EXPLORING THE DEPTH OF MIND: HIPNOSIS AS AN ALLY ON PAIN RELIEF
REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12612169
Maryellen Fernandes Brito Vasconcelos1
Matheus Oliveira Carvalho Souza[1]
Me. Saul de Melo Ibiapina Neres [2]
Me. Rogério Meneses Ibiapina Coelho[3]
Esp. Pedro Henrique Alves do Rêgo Costa[4]
Resumo
Diversos estudos vêm surgindo quanto ao uso da hipnose como ferramenta para a redução da intensidade de dores e nestes foram observados a eficácia na redução de seus sintomas subsequentes. No Brasil, a hipnose está se tornando cada vez mais popular entre os profissionais de saúde. Na sua 521ª Reunião Plenária, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) aprovou uma resolução que estabelece diretrizes para a participação dos farmacêuticos na hipnose clínica. O objetivo geral deste estudo é investigar a produção científica acerca do uso da hipnose como uma abordagem eficaz na modulação da dor. A metodologia utilizada foi revisão integrativa, organizada conforme as diretrizes do modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), que guia a sistematização da pesquisa, a seleção dos estudos e a elaboração dos relatórios de resultados, assegurando, dessa forma, a qualidade e a transparência da revisão. Foram encontrados 86 artigos dos quais 6 artigos foram selecionados com um total de 755 pessoas envolvidas nos achados. Conclui-se que a hipnose tem se mostrado uma aliada promissora no alívio da dor, oferecendo uma abordagem complementar e não invasiva para o tratamento da dor crônica e aguda. Evidências de estudos indicam que a hipnose pode reduzir significativamente a percepção da dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Hipnose. Dor. Analgesia.
1 INTRODUÇÃO
A dor é uma sensação multifatorial, que pode ser ocasionada por alguma lesão de algum tecido até fatores meramente psicológicos, como no caso da dor em membro fantasma (Demidoff; Pacheco; Sholl-Franco, 2007). Essa sensação é de suma importância para a detecção de algum problema relacionado ao corpo humano. A dor é uma experiência subjetiva, na qual cada pessoa tem sua própria referência de intensidade (Sousa, 2002).
Diversos estudos vêm surgindo quanto ao uso da hipnose como ferramenta para a redução da intensidade de dores e, nestes, foi observada a eficácia na redução de seus sintomas subsequentes. Esta pode ser indicada para auxiliar pacientes que não se adaptaram ou se recusam a utilizar medicamentos. A hipnose não substitui tratamentos médicos convencionais, mas pode ser uma excelente opção complementar (Silva; Oliveira; Silva, 2022).
No Brasil, a hipnose está se tornando cada vez mais popular entre os profissionais de saúde. Na sua 521ª Reunião Plenária, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) aprovou uma resolução que estabelece diretrizes para a participação dos farmacêuticos na hipnose clínica, uma das práticas de saúde complementares reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (CFF, 2022). Essa forma de tratamento visa alterar o estado de consciência, orientando a mente a direcionar seus pensamentos e, consequentemente, estimular a atividade cerebral (Araújo, 2021).
No Conselho Federal de Odontologia, a Lei nº 5.081, de 24 de agosto de 1966, regulamenta o exercício da odontologia. O Art. 6º, no inciso VI, diz in verbis: “empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento” (Brasil, 1966).
Desde 1963, a ciência tem explicado esse fenômeno, que é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) como uma das Práticas Integrativas e Complementares pela portaria nº 702, em março de 2018 (CFO, 2024).
A portaria nº 702, de 21 de março de 2018, altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC. Dentre essas práticas incluídas, consta a hipnose (Brasil, 2018).
A hipnose é uma técnica que tem sido utilizada como ferramenta terapêutica para o tratamento de diversos problemas de saúde, incluindo o alívio da dor. Seu mecanismo de ação envolve a indução de um estado de relaxamento profundo e foco mental, que pode alterar a percepção da dor pelo paciente. No entanto, o alcance da eficácia da hipnose no alívio da dor varia de acordo com diversos fatores, incluindo a sensibilidade individual, a habilidade do terapeuta e a natureza da dor em questão. Diante desse contexto, a pergunta que surge é: até que ponto a aplicação da hipnose como ferramenta terapêutica influencia efetivamente o alívio da dor em pacientes?
Este estudo é significativo tanto teoricamente quanto na prática, ao explorar a hipnose como uma ferramenta terapêutica para o alívio da dor crônica e aguda, oferecendo uma abordagem menos invasiva e potencialmente mais acessível. A investigação dos processos neurais envolvidos pode não apenas melhorar os tratamentos para a dor, mas também aprofundar o entendimento da mente humana. Com o crescente interesse em abordagens terapêuticas holísticas, a hipnose surge como uma opção promissora, unindo aspectos físicos, psicológicos e emocionais no tratamento da dor.
O objetivo geral deste estudo é investigar a produção científica acerca do uso da hipnose como uma abordagem eficaz na modulação da dor. Para alcançar esse objetivo, serão abordados diversos aspectos específicos. Primeiramente, será realizada uma avaliação dos estudos mais recentes sobre os efeitos da hipnose no alívio de dores, considerando tanto os aspectos psicológicos quanto fisiológicos envolvidos. Examinaremos também o impacto da hipnose como complemento ou alternativa aos tratamentos convencionais para o controle da dor, buscando compreender sua eficácia em diferentes contextos clínicos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Fisiologia da dor
A dor, além de ser um sintoma, é considerada a própria doença, sendo um evento subjetivo difícil de medir, e o tratamento visa controlá-la. Aqueles que sofrem com dor experimentam alterações em diferentes áreas da vida, incluindo biológicas, psicossociais e psicossomáticas. Os sintomas comuns incluem problemas de sono, dificuldade no trabalho e na movimentação, mudanças de humor, capacidade de concentração, relacionamentos familiares, atividade sexual e outros aspectos da saúde mental (Araújo; Romero, 2015).
A maioria das doenças no corpo causa dor, e diagnosticá-las depende muito do conhecimento médico sobre os tipos de dor. Existem dois estágios na sensibilidade à dor: o primeiro é a nocicepção, onde os nociceptores captam estímulos de tecidos danificados, e o segundo é o processamento desses sinais para percebermos conscientemente a sensação desagradável. A natureza subjetiva da dor torna sua investigação experimental e abordagem clínica complexas (Diogo; Silva, 2009).
O fenômeno da dor ocorre quando os estímulos ambientais são transformados em sinais elétricos que viajam das fibras nervosas periféricas para o Sistema Nervoso Central (SNC). Qualquer estímulo intenso, exceto o vibratório, pode causar dor. A substância P, que é um neuromodulador neuropeptídeo, desempenha um papel na sensibilização dos receptores de dor, promovendo vasodilatação e liberação de histamina. O Sistema Nervoso pode influenciar processos inflamatórios. Os nociceptores nos axônios nervosos transmitem sinais de dor da periferia para a medula espinhal e, em seguida, para o cérebro, onde são percebidos como dor. Existem duas vias de transmissão da dor: a paleoespinotalâmica e a neoespinotalâmica (Oliveira et al., 1997).
Essas vias podem também ser denominadas de via do grupo lateral (neoespinotalâmico) e medial (paleoespinotalâmico). Sendo o grupo lateral responsável por fazer a comunicação de componentes sensoriais-discriminativos da dor. Já o grupo medial tem como responsabilidade a composição afetiva, atencional, motivacional e da avaliação desse processo de dor (Fernandes; Gomes, 2011).
Ao contrário de outros sistemas sensoriais, o sistema de dor é vasto; a dor pode começar em qualquer parte do corpo ou no sistema nervoso central. Diferentes partes do corpo estão associadas a diferentes tipos de dor. A percepção da dor é uma experiência complexa e multidimensional, variando em qualidade, intensidade e características afetivo-motivacionais (Silva; Ribeiro-Filho, 2011).
2.2 Analgesia e bem-estar
Ao longo da história, o homem utilizou uma variedade de métodos para compreender e controlar a dor, incluindo rituais religiosos, encantamentos, magia, plantas medicinais, massagens e terapias de calor e frio. Rituais que induzem estados hipnóticos foram comuns em diferentes culturas, e o sono hipnótico foi até mesmo usado em cirurgias por profissionais de saúde em todo o mundo. A falta de consciência e preparo para explorar o inconsciente impede as pessoas de reconhecerem suas próprias emoções e encontrarem soluções para seus problemas. Conhecer como aprendemos as coisas nos dá acesso ao nosso inconsciente e nos permite transformar doença em saúde, fracasso em sucesso e problemas em soluções (Montenegro, 2017).
A dor tem direta influência em diversos fatores da vida do ser humano, tratando-se de uma perspectiva biopsicossocial. Na área biológica, ela pode causar alterações em neurotransmissores, como a noradrenalina, serotonina e dopamina. Na dimensão psicológica, ela atua na ansiedade, depressão e angústia, que são fatores que incapacitam o indivíduo, de acordo com a intensidade e cronicidade da dor. Socialmente, a dor afeta a capacidade social, produção e atuação intelectual, além de ter influência na autoestima. Com todos esses fatores, a dor se coloca inversamente proporcional ao bem-estar do indivíduo (Souza, 2009).
Encontrar tratamentos eficazes para a dor é desafiador devido à diversidade de opções disponíveis, incluindo medicamentos convencionais e alternativos, além de terapias não medicamentosas. Uma ampla gama de medicamentos e terapias está disponível, incluindo analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos, entre outros. Novos tratamentos experimentais, como derivados de plantas e venenos de animais, também estão sendo investigados. No entanto, a toxicidade dos medicamentos pode levar a resultados clínicos variáveis, especialmente em casos de dor crônica associada a ansiedade e depressão. A medicina alternativa, embora criticada por alguns, oferece abordagens complementares que podem melhorar a eficácia dos tratamentos convencionais (Vale, 2006).
A utilização da hipnose em contextos clínicos está se tornando mais aceita como tratamento tanto para a dor aguda quanto para a crônica. Isso se deve a vários motivos, incluindo o aumento dos custos de saúde e os efeitos colaterais indesejáveis de muitos medicamentos para dor. Os profissionais de saúde estão buscando alternativas mais acessíveis e com menos efeitos colaterais. A hipnose, originalmente desenvolvida para tratar uma variedade de sintomas psicológicos, psicossomáticos e psicossociais, é considerada segura quando realizada por profissionais qualificados e com propósitos terapêuticos (Lima; Azevedo, 2022).
Ao contrário de outras abordagens, como medicamentos com efeitos colaterais ou a complexidade dos estímulos e populações clínicas, a hipnose oferece uma oportunidade única para estudar a separação entre os aspectos sensoriais e emocionais da dor. A modulação hipnótica da percepção da dor permite manipular diretamente esses aspectos, oferecendo vantagens como controle dos estímulos sugeridos, reversibilidade, adaptação a diferentes condições experimentais e manipulação da expectativa de alívio sensorial ou emocional através de sugestões hipnóticas e placebos (Cavaco, 2013).
2.3 Potencial terapêutico da hipnose
Conforme Barros et al. (2022), a hipnose tem diversas utilidades e aplicações diferentes, como, por exemplo, hipnosedação para fins sedativos, hipnoanalgesia para tratar dores e a hipnose para tratamentos psicoterapêuticos em geral. Para a prática, são necessárias três condições: a cooperação do paciente, a motivação do mesmo e a confiança do paciente no terapeuta. A absorção de uma indução hipnótica se dá por meio da atenção, envolvendo a indução de um estado de relaxamento profundo e concentração, o que leva a uma diminuição da atividade em regiões cerebrais responsáveis pela atenção dispersa. Isso está associado ao aumento da atividade atencional dos pré-frontais, regiões do cérebro ligadas à tomada de decisões, controle executivo e regulação emocional, em várias condições de estimulação de forma passiva.
Essa metodologia desempenha um papel significativo nesses cuidados, não apenas abordando o processo terapêutico com foco na melhoria da qualidade de vida, mas também oferecendo soluções tangíveis para os desafios enfrentados pelo paciente. Esse conceito de reconfiguração da dor refere-se à capacidade da hipnose de mobilizar recursos internos para alcançar a anestesia e a analgesia, além de promover uma nova perspectiva sobre a vida e a saúde, proporcionando ao paciente uma abordagem mais positiva e significativa para lidar com sua condição (Mallmann, 2018).
A técnica de hipnose tem se revelado eficaz no manejo da dor, sendo aplicável tanto em situações de dor aguda quanto crônica. Vários estudos têm destacado sua eficácia como uma terapia complementar ou alternativa aos tratamentos convencionais, resultando na redução da intensidade e frequência da dor, além de melhorias no sono e na qualidade de vida dos pacientes (Faria et al., 2023).
A hipnose é empregada para estimular e analisar reações a sugestões. Nesse processo, o hipnotizador orienta a pessoa a responder a propostas de modificações na experiência subjetiva, nas emoções, sensações, percepções, comportamentos ou pensamentos. Além disso, existe a auto-hipnose, que é a prática de aplicar técnicas hipnóticas em si mesmo (Cardoso et al., 2020).
3 METODOLOGIA
Existe uma enorme variedade de métodos para se refletir acerca do objeto de uma pesquisa. No presente trabalho, a opção escolhida foi uma revisão integrativa. Esse tipo de revisão é uma metodologia abrangente que oferece uma visão completa do objeto em análise, permitindo também a avaliação de estudos anteriores e importantes (Mendes; Silveira; Galvão, 2008). Além disso, possibilita a integração de pesquisas com abordagens tanto quantitativas quanto qualitativas, bem como a utilização de literatura teórica e empírica, resultando na síntese de conhecimento a partir de múltiplos estudos sobre um determinado tema (Pompeo; Rossi; Galvão, 2009).
A revisão integrativa foi organizada conforme as diretrizes do modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), que guia a sistematização da pesquisa, a seleção dos estudos e a elaboração dos relatórios de resultados, assegurando, dessa forma, a qualidade e a transparência da revisão (Page et al., 2022). A escolha das hipóteses foi a primeira fase da pesquisa, sendo definidas como: a hipnose pode reduzir a percepção da dor em pacientes com condições agudas e crônicas; sessões regulares de hipnose diminuem a ansiedade e o estresse associados à dor; a hipnose complementa tratamentos médicos, reduzindo a necessidade de analgésicos.
Posteriormente, foi realizada uma busca bibliográfica com base nessas hipóteses, utilizando os seguintes termos booleanos: (hypnosis) AND (pain) AND (analgesia) no período de abril a maio de 2024 nas seguintes bases de dados: Lilacs (Portal BVS), PubMed e Cochrane Library. Os critérios de inclusão e exclusão consideraram artigos científicos publicados nos últimos 5 anos, ou seja, de 2019 a 2024, que fossem ensaios clínicos e que estivessem disponíveis integralmente de forma gratuita.
Esse rigoroso método de revisão integrativa ofereceu importantes insights sobre a utilização da hipnose como ferramenta para o controle da dor. A aplicação das diretrizes do PRISMA assegurou que o processo fosse conduzido de maneira sistemática e transparente, aumentando a confiabilidade dos resultados alcançados.
Considerando o exposto, para realizar uma revisão integrativa eficaz, foram adotados os seguintes critérios de elegibilidade: artigos que abordam o uso da hipnose como ferramenta para o alívio da dor, disponíveis na íntegra e de forma gratuita, em inglês ou português, publicados nos últimos cinco anos. Estudos que não se adequaram ao tema foram excluídos.
Figura 01 – Fluxograma do Processo de Identificação, Triagem, Elegibilidade, Incluídos na pesquisa.
Destaca-se que as bases de pesquisa revelaram um total de 86 publicações. Na base de dados Cochrane, no entanto, não foram encontrados artigos que atendiam aos critérios de elegibilidade. Assim, durante o processo de seleção, 6 artigos foram avaliados conforme os critérios estabelecidos no fluxograma (Figura 01).
4 RESULTADOS
Para verificar o impacto da hipnose no alívio da dor, faz-se necessário o conhecimento dos mesmos, para que então se possam alcançar os objetivos esperados. Portanto, foram encontrados 86 artigos dos quais 6 artigos foram selecionados com um total de 755 pessoas envolvidas nos achados. Os dados obtidos podem ser analisados nos quadros 1 e 2.
Quadro 01 – Distribuição dos estudos quanto à base de dados, tipo de estudo e ano
Base de dados | Tipo de estudo | Ano |
PubMed | Ensaio clínico randomizado | 2020 |
PubMed | Ensaio clínico randomizado | 2020 |
PubMed | Ensaio clínico randomizado | 2021 |
PubMed | Teste controlado e aleatório | 2022 |
BVS | Ensaio clínico randomizado | 2022 |
PubMed | Ensaio clínico randomizado | 2023 |
Fonte: próprios autores, 2024
Quadro 03 – Distribuição dos estudos quanto à autoria, título, objetivo, principais achados
Autoria/ Ano | Título | Objetivo | Principais achados |
Nowak et al., 2020 | Efeito das sugestões terapêuticas durante a anestesia geral na dor pós-operatória e no uso de opioides: ensaio multicêntrico randomizado e controlado | Investigar o efeito das sugestões terapêuticas transmitidas aos pacientes por meio de fones de ouvido durante a cirurgia na dor pós-operatória e no uso de opioides. | Elaboraram e registraram o texto, fundamentado em princípios de hipnoterapia, abordando tópicos como a competência e o cuidado da equipe cirúrgica e de anestesia, a regulação da dor, a dissociação para um local seguro, afirmações positivas, o controle da ansiedade e a promoção da confiança. |
Garcia et al., 2020 | Hipnose versus placebo durante a ablação de vibração atrial: o estudo PAINLESS: um ensaio clínico randomizado | Avaliar a superioridade da hipnose versus placebo na percepção da dor e no consumo de morfina durante a ablação do flutter atrial típico (FLA). | A hipnosedação combina hipnose com anestesia locorregional e pequenas quantidades de analgésicos intravenosos. Relatos de casos, séries de casos e estudos prospectivos não randomizados recentemente indicaram que essa técnica é mais eficaz do que a analgesia convencional durante procedimentos eletrofisiológicos. |
Geoffroy et al., 2021 | Eficácia de uma combinação de hipnose e estimulação elétrica nervosa transcutânea para dor crônica não oncológica: um ensaio clínico randomizado | Avaliar o alívio da dor em três meses, comparando uma combinação simultânea de hipnose e TENS (intervenção) com TENS isoladamente (controle). | A hipnose pode ser realizada por um profissional de saúde e os pacientes também podem praticar auto-hipnose em casa para ajudar a controlar a dor. Diversos estudos indicaram que a hipnose, por si só, pode reduzir a dor em pacientes com dor crônica não oncológica. Além disso, meta-análises sugerem que a hipnose pode ser mais eficaz do que os tratamentos convencionais para esses pacientes, quando avaliada após algumas semanas até seis meses de sessões de hipnose. |
Terzulli et al., 2022 | Efeito da hipnose de realidade virtual no limiar de dor e biomarcadores neurofisiológicos e autonômicos em voluntários saudáveis: estudo prospectivo cruzado randomizado | Caracterizar os efeitos do HRVno limiar de dor ao calor entre voluntários adultos saudáveis enquanto monitoramos diversas funções fisiológicas e autonômicas. | Similar aos tratamentos tradicionais de hipnose, o método hipnose de realidade virtual (HRV) empregado neste estudo inclui um “período de indução” (geralmente um convite para concentrar a atenção) e um período de “dissociação” (separação entre o mental e o ambiente), seguido por sugestões para a redução da dor, como a analgesia. |
Oliveira et al., 2022 | Efeito de sugestões hipnóticas específicas sobre a nocicepção mecânica e térmica em voluntários saudáveis: estudo randomizado e duplo-cego | Avaliar a resposta mecânica e térmica após sugestões hipnóticas específicas em voluntários saudáveis. | Embora existam muitas evidências sobre a eficácia da hipnose na terapia da dor, tanto crônica quanto aguda, pouco se sabe sobre seu impacto direto na modulação da nocicepção. A resposta à intervenção hipnótica varia entre os indivíduos, com a suscetibilidade hipnótica sendo um fator crucial que determina a eficácia analgésica e, consequentemente, o sucesso do tratamento. |
Gullo et al., 2023 | Virtually Augmented Self-Hypnosis in Peripheral Vascular Intervention: A Randomized Controlled Trial | Investigou a eficácia da auto-hipnose virtualmente aumentada como um método não farmacológico adjuvante para dor processual e alívio da ansiedade durante intervenções endovasculares (EVI). | No modelo operacional da função interruptiva da dor, a dor é vista como um tipo de informação. Em certos casos, pode ser necessário selecionar e focar essas informações sobre a dor. Visto que a atenção é um recurso limitado que precisa ser dividido entre diferentes tarefas, exceder essa capacidade pode levar a um pensamento mais lento e a comportamentos ineficazes ou interrompidos. Para indivíduos que têm dificuldade com imaginação e absorção, a utilização da realidade virtual (RV) 3D pode ser benéfica. |
Fonte: próprios autores, 2024
5 DISCUSSÕES
O avanço de ferramentas digitais, como sistemas portáteis de realidade virtual (RV), oferece uma oportunidade singular para o tratamento da dor. Estas ferramentas podem integrar diversos métodos não farmacológicos em soluções de fones de ouvido fáceis de usar. Os fones de ouvido de RV totalmente imersivos isolam os usuários do “mundo real” e os transportam para um ambiente virtual 3D alternativo e agradável. Quando bem implementados, esses ambientes de RV podem efetivamente reduzir a sensação de dor (Terzulli et al., 2022).
O estudo realizado por Terzulli et al. (2022) examinou o efeito da Hipnose de Realidade Virtual (HRV) nos limiares de dor e nos Potenciais Evocados por Calor de Contato em resposta a estímulos de calor em adultos saudáveis (tanto homens quanto mulheres). Durante o protocolo de estimulação, foram monitoradas mudanças em diversos parâmetros fisiológicos. Os resultados mostraram que a HRV aumentou o limiar de dor ao calor, reduziu a frequência respiratória média durante a sessão de HRV e aumentou a relação entre os tons parassimpático e simpático, conforme evidenciado pela estabilidade das respostas de condutância da pele e pelo aumento do escore índice de analgesia e nocicepção.
Na metodologia adotada por Oliveira et al. (2022), os participantes foram divididos em três grupos: um grupo controle sem hipnose (sham), um grupo com dor induzida por hipnose e um grupo com hipnose para analgesia. Nos dois últimos grupos, foram dadas sugestões para aumentar ou diminuir a dor. Os limiares de dor por calor e frio mudaram significativamente nos grupos com dor induzida e analgesia. Mediu-se a sensibilidade à dor periférica transmitida por fibras sensoriais finas (C) ou grossas do sistema nervoso periférico, permitindo a determinação de limiares basais e de dor por meio de estímulos mecânicos e térmicos. Isso também possibilitou a detecção de condições como hiperalgesia ou hiperpatia.
No ensaio de Garcia et al. (2020), um hipnoterapeuta realizou uma sessão Ericksoniana em três etapas: primeiro, usando fixação e visualização para induzir a hipnose; depois, ancorando o estado hipnótico por meio de afirmações repetidas; e, finalmente, conduzindo o despertar gradualmente. O objetivo era alcançar um estado semelhante ao transe, caracterizado por relaxamento muscular, respiração lenta e pálpebras tremendo. Se necessário, o terapeuta recorria à hipnose conversacional.
Os resultados do estudo de Terzulli et al. (2022) indicaram que o gerenciamento de HRV é efetivo para aumentar a tolerância à dor térmica e influenciar as funções autonômicas em indivíduos saudáveis. Como uma abordagem não medicamentosa, a HRV demonstra benefícios na redução da dor aguda experimental causada pelo calor. A eficácia dessa abordagem deve ser examinada para o tratamento de outras formas de dor, como a dor crônica.
Em alinhamento, os resultados de Oliveira et al. (2022) no que diz respeito à nocicepção mecânica mostraram que a hipnose foi capaz de provocar hiperalgesia e alodinia no grupo exposto à dor, intensificando a sensação dolorosa. Em contraste, o grupo analgésico apresentou uma menor sensibilidade a estímulos dolorosos repetidos após a hipnose. O grupo com dor induzida sentiu dor em temperaturas mais baixas após a hipnose, enquanto o grupo de analgesia apresentou maior tolerância às mudanças de temperatura. O grupo sham não teve mudanças significativas. Os dados apresentados indicaram que sugestões hipnóticas específicas modificaram a sensibilidade exteroceptiva, tanto mecânica quanto térmica, em relação à dor e analgesia em indivíduos saudáveis.
No estudo de Nowak et al. (2020), pacientes ouviram uma fita de áudio com música e sugestões positivas durante a cirurgia para avaliar o efeito na dor pós-operatória e no uso de opioides. Comparado ao grupo controle, que ouviu uma fita em branco, o grupo de intervenção precisou de menos opioides nas primeiras 24 horas e apresentou escores de dor 25% mais baixos.
Entretanto, no ensaio clínico realizado por Gullo et al. (2023), a média de ansiedade (pré e pós) foi significativamente reduzida tanto dentro dos grupos quanto entre os grupos. A taxa de resposta na redução da ansiedade foi de 76% para o grupo de realidade virtual e 46% para o grupo de tratamento usual. Os dois grupos não apresentaram diferenças significativas na intensidade média da dor sensorial e na dor emocional afetiva (pré e pós) medida pela Escala Visual Analógica, nas memórias negativas relacionadas à dor lembrada após 3 meses, no tempo médio do procedimento ou na necessidade de medicamentos analgésicos ou sedativos.
Contudo, o ensaio clínico randomizado e controlado de Garcia et al. (2020), comparou a hipnose com o placebo durante a ablação de fibrilação atrial. O grupo de hipnose apresentou um escore médio de dor de 4,0 ± 2,2, enquanto o grupo placebo teve um escore de 5,5 ± 1,8. A percepção da dor, medida a cada 5 minutos ao longo do procedimento, foi consistentemente menor no grupo de hipnose. Os escores de sedação também foram melhores no grupo de hipnose em comparação com o grupo placebo (8,3 ± 2,2 vs. 5,4 ± 2,5; p < 0,001). Além disso, a necessidade de morfina foi significativamente menor no grupo de hipnose (1,3 ± 1,3 mg) em relação ao grupo placebo (3,6 ± 1,8 mg).
Em concordância, o ensaio de Geoffroy et al. (2021), foi o primeiro randomizado e controlado a demonstrar uma redução na intensidade da dor e um alto nível de adesão ao uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea, tanto isoladamente quanto combinada com a hipnose. No entanto, os resultados mostraram que a combinação dessas duas estratégias não farmacológicas não foi mais eficaz do que o uso de cada uma separadamente.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A hipnose tem se mostrado uma aliada promissora no alívio da dor, oferecendo uma abordagem complementar e não invasiva para o tratamento da dor crônica e aguda. Evidências de estudos indicam que a hipnose pode reduzir significativamente a percepção da dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, a hipnose apresenta uma série de vantagens: não envolve o uso de medicamentos, o que reduz o risco de efeitos colaterais e dependência, e pode ser personalizada de acordo com as necessidades específicas de cada paciente. A flexibilidade do tratamento, que pode ser adaptado para diferentes contextos e situações, permite que pacientes mantenham um maior controle sobre a gestão de sua dor.
Outra vantagem é o potencial da hipnose para ser integrada a outras modalidades de tratamento. Ela pode complementar terapias físicas, psicológicas e farmacológicas, oferecendo uma abordagem holística e multifacetada para o manejo da dor.
Entretanto é pertinente considerar algumas limitações do estudo, pelas escolhas dos booleanos e/ou o marco temporal elencado o que pode inferir em possíveis exclusões de outros estudos nessa área o que pode servir de incentivo para mais pesquisas sobre essa ferramenta valiosa.
Em conclusão, a hipnose representa uma opção valiosa e eficaz para o manejo da dor. Ao ser incorporada aos tratamentos convencionais, ela tem o potencial de amplificar os resultados terapêuticos, proporcionar alívio significativo e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. À medida que mais pesquisas são conduzidas e a prática da hipnose se torna mais difundida, espera-se que seu papel no tratamento da dor continue a crescer, beneficiando um número crescente de indivíduos que sofrem de dores crônicas e agudas.
REFERÊNCIAS
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[1] Discentes do Curso Superior de Bacharelado em Farmácia da Christus Faculdade do Piauí Campus Piripiri e-mail: cglmarielle@gmail.com.
[2] Docente do Curso Superior de Psicologia da Christus Faculdade do Piauí Campus Piripiri. Mestre em Psicologia do Desenvolvimento e Políticas Públicas (UNISANTOS). e-mail: saulneres@gmail.com
[3] Docente do Curso Superior de Odontologia da Christus Faculdade do Piauí Campus Piripiri. Mestre em odontologia (UNISANTOS). e-mail: rogeriomic@hotmail.com
[4] Farmacêutico. Especialista e Farmácia clínica Hospitalar (Christus). e-mail: pedrohhenriqee@gmail.com