EXPLORANDO O ETNOCONHECIMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS NO NORDESTE BRASILEIRO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202507152358


Werlly Douglas dos Santos Rodrigues1
Maria Mairla Mendes Alves2
Francisco Bezerra de Souza3
Francarlos Guimarães Rodrigues4
Orientadora: Aline Carla de Medeiros5


RESUMO 

A utilização de plantas medicinais é uma das práticas terapêuticas mais antigas da humanidade,  marcada pela transmissão oral e fundamentada em saberes populares que resistem até os dias  atuais, sobretudo em regiões como o Nordeste brasileiro. Este estudo objetivou realizar uma  revisão bibliográfica sobre o etnoconhecimento relacionado às plantas medicinais,  evidenciando sua importância cultural, social e terapêutica, além de confrontar e corroborar  seus usos tradicionais com evidências científicas contemporâneas. A pesquisa, de caráter  qualitativo, baseou-se na seleção de artigos, livros e dissertações acadêmicas indexadas em  bases como SciELO, Google Acadêmico e periódicos CAPES, priorizando estudos sobre o uso  medicinal de espécies como camomila, hortelã, erva-cidreira, capim-santo, babosa, arruda,  aroeira, alecrim, malva e erva-doce. Os resultados evidenciam que o etnoconhecimento sobre  ervas medicinais no Nordeste configura-se não apenas como alternativa terapêutica acessível,  mas também como patrimônio cultural, historicamente transmitido e valorizado por diferentes  comunidades. Além disso, verificou-se que muitas das espécies tradicionalmente utilizadas  possuem respaldo em estudos científicos recentes, que atestam suas propriedades  farmacológicas, antioxidantes, antimicrobianas e ansiolíticas. O trabalho conclui pela  necessidade de valorização, resgate e preservação desses saberes, reconhecendo o  etnoconhecimento como base legítima para futuras pesquisas e políticas públicas de saúde  integrativa e fitoterápica. 

Palavras-chave: Etnoconhecimento; Plantas medicinais; Nordeste.

ABSTRACT 

The use of medicinal plants is one of the oldest therapeutic practices of humanity, marked by  oral transmission and based on popular knowledge that has survived to this day, especially in  regions such as the Brazilian Northeast. This study aimed to conduct a bibliographic review on  ethnoknowledge related to medicinal plants, highlighting their cultural, social and therapeutic  importance, in addition to comparing and corroborating their traditional uses with  contemporary scientific evidence. The research, of a qualitative nature, was based on the  selection of articles, books and academic dissertations indexed in databases such as SciELO,  Google Scholar and CAPES journals, prioritizing studies on the medicinal use of species such  as chamomile, mint, lemon balm, lemongrass, aloe vera, rue, mastic tree, rosemary, mallow and  fennel. The results show that ethnoknowledge on medicinal herbs in the Northeast is configured  not only as an accessible therapeutic alternative, but also as a cultural heritage, historically  transmitted and valued by different communities. Furthermore, it was found that many of the  species traditionally used are supported by recent scientific studies, which attest to their  pharmacological, antioxidant, antimicrobial and anxiolytic properties. The work concludes that  there is a need to value, rescue and preserve this knowledge, recognizing ethnoknowledge as a  legitimate basis for future research and public policies on integrative and phytotherapeutic  health. 

Keywords: Ethnoknowledge; Medicinal plants; Northeast.

1. INTRODUÇÃO 

A História da humanidade é marcada pela transferência de saberes através da oralidade,  hoje, chamamos esses saberes de etnoconhecimento, que se trata de um tipo de conhecimento  que acontece paralelamente aos saberes repassados através da escrita, mas que são  considerados, mesmo no meio científico, como um ponto crucial para o entendimento das  culturas. Dentre tantas práticas difundidas pela cultura popular, as plantas medicinais sempre  tiveram fundamental importância no conhecimento para cura de suas enfermidades,  demonstrando uma estreita relação entre o seu uso e sua própria evolução (PERINAZZO,  2022). 

Desde as culturas mais antigas, o uso de plantas para tratar questões de saúde integra as  práticas tradicionais da humanidade, sendo preservado ao longo do tempo por meio da oralidade  e da observação empírica de seus efeitos terapêuticos. Muito antes do surgimento da escrita,  esses saberes já eram transmitidos entre as gerações, reforçando a importância da relação  histórica entre o homem e as plantas. Atualmente, esse conhecimento popular desperta o  interesse pela ciência moderna, que, por meio de estudos consistentes, têm validado e reconhecido  a eficácia de muitas dessas práticas ancestrais (PENHA et al., 2021). 

O Brasil é um país agrário, nossas origens são enraizadas nas comunidades rurais, de  modo que, ainda que sejamos criados nas cidades, conhecemos alguém, em algum momento da  vida que nos mostra a latência do etnoconhecimento da nossa cultura, enraizado nas  comunidades rurais. O conhecimento do povo precisa ser constantemente protegido dos  preconceitos, em relação aos saberes de ervas medicinais, esses preconceitos se dão de várias  formas, entre elas o fato de não serem considerados seguros. Hoje se valoriza o conhecimento  científico acadêmico e o modelo biomédico centrado na doença, em detrimento aos outros tipos  de geração de conhecimentos5. Assim, surge a medicalização da vida, um fenômeno de  apropriação pela medicina, que interfere na construção e interpretação de conceitos, costumes  e comportamentos sociais(PATRICIO, KARINA et. al., 2020). 

Para Patricio (2020) Mesmo diante do crescimento do saber científico, o conhecimento  popular que nos foi repassado através da oralidade por nossos ancestrais, melhorado, adaptado  ao longo dos séculos e que não pode ser negado nem mesmo pela própria ciência, ao contrário,  merece ser averiguado e até sustentado pelo conhecimento científico, por toda importância e  influência que exerce nas sociedades. Por meio de tal análise, os seres humanos começaram a  sistematizar o uso de PM, conciliando aspectos filosóficos e culturais característicos,  desenvolvendo a base de vertentes da medicina (PATRICIO, 2020).

Quirino (2015) afirma que o etnoconhecimento sobre plantas medicinais repassados pela  oralidade é um traço da cultura brasileira que expressa o resultado da mistura de raças que forma  o nosso povo. Ao longo dessa trajetória de evolução do etnoconhecimento relacionado às ervas  medicinais, que também é a evolução da nossa própria história enquanto povo brasileiro, esse  conhecimento foi absorvendo traços das culturas que aqui chegavam e foi enriquecendo cada  vez mais. Historicamente, diversas culturas têm utilizado as plantas para o tratamento de  doenças e, até hoje, quando as desigualdades socioeconômicas promovem uma distribuição  desigual de renda e acesso restrito a bens e serviços de assistência à saúde, o uso da medicina  tradicional pode se constituir como único recurso racional disponível para várias comunidades (QUIRINO, 2015). 

Pensando na vasta quantidade de plantas medicinais da nossa flora, Scudeller (2009) diz  que: ‘Além de possuir uma grande riqueza biológica formada pelos ambientes naturais, a  floresta amazônica possui uma grande riqueza cultural proveniente do conhecimento das  populações locais que residem na região’. Tendo em vista esse contextos histórico e geográfico  bem como a importância e eficácia do Etnoconhecimento das plantas para o uso com fins  medicinais, foram selecionadas para o desenvolvimento deste estudo, as espécies Camomila  (Matricaria chamomilla; Hortelã (Mentha spicata)); Erva-cidreira (Melissa officinalis ou  Lippia alba); Capim Santo (Cymbopogon citratus); Babosa (Aloe vera); Arruda (Ruta  graveolens); Aroeira (Schinus terebinthifolius); Alecrim (Salvia rosmarius); Malva sylvestris,  Erva doce (Pimpinella anisum) com propósito de indicar os benefícios fitoterápicos que elas  podem ter para a saúde humana. 

2. REFERENCIAL TEÓRICO  

2.1 Etnoconhecimento no Nordeste 

A humanidade tem usado produtos naturais, principalmente a flora, com fins medicinais  desde sempre. O uso de plantas tóxicas e medicinais é uma das práticas mais antigas utilizadas  pelo homem para cura, prevenção e tratamento de doenças. O uso de plantas é uma fonte  importante de compostos biologicamente ativos (ANDRADE; CARDOSO; BASTOS, 2007). 

O uso de medicamentos à base de ervas remonta às tribos primitivas, onde as mulheres  extraíam os princípios ativos das plantas para usá-los para curar doenças. Ao melhorar sua  capacidade de sobreviver, os povos estabeleceram papéis sociais específicos. O papel de  curandeiro foi o primeiro desses. Esse indivíduo criou uma coleção de substâncias confiáveis que manteve sob cuidado e transmitiu a iniciados selecionados (SIMÕES; SCHENKEL;  SIMON, 2001). 

De acordo com Amorim et al. (2003), várias influências culturais contribuíram para as  utilidades das plantas, incluindo colonizadores europeus, indígenas e africanos. No entanto, na  maioria das vezes, o conhecimento popular é criado por grupos culturais que ainda se  relacionam estreitamente com a natureza, observando-a de perto e explorando suas  potencialidades no dia-a-dia, mantendo vivo e expandindo esse patrimônio por meio de  experimentação sistemática e constante (ELISABETSKY, 1997). 

Os Pajés, ou chefes indígenas curandeiros, comandavam as técnicas de uso das plantas  medicinais nas comunidades indígenas do Brasil. Eles tinham tanto o conhecimento das ervas  que deveriam ser usadas para cada tipo de doença específica quanto os rituais distintos que  complementam o uso das plantas medicinais (MAIA, 2021). 

A obra do Frei Vicente do Salvador “História do Brasil: 1500-1627” é uma excelente  descrição da flora brasileira. Ele manteve os nomes originais das plantas e rebatizou os nomes  em português, sugerindo que muitas plantas têm propriedades medicinais. Ele estava  firmemente de acordo com a capacidade das plantas de combater doenças (CARVALHO;  ALMANÇA, 2003).  

Gabriel Soares de Souza, senhor de engenho da Bahia, reuniu e descreveu várias prescrições  terapêuticas que aprendeu com os indígenas em seu “Tratado descritivo do Brasil de 1587”,  listando várias plantas com poder curativo que deveriam ser usadas para tratar cada doença  específica (MAIA, 2021).  

Durante a ocupação holandesa da região Nordeste de Brasil (1630-1654), Maurício de  Nassau foi o primeiro cientista a descrever algumas plantas que os índios brasileiros usavam  (GOTTLIEB; MORS, 1979).  

O médico e botânico holandês Willem Pies participou desta expedição e descreveu várias  plantas, como Nicotiana tabacum (tabaco), Microphyllus sp. (jaborandi) e Cephaelis  ipecacuanha (ipeca ou ipeca) (MAIA, 2021). Guilherme Piso, ou Willem, foi o primeiro a descrever essas plantas, mas ele forneceu os dados mais completos. O trabalho “Historia  Naturalis Brasiliae” (1648), que aborda a patologia e a terapêutica, marcou a pesquisa médica  no Brasil. Descreveu várias plantas, seus efeitos e maneiras de usá-las com base em informações  coletadas das comunidades locais (MAIA, 2021).  

A região Nordeste do Brasil é bastante extensa & representa aproximadamente 19 por cento  do território brasileiro. Sua grande diversidade de espécies vegetais a torna única. A grande  variedade de plantas encontradas do Nordeste é usada cu frequência por pescadores, ribeirinhos, agricultores, comunidades rurais e povos indígenas para prevenir e tratar várias doenças  (MAIA, 2021).  

O uso etnofarmacológico intenso de plantas medicinais por grupos de populações locais  caracteriza esta região. Este conhecimento tradicional foi transmitido de geração em geração.  Isso revela uma ampla gama de técnicas alternativas que são usadas para tratar ou promover o  alívio de sintomas de várias doenças (BAPTISTEL et al., 2014).  

Embora a região Nordeste tenha sido discutida em vários seminários e fóruns de debate, o  conhecimento sobre a flora nordestina ainda é um nicho científico pouco explorado,  concentrando-se nas plantas medicinais populares e medicinais (MAIA, 2021). Tanto a  população em geral quanto os profissionais de saúde estão ganhando interesse pelas plantas  medicinais, o que é reconhecido pela pesquisa científica (MATTOS, 2021). 

Braga (2011) afirma que a utilização da flora de cunho medicinal pelos índios da região  Nordeste foi ligada ao conhecimento que os colonos europeus traçaram para a região,  promovendo o desenvolvimento da fitoterapia. que resultou in vinte usos de plantas, primeiro  de maneira natural e artesanal, para depois, com mais estudos e métodos, ser apresentado e  usado melhor. 

2.2 Plantas medicinais  

O uso de plantas como recursos medicinais remonta à evolução humana, sendo um dos  primeiros métodos utilizados pelos humanos para tratar doenças (CZELUSNIAK et al., 2012).  Portanto, MONTEIRO & BRANDELLI (2017) afirmam que uma das primeiras manifestações  da busca do ser humano em compreender e utilizar a natureza para sanar doenças e sofrimento  foi a busca por cura através das plantas.  

Monteiro & Brandelli (2017) fala que o uso de plantas medicinais sempre existiu em todas  as civilizações. Os primeiros relatos do uso de plantas medicinais para tratar doenças remontam  à Mesopotâmia em 2.600 a.C., usando mirra (Commiphora sp.), óleo de cedro (Cedrus sp.) e  papoula (Papaversomniferum), entre outras plantas que ainda são usadas para tratar gripe e  infecções bacterianas.  

Continuemos na história e vamos para a era moderna, onde Philippus Aureolus  Theophrastus Bombastusvon Hohenheim (1493–1541), um médico e alquimista, acreditava que  cada doença deveria ser tratada por um tipo de medicamento com dose e substâncias  específicas. Ele se concentrava em medicamentos feitos com produtos naturais. Devido à falta de assistência médica com técnicas especializadas, o uso das plantas para curar doenças tornou-se cada vez mais evidente. Até chegar ao Brasil, essa tradição foi transmitida dos africanos aos  indígenas e aos quilombos. De acordo com Monteiro e Brandelli (2017). 

O Brasil agora aprecia sua flora e a usa como fonte de novas moléculas com atividade  biológica e medicamentos fitoterápicos. Por outro lado, o uso de essas plantas para fins  medicinais é considerado uma maneira racional e sistêmica de entender e abordar os fenômenos  que afetam a saúde e a qualidade de vida (BRENDELLI, 2017). 

2.3 Plantas medicinais na cultura e a concepção científica  

O conhecimento popular sobre as plantas medicinais é muito extenso e vem de uma história  milenar que foi transmitida oralmente e empiricamente no núcleo familiar e ainda é utilizada  por toda a nossa população. Para tratar uma variedade de doenças, incluindo a ansiedade, que  é uma das psicopatologias mais comuns do trabalho moderno, inclusive no Brasil (DE JESUS  & DE OLIVEIRA, 2021).  

A química experimental, que permitiu a síntese laboratorial de novas substâncias orgânicas,  substituiu o empirismo da alquimia no século XIX. Esses dois elementos foram essenciais para  a revolução industrial e tecnológica, que resultou na produção acelerada de novos  medicamentos. À medida que derivados de plantas mais puros e concentrados se tornavam  disponíveis, os médicos passaram a priorizar medicamentos sintéticos e deixaram de considerar  a importância da fitoterapia (BRATMAN, 1998; SIMÕES; SCHENKEL; SIMON, 2001). 

As plantas medicinais são teoricamente uma alternativa aos custos elevados e aos efeitos  colaterais dos medicamentos industrializados. Eles também são cruciais para sua utilização no  tratamento da saúde, acesso a medicamentos e sua importância cultural no resgate e perpetuação  do conhecimento popular. Atualmente, as espécies medicinais são facilmente acessíveis.  Portanto, é necessário usar esses conhecimentos tradicionais sobre as plantas medicinais (DE  JESUS & DE OLIVEIRA, 2021).  

Atualmente, é percebido que os profissionais e o governo estão interessados em conectar os  avanços tecnológicos ao conhecimento público e ao envolvimento duradouro para atingir uma  política de assistência em saúde eficiente, abrangente, humanizada e independente da  tecnologia farmacêutica (FRANÇA et al., 2008). A duração média da vida humana aumentou  como resultado do desenvolvimento da medicina científica. Além disso, a aplicação de  princípios científicos do mundo real da saúde levou à descoberta de métodos terapêuticos que  melhoraram a qualidade de vida das pessoas (GERBER, 1988; SOUZA; SILVA, 1992).

A crença popular sobre o uso de plantas medicinais está sendo corroborada por e números  estudos científicos. Podemos mencionar o interesse atual e intenso que tanto a indústria  farmacêutica quanto os cientistas têm em realizar pesquisas para descobrir novos princípios  ativos e melhorar as descobertas sobre novas atividades farmacológicas de substâncias já  conhecidas e derivadas de plantas. Verificou-se que os grupos acima mencionados estão  preocupados com o desenvolvimento de técnicas de isolamento e identificação, produção e  cultivo de drogas (origem vegetal), biogênese de princípios ativos e outras técnicas que podem  melhorar seus produtos (GURIB-FAKIM, 2006). 

3. METODOLOGIA 

O presente trabalho qualifica-se como qualitativo, tendo em vista que é resultado de uma  revisão bibliográfica no intuito de se sustentar cientificamente em estudos pré- constituídos  sobre o tema, os livros e artigos foram pesquisados palavras chaves como  “etonoconhecimento”, “ervas medicinais”, “etnobotânica”, s em plataformas como Google  acadêmico, Editora Realize, Scientific Electronic Library Online (SciELO), periódicos CAPES,  Editora Verde etc. 

Para construção deste trabalho, foram pesquisados mais de trinta artigos, estabelecendo  uma pesquisa que considerasse o máximo do estado da arte em torno do etnoconhecimento de  ervas medicinais no Brasil, mais precisamente na região Nordeste, examinando a vasta literatura  disponível sobre o tema. Ao analisar estudos científicos, teses, dissertações e outras fontes  acadêmicas, buscamos identificar padrões e tendências emergentes nesta área fascinante e  multifacetada. 

A pesquisa se deu em torno da necessidade de manutenção do etnoconhecimento sobre  ervas medicinais no Nordeste brasileiro, no intuito de possibilitar, através disso, a consciência  comunitária sobre sua própria cultura, possibilitar que o conhecimento popular seja confrontado  e sustentado por estudos científicos e por fim, promover um modo de vida mais saudável e  sustentável.  

Por fim, para o desenvolvimento dessa metodologia, foram selecionados os textos que  mostram estudos que justifiquem com base científica a funcionalidade das ervas utilizadas. A  intenção, como já foi dito, não é refutar o etnoconhecimento, ao contrário, ao confrontar esse  conhecimento com o saber científico, só mostra como esse segundo saber se vale do primeiro para o início de pesquisas científicas, e pode, através da comprovação dos estudos, ser mais um  aporte que garanta a consciência da importância do saber do povo. 

4. REVISÃO E DISCUSSÃO 

É provável que a utilização das plantas como medicamento seja tão antiga como o próprio  homem. SCUDELLER (2009). Ao destacar a importância cultural, social e ecológica do  etnoconhecimento de ervas medicinais, esperamos não apenas ampliar o entendimento  acadêmico sobre o assunto, mas também contribuir para a valorização e preservação desse  patrimônio único do Brasil. Além disso, reconhecemos o potencial desses conhecimentos  tradicionais para informar práticas de saúde mais inclusivas e sustentáveis, tanto dentro como  fora das comunidades onde são cultivados.  

O estudo sobre etnoconhecimento de ervas medicinais no Nordeste, é muito importante  em vários pontos, primeiro que permite a compreensão sobre a cultura local e suas raízes, além  disso, justificar essas práticas de uso com estudos científicos. Podemos notar que o  conhecimento sobre as ervas está ficando cada vez mais isolado tornando, às vezes, difícil  resgatar e difundir o conhecimento para os mais jovens (SCUDELLER, 2009). 

Além disso, o debate sobre essa temática contribui para diminuição de um problema  social amplamente conhecido que é o uso indiscriminado de fármacos sem receita médica. O  aumento da disponibilidade e a facilidade de acesso aos medicamentos de tarja vermelha (sem  retenção de receita) e aos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) fazem com que o índice  de automedicação e os danos causados pelo uso irracional aumentem (SOTERIO, 2016). 

No sertão nordestino existem várias plantas medicinais utilizadas pelo povo, com o saber  resultante do etnoconhecimento, repassado através da oralidade. Plantas estas, atualmente  estudadas, com funcionalidades garantidas por estudos científicos que entornam o arcabouço  teórico dessa área. Segundo Quirino (2015), historicamente, diversas culturas têm utilizado as  plantas para o tratamento de doenças e, até hoje, quando as desigualdades socioeconômicas  promovem uma distribuição desigual de renda e acesso restrito a bens e serviços de assistência  à saúde, o uso da medicina tradicional pode se constituir como único recurso racional disponível  para várias comunidades. 

No Brasil, desde a época do descobrimento, os colonizadores observavam e anotavam o  uso frequente de ervas pelos Índios (Alzugary & Alzugary 1983 apud Silva, 1997). Isso justifica  a ideia de que o etnoconhecimento no uso de ervas medicinais, muitas vezes se configura como base para o despertar científico e que este último deve se propor a demandar esforços para que  os resultados obtidos através dos seus esforços, sejam também utilizados para a manutenção da  preservação do saber popular. 

4.1 Plantas medicinais utilizadas no sertão nordestino. 

4.1.1 Camomila (Matricaria chamomilla)

A planta medicinal Matricaria chamomilla L., pertencente à família asteraceae e  originária das regiões sul e leste da Europa, é popularmente conhecida como camomila. É  valorizada na medicina tradicional em virtude de suas notáveis propriedades terapêuticas e  ao seu perfil de segurança bem estabelecido. Comumente consumida na forma de chás, a  camomila oferece um gosto bom e suave, além de possuir ação relaxante. Além disso, vários  estudos têm destacado suas potenciais aplicações terapêuticas, graças às suas propriedades  antimicrobianas, antioxidantes e antinflamatórias (DA COSTA SANTOS et al., 2019).  

Conforme Vaz & Vieira (2021), Os povos antigos atribuíam à camomila uma variedade  de usos, desde auxiliar na perda de peso até tratar picadas de serpente, melhorar a visão e  combater a malária, em virtude de suas propriedades antiinflamatórias. Hoje em dia, sua  eficácia tem sido extensivamente pesquisada e é reconhecida por suas ações antimicrobianas,  cicatrizantes, anti-helmínticas, analgésicas, antiespasmóliticas, antissépticas e antiinflamatórias. As partes mais comumente utilizadas são as flores secas, as quais são indicadas  para tratar uma variedade de condições, incluindo vômito, inflamação bucal, náusea, infecções  do trato geniturinário, insônia ansiedade, dispepsia, síndromes febris e flatulência. 

De acordo com Lorenzi et al (2021), quando se busca extrair substâncias ativas de  ervas, é crucial considerar o conhecimento proveniente da medicina popular. A Matricaria  chamomilla L. é uma das ervas mais antigas usadas na medicina tradicional européia e é  reconhecida oficialmente nas farmacopéias de quase todo o mundo. Por conter diversos  compostos ativos, como o óleo essencial alfa-bisabolol, que inclui camazuleno e camaviolino,  além de éteres bicíclicos, polissacarídeos, cumarinas, taninos, apigenina e flavonóides. É  utilizada tanto na medicina científica quanto na popular como tônico amargo, digestivo,  calmante e antiespasmóliticos. Além disso, quando aplicada topicamente, a infusão das flores  ou o óleo essencial são utilizados em pomadas e cremes devido às suas propriedades antivirais,  analgésicas, cicatrizantes e anti-inflamatórias. 

Em uma pesquisa realizada por Agatonovic-Kustrin et al (2015) sobre as propriedades  antioxidantes, foi constatado que os extratos das flores e folhas de camomila são  particularmente ricos em atividade antioxidante, sendo o α-bisabolol e o camazuleno os  componentes com as maiores capacidades antioxidantes. 

O óleo essencial da camomila, de acordo com Capuzzo et al (2014) é rico em diversos  compostos bioativos, como monoterpenos, sesquiterpenos, triterpenos e ácidos graxos. Durante  o processo de hidrodestilação, ocorre a formação de camazuleno, que é isolado do óleo essencial  por meio de cromatografia em coluna. A análise da capacidade antioxidante total do  camazuleno revelou uma atividade antioxidante significativa, comparável à do ácido ascórbico  e α-tocoferol. Esses resultados indicam que o camazuleno desempenha um papel crucial no  poder antioxidante do óleo essencial de camomila.  

Pesquisa conduzida por Jamalian et al (2012), com o objetivo de investigar os efeitos  do óleo essencial das flores de Matricaria Chamomilla L., foi analisado seu impacto sobre  fungos e dermatófitos oportunistas usando técnicas de microbiologia. Os resultados deste  trabalho sugerem que o óleo essencial pode ser considerado como uma opção promissora para  integrar formulações antifúngicas eficazes, adequadas para o tratamento de dermatofitose e  outras infecções fúngicas. 

Em um estudo conduzido por Silva et al (2012), que visava examinar os componentes  químicos e os efeitos farmacológicos do extrato bruto de Matricaria chamomilla L., foi  constatado que esse extrato demonstrou eficácia contra cepas de S. aureus. Em outra pesquisa  realizada por Carvalho et al (2014), que tinha como objetivo investigar a atividade  antibacteriana do extrato etanólico das flores dessa planta, foi observado que o extrato exibiu  atividade antibacteriana contra P. aeruginosa, mas não demonstrou eficácia contra Salmonella  enterica subsp., enterica sorovar Typhimurium, coli e S. aureus.  

Trabalhos feitos por Miguel et al (2015) demonstraram o efeito anti-inflamatório do  flavonoide apigenina, encontrado especialmente na forma glicosilada, apigenina-7-glicosídeo,  na Matricaria chamomilla L. A ação anti-inflamatória foi corroborada pela redução na produção  de TNF-α (fator de necrose tumoral α) em camundongos tratados com apigenina após a  exposição ao lipopolissacarídeo (LPS).

Drummond et al (2013) realizaram um trabalho clínico que evidenciou os efeitos positivos  da Matricaria chamomilla L. na inflamação articular sistêmica. Notou-se uma melhora na  função mecânica das articulações, além de uma redução da dor na região lombar e no joelho. 

Estudos clínicos conduzidos por Chang & Chen (2016), em relação aos efeitos  ansiolíticos da Matricaria chamomilla L., investigaram a eficácia da infusão da erva no  tratamento de ansiedade em mulheres após o parto, insônia, tédio e depressão. Constatou-se que a infusão foi capaz de aliviar os sintomas de depressão e melhorar os distúrbios do sono  nessas mulheres. 

Em consonância com os resultados do estudo mencionado anteriormente, Amsterdan  et al (2009) investigaram os efeitos antidepressivos do extrato de Matricaria chamomilla L.  administrado oralmente durante oito semanas em indivíduos com sintomas de depressão grave  e ansiedade. O grupo tratado com o extrato da planta mostrou uma redução significativa nas  pontuações médias na Avaliação de Depressão de Hamilton (HAM-A) e não apresentou efeitos  colaterais relevantes. 

4.1.2 Hortelã (Mentha spicata) 

Dentro do gênero Mentha, há cerca de 25 espécies relevantes, sendo as mais notáveis:  Mentha piperita L. (hortelã-pimenta), Mentha spicata L. (hortelã-verde), Mentha citrata L.  (bergamota ou alevante), Mentha villosa L. (hortelãzinho) e Mentha arvensis L. (hortelã japonesa). Essas espécies são amplamente reconhecidas comercialmente devido aos seus óleos  essenciais distintos (MARTINS, 2002). 

De acordo com González Martínez (2016) a Mentha spicata, também conhecida  popularmente como menta de jardim, é a menta mais comumente usada pelas pessoas e a mais  cultivada mundialmente. 

De acordo com Carvalho da Silva & Paganini Costa (2011) os chás de plantas medicinais  feitos em casa, também conhecidas como ‘infusões’, ganharam popularidade no país devido à  adoção generalizada pela população, influenciada pela cultura local. Por conseguinte, infusões  à base de hortelã, camomila e folha de erva-cidreira integraram-se ao cotidiano das pessoas e  acabaram por ser reconhecidas como bebidas comuns.

Segundo Oliveira et al (2014), no Brasil, as pessoas cultivam e consomem ervas em todas  as regiões devido ao seu sabor marcante e aroma refrescante. O uso frequente dessas ervas leva  à produção de uma variedade de produtos aromatizados, como itens alimentícios, bebidas,  medicamentos, perfumes, aromatizantes e de higiene bucal. Além disso, elas são amplamente  utilizadas na culinária e na preparação de chás medicinais. 

A hortelã, além de ser uma planta aromática, possui propriedades medicinais que podem  ser benéficas no tratamento de diversas condições, como cólicas uterinas, vômitos,  expectoração, gases intestinais, vermes, aftas, higiene bucal, infecções na boca e na garganta,  além de ter efeitos antifúngicos, relaxantes e auxiliar na digestão. Esses benefícios foram  documentados em diferentes estudos (BENITEZ; DA SILVA; DA COSTA ALVARES, 2016;  LEMOS JÚNIO; DE LEMOS, 2008; FERREIRA et al., 2012). 

A hortelã contém em seu óleo essencial uma substância chamada carvona, que demonstra  ter propriedades analgésicas ao afetar a excitabilidade neuronal, além de exibir efeitos  relaxantes musculares e antiespasmódicos, conforme demonstrado por estudos em animais.  Além disso, ela exerce um efeito hipotensor, reduzindo a pressão sanguínea por meio da  dilatação dos vasos sanguíneos periféricos e diminuindo a frequência cardíaca. Isso ocorre em  virtude do bloqueio dos canais de cálcio e à produção de óxido nítrico, resultando em uma  diminuição na resistência vascular periférica, causada pela estimulação não seletiva de  receptores muscarínicos (DA SILVA SANTOS; DE SOUZA SILVA; DE VASCONCELOS,  2021) 

A hortelã também é valorizada por suas propriedades no combate a agentes microbianos,  especialmente, os intestinais. Além disso, ela exibe efeitos antibacterianos, ajuda na expulsão  de gases intestinais, relaxa os espasmos musculares, combate vermes intestinais e promove a  saúde estomacal. Além disso, é reconhecida por seu potencial no alívio da ansiedade, o que é  significativo pois a ansiedade pode contribuir para distúrbios gastrointestinais. Assim, a hortelã  não apenas acalma a mente, mas também pode melhorar a digestão (LINS, ANALHA  DYALLA FEITOSA et al., 2015; Carneiro et al., 2014; BORTOLUZZI; SCHMITT; MAZUR,  2020). 

 4.1.3 Erva-cidreira (Melissa officinalis ou Lippia alba) 

Melissa officinalis (Figura 1) é um arbusto perene que pertence à família Laminaceae e tem  origem no Mediterrâneo, mas é encontrado em todo o globo. De acordo com suas características morfológicas, ele mede de 30 a 100 centímetros e tem raízes fibrosas, rizoma e caule  ramificados. Além disso, o caule é quadrado, ereto, com fragrância e as folhas são simples,  pequenas, oposto-cruzadas com muitas nervuras secundárias e terciárias salientes. Ela também  contém óleos essenciais, que quando inalados afetam o hipotálamo, que regula os hormônios,  a energia e a motivação (AGATONOVIC-KUSTRIN; KUSTRIN; MORTON, 2019). 

A composição de seus óleos essenciais varia de acordo com a base genética e o local de  cultivo, mas todas as folhas contêm óleos essenciais. O óleo essencial é encontrado nos tricomas  glandulares e tectores do mesofilo, bem como no parênquima da nervura principal e ao redor  do sistema vascular da nervura. Essas descobertas foram realizadas por meio de testes  histoquímicos em folhas de L. alba do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Ventrella, 2000 &  Santos-Mendes, 2001). 

Matos (1998) descobriu que a Lippia alba do Nordeste há três tipos diferentes de óleos  essenciais. Com elevado teor o tipo 1 de citral e mirceno; o tipo 2 tem citral e limoneno; e o  tipo 3 tem carvona e limoneno. 

Figura 1: Aspectos das folhas e flores da Melissa officinalis.

Fonte: WANDERER, M., 2004.

No estudo de Amin e Oliva (2014), o uso da Melissa officinalis do tratamento do herpes  simples melhorou a remissão da patologia em comparação com o Aciclovir tópico a 5%, o  medicamento tradicional. Neste mesmo estudo, foi observado que o extrato da Melissa  officinalis está usado cu frequência para uma variedade de benefícios clínicos, principalmente  no tratamento da ansiedade. No entanto, as propriedades antivirais do extrato da planta ainda  estão sendo estudadas em estudos microbiológicos. 

O estudo de Yañez et al. (2011) examinou o uso de extrato de Melissa officinalis para  tratar a acne vulgar. A maioria dos pacientes voluntários não teve melhora no quadro clínico,  mas o tratamento com êxito foi obtido com o uso do extrato.  

Em âmbito geral, a Melissa officinalis é principalmente conhecida por sua capacidade  de tratar problemas de sono e emoção. Além disso, foram relatados os efeitos antidepressivos,  antivirais, carminativos, hipotensores, antiespasmódicos, anticancerígenos e anti-inflamatórios.  Eles também funcionam como reguladores menstruais e combatem cólicas (SOUSA et al.,  2016; GALLEGOS-ZURITA et al., 2017). 

4.1.4 Capim Santo ou Capim limão (Cymbopogon citratus) 

A família Poaceae inclui a espécie Cymbopogon citratus (Figura 1), que se desenvolveu  no Brasil e é originária da Índia. Seus nomes comuns incluem erva-cidreira, capim-limão e  capim-santo. Seu cultivo é feito em todos os países tropicais. É cultivado a pleno sol e pode  crescer em qualquer solo, desde que esteja bem drenado e fértil. É uma planta herbácea com  longas folhas aromáticas, estreitas, ágidas e ásperas com nervuras centrais proeminentes. As  flores são difíceis de ver devido ao fato de estarem reunidas em pequenas panículas de espigas  escuras (Brito et al., 2011). 

O gênero Cymbopogon vive em muitas áreas tropicais e subtropicais da África, Ásia e  América. Este gênero possui 144 espécies e é bastante popular devido ao alto teor de óleos  essenciais que são usados em cosméticos, produtos farmacêuticos e perfumaria (Avoseh,  Oyedeji, Rungqu, Chungag e Oyedeji, 2015). 

Figura 2: Aspectos das folhas Cymbopogon citratus.

Fonte: STEARN, W. T. 1971.

É muito usado pela indústria. Sua folha desidratada é principalmente usada pela  indústria alimentícia para a fabricação de chás. O óleo essencial extraído das folhas é usado na  indústria alimentícia como flavorizante e aromatizante, e na indústria farmacêutica para  produzir fitoterápicos, inseticidas, cosméticos e perfumaria (Gomes & Negrelle, 2015). É um medicamento fitoterápico com efeitos benéficos como anti-hipertensivo, diurético, calmante,  antimicrobiano, analgésico e controlador de cólicas abdominais (Pereira & Ruyz, 2018).  

O citral tem atividades antimicrobianas e antifúngicas do óleo essencial de C. citratus.  Embora o mirceno não demonstrasse atividade antimicrobiana, potencializou seu efeito quando  usado em conjunto com o citral. Os iononas, que são usados na síntese da vitamina A e na  fabricação de fragrâncias, são outros compostos químicos cruciais cuja fonte é o citral (Santos  et al., 2009). 

Sobre a ação antioxidante e antifúngica, Guimarães, Cardoso, Sousa, Andrade e Vieira  (2011) realizaram uma análise qualitativa do óleo essencial de capim-limão e de seu constituinte  majoritário citral. O objetivo da análise foi avaliar a atividade antioxidante e os efeitos  fungitóxicos do óleo essencial de capim-limão sobre o crescimento e/ou inibição micelial dos  fitopatógenos Fusarium oxysporum cubense, Colletotrichum gloeosporioides, Bipolaris sp. 

Medeiros, Cavalcante, Moura, Wanderley e Souza (2021) examinaram os efeitos  calmantes de sua terapia em pacientes que sofriam de transtornos de ansiedade e insônia como  resultado da infecção do novo coronavírus. Verificou-se que os resultados eram satisfatórios.  Os autores destacam que as infusões podem ser preparadas com indicação terapêutica de 150  mililitros três vezes ao dia para atingir um efeito calmante nos distúrbios do sono pros  transtornos de ansiedade. 

No que diz respeito à ação no sistema nervoso, Portela (2017) realizou um estudo com  o objetivo de encontrar métodos fitoterápicos alternativos para tratar a insônia das pessoas que  estão internadas no município de Canindé. Os fitoterápicos Cymbopogon citratus e Melissa  officinalis foram usados neste estudo durante 05 meses. Ao final, 92% dos participantes que  usaram Cymbopogon citratus disseram que era bom para tratar a insônia, sendo que para quem  usou a melissa officinalis a eficácia para o mesmo problema foi de 88% dos participantes.  

A propriedade anti-hipertensiva das plantas depende da produção de metabólitos  secundários, que diminuem a pressão arterial de várias maneiras. Além disso, a planta estudada  tem propriedades vasodilatadoras, hipotensoras, diuréticas e natriuréticas, o que contribui para  seus efeitos anti-hipertensivos (Alves & Santos, 2017). A propriedade anti-hipertensiva das  plantas depende da produção de metabólitos secundários, que diminuem a pressão arterial de  várias maneiras. Além disso, a planta estudada tem propriedades vasodilatadoras, hipotensoras,  diuréticas e natriuréticas, o que contribui para seus efeitos anti-hipertensivos (Alves & Santos,  2017). 

4.1.5 Babosa (Aloe vera) 

A Babosa, ou Aloe vera, é uma planta suculenta da família Asphodelaceae, nativa das  regiões áridas da Península Arábica e amplamente conhecida por suas propriedades medicinais,  tendo se espalhado para várias partes do mundo, incluindo África, Ásia, Europa e Américas,  onde é cultivada e utilizada para diversos fins terapêuticos. Segundo Grace (2011), a Aloe vera  tem uma longa história de uso medicinal, documentada em civilizações antigas, como Egito,  Grécia e Roma, além de culturas tradicionais na Índia e China.  

No Nordeste brasileiro, onde é amplamente cultivada, tem sido utilizada pela sua  população em práticas de medicina tradicional, como também em estudos científicos. De acordo  com um estudo etnobotânico realizado por Albuquerque e Andrade (2002), há um uso extensivo  da babosa para tratar queimaduras, cortes e doenças de pele. Ainda de acordo com os autores,  o conhecimento sobre o uso da Aloe vera é passado de geração em geração, sendo uma planta  de grande valor cultural e medicinal na região. 

Figura 3: Aspectos das folhas da Aloe Vera.

Fonte: biocultivo

A Babosa, ou Aloe vera, é reconhecida por suas propriedades antioxidantes e anti inflamatórias. Choi e Chung (2003) relataram que o gel de Aloe vera contém compostos como  polissacarídeos, glicosídeos e antraquinonas, que ajudam a reduzir a inflamação e combater os  radicais livres, protegendo o organismo contra danos oxidativos. 

Segundo a pesquisa de Lima et al. (2015), que investigou as propriedades anti inflamatórias e antimicrobianas do extrato de Aloe vera, os resultados mostraram que a planta  possui compostos bioativos eficazes na redução de inflamações e na inibição do crescimento  de bactérias patogênicas, confirmando seu potencial uso terapêutico em infecções e em  processos inflamatórios. 

A amplamente utilizada em tratamentos cicatrizantes e dermatológicos, de acordo com  Surjushe, Vasani e Saple (2008), o gel de Aloe vera promove a regeneração celular e acelera a  cicatrização de feridas e queimaduras, além de ser eficaz no tratamento de condições de pele  como psoríase e acne. 

Segundo estudo de Silva et al. (2014) avaliou a eficácia do gel de Aloe vera no  tratamento de queimaduras de segundo grau em pacientes de um hospital do Nordeste, tendo os  resultados apresentado uma significativa melhora na cicatrização das lesões, corroborando o  uso popular da planta para este fim. 

No ramo da saúde digestiva, a Aloe vera também apresenta benefícios. Segundo  Langmead e Makins (2004), devido às suas propriedades anti-inflamatórias e à capacidade de  promover a cicatrização da mucosa gastrointestinal, a Aloe vera pode ser eficaz no tratamento  de doenças inflamatórias intestinais, como a colite ulcerativa.

Para Oliveira e Sousa (2016), no interior do Nordeste, o suco de Aloe vera é consumido  por comunidades que o utilizam para tratamento de problemas gastrointestinais, como gastrite  e úlceras. Segundo observaram os autores, os compostos presentes no gel da planta, como  antraquinonas, possuem propriedades que ajudam na cura da mucosa gastrointestinal. 

Num contexto amplo, a Aloe vera tem demonstrado propriedades imunomoduladoras.  Conforme afirmam Research by Radha e Laxmipriya (2015), os polissacarídeos presentes no  gel de Aloe vera podem estimular a resposta imunológica, aumentando a atividade dos  macrófagos e a produção de citocinas, o que pode ser benéfico no tratamento de infecções e  doenças autoimunes. 

4.1.6 Arruda (Ruta graveolens) 

A arruda, ou Ruta graveolens, é uma planta pertencente à família Rutaceae, conhecida  por suas propriedades medicinais e seu uso em práticas tradicionais de cura. Originária das  regiões mediterrâneas do sul da Europa, particularmente em países como Itália, Grécia e  Espanha, a arruda se espalhou pelo mundo, sendo cultivada e utilizada em várias culturas para  diferentes fins terapêuticos. 

Segundo Duke (2002), na antiguidade, a planta foi amplamente utilizada, tanto na  Grécia quanto em Roma, devido suas propriedades medicinais e sua capacidade de afastar  insetos. A arruda foi introduzida em outras regiões da Europa através da expansão do Império  Romano e, em outros continentes, através do comércio e da colonização. 

No Nordeste brasileiro, a arruda e bastante por suas propriedades medicinais, utilizadas  para tratar uma variedade de condições de saúde, conforme Monteiro et al. (2011) documentou  em seu estudo, onde o uso da planta por comunidades rurais no sertão da Paraíba, é  frequentemente utilizada para o alívio de dores menstruais, tratamento de infecções, além de  afastar insetos. 

Figura 4: Aspectos das folhas da Ruta graveolens.

 Fonte: www.backyardnature.net

A Ruta graveolens, ou Arruda, é reconhecida por suas propriedades analgésicas e anti inflamatórias. Segundo Guarrera e Savo (2013), extratos da planta contém compostos como  rutina e quercetina, que possuem atividade anti-inflamatória significativa, e têm sido utilizados  para o alívio de dores musculares e articulares. 

De acordo com Almeida et al. (2013), os compostos presentes na planta, como  flavonoides e alcaloides, possuem propriedades anti-inflamatórias significativas, e o uso tópico  de suas folhas é comum para tratar contusões e dores reumáticas. 

A arruda possui propriedades antimicrobianas que têm sido exploradas em várias  culturas. Um estudo de Karimi et al. (2015) investigou a eficácia dos extratos de Ruta  graveolens contra diferentes cepas de bactérias e fungos. Os resultados mostraram que a planta  possui atividade significativa contra uma ampla gama de patógenos, incluindo Staphylococcus  aureus e Candida albicans. 

Já estudos farmacológicos também mostram propriedades antimicrobianas da planta.  Em seu estudo, Araújo et al. (2015) investigaram os efeitos antimicrobianos dos extratos de  Ruta graveolens contra bactérias e fungos comuns na região nordeste do Brasil, e os resultados apresentados demonstraram ser eficazes contra várias cepas, o que justifica seu uso tradicional  no tratamento de infecções. 

A Ruta graveolens também é conhecida por sua capacidade de estimular o fluxo  menstrual (emmenagogas). Em relatos no estudo de Rodrigues et al. (2010), afirmam que  infusões de arruda são tradicionalmente utilizadas para regularizar ciclos menstruais e aliviar  dores menstruais. Entretanto, segundo os autores, devido ao potencial efeito tóxico em doses  elevadas, deve haver cautela na utilização em doses elevadas.  

O mesmo pensamento é compartilhado por Silva et al. (2014), que, em seu estudo,  afirmam que, além de induzir o fluxo menstrual, com a sua regularização e alívio de cólicas, a  planta é utilizada como meio abortivo. Para eles, no entanto, em caso de uso abortivo, é  necessário cautela, haja vista sua eficácia, nesse caso, ser cercada de controvérsias e riscos. 

A planta também é utilizada por suas propriedades antiespasmódicas, que atuam no  alívio de cólicas e espasmos musculares. Segundo Moraes et al. (2009), o óleo essencial de  Ruta graveolens é bastante eficaz no tratamento de cólicas intestinais e uterinas, por conter  componentes que ajudam a relaxar os músculos lisos. 

4.1.7 Aroeira (Schinus terebinthifolius)

Figura 5: Aspectos das folhas Aroeira-vermelha.

Fonte: Forest & Kim Starr / Wikimedia Commons / CC-BY-SA 3.0

A aroeira é uma árvore nativa do Nordeste, muito conhecida e utilizada pelas suas  propriedades medicinais, pertence à família Anacardiaceae e possui outros nomes comuns  como: aroeira-vermelha, aroeira-mansa, aroeira-branca, aroeira-da-praia, aroeira-do-sertão,  aroeira-do-paraná, araguaraiba, corneiba, fruto-de-sabiá e árvore-da-pimenta. Outras espécies  desta família, que também são conhecidas por aroeira, são: Schinus molle, Astronium  urundeuva e Lithraea brasiliensis (BAGGIO, 1988). 

Muito utilizada desde os primórdios da nossa história a Aroeira vermelha, mesmo antes  da colonização pelos nativos brasileiros. A aroeira foi apresentada aos holandeses como planta  medicinal, pelos indígenas entre 1637 e 1644. No século XIX, a planta foi citada por naturalistas  que viajaram por Minas Gerais. A planta estava entre as 39 espécies medicinais que foram  listadas na 1ª Farmacopeia Brasileira (PEREIRA, 2021). 

O extrato etanólico da aroeira possui atividade antimicrobiana contra microrganismos  Gram-negativos e Gram-positivos, assim como contra fungos, o que valida o seu potencial uso  como antimicrobiano. LIMA, Gleidson, et. al. 2022. Pesquisadores afirmaram que o extrato  etanólico da S. terebinthifolius Raddi possui ação contra radicais livres 19, representando uma  possível propriedade antioxidante. Em outra pesquisa foi evidenciada que o extrato etanólico  das folhas da aroeira possuem atividade antimicrobiana nas concentrações nas porcentagens de  80%, 60%, 40%, 30%, 15%, 5% e 1% na presença das bactérias Staphylococcus aureus,  Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, além do fungo Candida albicans 20 (PEREIRA,  2021). 

Assim, existe uma robustez considerável em estudos científicos que justificam a eficácia  do uso da aroeira como planta medicinal. Freitas (2011) diz que esses resultados mostram a  importância das indicações terapêuticas do produto avaliado na clínica odontológica, como  método alternativo e de baixo custo na prevenção e tratamento da candidíase oral, por exemplo. 

4.1.8 Malva (Malva Sylvestris)

Figura 6: Aspectos das folhas e flores da Malva

Fonte: Google Imagens, acesso em 08/07/2025. Disponível em: Shutterstock 

A Malva é uma planta comum em todo o Brasil, incluindo o Nordeste, e suas folhas são  valorizadas por suas propriedades medicinais, especialmente para problemas hepáticos e digestivos. O uso do chá de malva sempre foi considerado benéfico para a saúde na opinião  popular contra inflamações e infecções. ECKER (2015). 

Além do que se conhece convencionalmente sobre as propriedades curativas da malva,  ainda existem outras aplicabilidades que vão mais além. De acordo com Ecker (2015),a Malva  Sylvestris é benéfica em amplos aspectos para a saúde, pode ser usada como fins  quimioterápicos, antioxidantes, antirrugas, anti-complementares, anti-cancros, antiulcerosas e  anti-inflamatórios em diversas terapias contra infecções na mucosa oral e vaginal, aparelho  auditivo e faringe. 

Existem estudos científicos que garantem que a malva pode ser usada para preparação de  enxaguante bucal. Autores relatam que a planta apresenta aspectos antibacterianos e uma  elevada atividade citotóxica, obtendo assim um potencial elevado no combate da cárie e placa  dental e no controle do biofilme nos seres humanos. ECKER (2015) p. 41

Segundo ALONSO (2004) suas folhas, flores e frutos são empregados na forma de  infusão no tratamento de bronquite crônica, tosse, asma, enfisema pulmonar e coqueluche, bem  como nos casos de colite e constipação intestinal. Segundo estudos recentes, são considerados  nutracêuticos e antioxidantes: flavonóides, fenóis, carotenóides, tocoferóis, ácidos graxos  insaturados (ácido a- linolênico), e minerais. Apud (BARROS, 2010). 

4.1.9 Alecrim (Salvia rosmarius)

Figura 7: Aspectos das folhas do Alecrim

Fonte: Usegreenco

O alecrim é muito utilizado no Nordeste, em forma de chás, para fins medicinais principalmente. Mas, suas funções vão além da medicina popular, também é utilizado com fins  culinários e para produção de cosméticos. A espécie Rosmarinus officinalis L., conhecida  popularmente como alecrim, é originária da região Mediterrânea e cultivada em quase todos os  países de clima temperado de Portugal à Austrália. (PENTEADO, 2010). 

O alecrim é uma erva que tem várias aplicações, aromática, com sabor marcante, é  utilizada nas mais variadas formas, até com finalidades decorativas. O alecrim (Rosmarinus  officinalis L.) é amplamente utilizado na medicina popular, o alecrim apresenta gosto agridoce,  sendo usado em pães, preparações que contenham carne e para adornar saladas. (AMARAL, et.  al. 2021).

Na medicina popular, é utilizada para alívio de má digestão, dores de cabeça e como  relaxante para ajudar na melhoria do cansaço e sono. O alecrim, além de ser amplamente  utilizado como agentes aromatizantes em alimentos, apresenta ação antibacteriana, citotóxica,  antimutagênica, antioxidante, propriedades anti-inflamatórias e quimiopreventivas.  (AMARAL, et. al. 2001).  

O alecrim também é utilizado para o tratamento de feridas, de fungos capilares, etc.  Também é indicado para uso tópico local, como cicatrizante, antimicrobiana (Staphylococcus e Monilia) e estimulante do couro cabeludo. (LORENZI, H.; MATOS, F.2006). (apud  PENTEADO 2010).  

4.1.10 Erva Doce (Pimpinella anisum) 

Figura 8: Aspectos das folhas e flores da Erva Doce

Fonte: da internet 

Erva doce ou (Pimpinella anisum) doce é uma planta muito utilizada na forma de chás  no Nordeste brasileiro. A erva-doce, Foeniculum vulgare Mill. (Apiaceae), é uma erva  entouceirada, aromática que apresenta propriedades condimentares e medicinais; tem origem  Européia e é amplamente cultivada em todo o Brasil. AZEVEDO (2008). A erva-doce  (Foeniculum vulgare Mill.) é uma espécie pertencente à família Apiaceae, bastante utilizada no Brasil por apresentar propriedades aromáticas, condimentares e medicinais. Apud. (Choi &  Hwang, 2004; Simões et al., 2004), BRUNO 2004, p. 3. 

Conforme fala BRUNO (2004), F. vulgare, pertencente à família Apiaceae  (Umbelliferae), também é chamada de funcho, falsa-erva-doce e anis-doce. Também é de  grande importância para a indústria cosmética, por possuir óleo essencial utilizado na produção  de sabonetes, hidratantes e perfumes.  

Apesar de ser amplamente usada para os mais diversos fins, como já foi dito, não existem  muitos estudos sobre a comprovação científica da erva doce para o tratamento de doenças.  Segundo SHOJAII (2012) Pimpinella anisum L., planta pertencente à família Umbelliferae, é  uma das plantas medicinais mais antigas.  

Em outro estudo “O óleo essencial e o extrato metanólico dessas plantas exibiram  atividade antibacteriana contra a maioria dos patógenos testados, e o efeito máximo foi  observado contra Staphylococcus aureus, Bacillus cereus e Proteus vulgaris.”, SHOJAII, 2012  p.19. O chá de erva doce é muito utilizado como calmante e como tratamento de gripes e  resfriados, o que se justifica no estudo citado por SHOJAII (2012) Os resultados mostraram  que os extratos aquoso e etanólico, óleo essencial e teofilina (1 mM) apresentaram efeitos  relaxantes significativos em comparação com os controles. 

Ainda no artigo de SHOJAII (2012), são citados estudos que demonstram a eficácia da  erva doce para dismenorreia, calor da menopausa, analgésico, constipação, etc.  

5. CONCLUSÃO 

O resultado obtido em todo desenvolvimento da pesquisa, justifica a necessidade de se  trabalhar em torno da problemática da manutenção do etnoconhecimento sobre ervas  medicinais no Nordeste brasileiro. 

Ficou evidente, ao longo dos textos analisados, que, o etnoconhecimento precede aos  estudos científicos sobre ervas medicinais, e esse saber popular é parte indissociável da cultura  já que é repassado através do modo primeiro de comunicação da humanidade, a oralidade.  Sabemos que a transmissão de conhecimentos através da oralidade é anterior à própria História  enquanto ciência, já que esta é um advento da escrita. Assim, podemos dizer que tudo o que precede a escrita é pré-histórico, logo, podemos supor que o conhecimento sobre o uso de ervas  para fins de saúde, é também pré-histórico, e vem ao longo da evolução cultural resistindo e  melhorando. 

Assim, não podemos negligenciar o etnoconhecimento, deixá-lo cair no limbo seria  negar a importância da própria trajetória do saber humano. Todo conhecimento é precedido de  algum questionamento, de alguma problemática, logo, podemos dizer, que o saber científico é,  por muitas vezes atiçado pela observação das práticas do etnoconhecimento e este, por sua vez,  pode ser agraciado com a justificativa do saber científico, essa relação pode e deve ser uma via  de mão dupla. 

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1Mestrando em Gestão e Sistemas Agroindustriais pela UFCG. E-mail: werllyrodrigues@gmail.com
2Mestranda em Gestão e Sistemas Agroindustriais pela UFCG. E-mail: mairlamendes@hotmail.com
3Mestrando em Gestão e Sistemas Agroindustriais pela UFCG. E-mail: fbsouza100@gmail.com
4Mestrando em Gestão e Sistemas Agroindustriais pela UFCG. E-mail: francarlos_gr@hotmail.com
5Doutora em Engenharia de Processos pelo Centro de Ciência e Tecnologia- CCT, UFCG. E-mail:  alinecarla.edu@gmail.com