STUDY ON THE QUILOMBOLA COMMUNITY UMARIZAL BEIRA, MUNICIPALITY OF BAIÃO, PARÁ: INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10465661
Franciane Silva Almeida [1]
Luciana Mendes Fernandes [2]
Resumo
O objetivo deste estudo é realizar uma revisão integrativa em plataformas digitais sobre estudos na comunidade quilombola Umarizal Beira com intuito de descrever a importância da qualidade de vida no processo de saúde doença, como também, destacar a importância étnico-racial. Esse artigo foi elaborado a partir de uma revisão integrativa da literatura, percorrendo as seguintes etapas: estabelecimento da pergunta norteadora; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de artigos selecionados; organização dos dados coletados; análise dos resultados do estudo, discussão e apresentação dos resultados. O levantamento bibliográfico foi realizado pelo acesso as bases de dados eletrônicas: Google Acadêmico e SCIELO. No período entre 2018 a 2023, utilizando-se um total de 07 artigos para discussão. Dentro do período analisado percebeu-se uma quantidade maior de estudos para os anos de 2018, 2021, 2022 nota-se a necessidade de acrescentar cada vez mais conhecimentos sobre realidade vivenciada pela vila de Umarizal, pois não diverge do cenário atual que vive as demais comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro, pois é relatada na literatura científica, a grande maioria dessas populações se encontram em situação de vulnerabilidade social, em consequência das precárias condições de vida e carência de políticas públicas. Ainda são poucos os estudos voltados a comunidades remanescentes de quilombolas no Estado Pará que visem analisar as condições de saúde, sendo assim, espera-se que este trabalho possa colaborar para que outras pesquisas mais aprofundadas sejam realizadas de forma a contribuir com a comunidade científica e com esse grupo populacional.
Palavras-chave: Quilombolas. Processo saúde-doença. Diversidade, Equidade, Inclusão.
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, ainda são observados grandes traços de iniquidade relacionados à cor da pele, com evidente prejuízo para a população negra, inclusive em relação aos cuidados de saúde (OLIVEIRA et al., 2015). Entre essa população, tem-se as comunidades quilombolas, núcleos populacionais de afrodescendentes que, diante da condição de escravidão vivida no passado, constituíram formas particulares de organização social e ocuparam espaços geográficos estratégicos no Brasil (PAULI et al., 2019), geralmente em áreas rurais com relativo grau de isolamento e precárias condições de vida e saúde.
No atual cenário de assistência básica a saúde, ocorre uma crescente preocupação não só com a frequência e a severidade das doenças, como também, na avaliação dos pacientes em relação as atividades diárias (FARIAS, 2021). Ademais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o termo saúde como um pleno estado de bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência da doença (OMS, 1946). Logo, o sistema de saúde está estimulando aspectos relacionados a capacidade funcional e estado geral de saúde.
Não obstante, há diversas publicações no cenário acadêmico e cientifico por conta da recorrência de notificações dos casos de doenças crônicas não transmissíveis nesses indivíduos, especialmente, quando se refere aos hábitos alimentais (açaí e frituras), sociais (álcool e tabagismo) e de vida (sedentarismo e obesidade) que levam a uma predisposição no surgimento dessas enfermidades. Portanto, o conhecimento desses aspectos pode auxiliar no processo de cuidado e na restauração da equidade aos povos quilombolas (OLIVEIRA & CALDEIRA, 2016).
Acrescenta-se ainda, a importância entre associação entre pobreza e condições de saúde. Nesse ínterim, a vulnerabilidade dessas comunidades é entendida pela deficiência no acesso à educação e aos serviços de saúde (FERREIRA, 2014). Desse modo, Travassos et al. (2002) demonstraram no seu estudo que afrodescendentes, indígenas e residentes das regiões norte e nordeste do país apresentam maiores dificuldades de acesso aos serviços de saúde, bem como piores indicadores sanitários. Em consonância, para Lopes (2005) os negros têm experiências desiguais ao nascer, viver, adoecer e morrer.
Em síntese, conforme as predisposições adotadas pela Comissão Nacional dos Determinantes Sociais de Saúde – CNDSS (2008) e pela Política Nacional de Saúde Integral da População Negra – PnSiPn (BRASIL, 2013), para que haja a melhoria das condições de saúde de comunidades quilombolas é preciso não apenas medidas relacionadas à saúde pública, mas também políticas que objetivem diminuir as iniquidades e desigualdades presentes entre todos os grupos da população brasileira.
Tendo consciência dessa complexidade, a partir de uma busca na literatura foram encontrados poucos trabalhos em relação a comunidade quilombola Umarizal beira e, por esse motivo, justifica a importância deste estudo. Por conseguinte, a explicação é pautada que a população negra é a maioria dos socialmente excluídos, ou seja, os quilombolas são os melhores exemplos de grupos amostrais que possa discutir uma parte da sua cidadania negada.
Dessa forma, a presente pesquisa nasce do interesse em refletir acerca de estudos acadêmicos realizados na comunidade quilombola Umarizal Beira tendo como justificativa a lacuna existente da produção científica sobre comunidades tradicionais na região Sudeste do Estado do Pará. Portanto, os resultados deste trabalho irão contribuir com informações pertinentes que podem gerar subsídios de políticas públicas específicas para a população estudada.
Em suma, o objetivo é realizar uma revisão integrativa em plataformas digitais sobre estudos na comunidade quilombola Umarizal Beira com intuito de descrever a importância da qualidade de vida no processo de saúde doença, como também, destacar a importância étnico-racial.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
2.1 COMUNIDADE QUILOMBOLA UMARIZAL BEIRA
O Decreto nº 4.887 de 20/11/2003, reserva à Fundação Cultural Palmares (FCP) a competência pela emissão de certificação às comunidades quilombolas e sua inscrição em cadastro geral. A região norte possui 379 certidões expedidas às comunidades remanescentes de quilombos (CRQs) e, no estado do Pará, 271 CRQs. A comunidade quilombola Umarizal beira, localizada no município de Baião/PA está certificada sob o número de processo: 01420.003445/2006-67, número da portaria: 25/2007, data da portaria no diário oficial da união: 13/03/2007 (FCP, 2023).
Neste decreto, o artigo 2º descreve o território quilombola como os grupos étnico-raciais com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra, relacionada com a resistência e opressão histórica sofrida, e as terras ocupadas por essas comunidades são de total garantia para a sua reprodução física, social, econômica e cultural (BRASIL, 2003). Segundo Freitas et al. (2018), tais populações lutam pela igualdade nos seus direitos, que vão desde a regularização de suas terras à equidade na educação e saúde pública brasileira.
Por conseguinte, a historicidade dos ancestrais que residiram no antigo Paxibal tiveram a vida marcada pela escravidão que de alguma forma contribuíram para a liberdade dos negros, assim, constituindo a atual comunidade de Umarizal. O território quilombola é denominado “Umarizal” ou “Umarizal dos Pretos” porque refere-se à grande quantidade de “pé de marizeiro” (planta nativa) encontrada na região. (VANZIN & FIGUEIREDO, 2010). Ademais, a vila de Umarizal Beira é um distrito quilombola do município de Baião/PA, no entorno da Reserva Extrativista (RESEX) Ipaú-Anilzinho – região do Baixo Tocantins – estado do Pará, localizada à margem da BR–422, na rodovia Transcametá, com coordenadas geográficas 02º 51’13.1”S e 49º 45’ 49.9”W. (CORREA, 2021) (Figura 1)
Figura 1: Localização da Comunidade de Umarizal Beira, Baião, Pará.
Fonte: Fernandes, 2022
A infraestrutura da Vila abrange: sistema de energia elétrica, sistema de água encanada não clorada, um posto de saúde (UBS – Tiazinha), duas unidades de educação sendo uma de ensino fundamental chamada (Escola Polo) e outra de ensino infantil, jovens e adultos e médio chamado (Fundamental de Umarizal), duas igrejas ( uma católica, outra evangélica), uma associação de moradores, pequenos mercadinhos em residências nas avenidas e um barracão de festa chamado (Salão Comunitário) (FERNANDES, 2022).
Em relação ao posto de saúde, a mesma possui uma equipe multiprofissional com um médico que atende a comunidade dois dias na semana, um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem para atendimento ambulatorial. Entretanto, conforme o resumo cientifico de Almeida, Baltazar & Fernandes (2018) intitulado estudo da prevalência do Treponema Pallidum associado aos fatores socioeconômicos e de risco em uma comunidade quilombola, Umarizal beira, município de Baião/PA os autores retratam a vila tem uma precariedade do serviço do posto de saúde porque não tem um enfermeiro residindo na comunidade, e também, não possui remédios disponíveis na unidade básica de saúde, logo, existe uma necessidade do morador quilombola desloca-se ao município de Baião com a receita do medicamento para adquiri-lo.
Adiciona-se ainda, segundo Miranda (2022) há a atuação de cinco Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que realizam visitas domiciliares com a periodicidade de uma vez ao mês ou quando é preciso informar algo importante sobre os serviços de saúde para as famílias de sua área de abrangência. Além disso, os intervalos de idas dos ACS são recorrentes em lares que possuem gestantes, crianças menores de dois anos, idosos e hipertensos.
No que concerne à realidade sanitária da comunidade quilombola Umarizal beira, o local possui uma falta de coleta de lixo, ou seja, os dejetos domiciliares são despejados na entrada de acesso à comunidade. Ademais, não tem sistema de drenagem de esgoto, o que acaba favorecendo focos de água parada em frente das residências ou seguem curso em direção ao rio, e também, não possui asfaltamento nas ruas o que prejudica na saúde da população pelo hábito de andarem descalços gerando casos de infecções por protozoários e helmintos (MIRANDA, 2022).
Não obstante, as infecções intestinais afetam mais as crianças, pois nesta fase da vida elas têm hábitos como se jogar no chão, colocar suas mãos sujas na boca, comer sem lavar as mãos e tem contato com animais de estimação que podem ser reservatórios de doenças, tornando-os importantes fontes de infecção parasitária e microbiológica.
Nesse sentido, a comunidade quilombola Umarizal beira afirma esse pressuposto sobre a infraestrutura e as condições sanitárias serem insuficientes, pois carece de muitos recursos para minimizar a proliferação de endoparasitos como: falta de sistema de esgoto, lixo a céu aberto e outros. Adiante, o abastecimento de água é realizado por bombeamento da caixa d’água até as residências, contudo, a cloração é realizada pelos moradores (FREITAS et al., 2018; MAGALHÃES et al., 2017)
Em síntese, o presente artigo de revisão integrativa assume grande relevância por conta da escassez de estudos nas comunidades afrodescendentes no Pará. Portanto, esse projeto busca a identificação precisa das pesquisas cientificas realizada na comunidade quilombola Umarizal beira.
3 METODOLOGIA
Esse estudo foi elaborado a partir de uma revisão integrativa da literatura, sendo está um sumário de evidências provenientes de estudos primários conduzidos para responder uma questão específica de pesquisa. Utiliza um processo de revisão de literatura abrangente, imparcial e reprodutível, que localiza, avalia e sintetiza o conjunto de evidências dos estudos científicos para obter uma visão geral e confiável da estimativa do efeito da intervenção (BRASIL, 2012).
O levantamento bibliográfico, foi realizado através de busca online na base de dados eletrônica Google Acadêmico (Google scholar) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online). O recorte temporal adotado foram artigos publicados nos últimos 5 anos, ou seja, período entre 2018 e 2023. Além disso, para operacionalizar a seleção dos artigos, foram utilizadas as terminologias em saúde consultada nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS/Bireme): “quilombolas”, “processo saúde-doença”, “Diversidade, Equidade, Inclusão”.
A partir dessa associação, foi feita a seleção dos artigos, sendo sua elaboração feita por meio do estabelecimento da questão norteadora da pesquisa, busca na literatura, análise crítica dos estudos e síntese dos resultados obtidos. Exemplificando, para a análise realizou-se uma leitura crítica dos estudos, procedida da extração dos dados de interesse para a revisão e do preenchimento do quadro sinóptico. Este quadro foi organizado em número do artigo, nome dos autores/ano de publicação, título, base de dados, tipos de pesquisa e periódico (Quadro 1).
A elaboração do tema em estudo, partiu da seguinte questão norteadora: Quais mudanças podem ser observadas na qualidade de vida e de pertencimento da população quilombola após estudos realizados na comunidade?
Os critérios de inclusão foram: artigos de periódicos nacionais, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses que estudaram sobre a comunidade quilombola Umarizal Beira, textos completos e disponíveis on-line, com acesso livre, sendo excluída dessa pesquisa artigos que não foram encontrados na íntegra, publicações indexadas em língua estrangeira e estudos que não deixavam evidente os dados para citações e referências.
Em síntese, percorreu-se as seguintes etapas: estabelecimento da hipótese e objetivo da revisão integrativa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de artigos selecionados; organização dos dados coletados; análise dos resultados do estudo; discussão e apresentação dos resultados (Figura 2).
Figura 2: Fluxograma analisador.
Fonte: Própria das autoras.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
Desta forma encontraram-se 20 artigos que colaboravam com o tema proposto na pesquisa, porém, após realizar uma leitura rápida dos resumos e verificar os que apresentavam o contexto sobre a comunidade quilombola Umarizal Beira, descartou desta forma as pesquisas desimportantes ao tema do estudo, finalizando com um total de 7 artigos. Após esta etapa, deu-se início a leitura dos textos na íntegra, para realizar a devida organização dos mesmos.
Dentro o período analisado percebeu-se uma quantidade maior de estudos para os anos de 2018, 2021 e 2022. Nesta busca não foram encontrados artigos, dissertações e teses publicados nos anos de 2019, 2020 e 2023.
Adiciona-se ainda, que as publicações foram majoritariamente do repositório eletrônico Google acadêmico.
Quadro 1: Quadro sinóptico dos artigos integrantes da revisão integrativa.
N º | Autor/Ano de publicação | Titulo | Base de dados | Tipo de pesquisa | Periódicos |
01 | Medeiros, 2018 | Constituição de lideranças e práticas de resistências na comunidade quilombola de Umarizal Beira, Baião-Pará | Google acadêmico | Transversal de caráter qualitativo | Repositório UFPA |
02 | Sousa, 2018 | Saberes tradicionais dos remanescentes de quilombolas da comunidade Umarizal (Baião/PA) | Google acadêmico | Transversal de caráter qualitativo | Repositório UFPA |
03 | Costa; Medeiros, 2021 | Constituição de liderança quilombola no Pará: reflexões para uma pedagogia decolonial | SCIELO | Transversal de caráter descritivo e analítico | Interfaces da Educ |
04 | Fernandes, 2022 | Territorialidade, história, condições de vida e saúde em comunidades quilombolas amazônidas: o caso de Umarizal Beira, Baião, Pará | Google acadêmico | Transversal de caráter qualitativo o | Repositório Fiocruz |
05 | Silva; Lopes, 2022 | Análise geoespacial da comunidade quilombola de Umarizal – Baião/PA | Google acadêmico | Transversal de caráter descritivo e analítico | Repositório UFPA |
06 | Correa, 2021 | Origem da comunidade quilombola de Umarizal a partir da oralidade local | Google acadêmico | Transversal de caráter qualitativo | Repositório UNIFESSPA |
07 | Miranda, 2022 | Perfil socioeconômico e de saúde da comunidade quilombola de Umarizal, Baião-Pará. | Google acadêmico | Transversal de caráter descritivo, abordagem quantitativa | Repositório UNIFESSPA |
Fonte: Própria das autoras
Definitivamente, as publicações mencionadas no quadro 2, retratam a proximidade dos pesquisadores com os moradores da Vila de Umarizal Beira, em que observaram a enorme carência e precariedade dos serviços básicos de saúde oferecidos na comunidade, bem como a situação geral de vulnerabilidade em que vivem esses indivíduos. Ainda pertencente a essa situação, ocorre uma insuficiente disponibilidade de informações sobre os impactos negativos a saúde em comunidades remanescentes de quilombos, como exemplo, dados sobre doenças crônicas não transmissíveis (FREITAS et al., 2011). Devido a isso, dificultam a projeção de propostas para promoção da saúde nessas comunidades (SILVA et., 2008). Nessa perspectiva, diversos fatores estão envolvidos nessas enfermidades no processo de saúde e doença. Além disso, importantes pontos se relacionam a aspectos socioculturais os quais necessitam ser entendidos e interpretados para entendimento de um arcabouço mais geral que envolve a saúde quilombola. (BUSS & PELLEGRINI FILHO, 2007).
Miranda (2022), realizou um estudo na comunidade quilombola Umarizal Beira, em um período de dois meses, na UBS (unidade básica de saúde) – “Tia-Zinha”, utilizando um questionário adaptado sobre os aspectos socioeconômicos/demográficos, fatores de risco, dentre outros. A autora obteve resultados coletados de 80 indivíduos sendo que houve maior predomínio de pessoas do sexo feminino, com idade de 30 a 59 anos, maioria casadas/união estável e que se autodeclaram pretos, com ensino médio completo e, elevado potencial de pessoas com baixa renda. Ademais, as mulheres procuram mais os serviços de saúde do que os homens. Em síntese, o posto de saúde possui uma equipe multiprofissional com um médico que atende a comunidade dois dias na semana, um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem para atendimento ambulatorial. Entretanto, há limitações no fornecimento de medicamentos e na disponibilidade de realização de exames de rotina, tendo em vista que dependem de subsídios da prefeitura de Baião para a compra do material farmacológico e hospitalar.
De modo semelhante, Nunes et al. (2022), publicaram um resumo no Congresso de Medicina Tropical (MedTrop) sobre a prevalência de doenças crônicas em idosos da vila de Umarizal beira, ou seja, a população idosa era, em sua maioria, constituída de pretos (71%), do sexo feminino (58%), casados (34%) e renda de até um salário-mínimo (84%).
Em consonância, o resumo cientifico de Araújo et al., (2018) publicado nos anais do décimo Seminário de Iniciação Científica, Tecnológica e Inovação (SICTI) as autoras realizaram dois estudos na comunidade, o primeiro sobre avaliação microbiológica e parasitológica de hortaliças na vila de Umarizal, em que obtiveram resultados de 65% das amostras contaminadas por um ou mais agente parasitários, sendo que o parasito de maior prevalência foi o Ascaris lumbricoides, seguido da larva Strongyloides stecoralis.O segundo, sobre ocorrência de infecções por enteroparasitos e rotavírus de escolares na comunidade quilombola, logo, entre as 63 crianças avaliadas, 48,14% apresentaram resultados positivos para protozoários e, 51,86%, a prevalência de helmintos.
Outro aspecto não menos relevante, a maioria da população é descendente de Quilombos. A vila possui uma Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos Umarizal Centro, Umarizal-beira, Boa vista, Paritá Miri e Balieiro (ACORQBU). Atualmente, a organização emprega funcionários para trabalho no ramo econômico de atividades de associações de defesa de direitos sociais e atividades agrícolas (FERNANDES, 2022).
Na dissertação intitulada “Saberes Tradicionais dos Remanescentes de Quilombolas da Comunidade Umarizal, Baião/PA” (SOUSA, 2018), o autor descreve que a prática agrícola tradicionalmente usada para manter a subsistência familiar é a pequena produção agrícola, não mecanizada, baseada na lavoura branca, que é a plantação de milho, arroz, maniva, entre outros, com destaque para produção de farinha e arroz. Estes produtos são comercializados tanto na vila quanto em outras cidades, saberes que foram transmitidos pelos ancestrais no remanescente de Umarizal que, até na atualidade, se mantém.
Acrescenta-se ainda, no estudo de Correa (2021), sobre a origem da comunidade quilombola a partir da oralidade local, afirma que a transmissão de informações a outras pessoas remanescentes quilombolas promove a preservação dos saberes tradicionais. Logo, os conhecimentos históricos do povoado sobre a formação social e a preservação cultural da comunidade quilombola é repassada dos mais velhos que tem a preocupação para com os mais novos, sendo assim, consolidando os conhecimentos nos eventos culturais, afazeres cotidianos e de subsistência.
Fernandes (2022) destaca que as narrativas oraissão um importante aspecto do patrimônio imaterial de uma comunidade. Os modos de transmissão do saber perpetuados através da oralidade se mantêm como fortes vínculos com o passado e a ancestralidade. Exemplificando, há diversas ferramentas para descrever a história como: lembrança, fotografias, cartas, documentos escritos e a fonte oral (narrativas). Esta última, é um instrumento muito rico, pois possibilita que se tenha um contato com quem nos oferece suas lembranças. Nessa mesma linha de pensamento, a autora destaca na sua tese, que as narrativas orais dos moradores de Umarizal Beira revelam um amplo conhecimento em torno da trajetória de origem e formação da mesma, portanto, ressaltando a importância da transmissão dos saberes entre as diferentes gerações para a valorização e manutenção de sua herança cultural. Por conseguinte, Fernandes salienta que os descendentes dos remanescentes na atualidade, conhecem sua história através de avós e pais, que por sua vez também ouviram recortes do passado de familiares ou de conhecidos chamados de “velhos pretos”.
Em detrimento, na pesquisa de Silva & Lopes (2022), a cultura tradicional é praticada por poucos, principalmente pelos mais idosos, pois os mais jovens não demonstram interesse. Como exemplo, fabricação de paneiros, matapi, peneiras, tipiti. Além disso, outra prática que sofreu expressiva redução é o uso de ervas medicinais na produção de remédios caseiros, hoje substituídos por medicamentos produzidos pela indústria farmacêutica. Nesse ínterim, o estudo destaca as modernidades na comunidade quilombola, mas consolida as técnicas agrícolas que continuam sendo desempenhadas como extrativismo através da coleta de frutos, principalmente da Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa) e da pesca de peixes e camarões.
Vale destacar sobre a função social da escola, destacada no artigo de Costa &Medeiros (2021), sobre o aprofundamento dos estudos da História da África e dos africanos. Desta forma, os autores retratam que há uma disposição por parte da associação, na figura dos líderes comunitários, para com a escola. Isto é, as escolas realizam contribuições a respeito da consolidação e fortalecimento da cultura quilombola com debates sobre o samba de cacete e danças de quadrilhas que fazem parte da tradição na comunidade e são perpetuadas entre as gerações. Portanto, Costa e Medeiros, explanam que os líderes da ACORQBU têm visões conscientes no mundo, de maneira diferenciada e que se faz perceber como agente de transformação, ou seja, as lideranças exprimem ações progressistas em prol da comunidade com inovações políticas e coletivas no quilombo que se expressam de maneira democrática e participativa.
Outro aspecto não menos relevante, é sobre a busca de reconhecimento identitário na comunidade quilombola Umarizal Beira. Segundo Medeiros (2018), explana que as lideranças e os moradores do quilombo têm um enraizamento de pertencimento territorial, logo, os indivíduos exprimem um verdadeiro apego à região, às pessoas e aos saberes e fazeres que se constitua o próprio teor cultural do local. Nesse contexto, há nesse processo uma “reafirmação do lugar”. Detalhadamente, o autor expõe suas vivências no processo metodológico de sua pesquisa na afirmação de que o lugar e o direito a ele que está em jogo nos processos de resistência e de luta das lideranças quilombola.
Por fim, no estudo de Silva & Lopes (2022), foi feito um sensoriamento remoto através do aplicativo “Landsat 8” para elaboração dos mapas temáticos referentes aos anos 2001 e 2021 com intuito de comparar e identificar as mudanças ocorridas no território da comunidade no intervalo temporal de 20 anos. Os resultados da pesquisa mostraram que, no ano 2001, a área urbana representava 1,43% e a área de vegetação ocupava 69,56%. Já, em 2021, mostra um crescimento na área urbana para 2,70% e redução de vegetação para 51,22%. Logo, esta diminuição de áreas verdes é por conta do desmatamento para a construção de novas residências.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em relação aos cuidados no processo de saúde-doença dos moradores de Umarizal, apesar de não apresentar tratamento de água e coleta de lixo, a UBS realiza atendimento ambulatorial e os ACS realizam visitas periódicas com intuito de transmissão de informações sobre prevenção, tratamento e profilaxia sobre diversas doenças que são evitáveis como verminoses, arboviroses e doenças crônicas não transmissíveis;
Observa-se que os processos identitários de cultura e pertencimento étnico da comunidade quilombola de Umarizal-Beira se mostra desenvolvida por seus membros a partir da sua relação com instituições e sujeitos externos como a associação ACORQBU e escolas Polo e Fundamental de Umarizal;
No que concerne sobre as publicações cientificas desenvolvidas na comunidade quilombola Umarizal beira é notório a importância dos estudos encontrados, pois são pesquisas empregadas em cursos stricto sensu (mestrado e doutorado) e publicadas em periódicos de relevância científica.
REFERÊNCIAS
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[1] Discente do Curso de Especialização em Ciências Biológicas aplicadas a Saúde do Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Inovação (IFPA) Campus Tucuruí e-mail: francy.sa.meida@gmail.com
[2] Docente do Curso Superior de de Especialização em Ciências Biológicas aplicadas a Saúde do Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Inovação (IFPA) Campus Tucuruí. Doutora em Saúde Pública (ENSP /FIOCRUZ). e-mail: luciana.fernandes@ifpa.edu.br