ÉTICA E RESPEITO: ABORDAGENS MULTIDISCIPLINARES NO COMBATE AO ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE HOSPITALAR
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249101538
Renan Barros Braga1
Kário Francisco Rodrigues de Araújo2
Sandra Maria Vinhal2
Janeide de Almeida Gomes2
Thiago Gomes Zaki Gerges3
Waléria de Melo Escórcio de Brito3
Rubiana Cordeiro e Silva3
Clívia Mirelly da Silva4
Eliana Patrícia Pereira dos Santos4
Beatriz Maciel Ramos Cesar5
Bárbara Santos Abreu5
Larissa Vanessa Ferreira Memoria6
Renata Maria Machado de Araújo Soares6
Mariza Ozório da Rocha6
Maria Eduarda Diniz Fonseca Saldanha7
Lila Maria Mendonça Aguiar7
Luiziane Veríssimo Correia Nóbrega7
Thays Luana da Cruz8
Sonia Regina Maciel Rodrigues da Silva8
Julliete dos Santos Holanda da Silva8
Aline Amorim da Silveira8
Degmar Aparecida Netto Rossi8
Antonio Tiago da Costa Fenelon9
Aline Márcia Pereira Pinheiro Silva9
Elisa de Moraes Batista10
Hayanne Oliveira da Silva Nóbrega11
Jorge Bugary Teles Júnior12
Rosiane Santana dos Santos12
Kaio Guilherme Campos Paulo Ikeda13
Alan Jerfferson Abrel Reis14
Michelle Graces Viana14
Erika Cinthya Coelho da Silva15
Soraia do Socorro Furtado Bastos16
Camila Franco17
Nanci Moreira da Cunha Marangoni18
Bianca Farias Dantas19
Claudenira da Silva Santos20
Larissa Pires Jácome Gornattes21
Erika Sousa Domingues22
Kleber Claudio Nakayama23
Sara de Paula Fernandes Lopes23
Bruna Karine Oliveira do Carmo23
Nayanne Ricelli da Costa Silva Gonçalves24
Francisco Geornes Peixoto Saldanha25
Fabiana de Morais26
Allan Kardec Lima Brandão27
Resumo
Este estudo aborda a importância das práticas éticas e da humanização no atendimento hospitalar, destacando como essas abordagens são essenciais para garantir a qualidade dos serviços de saúde e o bem-estar dos pacientes e profissionais de saúde. Através de uma pesquisa bibliográfica, foram analisadas diversas fontes acadêmicas, utilizando bases de dados como SciELO, Google Acadêmico e o Portal de Periódicos da CAPES, para identificar os principais desafios e estratégias para a implementação dessas práticas. A pesquisa revelou que a ética e a humanização são interdependentes e mutuamente reforçadoras, sendo cruciais para a construção de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. O estudo também destacou a necessidade de formação contínua em ética, a gestão hospitalar ética e humanizada, e a criação de políticas institucionais eficazes para combater o assédio moral e promover um atendimento digno e respeitoso. As conclusões apontam para a urgência de integrar essas práticas de maneira sustentável nas instituições de saúde, garantindo um sistema mais justo, eficiente e centrado no paciente.
Palavras–chave: Ética hospitalar, Humanização do atendimento, Assédio moral, Gestão hospitalar.
1 INTRODUÇÃO
O ambiente hospitalar, caracterizado pela complexidade e intensidade de suas atividades, exige uma abordagem que vá além da excelência técnica, incorporando também práticas éticas e humanizadas. A humanização do atendimento hospitalar envolve o reconhecimento da dignidade de cada paciente, garantindo que eles sejam tratados com respeito e empatia, independentemente de sua condição de saúde. A ética, por sua vez, oferece um conjunto de princípios que orientam as ações dos profissionais de saúde, assegurando que suas práticas sejam guiadas por valores como justiça, autonomia e beneficência (Paula; Freitas, 2016).
Nos últimos anos, a discussão sobre a ética e a humanização no atendimento hospitalar ganhou destaque devido aos inúmeros relatos de práticas abusivas e desumanizadoras em instituições de saúde. Estudos mostram que a falta de humanização e a ausência de uma conduta ética robusta podem comprometer a qualidade do atendimento, levando a consequências negativas tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. Esses desafios reforçam a necessidade de se promover um ambiente hospitalar onde a dignidade humana seja valorizada e protegida (Silva; Oliveira, 2017).
A justificativa para este estudo reside na importância crítica de assegurar que as práticas hospitalares sejam tanto técnicas quanto humanizadas. O problema central deste estudo é compreender como as práticas éticas e a humanização podem ser efetivamente integradas no ambiente hospitalar para melhorar a qualidade do atendimento e o bem-estar dos profissionais de saúde. Como os hospitais podem implementar essas práticas de maneira consistente e eficaz?
Os objetivos deste estudo são investigar as práticas éticas e humanizadas no atendimento hospitalar, identificar os principais desafios para sua implementação e propor estratégias para superá-los. Especificamente, busca-se analisar como a ética pode orientar as ações dos profissionais de saúde, promover um atendimento mais humano e assegurar que os pacientes recebam cuidado integral e respeitoso.
A metodologia deste estudo baseia-se em pesquisa bibliográfica, utilizando fontes de dados como SciELO, Google Acadêmico e o Portal de Periódicos da CAPES. A pesquisa bibliográfica é fundamental para a construção de um conhecimento profundo e crítico sobre o tema, permitindo a análise de estudos prévios e a identificação de tendências e lacunas na literatura existente. Através dessa abordagem, será possível elaborar uma compreensão abrangente e fundamentada das práticas éticas e da humanização no atendimento hospitalar, proporcionando insights valiosos para a melhoria das políticas e práticas institucionais.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Abordagem Jurídica e Normativa do Assédio Moral no Ambiente Hospitalar
No contexto hospitalar, o assédio moral pode ser definido como a exposição prolongada e repetitiva de trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de causar danos à sua saúde física e mental. Este tipo de comportamento não apenas afeta a dignidade do trabalhador, mas também compromete a eficiência e a humanização do atendimento prestado aos pacientes (Camargo; Botelho, 2014).
A legislação brasileira oferece uma base normativa importante para o combate ao assédio moral. A Constituição Federal de 1988 assegura a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho como fundamentos da República Federativa do Brasil, estabelecendo a necessidade de proteção contra qualquer forma de discriminação e abuso no ambiente de trabalho. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) também traz disposições específicas que visam proteger os trabalhadores contra práticas abusivas e humilhantes.
Além das normas gerais, o Ministério da Saúde, através da Política Nacional de Humanização, destaca a importância de práticas humanizadas no atendimento hospitalar, enfatizando o respeito aos direitos dos trabalhadores e a criação de ambientes saudáveis e acolhedores (Brasil, 2013). Esta política promove a valorização dos profissionais de saúde, reconhecendo que um ambiente de trabalho respeitoso e ético é fundamental para a qualidade do cuidado oferecido aos pacientes.
No entanto, a aplicação prática dessas normas enfrenta desafios significativos. Muitas vezes, os trabalhadores de saúde hesitam em denunciar casos de assédio moral devido ao medo de retaliação ou à falta de confiança nos mecanismos institucionais de resolução de conflitos. Fernandes e Paula (2015) apontam que a subnotificação dos casos de assédio é um problema comum, o que dificulta a implementação de medidas eficazes de combate e prevenção.
A ética profissional no ambiente hospitalar é um elemento central na luta contra o assédio moral. A ética, entendida como um conjunto de princípios e valores que orientam a conduta dos profissionais, deve ser integrada às práticas cotidianas de trabalho. Freitas (2017) ressalta que a formação ética dos profissionais de saúde é essencial para fomentar uma cultura de respeito e dignidade no ambiente hospitalar.
Além da formação ética, as instituições de saúde devem adotar políticas claras e transparentes para o tratamento de casos de assédio moral. Isso inclui a criação de canais seguros e confidenciais para a denúncia, bem como a garantia de que todas as denúncias serão investigadas de forma imparcial e justa. A responsabilidade do empregador em criar um ambiente de trabalho saudável é destacada por Giglio (2011), que enfatiza a necessidade de ações preventivas e corretivas para lidar com o assédio moral.
A abordagem multidisciplinar é fundamental no combate ao assédio moral. Cooper e Robinson (2000) sugerem que a tolerância zero ao assédio deve ser promovida através de políticas institucionais rigorosas, educação contínua dos funcionários e apoio psicológico às vítimas. A implementação de programas de treinamento que abordem a comunicação assertiva, a resolução de conflitos e a empatia pode contribuir significativamente para a prevenção do assédio moral.
Além disso, é crucial que os gestores hospitalares estejam atentos aos sinais de assédio moral e sejam capacitados para lidar com essas situações de forma adequada. Machado (2018) argumenta que a liderança ética e a gestão humanizada são essenciais para criar um ambiente de trabalho onde os valores de respeito e dignidade sejam continuamente promovidos.
O impacto do assédio moral sobre os profissionais de saúde é profundo e multifacetado. Minayo (2014) destaca que as vítimas de assédio moral frequentemente enfrentam problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, além de consequências físicas, como insônia e distúrbios gastrointestinais. Esses efeitos não apenas comprometem o bem-estar dos trabalhadores, mas também afetam a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
Portanto, é imperativo que as instituições de saúde adotem uma abordagem proativa na prevenção e combate ao assédio moral. Isso inclui a realização de pesquisas regulares para identificar a prevalência e as características do assédio no ambiente hospitalar, bem como a implementação de programas de intervenção baseados em evidências. Paula e Freitas (2016) sugerem que a colaboração entre diferentes disciplinas, como a psicologia, a medicina do trabalho e o direito, pode oferecer uma visão mais abrangente e eficaz para lidar com o assédio moral.
A promoção de um ambiente de trabalho ético e humanizado também envolve a valorização e o reconhecimento dos profissionais de saúde. Souza (2015) argumenta que a humanização no atendimento hospitalar começa com o cuidado dos próprios trabalhadores. Políticas de valorização profissional, como a oferta de oportunidades de desenvolvimento e crescimento na carreira, podem contribuir para a satisfação e o bem-estar dos funcionários, reduzindo assim a incidência de assédio moral.
2.2 Impactos Psicossociais do Assédio Moral sobre Profissionais de Saúde
O assédio moral, caracterizado por comportamentos repetitivos e prolongados que humilham, desrespeitam e desqualificam o trabalhador, é uma realidade preocupante nos ambientes hospitalares. Esse tipo de violência psicológica pode ocorrer de diversas formas, incluindo insultos, isolamento social, sobrecarga de trabalho e críticas constantes e injustificadas. Tais comportamentos afetam diretamente a saúde mental dos profissionais de saúde, comprometendo sua capacidade de desempenhar suas funções de maneira eficiente e humanizada (Hirigoyen, 2014).
Um dos principais impactos psicossociais do assédio moral é o desenvolvimento de distúrbios mentais entre os trabalhadores. Ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e burnout são algumas das condições frequentemente associadas ao assédio moral. Freitas (2017) destaca que a exposição contínua a um ambiente de trabalho hostil pode levar ao esgotamento emocional e à perda de motivação, afetando não apenas a saúde mental dos profissionais, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
Além dos distúrbios mentais, o assédio moral também pode provocar consequências físicas. Sintomas como insônia, dores de cabeça, problemas gastrointestinais e hipertensão são comuns entre as vítimas de assédio moral. Essas manifestações físicas são frequentemente subestimadas, mas elas refletem o profundo impacto que o estresse psicológico exerce sobre o corpo humano. Mendes (2019) argumenta que a saúde física dos profissionais de saúde é indissociável de seu bem-estar psicológico, e ambos devem ser cuidados de maneira integrada.
A dimensão social do assédio moral também merece atenção. Profissionais de saúde que sofrem assédio moral frequentemente experimentam isolamento social no ambiente de trabalho. A exclusão das atividades sociais e a falta de apoio dos colegas aumentam a sensação de vulnerabilidade e desamparo das vítimas. Esse isolamento não apenas intensifica o sofrimento psicológico, mas também reduz a coesão da equipe e prejudica a colaboração entre os profissionais de saúde, elementos essenciais para um atendimento de qualidade (Leite; Silva, 2012).
A responsabilidade do empregador em prevenir e combater o assédio moral é crucial. Giglio (2011) ressalta que as instituições de saúde devem implementar políticas claras e eficazes para identificar e tratar casos de assédio moral. Isso inclui a criação de canais seguros para denúncia, a realização de investigações imparciais e a aplicação de medidas disciplinares adequadas. Além disso, é fundamental promover um ambiente de trabalho que valorize o respeito, a ética e a dignidade de todos os profissionais.
A ética profissional desempenha um papel central na mitigação dos impactos psicossociais do assédio moral. Freitas (2017) enfatiza que a formação ética dos profissionais de saúde deve incluir a sensibilização sobre os danos do assédio moral e a promoção de comportamentos respeitosos e colaborativos. A educação contínua e a capacitação dos profissionais são estratégias essenciais para fortalecer a ética no ambiente hospitalar e prevenir práticas abusivas.
Machado (2018) argumenta que a humanização no atendimento hospitalar começa com o cuidado dos próprios profissionais de saúde. Instituições que adotam uma abordagem humanizada, que reconhece e valoriza a importância do bem-estar dos trabalhadores, tendem a ter ambientes de trabalho mais saudáveis e menos propensos a episódios de assédio moral. A humanização inclui políticas de apoio psicológico, programas de bem-estar e iniciativas de desenvolvimento profissional, que juntos criam um ambiente mais acolhedor e respeitoso.
A gestão de pessoas é outro aspecto vital na prevenção e no combate ao assédio moral. Mendes (2019) destaca que os gestores hospitalares devem ser capacitados para identificar sinais de assédio moral e intervir de maneira eficaz. A liderança ética e a gestão baseada em valores são fundamentais para criar uma cultura organizacional que não tolere o assédio moral e que promova o bem-estar dos profissionais. Isso inclui a implementação de práticas de gestão que valorizem a transparência, a comunicação aberta e o apoio mútuo.
O suporte social é essencial para ajudar os profissionais de saúde a lidar com os impactos do assédio moral. Redes de apoio, tanto formais quanto informais, podem oferecer o suporte necessário para que as vítimas recuperem sua autoestima e confiança. Programas de mentoria, grupos de apoio e aconselhamento psicológico são algumas das iniciativas que podem ser implementadas para oferecer esse suporte. Além disso, é importante fomentar um ambiente de trabalho em que os colegas se sintam encorajados a apoiar uns aos outros e a denunciar práticas abusivas (Giglio, 2011).
O impacto do assédio moral não se restringe apenas aos profissionais de saúde, mas também afeta a qualidade do atendimento aos pacientes. Um ambiente de trabalho marcado pelo assédio moral é um ambiente de trabalho tóxico, onde o foco dos profissionais pode ser desviado dos cuidados aos pacientes para a gestão do estresse e do sofrimento psicológico. Isso pode resultar em erros médicos, diminuição da qualidade do atendimento e insatisfação dos pacientes. Portanto, combater o assédio moral é essencial não apenas para proteger os trabalhadores, mas também para garantir um atendimento seguro e eficaz aos pacientes (Hirigoyen, 2014).
A legislação brasileira oferece um arcabouço importante para a proteção dos trabalhadores contra o assédio moral. A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelecem direitos fundamentais que visam garantir a dignidade e o respeito no ambiente de trabalho. Além disso, Leite e Silva (2012) destacam que a legislação específica sobre assédio moral deve ser continuamente aprimorada para enfrentar os desafios emergentes e proteger de maneira mais eficaz os trabalhadores.
2.3 Práticas Éticas e Humanização no Atendimento Hospitalar
No ambiente hospitalar, a humanização do atendimento é um processo que visa promover o respeito à dignidade humana, a valorização do paciente como ser integral e a melhoria das condições de trabalho dos profissionais de saúde. Este conceito está intrinsecamente ligado à ética, que orienta as práticas e comportamentos dos profissionais, garantindo que suas ações sejam guiadas por princípios de respeito, justiça e responsabilidade (Paula; Freitas, 2016).
A ética no ambiente hospitalar deve ser compreendida como um conjunto de princípios e valores que norteiam a conduta dos profissionais de saúde. Esses princípios incluem a autonomia, a beneficência, a não-maleficência e a justiça. A autonomia refere-se ao respeito pelas decisões dos pacientes, garantindo que eles tenham todas as informações necessárias para tomar decisões informadas sobre seu tratamento. A beneficência implica agir no melhor interesse do paciente, enquanto a não-maleficência exige evitar causar danos. A justiça, por sua vez, está relacionada à distribuição equitativa dos recursos e ao tratamento justo de todos os pacientes (Paula; Freitas, 2016).
A implementação de práticas éticas e humanizadas no ambiente hospitalar enfrenta diversos desafios. Entre eles, destaca-se a pressão por produtividade e eficiência, que pode levar à desumanização do atendimento. Profissionais de saúde frequentemente enfrentam jornadas exaustivas, sobrecarga de trabalho e falta de recursos, o que pode comprometer a qualidade do atendimento e aumentar a incidência de práticas não éticas, como o assédio moral (Silva; Oliveira, 2017).
O assédio moral no ambiente hospitalar é uma questão crítica que afeta tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes. Comportamentos abusivos, como humilhação, intimidação e isolamento, podem causar sérios danos psicológicos e físicos aos trabalhadores, comprometendo sua capacidade de prestar um atendimento humanizado. Silva e Oliveira (2017) destacam que a criação de um ambiente de trabalho ético e respeitoso é essencial para prevenir o assédio moral e promover a humanização do atendimento.
A ética na enfermagem, especificamente, enfrenta desafios únicos. Silveira e Camargo (2018) argumentam que os profissionais de enfermagem, muitas vezes, estão na linha de frente do atendimento hospitalar e são diretamente responsáveis pelo cuidado contínuo dos pacientes. Isso exige não apenas competência técnica, mas também sensibilidade ética para lidar com situações complexas e emocionalmente carregadas. A formação contínua em ética e a criação de espaços de diálogo sobre dilemas éticos são essenciais para apoiar os enfermeiros em seu trabalho diário.
A humanização do atendimento hospitalar também envolve a adoção de práticas que valorizem a comunicação eficaz e a empatia. Souza (2015) ressalta que a comunicação aberta e honesta entre profissionais de saúde e pacientes é fundamental para estabelecer uma relação de confiança e respeito. Os profissionais devem ser capazes de ouvir as preocupações dos pacientes, responder às suas perguntas e oferecer suporte emocional. A empatia, entendida como a capacidade de se colocar no lugar do outro e compreender seus sentimentos, é uma competência essencial para a humanização do atendimento.
Além disso, a humanização no ambiente hospitalar implica a criação de políticas e práticas institucionais que promovam o bem-estar dos profissionais de saúde. Isso inclui a oferta de condições adequadas de trabalho, apoio psicológico, oportunidades de desenvolvimento profissional e reconhecimento do trabalho bem feito. Veiga (2019) destaca que a valorização dos profissionais de saúde é um componente crucial para a promoção de um ambiente de trabalho saudável e humanizado.
A gestão hospitalar desempenha um papel vital na promoção da ética e da humanização. Vieira e Carvalho (2020) argumentam que os gestores hospitalares devem ser líderes éticos, capazes de inspirar e motivar suas equipes a aderirem aos princípios de humanização e ética. Isso envolve a implementação de políticas claras e transparentes, a criação de mecanismos eficazes para a resolução de conflitos e a promoção de uma cultura organizacional baseada no respeito e na dignidade.
A interdisciplinaridade é outro aspecto importante na promoção da ética e da humanização no atendimento hospitalar. Veiga (2019) sugere que a colaboração entre diferentes disciplinas, como medicina, enfermagem, psicologia e administração, pode oferecer uma visão mais abrangente e integrada para lidar com os desafios éticos e promover a humanização. A troca de conhecimentos e experiências entre profissionais de diferentes áreas pode enriquecer o cuidado ao paciente e fortalecer a coesão da equipe.
A formação contínua em ética é essencial para a promoção de práticas humanizadas. Paula e Freitas (2016) enfatizam que a educação permanente em ética deve fazer parte dos programas de desenvolvimento profissional dos trabalhadores de saúde. Cursos, workshops e seminários sobre temas éticos e de humanização podem proporcionar aos profissionais as ferramentas necessárias para lidar com dilemas éticos e promover um atendimento mais humano e respeitoso.
A relação entre ética e humanização no atendimento hospitalar é indissociável. Práticas éticas garantem que os profissionais de saúde atuem de maneira justa e respeitosa, enquanto a humanização do atendimento promove um ambiente onde a dignidade e o bem-estar de todos são priorizados. Ambas são essenciais para a construção de um sistema de saúde mais justo, eficiente e humano.
3 METODOLOGIA
A presente pesquisa adota a abordagem bibliográfica para investigar as práticas éticas e a humanização no atendimento hospitalar. A pesquisa bibliográfica é um método robusto e amplamente utilizado em estudos acadêmicos, permitindo a análise crítica e sistemática de informações previamente publicadas. Segundo Lakatos e Marconi (2010), a pesquisa bibliográfica é fundamental para a construção de conhecimento, pois proporciona uma compreensão aprofundada do tema e auxilia na identificação de lacunas e tendências nas áreas estudadas.
Para a coleta de dados, foram utilizadas bases de dados renomadas e amplamente reconhecidas pela comunidade acadêmica, como SciELO, Google Acadêmico e o Portal de Periódicos da CAPES. Essas plataformas foram escolhidas devido à sua abrangência e qualidade das publicações indexadas, garantindo a relevância e a atualidade das fontes consultadas.
O processo de pesquisa iniciou-se com a definição de palavras-chave pertinentes ao tema, como “ética hospitalar”, “humanização no atendimento hospitalar”, “assédio moral no ambiente de trabalho” e “práticas éticas em saúde”. A partir dessas palavras-chave, foram realizadas buscas nas referidas bases de dados, resultando em uma ampla seleção de artigos, livros e dissertações relacionados ao tema.
Cada fonte selecionada foi cuidadosamente analisada, levando-se em consideração a relevância, o ano de publicação, o escopo do estudo e a contribuição para o entendimento do tema. Foram priorizadas publicações recentes, dos últimos dez anos, para garantir a atualidade dos dados e das discussões. No entanto, obras clássicas e seminal sobre o tema também foram incluídas, quando necessário, para fundamentar conceitos e teorias estabelecidas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Em primeiro lugar, destaca-se a necessidade de uma formação contínua e abrangente em ética para os profissionais de saúde. Estudos indicam que a educação ética deve ser integrada aos currículos acadêmicos e mantida ao longo da carreira profissional. Isso é essencial para garantir que os profissionais estejam preparados para lidar com dilemas éticos e situações complexas no ambiente hospitalar (Paula; Freitas, 2016).
A humanização do atendimento, por sua vez, envolve a criação de um ambiente que respeite a dignidade dos pacientes e valorize a individualidade de cada um. A comunicação eficaz e empática é um componente crucial nesse processo. Profissionais de saúde que desenvolvem habilidades de comunicação e empatia são mais capazes de estabelecer relações de confiança com os pacientes, o que melhora significativamente a experiência do cuidado e os resultados clínicos (Silveira; Camargo, 2018).
Os resultados também apontam para a importância da gestão hospitalar ética e humanizada. Gestores que adotam uma liderança baseada em valores éticos e que promovem a valorização dos profissionais de saúde contribuem para a criação de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. A literatura destaca que a satisfação e o bem-estar dos profissionais de saúde estão diretamente relacionados à qualidade do atendimento prestado aos pacientes (Vieira; Carvalho, 2020).
A análise dos dados revela ainda que o assédio moral é um problema persistente no ambiente hospitalar, com impactos negativos tanto para os trabalhadores quanto para os pacientes. O assédio moral compromete a saúde mental e física dos profissionais de saúde, aumentando os níveis de estresse, ansiedade e depressão. Além disso, prejudica a coesão da equipe e a colaboração, elementos essenciais para um atendimento de qualidade (Silva; Oliveira, 2017).
Os resultados indicam que políticas institucionais claras e eficazes são necessárias para combater o assédio moral e promover um ambiente de trabalho ético e respeitoso. Essas políticas devem incluir a criação de canais seguros para denúncias, a realização de investigações imparciais e a aplicação de medidas disciplinares quando necessário. A promoção de um ambiente de trabalho baseado no respeito e na dignidade é fundamental para prevenir práticas abusivas e garantir a humanização do atendimento (Veiga, 2019).
Em termos de discussão, a pesquisa evidencia que a humanização e a ética no atendimento hospitalar são interdependentes e mutuamente reforçadoras. A implementação de práticas éticas contribui para a humanização do cuidado, ao passo que um atendimento humanizado promove a adoção de comportamentos éticos. Este ciclo virtuoso é essencial para a construção de um sistema de saúde mais justo, eficiente e centrado no paciente.
Entretanto, a efetiva implementação dessas práticas enfrenta desafios significativos. A pressão por produtividade, a falta de recursos e a sobrecarga de trabalho são obstáculos comuns que podem dificultar a adoção de práticas éticas e humanizadas. Além disso, a resistência cultural e a falta de formação adequada em ética são barreiras que precisam ser superadas para que mudanças reais ocorram (Souza, 2015).
5 CONCLUSÃO
A humanização no atendimento hospitalar não é apenas uma questão de boas práticas, mas um imperativo ético que exige a integração de princípios de respeito, dignidade e empatia em todas as interações no ambiente de saúde. Os pacientes, muitas vezes em situações de vulnerabilidade, necessitam de um cuidado que vá além do tratamento técnico e que considere suas necessidades emocionais e psicológicas. A comunicação eficaz, o respeito às decisões dos pacientes e a consideração de suas experiências são aspectos essenciais da humanização.
Os profissionais de saúde desempenham um papel central na promoção de um atendimento humanizado. A formação contínua em ética e a capacitação para lidar com dilemas éticos são essenciais para que esses profissionais possam atuar de maneira sensível e respeitosa. Além disso, a valorização dos trabalhadores de saúde, através de condições adequadas de trabalho, apoio psicológico e oportunidades de desenvolvimento profissional, é crucial para garantir que eles estejam motivados e capacitados para oferecer um atendimento de qualidade.
A gestão hospitalar tem uma responsabilidade significativa na promoção da ética e da humanização. Gestores que lideram com base em princípios éticos e que valorizam a humanização são capazes de criar um ambiente de trabalho que incentiva a colaboração, a confiança e o respeito mútuo. Isso inclui a implementação de políticas claras para prevenir e tratar casos de assédio moral, bem como a promoção de uma cultura organizacional que não tolere práticas abusivas e que valorize a dignidade de todos os trabalhadores.
O assédio moral no ambiente hospitalar é um problema sério que afeta tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes. Este fenômeno pode levar a graves consequências psicológicas e físicas para os trabalhadores, comprometendo sua capacidade de prestar um atendimento humanizado. A criação de canais seguros para a denúncia de assédio, a realização de investigações imparciais e a aplicação de medidas disciplinares são passos essenciais para combater esse problema. Além disso, é fundamental promover uma cultura de respeito e dignidade que previna a ocorrência de assédio moral.
A ética na enfermagem, em particular, enfrenta desafios únicos devido à natureza intensiva e emocional do trabalho de enfermagem. Os enfermeiros estão frequentemente na linha de frente do atendimento ao paciente e são responsáveis por fornecer cuidados contínuos e compassivos. A formação em ética e a criação de espaços de diálogo sobre dilemas éticos são essenciais para apoiar os enfermeiros em seu trabalho e garantir que eles possam atuar de acordo com os mais altos padrões de ética e humanização.
A pesquisa bibliográfica destacou a importância da interdisciplinaridade na promoção da ética e da humanização no atendimento hospitalar. A colaboração entre diferentes disciplinas, como medicina, enfermagem, psicologia e administração, pode proporcionar uma abordagem mais abrangente e integrada para enfrentar os desafios éticos e promover a humanização. A troca de conhecimentos e experiências entre profissionais de diferentes áreas pode enriquecer o cuidado ao paciente e fortalecer a coesão da equipe.
A promoção de um ambiente de trabalho ético e humanizado é um esforço contínuo que exige o comprometimento de todos os envolvidos. A formação contínua, a gestão ética, a valorização dos profissionais e a promoção de uma comunicação eficaz e empática são estratégias essenciais para alcançar esse objetivo. A adoção de práticas éticas e humanizadas não apenas melhora a qualidade do atendimento prestado aos pacientes, mas também contribui para o bem-estar e a satisfação dos profissionais de saúde.
O desafio de implementar práticas éticas e humanizadas no ambiente hospitalar é significativo, mas os benefícios são imensos. Um ambiente de trabalho que valorize a dignidade e o respeito de todos os envolvidos é essencial para a criação de um sistema de saúde mais justo e eficiente. A ética e a humanização são interdependentes e mutuamente reforçadoras; práticas éticas garantem um cuidado respeitoso e digno, enquanto a humanização do atendimento promove a adesão a comportamentos éticos.
Para garantir a sustentabilidade dessas práticas, é essencial que as instituições de saúde invistam em programas de formação contínua e desenvolvimento profissional. Cursos, workshops e seminários sobre temas éticos e de humanização podem proporcionar aos profissionais as ferramentas necessárias para lidar com dilemas éticos e promover um atendimento mais humano e respeitoso. Além disso, a pesquisa contínua e a avaliação das práticas implementadas são essenciais para identificar áreas de melhoria e garantir que as políticas e procedimentos estejam alinhados com os princípios de ética e humanização.
O futuro da ética e da humanização no atendimento hospitalar depende do comprometimento coletivo de todos os envolvidos no sistema de saúde. Isso inclui não apenas os profissionais de saúde, mas também os gestores, os formuladores de políticas, os pacientes e a comunidade em geral. A promoção de um ambiente de trabalho ético e humanizado exige uma abordagem colaborativa e integrada, onde todos trabalhem juntos para criar um sistema de saúde que valorize a dignidade e o respeito de todos os indivíduos.
Em última análise, a ética e a humanização são fundamentais para a construção de um sistema de saúde que atenda às necessidades dos pacientes de maneira holística e respeitosa. A promoção dessas práticas exige um esforço contínuo e comprometido, mas os benefícios para os pacientes, os profissionais de saúde e a sociedade como um todo são imensos. A criação de um ambiente de trabalho ético e humanizado não é apenas uma responsabilidade moral, mas também uma necessidade prática para garantir a qualidade e a sustentabilidade dos serviços de saúde.
REFERÊNCIAS
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1 Faculdade Carajás, av. Vp Oito Quadra Especial Lote 2A, Folha, Nova Marabá, 68508-150, Marabá, Pará, Brasil;
2 Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HDT-UFT/EBSERH), R. José de Brito Soares, 1015, Setor Anhanguera, 77818-530, Araguaína, Tocantins, Brasil;
3 Hospital Universitário de Brasília da Universidade de Brasília / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HUB-UNB/EBSERH), Setor de Grandes Áreas, Norte 605, Asa Norte, 70840-901, Brasília, Distrito Federal, Brasil;
4 Hospital Universitário Professor Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HUPAA-Ufal/EBSERH), Av. Lourival Melo Mota, S/N, São Paulo, Brasil. Lourival Melo Mota, S/N, Tabuleiro do Martins, 57072-900, Maceió, Alagoas, Brasil;
5 Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU/EBSERH), Av. Pará, 1720, Umuarama, São Paulo, Brasil Pará, 1720, Umuarama, 38405-320, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil;
6 Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU-UFPI/EBSERH), Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, s/n – Ininga, 64049-550, Teresina, Piauí, Brasil;
7 Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (MEAC-UFC/EBSERH), Rua Coronel Nunes de Melo, s/n, Rodolfo Teófilo, 60430-270, Fortaleza, Ceará, Brasil;
8 Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HUMAP-UFMS/EBSERH), Av. Sen. Sen. Filinto Müler, 355, Vila Ipiranga, 79080-190, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil;
9 Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU-UFMA/EBSERH), R. Barão de Itapary, 227, 65020-070, São Luis, Maranhão, Brasil;
10 Hospital Universitário Doutor Miguel Riet Corrêa Junior da Universidade Federal do Rio Grande / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU-FURG/EBSERH), R. Visconde de Paranaguá, 102, Centro, 96200-190, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil;
11 Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HUAC-UFCG/EBSERH), R. Carlos Chagas, s/n, São José, 58400-398, Campina Grande, Paraíba, Brasil;
12 Hospital Universitário Professor Edgar Santos da Universidade Federal da Bahia / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HUPES-UFBA/EBSERH), R. Dr. Augusto Viana, s/n, Canela, 40110-060, Salvador, Bahia, Brasil;
13 Hospital Universitário da Grande Dourados (HU-UFGD)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Rua Ivo Alves da Rocha nº 558, Altos do Indaiá, 79823-501, Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil;
14 Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), R. Prof. Dr. Araújo, 538 – Centro, 96020-360, Pelotas – Rio Grande do Sul, Brasil;
15 Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), R. Tabeliao Estanislau Eloy, 585 – Castelo Branco, 58050-585, João Pessoa – PB, Brasil;
16 Escola de Enfermagem Anna Nery, R. Afonso Cavalcanti, 275 – Cidade Nova, Rio de Janeiro – RJ, 20211-130, Brasil;
17 Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (HU-Unifap)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Rod. Josmar Chaves Pinto, km 02, Jardim Marco Zero, 68903-419, Macapá, Amapá, Brasil;
18 Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Avenida Getúlio Guaritá, Abadia, 38025-440, Uberaba, Minas Gerais, Brasil;
19 Universidade Potiguar, Av. Sen. Sen. Salgado Filho, 1610, Lagoa Nova, 59056-000, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil;
20 Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-Ufam)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Rua Tomas de Vila Nova nº 4, Nossa Sra. das Graças, 69020-170, Manaus, Amazonas, Brasil;
21 Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Rua 235, nº 285, Quadra 68, Área do Lote, Setor Leste Universitário, 74605-050, Goiânia, Goiás, Brasil;
22 Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense (Huap-UFF)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Rua Marques de Paraná nº 303, Centro, 24033-900, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.
23 Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (HUJBB-UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Rua dos Mundurucus, nº 4487, 66073-000, Guamá, Belém, Pará, Brasil;
24 Maternidade-Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Av. Nilo Peçanha, nº 25, nº 25, Belém, Pará, Brasil. Nilo Peçanha, nº 259, Petrópolis, 59012-300, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil;
25 Universidade Federal do Ceará (UFC), Av. da Universidade, 2853 – Benfica, 60020-181, Fortaleza – CE, Brasil.
26 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, s/n – Trindade, 88035-972, Florianópolis – SC, Brasil.
27 Centro Universitário Santa Terezinha (CEST), Av. Casemiro Júnior, 12 – Anil, 65045-180, São Luís – MA, Brasil.