ESTUDOS E PROTOCOLOS DE TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO PARA PREVENÇÃO DE ENTORSES DE TORNOZELO EM ATLETAS:UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

PROPRIOCEPTIVE TRAINING STUDIES AND PROTOCOLS TO PREVENT ANKLE SPRAINS IN ATHLETES: A SYSTEMATIC REVIEW


CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO SUPERIOR DE FISIOTERAPIA


DEDICATÓRIA

DEDICO ESTE TRABALHO A TODA MINHA FAMÍLIA, ESPECIALMENTE MEUS PAIS QUE POR HORAS BATALHARAM PARA QUE ESSA CONCLUSÃO SE TORNASSE POSSÍVEL.
Obrigado.

AGRADECIMENTO

Meus agradecimentos vão primeiramente a Deus, por ter me dado a oportunidade de desenvolver esse trabalho, agradeço por ter me dado forças, sabedoria e discernimento para ultrapassar os obstáculos e os momentos difíceis, sem ele eu não teria conseguido concluir esse trabalho!

Após, agradeço a toda minha família, meu irmão, meus avôs e avós, tios e tias, primos e primas, entretanto agradeço imensamente aos meus pais; minha mãe, Sonia de Cassia Moreira e meu pai Marcio Antônio Domingos que sempre trabalharam muito e incansavelmente, e mesmo assim jamais mediram esforços, sempre me apoiaram para que eu pudesse concluir o curso.

Queria agradecer também a todos meus familiares, aos professores da Uninassau/ Uninorte que sempre nos apoiaram muito ao longo desses 5 anos, e é claro meus companheiros de turma, sem eles não teríamos aprendido e nos divertido tanto!

Meus agradecimentos a todos os professores do curso, em especial a Prof. Dra. Jeronice Souza Rodrigues e a Prof. Dra. Nathalia Gonçalves por aceitarem participar da organização e todas as colaborações a este trabalho.

EPÍGRAFE

“PENSAR GRANDE E PENSAR PEQUENO DÁ O MESMO TRABALHO, ENTÃO VAMOS PENSAR GRANDE.”

Evandro Guedes

Autor:
César Augusto Moreira Domingos 1;
Orientador:
Esp. Natália Gonçalves2
Jeronice Souza Rodrigues2

1Discente do Curso Superior de Fisioterapia UNINORTE.
2Professora Especialista em neurofuncional. Docente do Curso Superior de FISIOTERAPIA – UNINORTE.


RESUMO

A entorse de tornozelo é conhecida como uma das lesões mais frequente no ramo dos atletas, pois existe comprometimento do controle postural, e mau desempenho na prática da atividade física. A entorse de tornozelo causa instabilidade em atletas profissionais, na maioria das vezes é por conta do movimento de inversão do tornozelo, que dependendo da repetição ou violência do movimento pode agravar a dor ou mesmo um rompimento dos ligamentos. Podemos atribuir as causas dessa patologia a dois fatores: a instabilidade mecânica e a instabilidade funcional. Objetivo: Analisar os estudos e os protocolos preventivos de lesão por entorse de tornozelo em atletas e a prevalência do acometimento. Metodologia: Refere-se esse trabalho de uma revisão de literatura, foram revisados artigos científicos de revistas e em bases de dados de domínios eletrônicos (SCIELO, LILACS), do período de 2011 a 2021, considerando critérios de inclusão e exclusão. Resultados e Discussão: Resultaram de achados 38 artigos, que levando em consideração os critérios de inclusão e exclusão, permaneceram para revisão 16 artigos. Onde os resultados mostraram que o programa Specific Balance Training Program, se mostrou um programa eficaz de aumento de equilíbrio dinâmico, agilidade e aumentando a estabilidade do tornozelo sendo assim prevenindo as entorses de tornozelo. Conclusão: Conclui-se que o programa Specific Balance Training Program, pode usado como um excelente tratamento, promovendo um ganho proprioceptivo no paciente, aumentando a resposta de melhora de forma eficaz prevenindo as entorses de tornozelo, e diminuindo significantemente a chance de recorrências.

Palavras-chave: Entorse. Fisioterapia. Lesão articular.

ABSTRACT

Ankle sprain is known as one of the most frequent injuries in the athletes\’ field, because it causes neuromuscular and mechanical damage to the joint, resulting in compromised postural control and poorperformance in physical activity. Ankle sprains cause instability in professional and even amateur athletes, and most of the time it is due to the inversion of the ankle, which, depending on the repetition or violence of the movement, may aggravate the pain or even a rupture of the ligaments. We can attribute the causes of ankle instability to two factors: mechanical instability and functional instability. Objective: To analyze the studies and preventive protocols for ankle sprain injuries in athletes and the prevalence of this problem. Methodology: This work is a literature review, scientific articles from journals and electronic databases (SCIELO, LILACS) were reviewed, from 2011 to 2021, considering inclusion and exclusion criteria. Results and Discussion: 26 articles were found, which taking into account the inclusion and exclusion criteria, 10 articles remained for review. The results showed that the Specific Balance Training Program was an effective program to increase dynamic balance, agility and ankle stability, thus preventing ankle sprains. Conclusion: We conclude that the Specific Balance Training Program can be used as an excellent treatment, promoting a proprioceptive gain in the patient, and in view of its great improvement responses effectively preventing ankle sprains, and significantly decreasing the chance of recurrences.

Key-words: Entorse. Physiotherapy. Joint injury

1 INTRODUÇÃO

A entorse de tornozelo é conhecida como uma das lesões mais frequente no ramo dos atletas, pois a mesma traz danos neuromusculares, e mecânicos a articulação, tendo como consequência o comprometimento do controle postural, e mal desempenho na prática da atividade física (SAITO et al., 2016).

Um exemplo é o ligamento lateral externo (LLE) constituído pelo feixe talofibular anterior e posterior e pelo feixe calcâneo-fibular, é afetado por entorse em 90% dos casos. Um ou mais de seus feixes podem ser lesionados após um movimento acidental de inversão do pé e levar à incapacidade funcional (Battu, 2017; Petersen et al., 2013)

Tendo conhecimento que a lesão por entorse de tornozelo acarreta algumas alterações, vale destacar que após uma entorse associam-se também o edema articular, a redução da funcionalidade, fraqueza, dor e o desequilíbrio (MILANEZI et al., 2015).

Um estudo foi desenvolvido nos Estados Unidos, dentro dos serviços de emergência e observou que as entorses são mais frequentes em jovens de 10 a 24 anos, representando 53,5% do total das entorses. Os homens são mais afetados por esta condição durante eventos esportivos, enquanto as mulheres durante acidentes domésticos (Waterman et al., 2010; Orsoni et al., 2015).

A entorse de tornozelo é classificada como lesão musculoesquelética que acomete todos os esportes, tendo uma média de 15 a 20 % dos acometidos. Entretanto seu mecanismo de lesão com maior índice é o de inversão, onde existe uma combinação de inversão e adução do pé em flexão plantar, o mesmo pode trazer danos aos ligamentos laterais, tendo a consciência que a cicatrização biológica do ligamento pode ser subdividida em três fases I, II e III (PETERSEN et al., 2013).

Estima-se que entre 20% e 40% das entorses do tornozelo desenvolveram instabilidade crônica do tornozelo (ICT). A ICT é definida como um conjunto de sintomas residuais que podem acontecer após uma entorse de tornozelo e incluem dor crônica, episódios de falência articular, entorses recorrentes e edema. A ICT não só pode diminuir a atividade, como também facilitar o surgimento de osteoartrite e degeneração articular do tornozelo (BEAZELL et al. 2017). Uma redução no movimento de dorsiflexão é normal após uma entorse aguda ou subaguda do tornozelo, tal como em pessoas com ICT (MARRÓN-GÓMEZ et al., 2014). O complexo do tornozelo e pé compreende a tíbia e a fíbula distais, além de 26 ossos do pé onde inclui os dois sesamóides localizados abaixo da cabeça do primeiro metatarso.

Já em relação a articulação destaca-se a superior denominada de talocrural ou tibiotársica que é composta pelas extremidades distais da tíbia e da fíbula, onde se articulam com a face superior do tálus. A mesma compreende um grau de liberdade, que produz os seguintes movimentos: flexão dorsal, e flexão plantar (FIGUEIRÔA 2020).

Quando se trata da articulação do tornozelo a mesma se articula com o tálus, sendo assim vale salientar que essa articulação realiza movimentos como flexão plantar, dorsiflexão, inversão e por fim eversão. Dito isso vale lembrar que a articulação do tornozelo ainda é composta por ligamentos laterais, sendo eles, talofibular anterior, talofibular posterior, calcaneofibular, tibiofibular anterior, tibiofibular posterior e por fim talocalcâneo lateral e ligamentos mediais (talotibial posterior, talocalcâneo posterior e deltoide (DA SILVA 2018). Ao realizar o movimento de flexão plantar a parte mais larga da tíbia acaba entrando em contato com a região posterior mais estreita do tálus, fazendo com que a articulação do tornozelo se torne menos estável. Dito isso, o movimento de inversão possui uma maior amplitude comparado com o movimento de eversão, sendo assim a fíbula acaba sendo mais distal do que a da tíbia, proporcionando ao movimento de inversão. Por isso, quando a flexão plantar ocorre de forma associada com a inversão acaba colocando a articulação mais propensa a entorse de tornozelo. O complexo articular do tornozelo sustenta uma carga maior por área de superfície do que todas as demais articulações do corpo humano (DA SILVA (2018).

Vale ressaltar que a estabilidade desse conjunto anatômico depende da integridade dos ligamentos, que são estruturas dinâmicas (FIGUEIRÔA, 2020). Contudo os ligamentos que compõem o tornozelo são ligamento talofibular anterior (LTFA), ligamento calcaneofibular (LCF) e o talofibular posterior e anterior (LTFP) e ligamento deltoide. Já os músculos que compõem a extremidade do mesmo são tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux, fibular terceiro, fibular longo, fibular curto, gastrocnêmio medial/lateral, sóleo, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux, tibial posterior (DA SILVA, 2018).

A entorse de tornozelo nos permite possibilidades e diversidades de estudos sobre a mesma, sendo assim esse trabalho em forma de revisão sistemática tem o importante objetivo de exibir a aplicabilidade do treinamento proprioceptivo a fim de prevenir uma futura lesão por entorse.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Fisioterapia tem buscado as mais diversas possibilidades para que cada vez menos lesões venham a ocorrer durante as atividades desportivas, principalmente lesões de joelho e tornozelo, e os exercícios proprioceptivos vem sendo utilizados como exercícios designados a dar ênfase à coordenação e equilíbrio e são amplamente utilizados pela fisioterapia traumato- ortopédica e desportiva no tratamento de lesões dos musculoesqueléticas (LOPES, 2013).

É definido como propriocepção, qualquer informação postural, posicional, levada ao Sistema Nervoso Central, pelos receptores dos músculos, tendões, ligamentos, articulações ou pele. A propriocepção também é definida como a consciência dos movimentos produzidos pelos nossos membros (MONTEIRO, 2013).

Os primeiros vão atingir o córtex cerebral e permitindo que, mesmo estando de olhos fechados, aconteça a percepção do próprio corpo, seus segmentos, da atividade muscular e do movimento das articulações. Sendo, portanto, responsáveis pelo sentido de posição e de movimento (cinestesia) (MONTEIRO, 2013). Este tipo de percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades. Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular (MONTEIRO, 2013).

De acordo com (Hammil 2016) os músculos flexores plantares são facilmente fortalecidos com exercícios contra a resistência, no caso de atletas fortalecerem os músculos eversores e inversores do pé. Sendo realizadas de 15 a 50 repetições para estimular a resistência muscular que é a capacidade de manter a atividade contrátil do músculo. (UCHIDA M. C. et al, 2013). A propriocepção e o fortalecimento muscular estão entre os principais exercícios na prevenção de entorse de tornozelo (RODRIGUES, HARRISON, FABRICIO MUZZY 2019). Segundo Beirão e Marques (2013), exercícios de fortalecimento para os músculos dorsiflexores, plantiflexores, inversores e eversores podem ser utilizados em um protocolo de prevenção.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente artigo busca uma revisão sistemática das literaturas bibliográficas, com o intuito de expor os estudos e protocolos de treinamento proprioceptivo para prevenção de entorses de tornozelo em atletas. Tiveram resultado as pesquisas nas bases de dados de Literatura Latina-Americana em Ciências da Saúde (LILACS, Scientific Electronic Library (SCIELO), revistas e artigos. Dos descritores: Entorse de tornozelo, prevenção de entorse, propriocepção em entorse de tornozelo. Os critérios de inclusão foram: os artigos que tiveram sua publicação no intervalo de 2011 e 2021; não tiveram distinção de idiomas, com base no banco de dados SCIELO, com o descritor “entorses de tornozelo fisioterapia”, foram encontrados 08 artigos onde 05 avançaram pelos critérios citados, e utilizando, “entorses tratamento fisioterapêutico” no banco de dados LILACS obtiveram 100 resultados, onde 11 avançaram de acordo com os critérios supra e infra citados. Os critérios de exclusão foram artigos que tiveram a publicação anterior à 2011 que não obedeciam aos critérios preestabelecidos.

FIGURA 1. Fluxograma de identificação e seleção dos artigos para revisão de literatura sobre os estudos e protocolos de treinamento proprioceptivo para prevenção de entorse de tornozelo em atletas, 2011 a 2021.

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Fonte: AUGUSTO, 2021.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante dos artigos revisados na literatura, o quadro abaixo (tabela 1) apresenta os resultados do presente estudo, contendo os dados sobre título do artigo, desenho do estudo e seus respectivos resultados.

Tabela1– Distribuição dos estudos segundo autor/ano, título/tipo de estudos e resultado

AUTO/ANOTÍTULO/TIPO DE ESTUDORESULTADOS
1. SANTANA; JOANDERSON, 2021Atuação fisioterapêutica no tratamento de entorse de tornozelo em atletas de alto rendimento – Revisão integrativa da leitura.Os benefícios do treino proprioceptivos, treinamento preventivos, exercícios de fortalecimento, bandagem funcional, terapia manual e crioterapia. Estes geraram efeitos como reduzir a incidência da lesão, melhora do equilíbrio estático e dinâmico, do quadro álgico, controle neuromuscular, melhora da força e da marcha, e, ganho de ADM.
2. REIS; RAFAELA FARINALLI DOS. HAJJAR, NABIL EL. SOUZA, ISABEL FERNANDES. 2020Protocolos de Treinamentos para Prevenção de Entorse em Atletas de Voleibol: Uma Revisão IntegrativaForam encontrados na literatura sete artigos para a revisão, em que três citaram protocolos de treinamento neuromuscular integrativo, três protocolos de treinamento proprioceptivo e um protocolo de tratamento miofascial.
3. SANTOS; BRUNA DANIELE GONÇALVES ET AL. 2018Eficácia da mobilização articular na redução da dor e melhora da função em indivíduos com entorse do tornozelo: Uma revisão da literatura.Os resultados mostraram que a redução da dor e aumento da ADM de dorsiflexão foram maiores quando comparado aos grupos controles e estes ganhos se mantiveram ao longo do tempo conforme observado em alguns estudos.
4. CASSIMIRO, JOSÉ CARLOS GOMES; 2021Propriocepção e fortalecimento neuromuscular como estratégia de prevenção de lesão de tornozelo em jogadores de futsalTorna-se importante a inclusão de programas de exercícios proprioceptivos e de fortalecimento neuromuscular da articulação do tornozelo na periodização do treinamento de atletas de alto rendimento.

Nos resultados de Santana; Joanderson, (2021), foram obtidos os benefícios do treino proprioceptivos, treinamento preventivos, exercícios de fortalecimento, bandagem funcional, terapia manual e crioterapia. Estes geraram efeitos como reduzir a incidência da lesão, melhora do equilíbrio estático e dinâmico, do quadro álgico, controle neuromuscular, melhora da força e da marcha, e, ganho de ADM.

Nos achados de Reis, Rafaela Ferinalli dos. Hajjar, Nabil El. Souza, Isabel Fernandes (2020), evidenciaram que todos os artigos que foram selecionados para revisão mostraram eficácia nos protocolos de prevenção de entorses, protocolos esses que datam na literatura de 2010 a 2019.

Para Santos, Bruna Daniele Gonçalves et al. (2018) concluiu se que a mobilização articular foi eficaz na redução da dor e melhora da função em indivíduos com lesões traumáticas do tornozelo, estes achados reforçam os resultados já verificados na clínica fisioterapêutica.

Nos achados de Cassimiro, José Carlos Gomes; 2021 conclui-se que é importante a inclusão de programas de exercícios proprioceptivos e fortalecimento neuromuscular em atletas de alto rendimento.

Corroborando com a eficácia do treinamento proprioceptivo, Vasconcelos (2017), trouxe um ensaio clínico com 19 atletas esgrimistas do clube esportivo de Porto Alegre, de ambos sexos de 14 até a categoria adulto livre. Foram divididos em grupo de intervenção e controle, a intervenção constava com exercício unipodal e outro membro flexionado realizando isometria e o mini agachamentos, com apoio unipodal e flexão de quadril com isometria e simular gesto da esgrima, uso de disco proprioceptivo para avanço com elevação do quadril, no disco realizando agachamento e apoio unipodal simulando gesto da esgrima com outro colega.

Com isso esse treinamento melhorou o controle neuromuscular dinâmico, a força muscular dos dorsiflexores e com isso diminui a incidência de lesões, porém não foi capaz de promover a estabilidade articular do tornozelo, pelo fato dos atletas já apresentarem uma instabilidade e mesmo melhorando com o treino proprioceptivo, ainda continuou com um desempenho baixo em relação a isso. Trazendo outra visão sobre o treino proprioceptivo diante do controle neuromuscular dinâmico (VASCONCELOS, 2017).

Specific Balance Training Program é um programa de treinamento preventivo e desempenho funcional, que pode ser aliado aos atletas quando aplicado de maneira adequada e com objetivo bem definido. Soligo (2018), realizou um estudo exploratório do tipo comparativo, descritivo e conduzido com uma equipe de atletas de basquete, divididas em dois grupos uma era o experimental que contava com um programa de treinamento preventivo e o outro grupo era o de controle que realizou apenas uma avaliação e não participaram da parte da prevenção. Esse treinamento preventivo com duração de 10 semanas teve efeito na flexibilidade, agilidade e equilíbrio dinâmico. A falta de flexibilidade é um dos fatores que aumentam risco de lesões recidivas, desequilíbrios musculares, déficits proprioceptivos e redução do movimento articular.

A melhora do equilíbrio, denota no basquete grande importância, já que o treino do equilíbrio preveni entorses de tornozelo. Demostrando que esse treinamento nessa duração traz efeitos positivos e importantes para os atletas, colaborando com o outro estudo abordado anteriormente (SOLIGO, 2018). Ramos et al. (2019), resultaram que o treinamento proprioceptivo como uma alternativa eficaz, pois melhoram o desempenho do equilíbrio estático e dinâmico do tornozelo e melhora assim a estabilidade do mesmo e preveni lesões e/ou recidivas. Esse treinamento, faz com que a sensibilidade proprioceptiva estabeleça relações com o meio e forneça informações sobre a posição dos segmentos e o padrão de movimento, sendo importante para a correção postural, estabilidade dinâmica, prevenindo e reabilitando a lesão do tornozelo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A entorse de tornozelo devido possuir uma particularidade de reincidência da lesão, caso não tenha um acompanhamento fisioterapêutico de tratamento e treino proprioceptivo causara queixas nos pacientes de inseguranças ao pisar, podemos concluir desse trabalho que a entorse tem uma maior incidências em atletas do gênero masculino, pode se dizer que é devido aos grandes impactos dos esportes como a corrida, ou até aterrissagem em solo após um salto, são lesões que ocorrem nos atletas durante sua pratica física, o treino proprioceptivo é de suma importância para esses atletas levando em consideração que os mesmos precisam de rápida recuperação para que voltem ao esporte, o treino proprioceptivo, atua na prevenção e melhora do equilíbrio estático e dinâmico, melhorando a flexibilidade que é um fator de lesões por entorses recorrentes.

6 REFERÊNCIAS

DOS SANTOS MATOS, Rosangela. Reabilitação da entorse de tornozelo. Reabilitação da entorse de tornozelo

SANTANA, Joanderson. Atuação fisioterapêutica no tratamento de entorse de tornozelo em atletas de alto rendimento: revisão integrativa da literatura. 2021.

DA SILVA, Luciana. Entorse de tornozelo: melhores condutas terapêuticas-uma revisão narrativa. 2016.

PERRIER, Julie. Estudo do conhecimento dos fisioterapeutas e alunos de fisioterapia acerca da aplicação de crioterapia no tratamento das entorses de tornozelo. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso. [sn].

SANTOS, Bruna Daniele Gonçalves et al. Eficácia da mobilização articular na redução da dor e melhora da função em indivíduos com entorse do tornozelo: uma revisão da literatura. 2018.

REIS, Rafaela Farinelli dos. HAJJAR, Nabil El. SOUZA, Isabel Fernandes de. Protocolos de Treinamentos para Prevenção de Entorse em Atletas de Voleibol: Uma Revisão Integrativa.

Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 11, pp. 34-50. Dezembro de 2020. ISSN: 2448-0959

DE OLIVEIRA MARTINS, Eloiza Bragança et al. Impacto do treino proprioceptivo na prevenção em lesões de atletas de basquetebol. Revista Pleiade, v. 13, n. 27, p. 90-102, 2019.

SOLIGO, Milena Caumo. Programa de treinamento preventivo e desempenho funcional de atletas universitários de basquete. 2018.

VASCONCELOS, Gabriela Souza de. Efeitos do treinamento proprioceptivo sobre o controle neurofuncional e a incidência de lesões e de entorses de tornozelo em esgrimistas: um ensaio clínico. 2017.

CASSIMIRO, José Carlos Gomes. Propriocepção e fortalecimento neuromuscular como estratégia de prevenção de lesão de tornozelo em jogadores de futsal. 2021.

PEREIRA, Gabriela Caetano et al. Combinações de Técnicas de Fisioterapia no Tratamento de Pacientes com Esclerose Múltipla: Série de Casos. Revista Neurociências, v. 20, n. 4, p. 494-504, 2012.

RIBEIRO, Diogo Martins; FAGUNDES, Diego Santos; MENEZES, Miguel Furtado. Biomecânica Básica dos Exercícios: Membros Inferiores. Editora Appris, 2019.

DIAS, Fabiano Moura. Fisioterapia e saúde. Editora Cajuína, 2021.

LIMA, Bruno Iosephe Roberto dos Santos. Efeitos da fisioterapia preventiva em atletas: uma revisão bibliográfica. 2018.

MENDES, Paloma Gonçalves et al. Avaliação biomecânica do membro inferior durante salto vertical em atletas com instabilidade crônica de tornozelo. 2019.