EXPLORANDO A TEORIA DA TRILIDADE E O RACIOCÍNIO HUMANO: APLICAÇÕES DO DIAGRAMA DE HASSAN EM NEUROCIÊNCIAS

EXPLORING TRILITY THEORY AND HUMAN REASONING: APPLICATIONS OF HASSAN’S DIAGRAM IN NEUROSCIENCES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202408150722


Hassan Ali Srour1


RESUMO

Este estudo aborda a Teoria da Trilidade de Hassan Ali Srour, que propõe uma estrutura além do pensamento dualista para compreender o raciocínio humano. O objetivo é explorar a trilidade e seu potencial para revelar mecanismos subjacentes ao pensamento humano geralmente ocultos na consciência. A justificativa reside na limitação do pensamento dualista, que restringe o planejamento e execução de novas possibilidades. A metodologia empregada é uma revisão bibliográfica sistemática consultando bases de dados como PubMed, SciELO, Google acadêmico, livros e artigos. Utilizaram-se palavras-chave como trilidade, dualidade, mapas conceituais e diagramas. A construção do Diagrama de Hassan, ilustrando a teoria, foi realizada no Microsoft PowerPoint e analisada qualitativamente. Os resultados destacam a eficácia do diagrama em representar múltiplas possibilidades de raciocínio, facilitando a tomada de decisões e a resolução de problemas. A pesquisa sugere que o diagrama pode ser aplicado em várias áreas do conhecimento, com ênfase nas neurociências.

Palavras-chave: Trilidade, Diagrama de Hassan, Pensamento dualista, Raciocínio humano, Neurociências.

ABSTRACT

This study addresses Hassan Ali Srour’s Theory of Trility, which proposes a structure beyond dualistic thinking to understand human reasoning. The aim is to explore trility and its potential to reveal underlying mechanisms of human thought, usually hidden in consciousness. The rationale lies in the limitation of dualistic thinking, which restricts the planning and execution of new possibilities. The methodology employed is a systematic literature review, consulting databases such as PubMed, SciELO, Google Scholar, books, and articles. Keywords such as trility, duality, conceptual maps, and diagrams were used. The construction of Hassan’s Diagram, illustrating the theory, was performed using Microsoft PowerPoint and qualitatively analyzed. The results highlight the diagram’s effectiveness in representing multiple reasoning possibilities, facilitating decision-making and problem-solving. The research suggests that the diagram can be applied in various fields of knowledge, with a particular emphasis on neurosciences.

Keywords: Trility, Hassan´s diagram, Dualistic thinking, Human reasoning, Neurosciences.

1 INTRODUÇÃO:

A compreensão do raciocínio humano tem sido um dos desafios centrais da neurociência, ciência cognitiva e psicologia. Desde os primórdios da investigação científica sobre a mente humana, diversos modelos teóricos foram propostos para explicar como os seres humanos processam informações, tomam decisões e resolvem problemas.

Entre essas teorias, destaca-se a Teoria da Trilidade, uma abordagem inovadora desenvolvida por Hassan Ali Srour, que propõe uma estrutura trilítica para entender o funcionamento do raciocínio humano e superar o condicionamento do pensamento dualista.

Para Srour (2022), o raciocínio humano frequentemente se apoia na escolha entre duas alternativas extremas. Isso ocorre devido a uma armadilha mental e outras influências de duas opções: uma afirmativa e outra negativa (sim ou não, positivo ou negativo), o que limita o planejamento e a execução de novas possibilidades.

A Teoria da Trilidade busca explorar essas limitações e revelar os mecanismos subjacentes ao pensamento humano que, em grande parte, permanecem ocultos na consciência. Nesse sentido, destacamos a contribuição do Diagrama de Hassan, uma ferramenta visual fundamental para representar e analisar os processos cognitivos propostos pela teoria.

O diagrama oferece uma representação gráfica de múltiplas possibilidades de raciocínio, facilitando a tomada de decisões e a resolução de problemas. Além disso, é uma ferramenta de fácil uso e pode ajudar em várias situações.

O raciocínio humano é notoriamente complexo, envolvendo múltiplas funções neurológicas. Ao tomar decisões, frequentemente permanecemos presos a ideias extremas. Conforme Douglas (2006), a capacidade de receber, armazenar e liberar informações, seja através da memória, linguagem, ideias, raciocínio ou abstrações em geral, é crucial.

A rede pré-frontal, por exemplo, desempenha um papel importante nos comportamentos que exigem múltiplas tarefas e a integração do pensamento com a emoção, sendo vital para a formulação de inferências, decisões e ações adaptativas (Harrison, 2015).

Nesse sentido, a proposta do Diagrama de Hassan é demonstrar, de maneira visual, outras possibilidades para melhor escolha, aplicando os princípios da Teoria da Trilidade. Mapas conceituais, como observado por Santos (2016), expõem explicitamente os relacionamentos entre as ideias, facilitando a compreensão.

Já para Damásio e Pacheco (2009), também destacam o potencial dos diagramas para reavaliar e potencializar aulas didáticas, indicando sua aplicabilidade na promoção de aprendizagem significativa.

Este estudo busca fornecer uma compreensão mais abrangente e integrada do raciocínio humano, destacando a importância do Diagrama de Hassan como uma ferramenta valiosa para investigar e elucidar os processos mentais subjacentes ao comportamento e escolhas humanas, com aplicabilidade em várias áreas do conhecimento, especialmente nas neurociências.

2 REVISÃO DA LITERATURA

“Os diagramas são ferramentas essenciais para a comunicação eficiente de informações complexas. O teste essencial do sucesso de um diagrama é a rapidez e a precisão com que ele transmite sua mensagem” (Tufte, 1990, p. 53). Diversos autores destacam os benefícios dos diagramas em diferentes contextos.

Smith (2015) afirma que diagramas são ferramentas eficazes para a visualização de dados complexos, permitindo uma melhor compreensão e análise. Eles transformam grandes volumes de dados em representações visuais claras, facilitando a identificação de padrões e tendências.

Assim, “o uso de diagramas em apresentações científicas aumenta significativamente a retenção de informações. Eles ajudam o público a assimilar dados de forma mais rápida e precisa. Contribuem para uma comunicação científica mais eficaz” (Jones; Brown, 2017, p. 45).

Portanto, “os diagramas bem projetados podem melhorar a comunicação em equipes multidisciplinares. Eles promovem um entendimento comum entre membros de diferentes áreas. Isso é crucial para a resolução colaborativa de problemas” (Lee et al., 2018, p. 102).

Além dos citados acima, “a integração de diagramas em sistemas de ensino à distância promove um aprendizado mais interativo. Eles envolvem os alunos de forma visual, tornando o conteúdo mais acessível. Isso resulta em uma experiência educacional mais rica e envolvente” (Garcia, 2019, p. 88).

Não obstante, “diagramas ajudam a simplificar a complexidade inerente em sistemas de informação. Eles desmembram processos intrincados em componentes compreensíveis. Isso facilita a análise e a comunicação dessas informações” (Martinez; Rodriguez, 2020, p. 110).

“O teste essencial do sucesso de um diagrama é a rapidez e a precisão com que ele transmite sua mensagem. Um diagrama bem-sucedido comunica informações complexas de maneira eficiente. Ele é fundamental para a visualização de dados” (Tufte, 1990, p. 53).

Para Roam (2009), uma imagem vale mil palavras, mas um diagrama pode valer mil imagens. Diagrama é uma ferramenta poderosa para transmitir grandes quantidades de informações. Ele sintetiza e organiza dados visuais de maneira impactante.

“Por sua vez, diagramas desempenham um papel crucial na compreensão e na resolução de problemas em sistemas complexos. Eles facilitam o processo de design baseado em cenários. Isso é essencial para o desenvolvimento e implementação de soluções” (Carroll, 1995, p. 132).

Sem pretensão de esgotar o tema, “diagramas permitem externalizar pensamentos e tornar informações complexas mais acessíveis ao público. Eles são uma ferramenta fundamental na semiótica gráfica. Ajudam a organizar e comunicar visualmente ideias abstratas” (Bertin, 1983, p. 65).

No mais, “o uso de diagramas e ferramentas visuais ajuda as pessoas a esclarecer seus pensamentos e comunicar ideias de maneira mais eficaz. Eles transformam a produtividade em grupos. Diagramas são essenciais para o trabalho colaborativo visual” (Sibbet, 2010, p. 45).

3 METODOLOGIA:

Este trabalho foi desenvolvido como uma revisão bibliográfica de caráter sistemático, focando na aplicação da Teoria da Trilidade e do Diagrama de Hassan no campo das neurociências.

As principais bases de dados eletrônicas consultadas foram PubMed, SciELO, MedLine e Portal da Biblioteca Virtual em Saúde, além de sites de buscas na web para a consulta de artigos e livros relevantes sobre o tema.

Para a pesquisa dos artigos, foram usadas as palavras-chave: trilidade, diagrama, mapas conceituais, neurociências, metodologia da pesquisa, dualidade e dualismo. Foram selecionados apenas artigos publicados nos idiomas inglês e português.

Foram usados livros didáticos de metodologia científica como fonte de informações adicionais e outros que abordem temas relacionados a diagramas. Cartas de opinião, estudos realizados com grupos populacionais específicos e textos que não abordassem de forma aprofundada as temáticas relacionadas ao uso de diagramas em pesquisas foram excluídos.

Não foram aplicados testes nem realizadas pesquisas diretamente com a população. Dessa forma, não foi necessária a aprovação do projeto por um Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados coletados na pesquisa bibliográfica foram analisados qualitativamente e sintetizados neste artigo para elucidar os assuntos relacionados aos diagramas e sua aplicabilidade em neurociências.

 Para a construção do Diagrama de Hassan, foi realizada uma análise da Teoria da Trilidade e do raciocínio humano, com o objetivo de ilustrar a teoria de forma visual, facilitando sua compreensão e demonstrando sua aplicabilidade.

O software Microsoft PowerPoint foi selecionado devido à sua familiaridade e acessibilidade, oferecendo recursos suficientes para expressar visualmente as complexidades da trilidade.

O processo de desenvolvimento do diagrama envolveu a aplicação cuidadosa dos conceitos teóricos, adaptando-os às capacidades e limitações do PowerPoint. Após a criação do diagrama, ele foi salvo em formato JPEG com uma resolução de 300 DPI para preservar a clareza e qualidade visual final.

As escolhas de cores, disposição dos elementos e legibilidade do texto foram cuidadosamente planejadas para garantir que o diagrama transmitisse de forma eficaz os conceitos da trilidade.

No entanto, é importante reconhecer que o método utilizado possui algumas limitações, como possíveis restrições de funcionalidades do software e eventuais distorções na conversão para o formato JPEG ou outros formatos, dependendo do programa utilizado.

Sugere-se que futuros estudos considerem o uso de softwares mais especializados em design gráfico para melhorar a precisão e a clareza visual dos diagramas ou a criação de aplicativos para o uso do diagrama.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

“Os diagramas são ferramentas essenciais para a comunicação eficiente de informações complexas. O teste essencial do sucesso de um diagrama é a rapidez e a precisão com que ele transmite sua mensagem” (Tufte, 1990, p. 53). Diversos autores destacam os benefícios dos diagramas em diferentes contextos.

Smith (2015) afirma que diagramas são ferramentas eficazes para a visualização de dados complexos, permitindo uma melhor compreensão e análise. Eles transformam grandes volumes de dados em representações visuais claras, facilitando a identificação de padrões e tendências.

Assim, “o uso de diagramas em apresentações científicas aumenta significativamente a retenção de informações. Eles ajudam o público a assimilar dados de forma mais rápida e precisa. Contribuem para uma comunicação científica mais eficaz” (Jones; Brown, 2017, p. 45).

Portanto, “os diagramas bem projetados podem melhorar a comunicação em equipes multidisciplinares. Eles promovem um entendimento comum entre membros de diferentes áreas. Isso é crucial para a resolução colaborativa de problemas” (Lee et al., 2018, p. 102).

Além dos citados acima, “a integração de diagramas em sistemas de ensino à distância promove um aprendizado mais interativo. Eles envolvem os alunos de forma visual, tornando o conteúdo mais acessível. Isso resulta em uma experiência educacional mais rica e envolvente” (Garcia, 2019, p. 88).

Não obstante, “diagramas ajudam a simplificar a complexidade inerente em sistemas de informação. Eles desmembram processos intrincados em componentes compreensíveis. Isso facilita a análise e a comunicação dessas informações” (Martinez; Rodriguez, 2020, p. 110).

“O teste essencial do sucesso de um diagrama é a rapidez e a precisão com que ele transmite sua mensagem. Um diagrama bem-sucedido comunica informações complexas de maneira eficiente. Ele é fundamental para a visualização de dados” (Tufte, 1990, p. 53).

Para Roam (2009), uma imagem vale mil palavras, mas um diagrama pode valer mil imagens. Diagrama é uma ferramenta poderosa para transmitir grandes quantidades de informações. Ele sintetiza e organiza dados visuais de maneira impactante.

“Por sua vez, diagramas desempenham um papel crucial na compreensão e na resolução de problemas em sistemas complexos. Eles facilitam o processo de design baseado em cenários. Isso é essencial para o desenvolvimento e implementação de soluções” (Carroll, 1995, p. 132).

Sem pretensão de esgotar o tema, “diagramas permitem externalizar pensamentos e tornar informações complexas mais acessíveis ao público. Eles são uma ferramenta fundamental na semiótica gráfica. Ajudam a organizar e comunicar visualmente ideias abstratas” (Bertin, 1983, p. 65).

No mais, “o uso de diagramas e ferramentas visuais ajuda as pessoas a esclarecer seus pensamentos e comunicar ideias de maneira mais eficaz. Eles transformam a produtividade em grupos. Diagramas são essenciais para o trabalho colaborativo visual” (Sibbet, 2010, p. 45).

Pelo exposto dos autores acima, observa-se que os diagramas apresentam larga aplicabilidade em diferentes áreas do conhecimento, e é claro, isso se torna essencial devido à importância que representam para transmitir uma ideia, teoria, raciocínio, ensino e facilidade de explicação.

Sendo assim, o presente estudo propõe o Diagrama de Hassan, com o objetivo de ilustrar a Teoria da Trilidade e o raciocínio humano, sendo atualmente um conhecimento largamente explorado em várias áreas das ciências e tecnologias.

Afirmando o parágrafo acima, pode-se mencionar Srour (2023), que acredita que sua teoria serve de base para a descoberta de novos conhecimentos, bem como a ampliação dos que já existem, referindo que a trilidade pode somar, ampliando o raciocínio humano, podendo ser aplicada em qualquer situação ou campo das ciências e afins.

Além do estudo citado acima, e demonstrando as diferentes formas de aplicar a Teoria da Trilidade, em outro estudo, Srour et al. (2024) demonstram que uma das áreas que está sendo explorada é a neurociência, uma nova vertente que visa propor uma perspectiva além do ângulo dualista.

A referida teoria quebra o paradigma dualista, que conforme já mencionado, o autor é crítico das ideias de oposição e limitantes. Assim consideradas por ele, para isso, a escolha de um diagrama facilita a ilustração, entendimento e a aplicação da mesma.

Sendo assim, para explorar uma maior e melhor compreensão da teoria em questão, sugere-se o diagrama abaixo:

Ilustração 1: Diagrama de Hassan.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Na ilustração acima, expõe-se o Diagrama de Hassan. Assim, pode-se observar que no centro do diagrama há dois retângulos indicados por setas, e no seu interior, um apresenta uma esfera e o outro um quadrado. Isso representa duas formas antagônicas, de oposição, ideias contrárias, representando uma dualidade ou o pensamento dual.

Em contraponto, fora do contexto dualista mencionado acima, representado na ilustração 1, dentro dos retângulos com uma esfera e um quadrado, tudo que estiver fora deste contexto central representa a Teoria da Trilidade. Sendo que a mesma propõe a fuga das ideias extremas, conforme já explicado.

Além disso, cabe salientar que a Teoria da Trilidade, apesar do nome, representa a ideia de três ou mais concepções. Por isso, no contexto da ilustração 1, além das ideias centrais de uma esfera e um quadrado, há muitas outras possibilidades baseadas na trilidade, onde um determinado assunto pode apresentar muitas vertentes.

Portanto, a representação da teoria neste diagrama facilita a compreensão e pode servir como ferramenta de estudo de qualquer ideia de oposição, extremidade, contrária ou dualista. Fazendo com que qualquer situação dual seja ampliada para outros níveis, que permitem uma análise mais refinada do raciocínio ou análise de problemas, bem como na tomada de decisão.

Além do mais, pode-se observar que as opções diferentes da esfera e do quadrado representam mais possibilidades para lidar com qualquer pensamento, análise e resolução de problemas, sem se limitar a uma ideia fixa, onde muitas vezes a solução está presente no incomum e não óbvio ou na lógica como é conhecida atualmente.

Para melhor ilustrar a aplicabilidade do diagrama representado na ilustração 1, abaixo está um exemplo do seu funcionamento e perspectivas além da dicotomia que rodeia o conhecimento e o comportamento humano.

Ilustração 2: exemplo de aplicabilidade do diagrama de Hassan.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Conforme já demonstrado anteriormente, o exemplo acima indica a aplicação do diagrama. Observe que no centro do diagrama pode-se colocar qualquer ideia dualista e de oposição, e a partir de então, busca-se as ideias além dessa dicotomia.

Além disso, o exemplo mostra os possíveis pontos entre o sim e o não, que são ideias intermediárias. Assim, é possível que em qualquer ideia sejam analisadas inúmeras possibilidades, o que não pode se limitar ao diagrama em questão, sendo este apenas uma demonstração.

É sabido que o raciocínio humano vai além das ideias duais enquanto análise, porém, ao tomar uma decisão, as opções de escolha na maior parte das pessoas são escolhas de caráter extremo, sem levar em consideração outras possibilidades, fazendo que a resolução de problemas seja limitada.

Para melhor entendimento sobre a tomada de decisão, foram realizadas pesquisas onde um dos testes usados para avaliar o raciocínio humano, o cientista apresentou 3 cores para 400 pessoas: branco, azul e preto a serem associados. Tendo como resultado que 98% das pessoas associaram o branco ao preto, demonstrando que as pessoas são condicionadas a ideias duais, de extremidades e oposição (Srour, 2022; 2023).

Vale frisar que a aplicação do Diagrama de Hassan irá auxiliar em todas as análises de qualquer situação ou conhecimento, visando a melhor tomada de decisão e resolução de problemas.

Com essa perspectiva, destaca-se a aplicação em várias áreas do conhecimento, conforme estudos já publicados: neurociências, saúde coletiva, direito, ciências e tecnologia. Porém, o seu uso ultrapassa os conhecimentos citados, tendo em vista a modificação da análise condicionante do dualismo.

O Diagrama de Hassan também pode se mostrar eficaz na educação, como por exemplo, ser utilizado para ensinar conceitos complexos de maneira mais acessível e interativa. Além disso, em ambientes corporativos, facilita a visualização de estratégias e processos, promovendo uma melhor comunicação e alinhamento entre equipes.

Contudo, no contexto da educação, ao desafiarmos a mentalidade dualista tradicional e introduzir a perspectiva de três ou mais possibilidades, a Teoria da Trilidade abre um leque de oportunidades para aprimorar o ensino e a aprendizagem.

Nesse sentido, o Diagrama de Hassan emerge como uma ferramenta valiosa para visualizar e compreender os princípios subjacentes à Teoria da Trilidade. Através de sua representação gráfica, o diagrama facilita a compreensão dos diferentes níveis de análise e das relações complexas que permeiam o processo educacional.

Assim, ele oferece uma representação visual abstrata da Teoria da Trilidade, permitindo que educadores, estudantes e pesquisadores compreendam seus princípios de forma mais intuitiva e acessível. Através de símbolos e cores que podem ser adaptados, o diagrama transmite relações complexas de maneira clara e concisa, facilitando a internalização dos conceitos e a aplicação prática da teoria.

Além disso, serve como um catalisador para a reflexão crítica e a discussão construtiva sobre os princípios da teoria. Ao utilizá-lo como base para debates e atividades em sala de aula, educadores podem estimular o pensamento crítico dos alunos, promover a compreensão profunda dos conceitos e fomentar a colaboração entre pares.

Contudo, ele facilita a tradução dos princípios da Teoria da Trilidade para práticas educacionais concretas. Ao visualizar as diferentes perspectivas e níveis de análise, educadores podem desenvolver estratégias pedagógicas inovadoras que integrem a teoria de forma eficaz em seus currículos, atividades e métodos de avaliação.

Não é novidade que instrumentos como tais facilitam o ensino e a didática para transmitir uma ideia, mensagem, conceito e a condensação de um conhecimento para melhor exploração de um tema. Para Nesbit e Adesope (2006), “os mapas conceituais estão associados ao aumento da retenção de conhecimento em diversas áreas acadêmicas, com tamanhos de efeito pequenos a grandes, dependendo do método e do tratamento de comparação”.

Entretanto, para Miller et al. (2016), “ensinar aos alunos de ciências do ensino médio sobre as convenções de diagramas (COD) como um aquecimento em sala de aula por 10 semanas melhora significativamente seu raciocínio diagramático e seu envolvimento na aprendizagem de conteúdo científico”.

Ainda sobre ensino e educação, “o mapeamento conceitual pode melhorar a qualidade do ensino, transformando o conhecimento abstrato em representações visuais concretas, facilitando a aprendizagem significativa e compartilhando conhecimento especializado entre professores e alunos” (Hay et al., 2008).

De todo modo, o Diagrama de Hassan se configura como uma ferramenta essencial para a compreensão e aplicação da teoria no campo da educação. Sua representação visual, a articulação de diferentes níveis de análise e a explicitação das relações complexas entre os elementos da teoria contribuem para a internalização dos conceitos, a reflexão crítica e a implementação prática da mesma.

Por fim, e sem pretensão de esgotar o tema, através do diagrama, educadores, estudantes e pesquisadores podem explorar o potencial transformador da Teoria da Trilidade para modificar a visão do ensino e a aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de indivíduos críticos, criativos e preparados para os desafios do século XXI.

Isso demonstra que o diagrama não é somente uma ferramenta de análise, e sim um recurso valioso para a inovação e eficiência em diversos contextos, bem como a educação, sendo esta a base mais importante para o avanço de uma sociedade tão desigual como a brasileira.

Portanto, o uso desse tipo de recurso associado à Teoria da Trilidade, conforme vem demonstrando no meio científico, representa uma evolução cerebral de uma população condicionada há séculos por um pensamento limitado, contrário, extremo e de oposição.

CONCLUSÃO

Este estudo ressaltou a importância dos diagramas na compreensão e comunicação de informações complexas, baseando-se na Teoria da Trilidade e no raciocínio humano. A teoria propõe uma abordagem que vai além do pensamento dualista tradicional, oferecendo uma visão mais ampla e flexível do raciocínio.

O Diagrama de Hassan mostrou-se eficaz para visualizar de forma clara as diversas possibilidades de análise, tomada de decisão e resolução de problemas, superando as limitações das escolhas extremas que restringem as ações humanas e o desenvolvimento do conhecimento.

Os diagramas revelaram-se ferramentas valiosas em várias áreas, incluindo as neurociências, ao facilitar a compreensão e a comunicação visual dos processos cognitivos. Essa abordagem promove uma resolução de problemas mais integrada e inovadora, especialmente no contexto da investigação neurocientífica.

A aplicação do Diagrama de Hassan pode transformar a análise e a tomada de decisões, fornecendo um recurso versátil para explorar novas possibilidades de raciocínio e superar as limitações do pensamento dualista.

Embora a Teoria da Trilidade seja relativamente nova, é necessário realizar mais estudos para compreender melhor sua aplicabilidade em metodologias de pesquisa neurocientífica e seu impacto em outras áreas do conhecimento.

Em suma, este estudo destacou a importância da análise visual por meio de diagramas, e demonstrou como a perspectiva trilítica pode oferecer uma visão inovadora do raciocínio humano, proporcionando uma maior ampliação de qualquer situação e abrindo novas possibilidades para a pesquisa e aplicação em neurociências.

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1Médico, Fisioteraupeuta, Neurocientista, Mestre em ciências veterinárias (anatomia comparada) UFU. Doutor em ciências da saúde coletiva-Florida-EUA (Teoria da trilidade e o raciocinio humano), coordenador do curso de Medicina da Faculdade Medicina de Uberlândia (Fameu), professor de Neurologia e Semiologia médica.
anatomia.humana@hotmail.com
https://orcid.org/0009-0005-7198-3336.