Nova Fisio, Revista Digital. Rio de Janeiro, Brasil, Ano 15, nº 83, Novembro/Dezembro de 2011.
http://www.novafisio.com.br
http://www.novafisio.com.br
Exercícios pliométricos para membros inferiores aplicados através de circuitos em pacientes do gênero feminino com idades cronológicas entre 40 e 70 anos
Plyometrics exercises for lower applied through on circuits female patients with chronological ages between 40 and 70 years
Rodrigo Silva Perfeito*
* Fundador, Professor e Fisioterapeuta do Instituto FisArt (www.fisart.com.br)
Pós Graduando em Educação Física Escolar – UERJ
Graduado em Educação Física – Licenciatura – UERJ
Graduando em Educação Física – Bacharelado – UERJ
Graduado em Fisioterapia – FRASCE
Pós Graduando em Educação Física Escolar – UERJ
Graduado em Educação Física – Licenciatura – UERJ
Graduando em Educação Física – Bacharelado – UERJ
Graduado em Fisioterapia – FRASCE
Revisado por: Rodrigo Silva Perfeito (rodrigosper@yahoo.com.br)
Nova Fisio, Revista Digital. Rio de Janeiro, Brasil, Ano 15, nº 83, Novembro/Dezembro de 2011.
http://www.novafisio.com.br
Resumo
Tal estudo tem como objetivo investigar a resposta temporal, resistência à fadiga e ação telemétrica diante de exercícios pliométricos para membros inferiores aplicados através de circuitos numa amostra de 10 (dez) indivíduos, do gênero feminino, com idades cronológicas entre 40 (quarenta) e 70 (setenta) anos, matriculados em uma clínica de fisioterapia situada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Na primeira etapa do estudo, os exercícios pliométricos foram aplicados 2 (duas) vezes na semana, durante 30 (trinta) dias, e em seguida, ocorram as coletas de dados referentes aos exercícios, que incidiram no primeiro e último dias. Numa segunda etapa do estudo, ocorreu a analise dos dados coletados, presenciando-se ao final dos 30 dias de treino: a diminuição do tempo gasto para se realizar o circuito, maior precisão dos movimentos, não esbarrando nos obstáculos, aumento da prontidão durante os treinos e diminuição da Freqüência Cardíaca (FC) pós-treinamento. O somatório de todas as mensurações apontadas sugere a melhora do condicionamento físico e da lesão, determinando assim, a possibilidade de encaminhamento do paciente para outro profissional da saúde, o professor de Educação Física.
Palavras chave: Pliometria, Membros Inferiores, Fisioterapia.
Abstract
This study aims to investigate the temporal response, fatigue resistance and action on telemetry of plyometric exercises for lower applied through circuits in a sample of 10 (ten) individuals, females, with chronological ages between forty (40) and 70 (seventy) years, enrolled in a physical therapy clinic located in the northern city of Rio de Janeiro. In the first stage of the study, plyometric exercises were applied 2 (two) times a week for 30 (thirty) days, and then occurs the collection of data for the exercises, which involved the first and last days. In the second stage of the study was the analysis of data collected, is witnessing the end of 30 days of training: reducing the time required to complete the circuit, more precise movements, not bumping into obstacles, increased readiness during the training and decreased heart rate (HR) post-training. The sum of all the measurements indicated suggests the improvement in physical conditioning and injury, thereby determining the possibility of referring patients to another health professional, the physical education teacher.
Keywords: Plyometrics, Lower Limbs, Physiotherapy.
Introdução
Segundo Delazeri et al. (2008) a pliometria é um conjunto de exercícios que visa o alongamento da musculatura seguida de uma contração concêntrica rápida. Durante esse alongamento e encurtamento, a musculatura acumula energia que posteriormente será utilizada para realizar o movimento na fase concêntrica da contração muscular.
Para Rossi e Brandalize (2007), pliometria é uma manobra utilizada para aumentar a potência muscular dos atletas e muito importante para prevenção e reabilitação em lesões. Através dos exercícios pliométricos, é possível a ativação do ciclo de contração da musculatura excêntrico-concêntrico, provocando assim, uma potencialização da biomecânica do movimento, de sua ação elástica e de sua ação reflexa. Em seus estudos, sugerem que o treino pliométrico melhora a ação motora do movimento de 25% a 45%. Dessa forma, acelera a recuperação dos pacientes submetidos ao tratamento através desta ferramenta. Isto ocorre devido à fonte energética fornecida pelo armazenamento e recuperação da energia elástica inseridos no ciclo de contração excêntrico-concêntrico, fazendo com que o movimento seja feito de forma potencializada e mais econômica no que diz respeito ao gasto energético.
De acordo com estudos de Lopez et al. (2009), quatro semanas de treino são suficientes para ganhos significativos no desempenho dos próprios exercícios pliométricos e em movimentos do dia a dia, principalmente nos de saltos e marcha. Essa informação explica o rápido condicionamento físico conseguido em pouco tempo de treino por atletas e pacientes que aderem essa modalidade de treino ou tratamento. Já Bittencourt et al. (2009) diz que bastaram sete dias de treinamento com exercícios pliométricos em jovens atletas de vôlei, para que os mesmos melhorassem seu desempenho no esporte e diminuíssem o quadro de lesões em joelho durante a temporada do campeonato de vôlei, agindo assim, como uma ferramenta de prevenção de lesões por esforços repetitivos.
Embasado pelo referencial teórico contido nesse trabalho, foi realizado um estudo de caso objetivando analisar os possíveis efeitos dos exercícios pliométricos de forma descritiva, qualitativa e quantitativa. Tais exercícios foram aplicados em 10 (dez) pacientes, proporcionando a analise do movimento e de algumas variáveis. As atividades foram realizadas em modelo de circuito para membros inferiores durante 30 (trinta) dias, duas vezes na semana, procurando investigar se esse tempo era suficiente para melhorar o condicionamento físico, o equilíbrio, o estado de prontidão durante e após os exercícios, a relação temporal gastas na realização dos movimentos e a qualidade motora.
Existem pouquíssimas literaturas brasileiras que falam dos exercícios pliométricos como ferramenta de tratamento ou prevenção. Dessa forma, esse trabalho tem sua realização viável, devido ao pequeno índice de estudos que relatam os efeitos dos exercícios pliométricos como tratamento ao grande número de lesões que acometem os membros inferiores, principalmente em indivíduos do gênero feminino e após o período de menopausa. Período esse que segundo Paiva et al. (2003), a mulher sofre diversas alterações hormonais, como baixa do estrogênio e progesterona e aumento significativo de lesões, como as quedas seguidas de fratura devido a osteoporose.
A aplicação dos exercícios, segundo o referencial teórico utilizado e resultados coletados em pesquisa de campo, influencia diretamente na diminuição do tempo de tratamento, ajudando a proporcionar um melhor estilo de vida para o paciente. No futuro isto refletirá em melhores Atividades de Vida Diárias (AVD´s) e um paciente reinserido na sociedade de forma mais qualitativa e em menor tempo de tratamento.
Para Rossi e Brandalize (2007), pliometria é uma manobra utilizada para aumentar a potência muscular dos atletas e muito importante para prevenção e reabilitação em lesões. Através dos exercícios pliométricos, é possível a ativação do ciclo de contração da musculatura excêntrico-concêntrico, provocando assim, uma potencialização da biomecânica do movimento, de sua ação elástica e de sua ação reflexa. Em seus estudos, sugerem que o treino pliométrico melhora a ação motora do movimento de 25% a 45%. Dessa forma, acelera a recuperação dos pacientes submetidos ao tratamento através desta ferramenta. Isto ocorre devido à fonte energética fornecida pelo armazenamento e recuperação da energia elástica inseridos no ciclo de contração excêntrico-concêntrico, fazendo com que o movimento seja feito de forma potencializada e mais econômica no que diz respeito ao gasto energético.
De acordo com estudos de Lopez et al. (2009), quatro semanas de treino são suficientes para ganhos significativos no desempenho dos próprios exercícios pliométricos e em movimentos do dia a dia, principalmente nos de saltos e marcha. Essa informação explica o rápido condicionamento físico conseguido em pouco tempo de treino por atletas e pacientes que aderem essa modalidade de treino ou tratamento. Já Bittencourt et al. (2009) diz que bastaram sete dias de treinamento com exercícios pliométricos em jovens atletas de vôlei, para que os mesmos melhorassem seu desempenho no esporte e diminuíssem o quadro de lesões em joelho durante a temporada do campeonato de vôlei, agindo assim, como uma ferramenta de prevenção de lesões por esforços repetitivos.
Embasado pelo referencial teórico contido nesse trabalho, foi realizado um estudo de caso objetivando analisar os possíveis efeitos dos exercícios pliométricos de forma descritiva, qualitativa e quantitativa. Tais exercícios foram aplicados em 10 (dez) pacientes, proporcionando a analise do movimento e de algumas variáveis. As atividades foram realizadas em modelo de circuito para membros inferiores durante 30 (trinta) dias, duas vezes na semana, procurando investigar se esse tempo era suficiente para melhorar o condicionamento físico, o equilíbrio, o estado de prontidão durante e após os exercícios, a relação temporal gastas na realização dos movimentos e a qualidade motora.
Existem pouquíssimas literaturas brasileiras que falam dos exercícios pliométricos como ferramenta de tratamento ou prevenção. Dessa forma, esse trabalho tem sua realização viável, devido ao pequeno índice de estudos que relatam os efeitos dos exercícios pliométricos como tratamento ao grande número de lesões que acometem os membros inferiores, principalmente em indivíduos do gênero feminino e após o período de menopausa. Período esse que segundo Paiva et al. (2003), a mulher sofre diversas alterações hormonais, como baixa do estrogênio e progesterona e aumento significativo de lesões, como as quedas seguidas de fratura devido a osteoporose.
A aplicação dos exercícios, segundo o referencial teórico utilizado e resultados coletados em pesquisa de campo, influencia diretamente na diminuição do tempo de tratamento, ajudando a proporcionar um melhor estilo de vida para o paciente. No futuro isto refletirá em melhores Atividades de Vida Diárias (AVD´s) e um paciente reinserido na sociedade de forma mais qualitativa e em menor tempo de tratamento.
Materiais e Método
Foram selecionados, de forma aleatória, 10 (dez) pacientes do gênero feminino, com idades cronológicas compreendidas entre 40 (quarenta) e 70 (sessenta) anos, matriculados numa clínica de fisioterapia situada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, que necessariamente deveriam ser sedentários.
Após seleção dos indivíduos, estes foram submetidos ao treinamento e tratamento através dos exercícios pliométricos em circuito para Membros Inferiores por 30 dias, 2 (duas) vezes na semana, a fim de verificar seu grau de evolução. Abaixo, temos uma representação dos exercícios:
Após seleção dos indivíduos, estes foram submetidos ao treinamento e tratamento através dos exercícios pliométricos em circuito para Membros Inferiores por 30 dias, 2 (duas) vezes na semana, a fim de verificar seu grau de evolução. Abaixo, temos uma representação dos exercícios:
Circuito de Exercícios:
1 – Cinco agachamentos com auxílio do espaldar;
2 – Sentar no banco, desamarrar os dois cadarços, amarrá-los e se levantar;
3 – Realizar corrida em linha reta de 10 metros;
4 – Realizar corrida em ziguezague por 5 metros com auxílio de cones;
5 – Realizar 5 saltos seguidos de agachamentos;
2 – Sentar no banco, desamarrar os dois cadarços, amarrá-los e se levantar;
3 – Realizar corrida em linha reta de 10 metros;
4 – Realizar corrida em ziguezague por 5 metros com auxílio de cones;
5 – Realizar 5 saltos seguidos de agachamentos;
Obs: os exercícios foram realizados sem intervalos de uma estação para a outra. Os mesmos foram executados por todos os 10 (dez) pacientes, antes, durante e após a temporada de treino. Foi preconizada a proximidade da perfeição dos exercícios, mesmo que em velocidade próxima a total do paciente.
No primeiro dia de exercícios, após realização do circuito, ocorreu a mensuração das seguintes variáveis: o tempo de execução, ou seja, a relação temporal gasta na realização dos exercícios, a precisão dos movimentos, sua prontidão, a Freqüência cardíaca (FC) e, de uma forma geral, o seu grau de capacidade de evolução. Este mesmo procedimento ocorreu após realização dos exercícios do último dia de treinamento. Deste modo, foram obtidas informações que detalharam todo processo de evolução do paciente, comparados o primeiro dia de exercícios com o último.
Para coleta de tais medidas, foram utilizados os seguintes mecanismos:
Para coleta de tais medidas, foram utilizados os seguintes mecanismos:
Tempo total do circuito: verificado através de cronômetro de relógio monitor cardíaco da marca Polar Ft2.
Precisão dos movimentos realizados no circuito: verificado através da inspeção.
Prontidão antes, durante e após o circuito: verificado através da inspeção.
Freqüência cardíaca: medido logo após a realização de todo o circuito através de relógio monitor cardíaco da marca Polar Ft2.
Por último, foi atribuída uma nota geral de acordo com o desempenho do paciente durante o circuito.
Precisão dos movimentos realizados no circuito: verificado através da inspeção.
Prontidão antes, durante e após o circuito: verificado através da inspeção.
Freqüência cardíaca: medido logo após a realização de todo o circuito através de relógio monitor cardíaco da marca Polar Ft2.
Por último, foi atribuída uma nota geral de acordo com o desempenho do paciente durante o circuito.
Foram utilizados para o auxílio dos exercícios os seguintes instrumentos e equipamentos:
– Relógio monitor cardíaco da marca Polar Ft2;
– Espaldar;
– Banco de madeira;
– Cones de plástico;
– Espaldar;
– Banco de madeira;
– Cones de plástico;
O procedimento de coleta de dados comparativo entre o primeiro e último dias de treinamento nos possibilita ter em mãos dados que caracterizam a melhora, de uma forma geral, do paciente.
Resultados
Através da análise e comparação dos dados colhidos antes e após o treinamento dos exercícios pliométricos de Membros Inferiores contidos em circuito, ocorreram os seguintes fatos:
100% dos participantes diminuíram o tempo gasto ao realizar os circuitos, evidenciando a melhora temporal diante dos exercícios;
40% dos participantes mantiveram a qualidade da precisão dos movimentos, enquanto 60% melhoraram neste aspecto;
30% dos participantes mantiveram a qualidade da prontidão antes, durante e após os exercícios, enquanto 70% melhoraram esta característica;
90% dos participantes diminuíram a Freqüência Cardíaca pós circuito, enquanto 10% aumentaram;
30% dos participantes mantiveram sua nota geral qualitativa e quantitativa em relação aos exercícios pliométricos, enquanto 70% melhoraram sua nota;
100% dos participantes diminuíram o tempo gasto ao realizar os circuitos, evidenciando a melhora temporal diante dos exercícios;
40% dos participantes mantiveram a qualidade da precisão dos movimentos, enquanto 60% melhoraram neste aspecto;
30% dos participantes mantiveram a qualidade da prontidão antes, durante e após os exercícios, enquanto 70% melhoraram esta característica;
90% dos participantes diminuíram a Freqüência Cardíaca pós circuito, enquanto 10% aumentaram;
30% dos participantes mantiveram sua nota geral qualitativa e quantitativa em relação aos exercícios pliométricos, enquanto 70% melhoraram sua nota;
A seguir, os resultados representados através de gráficos:
Tempo gasto ao realizar o circuito: 100% diminuíram seu tempo de execução.
Qualidade de precisão dos movimentos: 60% melhoraram sua conduta motora.
Qualidade da prontidão antes, durante e após os exercícios: 70% melhoraram esta característica.
90% dos participantes diminuíram a Frequência Cardíaca pós circuito.
70% dos participantes melhoraram sua nota geral qualitativa e quantitativa em relação aos exercícios pliométricos.
Discussão e Sugestões
Diante da análise e reflexão dos dados contidos nos resultados, é perceptível que uma grande parcela dos pacientes diminuiu seu tempo de execução durante o circuito de exercícios pliométricos para Membros Inferiores, o que sugere a melhora geral de todas as variáveis destacadas. Essa evolução concebe também um melhor estado de condicionamento físico, fato importantíssimo para um melhor estilo de vida em sociedade.
Assim como o tempo de execução, houve bons resultados em relação à prontidão tanto aos comandos quanto a explicação antes, durante e após os exercícios. Isto ocorre, pois quanto mais treinado é o movimento ou ação, maior facilidade cognitiva de entender o movimento e seus comandos devido ao engrama motor já estabelecido. Sendo assim, em paralelo às atividades sociais, o risco de acidentes durante as AVD´s quando ocorre o treinamento, diminui consideravelmente.
A Freqüência Cardíaca (FC) após o período de treinamento também diminuiu. Isto pode ser considerado um indicativo para melhora do condicionamento físico e principalmente cardíaco. Doenças cardíacas estão intimamente ligadas ao sedentarismo, problemas cardíacos pré instalados e ao fraco condicionamento físico, que neste caso, foi apurado pela mensuração da FC.
Portando tais dados, é possível concluir que os exercícios pliométricos aplicados através de circuito em indivíduos do gênero feminino, com idades cronológicas compreendidas entre quarenta e setenta anos, com trinta dias de treinamento e freqüência semanal de dois dias, são benéficos tanto para a prevenção de doenças cardíacas, melhora da performance em AVD´s, melhora da auto-estima e, principalmente, funciona como uma relevante ferramenta para a aceleração da transição do estado lesivo para o não lesivo de um paciente.
Existem escassos estudos científicos brasileiros que descrevem os exercícios pliométricos como uma ferramenta de tratamento ou prevenção de lesões. Os poucos encontrados se resumem a relatar a melhora do condicionamento físico ou características semelhantes. Dessa maneira, há a necessidade de explorar e pesquisar sobre os benefícios dos exercícios pliométricos como ferramenta de tratamento para lesões. Diante disto, sugerimos a confecção de novos estudos ainda mais aprofundados com relação aos benefícios que a pliometria pode trazer aos pacientes portadores de diversas patologias ou desconformidades.
Assim como o tempo de execução, houve bons resultados em relação à prontidão tanto aos comandos quanto a explicação antes, durante e após os exercícios. Isto ocorre, pois quanto mais treinado é o movimento ou ação, maior facilidade cognitiva de entender o movimento e seus comandos devido ao engrama motor já estabelecido. Sendo assim, em paralelo às atividades sociais, o risco de acidentes durante as AVD´s quando ocorre o treinamento, diminui consideravelmente.
A Freqüência Cardíaca (FC) após o período de treinamento também diminuiu. Isto pode ser considerado um indicativo para melhora do condicionamento físico e principalmente cardíaco. Doenças cardíacas estão intimamente ligadas ao sedentarismo, problemas cardíacos pré instalados e ao fraco condicionamento físico, que neste caso, foi apurado pela mensuração da FC.
Portando tais dados, é possível concluir que os exercícios pliométricos aplicados através de circuito em indivíduos do gênero feminino, com idades cronológicas compreendidas entre quarenta e setenta anos, com trinta dias de treinamento e freqüência semanal de dois dias, são benéficos tanto para a prevenção de doenças cardíacas, melhora da performance em AVD´s, melhora da auto-estima e, principalmente, funciona como uma relevante ferramenta para a aceleração da transição do estado lesivo para o não lesivo de um paciente.
Existem escassos estudos científicos brasileiros que descrevem os exercícios pliométricos como uma ferramenta de tratamento ou prevenção de lesões. Os poucos encontrados se resumem a relatar a melhora do condicionamento físico ou características semelhantes. Dessa maneira, há a necessidade de explorar e pesquisar sobre os benefícios dos exercícios pliométricos como ferramenta de tratamento para lesões. Diante disto, sugerimos a confecção de novos estudos ainda mais aprofundados com relação aos benefícios que a pliometria pode trazer aos pacientes portadores de diversas patologias ou desconformidades.
Referências Bibliográficas
BARONI, C. R.; ELEUTÉRIO, C. D. Pliometria preventiva em atletas praticantes de futebol de alto rendimento. Revista de Fisioterapia do Clube Náutico Mogiano, Mogi das Cruzes, São Paulo, 2009.
BITTENCOURT, Natalia. et al. Isokinetic muscle evaluation of the knee joint in athletes of the Under-19 and Under-21 Male Brazilian National Volleyball Team. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v. 11, n. 6, Niterói. Nov/Dec. 2009.
DANGELO, J. G., FATTINI, C. A., Anatomia Humana Básica. Atheneu, 1997.
DELAZERI, Bruno G. et al. Índice de lesões musculares em jogadores profissionais de futebol em idade entre 18 e 34 anos. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v. 2, n. 7, p. 18-26. Janeiro/Fevereiro de 2008.
GRINER, Brenda G. et al. Plyometrics, or jump training for injury prevention in dancers. United States sports Academy.
LÓPEZ, García. et al. Análisis de lãs adaptaciones inducidas por cuatro semanas de entrenamento pliométrico. Revista Int. Med. Cienc. Act. Fís. Deporte. V. 5, n. 17. Marzo 2009.
PAIVA, Lúcia C. et al. Prevalência de osteoporose em mulheres na pós-menopausa e associação com fatores clínicos e reprodutivos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 25, no. 7. Agosto. 2003.
ROSSI, Luciano P.; BRANDALIZE, Michelle. Pliometria aplicada à reabilitação de atletas. Revista Salus. Guarapuava-PR. Janeiro/Junho de 2007.
SCHRODER, Ricardo G. et al. A introdução da pliometria e da fisioterapia preventiva em uma equipe de esporte coletivo. Revista EFDesportes. Buenos Aires. Año 14, n. 139. Diciembre de 2009.