EVOLUÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS: REVISÃO DE LITERATURA 

COMPOSITE RESINS EVOLUTION: REVIEW OF LITERATURE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202502281422


Yuri OLIVEIRA1
Orientador: Prof. Me. Matheus Jacobina Andrade e SILVA2
Ana Luísa Amaral BRAGA3
Bruno Baldassaro BALDI4


RESUMO 

A estética do sorriso tem ganhado espaço a cada dia, fazendo com que novos materiais sejam  desenvolvidos a fim de melhorar aspectos significativos para a beleza do mesmo. Nesse sentido, os sistemas adesivos revolucionaram a estética odontológica, de forma que houve um  expressivo resultado quanto aos preparos para dentística restauradora. Essa evolução  proporcionou o surgimento de materiais restauradores com capacidade de biomimetizar a  estrutura dental de forma significativa, como é o caso das resinas compostas. Esse material tem  desenvolvido capacidades significativas desde sua primeira utilização, por volta de 50 anos  atrás, tornando-se um material em que o polimento é mais eficaz, assim como sua resistência.  A evolução mais recente desse material são as resinas compostas autocondiconantes, que,  dentre diversos aspectos, possuem a facilidade de diminuir o tempo cirúrgico, principalmente  aquele requerido para aplicação do sistema adesivo em si. Assim, esse trabalho tem por objetivo  discutir, por meio de uma revisão de literatura, o processo evolutivo das Resinas Compostas,  até este momento na literatura. 

Palavras-chave: Estética Dentária; Odontologia; Adesividade; Resinas Compostas. 

SUMMARY 

The Smiles’ aesthetic has been gaining ground every day, leading to the development of new  materials in order to improve significant aspects of its beauty. Therefore, the adhesive systems  made a revolution on dental aesthetics, such that it had a significant result in terms of  preparation in restoring dentistics. This evolution provided the emergence of restoring materials  with the ability to biomimetize the dental structure effectively, such as the composite resins.  This material has been developing significant abilities since its first usage, around 50 years ago,  turning into a material in which the polymer is more efficient, like its resistance. The most recent  revolution of this material is the composite resins auto conditioning that, among many aspects,  have the ability to decrease the surgical time, mainly those required for applications of the  adhesive system itself. Hence, this project aims to discuss, by means of review of the literature,  the evolutionary process of composite resins, until this moment in literature. 

KEYWORDS: Dental Aesthetics; Dentistry; Adhesiveness; Composite Resins.

Introdução 

A exigência estética das restaurações pelos indivíduos, tem se tornado ponto de  discussão na Odontologia atual. Esse fator se deve à uma evolução histórica do sistema de  resinas compostas, que proporcionou dentre outras vantagens uma técnica minimamente  invasiva e resultados mais satisfatórios para paciente e profissional. Este material tem sido, com  o passar dos anos, amplamente utilizado na Odontologia, principalmente em tratamentos  estéticos1

Esse processo de evolução das resinas anda lado a lado com a evolução dos sistemas  adesivos. Estes sofreram modificações ao longo dos anos, proporcionando uma alteração  significativa na abordagem restauradora na prática odontológica da Dentística. Uma vez que,  houve uma evolução na união do material restaurador ao substrato dentário, seja dentina ou  esmalte, surgiram materiais mais estáveis, garantindo um sucesso e resultados mais  previsíveis2

Com base nessa adesão, as resinas compostas ganharam espaço com o passar dos anos.  Não somente pela garantia de estética, mas também por suas propriedades que tem melhorado  com novos estudos, sendo este material amplamente utilizado na Odontologia como material  restaurador3

A evolução das resinas compostas, desde sua primeira utilização na Odontologia – a  mais de 50 anos – tem desenvolvido a porção inorgânica desse material, principalmente no  sentido de reduzir o tamanho das partículas e aumentar a porcentagem de composição do  material, para que o polimento se torne mais eficaz, assim como aumentar a resistência ao  desgaste natural de uma restauração3,4

Atualmente, foi introduzido na Odontologia, mais especificamente na Dentística, os  compostos resinosos autoadesivos. Estes possuem a facilidade de diminuir o tempo cirúrgico,  principalmente àquele requerido para aplicação do sistema adesivo em si5,6

Diante das mudanças nos padrões estéticos na Odontologia, a adesão tem sido fator  primordial para uma melhor satisfação estético funcional dos procedimentos restauradores.  Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é discutir, por meio de uma revisão de literatura, o  processo evolutivo das Resinas Compostas, até este momento. Assim, poderá ser avaliado o  processo de aceitação deste produto entre os profissionais ao longo dos anos, assim como é o  processo de atuação desse produto na estrutura dentária.

Metodologia 

Este estudo é uma revisão de literatura baseada em artigos científicos sobre a Evolução  das Resinas Compostas. Foram pesquisados trabalhos que tenham relação com a evolução da  resina composta como material restaurador indireto. Para a pesquisa dos artigos foram  utilizadas as seguintes bases de dados on line: PubMed, Lilacs, Bireme; e o acervo da Biblioteca  da Faculdade Independente do Nordeste. Foram buscados artigos científicos, abstracts,  monografias, teses e livros referentes aos últimos doze anos, utilizando os seguintes descritores:  “Estética Dentária”, “Odontologia”, “Adesividade”, “Resinas Compostas”. Foram selecionados  23 artigos para confecção deste trabalho, os quais serviram de base para a realização de uma  revisão de literatura clássica focando o objetivo do presente trabalho. 

Revisão de Literatura 

Sistema adesivo 

Na Odontologia Restauradora, a adesividade tem sido evidenciada nos últimos anos  devido a sua evolução e capacidade de desenvolver técnicas menos invasivas,satisfazendo tanto  a questão da funcionalidade, quanto a estética do paciente, que tem cada vez mais, destacado7

O conceito de adesão dos materiais odontológicos ao elemento dentário é concentrado  no desenvolvimento de uma interface que resista as mais diversas situações que podem surgir  na cavidade oral. Assim, mimetizam o dente natural íntegro8

A primeira ideia de adesão dentária surgiu em 1955, com Buonocore. Por meio de sua  técnica, houve mudanças significativas no tratamento restaurador de elementos dentários com  lesões cariosas e/ou fraturados, uma vez que as restaurações aderidas ao substrato mineralizado,  contribuíram de forma significativa para sua longevidade9

Esse processo ocorre de formas diferentes em cada substrato dentário, dentina ou  esmalte. É comprovadamente descrito na literatura que estas estruturas são barreiras à serem  transpostas. Em esmalte, é sabido que a adesão é realizada por embricamento mecânico, por  meio de tags resinosos no interior do tecido desmineralizado pelo ácido fosfórico9

Por outro lado, em dentina o processo se torna ainda mais dificultoso. Uma vez que a  sua estrutura inorgânica é bem menor quando comparada ao esmalte, além de possuir uma  maior quantidade de material orgânico e água. Para além destes empecilhos naturais, existe ainda a presença dos túbulos dentinários, que na dentina são maiores em número e em  diâmetro9

Atualmente, os sistemas adesivos presentes na Odontologia, podem ser divididos em  duas grandes categorias, de acordo com seus ideais de adesividade sobre as estruturas dentais.  Assim, têm-se: sistemas convencionais e autocondicionantes. Esse processo evolutivo foi  possível, graças às estratégias de simplificar o número de passos clínicos para os sistemas  adesivos7. Igualmente deve ser destacado a evolução das resinas compostas, graças a todo  processo de adesão. 

Resinas Compostas 

Quando se trata de materiais restauradores, os compósitos resinosos têm se destacado  no mercado odontológico. Isso se deve ao fato de suas propriedades substituírem o tecido  biológico tanto na sua aparência como na sua função, desenvolvendo papel primordial na  Odontologia Restauradora10

Sob a perspectiva proposta por Buonocore, nos anos 50, a evolução dos compósitos  resinosos têm sido cada vez mais ampliada. Em 1956, Bowen introduziu uma partícula (Bis GMA) às resinas compostas proporcionando uma maior indicação de seu uso. E com o advento  do condicionamento ácido total, indicado por Nakabayashi em 1976, a adesão aumentou ainda  mais4,10

As primeiras resinas que surgiram no mercado apresentavam baixa resistência ao  desgaste, alto coeficiente de expansão térmica e alta contração de polimerização. Até que  Bowen conseguiu inserir o Bis – GMA, derivado de produtos com potencial para unir à matriz  orgânica da estrutura dentária. Objetivando, assim, promover uma contração de polimerização  menor que a primeira molécula utilizada11,12. A diminuição da contração de polimerização  trouxe como consequência a não formação ou menor formação de tags resinosos que  comprometem no resultado do trabalho. 

Nesse sentido, a evolução dos compostos resinosos se baseou nessa primeira alteração,  se atualizando ao longo deste período. As substâncias que compõem as resinas são divididas  em matriz resinosas e partículas de cargas. Ambas as composições irão depender de qual resina  estará sendo utilizada11,13,14

Na década de 80, as classificações desses compostos se baseavam apenas no tamanho  de partículas utilizadas, técnica de fabricação e composição desses. Verificou-se, contudo, que  não seriam apenas esses os itens de classificação das resinas. Assim, desde 1992 a sua classificação tem alterado conforme outras características deste produto, como resistência  mecânica, módulo de elasticidade e resistência ao desgaste15

Esses compósitos são classificados, atualmente, quanto ao tamanho das partículas  inorgânicas (macroparticuladas, microparticuladas, híbridas, micro-híbridas ou nano-híbridas,  nanoparticuladas), quanto ao método de ativação (quimicamente ativadas, fotoativadas ou  duais), e quanto ao escoamento (alto escoamento, médio escoamento e baixo escoamento)11

As resinas macroparticuladas, praticamente não existem mais no mercado. Isso, pelo  fato do tamanho de suas partículas inorgânicas, que proporcionavam uma lisura superficial  muito aquém do desejado. As microparticuladas, apresentam polimento excelente, contudo  possuem alto índice de contração de polimerização, graças a baixa carga de seu peso4

Surgiram, então, os compósitos híbridos e microhíbridos, que objetivam a associação  das vantagens das resinas macroparticuladas e microparticuladas. Elas representam o maior  número de marcas comerciais, nos dias de hoje, tendo uma indicação universal, conforme seus  fabricantes. Ainda sobre a classificação das partículas, têm-se as resinas compostas  nanoparticuladas, que tem sido empregada com múltiplas finalidades em Odontologia  restauradora4,12

Quando se tem como classificação o critério de ativação dos compósitos resinosos, o  mercado disponibiliza três diferentes tipos. Àqueles compósitos quimicamente ativados são os  que apresentam uma pasta base e outra catalisadora, sendo polimerizado apenas após a junção  de ambas. Enquanto que aquelas resinas que dependem de uma fonte luminosa para se  polimerizar, são chamadas de fotoativadas. E quando apresenta os dois sistemas de ativação,  é conhecido como dual11

Os compósitos podem se diferir, também, quanto ao seu escoamento. As que possuem  alto escoamento são aquelas também conhecidas como tipo flow. Estas, por serem resinas muito  fluídas necessitam do uso de ponteiras. Quando as resinas compostas microhíbridas e  microparticuladas são inseridas nas cavidades com auxílio de espátulas apropriadas, o  profissional tem a que se conhece como médio escoamento. Enquanto que a de baixo  escoamento são aquelas mais recentemente lançadas, que apresentam uma baixa resistência ao  escoamento, mesmo com auxílio de um condensador16,17

Pode-se destacar ainda nesse meio as resinas bulk-fill ou também conhecidas como  resinas de preenchimento. Esta surgiu no mercado odontológico com o intuito de resolver  problemas de contração de polimerização, assim como uma técnica sensível incremental.  Mesmo não havendo consenso sobre sua utilização destes materiais, o mesmo tem se destacado  no meio dos profissionais por sua fácil utilização18.

De modo geral, algumas propriedades estarão mais presentes em uns tipos que em  outros. Sendo principais propriedades das resinas compostas: conteúdo de partículas orgânicas;  contração de polimerização; resistência ao desgaste; polimento superficial; grau de conversão;  estabilidade de cor; e características ópticas que se relacionam diretamente à estética do material  restaurador2

Como pode ser observado, a Odontologia adesiva e estética teve grande incremento nas  últimas décadas, possibilitando que as resinas compostas passassem a ser mais largamente  utilizadas e cada vez mais sofressem processos evolutivos4,19. As mudanças atuais destes  compósitos focam no processo de materiais com reduzida a contração de polimerização, tensão  de polimerização, e que de certa forma sejam autoadesivas ao substrato com que se esteja  trabalhando2

É sabido que a técnica operatória para utilização desse material restaurador é  considerada um tanto quanto dispendiosa e com tempo clínico consideravelmente extenso. Com  isso, os fabricantes tendem a lançar produtos que auxiliem na questão da facilidade destes itens  para o Cirurgião-Dentista e paciente5,6

Com este objetivo, foram lançados, atualmente, no mercado, os compósitos  autoadesivos. Estes possuem a facilidade de diminuir o tempo cirúrgico dos procedimentos  restauradores, principalmente àquele requerido para aplicação dos sistemas adesivos5,6.  Segundo seu fabricante esse tipo de resina pode ser utilizado em diferentes situações clínicas  em que é favorável o uso de material que alia facilidade de manipulação, resistência ao desgaste  e bom acabamento. Esse material é conhecido, também, por ser menos operador dependente,  ou seja, mesmo com algum erro de protocolo ele permite uma boa adesão ao substrato, tendo  em vista sua composição. 

Com esse objetivo, esse tipo de material poderá ser utilizado, principalmente, em casos  que se necessitam de um procedimento mais rápido, sem perda da qualidade do mesmo, como  é o caso de pacientes com necessidade especiais e crianças. Isso porque, os atendimentos a  esses pacientes devem buscar a melhoria de sua qualidade de vida20,21

Entende-se, assim, que o compósito, no seu processo evolutivo, garantiu excelência para  que pudessem ser escolhidos como material restaurador, por possuir inúmeros componentes  que viabilizam sua utilização16. Oferecendo resolução da sua necessidade, além de adaptação  em situações clínicas necessárias.

Discussão 

O uso das resinas compostas nas restaurações odontológicas tem ganhado cada vez mais  espaço, como consideram Arinelle et al. (2016)7. Os autores levam em conta que esse processo  se deve ao fato de sua evolução e proporcionalidade de desenvolver técnicas menos invasivas,  satisfazendo tanto a questão da funcionalidade, quanto a estética do paciente. 

Além disso, Veras et al. (2015)10 afirmam que outra característica que influi no destaque  desses materiais é a capacidade deste de substituírem o tecido biológico tanto na sua aparência  como na sua função. Nesse sentido, o conceito de adesão à estrutura dentinária para Silva et al.  (2010)9 contribui de forma significativa na longevidade da restauração. 

Durante o processo de evolução desse material os pesquisadores se preocuparam em um  primeiro momento com a evolução das cargas, e apenas posteriormente com a matriz. Assim, o  processo evolutivo, das primeiras alterações positivas segundo Conceição et al. (2007)11 e  Calderalli et al. (2011)13, relacionam-se à resistência ao desgaste. Com base nessa característica,  a primeira melhoria no processo evolutivo das resinas foi com relação à inserção do Bis – GMA.  Esta matriz é caracterizada, segundo Conceição et al. (2007)11, por ser derivada de produtos  com potencial para unir à matriz orgânica da estrutura dentária. 

Para Conceição et al. (2007)11, as resinas compostas são classificadas quanto ao tamanho  das partículas em macroparticuladas, microparticuladas, híbridas, micro-híbridas ou nano híbridas, nanoparticuladas; quanto ao método de ativação (quimicamente ativadas, fotoativadas  ou duais), e quanto ao escoamento (alto escoamento, médio escoamento e baixo escoamento). 

As resinas micro-híbridas representam atualmente a maioria disponível no mercado por  unir propriedades que conferem resistência mecânica ao desgaste e maior lisura superficial,  características essas que são desejáveis para o resultado estético e longevidade da restauração.  Tais características não podem ser encontradas nas resinas microparticuladas ou  macroparticuladas de forma separadas. 

Ainda para Conceição et al. (2007)11 a forma de ativação das resinas é disponibilizada  de três tipos: àqueles compósitos quimicamente ativados são os que apresentam uma pasta base  e outra catalisadora, sendo polimerizado apenas após a junção de ambas. Enquanto que aquelas  resinas que dependem de uma fonte luminosa para se polimerizar, são chamadas de  fotoativadas. E quando apresentam os dois sistemas de ativação, tanto químico como físico, é  conhecido como dual; contudo, esta tem sido mais utilizada na forma de cimento quando se  utiliza pinos intrarradiculares. É válido ressaltar que as resinas ativadas exclusivamente por forma química têm deixado o mercado há algum tempo, prevalecendo, dessa forma, as  fotoativadas. 

Após alcançarem um patamar satisfatório quanto ao carregamento e tamanho das  partículas, houve uma evolução das resinas no que diz respeito ao melhoramento da matriz  orgânica, sendo as resinas de principal destaque: as recentes nanopartículadas, bukfill e  autocondicionantes. A primeira é caracterizada, por Souza et al. (2015)22, pela capacidade de  apresentar uma grande resistência à flexão, por possuir como matriz orgânica o TEGDMA,  sendo assim indicadas em áreas posteriores. Na linha evolução desse material surgiram àquelas  resinas nanoparticuladas com matriz resinosa à base de silorano, resultando em poucos radicais  livres para união, favorecendo um menor estresse de contração. Estas segundo Lopes (2008)23 favorecem a longevidade da restauração. 

No processo evolutivo as resinas tipo bukfill, para Caneppele e Bresciani (2016)18,  vieram com a finalidade de melhorar o desempenho clínico nos processos de restauração; para  além deste ponto estas resinas surgiram com a finalidade de resolver o problema de contração  de polimerização. Para Arinelli et al. (2016)7, a mais nova criação deste mercado são as resinas  autocondicionantes, que por eliminar passos clínicos, evidenciam, de certa forma, uma técnica  de trabalho menos operador independente. 

Em relação ao uso das resinas na realidade atual da Odontologia, as melhorias em  determinadas propriedades foram fundamentais para sua ascensão como a redução da contração  de polimerização, tensão de polimerização, e que de certa forma sejam autoadesivas ao  substrato com que se esteja trabalhando como se afirma em Nunes e Conceição (2007)2. Diante  disso, as resinas autoadesivas passam a ser citadas e utilizadas no mercado com a finalidade de  diminuir o tempo cirúrgico dos procedimentos restauradores, principalmente àquele requerido  para aplicação dos sistemas adesivos. 

Por isso, segundo Schardosim, Costa, Azevedo (2015)20 e Alcântara et al. (2016)21, esse  tipo de material poderá ser utilizado, principalmente, em casos que se necessitam de um  procedimento mais rápido, sem perda da qualidade do mesmo, como é o caso de pacientes com  necessidade especiais e crianças, buscando sempre a melhoria da qualidade de vida destes. 

Atualmente, como colocado por Nunes e Conceição (2007)2, algumas propriedades  estarão mais presentes em uns tipos que em outros e estas podem ser: conteúdo de partículas  orgânicas; contração de polimerização; resistência ao desgaste; polimento superficial; grau de  conversão; estabilidade de cor; e características ópticas que se relaciona diretamente à estética  do material restaurador.

Conclusão 

O acesso a uma quantidade cada vez maior de informações trouxe consigo a exigência  estética também maior por parte dos pacientes que chegam aos consultórios odontológicos.  Nesse sentido, houve a necessidade de avanços e melhorias na qualidade dos materiais  utilizados para restaurações, como é o caso das resinas compostas. 

Assim, percebe-se atualmente que estes materiais têm apresentado características que  tornam as restaurações melhores esteticamente e em qualidade como a menor contração de  polimerização, melhor lisura superficial além da otimização do tempo de trabalho. Para este  último ponto evidencia-se a nova estratégia do mercado e dos pesquisadores, com o lançamento  das resinas autocondicionantes. 

Com isso, fica evidenciado uma evolução benéfica que ao contrário do que era  observado no passado em que o que mais se explorava era a carga, buscando diminuir os  tamanhos das partículas, hoje o mercado tem dado atenção maior na questão da evolução da  matriz, com objetivo de deixar a técnica mais rápida, menos susceptível a erros e operador  independente. Diante disso fica claro que com o passar dos anos a Odontologia Restauradora  tem melhorado substancialmente a fim de atender as necessidades e exigências dos pacientes. 

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1Discente do Curso de Medicina da Faculdades Integras do Extremo Sul da Bahia – UnesulBahia
2Mestre em Reabilitação Oral e Docente do Curso de Odontologia da Faculdade Independente  do Nordeste. Telefone: (71) 99339-9093 – Email: mjacobina@gmail.com
3Discente do Curso de Medicina da Faculdades Integras do Extremo Sul da Bahia – UnesulBahia
4Discente do Curso de Medicina da Faculdades Integras do Extremo Sul da Bahia – UnesulBahia