EVOLUÇÃO DA SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES DENTÁRIOS – MICROGEOMETRIA

EVOLUTION OF THE SURFACE OF DENTAL IMPLANTS – MICROGEOMETRY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10027869


Avlan Martins barbosa
Wesley Cirqueira Junior
Sergio Ricardo Esteves


Resumo

Os implantes dentários têm uma história fascinante de evolução, desde suas origens até os avanços mais recentes. Inicialmente, os implantes dentários foram usados por várias culturas antigas, como os maias e egípcios, usando materiais como conchas e metais. No entanto, o conceito de osseointegração, a base da odontologia moderna de implantes, começou a ser desenvolvido pelo pesquisador sueco Per-Ingvar Brånemark nas décadas de 1950 e 1960. A osseointegração é o processo em que o osso se funde com o implante, fornecendo uma base sólida para restaurações dentárias. O tratamento de superfície dos implantes desempenha um papel crucial nesse processo. Originalmente, implantes eram lisos, mas pesquisas posteriores revelaram que a rugosidade controlada da superfície do implante aumenta a osseointegração. Isso levou a avanços na tecnologia de tratamento de superfície, como jateamento de partículas e anodização. Nos últimos anos, a evolução dos implantes dentários tem sido impulsionada pela nanotecnologia, que permitiu a criação de superfícies extremamente rugosas e aprimorou materiais. Além disso, a digitalização e a fabricação assistida por computador revolucionaram o planejamento e a colocação de implantes.

Em resumo, a trajetória da evolução dos implantes dentários envolveu a descoberta da osseointegração por Brånemark, avanços no tratamento de superfície e o uso de tecnologia de ponta para melhorar a qualidade e precisão dos implantes. Esses progressos tiveram um impacto significativo na odontologia, proporcionando aos pacientes soluções mais eficazes e duradouras para a substituição de dentes ausentes.

Palavras-chave: Implantes dentários. Osseointegração. Tratamento de superfície.

1 INTRODUÇÃO

A reabilitação oral por meio de implantes dentários tem se estabelecido como um dos avanços mais significativos na odontologia moderna. Desde a sua introdução, há algumas décadas, a tecnologia e as técnicas relacionadas aos implantes dentários têm evoluído de forma notável. (FRANCO, RAFAEL QUIRINO et al.,2021).

A osseointegração é um processo crucial na odontologia que desempenha um papel fundamental na longevidade e eficácia dos implantes dentários. Refere-se à conexão direta e sólida entre o implante dentário e o osso circundante. Essa integração proporciona uma base estável e duradoura para as próteses dentárias, como coroas, pontes ou dentaduras. Em resumo, a osseointegração é essencial para o sucesso dos implantes dentários, pois garante que eles sejam estáveis, duradouros e capazes de  restaurar a função e a estética oral de maneira eficaz. Isso torna a osseointegração um marco crucial na  odontologia moderna, melhorando a vida de muitos pacientes que buscam restaurar seus sorrisos e funções mastigatórias. (FERREIRA, Laura Maria et al.,2023)

Os implantes dentários e seus tratamentos de superfície passaram por uma fascinante evolução ao longo da história da odontologia, culminando em avanços notáveis que são fundamentais para o sucesso dos implantes modernos. Os primeiros registros de implantes dentários remontam aos antigos  egípcios, que utilizavam materiais como marfim e madeira para substituir dentes ausentes. No entanto, esses implantes primitivos não eram bem-sucedidos devido à falta de osseointegração. A tentativa de usar materiais como ouro e platina como implantes dentários foi feita durante o século XIX, mas esses materiais também não proporcionavam osseointegração eficaz. A verdadeira revolução nos implantes dentários ocorreu quando o médico ortopedista cirurgião sueco Per-Ingvar Brånemark descobriu a osseointegração acidentalmente enquanto estudava a biocompatibilidade de implantes de titânio em tíbias de coelhos. Essa descoberta levou ao uso de implantes de titânio como base para próteses dentárias, inaugurando uma nova era na odontologia. (FERREIRA, Laura Maria et al.,2023)

Aos poucos, o titânio começou a ser utilizado em humanos, com resultados promissores de osseointegração. No entanto, as superfícies dos implantes ainda eram relativamente lisas, o que limitava seu potencial de osseointegração. Nesse período, os tratamentos de superfície começaram a se desenvolver. O jateamento com partículas abrasivas, como o óxido de alumínio, passou a ser usado para criar superfícies mais rugosas, proporcionando maior aderência celular e melhor osseointegração. (FERREIRA, Laura Maria et al.,2023)

A pesquisa continuou a avançar, resultando em tratamentos de superfície ainda mais sofisticados. Isso incluiu o uso de técnicas químicas, como a aplicação de ácidos ou plasma, para melhorar as características da superfície e torná-las mais propícias à osseointegração. A nanotecnologia entrou em cena, permitindo o desenvolvimento de superfícies de implantes em escala nanométrica. Essas superfícies bioativas e biomiméticas interagem de maneira específica com o  ambiente biológico, otimizando a  osseointegração. (NETO, Ulisses Gomes Guimarães et al., 2019)

A evolução dos implantes dentários e de seus tratamentos de superfície é um exemplo notável de como a ciência e a tecnologia podem transformar uma área da medicina. Hoje, os implantes dentários são altamente confiáveis, com altas taxas de sucesso, graças a essas inovações na criação de superfícies adequadas para a osseointegração. Eles se tornaram uma solução padrão para substituir dentes perdidos, restaurar sorrisos e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. (NETO, Ulisses Gomes Guimarães et al., 2019)

Com o avanço das reabilitações dentárias com a utilização de implantes dentários, hoje a primeira opção reabilitadora na recomposição de dentes perdidos dentro das possibilidades reabilitadoras do Cirurgião Dentista, o estudo sobre a evolução das superfícies dos implantes buscando uma melhora no processo de osseointegração e uma resposta mais rápida nesse processo, é uma realidade no âmbito da  implantodontia.

Neste trabalho, iremos explorar a trajetória da evolução dos implantes dentários, desde suas origens até os avanços mais recentes ocorridos até o presente momento, tendo como objetivo, buscar na literatura detalhes sobre o desenvolvimento no tratamento de superfície de implantes, destacando sua importância na osseointegração e na prevenção de complicações. Esta pesquisa se baseará em uma análise abrangente de literatura científica e estudos clínicos, abordando avanços notáveis que ocorreram no período de estudo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

1. *Desenvolvimento de Biomateriais de Próxima Geração*
– Pesquisadores têm se concentrado no desenvolvimento de biomateriais avançados, como cerâmicas de zircônia, que combinam resistência e estética superiores (Zhang et al., 2020).
– A pesquisa em biomateriais permite implantes mais duráveis e esteticamente agradáveis.

2. *Implantes e Tecnologia Digital*
– A tecnologia digital tornou-se uma parte integrante da odontologia implantar, com o uso de tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) para planejamento preciso (Vercruyssen et al., 2021).
– Além disso, a impressão 3D tem facilitado a criação de guias cirúrgicos personalizados, melhorando a precisão dos procedimentos (Mangano et al., 2019).

3. *Implantes de Carga Imediata*
– Os implantes de carga imediata têm ganhado destaque, permitindo a fixação de próteses no mesmo dia da cirurgia (Canullo et al., 2022).
– Isso reduz o tempo de tratamento e melhora a experiência do paciente.

4. *Medicina Regenerativa e Terapia com Células-Tronco*
– Pesquisas em medicina regenerativa têm explorado o uso de terapia com células-tronco para melhorar a regeneração óssea e a osseointegração (Yu et al., 2019).
– Isso oferece oportunidades em tratamentos mais eficazes e personalizados.

5. *Implantes Inteligentes e IoT na Odontologia*
– Implantes dentários inteligentes, equipados com sensores e conectados à Internet das Coisas (IoT), estão sendo explorados para monitorar a saúde bucal em tempo real (Li et al., 2021).
– Essa tecnologia oferece novas possibilidades de cuidados odontológicos personalizados.

A evolução dos implantes dentários representa um marco significativo na odontologia, proporcionando soluções mais eficazes, duradouras e esteticamente agradáveis para a substituição de dentes perdidos. A constante pesquisa e inovação nessa área prometem um futuro ainda mais promissor para a reabilitação oral, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e desafiando os limites do possível na odontologia moderna.

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa consiste em uma revisão de literatura com o objetivo de analisar e discutir os diferentes métodos de tratamento das superfícies de implantes citadas na literatura e seus efeitos sobre a qualidade da osseointegração, biomecânica da distribuição de força e sucesso a longo prazo.

A revisão da literatura para este estudo será realizada selecionando artigos científicos publicados on-line em bancos de dados eletrônicos como o PubMed e Scielo, entre 2019 e 2023, com texto completo disponível on-line e escrito em português ou inglês. Também foram utilizados livros e monografias relacionadas com o tema deste estudo. Para a seleção dos artigos foram utilizados os seguintes critérios: tratamento de superfície e implantes osseointegrados.

O método de pesquisa adotado será o bibliográfico e documental, pois esse tipo de abordagem permeia todos os estágios do trabalho acadêmico, servindo como alicerce para a coleta de materiais como livros e artigos científicos, entre outros. A pesquisa bibliográfica se baseia em materiais já existentes, e sua principal vantagem “reside no fato de que permite ao pesquisador cobrir uma gama muito maior de fenômenos do que poderia ser estudada diretamente”. Esta vantagem se torna importante quando o problema de pesquisa requer dados escassos”. (DOS SANTOS BATISTA, Leonardo; KUMADA, Kate Mamhy Oliveira et al., 2021), como no presente estudo.

Quanto à técnica de abordagem, a pesquisa qualitativa é classificada como aquela que não utiliza métodos e técnicas estatísticas, ou seja, não traduz os resultados obtidos em números. “Os dados coletados neste tipo de pesquisa são descritivos, retratam o maior número possível de elementos existentes na realidade estudada”. (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 70).

Para a identificação dos estudos incluídos ou considerados nesta revisão, foi realizada uma estratégia de busca detalhada nos bancos de dados: Medline e Biblioteca Cochrane, SciELO, Lilacs, PubMed.

Os critérios de inclusão foram: livros, artigos clínicos, laboratoriais e de revisão que estudassem ou comparassem tratamentos de superfícies dos implantes osseointegráveis disponíveis no mercado, publicados nos últimos 5 anos.

Como critério de exclusão: foram desprezados artigos antigos, com publicação acima de 5 anos, sem referência ao tratamento de superfície de implantes e aqueles cujo idioma não fosse o inglês ou o português.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Resultados:

1. Origens dos Implantes Dentários: As práticas antigas de implantes dentários, como as utilizadas pelos maias e egípcios, são evidências notáveis da busca da humanidade por soluções para a perda de dentes, mesmo antes dos avanços modernos. Os maias, uma antiga civilização mesoamericana, são conhecidos por suas tentativas de substituir dentes perdidos. Eles usavam materiais disponíveis na época, como conchas e pedras preciosas, para criar implantes dentários rudimentares.

A técnica consistia em esculpir uma peça desses materiais e inseri-la no osso alveolar (a parte do osso que suporta os dentes). Esses implantes eram usados tanto por razões funcionais quanto estéticas.

No Egito Antigo, também há evidências de tentativas de substituição de dentes ausentes. Os egípcios usavam materiais como marfim, metais como cobre e até pedras preciosas para criar estruturas semelhantes a implantes. Esses implantes eram frequentemente adornados com pedras preciosas para melhorar a estética. As técnicas egípcias de implantes dentários envolviam a inserção desses materiais na mandíbula ou maxila, muitas vezes presos com fios de metal. Apesar de rudimentares, essas práticas demonstram o desejo antigo de restaurar a função e a aparência dos dentes perdidos.

É importante notar que essas práticas antigas, embora fossem um esforço inicial para abordar a perda dentária, estavam longe de serem tão avançadas quanto os implantes dentários modernos. A compreensão da osseointegração, a importância do tratamento de superfície e os materiais de alta qualidade só se desenvolveram muito mais tarde, impulsionando a evolução significativa da odontologia de implante.  (CAMPOS, Anna Aliny Dourado; GONTIJO, Tatiele Rodrigues Andrade; OLIVEIRA, Danilo Flamini et al., 2022).

2. Osseointegração e a Contribuição de Per-Ingvar Brånemark: O trabalho pioneiro do cirurgião e pesquisador sueco Per-Ingvar Brånemark nas décadas de 1950 e 1960 desempenhou um papel fundamental na introdução e consolidação do conceito de osseointegração, revolucionando a odontologia e a implantodontia. Brånemark é amplamente reconhecido como o “pai” da osseointegração de implantes dentários devido aos seus primeiros experimentos e resultados inovadores.

Em sua pesquisa, Brånemark concentrou-se em estudar a resposta do tecido ósseo quando em contato com materiais metálicos, especificamente o titânio. Seus primeiros experimentos envolveram a inserção de pequenos implantes de titânio em tíbias de coelhos, que eram posteriormente removidos para análise. O que Brånemark descobriu foi revolucionário: os implantes não eram rejeitados pelo organismo, mas sim integrados ao osso circundante de maneira extraordinária.

Os experimentos de Brånemark revelaram que o titânio tinha uma afinidade única com o tecido ósseo, permitindo que as células ósseas crescessem e se ligassem firmemente à superfície do implante. Essa descoberta foi um marco, pois inaugurou a compreensão da osseointegração, o processo pelo qual o osso se funde com o implante de titânio, tornando-o uma parte funcional e estável da estrutura bucal.

Os resultados dessas pesquisas iniciais abriram as portas para a aplicação clínica de implantes dentários. A técnica desenvolvida por Brånemark permitiu a substituição eficaz de dentes perdidos, proporcionando uma alternativa segura e eficiente às próteses convencionais. Sua abordagem, baseada em evidências científicas sólidas, marcou o início de uma revolução na odontologia, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes que antes enfrentavam desafios significativos de mastigação, estética e autoestima. (BARROS, CARLOS VITOR CARVALHO et al., 2019).

3. Tratamento de Superfície:

A evolução do tratamento de superfície de implantes dentários representa uma parte significativa da progressão na área da implantodontia. Inicialmente, os implantes dentários eram projetados com superfícies lisas, como era o caso nos primeiros experimentos de Per-Ingvar Brånemark. No entanto, ao longo das décadas, a pesquisa aprofundada nesse campo demonstrou que as superfícies rugosas são mais propícias à osseointegração, resultando em implantes mais eficazes e confiáveis.

No início, os implantes com superfícies lisas eram usados e, embora a osseointegração fosse possível, levava mais tempo para ocorrer. As superfícies lisas não forneciam uma ancoragem mecânica ideal para as células ósseas aderirem ao implante. Esse processo mais lento aumentava o risco de complicações, como a perda de implantes ou a falta de estabilidade a longo prazo.

A virada crucial na evolução do tratamento de superfície ocorreu quando pesquisadores perceberam que a rugosidade controlada das superfícies dos implantes poderia acelerar e aprimorar a osseointegração. Essa descoberta desencadeou uma série de estudos para determinar o grau ideal de rugosidade e métodos de criação de superfícies rugosas. A rugosidade micro e macroscópica permitia uma maior área de contato entre o implante e o osso, proporcionando uma aderência mais forte para as células ósseas.

Hoje, existem várias técnicas e tratamentos que buscam maximizar a rugosidade das superfícies dos implantes, incluindo jateamento com partículas de óxido de alumínio, tratamento químico e revestimentos de plasma. Cada um desses métodos é projetado para criar a textura ideal que favorece a rápida osseointegração.

O avanço na compreensão das superfícies rugosas e sua relação com a osseointegração transformou a eficácia dos implantes dentários. Isso não apenas acelerou o processo de cicatrização e recuperação para os pacientes, mas também reduziu significativamente o risco de complicações, tornando a substituição de dentes perdidos mais previsível e bem-sucedida. Essa evolução contínua no tratamento de superfície de implantes dentários destaca a importância da pesquisa e inovação na odontologia, permitindo que mais pessoas desfrutem de sorrisos saudáveis e funcionais. (FERREIRA, Laura Maria et al., 2023).

Discussão:

Importância da Osseointegração: A osseointegração desempenha um papel central na estabilidade e sucesso dos implantes dentários. Esse processo, que envolve a união direta entre o osso e a superfície do implante, é crucial para a durabilidade do dispositivo. A osseointegração proporciona um ponto de ancoragem sólido para o implante, permitindo que ele suporte cargas funcionais, como a mastigação, de maneira semelhante aos dentes naturais. Além disso, a osseointegração é fundamental para prevenir complicações a longo prazo, como a mobilidade do implante ou infecções. Esse avanço significativo na odontologia tem melhorado a qualidade de vida de inúmeras pessoas, oferecendo uma solução eficaz e duradoura para a substituição de dentes perdidos. (GUSMÃO, Bianca Mendonça; DOMENE, Luana Herrero; DE OLIVEIRA MARSON, Giordano Bruno et al., 2022).

Evolução do Tratamento de Superfície: Os avanços no tratamento de superfície dos implantes dentários desempenham um papel crucial na melhoria da capacidade de osseointegração. Superfícies rugosas proporcionam uma maior área de contato entre o implante e o osso, acelerando o processo de osseointegração. Técnicas como o jateamento de partículas e a anodização são usadas para criar texturas específicas na superfície do implante, promovendo uma aderência mais forte das células ósseas. Esses métodos refinados são essenciais para melhorar a eficácia dos implantes, tornando-os mais seguros e previsíveis. (FERREIRA, Laura Maria et al., 2023).

Contribuição da Nanotecnologia: A nanotecnologia desempenhou um papel fundamental na evolução dos implantes dentários. A capacidade de criar superfícies extremamente rugosas em nível nanométrico tem contribuído significativamente para uma melhor osseointegração. Essas superfícies nanorrugosas mimetizam de perto as características naturais do osso, promovendo uma aderência excepcional das células ósseas. Isso resulta em uma osseointegração mais rápida e sólida, o que, por sua vez, melhora a estabilidade e a durabilidade dos implantes. (BILEK, Isabella Serbai et al., 2023).

Tecnologia Digital e Fabricação Assistida por Computador: A digitalização e a fabricação assistida por computador revolucionaram o planejamento e a colocação de implantes. A tecnologia de imagem avançada, como a tomografia computadorizada, permite um planejamento mais preciso, levando a uma colocação de implantes mais precisa. Além disso, a fabricação assistida por computador permite a produção de implantes sob medida, adaptados às necessidades específicas de cada paciente. Isso não apenas melhora a eficácia dos procedimentos, mas também reduz o tempo de recuperação e o desconforto pós-operatório.
(PESSOA, Lídia Estéfane Gomes et al., 2022).

Impacto Global na Odontologia: Essas evoluções têm tido um impacto global na odontologia, tornando os tratamentos de substituição de dentes perdidos mais eficazes e duradouros. Pacientes de todo o mundo agora podem contar com implantes dentários que se assemelham muito aos dentes naturais em termos de estabilidade, funcionalidade e estética. Isso não apenas melhora a qualidade de vida dos pacientes, mas também impulsiona a pesquisa contínua e a inovação na odontologia, promovendo soluções cada vez mais avançadas e personalizadas.
(LUCCI, Anna Clara Garcia et al.,2020).

5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em conclusão, a história da evolução dos implantes dentários é um testemunho da perseverança e inovação na odontologia. Desde os primórdios em que culturas antigas utilizavam materiais rudimentares até o ponto em que a osseointegração e o tratamento de superfície se tornaram a espinha dorsal da odontologia moderna de implantes, houve um progresso notável.

A importância da osseointegração, permitindo que os implantes se integrem firmemente ao osso, transformou a forma como restauramos sorrisos e qualidade de vida. O refinamento das técnicas de tratamento de superfície, incluindo avanços recentes na nanotecnologia, tem aprimorado ainda mais a eficácia e a durabilidade dos implantes.

À medida que avançamos para o futuro, a digitalização e a fabricação assistida por computador estão moldando o planejamento e a colocação de implantes, proporcionando níveis sem precedentes de precisão. Esses avanços combinados têm redefinido a odontologia, oferecendo aos pacientes soluções mais seguras, eficazes e duradouras para a substituição de dentes ausentes.

A trajetória da evolução dos implantes dentários nos ensina que, por meio da pesquisa contínua e da aplicação de tecnologia de ponta, estamos melhorando a qualidade de vida de inúmeras pessoas.

Segundo os artigos, cada vez mais fábricas e pesquisadores procuram superfícies que sejam bioativas e biomiméticas produzindo interações com a estrutura óssea do paciente capazes de aumentar a estabilidade e integração ósseoa dos implantes, oferendo benefícios importantes para a osseointegração, longevidade dos implantes e reabilitações protéticas sobre implantes. Fica evidente que o tratamento de superfície transforma os implantes dentários em estruturas seguras e eficientes para a realização de substituição de dentes perdidos na reabilitação implanto/protética, trazendo segurança para os profissionais e para os pacientes.

REFERÊNCIAS

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