caso o fusível esteja intacto. Segundo, pode haver algum problema com a antena  ou  o  cabo  que  conecta  o  aparelho transmissor à antena propriamente dita. Um simples exame visual pode ajudar a identificar o que está causando o problema na comunicação.

      Se você estiver utilizando uma viatura com um equipamento de rádio, ele geralmente é composto pelos seguintes acessórios: o próprio rádio (ou radiotransmissor), um microfone, o cabo que conecta o rádio à antena, a própria antena e uma fonte de alimentação, que, nesse caso, seria a bateria do veículo.

      Agora, se você estiver usando um HT (transceptor portátil), ele já vem completo, com um microfone embutido, sua própria alimentação através de baterias internas recarregáveis e uma antena emborrachada. Vale ressaltar que em situações de emergência – algo bastante comum entre radioamadores – é possível desconectar a antena embutida e conectar uma antena externa, desde que o conector seja do tipo BNC, o mesmo usado pela antena original. Isso pode resultar em um alcance muito maior de comunicação, dependendo da antena utilizada.

      É importante lembrar que um rádio não funciona como um telefone: você pressiona o botão do microfone para transmitir e solta para ouvir. É necessário aguardar o final do sinal de chamada para poder falar. As repetidoras de radioamadores emitem um “bip” ao final do sinal de chamada, indicando que agora está livre para outra estação falar.

      5.2  Repetidora

      Uma repetidora usada pelos radioamadores é uma estação que recebe um sinal de frequência VHF e o retransmite em outra frequência, ainda dentro da faixa VHF. Os equipamentos destinados aos radioamadores para operar nessa faixa geralmente possuem um sistema que simplifica a operação, podendo ser acionado com apenas um botão ou acessando o menu do aparelho. Por exemplo, a repetidora de Dourados recebe os sinais em 147.870 kHz e os retransmite em 147.270 kHz. Em seu transceptor móvel ou HT, você só precisa pressionar um botão para transmitir com um deslocamento de frequência de +600 kHz.

      Geralmente, os equipamentos utilizados pela Defesa Civil ou outros órgãos de segurança não fazem uso de repetidoras, o que limita bastante o alcance de seus sistemas de comunicação.

      Mesmo utilizando um HT, seu sinal pode alcançar a antena da estação repetidora, geralmente localizada no topo de uma torre profissional de telecomunicações, com altura entre 60 e 100 metros.

      Mesmo um sinal fraco do HT será recebido pela antena e retransmitido com uma potência de 60 Watts ou mais. Para ilustrar, o sinal da repetidora dos radioamadores em Dourados pode facilmente alcançar a cidade de Ponta Porã, a cerca de 120 km de distância.

      Conforme previsto na legislação, qualquer órgão público ou pessoa em situação de emergência pode solicitar ajuda através da repetidora dos radioamadores. No entanto, seu uso contínuo é proibido.

      O inverso também é verdadeiro, embora algumas autoridades policiais discordem devido à falta de informação: os radioamadores podem e devem chamar estações de órgãos públicos em situações de emergência, especialmente quando há risco para a vida humana. A falta de resposta a essas chamadas específicas e raras já resultou em punições para comandantes de alguns órgãos de segurança pública, configurando o que eles chamam de “omissão de socorro”.

      Para obter mais informações sobre este assunto, basta consultar a legislação ou Norma Geral das Telecomunicações disponíveis no site da ANATEL, ou acessar o site da LABRE – Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão.

      5.3  Alcance do Radioamador

      A faixa VHF, que é amplamente utilizada pela Defesa Civil e pelos órgãos de segurança pública em todo o mundo, permite uma cobertura em linha reta de centenas de metros quando operado manualmente por uma pessoa com um rádio portátil, vários quilômetros se o dispositivo estiver instalado em um veículo e dezenas de quilômetros se o rádio estiver instalado em uma estação base com uma antena externa como descrita neste guia.

      Ao usar uma repetidora, o sinal pode facilmente viajar centenas de quilômetros, independentemente da potência ou do equipamento usado. A repetidora é essencial para comunicações locais ou regionais, especialmente em situações de emergência. Os radioamadores merecem ser reconhecidos e agradecidos por seus esforços e contribuições financeiras para manter a repetidora em funcionamento, que beneficia centenas de outras pessoas diariamente.

      O alcance visual de um sinal na faixa VHF e superior depende da altura da antena transmissora e receptora, bem como da curvatura da terra. As fórmulas a seguir são válidas para qualquer ângulo de visão, sem considerar o fenômeno da refração. As antenas direcionais facilitam muito a comunicação porque concentram o sinal em uma direção específica.

      Fórmula:

      • S é o alcance em quilômetros (km);
      • H    é a altura da antena transmissora em metros (m);
      • h é a altura da antena receptora em metros (m).

          6. Radioamador em situação de emergência

          6.1 Missão do Radioamador em Situações de Emergência

          Como voluntário em momentos críticos, sua missão essencial é facilitar a comunicação eficiente entre todos os membros da equipe ou a central de rádio. Esta comunicação é vital para coordenar esforços e garantir a segurança de todos os envolvidos.

          Para alcançar esse objetivo, é necessário empregar todas as suas habilidades operacionais e técnicas. Isso significa estar adequadamente preparado para lidar com emergências, mantendo o foco no seu trabalho e minimizando distrações. É crucial lembrar que, como Radioamador, sua responsabilidade é na esfera da comunicação, não de salvamento. Evite se envolver em tarefas para as quais não recebeu treinamento adequado.

          Estar preparado para uma missão envolve uma série de considerações abrangentes. Isso inclui garantir que você tenha o equipamento de rádio adequado, fontes de alimentação confiáveis, vestuário e equipamentos pessoais apropriados, suprimentos de comida e água, bem como acesso a informações e treinamento especializado. Ter o seu “Box de Rádio” planejado e montado antecipadamente irá facilitar sua prontidão quando chamado para colaborar em situações de emergência.

          É crucial pensar em todas as possíveis atribuições que você pode enfrentar e preparar seu kit de acordo. Certifique-se de que seu equipamento seja adequado para o cenário em que será utilizado. Por exemplo, um amplificador linear de 1000 watts pode ser excessivo e impraticável para uso em campo. Portanto, escolha seus                   equipamentos        com sabedoria, priorizando a eficiência e a portabilidade.

          Tipos de Incidentes

          Os Radioamador voluntário     podem ser chamado para ajudar com vários desastres, incidentes e eventos, incluindo

          Desastres Naturais:

          • Terremoto;
          • Tsunami;
          • Tempestade severa do inverno;
          • Furacão / Tornado;
          • Epidemia / pandemia.

          Incidentes por pessoas isoladas:

          • Ataque terrorista;
          • Mortes em massa;
          • Busca e Salvamento;
          • Engavetamento de veículos (na maioria das vezes, em meio à forte neblina);
          • Acidentes aéreos;
          • Descarrilamento de trem;
          • Deslizamento de terra;
          • Naufrágio / vazamento de óleo no mar ou rios.

          Serviço Público Eventos

          • Manifestações       populares,        protestos, maratonas esportivas;
          • Desfiles e Celebrações;
          • Dia de Campo (treinamento que as associações de radioamadores deveriam fazer sempre).

          6.2  Atribuições do Radioamador

          Como Radioamador voluntário, você pode ser convocado para ajudar em uma série de atribuições, atuando a partir de diferentes locais de operação da estação, tais como:

          Estação Base

          • Comando de Incidentes ou outro posto de comando fixo;
          • Centro de Operações de Emergência;Hospital;
          • Em domicílio (apoio à rede de emergência para contatos a longa distância – intermunicipal, estadual ou mesmo nacional).

            Estação de Campo Portátil

            • Campo Comando de Mensagens;
            • Abrigos diversos (subterrâneos ou não);
            • Apoio em estações de descanso, atendimento hospitalar ou de saúde.

              Estação Móvel

              • Estação de comando móvel (veículos);
              • Estações em campo, estacionadas;
              • Veículo RideAlong (Transportes, vagões, vans, etc);
              • Estação de retransmissão (repetidoras).

                Modos de Comunicação

                Como uma estação de Radioamador você pode ser solicitado a fornecer comunicações, usando uma variedade de modos, incluindo:

                • Comunicação por voz a curta distância (VHF / UHF FM);
                • Tráfego de mensagens eletrônicas (VHF / UHF Packet);
                • Vídeo ao Vivo (Televisão de Amador);
                • Tráfego de mensagens para longa distância (HF SSB voz ou CW);
                • Outros modos disponíveis (Telefone, Fax, Agência Rádio, retransmissão diversa).

                  Duração de Cessão

                  O período de tempo que é solicitado para ajudar com comunicações de emergência irá depender do tipo e tamanho do incidente e o número de Radioamadores voluntários disponíveis

                  • Curto algumas horas para menos de um dia;
                  • Overnight – 24 horas;
                  • Dois ou três dias;
                  • Longa Duração Mais de 72 horas.

                    6  DISCUSSÃO

                    A discussão sobre os materiais e métodos utilizados neste estudo reflete uma abordagem meticulosa e abrangente na compreensão dos riscos associados ao radioamadorismo. A metodologia empregada incluiu uma revisão detalhada da literatura disponível, incorporando uma variedade de fontes como estudos acadêmicos, relatórios técnicos e informações regulatórias. Além disso, foi dada atenção especial às disposições legais relevantes na Constituição Federal que governam a prática do radioamadorismo. Essa abordagem multifacetada permitiu uma visão ampla e fundamentada dos desafios e perigos potenciais inerentes a essa atividade.

                    Os resultados destacam claramente os riscos envolvidos na operação de uma estação radioamadora sem o devido conhecimento técnico. Isso não apenas representa perigo para os próprios operadores devido às altas tensões envolvidas nos circuitos, mas também pode afetar a segurança da população próxima, causando interferências em dispositivos eletrônicos e potencialmente resultando em situações perigosas. Recomendações práticas são fornecidas, como a instalação de um terminal de terra confiável e a realização de verificações regulares nos equipamentos para garantir sua segurança elétrica.

                    A discussão sobre a padronização das frequências ressalta a importância de seguir rigorosamente as diretrizes estabelecidas pela RENER para evitar a dispersão das comunicações. Esse aspecto é crucial, especialmente em situações de emergência, onde a coordenação eficaz das comunicações pode ser uma questão de vida ou morte. Além disso, são delineadas as responsabilidades dos radioamadores em casos de emergência, enfatizando sua função na facilitação da comunicação e evitando envolvimento em atividades para as quais não estão devidamente treinados.

                    O alcance do radioamadorismo e sua utilidade em situações de emergência são destacados, mostrando como a faixa VHF e o uso de repetidoras podem ampliar significativamente a capacidade de comunicação, especialmente em cenários críticos. Os radioamadores são reconhecidos por seu papel vital nessas situações, contribuindo para manter as comunicações operacionais quando outras formas de comunicação podem falhar.

                    A discussão sobre a preparação e atribuições dos radioamadores em situações de emergência enfatiza a importância da prontidão e do treinamento adequado. Isso inclui a preparação de equipamentos adequados e a compreensão das diferentes atribuições que podem ser exigidas em diferentes cenários de emergência. Os diversos modos de comunicação disponíveis para os radioamadores são destacados, mostrando a flexibilidade e adaptabilidade dessa prática em diferentes contextos de emergência.

                    Na discussão sobre os riscos e práticas seguras no radioamadorismo, é crucial abordar as preocupações de forma que todos possam entender facilmente, especialmente aqueles que são novos na área ou que têm interesse em se envolver. Imagine-se sentado em uma sala, cercado por amigos entusiastas do rádio, discutindo os aspectos técnicos e práticos dessa emocionante atividade.

                    Conforme mergulhamos na análise dos resultados, surge uma atmosfera de conscientização sobre os perigos potenciais enfrentados por radioamadores mal preparados. É como se estivéssemos todos juntos, compartilhando histórias e experiências, enquanto destacamos a importância de entender os circuitos elétricos e as precauções necessárias para garantir a segurança de todos os envolvidos, inclusive daqueles ao nosso redor.

                    Discutimos apaixonadamente sobre a necessidade de seguir as diretrizes regulatórias e as frequências designadas para evitar interferências e garantir comunicações claras, especialmente em momentos críticos, quando a coordenação rápida pode ser a diferença entre a vida e a morte. Essa conversa envolvente nos permite compartilhar exemplos de como os radioamadores podem desempenhar um papel vital em situações de emergência, oferecendo uma perspectiva humana sobre o impacto positivo que podemos ter na sociedade.

                    No final, essa discussão nos deixa com um sentimento de responsabilidade compartilhada e um desejo renovado de nos prepararmos adequadamente para enfrentar os desafios e contribuir         positivamente   através do radioamadorismo. É como se estivéssemos unidos por um propósito comum: não apenas desfrutar dessa paixão pela comunicação via rádio, mas também garantir que façamos isso de forma segura e responsável, para o benefício de todos.

                    Em resumo, a discussão aborda de forma abrangente os desafios, precauções e responsabilidades associados ao radioamadorismo, destacando seu papel fundamental na facilitação das comunicações em situações de emergência e na garantia da segurança operacional.

                    7  CONCLUSÃO

                    O estudo abrangente sobre os riscos e práticas seguras no radioamadorismo oferece uma visão detalhada e valiosa das complexidades inerentes a essa atividade apaixonante. Ao empregar uma metodologia meticulosa, que incluiu revisão bibliográfica extensiva e análise das disposições legais, obtivemos uma compreensão sólida dos desafios e perigos potenciais que os radioamadores podem enfrentar.

                    Os resultados destacam a importância crítica de operar uma estação radioamadora com conhecimento técnico adequado. A falta de compreensão dos princípios fundamentais pode não apenas expor os operadores a riscos significativos, mas também ameaçar a segurança da população ao redor. Portanto, é imperativo implementar medidas de segurança robustas, como a instalação de terminais de terra confiáveis e a realização de verificações regulares nos equipamentos, para mitigar esses riscos.

                    Além disso, enfatiza-se a necessidade de aderir estritamente às frequências e diretrizes estabelecidas pelas autoridades reguladoras, especialmente em situações de emergência. Os radioamadores desempenham um papel crucial na facilitação das comunicações nessas circunstâncias críticas, mas é essencial que compreendam e respeitem suas responsabilidades, evitando atividades além de sua capacidade técnica e treinamento.

                    Por outro lado, o estudo ressalta os benefícios significativos do radioamadorismo em situações de emergência, demonstrando como as comunicações por rádio podem preencher lacunas quando outros meios falham. A faixa VHF e o uso de repetidoras ampliam consideravelmente a capacidade de comunicação, beneficiando não apenas os radioamadores, mas toda a comunidade.

                    Em conclusão, este estudo reforça a importância vital da preparação e do treinamento adequados para os radioamadores. Ao fazer isso, podemos garantir que essa comunidade continue desempenhando um papel essencial na segurança pública e na prestação de assistência em momentos de necessidade, garantindo assim a eficiência e a segurança das comunicações de rádio em todas as circunstâncias. Compreender a importância do estudo abrangente sobre os riscos e práticas seguras no radioamadorismo é fundamental para todos os entusiastas dessa atividade. Não se trata apenas de explorar uma paixão, mas sim de reconhecer a responsabilidade que cada operador tem para consigo mesmo e para com a comunidade ao redor. Ao adotar uma abordagem meticulosa e detalhada, examinando tanto os aspectos técnicos quanto os legais, somos capazes de obter uma compreensão holística dos desafios e das melhores práticas que permeiam o mundo do radioamadorismo. Isso não apenas nos permite operar de forma mais segura, mas também nos capacita a desempenhar um papel mais eficaz em situações de emergência.

                    É crucial reconhecer que operar uma estação radioamadora vai muito além do simples manuseio de equipamentos. Envolve um profundo conhecimento dos princípios subjacentes e um compromisso contínuo com a segurança e a conformidade regulatória. Ignorar esses aspectos pode não apenas colocar em risco a própria segurança, mas também a de outras pessoas.

                    A implementação de medidas de segurança robustas, como a instalação de terminais de terra confiáveis e a manutenção regular dos equipamentos, é essencial para mitigar os riscos associados ao radioamadorismo. Além disso, é imperativo respeitar as frequências e diretrizes estabelecidas pelas autoridades, especialmente em situações críticas, onde as comunicações desempenham um papel vital.

                    No entanto, não devemos apenas nos concentrar nos aspectos negativos. O estudo também destaca os benefícios significativos que o radioamadorismo pode trazer em situações de emergência. A capacidade de preencher lacunas de comunicação quando outros meios falham é inestimável, e o uso de tecnologias como a faixa VHF e repetidoras amplia ainda mais essa capacidade.

                    Em última análise, ao reconhecer a importância da preparação e do treinamento adequados, podemos garantir que a comunidade de radioamadores continue a desempenhar um papel vital na segurança pública e na prestação de assistência em momentos de necessidade. É somente através do compromisso com a eficiência e a segurança que podemos garantir que as comunicações de rádio continuem a ser uma ferramenta confiável em todas as circunstâncias.

                    REFERÊNCIAS

                    ALENCAR, Marcelo S. et al. O fantástico padre Landell de Moura e a transmissão sem fio. 2012.

                    CERRI NETO, Mauro. Aspectos Jurídicos das Atividades de Defesa Civil. Brasília: Secretaria Nacional de Defesa Civil, 2007.

                    FERREIRA, I. de. S. Radioamadorismo: uma reflexão sobre espaço, território, comunicação e tecnologia. 2012. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Geografia e Território: Planejamento Urbano, Rural e Ambiental)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2012.

                    JUNIOR, João Carlos Valentim Veiga. Rede Nacional de Emergência de Radioamadores: Evolução, Procedimentos e Aspectos legais. Revista Jurídica On-line, v. 1, n. 4, 2014.

                                . Ministério da Integração Nacional. Portaria nº 302, de 24 de outubro de 2001. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, nº 206, p. 131, 26 out. 2001. Seção 1.

                                . Ministério das Comunicações. Agência Nacional de Telecomunicações. Resolução nº 449, de 17 de novembro de 2006. Aprova o Regulamento do Serviço de Radioamador. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, nº 230, p. 79-82, 1 dez. 2006. Seção 1.

                                . Ministério da Integração Nacional. Portaria nº 302, de 24 de outubro de 2001. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, nº 206, p. 131, 26 out. 2001. Seção 1.

                    p. 131, 26 out. 2001. Seção 1.


                    1 Graduando em Engenharia Elétrica. E-mail: mateustsangelo@gmail.com
                    2 Graduando em Engenharia Elétrica. E-mail: rebecavailant@gmail.com
                    3 Graduando em Engenharia Elétrica. E-mail: jopemanoel@gmail.com
                    4 Professor Orientador(a), Mestre em Ciências Ambientais. E-mail: nathalia.pimentel@saolucas.edu.br Centro Universitário São Lucas – UniSL
                    Porto Velho, RO, Brasil