STUDY OF DIFFERENT TYPES OF COLLAGEN BIOSTIMULATORS FOR THE TREATMENT OF FACIAL SAGGING
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12547728
Lucas José Silveira Cesarino
Fernanda Luiza Salles
Orientadora : Maria Tereza Carneiro Paschoal Bernardes
Resumo
Introdução: O uso de bioestimuladores de colágeno representa uma inovação promissora no tratamento não invasivo da flacidez facial. Esses agentes estimuladores da produção de colágeno desencadeiam uma série de eventos biológicos que proporcionam resultados satisfatórios para o paciente, como uma pele rejuvenescida e tonificada ao longo do tempo, ativando os fibroblastos e estimulando a produção de colágeno e elastina. Além disso, promovem a regeneração celular e angiogênese, proporcionando um ambiente (característica biológicas) propício para a saúde da pele. Com diferentes tipos disponíveis, como ácido polilático, hidroxiapatita de cálcio e policaprolactona, os cirurgiões-dentistas podem personalizar o tratamento para atender às necessidades individuais de cada paciente. Esses avanços na odontologia estética não só melhoram a aparência física, mas também promovem o bem-estar emocional dos pacientes, refletindo uma abordagem multidisciplinar que visa a saúde bucal e a harmonia facial. A análise cuidadosa dos pacientes, o conhecimento técnico e a habilidade na execução dos procedimentos são essenciais para garantir resultados seguros e eficazes. Ao adotar uma abordagem integrada e personalizada, os cirurgiões-dentistas podem contribuir significativamente para a qualidade de vida e satisfação geral dos pacientes. Objetivo: Discorrer sobre os tipos de bioestimuladores de colágeno disponíveis no mercado empregados no tratamento da flacidez facial. Metodologia: Foi realizado uma revisão bibliográfica narrativa de artigos nacionais e internacionais publicados entre os anos de 2019 a 2023. A pesquisa foi realizada através das plataformas de pesquisa Scielo, PuBMed/MEDLINE, sendo selecionados aqueles trabalhos que de forma direta apresentavam correlação com as palavras chaves pesquisadas. Discussão: Cada bioestimulador de colágeno possui características únicas: o ácido polilático melhora gradualmente a pele, a hidroxiapatita de cálcio oferece efeito lifting imediato, a policaprolactona proporciona contorno duradouro, e o ácido hialurônico combina preenchimento e bioestimulação. A escolha deve considerar eficácia, duração, preferências do paciente, gravidade da flacidez e habilidade do cirurgião-dentista. Conclusão: Os bioestimuladores de colágeno inovam no tratamento não invasivo da flacidez facial, estimulando a produção de colágeno e promovendo regeneração celular para resultados duradouros e naturais. Com opções como ácido polilático, hidroxiapatita de cálcio, policaprolactona e ácido hialurônico, os cirurgiões-dentistas podem personalizar tratamentos para atender às necessidades individuais. Essa personalização não apenas melhora a aparência física, mas também promove o bem-estar emocional dos pacientes, refletindo uma abordagem multidisciplinar que visa à harmonia facial e a satisfação geral do paciente.
Palavras–chave: bioestimuladores; biestimuladores de colágeno; flacidez facial.
Abstract
Introduction: The use of collagen biostimulants represents a promising innovation in the noninvasive treatment of facial sagging. These collagen production-stimulating agents trigger a series of biological events that provide satisfactory results for the patient, such as rejuvenated and toned skin over time, activating fibroblasts and stimulating the production of collagen and elastin. In addition, they promote cell regeneration and angiogenesis, providing an environment (biological characteristics) conducive to skin health. With different types available, such as polylactic acid, calcium hydroxyapatite and polycaprolactone, dentists can customize the treatment to meet the individual needs of each patient. These advances in aesthetic dentistry not only improve physical appearance, but also promote the emotional well-being of patients, reflecting a multidisciplinary approach that aims at oral health and facial harmony. Careful patient analysis, technical knowledge and skill in performing the procedures are essential to ensure safe and effective results. By adopting an integrated and personalized approach, dentists can significantly contribute to the quality of life and overall satisfaction of patients. Objective: To discuss the types of collagen biostimulators available on the market for the treatment of facial sagging. Methodology: A narrative bibliographic review of national and international articles published between 2019 and 2023 was carried out. The research was conducted through the Scielo and PuBMed/MEDLINE search platforms, and those studies that directly correlated with the searched keywords were selected. Discussion: Each collagen biostimulator has unique characteristics: polylactic acid gradually improves the skin, calcium hydroxyapatite offers an immediate lifting effect, polycaprolactone provides long-lasting contouring, and hyaluronic acid combines filling and biostimulation. The choice should consider efficacy, duration, patient preferences, severity of sagging, and dentist’s skill. Conclusion: Collagen biostimulators are a breakthrough in the non-invasive treatment of facial sagging, stimulating collagen production and promoting cell regeneration for long-lasting, natural-looking results. With options such as polylactic acid, calcium hydroxyapatite, polycaprolactone and hyaluronic acid, dentists can customize treatments to meet individual needs. This customization not only improves physical appearance, but also promotes patients’ emotional well-being, reflecting a multidisciplinary approach that aims for facial harmony and overall patient satisfaction.
Keywords: biostimulators; collagen bi-stimulators; facial sagging.
1. Introdução
A flacidez facial é um fenômeno intrínseco ao processo de envelhecimento que afeta tanto homens quanto mulheres nos mais diferentes estágios a decorrer de toda a vida. Caracterizada pela perda de elasticidade e firmeza da pele, essa condição resulta em um aspecto mais laxo, enrugado e menos definido do rosto. Sua origem é multifacetada, incluindo fatores intrínsecos, como a diminuição da produção de colágeno e elastina, e fatores extrínsecos, como exposição solar, poluição e hábitos prejudiciais como o uso crônico do cigarro (Mekic, et al., 2023).
Além de seus efeitos físicos, a flacidez facial tem uma relevância estética significativa, principalmente na atualidade com as redes sociais, influenciando diretamente a percepção da própria imagem e a interação social dos indivíduos. Uma pele flácida pode transmitir uma impressão de cansaço, envelhecimento precoce e até mesmo afetar a autoestima, especialmente em uma sociedade onde a juventude e a beleza são altamente valorizadas (Mekic, et al., 2023).
Diante desse contexto, a busca por tratamentos para a flacidez facial cresceu substancialmente, impulsionada pelo desejo de manter uma aparência jovem e revitalizada, sem recorrer a procedimentos cirúrgicos invasivos. Nesse sentido, a odontologia estética emergiu como uma importante aliada, oferecendo soluções não cirúrgicas para melhorar a firmeza e qualidade da pele facial. Consequentemente a aceitação e autoestima (Manganaro; Dietrichkeit; Silva, 2022).
Uma das mais recentes abordagens inovadoras nesse campo é o uso de bioestimuladores a base de colágenos, que representam uma alternativa eficaz para combater a flacidez facial. Esses bioestimuladores oferecem resultados naturais e relativamente duradouros, minimizando os riscos e o tempo de recuperação associados a procedimentos invasivos (Pires; Ribeiro, 2021; Rodrigues, et. al., 2021).
Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo fornecer uma revisão bibliográfica narrativa sobre os tipos de bioestimuladores e seu papel no tratamento da flacidez facial na prática do cirurgião-dentista. Para isso, serão explorados os fundamentos da flacidez facial, os tipos de bioestimuladores a base de colágeno o papel do cirurgião-dentista nesse contexto e os protocolos de utilização dos bioestimuladores.
Ao compreender a natureza da flacidez facial e as implicações estéticas associadas a ela, bem como a oferta dos tipos de bioestimuladores os cirurgiões-dentistas estarão mais bem preparados para oferecer aos pacientes opções de tratamento que atendam às suas necessidades e expectativas, promovendo não apenas a melhoria da aparência física, mas também o bem-estar emocional e a autoconfiança do paciente.
2. Material e Métodos
O método de pesquisa adotado neste estudo é de natureza qualitativa e descritiva, utilizando uma revisão bibliográfica narrativa de artigos nacionais e internacionais. A pesquisa foi conduzida por meio da análise criteriosa de dados disponíveis em bases de dados acessíveis na internet, incluindo a Biblioteca Virtual de Saúde, Scientific Electronic Library Online – SCIELO, BupMed e resoluções do Conselho Federal de Odontologia do Brasil. Para a seleção dos artigos utilizados no estudo, foi considerado aqueles que, após a leitura do resumo, apresentavam uma correlação direta ou combinada com as palavras-chave definidas para o estudo: bioestimuladores; biestimuladores de colágeno; e, flacidez facial. A pesquisa do material foi conduzida nos meses de março e abril de 2024. Considerando os trabalhos publicados entre os anos de 2019 a 2024.
3. Bioestimuladores de colágeno: mecanismos de ação e tipos
Atualmente, a busca por padrões estéticos tem, cada vez mais, ganhado relevância no dia a dia das pessoas que buscam melhorar esteticamente o corpo. A ideia de beleza, embora subjetiva, é influenciada por uma série de fatores que impulsionam o desenvolvimento de novos produtos, o que inclui os aspectos culturais, comerciais e sociais. Impactando significativamente a autoestima e a capacidade de aceitação individual desse nicho do mercado estético. Nesse contexto, a odontologia estética tem evoluído rapidamente para atender às demandas desses novos pacientes, expandindo seu foco de atendimento para além do tratamento funcional e/ou estética do sorriso, para abranger a harmonia facial como um todo (Manganaro; Dietrichkeit; Silva, 2022).
Neste sentido, Garbin, et. al. (2019), evidencia que a harmonização orofacial surge como uma nova especialidade da odontologia para atender os anseios da estética facial, impulsionando os pacientes a buscarem os consultórios odontológicos em busca da tão desejada harmonia facial. Esse avanço da odontologia estética foi acompanhado pelo progresso tecnológico e científico, culminando com a especialização dos cirurgiões-dentistas, sendo necessário, inclusive, a formulação de resoluções específicas, como a CFO 198/2019 e 230/2020, para a regulamentação da prática da harmonização orofacial como uma especialidade reconhecida (Garbin, et. al., 2019; CFO, 2020).
A resolução CFO 198/2019, de janeiro de 2019, estabeleceu o reconhecimento oficial da harmonização orofacial como uma especialidade dentro da odontologia. Essa resolução define o escopo da prática da harmonização facial como o conjunto de procedimentos realizados pelo cirurgião-dentista com o propósito de alcançar o equilíbrio estético e funcional da face. Além disso, delimita as áreas de competência do cirurgião-dentista especialista em harmonização orofacial, o que inclui procedimentos que necessitam de produtor injetáveis, como a toxina botulínica, os preenchimentos faciais e os bioestimuladores de colágeno utilizados no tratamento da flacidez facial. Esses produtos são considerados não invasivos, possibilitando um tratamento estético com injetáveis de forma não invasiva (Garbin, et. al., 2019; CFO, 2019).
A flacidez facial tem uma relevância estética significativa, pois repercute em efeitos físicos indesejáveis pelo paciente, afetando a percepção da própria imagem e a interação social dos indivíduos. Diante dessa demanda crescente por tratamentos não invasivos, os bioestimuladores de colágeno surgem como uma alternativa eficaz para melhorar a firmeza e qualidade da pele facial. Entretanto, como destacada por Pires e Ribeiro (2021) e Rodrigues, et. al. (2021), conhecer os tipos e o modo de uso dos bioestimuladores de colágeno em seu papel no tratamento da flacidez facial na prática odontológica é crucial para promover não apenas a melhoria da aparência física, mas também o bem-estar emocional e a autoconfiança do paciente (Pires; Ribeiro, 2021; Rodrigues, et. al., 2021).
3.1 Fundamentos da Flacidez Facial
A flacidez facial é um fenômeno complexo causado por uma gama de fatores, resultado da íntima interação entre processos biológicos e fatores ambientais. Desde a diminuição na produção de colágeno e elastina, fatos intrínsecos, até a exposição prolongada ao sol, hábitos deletérios como o tabagismo e hábitos alimentares inadequados, fatores extrínsecos. Essa interação de fatores intrínsecos e extrínsecos afetam diretamente a estrutura e a elasticidade da pele (Sumodj; Suguihara; Muknicka, 2023).
O envelhecimento, um aspecto intrínseco que também afeta a flacidez facial, é um processo natural e inevitável inerente a todos os tecidos do corpo, incluindo a pele do rosto. Com o passar dos anos, ocorrem alterações estruturais na pele que contribuem para a perda de elasticidade e da sua firmeza. Para Esteves e Brandão (2022), o principal causa desse processo é a diminuição na produção de colágeno e elastina pelo organismo, sendo essas as principais proteínas responsáveis pela sustentação e elasticidade da pele. Além disso, a redução da atividade celular e a deterioração das fibras de colágeno e elastina também desempenham um papel significativo na flacidez facial associada à idade (Esteves; Brandão, 2022).
Além do envelhecimento natural, como já citado, os fatores intrínsecos e extrínsecos também afetam a flacidez facial. Aspectos genéticos e predisposição hereditária desempenham um papel importante na determinação da qualidade e da elasticidade da pele de cada indivíduo. Podendo o quadro de flacidez facial potencializado devido a fatores externos como a exposição solar excessiva, tabagismo, poluição ambiental e hábitos alimentares inadequados. Fatores esses que podem acelerar o processo de envelhecimento da pele (Esteves; Brandão, 2022).
As características insatisfatórias promovidas pela flacidez facial vão além da preocupação estética, pois os aspectos flácidos podem ter um impacto significativo na autoestima e na qualidade de vida das pessoas. Em uma sociedade onde a aparência física desempenha um papel importante na interação social e na percepção de si mesmo, a flacidez facial pode causar constrangimento, ansiedade e até mesmo depressão em alguns pacientes. A insatisfação com a aparência pode afetar a confiança pessoal e a qualidade dos relacionamentos interpessoais, destacando a importância de abordar e tratar adequadamente esse problema (Esteves; Brandão, 2022; Soares Júnior, et al., 2023).
Nesse sentido, a busca por tratamentos não invasivos e com ação rápida e preços acessíveis vem crescendo a cada dia mais. E na odontologia estética essa busca não é diferente, fazendo com que surjam produtos não invasivos capazes de estimular a produção de colágeno e assim devolver o aspecto firme a pele. Como exemplo desses produtos, pode-se citar os biostimuladores de colágeno (Lima; Soares, 2020; Avelar; Reis, 2022; Palma; Espinha; Carvalho, 2023).
3.2 Mecanismos de ação dos bioestimuladores de colágeno
Os bioestimuladores de colágeno representam a oferta de uma abordagem inovadora nos tratamentos não invasivos da flacidez facial, oferecendo uma alternativa eficaz para estimular a produção natural de colágeno e melhorar a qualidade da pele. Seu principal mecanismo de ação se encontra na sua capacidade de desencadear uma série de eventos bioquímicos e biológicos que resultam em uma pele mais bonita e saudável (Cunha, et al., 2020; Palma; Espinha; Carvalho, 2023).
Ao serem injetados na pele, mais especificamente na camada intermediária da pele, a derme, os bioestimuladores ativam os fibroblastos, células responsáveis pela produção de colágeno, elastina e outros componentes da matriz extracelular. Quando estimulada, essa ativação desencadeia um processo de remodelação tecidual que resulta no aumento da densidade e qualidade do colágeno (Cunha, et al., 2020).
Além de estimular a produção de colágeno, os bioestimuladores de colágeno também são capazes de promover a regeneração tecidual e a reparação de danos na pele. Estimulando a angiogênese e o crescimento de novos vasos sanguíneos, fornecendo nutrientes e oxigênio essenciais para a saúde da pele. Sendo capazes, inclusive, de modular a atividade dos fibroblastos e outros tipos de células da pele, promovendo a regeneração e a renovação celular (Lima; Soares, 2020).
A ação básica dos bioestimuladores de colágeno é de provocar uma inflamação controlada na pele durante o tratamento. A injeção dos bioestimuladores desencadeia uma resposta inflamatória localizada, promovendo o processo de cicatrização e regeneração tecidual. Essa inflamação controlada estimula a liberação de fatores de crescimento e citocinas, que por sua vez promovem a atividade dos fibroblastos e a produção de colágeno (Lima; Soares, 2020; Cunha, et al., 2020).
Um dos aspectos que fazem dos bioestimuladores de colágeno um produto de alta procura é seu efeito de longa duração. Ao contrário dos preenchedores dérmicos convencionais, que têm um efeito temporário e requerem múltiplas sessões de manutenção, os bioestimuladores podem proporcionar resultados duradouros que persistem por meses ou até anos após o tratamento inicial. Isso ocorre porque os bioestimuladores não apenas preenchem os tecidos, mas também estimulam a produção de colágeno endógeno, o que leva a mudanças estruturais duradouras na pele (Lima; Soares, 2020; Avelar; Reis, 2022; Palma; Espinha; Carvalho, 2023).
3.3 Tipos de bioestimuladores de colágeno
Como descrito anteriormente, os bioestimuladores de colágeno atuam por meio de uma série de mecanismos complexos, incluindo o estímulo à produção de colágeno, a regeneração tecidual, a ativação de processos inflamatórios controlados e a promoção de mudanças estruturais duradouras na pele. Esses efeitos combinados resultam em uma melhoria significativa na firmeza, elasticidade e qualidade da pele (Lopes, et al., 2022).
Com os avanços contínuos na odontologia estética, surgiram diversas opções não invasivas para tratar a flacidez facial. O que torna crucial para o cirurgião-dentista estar atualizado sobre os principais bioestimuladores disponíveis no mercado, pois isso permite uma prescrição mais precisa e eficaz (Lopes, et al., 2022). Vejamos essas opções:
3.3.1 Ácido polilático
O ácido polilático é reconhecido como um bioestimulador de colágeno altamente eficaz, cujo principal mecanismo de ação reside na capacidade de estimular a produção natural dessa proteína essencial da pele. Sua aplicação, geralmente realizada por meio de injeções profundas na derme, desencadeia um processo gradual e progressivo de rejuvenescimento cutâneo (Bessa, 2022; Lopes, et al., 2022).
Ao ser introduzido na pele, o ácido polilático atua como um agente indutor de colágeno, ativando os fibroblastos e estimulando a síntese de novas fibras colágenas. Essa resposta biológica resulta em um aumento gradual da firmeza, densidade e elasticidade da pele, conferindo-lhe uma aparência mais rejuvenescida e tonificada ao longo do tempo (Bessa, 2022).
Estudos clínicos têm consistentemente demonstrado os benefícios do ácido polilático no tratamento da flacidez facial. Pacientes submetidos a esse tipo de terapia têm experimentado melhorias significativas na textura da pele e na definição dos contornos faciais, com resultados que perduram por longos períodos após o procedimento (Bessa, 2022; Lopes, et al., 2022)).
Além disso, o ácido polilático é conhecido por seu perfil de segurança e tolerabilidade, tornando-o uma opção atrativa para aqueles que buscam tratamentos estéticos minimamente invasivos. Combatendo os sinais visíveis de envelhecimento facial (Bessa, 2022). Veja o Quadro 1 de vantagens e desvantagens dos bioestimuladores de colágeno analisados.
3.3.2 Hidroxiapatita de cálcio
A hidroxiapatita de cálcio é um bioestimulador de colágeno amplamente utilizado na prática odontológica para tratar a flacidez facial. Sua composição mineral única confere suporte estrutural à pele, estimulando ativamente a produção de colágeno, uma proteína fundamental para manter a firmeza e a elasticidade cutâneas (Neca, CSM. et al., 2022).
Este composto não apenas preenche as áreas afetadas pela flacidez, mas também atua como um agente indutor de colágeno, promovendo a regeneração e a revitalização dos tecidos faciais. Além de seu efeito de preenchimento, a hidroxiapatita de cálcio também é conhecida por seu efeito lifting natural. Ele suaviza sulcos e rugas, redefinindo os contornos faciais e proporcionando uma aparência mais jovem e rejuvenescida. Esse efeito lifting é particularmente valioso, pois cria resultados sutis e naturais, evitando a aparência excessivamente esticada associada a algumas intervenções estéticas (Almeida, AT. et al., 2019).
Outra vantagem significativa da hidroxiapatita de cálcio é sua versatilidade. Além de tratar a flacidez facial, pode ser utilizada em várias áreas do rosto para corrigir imperfeições e melhorar a definição facial. Seu perfil de segurança bem estabelecido e sua capacidade de estimular a produção de colágeno tornam-na uma opção atraente para pacientes que desejam resultados consistentes e duradouros (Almeida, AT. et al., 2019).
Seu efeito de preenchimento, capacidade de induzir a produção de colágeno e efeito lifting natural a tornam uma escolha popular entre os profissionais de odontologia estética e seus pacientes, oferecendo resultados notáveis e uma aparência rejuvenescida e revitalizada (Neca, CSM. et al., 2022). Veja o Quadro 1 de vantagens e desvantagens dos bioestimuladores de colágeno analisados.
3.3.3 Policaprolactona
A policaprolactona representa uma classe de bioestimuladores de colágeno degradáveis, onde sua característica distintiva reside na capacidade de oferecer resultados de longa duração, proporcionando uma melhoria notável na firmeza e sustentação da pele ao longo do tempo (Costa, et al., 2022).
Ao ser aplicada, a policaprolactona atua como um estímulo para a síntese de novas fibras de colágeno e elastina. Esse processo de regeneração tecidual é gradual, porém progressivo, resultando em uma pele visivelmente mais firme e tonificada. Além disso, Costa, et al. (2022), destaca que a capacidade de degradação da policaprolactona ao longo do tempo permite uma integração natural com os tecidos circundantes da área aplicada, contribuindo para uma aparência mais suave e natural. Sua aplicação é frequentemente direcionada para áreas específicas do rosto, como as bochechas e o queixo, onde é capaz de proporcionar um contorno facial mais definido (Costa, et al., 2022). Veja o Quadro 1 de vantagens e desvantagens dos bioestimuladores de colágeno analisados.
Além dos benefícios estéticos, a policaprolactona oferece a vantagem adicional de ser bem tolerada pelo organismo, com um perfil de segurança bem estabelecido. Tornando esse produto uma opção terapêutica confiável para pacientes e profissionais de odontologia estética que buscam resultados consistentes e duradouros (Costa, et al., 2022).
3.3.4 Ácido Hialurônico
O ácido hialurônico é um componente natural da pele amplamente reconhecido por seus efeitos preenchedores e hidratantes. No entanto, é fundamental destacar que certas formulações também apresentam propriedades bioestimuladoras de colágeno, contribuindo para uma abordagem mais abrangente no tratamento da flacidez facial e dos sinais de envelhecimento cutâneo (Pires; Ribeiro, 2021).
Quando aplicado em camadas mais profundas da pele, o ácido hialurônico atua como um agente bioestimulador, desencadeando uma resposta do organismo que estimula os fibroblastos, células responsáveis pela produção de colágeno. Esse estímulo resulta em um aumento na síntese de colágeno e melhoria na qualidade da matriz extracelular, promovendo hidratação imediata e um aspecto de pele firme com elasticidade ao longo do tempo (Pires; Ribeiro, 2021).
Para Lima Faria, et al. (2021), é importante ressaltar que o ácido hialurônico não apenas trata os sintomas visíveis do envelhecimento, mas também aborda a causa subjacente, estimulando a produção de colágeno natural da pele. Isso resulta em benefícios duradouros e progressivos, que se acumulam ao longo do tempo, proporcionando uma aparência mais jovem de forma consistente (Lima Faria, et al., 2021). Veja o Quadro 1 de vantagens e desvantagens dos bioestimuladores de colágeno analisados.
Quadro 1: Vantagens e desvantagens dos Bioestimuladores de Colágeno
Fonte: Avelar; Reis; Viana, 2020; Neca, et al., 2022; Manganaro; Dietrichkeit; Silva, 2022; Palma; Espinha; Carvalho, 2023; Almeida; Levy; Buzalaf, 2023.
3.4 Avaliação e seleção de pacientes candidatos ao tratamento com bioestimuladores
Uma parte essencial do papel do cirurgião-dentista no tratamento da flacidez facial é a avaliação cuidadosa dos pacientes para determinar sua elegibilidade para procedimentos com bioestimuladores de colágeno. Durante essa avaliação, é importante considerar uma série de fatores, como idade, condições médicas preexistentes, histórico de tratamentos estéticos anteriores e expectativas do paciente (Pires; Ribeiro, 2021; Almeida; Levy; Buzalaf, 2023).
Além disso, baseado no trabalho de Almeida, Levy e Buzalaf (2023), o cirurgião-dentista deve realizar uma análise detalhada da anatomia facial do paciente, identificando áreas de flacidez, rugas e perda de volume que podem se beneficiar do tratamento com bioestimuladores. Essa avaliação criteriosa permite uma seleção precisa dos pacientes e a criação de um plano de tratamento personalizado que otimize os resultados e minimize os riscos (Almeida; Levy; Buzalaf, 2023).
4 Discussões
Ao avaliar os diferentes bioestimuladores de colágeno, é evidente que cada um possui características únicas que podem influenciar sua aplicabilidade clínica e os resultados esperados. O ácido polilático, é reconhecido por sua capacidade de oferecer melhorias graduais e duradouras na pele, embora possa exigir múltiplas sessões para alcançar resultados mais satisfatórios. Enquanto isso, a hidroxiapatita de cálcio apresenta capacidade é apreciada por seu efeito lifting imediato, sendo uma escolha popular para preencher sulcos e rugas profundas.
Por outro lado, a policaprolactona destaca-se por sua longa duração de efeito no paciente e por sua capacidade de proporcionar um contorno facial mais definido e suave, embora também possa requerer várias sessões de tratamento. Enquanto isso, o ácido hialurônico oferece não apenas efeitos imediatos de preenchimento e hidratação, mas também propriedades bioestimuladoras de colágeno para resultados duradouros, embora seus efeitos bioestimuladores possam ser menos pronunciados em comparação com outros bioestimuladores dedicados exclusivamente à estimulação do colágeno.
Portanto, ao selecionar o bioestimulador mais adequado ao paciente, é essencial considerar não apenas a sua eficácia e sua duração, mas também a preferência do paciente, a gravidade da flacidez facial e a habilidade técnica do cirurgião-dentista. Uma abordagem integrada, combinando diferentes bioestimuladores conforme necessário, pode ser necessária para alcançar os melhores resultados e atender às necessidades individuais de cada paciente.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os bioestimuladores de colágeno representam uma inovação no tratamento não invasivo da flacidez facial, oferecendo resultados duradouros e naturalmente rejuvenescedores. Ao desencadear uma série de eventos biológicos na pele, esses agentes estimulam a produção de colágeno, promovem a regeneração celular e proporcionam uma aparência mais agradável e definida ao longo do tempo.
Com uma variedade de opções disponíveis, os cirurgiões-dentistas desempenham um papel crucial ao selecionar o bioestimulador mais adequado para cada paciente. O ácido polilático, a hidroxiapatita de cálcio, policaprolactona e o ácido hialurônico oferecem benefícios únicos, desde a melhoria gradual da firmeza da pele até o preenchimento de sulcos e rugas e a definição do contorno facial.
Ao personalizar o tratamento de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, os cirurgiões-dentistas podem garantir resultados satisfatórios e duradouros, promovendo não apenas a melhoria da aparência física, mas também o bem-estar emocional dos pacientes. A abordagem multidisciplinar na odontologia estética reflete o compromisso em proporcionar uma harmonia facial abrangente, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e satisfação geral dos pacientes.
Referências
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