EXERCÍCIOS DE DUPLA TAREFA MOTORA E COGNITIVA NO RETARDO DA PROGRESSÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER NOS ESTÁGIOS INICIAIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411131240


Raquel De Oliveira Silva
Thayná Lemos De Araújo E Silva
Hélio Anderson Damasceno
Joyce Pereira Silva
Isabella Beatriz Dos Santos Torres
Rayane De Oliveira Gomes
Maria Vitória Silva Ribeiro
Jacksyanne Manuela Monteiro Dos Santos
Milena Gomes De Lima
Monaline Maria Da Silva
Ana Beatriz Bezerra Nunes
Jõao Lucas Alvez Da Silva
Orientação: Prof Hélio Anderson Melo Damasceno
Coorientação: Joyce Pereira Silva


RESUMO

INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer (DA) é descrita como uma deterioração neuronal gradativa, gerando um distúrbio no córtex cerebral que culmina no declínio cognitivo, essas modificações ocorrem 20 anos antes de surgirem os primeiros sinais. A fisioterapia atua no retardo dos sintomas visando a preservação da funcionalidade e da independência, por meio de exercícios que estimulem a função motora e cognitiva. OBJETIVO: Analisar a eficácia de exercícios de dupla tarefa motora e cognitiva no retardo da progressão da Doença de Alzheimer nos estágios iniciais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura de caráter descritivo e integrativo, realizadas nas bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo e BVS. Utilizando o operador booleano “AND” e os DeCS/MeSH: physical therapy, Alzheimer, cognitive, exercise, stimulus, exercise therapy, rehabilitation, motor skills disorders, memory, exercise test. Incluindo-se ensaio clínico randomizado, publicados até 10 anos, idiomas português e inglês, acometendo idosos com DA de ambos os sexos com idade superior a 65 anos. Após os critérios de elegibilidade 4 artigos foram selecionados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi analisado que a terapia de dupla tarefa como intervenção para retardar os sintomas iniciais da DA, evidenciando exercícios motores e cognitivos trouxe melhorias na capacidade de desempenho cognitivo, da memória a curto prazo e de trabalho, função física, atenção, velocidade de caminhada e equilíbrio postural. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os exercícios de dupla tarefa têm efeitos positivos no retardo do declínio cognitivo. Os benefícios adquiridos contribuem para a melhora das atividades de vida diária que influenciam na qualidade de vida de pessoas com DA.

INTRODUÇÃO

A Doença de Alzheimer (DA) é descrita como uma deterioração dos neurônios de forma gradativa, e consequentemente diagnosticada tardiamente, estima-se que essas modificações cerebrais ocorrem 20 anos antes de surgirem os primeiros sinais que podem ser confundidos com o processo biológico de envelhecimento, tem sua prevalência em idosos com idade igual ou superior a 65 anos (Kumar et al., 2023; Zhou et al., 2022). É observado também que a expectativa de vida após a descoberta da doença é de três a nove anos (Jia et al., 2019). 

O hipocampo é uma área do córtex cerebral que inicialmente é afetado e está diretamente ligado às funções cognitivas de lembrança, fala e raciocínio dos indivíduos.

Devido a disposição do acúmulo da proteína β amilóide e proteína tau hiperfosforilada, a toxicidade de ambas acarreta na morte dos neurônios ocasionando a diminuição dos neurotransmissores e sinapses (Olczak et al., 2022), gerando um distúrbio à nível do córtex cerebral que culmina no desenvolvimento do déficit de raciocínio e intervém no bem estar completo da pessoa portadora da doença (Kumar et al., 2023). 

A toxicidade de predominância é da proteína β amilóide, que após seu acúmulo é disponibilizada e retorna para o exterior das células, a qual dá origem a uma modificação disseminada ao longo dos segmentos de outras proteínas β amilóide que não foram danificadas por esta concentração. A proteína tau é encarregada de envolver os microtúbulos, com a hiperfosforilação da proteína, onde ocorre uma inibição na transmissão da comunicação natural no axônio, resultando em uma apoptose (Golfinho et al., 2024).    

A DA é o tipo mais comum de demência, configurando 60% a 70% dos casos, atingindo 48 milhões de cidadãos no mundo. Em 2019 foi constatado que a DA foi a sétima causa de morte em todo o mundo (López et al., 2021). Dados epidemiológicos revelam que em 2019 haviam cerca de 57,4 milhões de pessoas diagnosticadas com demência, prospectando-se que em 2030 haverá aproximadamente 83,2 milhões, em 2040 em torno de 116 milhões e em 2050, 152,8 milhões de indivíduos com demência (Fonte et al., 2019). 

Acometendo ambos os sexos, a DA tem sua prevalência atual de 8,1% em mulheres e 5,4% nos homens acima de 65 anos (Rem, Fangfang, Jim, 2024), ao longo dos anos essa estimativa tende a crescer de forma exponencial a medida que compara-se o sexo feminino ao sexo masculino entre a faixa etária de 70 à 84 anos, sendo previsto que em 2050 estarão acometidas 30,5% das  mulheres entre 70 e 84 anos, enquanto apenas 6,5% dos homens na mesma faixa etária serão afetados com a demência (Nichols et al., 2022). 

Os fatores de risco da DA podem ser divididos em modificáveis onde estão incluídos a falta de exercícios físicos, estilo de vida, baixo desempenho educacional, tabagismo, consumo de álcool, hipertensão arterial, diabetes, obesidade e isolamento social, e os não modificáveis que são fatores genéticos, sexo, idade avançada, fatores ambientais e o alelo E4 da apolipoproteina E (Zhang et al., 2022; Borges et al., 2020). Comparando os fatores de riscos modificáveis, a inatividade física é responsável por 3,8% dos casos de demência (Borges et al., 2020). 

Os indícios da DA são perceptíveis através de alterações cognitivas como o declínio da memória, levando a pessoa acometida inicialmente a esquecer da memória de curto prazo e posteriormente a perda da memória de longo prazo, da função executiva reduzindo a atividade motora, da linguagem verbal que dificulta a comunicação e consequentemente, diminui a interação social. Outros fatores associados são os sintomas psiquiátricos e os distúrbios comportamentais onde o paciente demonstra mais agitação, agressividade, confusão mental, apatia, euforia, distúrbios do comportamento noturno e alterações do apetite (Zhu et al., 2020; Jia et al., 2019). 

Nas fases iniciais da DA, é característica além da disfunção cognitiva o início da perda motora, levando o portador da doença a ter uma limitação na estratégia de passos com o aumento do apoio dos membros que desencadeia em uma marcha lenta e desequilíbrio dinâmico (Todri, Lena, Martiniz., 2019). Com as perdas cognitivas e motoras, o portador da doença intensifica os níveis de dependência, perdendo a capacidade de exercer atividades comuns da rotina como comprar itens, andar sozinho, utilizar veículos de locomoção e aparelhos de comunicação (Sacomani et al., 2019; Papatsimpas et al., 2023).

O papel da fisioterapia em indivíduos com DA é retardar os sintomas visando a preservação da funcionalidade, da independência, reduzir o comprometimento da instabilidade dinâmica e diminuir o consumo de drogas farmacológicas, por meio de exercícios que estimulem a função motora e cognitiva (Trevisan, Knorst, Baptista., 2022). Nesse contexto, a fisioterapia inclui atividades que podem ser realizadas por meio de tarefas que aceleram o consumo de oxigênio, exercícios de força e resistência muscular, associados ao trabalho cognitivo (Sacomani et al., 2019).

De modo fisiológico, são realizadas atividades de dupla tarefa na rotina do dia a dia que demandam de funções conjuntas como andar e falar que acabam sendo afetadas nos portadores de DA, com isso os exercícios que estão associados a dupla tarefa tem demonstrado melhor resultado na terapia de pessoas com DA (Fritz, Cheek, Larsen., 2016). Este estudo tem como objetivo identificar a eficácia de exercícios de dupla tarefa que estimulam o retardo dos sintomas nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer.   

METODOLOGIA      

Trata-se de uma revisão de literatura de caráter descritivo e integrativo conduzida do mês de julho de 2024 a outubro de 2024, objetivando sintetizar artigos que analisaram a repercussão da eficácia de exercícios de dupla tarefa motora e cognitiva em pacientes com a Doença de Alzheimer. A pesquisa foi realizada nas bases de dados eletrônicas Pubmed (Public Medical Database), Scielo (Scientific Electronic Library Online) e BVS Brasil (Biblioteca Virtual em Saúde Brasil) em buscas simples e avançadas. 

Inicialmente foi realizada seleção dos descritores através de consulta ao DeCs/MeSH (Descritores em Ciências da Saúde), levando em consideração, os descritores nos idiomas português e inglês, sendo eles, respectivamente, fisioterapia, Alzheimer, cognitivo, exercício, estímulo, terapia por exercício, reabilitação, destreza motora, memória e exercício de resistência, physical therapy, Alzheimer, cognitive, exercise, stimulus, exercise therapy, rehabilitation, motor skills disorders,  memory, exercise test

Além disso, foi realizada uma busca reversa, sendo consideradas as referências dos estudos selecionados como forma complementar à seleção de artigos. O operador booleano “AND” foi utilizado para combinar os termos nas bases de dados conectando os descritores da seguinte forma: “Alzheimer and cognitive and stimulus”, “Alzheimer and cognitive and physical therapy”, “exercise therapy and Alzheimer”, “Alzheimer and rehabilitation and physical therapy”, “motor skills disorders and memory and Alzheimer”, “Alzheimer and exercise test and physical therapy”.      

Foi adicionado como critério de inclusão na presente revisão, artigos originais publicados nos últimos 10 anos, artigos completos disponíveis na íntegra, ensaios clínicos, estudos transversais e longitudinais, indivíduos de ambos os sexos, com faixa etária inicial de 65 anos de idade e uma faixa etária máxima de 80 anos de idade, estudos que abordam apenas o Alzheimer nos estágios iniciais e que contenham a dupla tarefa.

Foram excluídos estudos de revisões de literatura, artigos duplicados nas bases de dados, resenhas, dissertações, teses, resumos publicados em canais de congressos, trabalho de conclusão de curso, estudo de caso, estudos realizados com ratos, estudos em que os pacientes apresentam comprometimento cognitivo leve, demência vascular por acidente vascular cerebral, diagnóstico de outras demências, indivíduos submetidos a cirurgia cerebral e incapacidade de realizar exercícios. 

A localização e seleção dos artigos ocorreram em três estágios. No primeiro, foram selecionados os artigos através da leitura dos seus títulos, no segundo a triagem pelo tipo de estudo e leitura dos resumos e no terceiro estágio a leitura completa dos artigos. Sendo descrito todo passo a passo no fluxograma PRISMA descrito abaixo:

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Por meio das pesquisas foram analisados quatro estudos que responderam aos critérios de elegibilidade, representados na tabela 1 e 2.

DISCUSSÃO

O presente estudo observou a eficácia de exercícios de dupla tarefa motora e cognitiva que estimulam o retardo dos sintomas nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer. Dentre os resultados da pesquisa, foi observada uma concordância em que os exercícios de dupla tarefa demonstraram efeitos positivos no retardo do declínio cognitivo quando comparados a grupos sem o estímulo da dupla tarefa. De acordo com a atividade escolhida, diferentes áreas do encéfalo foram ativadas, com isso, distintos resultados foram alcançados.

 Segundo Chéour et al.; 2023 , o hipocampo é a região cerebral acometida na pessoa com DA devido um processo neurodegenerativo, com esse local afetado, o portador da doença apresenta o primeiro sinal que é a ausência de lembranças. Chéour et al., 2023 ainda afirma que a terapia por música é eficiente na restauração da capacidade de linguagem e memória sendo eficaz na fixação da aprendizagem, unindo essa terapia com a dupla tarefa, os efeitos são potencializados. Parvin et al.; 2020 reforça que a atividade de dupla tarefa com exercícios associados a estímulos cerebrais melhoram o cognitivo beneficiando o aprimoramento da autonomia do portador da Doença de Alzheimer.

Assim como Chéour et al.; 2023, Shokri et al.; 2024 evidencia que o treinamento de dupla tarefa utilizando a música como terapia cognitiva potencializa o tratamento, pois aciona e estimula os neurônios de uma extensa região cerebral como a porção temporal e frontal do córtex. Os resultados dessa estimulação são perceptíveis na restauração das recordações, no desenvolvimento da comunicação, no progresso da autonomia e na melhora das manifestações comportamentais, aperfeiçoando assim a atividade cognitiva.

 Lee et al.; 2015 declara que o exercício físico é essencial na alteração das sinapses que corroboram para o desenvolvimento da capacidade cognitiva. Parvin et al.; 2020 alega que as atividades de dupla tarefa aprimoram a função cognitiva pois acionam os mecanismos no cérebro aumentando o fornecimento sanguíneo para a região cerebral, aperfeiçoando o metabolismo, realizando a manutenção dos neurônios, a extensão hipocampal e a ampliação da porção de substâncias que adquire informações e as que transmite informações por toda a rede neurológica, essas alterações são vistas como o efeito protetor do treinamento físico que estão ligadas a alterações de oscilação cerebral, desempenho cognitivo e memória.

 Para Parvin et al.; 2020 realizar atividades com o campo visual ocluído aciona diversas regiões cerebrais, especificamente o hipocampo que é responsável pelas lembranças, estabilidade e atenção nos indivíduos. Esse fato é confirmado devido à utilização desta dupla tarefa como atividade durante as sessões, onde os pacientes obtiveram bons resultados, isso comprova que durante a dupla tarefa a área do hipocampo é estimulada. A prática de atividade com o campo visual ocluído delimitou um maior foco a nível auditivo, aprimorando a capacidade do paciente de compreender sua localização no espaço.

Lee et al.; 2015 enfatiza que as atividades motoras finas excitam o córtex pré motor que é responsável pela elaboração do movimento e por incentivar um modelo de movimentos mais específicos, como é o caso dos movimentos dos membros superiores. Tarefas que estimulam a coordenação motora fina relacionadas ao trabalho cognitivo aprimoram o manejo dos movimentos de garra, alcance, percepção tátil e funcionalidade da mão, esse aperfeiçoamento auxilia na redução da insegurança para realizar ações comuns na rotina do indivíduo com DA estes benefícios são alcançados através do progresso da funcionalidade cognitiva.

  Parvin et al., 2020 retrata que na Doença de Alzheimer as taxas de cortisol tornam-se elevadas, ocasionando danos aos neurônios na região do lobo temporal impedindo a produção de antioxidantes, acarretando em prejuízos à saúde mental, como a deterioração neural, rebaixamento intelectual e depressão. A prática de exercícios provoca o aumento dos níveis de dopamina e serotonina no cérebro que agem impulsionando o paciente a potencializar sua autonomia, condicionamento físico e ânimo para conduzir sua vida, evidenciando assim a importância da atividade física na melhora dos sintomas da depressão.

 Lee et al., 2015 reforça que recorrer a exercícios de dupla tarefa cognitiva associado à atividade motora fina transforma vários aspectos em nosso corpo, dessa forma esta intervenção proporcionou benefícios relacionados à saúde mental como também um melhor aproveitamento nas ocupações do dia a dia. Para Chéour et al.; 2023, a terapia por música é eficaz em conter os sintomas da ansiedade e depressão em pacientes com DA, pois proporciona um estado mais calmo e colaborativo do portador da doença.

Além das perdas cognitivas, segundo Parvin et al., 2020 e Shokri et al., 2024, a redução da atividade e do volume muscular, declínio da estabilidade e da capacidade cardiovascular levam a privação da autonomia, diminuindo assim a qualidade de vida dos portadores da doença de Alzheimer. Apesar de não ser um mecanismo bem compreendido pela ciência, Chéour et al.; 2023 enfatiza que há uma relação proporcional entre a atividade motora e cognitiva, dessa forma, com a redução da atividade motora também acontece a redução da atividade cognitiva, sendo uma o fator de risco para a outra.

Parvin et al., 2020 declara que doze semanas de atividades de dupla tarefa cognitiva e resistida com tensionadores, faixas elásticas e cargas auxiliaram no desenvolvimento da progressão da força e do volume muscular, atividades de estabilidade como caminhar em uma superfície de largura delimitada associada a atividades realizadas com a visão ocluída aprimoraram a capacidade de localização espacial, posição e orientação corporal. Parvin et al., 2020 afirma que associado ao progresso da capacidade física houve uma evolução na escala de Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA), comprovando a relação entre a atividade motora e cognitiva defendida por Chéour et., 2023. 

Chéour et., 2023 sustenta que realizar atividades de dupla tarefa cognitiva utilizando musicoterapia associada a atividade motora com exercício de força, mobilidade artrocinemática e osteocinemática, atividade aeróbica, atividade para estabilidade estática e dinâmica e exercícios posturais acarretam em resultados globais sendo eles a evolução dos resultados na escala do Mine Exame do Estado Mental (MEEM), aumento da ação e potência muscular, elasticidade, estabilidade e velocidade na marcha, todos esses benefícios alcançados mostram-se superiores em comparação aos resultados das atividades executadas de forma isolada. 

Diferentes duplas tarefas foram utilizadas objetivando resultados distintos, Parvin et al., 2020 realizou a dupla tarefa de exercícios de baixa intensidade com olhos abertos e fechados e apresentou melhorias significativas na função cognitiva com foco na memória de trabalho, atenção e função executiva, Lee et al., 2015 utilizou atividades motoras finas com atividade cognitiva e relatou melhoras no cognitivo, na depressão e na função da mão, Chéour et al., 2023 associou a música a atividades físicas obtendo resultados positivos nos índices cognitivos e físicos na marcha e equilíbrio, Shokri. et al., 2024 também utilizou a música com treinamento físico e evidenciou melhorias cognitivas e físicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Diante dos estudos analisados, foi observado que os exercícios de dupla tarefa motora e cognitiva evidenciaram resultados positivos quando comparados a exercícios sem a dupla tarefa, contribuindo no retardo do declínio cognitivo do paciente com a Doença de Alzheimer (DA) nos estágios iniciais. Em virtude dos recursos utilizados que ativam mecanismos neurofisiológicos influenciando na memória de trabalho, memória de curto prazo, atenção e função executiva foi observado benefícios não apenas na saúde do cérebro, mas também na saúde física auxiliando no desempenho do equilíbrio dinâmico e estático, na velocidade da marcha e na funcionalidade da mão.

Todos os benefícios adquiridos contribuem para a melhora das atividades de vida diária que influenciam na qualidade de vida de pessoas com DA, no entanto os estudos realizaram a terapia de dupla tarefa motora e cognitiva durante o tempo de aproximadamente 4 meses, apesar de apresentar resultados significativos, os efeitos da terapia realizada a longo prazo não são claros, necessitando de mais pesquisas que abordem um tempo superior de terapia para avaliar os efeitos tardios na vida do portador da doença. 

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