REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412041249
Thaís Fernandes Machado
Orientadora: Profª. Dra. Luciana Aleixo Santos de Melo
Coorientador: Prof. MSc. Jorge Alberto Carrazana Maya
RESUMO
Mesiodens são o tipo mais comum de dentes supranumerários, localizados na linha média da maxila, entre os dois incisivos centrais superiores. A sua presença pode ensejar uma série de complicações na cavidade oral, como o deslocamento dos dentes adjacentes. São predominantes na dentição permanente e em pacientes do gênero masculino. O objetivo deste estudo foi relatar a exodontia de mesiodens em paciente adulto. Paciente J.L.S, gênero masculino, leucoderma, 38 anos, compareceu à Clínica Integrada II da Faculdade do Amazonas – IAES com queixa de “um dente estranho”. Após a realização de exames clínicos e de imagem, constatou-se a presença de dente supranumerário do tipo mesiodens. O tratamento proposto foi a remoção cirúrgica do elemento. Conclui-se que, embora tardiamente, a exodontia do mesiodens realizou-se sem complicações e o paciente se encontra apto para o tratamento ortodôntico.
Palavras–chave: Dente Supranumerário. Maxila. Cirurgia Bucal.
ABSTRACT
Mesiodens are the most common type of supernumerary teeth, located in the midline of the maxilla, between the two upper central incisors. Its presence can mean a series of complications in the oral cavity, such as the displacement of adjacent teeth. They are predominant in permanent dentition and in male patients. The objective of this study was to report mesiodens extraction in an adult patient. Patient J.L.S, male, Caucasian, 38 years old, attended the Integrated Clinic II of Faculdade do Amazonas – IAES complaining of “a strange tooth”. After clinical and imaging examinations, the presence of a supernumerary tooth of the mesiodens type was confirmed. The proposed treatment was surgical removal of the element. It is concluded that, although late, mesiodens extraction occurred without complications and the patient is ready for orthodontic treatment.
Keywords: Supernumerary Tooth. Jaw. Oral Surgery.
1. INTRODUÇÃO
As alterações de desenvolvimento dentários são frequentes e as principais estão relacionadas ao número, tamanho, forma ou estrutura. No que concerne à variação de número, a hipodontia consiste na ausência de um ou mais elementos e a hiperdontia corresponde a presença de um ou mais elementos além da quantidade padrão existente.1,2,10,15-18
A dentição decídua é composta por 20 elementos e a dentição permanente por 32 elementos. Elementos que excedem essas quantidades são denominados supranumerários e podem se apresentar de forma isolada ou múltipla, na maxila ou na mandíbula, ou em ambas as arcadas.
Quando os dentes supranumerários estão presentes na dentição decídua, recebem o nome de suplementares. Quando estão presentes na dentição permanente, são denominados rudimentares. Os elementos suplementares são semelhantes em tamanho e forma aos dentes naturais. Os rudimentares, por sua vez, apresentam formas incomuns e dimensões mais reduzidas.
Os dentes supranumerários podem ainda ser classificados como mesiodens, quando estão localizados entre os dois incisivos centrais, na linha média da maxila; paramolares, quando se apresentam adjacentes aos molares; ou distomolares, quando estão localizados na região distal dos últimos molares. O mesiodens é tipo de supranumerário mais frequente. 1-20
De acordo com a literatura evidenciada em muitos estudos, a prevalência de supranumerários na população em geral varia entre 0,1% a 3,8%.1-8,12-15,17-19 É mais frequente na dentição permanente do que na dentição decídua.1,3,5,9,11,17,18 A apresentação de forma isolada, na região anterior da maxila, como mesiodens, é a forma mais comumente encontrada. 1-3,5,6,8,10,11,16,18-20 Em relação ao gênero, é mais comum nos indivíduos do sexo masculino. 1-7,9,11,12,14-16,18,19
Quanto à etiologia dos mesiodens, existem diversas teorias que procuram explicar essa hiperdontia. A teoria do atavismo atribui esta anomalia ao reaparecimento de uma condição ancestral. A teoria da dicotomia defende que a divisão do broto dentário ensejaria a formação de dois novos elementos. Por sua vez, a teoria mais aceita é da hiperatividade da lâmina dental cuja proliferação exagerada poderia resultar na formação de dente supranumerário. Ademais, a doutrina e muitos estudos asseveram que fatores genéticos podem ser um dos fatores mais atuantes para a presença de mesiodens. 1,3-7,10,12,13,15,16
Além disso, dentes supranumerários podem estar presentes em pacientes com desordens sistêmicas, como displasia cleidocraniana, síndrome de Rothmund-Thomson, lábio leporino, fenda palatina, Síndrome de Gardner e Síndrome Oral-Facial-Digital.3-5,7,12
O diagnóstico de mesiodens é realizado com exames clínicos e de imagem. 2-7,9,10,12-16,18-20 Destaca-se que exames de tomografia permitem uma análise mais precisa quanto ao posicionamento e proximidade do mesiodens com as estruturas adjacentes, o que permite um planejamento de tratamento mais eficiente e adequado.
A presença de mesiodens pode causar complicações nos dentes adjacentes como: atraso na erupção, deslocamento, rotação, apinhamento, impactação, diastema e reabsorção radicular; assim como pode resultar na formação de cistos, na comunicação com o canal nasopalatino ou com o assoalho nasal.1-20 Por estes motivos, na maioria dos casos, a exodontia é a principal escolha de tratamento. 1-2,5,8,9,12,18
O objetivo deste estudo foi relatar um caso clínico de remoção cirúrgica de mesiodens em paciente adulto.
2. RELATO DE CASO
O paciente J.L.S, do gênero masculino, leucoderma, de 38 anos, compareceu à Clínica Integrada II da Faculdade do Amazonas – IAES com queixa de “um dente estranho” na arcada superior que acarretava desconforto e constrangimento. Na anamnese, não foi relatada a presença de doença sistêmica.
No exame clínico intraoral, observou-se a presença de elemento supranumerário do tipo mesiodens (Figura 1). Na oportunidade, solicitou-se a realização de radiografia panorâmica para avaliação geral das arcadas superior e inferior (Figura 2), bem como a realização de tomografia computadorizada da maxila com a finalidade de avaliar a posição, o tamanho e a proximidade do mesiodens com as estruturas nobres adjacentes (Figuras 7-9).
Realizados os exames de imagem, verificou-se que além do mesiodens, o elemento canino 23 encontrava-se incluso e posicionado próximo aos elementos incisivos central e lateral, 21 e 22, respectivamente (Figuras 8 e 9).
O tracionamento ortodôntico do elemento 23 foi proposto ao paciente, mas por razões financeiras não foi aceito. Por tal motivo, com o fito de evitar a reabsorção óssea do elemento 21, foi proposto ao paciente foi a exodontia do elemento mesiodens e do elemento incluso 23.
O paciente foi instruído quanto ao procedimento cirúrgico, autorizou o plano de tratamento proposto e aceitou participar voluntariamente com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo A) e da autorização de uso de imagem (Anexo B).
A cirurgia para a exodontia do elemento mesiodens e do incluso 23 foi realizada na clínica da Especialização em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do IAES.
Iniciou-se com a paramentação do cirurgião-dentista e auxiliar, seguida pela montagem da mesa cirúrgica e preparação do paciente.
Realizou-se a anestesia local com o uso do anestésico Articaína a 4% com epinefrina 1:100.000. As técnicas anestésicas adotadas foram: bloqueio do nervo alveolar superior anterior (Figura 10), do nervo nasopalatino (Figura 11) e infiltrativa nos tecidos próximos ao elemento para possibilitar a vasoconstrição da região e reduzir o fluxo sanguíneo durante a cirurgia.
Em seguida, realizou-se o descolamento mucoperiosteal com descolador de Molt nº. 9 (Golgran) (Figura 12). Em continuidade, realizou-se uma incisão semilunar com lâmina de bisturi nº. 15 acima dos ápices dentários e distante das papilas dos elementos 21 e 22 (Figura 13).
Finalizada essa etapa, iniciou-se a luxação do elemento com o uso de alavancas apicais seldin reta nº 2 (Quinelato) e angulada nº 1R (Quinelato). O elemento foi avulsionado com o uso da alavanca seldin angulada citada e da pinça crile reta (Quinelato), pela via vestibular (Figuras 14 e 15).
Realizada a avulsão do elemento mesiodens, realizou-se a exodontia do elemento incluso 23, através do descolamento mucoperiosteal da região anterior da palatina com descolador de Molt nº. 9 (Golgran) (Figura 16), a osteotomia (Figura 17) e a odontosecção do elemento, com as brocas esférica cirúrgica nº. 8 (Microdont) e zekrya (Microdont), respectivamente. O elemento foi avulsionado com alavanca tipo apexo nº 302 (Golgran) e foi utilizada esponja hemostática (Hemospon/Maquira) para melhor hemostasia e cicatrização. (Figuras 18 e 19).
Por conseguinte, foi realizada a síntese com o reposicionamento dos tecidos e a sutura com fios de nylon 3.0. (Procare) proporcionando a devida estabilidade para favorecer a hemostasia e a regeneração tecidual.
Foi prescrito ao paciente: o antibiótico Amoxicilina 500mg, o anti-inflamatório esteroidal Dexametasona 4mg e analgésico Dipirona 500mg. O paciente foi informado sobre os cuidados pós-operatórios e foi agendada a consulta para a remoção das suturas.
Após 3 meses da realização da cirurgia, observou-se a recuperação dos tecidos e estruturas adjacentes. Verificou-se, ainda, que, apenas com a remoção do mesiodens, houve uma regressão da giroversão dos incisivos centrais e redução do diastema. Consigna-se que o paciente foi orientado quanto à necessidade do tratamento ortodôntico para o devido alinhamento e correção do posicionamento dos elementos dentários.
3. DISCUSSÃO
Os estudos publicados confirmam que o tipo de supranumerário mais comum é o mesiodens.1-16,18,20 O caso clínico em tela trata-se, assim, do tipo de supranumerário mais usualmente diagnosticado.
Lyra et al. (2022) 5 relata que o mesiodens é mais frequente na dentição permanente. Alarcon et al. (2022)6 destaca que os mesiodens são cerca de duas vezes mais comuns em homens do que em mulheres. Verifica-se que a predominância pela dentição permanente1,3,5,9,-11 e pelo gênero masculino1-7,9,11,12,14-19 também são características demasiadamente citadas na literatura e nos estudos e foram igualmente identificadas no caso clínico apresentado.
Nos mesiodens, a erupção parcial é uma das complicações mais encontradas.2-4,6,7,11,15 Ressalta Marchetti et al. (2015)3 que os mesiodens irrompem naturalmente, mas normalmente eles permanecem impactados ou entram em erupção em uma posição invertida. Elucida Dias et al. (2019)4 que as sequelas mais comuns relacionadas ao mesiodens são impactações (prevalência de 26 a 52%). Na mesma esteira, no caso clínico em estudo, o mesiodens apresentou-se parcialmente erupcionado e impactado.
Neville et al. (2019)1 enfatiza que consequências do tratamento tardio podem incluir erupção retardada, mudança de posição dos dentes em áreas de apinhamento, dilaceração, maloclusão, formação de diastemas ou erupção ectópica na cavidade nasal.
Do mesmo modo, Barham et al. (2022) 7 relata que a presença de mesiodens pode levar a várias complicações estéticas ou clínicas se não for detectada e tratada precocemente.
Verifica-se que o tratamento tardio, no caso clínico apresentado, resultou na alteração de posição dos dentes adjacentes que se apresentavam com giroversão e diastema entre eles, corroborando, assim, com a literatura e as pesquisas que destacam essas complicações na presença de mesiodens. 1-20
No que concerne a possível etiologia do mesiodens do caso clínico relatado, informa-se que o paciente relatou ausência de doenças sistêmicas e ausência de familiares com diagnóstico de hiperdontia. Embora fatores genéticos e desordens sistêmicas sejam condições que se destacam na presença de supranumerários, há postulados que defendem que a etiologia da hiperdontia é multifatorial e suas causas ainda não estão devidamente esclarecidas1-9,12-17.
Sobre o tratamento, Dias et al. (2019)4 assevera que os mesiodens podem causar danos irreversíveis aos dentes adjacentes como reabsorções radiculares, portanto, o diagnóstico e a intervenção precoce evitam e minimizam danos estéticos, funcionais e patológicos.
Alarcon et al. (2022)6 também recomenda extrair o mesiodens na dentição mista precoce, o que pode reduzir a necessidade de tratamentos ortodônticos.
De fato, o caso clínico em estudo foi diagnosticado e o tratamento foi realizado na fase adulta do paciente – destoando, assim, do momento considerado ideal para intervenção de acordo com os estudos citados.
Todavia, verifica-se que, embora, tardiamente, foi possível a exodontia do mesiodens sem prejuízo de estruturas nobres adjacentes, evitando a reabsorção radicular de raízes, formação de cistos, favorecendo a higienização e a estética do sorriso do paciente. Destaca-se que, ainda que discreta, foi possível observar uma redução do diastema e da giroversão dos incisos centrais. Ademais, o paciente encontra-se apto para iniciar tratamento ortodôntico, quando assim o decidir.
4. CONCLUSÃO
Resta evidente que a presença de mesiodens pode ensejar muitas complicações na cavidade oral e, por este motivo, seu diagnóstico e tratamento precoce são ideais para evitar ou minimizar o prejuízo aos dentes adjacentes e às estruturas nobres vizinhas. O caso clínico apresentado obteve êxito, pois a queixa apresentada pelo paciente foi solucionada e a exodontia proposta foi realizada de forma exitosa.
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