ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE DENGUE NO MUNICÍPIO DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES-BA, NO PERÍODO DE 2015 A 2023

EPIDEMIOLOGICAL STUDY OF DENGUE CASES IN THE MUNICIPALITY OF
LUÍS EDUARDO MAGALHÃES-BA, FROM 2015 TO 2023

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/os102411271748


Ana Beatriz Nascimento Gonçalves
Lissandra Farias Bastos Janjar
Paola Conceição Santos Maia
Orientador(a): Prof.(ª) Marcus Vinicíus França Cirilo


RESUMO

A dengue é uma arbovirose prevalene em todo o mundo, sendo a mesma uma doença sistêmica sazonal, de caráter agudo, infeccioso e febril, transmitida para os seres humanos pelas fêmeas infectadas dos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Assim, este estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados por dengue no município de Luís Eduardo Magalhães-BA, no período de 2015 a 2023. Realizou-se um estudo retrospectivo, analítico de abordagem quantitativa e epidemiológica, utilizando dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN/DATASUS) e Vigilância Epidemiológica de Luís Eduardo Magalhães (LEM). Esta pesquisa respeitou as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde através da Resolução nº 466/12 de 12 de dezembro de 2012.

Verificou-se que ocorreram um total de 5.408 casos notificados no período de 2015 a

2023. o ano de 2021 foi o que apresentou maior quantidade de casos notificados (n=1895), seguido do ano de 2019 (n=1.332) e 2022 (n=1.316. Verificou-se que o sexo feminino foi o mais acometido, com 2.960 casos, contra 2.434 casos de pessoas do sexo masculino. A idade mais prevalente foi a de 20 a 39 anos, com 2.331 casos, seguido da faixa etária de 40 a 59 anos, com 1.026 casos. Quanto ao critério de confirmação, 2.275 casos foram laboratoriais, 1.008 foram clínico epidemiológico e 1.158 casos foram notificados como sobre investigação. Diante dos resultados apresentados, foi possível verificar que a dengue atua de maneira oscilatória no município de Luiz Eduardo Magalhães-BA, sendo que os anos de 2019, 2021 e 2022 foram os que apresentaram maior quantitativo de casos, como sexo feminino o mais afetado pela dengue.

Palavras-chave: Aedes aegypti. Arbovirose. Doença Sistêmica.

ABSTRACT

Dengue is an arbovirus prevalent worldwide, being a seasonal systemic disease, of acute, infectious and febrile nature, transmitted to humans by infected females of Aedes aegypti and Aedes albopictus. Thus, this study aims to describe the epidemiological profile of reported cases of dengue in the municipality of Luís Eduardo Magalhães-BA, from 2015 to 2023. A retrospective, analytical study with a quantitative and epidemiological approach was carried out, using data provided by the Information System for Injuries and Notifications (SINAN/DATASUS) and Epidemiological Surveillance of Luís Eduardo Magalhães (LEM). This research complied with the standards established by the National Health Council through Resolution No. 466/12 of December 12, 2012. It was found that a total of 5,408 cases were reported in the period from 2015 to 2023. The year 2021 was the one with the highest number of reported cases (n = 1895), followed by the year 2019 (n = 1,332) and 2022 (n = 1,316. It was found that the female sex was the most affected, with 2,960 cases, against 2,434 cases of males. The most prevalent age was 20 to 39 years, with 2,331 cases, followed by the age group from 40 to 59 years, with 1,026 cases. Regarding the confirmation criterion, 2,275 cases were laboratory, 1,008 were clinical-epidemiological and 1,158 cases were reported as under investigation. Given the results presented, it was possible to verify that dengue acts in an oscillatory manner in the municipality of Luiz Eduardo Magalhães-BA, with the years 2019, 2021 and 2022 being those that presented the highest number of cases, with females being the most affected by dengue

Keywords: Aedes aegypti. Arbovirus. Systemic disease.

1 INTRODUÇÃO

A dengue é uma doença sistêmica, que possui um caráter agudo, infeccioso e febril, transmitida ao indivíduo por meio da fêmea do Aedes aegypti e Aedes albopictus infectada. O Aedes aegypti é considerado no Brasil como o principal vetor da doença, pertencente à família Culididae, do gênero Aedes e do subgênero Stegomyia. São mosquitos que possuem como preferência áreas tropicais, úmidas e quentes, e por isso caracteriza a dengue como uma doença sazonal (MENEZES et al., 2021).

É uma doença causada pelo Dengue vírus (DENV) que possui quatro sorotipos antigenicamente distintos, sendo estes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Em todo o mundo, a incidência da doença tem crescido de maneira considerável nas últimas décadas e assim a única maneira de diminuir o risco é controlando o mosquito vetor. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a indecência é de 390 milhões de infecções por ano, sendo que 96 milhões se manifestam clinicamente (OLIVEIRA; DIAS, 2016). Além do mais, estima-se que 3,9 bilhões de pessoas vivem em regiões sob risco de transmissão da dengue (LAGARE et al., 2023).

A dengue é uma doença de notificação compulsória e pode apresentar uma evolução fatal devido seu potencial de disseminação, magnitude, relevância social, dentre outros. No Brasil, as últimas três décadas foram marcadas por epidemias que se caracterizam pela emergência e circulação de diferentes sorotipos da dengue, além de mudanças no perfil epidemiológico e crescimento do número de casos graves e fatais. Esses são fatores que influenciam na formação de um cenário hiper endêmico, com elevado número de óbitos devido a Co circulação de sorotipos (REVEIZ, 2022).

Apesar das fortes campanhas de mobilização e combate à dengue e demais doenças associadas, como Zika e Chikungunya, o Brasil ainda possui picos da doença que contribui para o aumento das formas de manifestações graves, destacando dengue hemorrágica e de casos em que desenvolvem sintomas neurológicos relacionados a síndrome de Guillain-Barré (PEREIRA et al., 2020). Diversos fatores têm influenciado para o aumento da dengue no Brasil, como por exemplo, o rápido crescimento demográfico associado a desorganização urbana, infraestrutura precária e aumento de resíduos orgânicos. Dessa forma, as ações de controle baseiam-se em atividades vinculadas a vigilância e saúde, que estabelece uma ponte com os serviços de saúde (MENEZES et al., 2021).

No ano de 2023, foram registrados no Brasil 1.530.940 casos prováveis de dengue, sendo que o coeficiente de incidência foi de 753.9 casos/100 mil habitantes. Esses números representam um aumento de 16,5%no número de casos quando comparado com o ano de 2022, que foi de 1.313.805 casos prováveis e 647,0 casos/100 mil habitantes. A região Sul é a que possui maior coeficiente de incidência, com 1.269,8 casos por 100 mil habitantes seguida da Região Sudeste, com 1.028,6 casos por 100 mil habitantes, e da Centro-Oeste, com 935,9 casos por 100 mil habitantes. As Regiões Norte e Nordeste apresentam coeficientes de incidência de 173,8 e 174,7 casos/100 mil habitantes, respectivamente (BRASIL, 2023).

Os dados de casos de notificações para dengue foram compilados a partir da Vigilância Epidemiológica (VIEP) e o Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN), a incidência da transmissão do vírus pelo mosquito Aedes aegypti e o número de casos no município de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, vem se tornando crescente devido a espécie de mosquito estar associada a ambientes urbanos com precária estrutura e clima tropical. Somados a esses fatores estão predisposição da proliferação desordenada, causada pelo modo de vida populacional, concentração demográfica e fatores climáticos.

O clima quente e chuvoso é um condicionante importante para o aumento no número de casos da dengue, visto que na cidade de Luís Eduardo Magalhães – BA o clima costuma ter oscilações. Por consequência, a propagação do mosquito torna-se possível, devido a predominância dos recipientes com água parada em residências, assim favorecendo a proliferação do mosquito, colocando a população em risco, deixando-os suscetíveis a contrair a doença. Com base no exposto, tem-se a seguinte problemática: qual o perfil epidemiológico dos casos notificados por dengue no município de Luís Eduardo Magalhães-BA, no período de 2015 a 2023?

Assim, este estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados por dengue no município de Luís Eduardo Magalhães-BA, no período de 2015 a 2023.

2 METODOLOGIA

Foi desenvolvido um estudo retrospectivo, analítico de abordagem quantitativa e epidemiológica. A pesquisa foi realizada no segundo semestre do ano de 2024 com casos de dengue notificados no período de 2015 a 2023, na cidade de Luís Eduardo Magalhães-BA (LEM), utilizando dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN/DATASUS) e Vigilância Epidemiológica de Luís Eduardo Magalhães (LEM).

O município de Luís Eduardo Magalhães-BA, conta com uma população estimada no ano de 2022 de 107.909 pessoas. Na economia, a remuneração média do trabalhador luiseduardense é de 2,2 salários-mínimos por pessoa. O índice de ocupação de pessoal em Luís Eduardo Magalhães é de 32,95%. O PIB per capita, ou seja, o Produto Interno Bruto por pessoa é de R$: 95.182,40 (IBGE, 2024).

Foram incluídas na pesquisa, todos os casos notificados e com suspeita de dengue no período de 2015 a 2023. Foram excluídos do estudo: dados com informações fora do período de análise; casos que estavam com dados incorretos; com preenchimento em branco ou incompletas.

Esta pesquisa respeitou as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde através da Resolução nº 466/12 de 12 de dezembro de 2012, que trata das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas envolvendo seres humanos, respeitando os princípios que norteiam esse tipo de pesquisa. Considerando o Ofício nº 17/2022/CONEP/SECNS/MS, esse estudo utilizou dados secundários de registros da dengue, sendo esses, de domínio público, disponíveis para acesso no sítio eletrônico do DATASUS, cuja base de dados não permite a identificação de pessoas, não sendo necessário a submissão do projeto de pesquisa à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Inicialmente, procurou-se identificar o número de casos de dengue confirmados no período de 2015 a 2023, e verificou-se que ocorreram um total de 5.408 casos notificados, conforme demonstra o gráfico 1.

Gráfico 1: Casos de Dengue notificados no município de Luis Eduardo Magalhães-BA, no período de 2015 a 2023.

Fonte: Datasus (2024)

Os resultados demonstram que o ano de 2021 foi o que apresentou maior quantidade de casos notificados (n=1895), seguido do ano de 2019 (n=1.332) e 2022 (n=1.316). Em 2016, 2017 e 2018, houve uma baixa incidência de casos, seguindo o padrão natural da doença que esteve em alta nos anos posteriores. Em 2019, 2021 e 2022, uma epidemia foi declarada, com uma média de casos que aumentou consideravelmente, conforme pode-se verificar no gráfico 1. O ano de 2019 registrou o segundo maior número de casos notificados de dengue no município. Embora em 2020 tenha ocorrido uma redução no número de casos, em comparação com o pico de 2021, os valores ainda eram cerca de três vezes maiores do que os registrados em 2016, 2017 e 2018. Em 2022, os casos continuaram elevados, reforçando a importância de medidas preventivas para combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras doenças relacionadas.

O padrão de incidência da dengue é esperado devido o histórico da doença, uma vez que o vírus possui ciclos bem definidos, com baixas e altas de casos que podem sofrer influências devido diferentes fatores, como por exemplo as alterações climáticas e as campanhas de prevenção (SILVA, 2023). O casos de dengue oscilam ao longo do ano, com inicio de crescimento em outubro, período em que o clima fica mais quente e por este motivo favorece a proliferação do mosquito transmissor. Com essa oscilação climática, o número de casos tende a aumentar de maneira exponencial, com pico acontecendo no mês de maio, durante o outono, quando ocorre o período de chuvas que viabiliza o acumulo de água parada. Assim, é essencial reforçar as campanhas de prevenção nas épocas de maior incidência da doença e conscientizar as pessoas sobre a importância de acabar com os focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti (SILVA; SANTOS, 2021).

Quanto a faixa etária e o sexo, verificou-se que o sexo feminino foi o mais acometido, com 2.960 casos, contra 2.434 casos de pessoas do sexo masculino. A idade mais prevalente foi a de 20 a 39 anos, com 2.331 casos, seguido da faixa etária de 40 a 59 anos, com 1.026 casos, conforme apresentado o gráfico 2.

Gráfico 2: distribuição dos casos de Dengue, notificados no município de Luis Eduardo Magalhães, no período de 2015 a 2023, segundo a faixa etária e o sexo.

Fonte: Datasus (2024)

OBS: 12 casos foram classificados como ignorado quanto ao sexo, sendo: 1 para faixa etária de 1 a 4 anos; 1 para faixa etária de 5 a 9 anos; 1 para faixa etária de 10 a 14 anos; 1 para a faixa etária de 15

a 19 anos; 6 para faixa etária de 20 a 39 anos; 1 para 40 a 59 anos; 1 para 70 a 79 anos.

De acordo com o último censo demográfico do IBGE realizado em 2022, a população de Luis Eduardo Magalhães era composta por cerca de 51,6% de mulheres e 48,4% de homens (IBGE, 2024). Desta forma, a probabilidade do sexo feminino ser o mais acometido pela dengue se confirma, conforme apresentado neste estudo. Outro fato que pode explicar a maior prevalência de casos em pessoas do sexo feminino, foi ressaltado por Menezes et al., (2021), ao afirmar que ao longo dos anos, o homem são os que menos procuram por serviços de saúde, o que pode levar a uma subnotificação dos casos de dengue. Ribeiro; Martins (2023) ao descreverem o perfil epidemiológico da dengue na Bahia entre os anos de 2011 a 2020, verificaram que o sexo feminino sobressaiu ao masculino, representando 57,4% dos casos no período.

A população com idade nas extremidades do gráfico foi a que menos apresentou casos de dengue registrados. A faixa etária entre 20 a 29 anos foi a que apresentou maiores números de notificações, seguida de 40 a 59 anos, em todos os anos estudados. Com este resultado, é possível observar que as faixa etárias mais ativas da sociedade foram as mais atingidas pela dengue, o que pode ser explicado pelo maior contato com os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Esses achados corroboram com o estudo de Guimarães et al., (2024) que encontrou as maiores notificações de casos prováveis de dengue na Bahia e em Salvador em indivíduos de 20 a 39 anos de idade, sendo que indivíduos de 40 a 59 anos de idade constituem o segundo grupo com maior número de notificações.

Neves Vera et al., (2023) acrescentam que o adoecimento desses grupos etários pode prejudicar várias atividades, o que inclui as laborais, devido a possiblidade de serem grupos mais ativos. Além do mais, a maior ocorrência de casos de dengue nestas faixas etárias pode estar relacionada à exposição ao vetor, influenciada pelo comportamento individual e pelo ambiente de moradia.

Logo após, procurou-se identificar os casos de pacientes com dengue que estavam gestantes, conforme apresenta o gráfico 3.

Gráfico 3: Distribuição de gestantes notificadas de Dengue no período de 2015 a 2023 no município de Luis Eduardo Magalhães-BA.

Fonte: Datasus (2024)

Ao se analisar o gráfico, percebe-se que o ano de 2021 foi o que apresentou maior número de casos de dengue em gestantes (19 casos). Romão; Rubira; Chehter (2024) destacam que a letalidade da dengue em mulheres gestantes supera a em mulheres em idade fértil e que não estão grávidas, especialmente no 3º trimestre de gestação, sendo que gestantes que possuem infecções sintomáticas têm maior risco de morte fetal e de nascimento prematuro.

Dergan et al., (2021) complementam que a dengue pode acometer qualquer pessoa, porém as mulheres gestantes correm mais risco, pois os sintomas clínicos comuns à doença, como é o caso da febre, pode provocar parto prematuro ou aborto. A trombocitopenia relacionada à dengue, induz ao risco de sangramento no período gravídico ou no parto e, por este motivo eleva a taxa de mortalidade materna.

Quanto a classificação final do caso, verificou-se que no período de 2015 a 2023, 06 casos foram classificados como dengue com sinais de alarme e 07 como dengue grave, conforme apresenta a tabela 1.

Tabela 1: Classificação final dos casos de dengue notificados no município de Luis

Eduardo Magalhães, no período de 2015 a 2023

AnoIg/BrancoDengue ClássicoInconclusivoDengueDengue com sinais de alarmeDengue grave
201552963521
20162197
20176
2018514
2019351.2833
20206121
202124351.4562
202211651.14334
2023537
TOTAL379664.41967

Fonte: Datasus (2024)

Neves (2022) ao analisar o perfil epidemiológico da dengue na Bahia de 2014 a 2021, verificou que maior quantidade de registro de casos enquadrados como dengue, o que foi de encontro aos achados neste estudo. Esses achados reforçam a estimativa de que 75% dos casos de dengue apresentam-se como uma síndrome febril de sintomas leves, podendo chegar até a quadros assintomáticos (BHATT et al., 2023).

Essas caracteristicas da infecção de dengue podem mascarar os casos, e assim provocar uma subnotificação, uma vez que a maioria dos casos sao registrados através da notificação passiva. Diversas pessoas acabam não procurando os serviços de saúde para atendimento adequado, e realizam tratamentos através da automedicação ou alternativos. Existem evidencias que mostram que a grande maioria de pacientes com sintomas sugestivos de dengue so buscam por atendimento médico após o agravamento ou persistência do quadro (LIU et al., 2020).

Quanto ao critério de confirmação, 2.275 casos foram laboratoriais, 1.008 foram clínico-epidemiológico e 1.158 casos foram notificados como sobre investigação (Gráfico 4).

Gráfico 4: Critério de confirmação dos casos notificados de dengue no município de Luís Eduardo Magalhães, no período de de 2015 a 2023.

Fonte: Datasus (2024)

A maioria das doenças causadas pro vírus transmitidos por artrópodes (arbovírus) que ocorrem em todo o mundo são relatadas sem uma investigação laboratorial. Porém, os casos confirmaods com base em métodos laboratoriais, os ensaios sorológicos são os mais uitlizados (CIRILO et al., 2023). Dos casos prováveis por exame sorológico IgM, 1.284 foram positivos e 76 negativo. Casos prováveis por exame sorologia Elisa, 1.313 foram positivos e 53 negativos. Quanto a evolução dos casos, 3.190 evoluíram para cura e 06 para óbito.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos resultados apresentados, foi possível verificar que a dengue atua de maneira oscilatória no município de Luiz Eduardo Magalhães-BA, sendo que os anos de 2019, 2021 e 2022 foram os que apresentaram maior quantiativo de casos, como sexo feminino o mais afetado pela dengue.

Ressalta-se a importância da implantação de políticas públicas e ação de gestores responsáveis pelo cuidado à saúde das pessoas, destacando-se a importância dos cuidados com o domicílio, uma vez que a batalha contra a dengue só poderá ser vencida através da mudança de hábitos das pessoas, onde estas devem procurar eliminar os criadouros do mosquito.

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