EXERCÍCIOS NA DOR LOMBAR CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: REVISÃO SISTEMÁTICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10844082


Vicente Lucas Adam Queiroz Gomes¹
Pedro Henrique Leal da Rocha²


RESUMO: 

A dor lombar atinge cerca de 80% da população mundial, chegando a ser o segundo principal motivo da consulta aos profissionais de saúde. Geralmente, este sintoma está acompanhado pela dor, incapacidade, sensação de cansaço, desânimo e até mesmo estágio depressivo. Contudo, os exercícios têm se mostrado bastante benéficos em pacientes com dor lombar crônica não específica, tendo influência no aspecto físico e emocional. O objetivo deste estudo foi revisar de forma sistemática o impacto dos exercícios na dor lombar crônica não específica. A pesquisa realizada foi de natureza básica, com abordagem quantitativa, apresentando fins de pesquisa exploratória e característica sistemática. Para compor este estudo vinte e sete estudos foram selecionados nas seguintes bases de dados: LILACS, SciELO, PEDro e PubMed. Os resultados obtidos na revisão foram de que os exercícios apresentaram melhora na dor, capacidade funcional, flexibilidade e até mesmo nas inquietações emocionais na dor lombar crônica não específica. Conclui-se que a aplicação de exercícios na dor lombar crônica não específica mostrou-se ser uma abordagem bastante relevante na melhora dos aspectos analisados, porém, ensaios clínicos randomizados controlados com boa qualidade metodológica são recomendados para melhor compreensão de seus efeitos, uma vez que houve literaturas contradizendo seus benefícios.

Palavras-chave: Treinamento; Lombalgia; Incapacidade.

ABSTRACT:

Lumbar pain affects about 80% of the world population, becoming the second main reason for the consultation of health professionals. Generally, this symptom is accompanied by pain, disability, feeling tired, discouraged and even depressive. However, the exercises have been shown to be very beneficial in patients with chronic nonspecific low back pain, influencing the physical and emotional aspect. The aim of this study was to systematically review the impact of exercise on chronic nonspecific low back pain. The research was of a basic nature, with a quantitative approach, presenting exploratory research purposes and a systematic characteristic. To compose this study twenty-seven studies were selected in the following databases: LILACS, SciELO, PEDro and PubMed. The results obtained in the review were that the exercises presented improvement in pain, functional capacity, flexibility and even emotional restlessness in non-specific chronic low back pain. It is concluded that the application of exercises in non-specific chronic low back pain has been shown to be a very relevant approach in improving the aspects analyzed, however, randomized controlled clinical trials with good methodological quality are recommended for a better understanding of their effects, since there were literatures contradicting its benefits.

Keywords: Training; Low back pain; Inability.

INTRODUÇÃO:

Paolucci et al., (2012); Anand et al., (2014) afirmam que a dor lombar atinge cerca de 80% da população mundial, chegando a ser o segundo principal motivo da consulta aos médicos, gerando assim, custos e desligamentos de forma extemporânea, inclusive estes apresentam a sensação de cansaço, desânimo e até mesmo estágio depressivo.

Smart et al., (2011) classificam a dor em: sensibilização periférica, central e nociceptiva. De acordo com Smart et al. (2012), a sensibilização periférica é um dos principais fenômenos que auxiliam no processamento do estímulo doloroso em se tornar crônico ou ser amplificado. Logo, Ashmawi; Freire, (2016) descrevem a sensibilização central como um aglomerado de mudanças nas particularidades neuronais que promoverão a diminuição da atividade de inibição e expansão na qualidade das sinapses, contudo, tendo em vista que há modificação na neuroplasticidade, logo, haverá alteração direta na sensibilidade dolorosa ocasionando em uma dor crônica.

Segundo Nijs (2009), a sensibilização central ocorre devido alteração na função dos nociceptores, assim, tornará mais sensível os neurônios do corno dorsal da medula espinhal, portanto, os neurotransmissores aspartato, substância P e glutamato facilitará a passagem das informações ao tálamo, córtex somatossensorial, córtex insular e o córtex cingulado anterior. Para Woolf (2011); Nijs et al. (2014), uma das principais características é a hipersensibilidade à dor, entretanto, estas alterações na atividade cerebral são reversíveis, porém, se não for realizado tratamento adequado poderá haver uma extensão do prolongamento deste fenômeno.

De acordo com a Portaria SAS/MS nº 1083, de 02 de outubro de 2012 aprovada pelo Ministério da Saúde, a dor nociceptiva pode ser descrita como uma dor na qual há lesão tissular ratificada (osteoartrose, artrite reumatóide, fratura e rigidez muscular na dor lombar inespecífica, etc.). Porém, Baliki; Apkarian, (2015) redefiniram a nocicepção como um processo de proteção do organismo frente à lesão. Deste modo,podemos enfatizar os resultados do estudo realizado por Woolf (2010), no qual afirmou a necessidade da existência desse estímulo em virtude de sua função ser de preservação e proteção do organismo.

De acordo com Pinheiro et al. (2011); Ronai; Sorace (2013), os indivíduos com a lombalgia crônica inespecífica, geralmente, apresentam elevado nível de incapacidade funcional e dor, no entanto, os efeitos do tratamento são bastante aleatórios. Henchoz; So (2008); Ferreira et al. (2013); Oliveira et al., (2014) afirmam que os exercícios geram benefícios bastante relevantes nos indivíduos acometidos com dor crônica.

Através da pesquisa realizada por Montoya, (2018) pode-se afirmar que a neurociência têm se mostrado bastante necessária para compreensão do paciente em relação à dor crônica que está sentindo, inclusive Wijma et al., (2016) ressaltam que este método vem sendo usado bastante por fisioterapeutas na prática clínica, portanto, faz-se necessário que o paciente passe por uma avaliação biopsicossocial para que a neurofisiologia da dor que está sentindo seja explicada da melhor maneira possível.

Atualmente, os exercícios na dor lombar crônica não específica têm sido usados como objeto de várias pesquisas, porém, poucos trabalhos foram encontrados que reúnam estas informações em uma revisão sistemática. Logo, elementos relacionados aos exercícios na dor lombar crônica não específica mostram-se pertinentes no sentido de divulgar seus efeitos e relevância, para melhor direcionar a intervenção e estimular para que outros estudos sejam realizados com outros exercícios em ensaios clínicos randomizados controlados.

Sendo assim, o objetivo desse estudo foi revisar de forma sistemática o impacto dos exercícios na dor lombar crônica não específica.

O estudo realizado foi de natureza básica, com abordagem quantitativa, apresentando fins de pesquisa exploratória e característica sistemática, assim como fora descrito por Haladay et al. (2014), para análise da dor lombar crônica.

MÉTODO:

Os dados para desenvolvimento deste estudo foram coletados entre os meses de agosto a outubro do ano de 2020. Para obtenção destes elementos foram utilizadas as bases de dados: LILACS, SciELO, PEDro e PubMed, tendo como descritores: exercício; dor lombar ou lombalgia; crônica e não específica ou inespecífica.

Os critérios de inclusão nesta revisão foram: ensaios randomizados controlados publicados de 2008 a 2018 relacionando exercícios físicos com a dor lombar crônica não específica. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados ou/e com animais e crianças.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Por meio dos descritores utilizados foi obtido um total de 764 artigos, dos quais 552 artigos foram excluídos por não serem ensaios clínicos randomizados controlados. Após o critério de exclusão 39 artigos tiveram que ser eliminados, então 168 artigos foi selecionado para a triagem por meio da leitura dos títulos, resumos e do texto completo, quando necessário, dos quais 141 foram excluídos, assim, restaram 27 estudos para serem revisados. A Figura 1 mostra o processo de inclusão para esta revisão.

Nascimento; Costa, (2015) afirmam que no Brasil, a dor lombar crônica demonstrou ser mais prevalente na população de Salvador.Segundo Pinheiro et al. (2011); Maher et al. (2017), a dor lombar inespecífica não tem uma causa patogênica conhecida, assim, o tratamento se concentra apenas em reduzir suas consequências, tais como: dor e incapacidade, porém, o excesso no uso de opióides, exames de imagens e cirurgias têm sido alguns dos principais causadores da cronificação.

De acordo com Oliveira et al. (2014), a aplicação de programas multidisciplinares, predominando a prescrição de exercícios, apresenta uma melhora significativamente efetiva no limiar de dor, em paciente com dor crônica inespecífica, podendo favorecer a adaptação do paciente a sua nova rotina de tratamento. Masharawi; Nadaf, (2013) ressaltam que os benefícios podem ser obtidos até mesmo quando não houver carga (Tabela 1).

Nos estudos realizados por Anand et al. (2014); Valenza et al. (2017); Miyamoto et al. (2018), o método Pilates na dor lombar crônica não específica (DLCNE) reduziu a dor, melhorou a saúde geral, cuidados pessoais, vida social e flexibilidade, porém, no estudo feito por Marshall et al. (2013), este método apresentou melhoria em oito semanas, mas não em seis meses, portanto, os autores indicaram que os pacientes aderissem a exercícios específicos de tronco dos quais eles melhor se habituassem, como por exemplo, Mostagi et al., (2015) afirmam que os exercícios gerais foram melhores que Pilates para melhorar a função e flexibilidade, tornando-se uma das opções.

Na investigação de Tsauo et al. (2009), o Treinamento funcional diminuiu significativamente a gravidade da dor, limitação de atividade com algia e perturbação emocional pela dor. Até mesmo Weifen et al., (2013) destacaram que o Tai Chi e a natação diminuíram a dor em pacientes com DLCNE. No entanto, dentre as diversas outras opções, Guastala et al., (2016) ressaltam que tiveram bons resultados no seu estudo com o Reeducação Postural Global e Isostretching, que apresentam efeitos positivos na algia, flexibilidade.e funcionalidade. Arampatzis et al., (2017) afirmam que exercícios que envolvem estímulos aleatórios apresentam potencial influência na musculatura do tronco devido as contrações dinâmicas e estáticas que ocorrem.

Winter, (2015) afirma que alongar e fortalecer o quadril podem ser uma eficiente abordagem em pacientes com dor lombar crônica inespecífica, apesar de que Kendall et al., (2015) destacarem que o acréscimo do fortalecimento de quadril não se apresentou significativamente superiores quando realizados junto ao exercício de controle motor e de acordo com Segal-Snir et al. (2016), os treinos de dissociação pélvica por rotação transversa do plano da junção lombossacra também não apresentaram resultados expressivos na redução da dor, nem no aumento das capacidades funcionais e flexibilidade.

Balthazerd et al., (2012) realizaram uma pesquisa com 42 pacientes utilizando os exercícios de controle motor, exercícios gerais e acrescentou em seu estudo a terapia manual (TM) antes dos exercícios, do qual constatou que houve redução do nível de dor e incapacidade, porém, Shamsi et al. (2016); Akhtar et al. (2017); Shamsi et al., (2017) utilizaram também os exercícios de controle motor e exercícios gerais e obtiveram os mesmos resultados sem a terapia manual.

Contudo, na análise de McCaskey et al. (2018), os exercícios de controle motor melhoraram o estado funcional e a dor, porém, os resultados não foram significativos e a técnica não ofereceu benefícios adicionais para a redução da dor ou melhora funcional com o tempo, assim como, de acordo com Mohseni-Bandpei et al., (2011) apontam que fortalecer a musculatura do assoalho pélvico não foi superior a eletroterapia e nem aos exercícios gerais, porém, de certa forma ambos foram benéficos aos grupos participantes.

De acordo com Andrade et al. (2008); Morone et al. (2011), a Escola de postura (EP) melhorou a incapacidade funcional e a algia em pacientes com dor lombar crônica não específica. Paolucci et al., (2012) ressaltam que este método apresenta também benefícios em termos de componentes mentais sobre a qualidade de vida. Quando Constantino; Romiti, (2014) compararam a EP com a hidroterapia, pôde-se perceber que os efeitos benéficos não foram significativamente superiores um do outro, porém,deve ser beneficiada a EP por sua singeleza e pelo baixo número de recursos necessários.

Entretanto, nos resultados obtidos por Garcia et al. (2011), quanto ao McKenzie e a EP, fora constatado a melhora da dor mas não da incapacidade e não houveram melhoras na amplitude de movimento em flexão, assim como quando Garcia et al., (2018)separaram 148 pessoas em dois grupos: McKenzie e placebo (que seriam pessoas que ficariam numa lista de espera para receber o mesmo tratamento), deste modo, o McKenzie melhorou a dor mas não foi capaz de reduzir a incapacidade funcional.

No estudo realizado por Fersum et al. (2013), a terapia cognitiva funcional apresentou resultados significativamente superiores ao grupo de terapia manual e exercício, tanto estatisticamente quanto clinicamente em pacientes com dor lombar crônica não específica, inclusive, Walti et al., (2015) destacam que o tratamento multimodal (educação neurofisiológica e do treinamento sensório-motor) pode ser uma alternativa viável e que reduz significativamente a dor a curto prazo quando comparado com tratamento fisioterápico usual, porém, há necessidade de estudos com amostras maiores para melhor compreensão do método.

Tabela 1 – Características dos estudos incluídos na revisão sistemática

AUTOR/ANOINTERVENÇÃORESULTADOS
Masharawi; Nadaf (2013);-Exercícios sem carga-Terapia foi efetiva
Anand et al. (2014); Valência et al. (2017); Miyamoto et al. (2018); Marshall et al. (2013);-Pilates e Exercícios gerais -Pilates -Pilates -Pilates e Ciclismo estacionário-Terapias foram efetivas
Mostagi et al. (2015);-Pilates e Exercícios gerais-Exercícios gerais foram superiores
Tsauo et al. (2009); Weifen et al., (2013);-Treinamento funcional -Tai Chi, Hidroterapia, Caminhada, Corrida, Sem exercício-Terapia efetiva -Tai Chi e Hidroterapia foram superiores
Guastala et al. (2016); Arampatzis et al (2017);-RPG e Isostretching -Perturbação aleatória-Ambas as terapias foram efetivas
Winter (2015); Kendall et al. (2015); Segal-Snir et al. (2016-Alongamento e Fortalecimento do quadril -Fortalecimento do quadril -Exercícios de dissociação pélvica-Terapia efetiva -Pouco efetiva -Terapia não foi efetiva
Balthazerd et al. (2012); Shamsi et al. (2016); Akhtar et al. (2017); Shamsi et al. (2017);-TM seguida de exercício pro CORE e Exercício geral -Exercício pro CORE-Ambas as terapias foram efetivas
McCaskey et al. (2018); Mohseni-Bandpei et al. (2011);-Exercícios de CORE -Fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, Exercícios gerais e Eletroterapia-Poucos benefícios -Exercícios gerais e eletroterapia foram superiores

Garcia et al. (2011); Garcia et al. (2018);
-Mckenzie e Escola de postura -Mckenzie e Controle-Ambas as terapias foram efetivas
Andrade et al. (2008); Morone et al. (2011); Paolucci et al. (2012);
-Escola de postura-Terapia foi efetiva
Constantino; Romiti (2014);
-Escola de postura e Hidroterapia-Ambas as terapias foram efetivas

Fersum et al. (2013); Walti et al. (2015).
-Terapia funcional cognitiva, Terapia manual e Exercícios gerais -Terapia funcional cognitiva-Terapia funcional cognitiva foi superior -Terapia foi efetiva

O’Sullivan (2011); Buchbinder et al. (2018);Hartvigsen et al. (2018);Clark; Horton, (2018) ressaltam que há necessidade de que haja uma mudança no manejo do tratamento da dor lombar, portanto, que sejam realizadas práticas ativas norteadas pelas evidências científicas visando a independência funcional do indivíduo e não no “achismo” clínico, pois as pessoas acometidas acabam tendo gastos exorbitantes com tratamentos que não lhes tem gerado benefícios a longo prazo, assim, faz-se necessário que sejam realizados ensaios clínicos randomizados controlados com boa qualidade metodológica reduzindo as possibilidades de viés.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Os exercícios diminuíram a dor lombar crônica não específica e influenciaram no aumento da capacidade funcional, exceto o McKenzie. Inclusive apresentaram bons efeitos quanto aos aspectos psicossociais envolvidos, deste modo, a terapia cognitiva funcional, a escola de postura e o treinamento funcional se destacaram quanto aos demais por apresentarem influência em ambos os aspectos.

Conclui-se que a aplicação de exercícios na dor lombar crônica não específica mostrou-se ser uma abordagem bastante relevante na melhora dos aspectos analisados, porém, ensaios clínicos randomizados controlados com boa qualidade metodológica são recomendados para melhor compreensão de seus efeitos, uma vez que houve literaturas contradizendo seus benefícios.

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¹ Fisioterapeuta, Pós graduado em Fisioterapia em Traumato-ortopedia em Desportiva.
² Fisioterapeuta, Monitor no Instituto de graduação e pós-graduação (IPOG) Treinamento Profissional no Instituto de neurologia Deolindo Couto (INDC), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Mestre e doutorando em Fisiopatologia Clínica e Experimental (FISCLINEX) Laboratório de neurofisiologia Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes (IBRAG) Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).